RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS Relatório Técnico Referente ao Mapa de vulnerabilidade ambiental do Estado de Goiás, Brasil Consórcio Imagem - WWF Brasil 12 DE OUTUBRO DE 2004 Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 1 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS O Mapa de Vulnerabilidade Ambiental foi realizado utilizando-se a metodologia proposta por CREPANI et al. (2001). A vulnerabilidade foi medida por meio da sobreposição dos mapas das unidades de paisagem (mapa geológico, mapa geomorfológico, mapa de solos e mapa das unidades fisionômicas). A integração destes dados temáticos foi feita segundo um modelo que estabelece 21 classes de vulnerabilidade à erosão, distribuídas entre as situações onde ocorre o predomínio dos processos de pedogênese (às quais se atribuem valores próximos de 1,0), passando por situações intermediárias (às quais se atribuem valores ao redor de 2,0) e situações de predomínio dos processos erosivos modificadores das formas de relevo, morfogênese (às quais se atribuem valores próximos de 3,0) (CREPANI et al., 2001). Este modelo de integração foi aplicado individualmente a cada tema, dentro de cada unidade ambiental, atribuindo a cada unidade uma nota correspondente ao comportamento, em relação ao intemperismo, da classe do tema presente na unidade. A Tabela 1 resume as 21 classes de vulnerabilidade/estabilidade usadas pelo modelo para integrar os dados temáticos. A representação destas classes em um mapa temático foi feita por meio de cores. Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 2 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS Tabela 1. Modelo de integração e representação de dados temáticos. FONTE: CREPANI et al., 2001, pag. 17. Todos os mapas que constituem as unidades da paisagem se encontram no formato vetorial. A fim de fazer a sobreposição de todos de uma maneira otimizada em termos de análise, foi necessária a transformação desses dados para o formato raster. Para esta operação, foi utilizada a extensão Spatial Analyst do software ArcGIS 8.3. Posteriormente, foi realizada a integração desses mapas por meio do cálculo da média aritmética do valor da vulnerabilidade (Equação 1) para a obtenção do valor de vulnerabilidade final de cada unidade de paisagem. Equação 1: V= G + R + S + Vg 4 V= Vulnerabilidade G= Geologia R= Geomorfologia S= Solos Vg= Vegetação/Uso da Terra Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 3 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS O grau de vulnerabilidade para as unidades de paisagem serão descritas a seguir: 1,0 a 1,3 As regiões com índices de 1,0 a 1,3 foram consideradas estáveis do ponto de vista da vulnerabilidade, onde há o predomínio da pedogênese. Apresentam uma área de 1.503 km2, que representam 0,43% da área do Estado. Estão associadas a áreas pouco dissecadas, com pequenas variações altimétricas (inferiores a 48,5 metros) e baixas declividades (inferiores a 10,3%). As rochas encontradas nessa região apresentam um alto grau de coesão compostas principalmente, por quartzitos, riólitos, granitos, migmatitos e gnaisses. Os solos predominantes são os latossolos bem profundos e ocorrem em áreas com floresta densa. 1,4 a 1,7 As regiões com índices de 1,4 a 1,7 foram consideradas moderadamente estáveis do ponto de vista da vulnerabilidade, onde há o predomínio da pedogênese. Vale ressaltar que os valores mais altos (próximos a 2,0) estão tendendo a um equilíbrio entre pedogênese/morfogênese, enquanto que os menores (próximos a 1,0) tendem a pedogênese. Abrangem uma área de 12.994 km2, que representam 3,71% da área do estado. Essas áreas são um pouco mais dissecadas do que a anterior, apresentam variações altimétricas de 39 a 84,5m e declividades que variam de 10,3 a 19,8%. As rochas encontradas nessa região são compostas por sienitos, dioritos, basaltos, gabros, biotita, dentre outras. Os solos predominantes são os latossolos e os argissolos, que ocorrem sobre florestas estacionais semideciduais. Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 4 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS 1,8 a 2,2 As regiões com índices de 1,8 a 2,2 foram consideradas medianamente estáveis/vulneráveis, onde há o equilíbrio da pedogênese/morfogênese. Abrangem uma área de 193.570km2, que representam 55,3% da área do estado. Essas áreas apresentam altimetrias que variam de 84,5 a 132 metros e declividades que variam de 19,8 a 32,1%. As rochas encontradas nessa região são compostas por anfibolitos, xistos, filitos, metassiltitos, ardósias e matargilitos. Os solos predominantes são os argissolos, que ocorrem sobre florestas estacionais semideciduais, savanas arbóreas e cerradões. 2,3 a 2,6 As regiões com índices de 2,3 a 2,6 foram consideradas moderadamente vulneráveis. Abrangem uma área de 127.247 km2, que representam 36,35% da área do estado. Essas áreas apresentam dissecação maior do que as anteriores, com altimetrias que variam de 132 a 170 metros e declividades que variam de 32,1 a 42,4%. As rochas encontradas nessa região são compostas por mármores, arenitos quartzosos, conglomerados e grauvacas. Os solos predominantes são os cambissolos, que ocorrem sobre savana e formação pioneira. 2,7 a 3,0 As regiões com índices de 2,7 a 3,0 foram consideradas vulneráveis, onde prevalece a morfogênese. Abrangem uma área de 10.271 km2, que representam Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 5 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS 3% da área do estado. Essas áreas apresentam altíssima dissecação, com altimetrias maiores de 141,5 metros e declividades superiores a 34,6%. As rochas encontradas nessa região são compostas por siltitos, argilitos, folhelhos, calcários, dolomitos e sedimentos inconsolidados. Os solos são rasos predominantes são os neossolos, vertissolos, gleissolos, e plintossolos os e afloramentos rochosos, que ocorrem sobre savana gramíneo-lenhosa, campo rupestre, pastagem, cultura anual, cultura perene e reflorestamento. O mapa abaixo representa a vulnerabilidade ambiental do estado de Goiás (foi utilizada a coluna grau de vulnerabilidade da tabela que é classificada em cinco tipos: estável, moderadamente estável, medianamente vulnerável/estável, moderadamente vulnerável e vulnerável). Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 6 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS Estável Moderadamente Estável Medianamente vulnerável/estável Moderadamente vulnerável Vulnerável Apresentar os dados da vulnerabilidade por cartas, seguindo a divisão do IBGE, na escala 1:250.000. Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 7 RELATÓRIO DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE GOIÁS Abaixo segue exemplo: Carta SD-22XA: Área em km2 4,29 0,05 1,64 3,00 0,78 0,16 31,73 45,29 27,63 21,88 0,01 Vulnerabilidade 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3 Porcentagem 3,14 0,03 1,2 2,19 0,57 0,11 23,25 33,18 20,24 16,03 0,007 Os municípios de Flores de Goiás e de Luiz Alves apresentam plintossolos que merecem cuidado especial, pois nos locais onde a vegetação natural foi retirada, houve flutuação do lençol freático, fazendo com que as plintitas perdessem suas propriedades originais e secassem. Formando um tipo de couraça bem dura, impedindo o crescimento das plantas. O agravante maior é que nessas áreas há incentivo do governo estadual para o cultivo do arroz. Os plintossolos possuem vulnerabilidade 3,0, são rasos, pouco permeáveis e com textura média. Nessas duas cidades o comportamento do solo é o mesmo do descrito acima e o grau de vulnerabilidade empírica é 2,6 que corresponde a moderadamente vulnerável. Soluções de Inteligência Geográfica R. Itororó, 555 – Vl. Bandeirantes – Cep. 12216-440 – S.J.Campos, SP – Brasil • Tel: +55 (12) 3946-8933 • Fax: +55 (12) 3946-8945/8919 [email protected] • www.img.com.br 8