Utilização de Verniz por profissionais de saúde
Autores:
Ariana Nunes
Poster A3
Curso: Saúde Ambiental
Tatiana Neves
U.C.: Infeção Hospitalar
Filipa Ferreira
Edição 11/15
Docente: Ana Catarina Lança
Liliana Loureiro
30 de Novembro de 2015
Cristina Santos
Introdução
Os profissionais de saúde devem proceder à higiene das mãos de acordo com o modelo conceptual proposto pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), cumprindo assim um dos princípios gerais que passa pela apresentação das unhas limpas, curtas e sem verniz, sem usar unhas artificiais na
prestação de cuidados de saúde(1). As unhas compridas reduzem a destreza e a capacidade de apreensão das mãos, podem perfurar luvas e enrolar-se
em artigos, camas e pensos, para além de que o leito ungueal torna-se amarelado, seco e com fissuras, por perda do seu óleo natural, e a unha pode
atrofiar e desenvolver infeção fúngica ou ocorrência de alergias. Além disso, unhas longas ou artificiais podem transmitir microrganismos, pois
apresentam maior probabilidade de albergar microrganismos patogénicos, que são mais dificilmente removidos, comparativamente com a unha sem
verniz/gel(2). Assim, a higiene das mãos é de extrema importância, uma vez que o contacto é a via de transmissão mais comum de germes, que apesar
de serem maioritariamente inofensivos para o homem, alguns deles podem provocar doenças, como por exemplo, constipações, gripes ou outro tipo de
infeções(3).
Metodologias
Objetivos
Para a realização deste trabalho recorremos à análise de
vários artigos científicos relacionados com esta temática, e
posteriormente disponibilizamos um questionário em que a
população alvo será as discentes e docentes onde
queremos avaliar os seus conhecimentos sobre a mesma.
Foram obtidas 14 respostas pela parte dos docentes e 17
pelos discentes.
 Avaliar o grau de conhecimento da população alvo.
 Comparar a informação/sensibilização sobre esta temática entre docentes e discentes
 Comparar os conhecimentos dos inquiridos nos diversos cursos para compreender
quais os que se encontram mais informados sobre os riscos adjacentes ao uso de verniz
por profissionais de saúde.
Resultados
1. É aconselhável o uso de verniz nas unhas por um profissional de saúde,
estando ele constantemente em contacto com os docentes?
11.8%
Discentes
Docentes
Discentes
Docentes
Não
2. Já recebeu formação sobre esta temática em contexto de trabalho ou no
âmbito académico?
Sim
Sim
Não
Não, mas considero
indispensável
Não Sei
Não, mas considero
dispensável
5.9%
Não, mas considero
indispensável
5.9%
3. A unha, quando aplicada extensão, perde o seu óleo natural, ficando mais
frágil. Considera assim mais provável ocorrer infeção fúngica ou mesmo
alergia/sensibilidade na unha?
Discentes
Docentes
Sim
4. Considera a probabilidade de transmissão de microrganismos com a unha
longa /artificial maior?
11.8%
Docentes
Sim
Sim
Não
Não sei
Discentes
Sim
Discussão
Após análise dos resultados constata-se que relativamente pergunta nº 1 os docentes responderam acertadamente à questão, o que significa que a
maior parte da população alvo está informado sobre esta temática, embora ainda se encontre quem não esteja e quem não saiba responder a esta
questão, o que é o caso dos discentes. Podemos assim afirmar que a informação não está a chegar a todas as pessoas, ou então são essas mesmas
pessoas que não se tentam informar sobre esta temática.
Relativamente à questão nº 2 a maioria dos inquiridos não recebe formação, permitindo-nos assim dar uma maior importância a quem não tem
formação, uma vez que quem tem esta mesma formação traduz-se numa percentagem muito reduzida.
O mesmo acontece com a pergunta nº3, onde 100% dos docentes mantêm-se informados sobre a possibilidade de surgirem infeções fúngicas nas
unhas quando estas perdem o seu óleo natural. No que respeita aos microrganismos, os discentes responderam acertadamente a esta questão, mas o
mesmo não aconteceu com os docentes.
Conclusão
Este estudo permitiu-nos concluir que os conhecimentos revelados de forma geral pelos inquiridos ficam aquém das expectativas iniciais, uma vez que
os docentes, embora sendo profissionais de saúde, não revelaram um nível de conhecimento superior ao dos discentes. As normas nacionais e
internacionais sobre a temática em causa não são do conhecimento geral, o que nos permite concluir que os canais de comunicação usados para a sua
divulgação são ineficazes. Será ainda de salientar que, de acordo com a questão nº 2 sobre receber formação sobre a temática em causa não altera os
comportamentos ou atitudes dos profissionais neste âmbito. Mesmo conscientes dos perigos e risco profissionais existentes ou contribuição para o
aumento de infeções associadas aos cuidados de saúde, as mulheres inquiridas continuam a usar unhas longas ou artificiais.
Comparativamente ao conhecimento entre cursos, Saúde Ambiental revelou ter um conhecimento maior nesta temática, isto pode dever-se ao facto de
no seu plano de estudos existir uma unidade curricular que aborda este tipo de questões.
Referências Bibliográficas:
(1) - Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde (DGS): Circular Normativa nº 13/DQS/DSD de 14/06/2010
(2) - Parecer sobre o uso de verniz nas unhas pelos profissionais de saúde (DGS e PPCIRA): https://drive.google.com/file/d/0B0rx6naEMLpzWFFpNEpXV1RWR243SzQwUHB6UXZaS19sUUI0/view
(3) - Higiene das mãos (ANCI): http://www.anci.pt/higiene-das-m%C3%A3os
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3 - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra