Vivências e práticas territoriais: contributo para a identidade em contexto emigratório - o caso da comunidade portuguesa de Lyon em França Experiences and territorial practices: a contribute to the identity in a migratory context – the case of the Portuguese community in Lyon, France Hélder DIOGO1 1 Doutorando em geografia, FLUP - CEGOT Email:[email protected] PALAVRAS CHAVE Identidade, associativo, étnico, vivências, mobilidade RESUMO Uma das melhores formas de analisar a identidade do emigrante português consiste em observar e estudar o seu comportamento relativamente às vivências e às práticas territoriais. Em contexto migratório, a frequentação de locais étnicos representa um símbolo da portugalidade e revela uma aproximação e identificação dos portugueses com a cultura de origem. A França, devido à representação e à antiguidade da comunidade lusa, constitui para geógrafos, e para outros investigadores, um dos principais campos de observação e de estudo da emigração portuguesa na Europa. O fenómeno associativo, bem como os locais étnicos em geral, embora sofram processos de mudança, continuam a funcionar como ancoradouros socioculturais para as diferentes gerações de emigrantes lusos que chegam a este país. Key words Identity, associative, ethnic, experiences, mobility ABSTRACT One of the best ways to analyse the identity of the Portuguese emigrant consists in studying and observing his/her behaviour in relation to the experiences and territorial practices. In a migratory context, frequenting ethnic places symbolizes one’s portugalidade (the Portuguese way of being and thinking), and reveals a closeness and identification of the Portuguese with the culture of origin. Due to the representativeness and ancientness of the Portuguese community in France, this country represents for geographers and other investigators one of the main fields of observation and study of the Portuguese emigration in Europe. The associative phenomenon, as well as the ethnic places in general, though undergoing processes of change, keep functioning as socio-cultural anchoring-places for the different generations of Portuguese emigrants that arrive to this country. 1. INTRODUÇÃO As comunidades portuguesas radicadas no estrangeiro projectam a sociedade e a cultura portuguesas no mundo. A recrudescência dos fluxos migratórios externos recentes confirma a emigração como uma constante crónica que sempre caracterizou a sociedade portuguesa desde os descobrimentos e que, não obstante os aspectos negativos que estes movimentos acarretaram para o país em termos demográficos, económicos e sociais, inúmeros foram os seus efeitos positivos dentro e fora de fronteiras. Um desses efeitos positivos prende-se exactamente com a questão da ligação que une os emigrantes ao país de origem e o modo como vivem a(s) sua(s) identidade(s) em contexto migratório. No âmbito desta temática, uma das questões que mais tem preocupado os investigadores nas ciências sociais prende-se com integração dessas comunidades nos países de acolhimento, sendo que, dentro deste tema, a questão da identidade tem sido relativamente pouco abordada pela geografia. É precisamente nos espaços geográfico e sociocultural e nas relações interpessoais que o homem, através das vivências e das práticas territoriais do quotidiano, se afirma ou desenvolve a identidade do emigrante. Como exemplos marcantes da ligação da portugalidade à identidade dos imigrantes temos a frequência desta comunidade em locais étnicos associativos, culturais ou de índole mais socioeconómica. Esta dinâmica, integrada no contexto actual de globalização, possibilita padrões de mobilidade que influenciam as práticas e vivências dos migrantes e, consequentemente, interferem num processo identitário permanentemente em (re)definição. Na Europa, a França constitui provavelmente o exemplo mais expressivo da diáspora lusa sustentada pela antiguidade e pela dimensão da sua comunidade bem como pela afirmação da portugalidade e de uma identidade luso/francesa numa panorâmica nacional marcadamente multicultural. Devido à presença da segunda maior comunidade portuguesa neste país, a região Rhône-Alpes e mais precisamente a área urbana de Lyon, constituem pólos de grande dinâmica migratória que permitiram a realização de um inquérito1 que sustenta em parte o estudo realizado bem como o presente artigo. 2. Imigração lusa – uma longa tradição, um processo demográfico continuado A imigração em França é um fenómeno fortemente ligado à sua história económica que acompanha um processo de industrialização antigo (Diogo, 2009). Com a entrada de Portugal na primeira Guerra Mundial em 1916, o governo português enviou uma força expedicionária em França (nomeadamente para as trincheiras do Pas de Calais) e forneceu um efectivo de 20000 trabalhadores contratados. Alguns destes trabalhadores não regressaram a Portugal no final da guerra, ao contrário do que estava estipulado no contrato de trabalho, acabando por ficar no país, e juntando-se-lhes, posteriormente, alguns dos seus familiares. Este número de portugueses aumentou ainda 1 O inquérito realizado à comunidade portuguesa de Lyon foi desenvolvido entre Novembro de 2010 e Janeiro de 2011 e integra a dissertação de doutoramento em curso intitulada: Multiculturalismo identidade e territorialidade na comunidade portuguesa de Lyon (França). mais com os soldados desmobilizados. A França tornara-se deste modo um dos horizontes de emigração portuguesa (Tavares, 2001). O primeiro recenseamento que individualizou os portugueses entre a população estrangeira presente em França data de 1921 (11 000 portugueses ou seja 0,7% da população estrangeira). Este número vai crescendo ao longo do período que separa as duas guerras, acabando por diminuir durante o segundo conflito mundial (INSEE, 1994). A reconstrução económica após a Segunda Guerra Mundial tornou imprescindível o recurso à mão-de-obra operária estrangeira, conduzindo para tal a uma recrudescência dos movimentos migratórios para este país. De 1962 a 2007 os efectivos lusos passariam de cerca de 20 000 para 576 000 (INSEE). Todavia, os números fornecidos pelos serviços oficiais franceses não incluem os bi-nacionais e, de acordo com os dados disponibilizados pela Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP), constatamos que a comunidade portuguesa poderá ser muito maior do que o é habitualmente referido pelos serviços oficiais franceses (stock de 1 145 531 inscritos em 2010). As limitações dos dados consulares dizem respeito ao facto do registo ser voluntário, não estando implicada qualquer obrigatoriedade de comunicação de alterações que impliquem a eliminação do registo (saída e óbito por exemplo). Não obstante esta imprecisão, constatamos um aumento significativo do número de registos consulares de portugueses em França nos últimos 5 anos (mais 95 853 entre 2005 e 2010). Os números são expressivos e confirmam uma constante demográfica da história migratória que liga os dois países desde o século XX. 3. A frequência de locais étnicos como afirmação da identidade Em contexto migratório os locais étnicos constituem bons exemplos de apropriação de espaços que carregam um forte significado cultural e identitário por parte das comunidades migrantes. Entende-se por locais étnicos todo o tipo de lugares onde se desenvolvem actividades económicas, sociais e culturais que se referem a uma comunidade implantada fora do território original. Os locais étnicos porventura mais expressivos encontram-se associados ao dinamismo associativo bem como às actividades económicas com forte conotação cultural, como a restauração e a venda de produtos alimentares étnicos. 3.1 O movimento associativo entre um passado glorioso e um futuro (in)certo Após a fase de instalação, a familiarização com o espaço francês e o adiamento constante do regresso ao país natal, os portugueses podem abertamente assumir a sua identidade e reencontrar os seus compatriotas aos fins-de-semana e nos dias de festas (Poinard, 1985). Esta constatação do geógrafo Michel Poinard resume a génese do fenómeno associativo luso, embora o mesmo nos tempos actuais tenha, fruto da sua evolução feições diferenciadas das da década de 80. É a partir dos finais dos anos 60 que os portugueses vão construindo uma vasta rede de movimento associativo. Pouco numerosas e muitas vezes informais devido às restrições em vigor da lei de 1939 sobre o direito de associação dos estrangeiros, as associações estavam essencialmente ligadas a grupos de cariz político, religioso e de oposição ao regime. Paralelamente, e muitas vezes de modo informal, começaram a desenvolver-se lentamente as primeiras associações desportivas e os primeiros cafés de convívio bem como alguns grupos mais direccionados para actividades artísticas, nomeadamente a produção de teatro (religiosas ou militantes). Trata-se do início do fenómeno associativo tal como o conhecemos hoje, mais alargado à família, a convívios e a festas, procurando o reencontro com a cultura da aldeia, o desejo de transmitir aos filhos as tradições às quais se encontravam ancorados (daí a importância dos grupos folclóricos) e a organização de aulas de língua portuguesa. O fim da ditadura em Portugal bem como a extinção das últimas restrições sobre as associações estrangeiras em França, no início dos anos 80, permitiu consolidar o movimento associativo (Tavares, 2001). Desde então, o movimento associativo português neste país não deixou de se expandir para atingir o número de 460 associações nos princípios dos anos 80 e cerca de 700 nos finais da década de 90 (Cordeiro, 1999). Em 2011, segundo os dados disponibilizados pela Coordenação das Colectividades Portuguesas de França, existem aproximadamente 883 associações portuguesas neste país. Estes números são expressivos uma vez que podem mesmo corresponder a um aumento da rede associativa relativamente ao final da década de 90. Assistimos actualmente a uma multiplicação das dimensões do fenómeno associativo que não se desenvolve apenas com o propósito de reagrupamento cultural (as associações portuguesas em geral), mas estende-se a outros grupos como os jovens e os estudantes universitários (ainda pouco numerosos e pertencem geralmente aos núcleos de aprendizagem da língua portuguesa nas universidades francesas). Ao longo destas três últimas décadas, o fenómeno associativo português em França, ao tomar estas diferentes formas, soube reinventar-se com as necessidades das gerações emergentes, permitindo-lhe, deste modo, assegurar a continuação da sua existência. A chegada mais recente de imigrantes portugueses a França também veio revigorar o fenómeno associativo em termos sociais já que os mesmos são frequentadores assíduos do meio associativo. Para os imigrantes recém-chegados as associações funcionam como espaços de identificação com a cultura portuguesa, mas também como agentes de integração económica ao possibilitar contactos profissionais entre pares. Na área de Lyon existem aproximadamente 40 associações portuguesas, o fenómeno associativo continua dinâmico e, apesar de uma diminuição numérica de associações nas zonas urbanas mais centrais, elas mantêm-se bastante activas nas freguesias urbanas mais periféricas. Todavia, o nosso estudo permitiu constatar que inúmeros são os problemas que afectam o fenómeno associativo2: envelhecimento dos seus dirigentes e baixa representatividade feminina nestes cargos; desinteresse dos jovens pelas iniciativas associativas que não vão ao encontro dos seus interesses; concentração geográfica que cria rivalidades entre associações; problema crónico do financiamento, uma vez que devem maioritariamente recorrer ao auto-financiamento que depende da cultura do copo (venda de bebidas); o problema em ter um local próprio (para cerca de metade das associações, os espaços são apenas disponibilizados pelas autarquias aos fins de semana). As ligações 2 Dados recolhidos a partir da entrevista concedida por C. Lima, Presidente das Associações Portuguesas na região Rhône-Alpes (Novembro de 2010). estabelecidas com as câmaras municipais que disponibilizam espaços para as associações desenvolverem as suas actividades constituem uma das soluções para que as associações disponham de locais e apoios e envolve objectivos políticos assumidos por parte de alguns dirigentes associativos que podem ser eleitos conselheiros municipais. Um outro factor não menos importante que contribui para uma menor procura da vida associativa é o processo de globalização e o desenvolvimento das comunicações aéreas de baixo custo que, nos últimos anos, permitiram um aumento da mobilidade (quadro 1) de muitos emigrantes que têm agora a possibilidade de optar com maior frequência por pequenas estadias em Portugal, o que faz com que não sintam a mesma necessidade de procurar as associações para uma ligação e aproximação ao país de origem. Quadro 1: Mobilidade e frequência das viagens França - Portugal Viajam mais vezes para Portugal do que antigamente Viajam três e mais vezes por ano Indivíduos com mais de 30 anos de residência Indivíduos com menos de 10 anos de residência 54,9% 20% 36,3% 27% Indivíduos com nacionalidade francesa Comunidade portuguesa em geral 43,1% 18,6% 43, 3% 21,8% Fonte: H.Diogo - Inquérito à comunidade portuguesa de Lyon (Novembro de 2010/Janeiro de 2011), Amostra de 509 inquiridos – taxa de resposta de 94,3%, tratamento do autor. Apesar das actividades desenvolvidas pelas associações proporcionarem geralmente uma imagem pouco favorável junto da comunidade portuguesa, já que são inúmeras vezes apelidadas de associações da cultura do copo e das cartas, as associações assumem um papel importantíssimo na confraternização entre pares e são essenciais para a preservação da cultura popular portuguesa (registam-se cerca de 14 grupos folclóricos na área de Lyon) e para a organização de convívios gastronómicos e desportivos, estes últimos prevêem ainda a formação de equipas de futebol que actuam por vezes em campeonatos locais. Algumas associações tiram partido das ligações que as unem ao poder local quando organizam exposições em espaços municipais sobre temas que concernem Portugal, o que permite uma divulgação da cultura portuguesa bem como uma aproximação junto da comunidade local. Por outro lado, espera-se que as gerações mais jovens irão progressivamente impor um misto da cultura portuguesa e francesa e deste modo favorecer uma maior articulação e abertura com a sociedade francesa. Nos espaços associativos convivem diversas gerações de imigrantes portugueses, desde as mais antigas às mais recentes, os luso-descendentes, e estas são continuamente engrossadas em termos de frequentação por imigrantes lusos recém-chegados, o que permite um certo rejuvenescimento da população frequentadora destes locais. A frequentação dos espaços associativos reflecte, na maioria dos casos, uma ligação à cultura popular portuguesa, o que explica o número pouco expressivo de associações inseridas em outro tipo de contextos, como é o caso das associações de estudantes em meios universitários. As associações, à semelhança de outras actividades étnicas, permitem manter localmente um contacto com a cultura portuguesa e contribuem para a construção identitária de várias gerações de portugueses em França. 3.2 Actividades étnicas como símbolos da portugalidade Na Europa, por exemplo, a maioria dos principais centros urbanos têm grandes concentrações de imigrantes. Alguns bairros tornam-se centros de concentração de imigrantes, que marcam o território com os seus negócios, as suas associações, os seus equipamentos sociais e os seus locais de culto. Estes bairros constituem-se como plataforma para a formação de comunidades étnicas e favorecem a perpetuação de tradições culturais e linguísticas (Castles, 2005:29). O mesmo fenómeno acontece com a cidade de Lyon, cujo comércio étnico é constituído maioritariamente por um conjunto de cafés, restaurantes, mercearias, agências de viagens, imobiliárias e seguradoras (Diogo, 2010). Actualmente, este tipo de comércio prospera, como se pode constatar na área da restauração étnica que regista vários restaurantes portugueses dispersos pela cidade e periferia. Ao longo das últimas décadas, estes espaços, por vezes definidos como guetos étnicos (nomeadamente os cafés) também se abriram à comunidade, nomeadamente à população feminina (quadro 2) e aos jovens e recebem também clientes de outras nacionalidades. Quadro2: Frequentação de locais étnicos pela população feminina Número de registos % Café 86 Restaurante 104 Mercearia 188 Banco 74 36,7 41,9 63,7 40,4 Agência de Viagens 29 Associações 117 Outros 7 Fonte: H. Diogo - Inquérito à comunidade portuguesa (Novembro de 2010/Janeiro de 2011), tratamento do autor. 36,3 45 31,8 de Lyon Trata-se de espaços que permitem a convivência entre pares onde a cultura gastronómica está omnipresente, onde abundam símbolos da cultura portuguesa que ornamentam as paredes mas que também funcionam como espaços de contactos e de troca de informação profissional para a integração dos recém-chegados à comunidade. A frequentação destes espaços pelos portugueses é elevadíssima (88%), como o comprova os resultados. Neste âmbito, destacam-se ainda mais os imigrantes que chegaram nos últimos anos com uma percentagem de frequentação que atinge 96% e que se explica mais facilmente pelo facto de se encontrarem menos integrados na sociedade de acolhimento e de sentirem a necessidade de se reencontrar com a cultura original, sendo também uma possível e mais imediata forma de socialização. Para os inquiridos que dizem ter a nacionalidade francesa, o critério nacionalidade não constitui em si um obstáculo na aproximação com a cultura portuguesa, uma vez que 81% dos mesmos consideram-se frequentadores de locais étnicos. De um modo global, os locais mais procurados na comunidade são as mercearias, as associações, os restaurantes e os cafés e em menor proporção bancos e agências de viagens (gráfico 1). Os resultados deste estudo permitem confirmar uma grande adesão dos elementos da comunidade a locais com os quais se identificam e onde podem socializar. Fonte: H.Diogo - Inquérito à comunidade portuguesa de Lyon (Novembro de 2010/Janeiro de 2011), Amostra de 509 inquiridos – taxa de resposta de 94,3%, tratamento do autor. Algumas conclusões A comunidade portuguesa radicada em França soube, ao longo de décadas de presença neste território, integrar-se na sociedade local e simultaneamente salvaguardar os seus traços culturais. A frequentação dos locais étnicos pelas diferentes gerações da comunidade lusa contribuiu para a afirmação e manutenção de uma identidade ligada à cultura de origem. As associações constituem espaços de contactos entre pares, de socialização e de solidariedade que podem favorecer uma melhor integração económica para os portugueses e ainda mais para os recém-chegados que se encontram em situação de maior precariedade. O fenómeno associativo continua dinâmico em termos numéricos de frequentação apesar dos problemas crónicos de auto-financiamento; do envelhecimento do corpus dirigente; das insuficientes ligações à sociedade francesa bem como da falta de desenvolvimento de actividades culturais propostas pelos ou para os jovens. Perante estes constrangimentos, o seu futuro torna-se cada vez mais incerto, e a esta dubiedade soma-se uma crescente mobilidade, facultada pelos voos aéreos de baixo custo, entre os dois países que permite uma maior aproximação e uma ligação mais directa a Portugal. O nosso estudo permitiu também confirmar que outros espaços étnicos como restaurantes, cafés e mercearias revelam dinamismo na paisagem multicultural francesa e desempenham um papel importante na socialização e manutenção do contacto desta comunidade com o património cultural português, como é o caso da alimentação, da gastronomia, da música e da imprensa. Deste modo, é inegável que os espaços étnicos da comunidade lusa contribuem para a manutenção da portugalidade e a (re)construção de uma identidade em solo francês. Actualmente, a identidade de várias gerações de portugueses em França caracteriza-se por uma ligação às duas culturas que é resultante de uma triangulação assente na inserção socioeconómica e cultural na sociedade francesa, nos contactos com a cultura portuguesa através de actividades étnicas locais e de uma maior mobilidade geográfica entre os dois países. Bibliografia - Bruneau, Michel (2004) Diasporas et espaces transnationaux, Anthropos, Paris. - Castles, Stephen (2005) Globalização, transnacionalismo e novos fluxos migratórios : dos trabalhadores convidados às migrações globais, Fim de Século, Lisboa. - Cordeiro, Albano (1999) Les Portugais, une population “invisible”? in Philippe Dewitte Éd, Immigration et intégration l’état des savoirs, Éditions la Découverte, Paris, pp. 106-111. - Cordeiro, Albano (1999) Dans quinze ans, Qu’adviendra-t-il de l’identité des Portugais de France? 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