WWW.PATORREB.COM UM CONTRIBUTO PARA A SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO SANDRO MIGUEL MARTINS ALVES Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL — ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES Orientador: Professor Doutor Vasco Manuel Araújo Peixoto de Freitas JULHO DE 2008 MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2007/2008 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Tel. +351-22-508 1901 Fax +351-22-508 1446 [email protected] Editado por FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Rua Dr. Roberto Frias 4200-465 PORTO Portugal Tel. +351-22-508 1400 Fax +351-22-508 1440 [email protected] http://www.fe.up.pt Reproduções parciais deste documento serão autorizadas na condição que seja mencionado o Autor e feita referência a Mestrado Integrado em Engenharia Civil – 2007/2008 – Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2008. As opiniões e informações incluídas neste documento representam unicamente o ponto de vista do respectivo Autor, não podendo o Editor aceitar qualquer responsabilidade legal ou outra em relação a erros ou omissões que possam existir. Este documento foi produzido a partir de versão electrónica fornecida pelo respectivo Autor. www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Aos meus Pais e à Ana www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção AGRADECIMENTOS Ao terminar o presente trabalho gostaria de manifestar o meu sincero agradecimento a todos aqueles que contribuíram para a sua realização. Ao Professor Vasco Peixoto de Freitas expresso o meu profundo agradecimento pela forma sempre solícita com que me apoiou e orientou na elaboração desta dissertação, bem como pelos conhecimentos transmitidos e confiança depositada. Gostaria de salientar o apoio prestado pela Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC, na pessoa do Eng.º Carlos Duarte, cuja disponibilidade e dedicação contribuíram significativamente para o desenvolvimento das fichas de patologia apresentadas no Anexo A. À 1001FORMAS – Software e Multimédia, Lda., e em particular à Eng.ª Sandra Barbosa e ao Eng.º Pedro Rebelo, pela interacção sempre positiva. Ao meu colega de gabinete, Eng.º Nuno Machado, pela ajuda sempre pronta, deixo também aqui o meu agradecimento. Um agradecimento muito especial aos meus pais, sem os quais não teria conseguido atingir todos os objectivos fixados. Finalmente saliento o carinho e a preocupação da Ana Luís Lopes, que possibilitou a serenidade necessária à realização deste trabalho. i www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção RESUMO Muito embora haja uma preocupação crescente com a qualidade da construção, verifica-se que os edifícios construídos nos últimos anos não apresentam a qualidade e a durabilidade esperada. A falta de sistematização da informação origina erros e patologias repetidos múltiplas vezes. O Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB desenvolveu um catálogo de patologias disponível em www.patorreb.com, constituído por um conjunto de fichas que incluem a descrição da patologia, sondagens e medidas, causas e recomendações. Os principais objectivos desta dissertação são os seguintes: Analisar a importância económica da patologia da construção; Avaliar os diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional; Desenvolver novas fichas de patologia a publicar no site www.patorreb.com; Propor e implementar novas funcionalidades no site. Na primeira parte do trabalho faz-se uma análise estatística da importância técnica e económica da patologia da construção abordando a frequência das patologias e custos de reparação envolvidos, recorrendo a uma base de dados francesa sobre patologia da construção. Na segunda parte faz-se uma avaliação sumária dos diferentes catálogos de patologia desenvolvidos a nível internacional, caracterizando o site www.patorreb.com mais pormenorizadamente. Na terceira parte, que constitui o contributo original desta dissertação, descrevem-se as diferentes tarefas desenvolvidas pelo autor para dinamizar o site www.patorreb.com, nomeadamente: a criação de 16 fichas temáticas associadas a argamassas e o desenvolvimento da “Zona Bibliografia” e da “Zona Terminologia”. As fichas de patologia foram criadas na sequência de um protocolo elaborado entre o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB e a Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC. A “Zona Bibliografia” visa compilar as referências bibliográficas das fichas de patologia e disponibilizar aos utilizadores do site uma base de dados temática com as referências das publicações, normas e sites mais relevantes no domínio da patologia da construção. A “Zona Terminologia” contém a definição dos conceitos e parâmetros mais utilizados em patologia da construção e pretende contribuir para a uniformização da linguagem utilizada nas fichas de patologia. PALAVRAS-CHAVE: Patologia, Custos, Catálogo, Fichas, Bibliografia, Terminologia. iii www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção RESUME Malgré l’existence d’un souci croissant sur la qualité de la construction, on vérifie que les bâtiments construits ces dernières années ne présentent pas la qualité et la durabilité souhaitée. L’absence de systématisation de l’information origine des erreurs et des pathologies qui se répète successivement. Le Groupe d’Étude de la Pathologie de la Construction – PATORREB a développé un catalogue de pathologie disponible sur www.patorreb.com qui est constitué par un ensemble de fiches qui contiennent la description de la pathologie, les mesures et essais réalisés, les causes principales et quelques recommandations. Les principaux objectifs de cette dissertation sont les suivants : Analyser l’importance économique de la pathologie du bâtiment ; Évaluer les différents catalogues de pathologie disponible au niveau internationale ; Développer de nouvelles fiches de pathologie pour publier dans le site www.patorreb.com ; Proposer et implémenter de nouvelles fonctionnalités dans le site. Une analyse statistique sur l’importance technique et économique de la pathologie du bâtiment est développée dans la première partie du travail. La fréquence d’apparition des pathologies et les coûts de réparation sont étudiés en recourant à une base de données française. Les catalogues de pathologie internationaux sont présentés dans la deuxième partie, sachant que le site www.patorreb.com est décrit d’une forme plus détaillée. La troisième partie, qui constitue la contribution originale de cette dissertation, contient la description des différentes tâches développées par l’auteur pour dynamiser le site www.patorreb.com, notamment : la création de 16 fiches de pathologie thématiques associées aux mortiers et la création de la « Zone Bibliographie » et de la « Zone Terminologie ». Les fiches de pathologie ont été développées à la suite d’un protocole établie entre le Groupe d’Étude de la Pathologie de la Construction – PATORREB et l’Association Portugaise des Fabricants de Mortiers du Bâtiment – APFAC. La « Zone Bibliographie » prétend rassembler les références bibliographiques des fiches de pathologie et offrir aux utilisateurs du site une base de données thématique avec les références des publications, normes et sites plus important dans le domaine de la pathologie du bâtiment. La « Zone Terminologie » contient la définition des concepts et paramètres couramment utilisés en pathologie du bâtiment et vise contribuer pour l’uniformisation du langage utilisé dans les fiches de pathologie. MOTS-CLES: Pathologie, Coûts, Catalogue, Fiches, Bibliographie, Terminologie. iv www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção ABSTRACT Despite growing concerns with construction quality, many recent buildings are clearly not up to standard as regards quality and durability. The lack of systematization of the available information originates errors and pathologies repeated several times. The Building Pathology Study Group – PATORREB has created a pathology catalogue available at www.patorreb.com, composed by a collection of reports that contain the description of the problem, the diagnostic methods used, the main causes and recommendations. The main goals of this dissertation are listed below: Analyze the economical importance of building pathology; Evaluate the pathology catalogues at an international level; Create new pathology reports to publish at www.patorreb.com; Propose and implement new functionalities in the website. The technical and economical importance of building pathology is analysed using a statistical approach in the first part of this study. A French database is used in order to study the pathologies frequency and the repair costs. The international pathology catalogues are described in the second part. The Portuguese www.patorreb.com website is also presented in detail. The third part represents the original contribution of this dissertation. The different tasks carried out to improve the www.patorreb.com website are described, namely the creation of 16 reports related with mortars and the proposal of a “Bibliography Zone” and a “Terminology Zone”. The pathology reports were produced under a protocol signed between the Building Pathology Study Group – PATORREB and the Portuguese Association of Manufacturers of Building Mortars – APFAC. The “Bibliography Zone” aims to compile the bibliographic references of the pathology reports and to provide a thematic database to the website users with the references of the more relevant publications, standards and websites in the field of building pathology. The “Terminology Zone” includes the definition of the terms and parameters frequently used in building pathology. It aims to contribute for the standardization of the language used in the pathology reports. KEYWORDS: Pathology, Costs, Catalogue, Reports, Bibliography, Terminology. v www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... i RESUMO ................................................................................................................................. iii RÉSUMÉ ................................................................................................................................. iv ABSTRACT ............................................................................................................................................... v 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................1 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...............................................................................................................1 1.2. INTERESSE E OBJECTIVOS DO TRABALHO ....................................................................................1 1.3. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO ...............................................................................2 2. A IMPORTÂNCIA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO .........3 2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ...............................................................................................................3 2.2. SISTEMA FRANCÊS DE RESPONSABILIDADES E SEGUROS DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS .....3 2.2.1. A RECEPÇÃO DA OBRA ......................................................................................................................3 2.2.2. AS GARANTIAS OBRIGATÓRIAS ..........................................................................................................4 2.2.3. APLICAÇÃO DAS GARANTIAS: OS SEGUROS OBRIGATÓRIOS ................................................................4 2.3. ANÁLISE DO CUSTO DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO COM BASE NOS DADOS FRANCESES ..5 2.3.1. MECANISMO DE RECOLHA DE DADOS – SYCODÉS ...........................................................................5 2.3.2. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ........................................................................................................6 2.3.3. ANÁLISE EM FUNÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ......................................................................6 2.3.4. ANÁLISE EM FUNÇÃO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS ..........................................................................8 3. CATÁLOGOS DE PATOLOGIA DISPONÍVEIS ................................11 3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................................................11 3.2. CATÁLOGOS EDITADOS NA FORMA DE PUBLICAÇÕES ...............................................................11 3.2.1. “DEFECT ACTION SHEET” ................................................................................................................11 3.2.2. “FICHAS DE REPARAÇÃO DE ANOMALIAS” .........................................................................................12 3.2.3. “CASES OF FAILURE INFORMATION SHEET” ......................................................................................13 3.2.4. “GOOD REPAIR GUIDE” ...................................................................................................................14 3.3. CATÁLOGOS DISPONÍVEIS NA INTERNET .....................................................................................15 3.3.1. “FICHE PATHOLOGIE DU BATIMENT”..................................................................................................16 3.3.2. “IMPARARE DAGLI ERRORI” ..............................................................................................................18 3.3.3. “MAINTAINABILITY OF BUILDINGS” ....................................................................................................20 3.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO – WWW.PATORREB.COM ...................23 vii www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 3.4.1. DA IDEIA À CONCRETIZAÇÃO ........................................................................................................... 23 3.4.2. ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS ................................................................................ 25 3.4.3. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS DE PATOLOGIA...................................................................................... 26 3.4.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO .................................................................... 29 3.4.5. INTRANET DO SITE WWW.PATORREB.COM ........................................................................................ 31 3.5. SÍNTESE DOS CATÁLOGOS DISPONÍVEIS..................................................................................... 33 4. CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS – WWW.PATORREB.COM .................... 37 4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 37 4.2. INSERÇÃO DE NOVAS FICHAS NO SITE ........................................................................................ 37 4.2.1. PROPOSTA DE NOVA METODOLOGIA PARA INSERÇÃO DE FICHAS NO SITE ......................................... 37 4.2.2. CRIAÇÃO DE NOVAS FICHAS: PROTOCOLO APFAC – PATORREB .................................................. 41 4.3. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA O SITE ............................................ 43 4.3.1. INTERESSE DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA ............................................................................. 43 4.3.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS BIBLIOGRÁFICA TEMÁTICA.............................................................. 43 4.3.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARTICULAÇÃO DA BASE DE DADOS COM AS FICHAS DE PATOLOGIA .. 53 4.3.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE .................................... 54 4.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA O SITE........................................... 61 4.4.1. INTERESSE DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA ........................................................................... 61 4.4.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS TEMÁTICA ..................................................................................... 61 4.4.3. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM AS FICHAS DE PATOLOGIA ......................................... 63 4.4.4. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM A “ZONA BIBLIOGRAFIA”............................................. 65 4.4.5. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE .................................. 66 4.5. PROPOSTA DE TRADUÇÃO DO SITE ............................................................................................. 70 4.6. IMPLEMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS NO SITE .............................................................................. 71 5. CONCLUSÕES................................................................................................................ 73 5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 73 5.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ................................................................................................... 74 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 77 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 79 ANEXO A – FICHAS DE PATOLOGIA ......................................................................................... A.1 ANEXO B – BIBLIOGRAFIA........................................................................................................... B.1 ANEXO C – TERMINOLOGIA ........................................................................................................C.1 viii www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção ÍNDICE DE FIGURAS Fig. 1 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função do tipo de edifício ......................................................................................................6 Fig. 2 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função do elemento construtivo ............................................................................................7 Fig. 3 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função da causa do problema...............................................................................................8 Fig. 4 – Exemplo de uma “Defect Action Sheet” do BRE ......................................................................12 Fig. 5 – Fichas de Reparação de Anomalias – Ficha A2 e Ficha A3.....................................................13 Fig. 6 – Exemplo de uma ficha de patologia do CIB – W086 ................................................................14 Fig. 7 – Primeira e última folha do “Good Repair Guide 1” ....................................................................15 Fig. 8 – Site da “Agence Qualité Construction”......................................................................................16 Fig. 9 – Exemplo de uma ficha do catálogo da “Agence Qualité Construction” ....................................17 Fig. 10 – Página principal do site do Politécnico de Milão.....................................................................18 Fig. 11 – Exemplo de uma ficha de patologia do site do Politécnico de Milão ......................................19 Fig. 12 – Exemplo de um “estudo de caso” ...........................................................................................19 Fig. 13 – Página inicial do site “Maintainability of Buildings” .................................................................20 Fig. 14 – Organização das fichas de patologia do catálogo “Maintainability of Buildings” ....................21 Fig. 15 – Exemplo de uma ficha de patologia associada ao descolamento de ladrilhos cerâmicos .....22 Fig. 16 – Página inicial do site www.patorreb.com ................................................................................23 Fig. 17 – Ano de publicação dos diferentes catálogos de patologia disponíveis...................................23 Fig. 18 – Visitas do site www.patorreb.com até Junho de 2008 ............................................................24 Fig. 19 – Tipo de utilizadores registados no site www.patorreb.com.....................................................25 Fig. 20 – Organização do catálogo de patologias..................................................................................26 Fig. 21 – Modelo tipo das fichas de patologia........................................................................................26 Fig. 22 – Campo da ficha de patologia correspondente à “identificação da patologia” .........................27 Fig. 23 – Campo da ficha correspondente à “descrição da patologia” visualizada a partir do site .......27 Fig. 24 – Campo da ficha correspondente às “sondagens e medidas” visualizada a partir do site ......28 Fig. 25 – Campo da ficha correspondente às “causas da patologia” visualizada a partir do site..........28 Fig. 26 – Campo da ficha correspondente às “Recomendações” visualizada a partir do site...............29 Fig. 27 – Organigrama do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB...................30 Fig. 28 – Página inicial da zona Intranet, acessível em www.patorreb.com/intranet.............................31 Fig. 29 – Intranet: informações disponíveis sobre as fichas publicadas................................................32 Fig. 30 – Inserção de uma nova ficha a partir da Intranet .....................................................................32 Fig. 31 – Processo de inserção proposto...............................................................................................39 Fig. 32 – Processo de validação proposto .............................................................................................40 ix www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Fig. 33 – Exemplo do registo das etapas que constituem o processo de publicação de uma ficha de patologia ................................................................................................................................. 40 Fig. 34 – Exemplo de uma ficha de patologia criada no âmbito do protocolo APFAC – PATORREB.. 42 Fig. 35 – Organização das referências bibliográficas em 5 “tipos” ....................................................... 44 Fig. 36 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” ................................................................................... 45 Fig. 37 – Visualização das informações adicionais das referências bibliográficas ............................... 46 Fig. 38 – Resultados obtidos para a pesquisa com a palavra-chave “Freitas” ..................................... 46 Fig. 39 – Ordenação dos livros em função do elemento “ano” ............................................................. 47 Fig. 40 – Secção “Teses” da “Zona Bibliografia” ................................................................................... 48 Fig. 41 – Secção “Artigos” da “Zona Bibliografia” ................................................................................. 49 Fig. 42 – Visualização das informações adicionais de um artigo.......................................................... 50 Fig. 43 – Secção “Normas e Regulamentação” da “Zona Bibliografia”................................................. 51 Fig. 44 – Secção “Sites” da “Zona Bibliografia”..................................................................................... 52 Fig. 45 – Secção “Todos” da “Zona Bibliografia”................................................................................... 52 Fig. 46 – Novo botão “Referências” das fichas de patologia ................................................................ 53 Fig. 47 – Exemplo da visualização das referências bibliográficas de uma ficha de patologia.............. 54 Fig. 48 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista por um membro do corpo editorial . 55 Fig. 49 – Inserção de uma nova referência na secção “Livros” ............................................................ 56 Fig. 50 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet após introdução de nova referência ....... 56 Fig. 51 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista pelo editor ...................................... 57 Fig. 52 – Inserção de uma nova referência na secção “Teses” ............................................................ 58 Fig. 53 – Inserção de uma nova referência na secção “Artigos”........................................................... 59 Fig. 54 – Inserção de uma nova referência na secção “Normas e Regulamentação” .......................... 59 Fig. 55 – Inserção de uma nova referência na secção “Sites” .............................................................. 60 Fig. 56 – Ligação das referências bibliográficas com as fichas de patologia a partir da Intranet......... 61 Fig. 57 – Aspecto da “Zona Terminologia” proposta ............................................................................. 62 Fig. 58 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia ........................................... 63 Fig. 59 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia (2) ...................................... 64 Fig. 60 – Listagem das referências bibliográficas relacionadas com “ladrilhos cerâmicos” ................. 65 Fig. 61 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet por um membro do corpo editorial......................................................................................................................... 67 Fig. 62 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet pelo editor .......... 67 Fig. 63 – Inserção de uma nova definição a partir da Intranet .............................................................. 68 Fig. 64 – Inserção das referências bibliográficas e da bibliografia relacionada.................................... 69 Fig. 65 – Associação de conceitos e parâmetros com a referência bibliográfica em inserção............. 70 Fig. 66 – Página inicial proposta para o site após internacionalização................................................. 71 Fig. 67 – Possível ligação dos catálogos de patologia disponíveis através de uma plataforma do CIB – W086 ...................................................................................................................................... 75 x www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 – Custo médio de reparação em função do elemento construtivo onde se manifestou o problema ................................................................................................................................7 Tabela 2 – Custo médio de reparação em função da causa do problema ..............................................9 Tabela 3 – Organização do catálogo em função dos elementos construtivos ......................................25 Tabela 4 – Distribuição das fichas publicadas em função do elemento construtivo no qual se manifestou a patologia e do principal fenómeno observado ...............................................33 Tabela 5 – Número de fichas desenvolvidas em função dos principais fenómenos patológicos observados em argamassas................................................................................................41 Tabela 6 – Calendarização para implementação das propostas no site ...............................................72 xi www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção SÍMBOLOS E ABREVIATURAS – Coeficiente de condutibilidade térmica [W/(m.ºC)] AQC – Agence Qualité Construction APFAC – Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção AS – Australian Standards ASTM – International Organization for Standardization BEST – Building Environment Science & Technology Department BRE – Building Research Establishment BS – British Standards CIB – International Council for Research and Innovation in Building and Construction DAS – Defect Action Sheet FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ISBN – International Standard Book Number ISO – International Organization for Standardization ISSN – International Standard Serial Number IST – Instituto Superior Técnico LFC – Laboratório de Física das Construções LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil NUS – National University of Singapore RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios SYCODÉS – SYstème de COllecte d’informations sur les DÉSordres UA – Universidade de Aveiro UBI – Universidade da Beira Interior UM – Universidade do Minho UNL – Universidade Nova de Lisboa UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro xiii 1 INTRODUÇÃO 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Apesar de existir uma preocupação crescente com a qualidade da construção, muitos dos edifícios construídos nos últimos anos não apresentam o desempenho e a durabilidade esperada e não existe informação disponível com a sistematização das principais patologias que afectam esses edifícios. A física das construções constitui um instrumento importante no dimensionamento dos elementos de construção. Contudo, nem sempre são utilizados os conhecimentos disponíveis, o que explica muitos dos erros observados. No mínimo, deveria utilizar-se a informação disponível sobre patologia da construção de forma a evitar a escolha de soluções inadequadas. O registo dos erros e a análise das causas que lhe deram origem, bem como a sua divulgação, são fundamentais para o conhecimento das patologias mais frequentes. Neste sentido, o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB criou o site www.patorreb.com [1], onde se procede à publicação e divulgação de um catálogo formado por um conjunto de fichas de patologia que contêm a descrição do problema, os métodos de diagnóstico utilizados, a definição das principais causas dos problemas estudados e recomendações para uma possível reparação [2]. 1.2. INTERESSE E OBJECTIVOS DO TRABALHO A patologia da construção assume um papel cada vez mais importante em engenharia civil e na sociedade em geral. Verifica-se que os edifícios construídos nos últimos anos não apresentam a qualidade esperada, podendo mesmo afirmar-se que há alguns milhares de fogos, construídos recentemente, com patologias muito graves que condicionam a sua utilização. A falta de sistematização do conhecimento motiva o aparecimento sucessivo das patologias e a repetição continuada dos mesmos erros. O site www.patorreb.com é uma ferramenta de elevada relevância que contribui para a divulgação da informação da patologia da construção, de forma organizada, pelo que se considerou importante proceder ao seu desenvolvimento nesta dissertação. A presente dissertação tem por objectivo: Analisar a importância económica da patologia da construção; Avaliar os diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional; Desenvolver novas fichas de patologia a publicar no site www.patorreb.com; Propor e implementar novas funcionalidades no site, nomeadamente: o Uma base de dados bibliográfica temática sobre patologia da construção; www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Uma “Zona Terminologia” com as definições dos conceitos e parâmetros correntemente utilizados em patologia da construção; o A preparação de uma versão em inglês do site que permitirá a sua internacionalização. o 1.3. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO O presente trabalho encontra-se estruturado em três partes principais. Na primeira parte do trabalho (capítulo 2) faz-se uma análise estatística da importância da patologia da construção abordando dois aspectos principais: a frequência das patologias e custos de reparação envolvidos. Face à impossibilidade de obter dados representativos da situação nacional optou-se por efectuar esta análise recorrendo a uma base de dados francesa sobre patologia da construção. Antes de proceder à análise dos dados recolhidos e à apresentação das conclusões do estudo apresenta-se sumariamente o sistema francês de responsabilidades e seguros da construção de edifícios que permite recolher e sistematizar a informação. No início do terceiro capítulo, que corresponde à segunda parte do trabalho, apresentam-se sumariamente os diferentes catálogos de patologia desenvolvidos a nível internacional. Os catálogos encontram-se listados por ordem cronológica, apresentando-se primeiro os que foram editados na forma de publicações e, posteriormente, os que se encontram disponíveis na Internet. Por fim, descreve-se detalhadamente o site www.patorreb.com e o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB. A terceira e última parte do trabalho, correspondente ao capítulo 4, contém a descrição das diferentes contribuições desenvolvidas pelo autor para dinamizar o site www.patorreb.com, nomeadamente: Desenvolvimento de um conjunto de fichas de patologia temáticas, associadas a argamassas, a publicar no site; Proposta e implementação da “Zona Bibliografia”; Proposta e implementação da “Zona Terminologia”; Proposta e implementação da tradução do site. As fichas foram criadas na sequência de um protocolo elaborado entre o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB e a Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC [3]. As 16 fichas de patologia desenvolvidas, uma das principais tarefas, encontramse compiladas no Anexo A por uma mera questão de organização. A “Zona Bibliografia” tem dois objectivos principais: compilar, organizadamente, as referências bibliográficas das fichas de patologia e disponibilizar aos utilizadores do site uma base de dados temática com as referências das publicações, normas e sites mais relevantes no domínio da patologia da construção. Para permitir a implementação desta zona recolheu-se mais de uma centena de referências bibliográficas, compiladas posteriormente no Anexo B. A “Zona Terminologia” contém a definição dos conceitos e parâmetros mais utilizados em patologia da construção e pretende contribuir para a uniformização da linguagem utilizada nas fichas de patologia, bem como auxiliar os utilizadores do site a compreender alguns conceitos menos familiares. O Anexo C contém mais de 150 definições complementadas, sempre que possível, com esquemas e fotografias. A tradução do site tem como principal objectivo permitir a sua internacionalização. 2 2 A IMPORTÂNCIA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Em engenharia civil designa-se por patologia a um defeito que surge de forma inesperada antes do final da vida útil de um material, componente ou sistema de um edifício. As patologias preocupam todos os intervenientes no processo de construção, bem como os utilizadores e proprietários de um edifício. A sua importância pode ser quantificada em termos económicos com base no custo dos trabalhos de reparação necessários para repor a situação original. A patologia pode ser considerada um indicador da qualidade na construção, assumindo assim um papel de elevada relevância. No presente capítulo faz-se uma análise estatística da importância da patologia da construção abordando dois aspectos principais: a frequência de aparecimento das patologias e os custos de reparação envolvidos. Os dados existentes em Portugal resultam de trabalhos pontuais de investigação, não permitindo uma abordagem global. Face à impossibilidade de obter dados representativos da situação nacional optouse por efectuar esta análise recorrendo a uma base de dados francesa sobre patologia da construção. Esta base de dados apoia-se no sistema francês de responsabilidades e seguros da construção de edifícios que permite recolher e sistematizar a informação referente aos sinistros que ocorrem nos edifícios franceses. A análise foi desenvolvida com o objectivo de obter conclusões genéricas que possam ser extrapoladas, sem grande risco, para a construção portuguesa. 2.2. SISTEMA FRANCÊS DE RESPONSABILIDADES E SEGUROS DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 2.2.1. A RECEPÇÃO DA OBRA A “recepção” é uma etapa fundamental do processo de construção que marca a conclusão da obra e a sua entrega ao dono de obra. Em termos práticos, trata-se de um acto formal através do qual o dono de obra declara aceitar, na presença do construtor, a conclusão dos trabalhos, a sua boa execução e a conformidade com o estabelecido no contrato. Os profissionais responsáveis pela construção convocam o dono de obra para formalizar a recepção logo que considerem que a obra se encontra concluída. Nestas circunstâncias e de acordo com o sistema francês, podem resultar três situações distintas: www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Os trabalhos previstos não estão executados na totalidade ou as imperfeições são de tal ordem que se pode considerar a obra como inacabada. Neste caso o dono de obra deve recusar a recepção e acordar uma nova data com o construtor de forma amigável ou, em último caso, recorrendo ao tribunal; A obra encontra-se concluída e apresenta patologias ou defeitos de acabamento que não justificam a recusa da recepção. O dono de obra deve aceitar a recepção com “reservas”, indicando por escrito os problemas detectados e os prazos de reparação acordados com o construtor. O dono de obra pode conservar até 5 % do valor adjudicado até à reparação dos problemas assinalados; A obra encontra-se concluída, sem defeitos visíveis e sem não conformidades. O dono de obra deve aceitar a recepção sem reservas [4]. 2.2.2. AS GARANTIAS OBRIGATÓRIAS 2.2.2.1. Garantia de “Perfeito Acabamento” A garantia de “perfeito acabamento” assegura a reparação das patologias que tenham sido objecto de reserva no processo de recepção ou que se manifestaram durante o ano seguinte. Engloba todos os tipos de patologias com excepção das que podem ser imputadas à deficiente manutenção do edifício ou das suas partes. Esta garantia é assegurada pela empresa de construção em benefício do dono de obra e dos sucessíveis proprietários do imóvel. 2.2.2.2. Garantia de “Bom Funcionamento” Os elementos e equipamentos dissociáveis da obra, como por exemplo portas, janelas e radiadores, encontram-se cobertos pela garantia de bom funcionamento durante os dois anos que seguem a recepção. Em caso de avaria ou deficiente funcionamento, o construtor fica obrigado a proceder à sua reparação ou substituição. Salvaguardam-se contudo os casos de força maior (essencialmente catástrofes naturais), bem como aqueles que foram originados por uma deficiente utilização. Esta garantia deve ser assegurada por todos os intervenientes no processo construtivo em benefício do dono de obra e dos proprietários do imóvel. 2.2.2.3. Garantia Decenal A garantia decenal cobre, durante os dez anos que seguem o fim da garantia de “Perfeito Acabamento”, os danos que comprometem a solidez do edifício e dos seus elementos indissociáveis, ou os danos que tornam o edifício impróprio para o fim a que se destina. Contudo, não se incluem nesta garantia os danos resultantes da falta de manutenção ou aqueles que foram causados por uma deficiente utilização. As fissuras graves resultantes de assentamentos diferenciais ou de deformações excessivas e as infiltrações através da envolvente são exemplos de problemas cobertos por esta garantia. 2.2.3. APLICAÇÃO DAS GARANTIAS: OS SEGUROS OBRIGATÓRIOS 2.2.3.1. Seguro de Reparação de Danos O seguro de reparação de danos deve ser subscrito por qualquer pessoa que, na qualidade de dono de obra ou mandatário do dono de obra, manda realizar trabalhos de construção de edifícios. A sua subs- 4 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção crição deve ser efectuada antes do início da obra, para benefício do dono de obra e dos proprietários seguintes, garantindo, independentemente da procura de responsabilidades, o pagamento da totalidade dos trabalhos de reparação da responsabilidade dos construtores [5]. Este seguro garante assim o rápido financiamento dos trabalhos de reparação de danos cobertos pela garantia decenal, sem procurar responsabilidades. 2.2.3.2 Seguro de Responsabilidade Decenal O seguro de responsabilidade decenal deve ser subscrito obrigatoriamente no início da obra por todos os intervenientes no processo construtivo. Este seguro tem um papel importante para o apuramento de responsabilidades no âmbito da garantia decenal. A empresa seguradora implicada num determinado processo de reparação de danos adquire os deveres do cliente depois de o ter indemnizado. Por outras palavras, a seguradora deve, para seu próprio benefício, apurar qual o responsável pelos danos causados ao edifício. Esta tarefa fica a cargo de peritos especializados que trabalham para as seguradoras. A empresa ou o profissional responsável será notificada pela seguradora implicada no processo de reparação de danos, devendo accionar o seu seguro de responsabilidade decenal de imediato. Esta segunda etapa é totalmente externa ao dono de obra [6]. Em síntese listam-se as principais etapas de um caso hipotético de aplicação da garantia decenal francesa: O proprietário de um edifício detecta a existência de um problema coberto pela garantia decenal e informa a companhia seguradora responsável pelo seguro de “reparação de danos”; A seguradora regista o problema e financia de imediato os trabalhos de reparação; A causa do problema é determinada e o profissional/empresa responsável é notificado; O profissional ou a empresa responsável acciona o seu seguro de responsabilidade decenal; O caso termina com a resolução do problema entre as duas empresas seguradoras. 2.3. ANÁLISE DO CUSTO DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO COM BASE NOS DADOS FRANCESES 2.3.1. MECANISMO DE RECOLHA DE DADOS – SYCODÉS Em França, a “Agence Qualité Construction” (AQC) [7], organismo responsável pela apreciação e implementação da qualidade na construção, criou um mecanismo de recolha e análise dos sinistros declarados às companhias seguradoras – sistema SYCODÉS (“SYstème de COllecte d’informations sur les DÉSordres”), no âmbito da garantia decenal e dos seguros inerentes (seguros de reparação de danos e de responsabilidade decenal), obrigatórios em França desde 1978. Estes dados constituem um elemento fundamental na avaliação da importância da patologia da construção. O funcionamento do sistema é simples: é alimentado por fichas preenchidas pelos peritos a cargo das seguradoras. As fichas são anónimas e contêm a descrição sucinta de um único problema, ou seja, uma única causa que afecta um único elemento construtivo. Anualmente, a AQC compila a informação de 10 a 15 % dos sinistros indemnizados no âmbito da garantia decenal. 5 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 2.3.2. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Os dados analisados no presente estudo foram recolhidos aleatoriamente pelo SYCODÉS com base em 73.704 casos de sinistros, originados em edifícios de habitação, entre 1995 e 2006. Os custos de reparação apresentados não incluem os custos imateriais e representam o valor actualizado ao ano de 2006 [8]. O valor total dispendido na reparação dos casos analisados corresponde a 380 milhões de euros, o que representa apenas uma pequena parcela do custo da patologia da construção em França para o período analisado. De acordo com estes dados, o custo de reparação de um sinistro é, em média, igual a 5.150 €. Na Figura 1 apresenta-se um diagrama circular com a repartição dos sinistros em função do tipo de edifício e um gráfico de barras com os custos de reparação correspondentes. Figura 1 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função do tipo de edifício Verifica-se que os edifícios de habitação unifamiliares e os edifícios multifamiliares apresentam uma repartição semelhante, quer em termos frequência de aparecimento, quer em termos de custos de reparação. 2.3.3. ANÁLISE EM FUNÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS Os sinistros analisados podem ser agrupados em função dos elementos construtivos em que se manifestaram, nomeadamente: Infra-estruturas; Fundações; Super-estrutura; Cobertura inclinada; Cobertura em terraço; Fachada; Vãos envidraçados; Envolvente interior; Equipamentos de climatização; Outros equipamentos. Na Figura 2 apresenta-se a repartição dos sinistros analisados e dos custos dos trabalhos de reparação correspondentes em função dos elementos construtivos listados anteriormente. 6 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Figura 2 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função do elemento construtivo A fachada é o elemento do edifício onde se registou o maior número de problemas, sendo que um em cada cinco sinistros analisados ocorreu nesse elemento. Os problemas associados a coberturas inclinadas aparecem em segundo lugar, seguidos pelos problemas relacionados com a envolvente interior do edifício (paredes divisórias, tectos e revestimentos). Os sinistros imputáveis à super-estrutura são os menos frequentes. A análise por custos de reparação evidencia uma repartição diferente dos sinistros. Neste caso, os problemas associados às fundações do edifício aparecem em primeiro lugar, representando cerca de 20 % do custo total envolvido nas reparações dos casos analisados. Para compreender melhor qual o peso de cada tipo de sinistro nos custos de reparação apresenta-se na Tabela 1 o custo médio de reparação dos sinistros em função do elemento construtivo no qual se manifestou. Tabela 1 – Custo médio de reparação em função do elemento construtivo onde se manifestou o problema Elemento Construtivo Custo médio de reparação (€) Fundações 11.405 € Super-estrutura 7.166 € Envolvente interior 5.871 € Infra-estruturas 4.910 € Cobertura em terraço 4.622 € Fachada 4.153 € Equipamentos de climatização 3.736 € Cobertura inclinada 3.620 € Vãos envidraçados 2.881 € Outros equipamentos 2.865 € Em síntese, a análise destes dados permite concluir que: Os problemas ocorrem com mais frequência nas fachadas dos edifícios; 7 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Os problemas associados à super-estrutura do edifício são menos correntes; As reparações de problemas associados às fundações dos edifícios são as mais dispendiosas, sendo em média três vezes mais caras que as reparações de problemas em fachadas. 2.3.4. ANÁLISE EM FUNÇÃO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS Os sinistros analisados podem ser agrupados em função da sua causa, nomeadamente: Defeitos de concepção; Defeitos de execução; Incidentes de obra; Defeitos dos materiais; Defeitos de manutenção ou utilização; Outros defeitos. Na Figura 3 apresenta-se a repartição dos sinistros analisados e dos custos dos trabalhos de reparação correspondentes em função da causa dos problemas que os originaram. Figura 3 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função da causa do problema Os sinistros causados por defeitos de execução são claramente mais frequentes que os restantes sendo também, por essa razão, os que mais dinheiro envolveram na sua reparação (242 milhões de euros). Os restantes problemas representam apenas 21 % do total dos sinistros analisados, dos quais se destacam os problemas relacionados com defeitos de concepção (14 % do total). Se analisarmos o custo de cada sinistro isoladamente verifica-se que os casos originados por defeitos de concepção apresentam um custo duas a três vezes superior aos restantes. Os sinistros causados pela deficiente execução apresentam um custo unitário médio da ordem de 4.000 €, semelhante aos custos médios dos sinistros causados pela deficiente manutenção/utilização e pelos defeitos dos materiais (Tabela 2). A análise destes dados permite concluir que: 8 A grande maioria dos problemas deve-se a defeitos de execução; A reparação de um problema causado por uma deficiente concepção é, em média, duas vezes e meia mais onerosa do que a reparação de qualquer outro tipo de problema. www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Tabela 2 – Custo médio de reparação em função da causa do problema Elemento Construtivo Custo médio de reparação (€) Defeitos de concepção 10.731 € Outros defeitos 4.595 € Defeitos de manutenção ou utilização 4.271 € Incidente de obra 4.220 € Defeitos de execução 4.166 € Defeitos dos materiais 4.063 € 9 3 CATÁLOGOS DE PATOLOGIA DISPONÍVEIS 3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS No presente capítulo faz-se uma breve caracterização dos diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional, apresentando primeiro os catálogos editados na forma de publicações e de seguida os que se encontram disponíveis na Internet. O catálogo do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB é apresentado mais pormenorizadamente por se tratar da base do presente trabalho. No final do capítulo faz-se uma selecção dos catálogos mais relevantes e sintetiza-se, na forma de uma matriz, os principais fenómenos físicos abordados nas fichas de patologia publicadas nesses catálogos. 3.2. CATÁLOGOS EDITADOS NA FORMA DE PUBLICAÇÕES 3.2.1. “DEFECT ACTION SHEET” Entre Maio de 1982 e Março de 1990, o Departamento de Prevenção de Defeitos na Construção do “Building Research Establishment – BRE” [9], organização do Reino Unido especialista em edifícios, elaborou e publicou um total de 144 fichas de patologia designadas por “Defect Action Sheet – DAS”. As fichas, constituídas por duas páginas A4, apresentam a seguinte estrutura: Descrição da patologia e respectivas causas recorrendo a imagens e fotografias sempre que possível (frente da ficha); Identificação das principais medidas de prevenção através da apresentação de esquemas ilustrativos (verso); Listagem das referências bibliográficas e bibliografia relacionada, no verso da ficha (campo facultativo). As fichas foram divididas em dois grupos em função da origem da patologia, aparecendo a designação “design” naquelas em que o problema pode ser atribuído a um defeito de concepção e “site” quando o problema se deve a uma deficiente execução. Para facilitar a sua distinção, os cabeçalhos e rodapés das fichas apresentam diferentes cores: verde quando se trata de uma ficha do tipo “design” e vermelho para as fichas do tipo “site”. A título de exemplo apresenta-se na Figura 4 a ficha DAS 121 (Site) do BRE, publicada em Outubro de 1988. www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Figura 4 – Exemplo de uma “Defect Action Sheet” do BRE Segundo Peter Trotman [10] as fichas de patologia foram elaboradas com o intuito de informar os projectistas e outros intervenientes no processo de construção, sendo fornecidas gratuitamente aos responsáveis pela gestão e qualidade dos edifícios do Reino Unido durante vários anos. Porém, estas fichas acabaram por cair rapidamente em desuso, tornando-se obsoletas devido à falta de actualização e ao constante desenvolvimento dos materiais e tecnologias utilizadas na construção civil. O BRE é o primeiro a alertar para este facto, informando que o conteúdo das fichas pode já não corresponder às melhores práticas actuais. 3.2.2. “FICHAS DE REPARAÇÃO DE ANOMALIAS” Poucos anos após o lançamento da primeira ficha do BRE foi apresentada uma metodologia para a elaboração de fichas de patologia durante o 1.º Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios de Habitação, realizado em Junho de 1985 pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC [11]. Na metodologia apresentada por PAIVA, J. V. et al (1985) [12] sugere-se a divisão das fichas em três categorias: “anomalias estruturais”, “anomalias não estruturais” e “instalações e equipamentos”, sendo cada ficha organizada em quatro capítulos: 12 Sintomas; Exame; Diagnóstico das causas; Reparação. www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Foram publicadas 9 fichas deste tipo, designadas “Fichas de reparação de anomalias”, onde se privilegiou exclusivamente a informação escrita. Apresentam-se de seguida, a título de exemplo, duas dessas fichas (Figura 5). Figura 5 – Fichas de Reparação de Anomalias – Ficha A2 e Ficha A3 3.2.3. “CASES OF FAILURE INFORMATION SHEET” Em Junho de 1993, o grupo “Building Pathology” do CIB – W086 [13] editou uma publicação intitulada “Building Pathology – A State of the Art Report” [14]. O sexto capítulo desta publicação foi inteiramente dedicado às fichas de patologia, alertando para a sua importância e para a necessidade de se proceder à sistematização do conhecimento. Referiu-se inclusivamente que “a acumulação de experiências negativas e a análise de casos patológicos pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade na construção”. Neste sentido, foi proposto um formato para a elaboração de fichas de patologia, com a seguinte estrutura: Apresentação do elemento em estudo; Descrição da manifestação; Descrição das patologias mais evidentes; Descrição das patologias que podem ser alvo de ensaios; Representação gráfica (fotografias, desenhos e esquemas); Identificação dos agentes que podem causar o problema; Erros; Árvore de falhas e diagnóstico. 13 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Adicionalmente, foram elaboradas 3 fichas com base neste modelo, apresentando-se de seguida o exemplo de uma ficha associada ao descolamento de elementos cerâmicos (Figura 6). Figura 6 – Exemplo de uma ficha de patologia do CIB – W086 Mais tarde, durante a reunião anual do CIB – W086 realizada em Vancouver em Junho de 1999, foi proposta a criação de um fórum aberto onde fosse possível publicar estudos de casos de patologia – o “Building Pathology Forum (BPForum)”. A criação deste fórum tinha vários objectivos dos quais se destacam os seguintes: Permitir a troca de informação e a criação de debates sobre os diferentes estudos realizados; Organizar e divulgar, através da Internet, informação acerca de: o Casos interessantes de patologias; o Associações, profissionais, investigadores e respectivos serviços oferecidos na área de diagnóstico e tratamento de edifícios; o Métodos de diagnóstico; o Literatura científica e outras referências bibliográficas de interesse; o Etc. Contudo, esta ideia não se concretizou de imediato, seguindo-se um certo período de estagnação durante os anos que seguiram o encontro. Os actuais coordenadores do CIB – W086, Vasco Peixoto de Freitas e Sergio Croce, estão a procurar desenvolver um fórum deste tipo. Outra prioridade do Grupo passa pela elaboração de um novo “Estado da Arte” sobre Patologia da Construção, redigido pelos vários membros do CIB – W086. A publicação encontra-se ainda numa fase inicial, prevendo-se a sua conclusão para o final de 2009, na qual se incluíra um conjunto de fichas de patologia e a listagem dos catálogos disponíveis na Internet. 3.2.4. “GOOD REPAIR GUIDE” O Building Research Establishment – BRE não publica fichas de patologia da série DAS desde 1990. Contudo, continua a editar periodicamente uma vasta lista de publicações na área das construções na 14 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção forma de fichas ou guias, nomeadamente os “Digests”, os “Information Papers”, os “Good Building Guides” e os “Good Repair Guides”. Estes últimos podem ser considerados os sucessores das “Defect Action Sheet – DAS” uma vez que são editados na forma de desdobráveis que contêm informações relacionadas com a patologia da construção (Figura 7). Figura 7 – Primeira e última folha do “Good Repair Guide 1” A primeira ficha da série “Good Repair Guide” foi publicada em Setembro de 1996 e contém significativamente mais informação do que as primeiras fichas de patologia editadas pelo BRE entre 1982 e 1990. Estas publicações são guias práticos desenvolvidos no sentido de facilitarem a identificação, o diagnóstico e a reparação das patologias dos edifícios mais correntes no Reino Unido. As patologias são apresentadas de uma forma genérica, sendo analisadas as possíveis causas e especificadas soluções para a sua reparação. Cada guia desenvolve-se em cerca de 4 a 6 páginas, não tendo uma estrutura comum. Actualmente existem 34 guias deste tipo. 3.3. CATÁLOGOS DISPONÍVEIS NA INTERNET A partir do ano 2000 a Internet tem um desenvolvimento extraordinário tornando-se mais acessível e mais rápida. Esta ferramenta constituiu assim uma nova oportunidade para a divulgação de informação, de forma quase instantânea e praticamente sem custos para o utilizador. É compreensível que a partir desse momento tenham começado a surgir catálogos de patologia na Internet em detrimento, ou pelo menos em complemento, das antigas versões impressas. Esta forma de proceder à divulgação da informação apresenta várias vantagens, nomeadamente: 15 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Facilidade de divulgação; Custo global reduzido; Maior flexibilidade na actualização das fichas; Possibilidade de introduzir material multimédia (animações, vídeos, som, etc.); Etc. De seguida apresentam-se sumariamente alguns dos sites mais relevantes que disponibilizam fichas de patologia na Internet. 3.3.1. “FICHE PATHOLOGIE DU BÂTIMENT” As fichas designadas por “Pathologie du bâtiment” foram elaboradas e publicadas pela “Agence Qualité Construction” (AQC) [7], organismo francês responsável pela apreciação e implementação da qualidade na construção, em associação com a “Fondation Excellence SMA” [15], do Grupo SMABTP, sociedade de seguros mútuos líder no domínio da construção em França. Estas fichas foram elaboradas numa perspectiva de divulgar e prever as principais patologias dos edifícios em França, tendo como base os resultados da análise dos sinistros declarados às companhias seguradoras no âmbito dos seguros de construção obrigatórios. As 61 fichas de patologias existentes foram criadas em 1995 e disponibilizadas na Internet desde o final de Junho de 2003, podendo ser consultadas a partir do site da AQC e do site do Grupo SMABTP. Estas fichas encontram-se agrupadas em função dos elementos construtivos afectados, nomeadamente (Figura 8) [5]: Fundações e infra-estruturas; Estrutura de suporte; Envolvente e revestimentos exteriores; Coberturas e estruturas de suporte; Acabamentos interiores; Equipamentos. Figura 8 – Site da “Agence Qualité Construction” 16 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Cada ficha refere as manifestações e as causas da patologia, bem como as recomendações construtivas para evitar a sua ocorrência, sendo a informação dividida da seguinte forma (Figura 9): Descrição da patologia, ilustrada com imagens do problema; Diagnóstico, em que é realizada a identificação e a descrição das principais causas que estão na origem do problema; Pontos “sensíveis”, sendo caracterizadas as principais regras a cumprir na fase de concepção, com base na normalização e regulamentação em vigor; Conselhos de prevenção, sendo indicadas algumas regras práticas para evitar o aparecimento do problema. Figura 9 – Exemplo de uma ficha do catálogo da “Agence Qualité Construction” Esta informação é apresentada de uma forma interactiva, existindo numerosas ligações a textos complementares, tais como estratos de regulamentos técnicos, artigos publicados em revistas profissionais e informações técnicas. Para além das informações disponibilizadas na zona principal das fichas de patologia, existe ainda uma zona designada “para saber mais” que contém a definição de vários conceitos utilizados na ficha, bem como as referências bibliográficas do tema abordado. Os conceitos são definidos de uma forma clara, sendo por vezes ilustrados com esquemas ou imagens. As referências disponibilizadas são específicas de cada ficha e permitem frequentemente descarregar o texto para consulta ou aceder a sites a partir dos quais é possível adquirir o documento mediante pagamento. 17 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 3.3.2. “IMPARARE DAGLI ERRORI” O catálogo de patologias italiano “Imparare dagli errori” [16], em português “aprender com os erros”, foi desenvolvido pelo Prof. Enrico de Angelis do Departamento de Ciência e Tecnologia do Património Edificado (BEST) do Politécnico de Milão [17]. O trabalho foi solicitado pela Região Italiana de Lombardia e editado na forma de publicação e CD-Rom, encontrando-se também disponível para consulta no site do BEST. O site, redigido em italiano, assemelha-se a uma plataforma a partir da qual é possível descarregar uma série de fichas para posterior consulta ou impressão, encontrando-se dividido nas seguintes partes (Figura 10): Fichas de materiais; Fichas de mecanismos de alteração; Fichas de patologia; Fichas de estudos de caso; Fichas de anomalias (terminologia). Figura 10 – Página principal do site do Politécnico de Milão As 11 fichas de materiais disponíveis descrevem resumidamente os materiais mais utilizados na construção civil, sendo devidamente ilustradas com fotografias e esquemas. São também apresentadas as principais características desses materiais, as suas principais aplicações e os mecanismos de alteração mais frequentes. As fichas relativas aos mecanismos de alteração descrevem os principais fenómenos físicos que estão na origem da degradação dos materiais de construção. Existe um total de 12 fichas que descrevem o mesmo número de fenómenos, tal como a corrosão de elementos metálicos, a acção dos ciclos de gelo/degelo e as deformações por variação de temperatura. Na secção “fichas de patologia” é possível descarregar cerca de uma centena de fichas que contêm a descrição da patologia e a identificação do principal mecanismo de alteração que originou o problema, bem como recomendações a ter em conta nas fases de projecto, execução e utilização dos edifícios. As 18 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção fichas disponíveis descrevem um único problema, sem se centrar num caso específico. Cada patologia é descrita de uma forma genérica, apresentando fotografias de vários exemplos reais (Figura 11). Figura 11 – Exemplo de uma ficha de patologia do site do Politécnico de Milão No campo “estudos de caso” encontram-se disponíveis cerca de duas dezenas de fichas onde são apresentados diferentes casos práticos. Contrariamente às fichas de patologia que descrevem os problemas de forma genérica, os “estudos de caso” apresentam situações reais e podem abordar mais do que um fenómeno em simultâneo. Estas fichas apresentam uma breve descrição do elemento e da patologia em estudo, um campo designado “hipótese de diagnóstico” onde são apresentadas resumidamente as causas do problema e, por último, sugestões e recomendações para resolver o problema (Figura 12). Figura 12 – Exemplo de um “estudo de caso” 19 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Por fim, é ainda possível consultar cerca de três dezenas de fichas que contêm a definição dos conceitos mais utilizados em patologia da construção. Cada ficha contém a definição de um conceito, apresentada de forma sucinta e, por vezes, ilustrada com fotografias e esquemas. 3.3.3. “MAINTAINABILITY OF BUILDINGS” A Autoridade para a Construção de Edifícios e a Universidade Nacional de Singapura (NUS) desenvolveram um projecto de dois anos com a finalidade de estudar problemas de diferentes tipos de edifícios sujeitos a climas tropicais. Concluído em 2004 com um orçamento final de quase quatro milhões de dólares, este projecto pretende contribuir para a melhoria da concepção e qualidade das construções, bem como para o desenvolvimento de edifícios eficientes que necessitem do mínimo de manutenção possível. As áreas estudadas abrangem quatro grupos: fachadas, zonas húmidas interiores, pavimentos térreos e coberturas. As patologias que surgem mais frequentemente nestas quatro zonas são identificadas com o objectivo de estudar os problemas mais correntes em edifícios de grande altura. Os resultados do trabalho estão acessíveis, mediante pagamento, a partir do site “Maintainability of Buildings” em www.hpbc.bdg.nus.edu.sg [18] (Figura 13). Figura 13 – Página inicial do site “Maintainability of Buildings” O site é redigido em inglês e apresenta uma organização simples, encontrando-se dividido nos seguintes campos: 20 Catálogo de patologias; Manuais de materiais; Ensaios não destrutivos; “Maintainability scoring system”. www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção O catálogo disponibiliza mais de 250 fichas de patologia, com variadíssimas ilustrações, fotografias, animações e esquemas. As fichas podem ser visualizadas a partir do site, não sendo possível descarregá-las para posterior impressão. As fichas do catálogo encontram-se organizadas em função dos elementos construtivos em que se manifestaram os problemas, sendo posteriormente agrupadas de acordo com as patologias que ocorrem mais frequentemente nesses elementos, tal como se exemplifica na Figura 14. CATÁLOGO Zonas Húmidas Piso Acabamentos Fachadas Pavimentos Coberturas Instalações Fichas … Cerâmicos - Fissuração - Sujidade - Planeza Pinturas - Destacamento - Empolamento - Fungos - Fissuração Tectos - Fungos … Figura 14 – Organização das fichas de patologia do catálogo “Maintainability of Buildings” Cada ficha apresenta uma organização característica, organizada de acordo com os seguintes campos: “Imagens”, onde é apresentada uma imagem da patologia em estudo e, por vezes, uma animação; “Introdução”, onde se faz uma breve descrição do edifício e do problema em estudo; “Causas do problema”. Neste campo são apresentadas as principais causas da patologia descrevendo, sempre que possível, os principais fenómenos físicos que estiveram na origem do problema; O campo designado de “Boas Práticas” agrupa uma série de regras e recomendações a adoptar na fase de projecto, execução e utilização dos edifícios de forma a evitar o aparecimento de problemas semelhantes ao descrito; As principais normas relacionadas com o problema descrito são também listadas e agrupadas no campo designado “Normas” em função da instituição que as edita (AS, ASTM, BS, SS e ISO); Os procedimentos de manutenção mais usuais e os ensaios que podem ser utilizados no diagnóstico do problema em estudo são descritos no campo “manutenção e diagnóstico”; 21 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção As possíveis soluções de reparação são descritas num campo próprio designado “Medidas correctivas”; Finalmente, existem mais dois campos designados “Casos similares” e “Referências” que agrupam, respectivamente, as fichas de patologia relacionadas com o caso em estudo e as referências bibliográficas consultadas. A título de exemplo apresenta-se o campo “Imagens” de uma ficha associada ao descolamento de ladrilhos cerâmicos (Figura 15). Figura 15 – Exemplo de uma ficha de patologia associada ao descolamento de ladrilhos cerâmicos O site disponibiliza mais três zonas para consulta para além deste completo catálogo de patologias, nomeadamente os “Manuais de materiais”, os “Ensaios não destrutivos” e a zona designada “Maintainability Scoring System”. A zona “Manuais de materiais” oferece informações acerca dos materiais de construção utilizados nas fachadas, zonas húmidas interiores, pavimentos térreos e coberturas de edifícios, dando maior ênfase à durabilidade e à sustentabilidade. As indicações fornecidas destinam-se aos vários intervenientes no processo de construção, de forma a poderem escolher adequadamente materiais que contribuam para um correcto desempenho dos edifícios ao longo da sua vida útil. O campo relativo aos ensaios contém uma listagem de ensaios não destrutivos frequentemente utilizados no diagnóstico de edifícios, sendo apresentada a sua descrição recorrendo a várias fotografias e animações. Finalmente, o site apresenta ainda um sistema que auxilia o dono de obra na escolha de alternativas mais eficientes na fase de concepção do edifício. Com este sistema pretende-se contribuir para o desenvolvimento de edifícios que apresentem um desempenho adequado ao longo da sua vida útil e tenham, simultaneamente, um custo mínimo de ciclo de vida. 22 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 3.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO – WWW.PATORREB.COM 3.4.1. DA IDEIA À CONCRETIZAÇÃO O Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (LFC – FEUP) [19] desenvolveu um site acessível a partir da Internet em www.patorreb.com, onde se procede à publicação e divulgação de um catálogo de fichas de patologia (Figura 16). Figura 16 – Página inicial do site www.patorreb.com A ideia original partiu do Prof. Vasco Peixoto de Freitas, director do Laboratório, tendo sido materializada com o auxílio da Eng.ª Marília Sousa que desenvolveu um trabalho de investigação sobre o assunto e publicou uma dissertação intitulada “Patologia da Construção – Elaboração de uma Catálogo” [5]. O trabalho foi iniciado em 2003 e acompanhado desde logo por uma equipa de programadores [20], encontrando-se disponível na Internet desde Junho de 2004. Tal como se pode verificar na Figura 17, o site www.patorreb.com surgiu pouco depois do trabalho desenvolvido pelos franceses da “Agence Qualité Construction”, coincidindo praticamente com o aparecimento de outros dois catálogos, descritos anteriormente (“Impare dagli errori” e “Maintainability of Buildings”). 1993 1985 1982 B R E L N E C 1996 W 0 8 6 B R E 2003 2004 Agence Qualité Construction PATORREB Imparare dagli errori Maintainability of Buildings Figura 17 – Ano de publicação dos diferentes catálogos de patologia disponíveis 23 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Numa fase inicial o acesso ao site encontrava-se limitado a determinados utilizadores, nomeadamente aos alunos das Universidades envolvidas, às empresas e instituições patrocinadoras e a particulares mediante pagamento. O interesse suscitado pelo site aumentou exponencialmente ano após ano, reflectindo-se claramente no número de visitas. Desde Agosto de 2004 foram registadas mais de 50.000 consultas, verificando-se uma duplicação das visitas de 2004 para 2005, e de 2005 para 2006. Actualmente registam-se mensalmente mais de 1.500 visitantes (Figura 18). Figura 18 – Visitas do site www.patorreb.com até Junho de 2008 Este interesse crescente atraiu novos patrocinadores o que permitiu tornar o acesso ao site gratuito a partir de meados de 2006. Actualmente, o site conta com um total de 30 patrocinadores (21 empresas e 9 instituições) e mais de 2.400 utilizadores registados. Os patrocinadores encontram-se listados numa zona própria do site, onde é possível visualizar o logótipo e nome da entidade patrocinadora, existindo ainda uma ligação que remete para o respectivo site (caso exista). Embora a consulta das fichas seja livre há mais de um ano, apenas os utilizadores registados podem aceder ao catálogo de patologias. Os dados de acesso podem ser obtidos gratuitamente através do preenchimento de um formulário disponibilizado no site, sendo obrigatório fornecer o nome, título e endereço de correio electrónico. Os dados fornecidos são utilizados para fins estatísticos ou para divulgar informação relacionada com o site www.patorreb.com. Por exemplo, a análise dos dados fornecidos pelas últimas 500 inscrições permite obter uma ideia sobre o tipo de visitantes que consultam e descarregam as fichas de patologia disponibilizadas no catálogo (Figura 19). Verifica-se que cerca de 40 % dos utilizadores registados são 24 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção engenheiros, 13 % arquitectos e 25 % estudantes universitários. Os restantes 22 % representam os utilizadores que preencheram incorrectamente o campo “título” da zona inscrição ou que não se incluem nas categorias anteriores. Engenheiro 40% Desconhecido ou Outro 22% Estudante 25% Arquitecto 13% Figura 19 – Tipo de utilizadores registados no site www.patorreb.com 3.4.2. ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS No site procede-se, fundamentalmente, à divulgação de um catálogo constituído por um conjunto de fichas de patologia da construção, tendo sido já publicadas 85 fichas. As fichas encontram-se organizadas em 18 grupos, em função do elemento construtivo no qual se manifestou o problema (Tabela 3). Tabela 3 – Organização do catálogo em função dos elementos construtivos Ref. Elemento Ref. Elemento Ref. Elemento 01 Cobertura Inclinada 07 Parede Interior 13 Junta de Dilatação 02 Cobertura em Terraço Não Acessível 08 Pavimento Térreo 14 Clarabóia 03 Cobertura em Terraço Acessível 09 Pavimento Intermédio 15 Varanda 04 Cobertura em Terraço-Jardim 10 Pavimento Sobre Espaço Exterior 16 Floreira 05 Parede Exterior 11 Vão Envidraçado 17 Guarda do Terraço 06 Parede Enterrada 12 Platibanda 18 Outros É possível encontrar uma determinada ficha recorrendo a diferentes funcionalidades do site. Por exemplo, para obter a listagem das fichas relacionadas com um determinado elemento construtivo basta clicar num dos círculos da figura esquemática apresentada na Figura 20. No caso de se pretender encontrar uma ficha específica, é também possível utilizar a pesquisa por palavra-chave, localizada no canto superior direito do site. 25 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO PATOLOGIAS NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ CONTACTOS Utilizador: sandro SAIR FICHA TÉCNICA utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 20 – Organização do catálogo de patologias 3.4.3. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS DE PATOLOGIA As fichas de patologia encontram-se organizadas de forma a ser possível efectuar a sua impressão ocupando apenas uma página A4, onde se apresenta a descrição de um único fenómeno. São redigidas de uma forma clara e objectiva, encontrando-se organizadas de acordo com os seguintes campos (Figura 21): Identificação da patologia; Descrição da patologia; Sondagens e medidas; Causas da patologia; Recomendações. N.º da Ficha IDENTIFICAÇÃO DA PATOLOGIA Descrição da patologia Sondagens e medidas ºC Causas da patologia Recomendações Figura 21 – Modelo tipo das fichas de patologia 26 % HR www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção A “identificação da patologia” (Figura 22) inclui a classificação e a descrição sumária da patologia em estudo, a indicação do elemento construtivo no qual se manifestou o problema e a indicação do fenómeno físico em estudo. Um número sequencial é atribuído a cada ficha publicada, bem como são apresentadas palavras-chave, definidas de forma a permitir a fácil identificação do problema estudado. Elemento Construtivo – Fenómeno Físico FICHA 000 TÍTULO DA FICHA PALAVRAS-CHAVE Elemento, Patologia, Causa Principal, Solução de Tratamento Figura 22 – Campo da ficha de patologia correspondente à “identificação da patologia” No campo “descrição da patologia” é apresentada, de forma sintética, a patologia em análise, sendo indicados os principais sinais observados e caracterizado sumariamente o elemento em que se manifestou o problema. A descrição da patologia tem como base a observação visual e o registo fotográfico, privilegiando-se a informação gráfica, de modo a permitir identificar, de forma inequívoca, a patologia em estudo (Figura 23). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ CONTACTOS DESCRIÇÃO FICHA PATOLOGIAS 001 SONDAGENS / MEDIDAS CAUSAS SOLUÇÕES DOWNLOAD Pavimento Térreo – Condensações Internas DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA O revestimento à base de PVC do piso térreo de um pavilhão gimnodesportivo apresentava-se descolado e levantado, particularmente na zona das juntas. Após o levantamento do revestimento na zona de uma junta, detectou-se uma forte humidificação na interface de colagem e a degradação da cola. Utilizador: sandro SAIR PALAVRAS CHAVE: Pavimento Térreo, Revestimento à Base de PVC, Descolamento do Revestimento, Condensações Internas, Barreira Pára-Vapor AUTORES: Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa FICHA TÉCNICA REVISOR: Prof. Fernando Henriques utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 23 – Campo da ficha correspondente à “descrição da patologia” visualizada a partir do site No campo designado por “sondagens e medidas” são indicadas as acções que foram necessárias para um exame detalhado da patologia, tais como a realização de sondagens e de medidas em laboratório ou “in situ” (Figura 24). 27 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO FICHA PATOLOGIAS NOVIDADES 001 INSCRIÇÃO FAQ DESCRIÇÃO SONDAGENS / MEDIDAS CAUSAS SOLUÇÕES DOWNLOAD Pavimento Térreo – Condensações Internas DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO SONDAGENS E MEDIDAS CONTACTOS Realizaram-se sondagens para analisar a configuração do pavimento, tendo-se verificado que o revestimento se encontrava colado directamente sobre a camada de suporte, em betão. Tratava-se de um pavimento térreo constituído por caixa de brita, camada de suporte em betão e revestimento à base de PVC colado. Foi efectuada uma carotagem a seco na camada de suporte do revestimento e procedeu-se à determinação do perfil de teor de humidade, tendo-se verificado que o betão se encontrava com o teor de humidade mais elevado à superfície que em profundidade. Efectuaram-se um conjunto de medições de forma a caracterizar as condições higrotérmicas: - Humidade relativa na interface de colagem do revestimento; - Temperatura das várias interfaces do pavimento térreo; - Temperatura interior e humidade relativa da ambiência. Utilizador: sandro SAIR Figura 24 – Campo da ficha correspondente às “sondagens e medidas” visualizada a partir do site Um diagnóstico preciso, devidamente fundamentado, identificando de forma clara as causas, é uma condição fundamental para a correcção adequada dos problemas. Contudo, na prática, a complexidade dos elementos construtivos e a falta de informação dificultam a realização do diagnóstico. Nestas circunstâncias, a recolha de informação é uma tarefa primordial. A análise dos elementos disponíveis, o testemunho dos utilizadores, a observação “in situ” para o estudo da situação real existente, desde a simples inspecção visual à realização de sondagens, ensaios “in situ” ou laboratoriais sobre os elementos de construção ou sobre provetes retirados, são etapas deste processo. A existência de patologias pode ter origem em diversas causas resultantes da conjugação de vários factores, sendo de enorme importância a experiência de um técnico que possa avaliar e estudar o problema. Nas fichas de patologia publicadas no site www.patorreb.com é apresentada a descrição do fenómeno que esteve na origem da patologia, tendo como base o estudo de diagnóstico (Figura 25). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO FICHA PATOLOGIAS NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ CONTACTOS 001 DESCRIÇÃO SONDAGENS / MEDIDAS CAUSAS SOLUÇÕES DOWNLOAD Pavimento Térreo – Condensações Internas DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO CAUSAS DA PATOLOGIA A descolagem do revestimento à base de PVC do pavimento deveu-se à ocorrência de condensações internas na interface de colagem do revestimento, causadas pela ausência de um pára-vapor eficaz e pelas flutuações das condições higrotérmicas do ambiente interior do pavilhão. Como o revestimento à base de PVC do pavimento era muito pouco permeável ao vapor de água, funcionou como um pára-vapor colocado na zona fria do elemento construtivo, durante a noite, quando a temperatura do solo era superior à do ambiente interior. A condensação do vapor de água deu-se na interface de colagem do revestimento do pavimento, originando a degradação da cola e o levantamento das zonas mais frágeis (juntas). Utilizador: Noite ≅ 6 ºC Revestimento à base de PVC sandro 13 ºC SAIR Cola Camada de suporte (Betão) Filme de polietileno Caixa de brita Figura 25 – Campo da ficha correspondente às “causas da patologia” visualizada a partir do site 28 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Nos trabalhos de reparação a efectuar, interessa adoptar procedimentos que assegurem resultados satisfatórios a longo prazo, apesar de ser sempre muito difícil resolver totalmente os problemas associados ao comportamento dos elementos de construção, sem uma intervenção global. São apresentadas algumas recomendações, definidas com base no estudo de diagnóstico realizado e nas causas do problema (Figura 26). Compete assinalar que se tratam de recomendações específicas para o caso em análise, não devendo ser generalizadas para resolver problemas que aparentemente possam ser considerados análogos. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO FICHA PATOLOGIAS NOVIDADES INSCRIÇÃO 001 DESCRIÇÃO SONDAGENS / MEDIDAS CAUSAS SOLUÇÕES DOWNLOAD Pavimento Térreo – Condensações Internas DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO FAQ CONTACTOS SOLUÇÕES POSSÍVEIS DE REPARAÇÃO A correcção da patologia implicaria a seguinte intervenção (A): - Remoção do revestimento à base de PVC; Picagem da camada de suporte em cerca de 0,06 m; Regularização do suporte; Aplicação de uma barreira pára-vapor com permeância – Wp inferior a 2x10¹² kg/(m².s.Pa); - Colocação de um filme de polietileno de protecção; - Execução de uma lajeta de betão, armada, com 0,05 m de espessura; - Colagem do revestimento à base de PVC. Em alternativa, poderia substituir-se o revestimento à base de PVC por um revestimento com um sistema de fixação não “sensível” à água (B). Utilizador: B A Revestimento e sistema de fixação não “sensível” à água sandro Barreira páravapor SAIR PALAVRAS CHAVE: Pavimento Térreo, Revestimento à Base de PVC, Descolamento do Revestimento, Condensações Internas, Barreira Pára-Vapor AUTORES: Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa FICHA TÉCNICA REVISOR: Prof. Fernando Henriques utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 26 – Campo da ficha correspondente às “Recomendações” visualizada a partir do site Além da possibilidade de visualizar o conteúdo das fichas a partir do site www.patorreb.com, é também possível descarregá-las para posterior impressão e consulta. 3.4.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO O site www.patorreb.com apresenta uma particularidade que o distingue dos restantes catálogos de patologia apresentados anteriormente. De facto, embora tenha sido criado por uma única entidade, existe um conjunto de especialistas oriundos de várias Universidades portuguesas que contribuem para o seu desenvolvimento e para a sua constante actualização. Este grupo, designado por “Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB”, surgiu na sequência do 1.º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios – PATORREB 2003 [21] e é coordenado pelo Laboratório de Física das Construções (LFC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). 29 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção O grupo conta ainda com a participação de 7 Universidades portuguesas, representadas por vários Professores especialistas em patologia e reabilitação de edifícios, nomeadamente: Universidade da Beira Interior – Prof. João Lanzinha; Universidade de Aveiro – Prof. Aníbal Costa; Universidade de Coimbra – Prof. Mendes da Silva; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Prof.ª Anabela Paiva; Universidade do Minho – Prof. Barroso de Aguiar; Universidade do Porto – Prof.ª Helena Corvacho; Universidade Nova de Lisboa – Prof. Fernando Henriques; Universidade Técnica de Lisboa – Prof. Jorge de Brito. Este conjunto de especialistas forma o “Corpo Editorial” que efectua a revisão científica das fichas de patologia antes da sua publicação no site. O processo de publicação das fichas é coordenado pelo “Editor” do Grupo de Estudos, o Prof. Vasco Peixoto de Freitas, director do Laboratório de Física das Construções da FEUP, que conta com o apoio de alguns colaboradores. O suporte financeiro é assegurado pelas empresas e instituições patrocinadoras, permitindo assim o acesso gratuito do catálogo de patologias a todos os utilizadores (Figura 27). Editor LFC - Prof. Vasco Peixoto de Freitas Eng.ª Marília Sousa Eng.º Nuno Machado Eng.º Sandro M. Alves Corpo Editorial IST UNL FCTUC UM UBI UTAD UA FEUP - Prof. Jorge de Brito Prof. Fernando Henriques Prof. Mendes da Silva Prof. Barroso de Aguiar Prof. João Lanzinha Prof.ª Anabela Paiva Prof. Aníbal Costa Prof.ª Helena Corvacho Patrocinadores Centro de Informação Empresas Instituições Utilizadores Figura 27 – Organigrama do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB As fichas disponíveis no catálogo de patologias têm de passar obrigatoriamente por um processo de revisão rigoroso de modo a assegurar a qualidade técnica e científica das mesmas. Quando uma nova ficha é criada, o editor designa um revisor entre os vários membros do corpo editorial que irá apreciar a ficha. Nesta fase, o revisor deverá sugerir eventuais alterações, comentar alguns aspectos menos conseguidos e levantar questões para reflexão do autor. Uma vez a revisão concluída, o autor da ficha deverá analisar os diferentes comentários e reformular a ficha caso considere adequado. Embora não haja obrigatoriedade de alterar a ficha, será de bom senso atender aos comentários do revisor. 30 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Depois deste processo estar concluído, a ficha encontra-se finalmente em condições de ser introduzida na Internet. Todas as fichas publicadas contêm o logótipo das Instituições envolvidas, bem como o nome dos autores e do revisor. Embora a maioria das fichas publicadas sejam actualmente da autoria do editor e dos membros do corpo editorial, qualquer pessoa interessada pode propor uma ficha para avaliação do Grupo de Estudos. O site www.patorreb.com funciona assim como uma plataforma ou “centro de informação” cujos principais objectivos são sistematizar a informação e proceder à sua divulgação, contribuindo para que os mesmos erros não sejam repetidos vezes sem conta. 3.4.5. INTRANET DO SITE WWW.PATORREB.COM A Intranet é uma área privada do site www.patorreb.com cujo acesso é limitado a determinados utilizadores, nomeadamente aos responsáveis pela programação do site, aos membros do corpo editorial e aos responsáveis pela organização da informação (Figura 28). Área de Acesso Reservado Login Password Entrar Apagar Figura 28 – Página inicial da zona Intranet, acessível em www.patorreb.com/intranet Esta zona foi implementada pouco depois da criação do site www.patorreb.com com o objectivo de criar um mecanismo que permitisse a troca de informação de forma automatizada entre os membros do corpo editorial. Através da Intranet cada membro pode efectuar a inserção e revisão de fichas quando solicitado, de forma directa, sem preocupações de formatação, cabendo depois à equipa de manutenção do site o tratamento do texto e a sua disponibilização online. Para além de facilitar o processo de publicação das fichas, a Intranet permite ainda a consulta do estado das fichas inseridas (Figura 29 a), bem como a visualização da seguinte informação: Número da Ficha. Ao seleccionar o número da Ficha, o utilizador terá acesso ao “formulário de identificação da ficha” (Figura 29 b); Nome dos autores e do revisor. Ao seleccionar o nome de um dos autores ou revisores obtémse uma listagem das fichas publicadas e/ou revistas pelo membro seleccionado; O estado da ficha, que depende do processo de revisão e se subdivide nos seguintes estados: o Inserida: a ficha foi inserida pelo autor na versão original aguardando revisão; o Revisão: a ficha encontra-se em apreciação pelo revisor; o Revista: a ficha foi apreciada pelo revisor, aguardando-se que o autor se pronuncie sobre as alterações propostas; 31 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção o Publicada: o processo encontra-se concluído ficando a ficha disponível no catálogo de patologias. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS Patologias em … NOVA FICHA Ficha 001: FICHAS Ficha Autor(es) Revisor Estado Online 001 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Prof. Fernando Henriques Publicada Sim Ver 002 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Prof. Fernando Henriques Publicada Sim Ver 003 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Prof. Jorge de Brito Publicada Sim Ver 004 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Prof. Jorge de Brito Publicada Sim Ver 005 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Prof. Mendes da Silva Publicada Sim Ver 006 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Prof. Mendes da Silva Publicada Sim Ver 007 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 008 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 009 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 010 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Profª Anabela Paiva Publicada Sim Ver 011 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver Utilizador: sandro SAIR Patologia: Pavimento Térreo – Condensações Internas Título: DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO Autor 1: Prof. Vasco P. de Freitas Autor 2: Eng.ª Marília Sousa Documento Original: Ficha001.doc Revisor: Prof. Fernando Henriques Documento Revisto: Ficha001revista.doc a) b) Figura 29 – Intranet: informações disponíveis sobre as fichas publicadas Para inserir uma nova ficha basta aceder à zona “Fichas” da Intranet em www.patorreb.com/intranet, registar-se e clicar em “Nova ficha” (Figura 29 a). Pouco depois surge uma nova janela onde é pedida a introdução do ficheiro, bem como o preenchimento do formulário de identificação da ficha (Figura 30) que consiste nos seguintes campos: Elemento construtivo no qual se manifestou o problema, a escolher entre os 18 listados na Tabela 3; Causa da patologia; Título da ficha; Nome dos autores. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS FICHAS Ficha 086 Elemento Construtivo: 01. Cobertura Inclinada Causa: Título: Autor 1: Profª Anabela Paiva Autor 2: Nenhum Documento Original: Procurar… Aceitar Cancelar Utilizador: sandro SAIR FICHA TÉCNICA utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 30 – Inserção de uma nova ficha a partir da Intranet 32 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Depois de inserida, a ficha fica apenas visível a partir da área privada do site, à qual o editor deverá aceder para designar um revisor entre os membros do corpo editorial. Uma vez notificado electronicamente, o revisor deverá inserir os seus comentários na Intranet para serem posteriormente analisados pelo autor da ficha. 3.5. SÍNTESE DOS CATÁLOGOS DISPONÍVEIS As fichas de patologia dos catálogos mais recentes, disponíveis na Internet, foram analisadas mais pormenorizadamente, procedendo-se à síntese dos problemas abordados em cada uma sob a forma matricial. O catálogo da Universidade de Singapura não foi analisado por se tratar de um site pago, cujo acesso foi disponibilizado por um tempo reduzido. Esta informação poderá ser utilizada pelos membros do corpo editorial do Grupo de Estudos da Patologia da Construção para analisar rapidamente que tipos de problemas ainda não foram abordados nas fichas publicadas no site www.patorreb.com. A matriz apresentada na Tabela 4 contém 18 colunas que correspondem aos 18 elementos construtivos tipo listados no site www.patorreb.com. As linhas correspondem aos diferentes fenómenos físicos ou problemas abordados nas fichas de patologia (condensações internas, corrosão de armaduras, etc.). Nos casos em que um fenómeno físico não pode ocorrer num determinado elemento construtivo, como é o caso da humidade ascensional em coberturas inclinadas, é colocado o símbolo ( ) no local correspondente da matriz. Se a probabilidade de ocorrência for extremamente reduzida será colocado o sím bolo ( ) no lugar. Tabela 4 – Distribuição das fichas publicadas em função do elemento construtivo no qual se manifestou a patolo- Total 18. Outros 17. Guarda do Terraço 16. Floreira 15. Varanda 14. Clarabóia 13. Junta de Dilatação 12. Platibanda 11. Vão Envidraçado 10. Pavimento sobre Espaço Exterior 09. Pavimento Intermédio 08. Pavimento Térreo 07. Parede Interior 06. Parede Enterrada 05. Parede Exterior 04. Cobertura em Terraço-Jardim FENÓMENO 03. Cobertura em Terraço Acessível 01. Cobertura inclinada ELEMENTO CONSTRUTIVO 02. Cobertura em Terraço Não Acessível gia e do principal fenómeno observado Agence Qualité Construction – Fiches Pathologie du Bâtiment Agressão Física/Química 1 Assentamentos Diferenciais 1 Ataque de Térmitas 2 Colonização Biológica 1 1 3 4 2 1 33 Total 18. Outros 17. Guarda do Terraço 16. Floreira 15. Varanda 14. Clarabóia 13. Junta de Dilatação 12. Platibanda 11. Vão Envidraçado 10. Pavimento sobre Espaço Exterior 09. Pavimento Intermédio 08. Pavimento Térreo 07. Parede Interior 06. Parede Enterrada 05. Parede Exterior 04. Cobertura em Terraço-Jardim 03. Cobertura em Terraço Acessível FENÓMENO 01. Cobertura inclinada ELEMENTO CONSTRUTIVO 02. Cobertura em Terraço Não Acessível www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Agence Qualité Construction – Fiches Pathologie du Bâtiment (Continuação) Condensações Internas 1 1 2 Condensações Superficiais 1 Corrosão Defeito de Concepção/Execução Deficiente Isolamento Acústico 4 1 1 1 2 2 3 1 1 1 2 2 3 3 13 Deficiente Manutenção 1 1 1 Deficiente Resistência Mecânica 2 Deficiente Utilização 1 1 Deformação do Suporte 3 1 4 2 Degradação do Suporte 1 Eflorescências 1 Expansão Higrotérmica 1 1 Fuga 1 Humidade Ascensional 2 1 Infiltrações 2 1 1 Sujidade 1 1 Variação de Temperatura 1 1 Outros 34 1 1 2 1 3 1 6 1 Tempo Aberto Total 2 Fissuração 1 1 1 1 0 15 2 1 2 1 10 1 1 3 8 5 0 3 2 0 0 0 1 0 0 12 61 Total 18. Outros 17. Guarda do Terraço 16. Floreira 15. Varanda 14. Clarabóia 13. Junta de Dilatação 12. Platibanda 11. Vão Envidraçado 10. Pavimento sobre Espaço Exterior 09. Pavimento Intermédio 08. Pavimento Térreo 07. Parede Interior 06. Parede Enterrada 05. Parede Exterior 04. Cobertura em Terraço-Jardim 03. Cobertura em Terraço Acessível FENÓMENO 01. Cobertura inclinada ELEMENTO CONSTRUTIVO 02. Cobertura em Terraço Não Acessível www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Imparare dagli errori Agressão Física/Química 1 3 4 Alteração Cromática Colonização Biológica 1 Condensações Internas 2 5 2 2 Condensações Superficiais 1 Corrosão 1 2 Criptoeflorescências Defeito de Concepção/Execução 2 3 Deficiente Resistência Mecânica 1 Deformação do Suporte 2 Efeito gelo/degelo 1 1 1 2 3 3 4 3 8 1 3 11 2 2 1 6 1 2 2 7 2 4 Escorrências/Sujidade 3 3 1 Humidade Ascensional 1 1 Infiltrações 2 10 1 Termoforese 1 4 Outros 7 10 14 2 1 1 35 0 2 1 3 4 3 Fissuração Total 3 1 Eflorescências Variação de Temperatura 1 1 7 11 2 13 1 6 1 5 11 1 1 4 0 20 0 2 0 0 0 0 0 101 35 Total 18. Outros 17. Guarda do Terraço 16. Floreira 15. Varanda 14. Clarabóia 13. Junta de Dilatação 12. Platibanda 11. Vão Envidraçado 10. Pavimento sobre Espaço Exterior 09. Pavimento Intermédio 08. Pavimento Térreo 07. Parede Interior 06. Parede Enterrada 05. Parede Exterior 04. Cobertura em Terraço-Jardim FENÓMENO 03. Cobertura em Terraço Acessível 01. Cobertura inclinada ELEMENTO CONSTRUTIVO 02. Cobertura em Terraço Não Acessível www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Grupo de Estudos da Patologia da Construção – www.patorreb.com Causa fortuita 1 Colonização Biológica Condensações Internas 2 2 1 Condensações Superficiais Contaminação de Argamassas 1 3 2 1 1 8 1 1 2 Deformação do Suporte 2 7 1 1 1 1 2 13 1 1 1 Eflorescências 2 Empolamento 1 1 1 1 Envelhecimento dos Materiais 1 Humidade Ascensional 1 Infiltrações 1 3 4 1 1 Instabilidade e Expansão HT 1 1 2 6 5 1 Retracção das Argamassas Variação de Temperatura 1 6 1 32 2 1 2 1 4 1 1 6 4 4 1 3 6 1 4 Degradação do Suporte 5 1 16 8 1 2 1 2 10 6 3 1 ( ) Impossibilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado ( ) Baixa probabilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado 36 1 2 Defeito de Concepção/Execução Deficiente Resistência Mecânica Total 4 3 1 Corrosão 7 4 2 1 0 0 0 2 85 4 CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS – WWW.PATORREB.COM 4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Com o presente trabalho pretendeu-se dinamizar o site do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB, nomeadamente através da melhoria das actuais funcionalidades e da introdução de novas zonas fundamentais para o seu desenvolvimento futuro. As principais contribuições fornecidas encontram-se listadas de seguida: Desenvolvimento de um conjunto de fichas de patologia temáticas, associadas a argamassas, para publicação no site; Proposta e implementação da “Zona Bibliografia”; Proposta e implementação da “Zona Terminologia”; Proposta e implementação da tradução do site. As fichas de patologia associadas a argamassas foram criadas com base num conjunto de estudos e pareceres desenvolvidos no Laboratório de Física das Construções. O desenvolvimento das restantes funcionalidades propostas implicou um profundo conhecimento do site do Grupo de Estudos – PATORREB, uma vasta pesquisa bibliográfica e a aquisição de conhecimentos de programação em javascript, html e asp. Estas propostas, desenvolvidas para dinamizar o site www.patorreb.com, são descritas resumidamente nos pontos seguintes. 4.2. INSERÇÃO DE NOVAS FICHAS NO SITE 4.2.1. PROPOSTA DE NOVA METODOLOGIA PARA INSERÇÃO DE FICHAS NO SITE A obtenção de textos uniformes a partir de diferentes autores é uma tarefa muito difícil. Contudo, é possível minorar essas discrepâncias definindo claramente a estrutura e as regras a respeitar na elaboração de novas fichas. A uniformização das fichas publicadas no catálogo pode ser conseguida gradualmente através da implementação de uma nova metodologia na publicação das fichas, que assenta essencialmente nos pontos seguintes: www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Criação de uma nova ficha modelo que deverá ser rigorosamente respeitada pelos autores das fichas (Ficha 00 do Anexo A); Introdução de uma nova etapa no processo de publicação das fichas: a validação prévia do editor; Aperfeiçoamento da inserção de fichas a partir da Intranet do site www.patorreb.com. 4.2.1.1. Criação de nova ficha modelo A criação de uma ficha modelo mais completa permitirá atenuar as discrepâncias de forma, definindo claramente as regras de elaboração das fichas na própria ficha modelo. O objectivo é obter fichas com uma formatação adequada sem intervenção do editor, tornando o processo quase automático, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos processos de revisão dos diferentes congressos científicos. A ficha modelo criada apresenta uma estrutura idêntica às fichas de patologia publicadas no site, estando as indicações de preenchimento colocadas no lugar dos conteúdos (ver Anexo A). A utilização desta ficha associada à experiência acumulada pelos diferentes membros do corpo editorial poderá permitir o desenvolvimento de fichas de maior qualidade e exigir um esforço inferior por parte dos revisores. 4.2.1.2. Novo procedimento de publicação Até à data do presente trabalho, o processo de publicação envolvia três etapas: a inserção da ficha na Intranet pelo seu autor, a revisão científica por parte de um membro do corpo editorial, designado pelo editor, e a publicação final no catálogo. Este processo originou algumas dificuldades, nomeadamente a falta de controlo das regras editoriais. Este facto é compreensível uma vez que a criação e revisão das fichas é realizada exclusivamente pelos membros do corpo editorial, sem intervenção prévia do editor. Para resolver este problema propõe-se um novo procedimento de publicação, adaptado do existente. O procedimento proposto envolve várias etapas de forma a assegurar a qualidade técnica e científica das novas fichas de patologia. A inserção, validação, revisão e publicação constituem as quatro fases pelas quais deveriam passar obrigatoriamente todas as novas fichas. À semelhança do que acontece actualmente, a primeira fase consiste na criação da nova ficha tendo como base a ficha modelo proposta, seguindo-se obrigatoriamente a sua inserção na Intranet. O passo seguinte consiste na apreciação da ficha por parte do editor, que analisa se as regras editoriais definidas na ficha modelo foram respeitadas, nomeadamente a forma, a originalidade e a qualidade da mesma. Nesta fase de validação, o editor pode recusar a ficha, sugerir modificações ou aceitá-la na íntegra. Caso haja obrigatoriedade de proceder a alterações, o autor deverá corrigir a ficha para nova avaliação. Este processo repete-se até validação final ou rejeição da ficha por parte do editor. Após validação, o editor indica um membro do corpo editorial para efectuar a revisão científica da ficha de patologia. O processo termina com a publicação, que consiste na colocação da ficha na zona pública do site onde poderá ser livremente consultada por qualquer utilizador registado. 38 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 4.2.1.3. Aperfeiçoamento da inserção de fichas a partir da Intranet O sistema implementado actualmente na Intranet permite apenas a inserção das novas fichas e das fichas revistas pelo revisor. Não é possível introduzir as correcções efectuadas pelo autor após revisão da ficha, o que acaba por quebrar o processo e tornar a Intranet pouco útil. Esta proposta pretende adaptar a Intranet ao novo procedimento de publicação sugerido, bem como melhorar o seu funcionamento, evitando assim a constante troca de mensagens entre autores, revisores e o editor. O procedimento proposto para inserção de novas fichas é semelhante ao existente, com a possibilidade adicional de descarregar a ficha modelo a partir da Intranet (Figura 31a). Depois de preencher os dados identificativos da nova ficha e de carregar o respectivo ficheiro, elaborado com base na ficha modelo disponibilizada, esta passará ao estado designado “Inserção”, ficando a aguardar a validação do editor (Figura 31b). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB 075 Dr. João Garcia Prof. Jorge de Brito Prof. Barroso de Aguiar Publicada Sim Ver 076 Eng.º José D. Silvestre Prof. Jorge de Brito Profª Anabela Paiva Publicada Sim Ver 077 Eng.º José D. Silvestre Prof. Jorge de Brito Prof. Mendes da Silva Publicada Sim Ver 078 Eng.º José D. Silvestre Prof. Jorge de Brito Prof. Mendes da Silva Publicada Sim Ver 079 Engª Inês Flores-Colen Prof. Jorge Brito Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 080 Engª Inês Flores-Colen Prof. Jorge Brito Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 081 Engª Inês Flores-Colen Prof. Jorge Brito Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 082 Engª Inês Flores-Colen Prof. Jorge Brito Prof. Barroso de Aguiar Publicada Sim Ver 083 Engª Inês Flores-Colen Prof. Jorge Brito Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 084 Prof. Barroso de Aguiar Outros Prof. Jorge de Brito Publicada Sim Ver 085 Dr. João Garcia Prof. Jorge de Brito Profª Helena Corvacho Publicada Sim Ver 086 Prof. Vasco P. de Freitas Eng.º Sandro Alves Inserção Não Patologias em … PATOLOGIAS Ficha 086 FICHAS Ficha Modelo: Elemento Construtivo: ficha_modelo.doc 05. Parede Exterior Causa: Produto de Colagem Título: DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS APLICADO EM FACHADAS Autor 1: Prof. Vasco P. de Freitas Autor 2: Eng.º Sandro Alves Documento Original: C:\Documents and Settings\APFAC01.doc Aceitar Utilizador: Cancelar Procurar… sandro NOVA FICHA SAIR FICHA TÉCNICA a) utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 b) Figura 31 – Processo de inserção proposto O editor é notificado electronicamente da inserção da ficha através do envio de uma mensagem de correio electrónico automática, podendo descarregá-la facilmente através da Intranet. A sua principal tarefa prende-se com a análise da forma, originalidade e qualidade da ficha. Em função da qualidade e da relevância da ficha para o catálogo de patologias, esta poderá receber as seguintes classificações: Aceite na íntegra; Revisão opcional; Revisão obrigatória; Recusada. A validação pode ser realizada a partir da Intranet, apenas pelo editor, de uma forma muito simples. No caso da ficha ser aceite ou recusada, basta clicar no respectivo quadrado e confirmar. Caso sejam sugeridas alterações, opcionais ou obrigatórias, será ainda pedida a inserção da ficha revista na Intranet (Figura 32). 39 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS Ficha 086: FICHAS Patologia: Parede Exterior – Produto de Colagem Título: DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS APLICADO EM FACHADAS Autor 1: Prof. Vasco P. de Freitas Autor 2: Eng.º Sandro M. Alves Documento 086_Original_07-01-2008.doc Original: Validação: Aceite na íntegra Revisão opcional Procurar… Revisão obrigatória Procurar… Recusada Aceitar Cancelar Utilizador: vasco.freitas SAIR Figura 32 – Processo de validação proposto Quando existir mais que uma iteração, o procedimento será idêntico, ficando registados todos os passos intermédios. Esta fase termina unicamente com a aceitação final ou rejeição da ficha por parte do editor. A partir desse momento, o editor propõe um revisor entre os vários membros do corpo editorial. O membro escolhido irá receber uma notificação automática, via correio electrónico. A versão da ficha aprovada pelo editor poderá ser descarregada pelo revisor a partir da Intranet, utilizando sempre o mesmo princípio. Após revisão, os comentários serão inseridos da mesma forma, o que notifica automaticamente o autor da ficha. Por fim, o autor analisa os comentários do revisor e coloca na Intranet a versão final da ficha que será posteriormente publicada. Esta proposta torna possível um processo automático que é vantajoso caso se pretenda alargar o número de membros do corpo editorial. Por outro lado, permite também um registo de todos os passos intermédios (ficheiros, datas e intervenientes no processo) tal como se evidencia na Figura 33. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS FICHAS # Estado Dados arquivados 1 Inserção Ficha Original Ficha 086: Patologia: Parede Exterior – Produto de Colagem Título: DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS APLICADO EM FACHADAS Autor 1: Prof. Vasco P. de Freitas Autor 2: Eng.º Sandro M. Alves Documento Original: 086_Original_25-07-2008.doc Validação: Aceite na íntegra Revisor: Prof. Barroso de Aguiar Documento Revisto: 086_Revisto_2-08-2008.doc Documento Final: 086_Final_01-09-2008.doc Decisão do editor; Comentários do editor e correcções do autor (quando aplicável) 2 Validação 3 Revisão Ficha Revista 4 Publicação Ficha Final Utilizador: vasco.freitas SAIR FICHA TÉCNICA utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 33 – Exemplo do registo das etapas que constituem o processo de publicação de uma ficha de patologia 40 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 4.2.2. CRIAÇÃO DE NOVAS FICHAS: PROTOCOLO APFAC – PATORREB A actualização do catálogo de patologias através da introdução de novas fichas é fundamental para evitar um desinteresse gradual dos visitantes. Para tal, é importante incentivar os membros do corpo editorial e as empresas a desenvolver fichas para introduzir no catálogo do site do Grupo de Estudos – PATORREB. Outra forma interessante de contribuir para o enriquecimento do catálogo seria o desenvolvimento de um conjunto de fichas temáticas em colaboração com empresas ou instituições da área. Um exemplo deste tipo de cooperação é o protocolo elaborado entre a Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC [3] e o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB. O protocolo referido foi celebrado directamente entre o Presidente da APFAC e o coordenador do Grupo de Estudos – PATORREB, que ficou encarregue da coordenação do trabalho. As tarefas de investigação, pesquisa e montagem das fichas ficaram a cargo do autor da presente dissertação. Este protocolo tinha como principal objectivo desenvolver fichas de patologia associadas a argamassas, que foram divididas em quatro grupos: Cimentos-cola e juntas (Grupo A); Rebocos e revestimentos monomassas (Grupo B); Argamassas de alvenaria (Grupo C); Argamassas de pavimento (Grupo D). Numa fase inicial, foi elaborada uma matriz para decidir quais as fichas a desenvolver no âmbito do protocolo. Para não obter um número demasiado elevado de fichas decidiu-se listar apenas os fenómenos patológicos mais correntes em argamassas, sem cruzar essa informação com os diferentes elementos construtivos onde se poderiam manifestar. A matriz obtida é apresentada na Tabela 5. Tabela 5 – Número de fichas desenvolvidas em função dos principais fenómenos patológicos observados em argamassas Grupo A Grupo B Colonização biológica 1 Defeitos de planimetria 1 Deficiente resistência mecânica 1 Descolamento 3 Diferenças de tonalidade Eflorescências 1 1 2 Fissuração 2 Humidade Ascensional 1 Manchas de sujidade 1 TOTAL Grupo D 2 Destacamento Fantasmas Grupo C 4 11 1 0 ( ) Impossibilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado ( ) Baixa probabilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado 41 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção No âmbito do protocolo foram criadas 16 fichas das quais três foram adaptadas de outras já publicadas no catálogo de patologias do site www.patorreb.com. Na Figura 34 apresenta-se uma das fichas sendo a totalidade das fichas desenvolvidas apresentadas no Anexo A. Estas fichas foram validadas pelo editor e aguardam os comentários dos revisores para serem posteriormente colocadas no catálogo de patologias do site. Figura 34 – Exemplo de uma ficha de patologia criada no âmbito do protocolo APFAC – PATORREB 42 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 4.3. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA O SITE 4.3.1. INTERESSE DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA O principal objectivo do Grupo de Estudos – PATORREB é sistematizar o conhecimento da patologia da construção, divulgando-o através do seu site de modo a contribuir para a qualidade na construção e evitar que os mesmos erros se repitam vezes sem conta. As fichas de patologia disponibilizadas contêm informação sumária para facilitar a sua consulta, não sendo ainda possível aprofundar o estudo de um determinado fenómeno com base na informação fornecida no site. Esta lacuna poderia ser colmatada se a bibliografia consultada na elaboração das fichas fosse disponibilizada ou se, pelo menos, fossem indicadas as suas referências bibliográficas. Neste sentido, sugere-se a introdução de uma nova ferramenta no site, designada “Zona Bibliografia”, com o objectivo de disponibilizar as referências bibliográficas das fichas de patologia aos utilizadores. Por uma questão de organização propõe-se o desenvolvimento de uma base de dados bibliográfica temática, associada à Patologia da Construção, com os seguintes propósitos: Compilar, organizadamente, as referências bibliográficas das fichas de patologia; Disponibilizar uma base de dados bibliográfica temática com as referências das publicações, normas e sites mais relevantes no domínio da patologia da construção. Embora se pretenda preferencialmente que as referências introduzidas na base de dados estejam ligadas a pelo menos uma ficha de patologia, poderá admitir-se a inserção de referência soltas desde que a sua relevância o justifique. Esta opção é vantajosa para o site uma vez que, para além de não perturbar a ligação das referências com as fichas, permite disponibilizar uma base de dados de elevado interesse aos utilizadores. A metodologia proposta é apresentada nos pontos seguintes, procedendo-se primeiro à descrição da base de dados para de seguida exemplificar a sua ligação com as fichas de patologia. Por fim, reúnese, no Anexo B, um conjunto de referências bibliográficas compiladas pelo autor para servirem de base à implementação desta ferramenta no site. 4.3.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS BIBLIOGRÁFICA TEMÁTICA O desenvolvimento da base de dados proposta implicou um profundo conhecimento do site do Grupo de Estudos – PATORREB bem como a realização de uma vasta pesquisa bibliográfica. Por outro lado, foi necessário adquirir conhecimentos de programação em javascript e assimilar alguns mecanismos associados ao desenvolvimento de páginas Web em html e asp para propor uma metodologia compatível e fácil de implementar no site. A pesquisa bibliográfica realizada contemplou a análise de várias bases de dados disponíveis na Internet, nomeadamente a base de dados da biblioteca da FEUP [22] e da Biblioteca Nacional [23]. Esta pesquisa permitiu adquirir ideias mais claras e objectivas para a ferramenta em estudo. Numa primeira fase organizaram-se as diferentes publicações susceptíveis de integrar a base de dados do site PATORREB por tipos, tendo-se optado pela organização apresentada no organigrama da Figura 35. A especificidade destes tipos de referências conduziu à criação de 5 listagens bibliográficas independentes, com características ligeiramente distintas que permitem uma pesquisa própria de cada tipo. Contudo, como veremos mais adiante, foi também previsto um local onde se encontram listadas todas as referências disponíveis na base de dados. 43 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção REFERÊNCIAS a) Livros b) Teses c) Artigos Nacionais Doutoramento Publicados em: Internacionais Mestrado Revistas Internacionais Outras Revistas Nacionais Congressos Internacionais d) Normas/Regul. Normas Internacionais e) Sites Internacionais Nacionais Normas Nacionais Regulamentos em vigor Congressos Nacionais Figura 35 – Organização das referências bibliográficas em 5 “tipos” Cada tipo de referência foi analisado de forma independente, estudando as especificidades de cada um para conseguir uma pesquisa tão eficiente quanto possível. Nesta fase foi necessário escolher os elementos bibliográficos mais relevantes para cada tipo de referência com base nas normas portuguesas NP 405 [24 a 27] que normalizam as designações a atribuir às referências bibliográficas. De acordo com estas normas, um elemento bibliográfico é “uma unidade definida de informação numa referência bibliográfica” ou seja, trata-se de uma parte específica da referência bibliográfica. O título, o nome dos autores e a data de publicação são exemplos de elementos bibliográficos próprios dos livros. A norma NP 405-1 [24] apresenta uma listagem dos elementos bibliográficos próprios de vários tipos de referências, classificando-os ainda de acordo com a sua importância em elementos essenciais (E), recomendáveis (R) ou facultativos (F). No presente trabalho optou-se por escolher apenas os elementos essenciais e recomendáveis para não sobrecarregar a base de dados com informação supérflua. Nos pontos seguintes descreve-se sumariamente a metodologia sugerida para a “Zona Bibliografia” do site www.patorreb.com, tendo como base as considerações apresentadas anteriormente. a) Livros Os utilizadores do site do grupo de estudos poderão aceder à “Zona Bibliografia” de forma semelhante ao praticado para consultar as fichas de patologia. Para tal, bastará registar-se e clicar no botão colocado no menu lateral, designado “Bibliografia”. A primeira página apresenta a listagem dos livros introduzidos na base de dados, ordenados pela ordem em que foram inseridos. Para obter a listagem dos restantes tipos de referências bibliográficas é necessário clicar no botão com a respectiva designação (Figura 36). Na Figura 36 é também possível visualizar a organização gráfica sugerida para a listagem bibliográfica dos livros. Esta estrutura assenta na escolha dos elementos essenciais de cada tipo de referência, organizando as referências por linhas e os seus elementos em colunas. 44 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES Elemento “Ano” TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Autor/Título: Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ Autor(es) Título Ano Idioma 001 # RAMOS, J. L. Defectos y disfunciones en alicatados y solados 2003 PT 002 LUCAS, J. A. C. ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão 1990 PT 003 CÓIAS, V. Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios 2006 PT 004 FREITAS, V. P. PINTO, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas 1998 PT 005 CÓIAS, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas 2007 PT 006 PINHO, F. F. S. Paredes de edifícios antigos em Portugal 2000 PT 007 SOUSA, A. V. FREITAS, V. P. SILVA, R. M. Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos 2003 PT 008 CIB – W086 Building Pathology - a state-of-the-art report 1993 EN 009 PATORREB 2003 Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2003 2003 PT CONTACTOS Referência n.º 3 Utilizador: sandro SAIR Figura 36 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” A necessidade de manter uma estrutura gráfica idêntica à existente limita, por falta de espaço na horizontal, a introdução de um vasto número de colunas. Neste sentido, optou-se por introduzir simplesmente os elementos essenciais (E) nesta listagem, sendo apenas possível visualizar os elementos recomendáveis (R) depois de carregar numa referência (Figura 37). Os elementos essenciais (E) e recomendáveis (R) escolhidos para os livros com base na norma NP 405-1 [24] encontram-se listados de seguida: Autor(es) (E); Título (E); Ano (E); Idioma (E); Editor (R); ISBN (R); Depósito legal (R); Observações (R); Ficheiro em formato “pdf” (R). Para além dos elementos essenciais, a primeira coluna da listagem contém um número que identifica inequivocamente cada referência inserida. A numeração é sequencial, correspondendo o número 1 à primeira referência introduzida, e é independente do tipo de referência para evitar possíveis sobreposições. Esta função permite identificar as referências inseridas e facilitar a sua interligação com outras funcionalidades do site como veremos mais adiante. 45 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção INSCRIÇÃO FAQ 007 SOUSA, A. V. FREITAS, V. P. SILVA, R. M. 008 CIB – W086 009 PATORREB 2003 CONTACTOS Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos 2003 PT Building Pathology - a state-of-the-art report 1993 EN Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2003 2003 PT http://www.patorreb.com - .: PATORREB – Referências Bibliogr... PATORREB 004 GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP FREITAS, V. P. Permeabilidade ao vapor de materiais de 1998 PT PINTO, P. S. construção – condensações internas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (Livros) Utilizador: Referência: 007 sandro Autor(es): SAIR Augusto Vaz Serra e Sousa Vasco Peixoto de Freitas Raimundo Mendes da Silva Título: Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos Editor: Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro - CTCV Ano: 2003 FICHA TÉCNICA Idioma: Português (PT) utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Concluído Internet Figura 37 – Visualização das informações adicionais das referências bibliográficas Tendo em consideração que esta zona poderá agrupar um número significativo de referências é necessário prever um sistema de pesquisa eficiente. Neste sentido sugerem-se duas formas de o fazer: a pesquisa por palavra-chave, e a possibilidade de ordenar as referências em função dos seus elementos. A pesquisa por palavra-chave tem em conta todas as palavras inseridas nos campos correspondentes aos elementos “autor” e “título”. Esta funcionalidade permite procurar rapidamente as referências de um autor ou aquelas que tenham uma determinada palavra no título. A título de exemplo, mostra-se na Figura 38 a melhor forma de procurar as referências do autor “Freitas”. APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Autor/Título: Freitas Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ Autor(es) Título Ano Idioma 004 # FREITAS, V. P. PINTO, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas 1998 PT 007 SOUSA, A. V. FREITAS, V. P. SILVA, R. M. Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos 2003 PT 021 ABRANTES, V. FREITAS, V. P. SOUSA, M. Reabilitação de Edifícios – Estudo do comportamento e análise técnicoeconómica das soluções utilizadas nas obras de construção e reabilitação: IGAPHE – DGHN 1999 Reabili- CONTACTOS Figura 38 – Resultados obtidos para a pesquisa com a palavra-chave “Freitas” A pesquisa pode ser efectuada de forma menos directa, ordenando as referências em função dos seus elementos. Por outras palavras, é possível ordenar as referências por ordem alfabética dos seus auto- 46 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção res, carregando simplesmente na palavra “autor”. Esta funcionalidade aplica-se a todos os elementos essenciais sendo que, no caso do elemento “ano”, as referências são ordenadas por ordem cronológica (Figura 39). APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Autor/Título: Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ # Autor(es) Título Ano Idioma 005 CÓIAS, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas 2007 PT 014 MRPE 2005-2007 Mestrado em Reabilitação do Património Edificado 2005-2007. 2ª Edição. 2007 PT 025 WATT, D. S. Building Pathology: Principles and Prac- 2007 EN 010 PATORREB2006 Actas do 2.º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2006 2006 PT CONTACTOS Figura 39 – Ordenação dos livros em função do elemento “ano” Finalmente, é ainda possível efectuar uma pesquisa mais refinada combinando estas duas funcionalidades. Por exemplo, é possível obter a listagem das referências da autoria de “Freitas” e ordená-las de seguida em função do “ano”. Conseguir-se-á assim encontrar rapidamente o livro mais recente desse autor independentemente do número de referências inseridas na base de dados. Em síntese, a “Zona Bibliografia” encontra-se organizada da seguinte forma: As referências bibliográficas estão agrupadas por tipos (livros, teses, artigos, normas e sites); Cada tipo de referência tem uma listagem própria; As listagens têm um aspecto semelhante a uma matriz, sendo as referências organizadas por linhas e os elementos bibliográficos por colunas; Cada listagem contém apenas os elementos mais importantes de cada tipo de referência (elementos essenciais); A consulta dos restantes elementos (elementos recomendáveis) só é possível depois de clicar com o botão esquerdo do rato na referência pretendida. Sempre que possível, pretende-se que o texto, ou eventualmente o resumo, seja introduzido juntamente com a referência. Caso esta pretensão seja inviável seria interessante indicar qual a melhor forma de adquirir os textos, utilizando o elemento “Observações”. b) Teses As teses de doutoramento, dissertações de mestrado e outras dissertações do mesmo tipo encontram-se listadas numa secção específica, designada “Teses”. A organização desta listagem e das restantes três, descritas mais adiante, apresentam uma organização semelhante à preconizada para os livros. Por outro lado, os diferentes tipos de pesquisa propostos para os livros bem como a possibilidade de consultar as informações adicionais das referências bibliográficas também se aplicam aos restantes tipos de referências. Contudo, a especificidade de cada tipo obriga a definir elementos essenciais e recomendáveis para cada caso, o que altera ligeiramente a organização das colunas das diferentes listagens. No caso das teses optou-se pela escolha dos seguintes elementos: 47 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Autor (E); Tipo (E); Orientador (R); Título (E); Instituição (E); Ano (E); Idioma (R); Observações (R); Ficheiro em formato “pdf” (R). Neste caso considerou-se mais relevante integrar a indicação da instituição para efeito de pesquisa em detrimento do idioma, que passou de elemento essencial para recomendável. Adicionou-se ainda um elemento essencial, útil para a pesquisa, designado “tipo”. Esta coluna permite informar os utilizadores, através de uma legenda, do tipo de tese ou dissertação em causa (Figura 40). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA NOVIDADES INSCRIÇÃO Procurar por Autor/Título: Tipo de documento: D - Tese de Doutoramento M - Dissertação de Mestrado O - Outras Teses/Dissertações FAQ CONTACTOS Instituição Ano 028 M GUIMARÃES, A. S. Caracterização Experimental do Funcionamento de Sistemas de Ventilação da Base das Paredes para Tratamento da Humidade Ascensional FEUP 2008 029 M QUINTELA, M. A. Durabilidade de revestimentos exteriores de parede em reboco monocamada FEUP 2006 030 M SOUSA, M. Patologia da construção – Elaboração de um Catálogo FEUP 2004 031 M SILVESTRE, J. D. Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos aderentes IST 2005 032 M PAULO, R. N. Caracterização de Argamassas Industriais UA 2006 033 D FREITAS, V. P. Transferência de humidade em paredes de edifícios – análise do fenómeno de interface FEUP 1992 034 D LANZINHA, J. C. Reabilitação de edifícios – Metodolo-gia de diagnóstico e intervenção UBI 2006 # Utilizador: Tipo Autor(es) sandro SAIR Procurar… Título Figura 40 – Secção “Teses” da “Zona Bibliografia” c) Artigos Todos os artigos relevantes, publicados em revistas científicas ou em congressos, poderão ser referenciados nesta secção para posterior consulta dos utilizadores do site do grupo de estudos da patologia da construção. A organização desta listagem bibliográfica é semelhante à preconizada para os livros, sendo escolhidos os mesmos elementos essenciais, designadamente os elementos autor, título, ano e idioma (Figura 41). 48 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Autor/Título: Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ Autor(es) Título Ano Idioma 041 # FREITAS, V. P. ALVES, S. M. SOUSA, M. Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da Construção em Portugal – www.patorreb.com 2007 PT 042 FREITAS, V. P. SÁ, A. V. Cementitious adhesives performance during service life. 10DBMC International Conference on Durability of Building Materials and Components 2005 EN 043 TROTMAN, P. Building Pathology at he Building Research Establishment, UK – Cases Study, Data bases and feedback to the construction industry 2003 EN 044 PAIVA, J. V. CARVALHO, E. C. CAVALEIRO, S. Patologia da Construção 1985 PT 045 FREITAS, V. P. TORRES, M. I. Humidade em construções históricas 2005 PT 046 BARREIRA, E. FREITAS, V. P. Evaluation of building materials using infrared thermography 2005 EN 047 PINTO, M. FREITAS, V. P. STYMNE, H. BOMAN, C. A. Measuring air change rates using the PFT technique in residential buildings in northern Portugal 2006 EN CONTACTOS Utilizador: sandro SAIR Figura 41 – Secção “Artigos” da “Zona Bibliografia” Contudo, neste caso, existe um maior número de elementos a considerar para referenciar claramente um artigo. Apresentam-se de seguida alguns dos mais relevantes, distinguindo os essenciais dos recomendáveis: Autor(es) (E); Título (E); Ano (E); Idioma (E); Editor (R); Publicado em (R); Local de publicação (R); ISBN (R); ISSN (R); Depósito legal (R); Observações (R); Ficheiro em formato “pdf” (R). A localização do artigo na publicação poderia ser mais detalhada através da indicação do volume, número da revista, número de páginas, etc. Contudo, para não aumentar o nível de complexidade da “Zona Bibliografia”, e nomeadamente da zona correspondente na Intranet (ver § 4.3.4), sugere-se que estas indicações sejam fornecidas no campo “Observações”. A título de exemplo, apresenta-se na Figura 42 toda a informação que será possível consultar sobre a referência 041, artigo relacionado com o presente trabalho publicado numa conferência nacional [2]. 49 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção http://www.patorreb.com - .: PATORREB – Referências Bibliog... PATORREB GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (Artigos) Referência: 041 Autor(es): Vasco Peixoto de Freitas Sandro M. Alves Marília Sousa Título: Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da Construção em Portugal – www.patorreb.com Editor: Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção APFAC Publicado em: 2.º Congresso Nacional de Argamassas de Construção. 22 e 23 de Novembro de 2007 Local: Feira Internacional de Lisboa – FIL, Lisboa Ano: 2007 Idioma: Português (PT) Concluído Internet Figura 42 – Visualização das informações adicionais de um artigo d) Normas e Regulamentação Embora a maioria da legislação existente esteja direccionada para a construção nova, muitos regulamentos em vigor podem e, por vezes, devem ser aplicados em reabilitação. Por exemplo, o novo regulamento das características de comportamento térmico dos edifícios [28], abreviadamente designado por RCCTE, define o âmbito de aplicação no segundo artigo, especificando que todas as intervenções de remodelação ou alteração superiores a um determinado valor base deverão cumprir o dito regulamento. Por outro lado, o exame detalhado das patologias implica, na maioria dos casos, a realização de sondagens e medidas em laboratório ou “in situ” para os quais existe um vasto conjunto de documentos normativos. Neste sentido, sugere-se ainda a introdução de uma listagem bibliográfica que reúna as referências de normas e regulamentação mais relevante, de acordo com o princípio descrito para os outros tipos de referências. O facto destes documentos serem elaborados por entidades e apresentarem designações características justifica as diferenças apresentadas na escolha dos elementos essenciais e recomendáveis, listados de seguida: 50 Designação (E); Título (E); Ano (E); Idioma (E); Editor (R); Observações (R); Ficheiro em formato “pdf” (R). www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção No presente caso não há necessidade de introduzir uma grande quantidade de elementos para definir claramente as referências, bastando praticamente a informação fornecida directamente a partir da listagem principal (Figura 43). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Designação/Título: Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ Designação Título Ano Idioma 055 # EN 1348 Adhesives for tiles – Determination of tensile adhesion strength for cementitious adhesives 2007 EN 056 EN 13888 Grouts for tiles – Definitions and specifications 2002 EN 057 EN ISO 10545-2 Ladrilhos cerâmicos – Parte 2: Determinação de dimensões e qualidade da superfície 1997 PT 058 EN ISO 10545-8 Ceramic tiles. Part 8: Determination of linear thermal expansion 2004 EN 059 EN ISO 10545-10 Ceramic tiles. Part 10: determination of moisture expansion 1997 EN 060 ISO 1006 Construção de edifícios – Coordenação modular – Módulo básico 1983 PT CONTACTOS Utilizador: sandro Figura 43 – Secção “Normas e Regulamentação” da “Zona Bibliografia” No caso da regulamentação seria interessante anexar os ficheiros disponíveis no site do Diário da República Electrónico [29] às respectivas referências para permitir a sua consulta directamente a partir do site www.patorreb.com. Esta aspiração ainda não é permitida para as normas uma vez que estas não são disponibilizadas gratuitamente ao público. Contudo, recomenda-se, sempre que possível, a indicação do modo mais simples de as adquirir, utilizando o campo reservado às observações. e) Sites Verificou-se, no capítulo anterior, que existe uma quantidade razoável de sites com objectivos semelhantes aos do grupo de estudos da patologia da construção. Por outro lado, existem certamente muitos outros que apresentam grande interesse e que, muitas vezes, não são visitados por falta de divulgação. Com o objectivo de referenciar esses sites criou-se uma última listagem com os seguintes elementos: Título (E); Endereço (E). Embora o endereço do site bastasse para definir univocamente estas referências, considerou-se útil inserir também o título, indicado no canto superior esquerdo do browser. Refira-se ainda que, neste caso, não existem informações adicionais para consultar devido à inexistência de elementos recomendáveis. Deste modo, sugere-se que os utilizadores sejam reencaminhados para os sites referenciados depois de clicar na respectiva referência. Na Figura 44 apresenta-se a sugestão gráfica pretendida para esta secção da “Zona Bibliografia”. 51 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Título: Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ Título Endereço 115 European Mortar Industry Organization EMO www.euromortar.com 116 Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (LFC-FEUP) www.fe.up.pt/~lfc-scc 117 Grupo de Estudos da Patologia da Construção www.patorreb.com 118 CIB World - International Council for Research and Innovation in Building and Construction www.cibworld.nl # CONTACTOS Figura 44 – Secção “Sites” da “Zona Bibliografia” f) Todos Finalmente, criou-se uma última secção, designada “Todos” que, como o próprio nome indica, reúne todas as referências que integram a base de dados bibliográfica do site PATORREB. As referências encontram-se listadas pela ordem em que foram inseridas, indicando-se o tipo de referência (livro, tese, artigo, norma/regulamento ou site) recorrendo a uma legenda. Para além dessa informação, esta listagem apresenta mais duas colunas que correspondem aos elementos comuns a todos os tipos de referências: o número de ordem e o título (Figura 45). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA Procurar por Título: Procurar… NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ CONTACTOS Utilizador: sandro SAIR Tipos: L-Livro; T-Tese; A-Artigo; N-Norma/Regul.; S-Site. # Título Defectos y disfunciones en alicatados y solados L 002 ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão L 003 Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios L 004 Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas L 005 Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas L 006 Paredes de edifícios antigos em Portugal L 007 Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos L 008 Building Pathology - a state-of-the-art report L 009 Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2003 L Figura 45 – Secção “Todos” da “Zona Bibliografia” 52 Tipo 001 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção A utilidade desta secção pode parecer mínima depois de uma primeira análise contudo, veremos que, para além de permitir uma pesquisa por palavra-chave extensível aos títulos de todas as referências, será muito útil para as funcionalidades descritas mais adiante. 4.3.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARTICULAÇÃO DA BASE DE DADOS COM AS FICHAS DE PATOLOGIA O principal objectivo da “Zona Bibliografia” é fornecer as referências bibliográficas das fichas de patologia publicadas no catálogo. Depois de implementar a base de dados bibliográfica descrita, a ligação das referências às fichas será simples, bastando associar o número de cada ficha aos números das referências bibliográficas correspondentes. Do ponto de vista gráfico, apresenta-se uma sugestão que se pretende tão simples quanto eficiente, recorrendo à introdução de um novo botão designado “Referências” nas fichas de patologia (Figura 46). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO FICHA PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA NOVIDADES 044 DESCRIÇÃO SONDAGENS / MEDIDAS CAUSAS SOLUÇÕES REFERÊNCIAS PDF Parede Exterior – Expansão Higrotérmica DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DE HABITAÇÃO INSCRIÇÃO SONDAGENS E MEDIDAS FAQ CONTACTOS Procedeu-se à caracterização dos ladrilhos cerâmicos aplicados, através da realização de ensaios para determinação da “expansão por humidade dos ladrilhos” (EN ISO 10 545-10) e de “análise dilatométrica” (Norma EN 103). Foram obtidos valores de expansão máxima devida à humidade de cerca de 0,4 mm/m nos provetes ensaiados. Para verificar a aderência ladrilho/produto de colagem, procedeu-se à realização de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”, tendo-se obtido uma resistência superior ou igual a 0,5 MPa. Utilizador: sandro SAIR PALAVRAS CHAVE: Parede Exterior, Ladrilhos Cerâmicos, Expansão Higrotérmica, Descolamento do Revestimento, Selecção de Cimento-cola, Juntas AUTORES: Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa FICHA TÉCNICA REVISOR: Prof. Mendes da Silva utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 46 – Novo botão “Referências” das fichas de patologia Ao premir esse botão o utilizador é automaticamente reencaminhando para a secção “Todos” da “Zona Bibliografia”, não sendo, contudo, apresentada a listagem completa das referências existentes na base de dados, mas apenas a listagem das referências bibliográficas associadas à ficha de patologia em questão. A título de exemplo apresenta-se na Figura 47 os resultados que poderiam ser obtidos para as referências bibliográficas da ficha 044. Refira-se que estas referências são meramente exemplificativas, não correspondendo às verdadeiras referências bibliográficas dessa ficha. 53 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA NOVIDADES Procurar por Título: Procurar… Referências Bibliográficas da Ficha 044 INSCRIÇÃO Tipos: L-Livro; T-Tese; A-Artigo; N-Norma/Regul.; S-Site. FAQ CONTACTOS # Título Tipo 001 Defectos y disfunciones en alicatados y solados L 036 Durabilidade de cimentos–cola em revestimentos cerâmicos aderentes a fachadas T 059 Ceramic tiles. Part 10: determination of moisture expansion N 116 Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto S 117 Grupo de Estudos da Patologia da Construção S Utilizador: sandro SAIR FICHA TÉCNICA utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 47 – Exemplo da visualização das referências bibliográficas de uma ficha de patologia As referências bibliográficas das 16 fichas de patologia constantes do Anexo A são indicadas de forma semelhante à sugerida para o site, recorrendo à listagem bibliográfica do Anexo B. Na prática, cada ficha de patologia contém um conjunto de números na sua parte inferior que correspondem às referências bibliográficas listadas no Anexo B. As referências bibliográficas das fichas publicadas no site www.patorreb.com deverão ser inseridas pelos respectivos autores na base de dados do site, ligando-as posteriormente com as respectivas fichas. 4.3.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE 4.3.4.1. Objectivos da “Zona Bibliografia” na Intranet A inserção de referências bibliográficas na base de dados iria exigir um trabalho de coordenação extenso e repetitivo por parte do editor, sendo necessário analisar as referências propostas pelos membros do corpo editorial, uniformizá-las e enviá-las posteriormente aos programadores para procederem à sua inserção no site. Este procedimento poderia prejudicar o desenvolvimento da base de dados bibliográfica pelo que se sugere a implementação de uma zona correspondente na Intranet que permita, por um lado, organizar as referências introduzidas e facilitar o processo de verificação a efectuar pelo editor, e por outro, possibilitar a sua transposição automática para o site. Em síntese, a “Zona Bibliografia” proposta para a Intranet tem os seguintes objectivos: 54 Organizar as referências bibliográficas introduzidas; www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Formatar automaticamente as referências introduzidas de acordo com os padrões do site; Tornar a “Zona Bibliografia” completamente independente dos programadores, diminuindo assim os custos de manutenção do site. 4.3.4.2. Base de Dados Bibliográfica Temática a) Livros A funcionalidade proposta pretende portanto facilitar a introdução de novas referências bibliográficas utilizando a área privada do site. Os membros do corpo editorial e o editor poderão aceder a essa zona mediante introdução do respectivo nome de utilizador e palavra-chave, tendo contudo diferentes privilégios no que diz respeito à sua administração. Quando um membro do corpo editorial aceder à “Zona Bibliografia” da Intranet poderá consultar as diferentes referências bibliográficas publicadas, de forma semelhante à sugerida para a zona pública do site. Contudo, na Intranet os elementos essenciais apresentados encontram-se reduzidos ao estrito necessário, apresentando-se somente o autor e o título no caso dos livros (Figura 48). Esta redução é necessária para introduzir novas colunas que irão permitir a gestão das referências bibliográficas, conforme se descreve mais adiante. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS SECÇÃO: Livros FICHAS BIBLIOGRAFIA LIVROS Nova referência # Utilizador: jose.aguiar Título Introduzido por: 001 RAMOS, J. L. Defectos y disfunciones en alicatados y solados Eng.º Sandro M. Alves 002 LUCAS, J. A. C. ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão Eng.º Sandro M. Alves 003 CÓIAS, V. Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios Eng.º Sandro M. Alves 004 FREITAS, V. P. PINTO, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas Eng.º Sandro M. Alves 005 CÓIAS, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas Eng.º Sandro M. Alves Autor(es) Figura 48 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista por um membro do corpo editorial A inserção de novas referências é facilmente conseguida recorrendo a esta zona, bastando escolher a secção pretendida (livro, tese, etc.) e clicar de seguida no botão “Nova referência”. Surge de imediato um formulário que deverá ser preenchido cuidadosamente. A título de exemplo apresenta-se na Figura 49 o formulário que será necessário preencher para inserir a referência de um livro. Nos exemplos apresentados neste capítulo admite-se que existem apenas 5 referências publicadas em cada secção, perfazendo um total de 25, sendo por isso atribuído o número 26 à nova referência introduzida. 55 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVO LIVRO FICHAS BIBLIOGRAFIA Autor(es): * Luís Aires-Barros Título: * As rochas dos monumentos portugueses, tipologi Ano: * 2001 Idioma: * Português Editor: ISBN: Dep. Legal: Doc. PDF: Procurar… Observações: Utilizador: jose.aguiar Guardar SAIR Cancelar * Campos de preenchimento obrigatório utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 FICHA TÉCNICA Figura 49 – Inserção de uma nova referência na secção “Livros” O formulário apresentado contém todos os elementos indicados no § 4.3.2 (a) distinguindo os elementos essenciais dos recomendáveis com o auxílio de uma legenda. A referência poderá apenas ser guardada depois de serem preenchidos todos os campos correspondentes aos elementos essenciais que são de preenchimento obrigatório. Uma vez o preenchimento concluído, a referência bibliográfica fica arquivada na Intranet onde poderá ser consultada, não sendo contudo possível visualizá-la a partir da listagem bibliográfica da zona pública do site www.patorreb.com. O membro do corpo editorial que introduziu a referência poderá, sempre que o desejar, efectuar alterações e até mesmo eliminar definitivamente a referência introduzida utilizando os botões colocados na última coluna da secção correspondente (Figura 50). # Legenda: Botões informativos Título Introduzido por: 001 RAMOS, J. L. Defectos y disfunciones en alicatados y solados Eng.º Sandro M. Alves 002 LUCAS, J. A. C. ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão Eng.º Sandro M. Alves 003 CÓIAS, V. Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios Eng.º Sandro M. Alves 004 FREITAS, V. P. PINTO, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas Eng.º Sandro M. Alves 005 CÓIAS, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas Eng.º Sandro M. Alves Autor(es) Botão de edição Botão de eliminação Utilizador: jose.aguiar SAIR 026 AIRES-BARROS, L. As rochas dos monumentos portugueses, tipologias e patologias Prof. Barroso de Aguiar Figura 50 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet após introdução de nova referência 56 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção A coluna que permite administrar as referências contém ainda um botão que indica o estado das referências recorrendo a duas cores. O botão vermelho indica que a referência ainda não foi analisada pelo editor e o botão verde significa que esta se encontra validada e visível a partir da zona pública do site PATORREB. Note-se que este último botão é meramente informativo, não permitindo a alteração do estado das referências aos membros do corpo editorial. Para além destes dados é ainda possível apurar quem introduziu uma determinada referência, bastando consultar a coluna intitulada “Introduzido por”. Esta informação apresenta algum interesse para a fase de validação, bem como para incentivar os membros do corpo editorial a inserir um maior número de referências. Quando uma nova referência é inserida na Intranet, o editor é automaticamente notificado por correio electrónico. Este deverá aceder a essa zona para analisar a nova referência e, caso necessário, efectuar as devidas correcções utilizando o botão “Editar”. Em casos extremos a referência poderá ser eliminada sem nunca chegar a estar visível na zona pública do site. Contudo, esta situação não irá certamente acontecer uma vez que a Intranet é uma área privada, reservada aos membros do corpo editorial e aos colaboradores do Laboratório de Física das Construções. Pretende-se que as referências inseridas sejam validadas quase de imediato, após uma simples apreciação do editor. A validação pode ser realizada utilizando o botão informativo vermelho, que passará a verde depois de premido. Esta mudança de estado significa que a referência deixou de estar oculta passando a integrar a base de dados da zona pública do site do grupo de estudos PATORREB. Este privilégio é apenas atribuído ao editor que pode editar, eliminar e mudar o estado de todas as referências sempre que o pretender (Figura 51). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS SECÇÃO: Livros FICHAS BIBLIOGRAFIA LIVROS Nova referência # Legenda: Botões de validação Título Introduzido por: 001 RAMOS, J. L. Defectos y disfunciones en alicatados y solados Eng.º Sandro M. Alves 002 LUCAS, J. A. C. ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão Eng.º Sandro M. Alves 003 CÓIAS, V. Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios Eng.º Sandro M. Alves 004 FREITAS, V. P. PINTO, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas Eng.º Sandro M. Alves 005 CÓIAS, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas Eng.º Sandro M. Alves Autor(es) Botão de edição Botão de eliminação Utilizador: vasco.freitas 026 AIRES-BARROS, L. As rochas dos monumentos portugueses, tipologias e patologias Prof. Barroso de Aguiar Figura 51 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista pelo editor b) Teses A secção referente às teses na Intranet apresenta uma estrutura semelhante à descrita para os livros, com ligeiras diferenças que se devem à especificidade deste tipo de publicação. Por exemplo, o formu- 57 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção lário apresentado inclui um campo onde é possível escolher o tipo de tese (tese de doutoramento, dissertação de mestrado ou outras teses/dissertações). De qualquer modo, o formulário contém exactamente os mesmos elementos escolhidos no § 4.3.2 (b), fazendo a distinção entre os elementos essenciais, de preenchimento obrigatório, e os recomendáveis, de carácter facultativo (Figura 58). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVA TESE / DISSERTAÇÃO FICHAS BIBLIOGRAFIA Autor: * Tipo: * Tese de Doutoramento Orientador(es): Título: * Instituição: * Sigla Ano: * 1960 Idioma: Alemão - Instituição Doc. PDF: Procurar… Observações: Utilizador: sandro SAIR Guardar Cancelar * Campos de preenchimento obrigatório FICHA TÉCNICA utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 52 – Inserção de uma nova referência na secção “Teses” Estes formulários foram elaborados de forma a tornar o seu preenchimento tão simples quanto possível e não necessitarem de instruções para não desencorajar os utilizadores a introduzir novas referências na base de dados. Deste modo, tentou limitar-se ao máximo a liberdade de preenchimento colocando, sempre que possível, campos de escolha condicionada. Por exemplo, no caso do elemento designado “Tipo” apenas se podem escolher 3 opções: tese de doutoramento, dissertação de mestrado ou outras teses/dissertações. O mesmo acontece no caso dos elementos “Ano” e “Idioma”, onde é necessário escolher uma opção entre as várias fornecidas. c) Artigos A secção correspondente aos artigos é muito semelhante à dos livros, existindo apenas alguns campos recomendáveis adicionais que permitem identificar o artigo de forma mais clara. Refira-se que o campo intitulado “Publicado em” é ambíguo, podendo não ser interpretado da mesma forma pelos diferentes membros do corpo editorial. Por esta razão, introduziu-se uma pequena explicação no espaço reservado ao preenchimento desse campo que irá certamente facilitar a introdução deste tipo de referências (Figura 53). 58 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVO ARTIGO FICHAS BIBLIOGRAFIA Autor(es): * Título: * Ano: * 1960 Idioma: * Alemão Editor: Publicado em: Nome da revista / nome do congresso Local: ISBN: ISSN: Dep. Legal: Utilizador: sandro Doc. PDF: Procurar… Observações: SAIR Guardar Cancelar * Campos de preenchimento obrigatório Figura 53 – Inserção de uma nova referência na secção “Artigos” d) Normas e Regulamentação Uma vez mais, para não fugir à regra, o formulário sugerido para introdução de referências sobre normas ou regulamentação é em tudo semelhante aos apresentados anteriormente, com as necessárias alterações aos elementos essenciais e recomendáveis (Figura 54). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVO NORMA/REGULAMENTO FICHAS Designação:* BIBLIOGRAFIA Título: * Ano: * 1960 Idioma: * Alemão Editor: Doc. PDF: Procurar… Observações: Guardar Cancelar * Campos de preenchimento obrigatório Figura 54 – Inserção de uma nova referência na secção “Normas e Regulamentação” 59 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção e) Sites Finalmente, apresenta-se o formulário mais simples, que contém apenas dois elementos: o endereço do site e o respectivo título, ambos de preenchimento obrigatório (Figura 55). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVO SITE FICHAS BIBLIOGRAFIA Endereço: * Título: * Guardar Cancelar * Campos de preenchimento obrigatório Utilizador: Figura 55 – Inserção de uma nova referência na secção “Sites” A implementação desta funcionalidade na Intranet irá certamente incentivar a introdução de um maior número de referências e aumentar a sua velocidade de publicação que fica apenas dependente da validação do editor. Por outro lado, o investimento inicial necessário para o seu desenvolvimento será recuperado rapidamente face às economias conseguidas nos custos de manutenção do site. 4.3.4.3. Referências Bibliográficas das Fichas de Patologia No § 3.4.5 mencionou-se que é possível consultar o formulário de identificação das fichas de patologia a partir da zona “Fichas” da Intranet (Figura 29). Esse formulário permite consultar uma série de informações relacionadas com o processo de publicação das fichas, nomeadamente as datas em que foi efectuada a revisão bem como os respectivos comentários do revisor. Estes formulários guardam todas as informações relacionadas com as fichas de forma organizada, para uso exclusivo do corpo editorial. A existência destes formulários poderia ser aproveitada para permitir ligar as referências bibliográficas inseridas na base de dados e as fichas de patologia publicadas no catálogo. Neste sentido, sugere-se a introdução de uma funcionalidade adicional, a inserir no formulário de identificação das fichas, que consiste, de modo simplificado, numa tabela com duas colunas. A primeira coluna contém a listagem das referências introduzidas na base de dados bibliográfica e a segunda unicamente as referências da ficha de patologia. Para atribuir uma referência à ficha seleccionada bastará trocar as referências de uma coluna para a outra, utilizando os botões com as setas (Figura 56). Para terminar bastará clicar em “Guardar”, ficando as referências automaticamente ligadas à ficha tal como se descreveu no § 4.3.3. 60 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS FICHAS BIBLIOGRAFIA Ficha 001: Patologia: Título: Autor 1: Autor 2: Documento Original: Revisor: Documento Revisto: Pavimento Térreo – Condensações Internas DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO Prof. Vasco P. de Freitas Eng.ª Marília Sousa Ficha001.doc Prof. Fernando Henriques Ficha001revista.doc Referências Bibliográficas existentes: Utilizador: 001 002 003 004 005 006 - Referências Bibliográficas seleccionadas: Defectos y disfunciones en alicatados y ITE 24 – Classificação e descrição geral Inspecções e Ensaios na reabilitação de Permeabilidade ao vapor de materiais d Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig Paredes de edifícios antigos em Portuga vasco.freitas Guardar Cancelar SAIR Figura 56 – Ligação das referências bibliográficas com as fichas de patologia a partir da Intranet Esta opção ficará apenas disponível para os autores das fichas de patologia uma vez que não faz sentido que outro membro possa atribuir referências a uma ficha que não conhece na perfeição. Contudo, por uma mera questão de coordenação, o editor terá controlo total desta zona, não sendo de esperar a sua intervenção. 4.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA O SITE 4.4.1. INTERESSE DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA A existência de diferentes termos ou designações com o mesmo significado é relativamente frequente na linguagem utilizada em engenharia civil e, em particular, em patologia da construção. Por exemplo, consoante estejamos localizados no Porto ou em Lisboa poderemos ser confrontados com duas designações distintas para caracterizar o mesmo elemento: “tijolo vazado” ou “tijolo furado”. Por outro lado, o mesmo termo pode ser interpretado de várias formas por diferentes pessoas. Este problema linguístico e semântico agrava-se quando se pretendem uniformizar contribuições de vários países num único texto [14]. Para minorar estas diferenças propõe-se a introdução da “Zona Terminologia” no site que permitirá uniformizar gradualmente a linguagem utilizada nas fichas de patologia, bem como auxiliar os utilizadores a compreender alguns conceitos menos familiares. 4.4.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS TEMÁTICA A principal funcionalidade da zona proposta consiste numa base de dados que contém as definições dos conceitos e parâmetros mais utilizados na área de patologia e reabilitação de edifícios. Além das definições surgem fotografias que permitem uma melhor percepção dos conceitos em causa. 61 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Na metodologia sugerida, todas as definições estão listadas no mesmo local, acessível a partir do menu lateral do site por todos os utilizadores devidamente registados. A pesquisa dos conceitos e parâmetros pode ser realizada de forma automática, introduzindo a palavra-chave desejada, ou manualmente, carregando na letra pretendida. Caso o utilizador opte pela segunda possibilidade, os conceitos que começam pela letra escolhida serão listados por ordem alfabética, bastando percorrer o ecrã no sentido descendente para visualizar as restantes definições (Figura 57). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO TERMINOLOGIA PATOLOGIAS Procurar por Palavra-chave: Procurar… BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z NOVIDADES Edifício INSCRIÇÃO Obra de construção, cuja finalidade principal é abrigar os seus ocupantes ou conteúdo, geralmente fechada e projectada para permanecer num local. FAQ CONTACTOS Eflorescência Depósito salino, à superfície, de substância proveniente do interior do elemento. Utilizador: sandro Empena SAIR Parede lateral de um edifico, geralmente sem janelas ou portas, apta a receber outro edifício encostado. Figura 57 – Aspecto da “Zona Terminologia” proposta Juntamente com esta proposta, agrupou-se no Anexo C um vasto conjunto de definições dos conceitos e parâmetros mais relevantes para o tema do site www.patorreb.com. São apresentadas mais de 150 definições sendo muitas delas complementadas com fotografias. A título de exemplo apresentam-se de seguida as definições de um parâmetro e de um conceito, listadas no Anexo C: Parâmetro – Coeficiente de condutibilidade térmica O coeficiente de condutibilidade térmica de um material representa a quantidade de calor que atravessa um provete desse material perpendicularmente às suas faces, planas e paralelas, por unidade de tempo e espessura, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário entre as duas faces. O coeficiente de condutibilidade térmica é representado pela letra grega são W/(m.ºC) ou W/(m.K) [30]. 62 e as suas unidades www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Conceito – Humidade ascensional Humidade que se manifesta em elementos construtivos em contacto com o solo (ascensão capilar) [31]. Águas freáticas Águas de precipitação Descrevem-se seguidamente as restantes funcionalidades propostas para a “Zona Terminologia”, nomeadamente a articulação desta nova ferramenta com as fichas de patologia (Anexo A) e com a “Zona Bibliografia” descrita anteriormente (Anexo B). 4.4.3. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM AS FICHAS DE PATOLOGIA À semelhança do que acontece em muitas páginas publicadas na Internet, seria interessante colocar ligações entre as fichas de patologia e as definições existentes na “Zona Terminologia”. Esta ideia foi adoptada com sucesso pela Wikipedia [32], a enciclopédia grátis mais conhecida do mundo, existindo uma quantidade astronómica de ligações entre os seus milhões de artigos. Seguindo o mesmo princípio, os utilizadores do site PATORREB poderiam, sempre que o desejassem, consultar rapidamente a definição de qualquer conceito ou parâmetro a partir das fichas de patologia consultadas. O princípio é relativamente simples, bastando colocar os conceitos que existem simultaneamente nas fichas e na “Zona Terminologia” com outra cor e criar uma ligação entre esses conceitos e a “Zona Terminologia” (Figura 58). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO FICHA PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA 044 DESCRIÇÃO SONDAGENS / MEDIDAS CAUSAS SOLUÇÕES REFERÊNCIAS PDF Parede Exterior – Expansão Higrotérmica DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DE HABITAÇÃO NOVIDADES INSCRIÇÃO FAQ CONTACTOS SONDAGENS E MEDIDAS Procedeu-se à caracterização dos ladrilhos cerâmicos aplicados, através da realização de ensaios para determinação da “expansão por humidade dos ladrilhos” (EN ISO 10 545-10) e de “análise dilatométrica” (Norma EN 103). Foram obtidos valores de expansão máxima devida à humidade de cerca de 0,4 mm/m nos provetes ensaiados. Para verificar a aderência ladrilho/produto de colagem, procedeu-se à realização de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”, tendo-se obtido uma resistência superior ou igual a 0,5 MPa. Figura 58 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia 63 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Deste modo, os utilizadores iriam perceber intuitivamente que bastaria clicar numa palavra a azul para obter a sua definição. Por exemplo, se estivermos a consultar a ficha apresentada na figura anterior e pretendermos obter informações acerca de “ladrilhos cerâmicos”, bastará premir essas palavras para ser automaticamente reencaminhado para o local da “Zona Terminologia” onde esse conceito se encontra definido (Figura 59). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO TERMINOLOGIA PATOLOGIAS Procurar por Palavra-chave: Procurar… BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z NOVIDADES INSCRIÇÃO Ladrilhos cerâmicos FAQ Ref. Bibliográfica: 007 CONTACTOS Placas finas feitas de argilas e/ou outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas como revestimentos para pavimentos e paredes, usualmente conformadas por extrusão ou prensagem à temperatura ambiente, mas podendo ser moldadas por outros processos, em seguida secas e subsequentemente cozidas a temperaturas suficientes para se obterem as propriedades requeridas; os ladrilhos podem ser vidrados (GL) ou não vidrados (UGL), são incombustíveis e não são afectados pela luz. Ref. Bibliográficas relacionadas: 1, 7, 31, 36, 48, 49, 56, 57, 58, 59, 63, 68, 90, 93 e 99 Utilizador: sandro SAIR FICHA TÉCNICA utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07 Figura 59 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia (2) Contudo, a implementação desta proposta pode não ser de fácil aplicação uma vez que a sua concretização obriga a recorrer a uma programação complexa que pode acarretar custos elevados. Caso a sua implementação não seja viável por razões económicas, as restantes funcionalidades da “Zona Terminologia” poderão ser introduzidas no site de forma completamente independente, podendo a ligação entre as fichas e a terminologia ser realizada à posteriori. Os anexos da presente dissertação encontram-se estruturados de forma semelhante ao descrito, tendose efectuado um cruzamento entre o conteúdo das fichas do Anexo A e a informação contida no Anexo C. Na prática foram colocados a azul todos os conceitos e parâmetros que se encontram simultaneamente nas fichas de patologia e na “Zona Terminologia”. Foram identificados 382 conceitos e parâmetros nas 16 fichas de patologia do Anexo A, sendo que alguns deles surgem mais que uma vez. O carácter temático das fichas faz com que os conceitos mais frequentes sejam alvenaria, argamassa e revestimento. Os parâmetros aparecem com menos frequência, sendo de destacar o coeficiente de absorção. Se contabilizarmos cada conceito ou parâmetro uma única vez verifica-se que 53 dos 162 conceitos ou parâmetros listados no Anexo C constam das 16 fichas de patologia do Anexo A, o que corresponde a 33 % das definições listadas. 64 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 4.4.4. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM A “ZONA BIBLIOGRAFIA” A “Zona Terminologia” proposta inclui uma ligação à “Zona Bibliografia”, fornecendo as seguintes possibilidades: a) Indicação das referências bibliográficas das definições; b) Indicação da bibliografia relacionada com os conceitos e parâmetros definidos. A primeira possibilidade adequa-se aos casos em que as definições são retiradas ou adaptadas de publicações ou sites. Esta funcionalidade oferece a possibilidade de colocar o número que corresponde à referência bibliográfica junto do conceito ou parâmetro definido, permitindo assim salvaguardar a autoria das definições e disponibilizar as referências consultadas na elaboração da “Zona Terminologia” aos utilizadores do site www.patorreb.com. Por exemplo, para visualizar a referência bibliográfica que foi consultada na elaboração da definição de “ladrilhos cerâmicos” (Figura 59) basta clicar em “Ref. Bibliográfica”, seguindo-se o aparecimento de uma janela com a respectiva referência. Esta metodologia é idêntica à proposta no § 4.3.2 para visualizar as referências bibliográficas das fichas de patologia. Neste caso concreto a definição de “ladrilhos cerâmicos” foi adaptada de uma publicação intitulada “Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos”, editada pela Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica [33]. A segunda possibilidade permite agrupar as referências bibliográficas relacionadas com os conceitos ou parâmetros (Figura 59). Por exemplo, o Anexo B contém várias referências de livros, teses, artigos e normas relacionadas com ladrilhos cerâmicos que são identificadas com o respectivo número no final da definição. Para visualizar essas referências sugere-se uma metodologia semelhante à proposta para consultar as referências bibliográficas das fichas e das definições (Figura 60). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … APRESENTAÇÃO LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REGUL. SITES TODOS PATOLOGIAS BIBLIOGRAFIA NOVIDADES Procurar por Título: Procurar… Referências relacionadas com “Ladrilhos cerâmicos” INSCRIÇÃO Tipos: L-Livro; T-Tese; A-Artigo; N-Norma/Regul.; S-Site. FAQ CONTACTOS Utilizador: sandro SAIR # Título Tipo 001 Defectos y disfunciones en alicatados y solados L 007 Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos L 031 Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos aderentes T 036 Durabilidade de cimentos–cola em revestimentos cerâmicos aderentes a fachadas T 048 Expedient in situ test techniques for predictive maintenance of rendered façades A 049 The importance of a pathology catalogue for diagnosis: the example of tile-coated façades A 056 Grouts for tiles – Definitions and specifications N 057 Ladrilhos cerâmicos – Parte 2: Determinação de dimensões e qualidade da superfície N Figura 60 – Listagem das referências bibliográficas relacionadas com “ladrilhos cerâmicos” 65 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Em suma, a ligação da “Zona Terminologia” com a “Zona Bibliografia” permite: a) Salvaguardar a autoria das definições; b) Agrupar as referências bibliográficas por temas (conceitos e parâmetros). Esta última funcionalidade pode revelar-se extremamente útil para pesquisar referências bibliográficas sobre um determinado tema. Por exemplo, a pesquisa de normas, ou de outro tipo de referências, relacionadas com ladrilhos cerâmicos seria conseguida eficazmente recorrendo a esta ferramenta. Embora a pesquisa por palavra-chave da “Zona Bibliografia” permita obter resultados análogos, apresenta algumas limitações comparativamente com esta funcionalidade, nomeadamente: Os títulos de algumas publicações não incluem todos os conceitos relevantes que são abordados nessa publicação; As referências bibliográficas são listadas no idioma original. A articulação pretendida entre a “Zona Bibliografia” (Anexo B) e a “Zona Terminologia” (Anexo C) foi implementada na presente dissertação de duas formas distintas, de acordo com a metodologia proposta: a) Indicando o número da referência consultada na elaboração das definições junto dos respectivos conceitos ou parâmetros; b) Listando os números das referências bibliográficas do Anexo B relacionadas com os conceitos e parâmetros definidos no Anexo C no final de cada definição. A título de exemplo apresenta-se de seguida a definição de “ladrilhos cerâmicos”, constante do Anexo C. Ladrilhos cerâmicos7 a) Referência Bibliográfica Placas finas feitas de argilas e/ou outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas como revestimentos para pavimentos e paredes, usualmente conformadas por extrusão ou prensagem à temperatura ambiente, mas podendo ser moldadas por outros processos, em seguida secas e subsequentemente cozidas a temperaturas suficientes para se obterem as propriedades requeridas; os ladrilhos podem ser vidrados (GL) ou não vidrados (UGL), são incombustíveis e não são afectados pela luz. Referências relacionadas: 1, 7, 31, 36, 48, 49, 56, 57, 58, 59, 63, 68, 90, 93 e 99 b) Bibliografia Relacionada 4.4.5. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE 4.4.5.1. Base de Dados Temática À semelhança do sugerido para a “Zona Bibliografia”, seria adequado tornar esta funcionalidade completamente independente dos programadores, quer por razões económicas, quer por razões funcionais. Deste modo, as novas definições poderão ser introduzidas directamente a partir da Intranet pelos membros do corpo editorial, sem recorrer a intermediários. As novas definições deverão apenas ser validadas pelo editor antes de serem publicadas automaticamente na zona pública do site. Os membros do corpo editorial e o editor terão diferentes privilégios no que diz respeito à administração da “Zona Terminologia” na Intranet. Todos eles poderão inserir novas definições, consultar a listagem dos conceitos e parâmetros que se encontram publicados no site e conferir quais os que aguardam validação do editor. Os autores das definições inseridas poderão ainda editá-las, com vista a uma eventual correcção ou para completar a informação fornecida (Figura 61). 66 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS FICHAS BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA NOVA DEFINIÇÃO Definições a aguardar validação: Conceito/Parâmetro Introduzido por: Asna Prof. Barroso de Aguiar Assentamento Eng.º Sandro M. Alves A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z Utilizador: jose.aguiar SAIR Conceito/Parâmetro Introduzido por: Abrasão Prof. Vasco P. de Freitas Absorção Eng.º Sandro M. Alves Aditivo Prof. Vasco P. de Freitas Adjuvante Eng.º Sandro M. Alves Adsorção Prof. Barroso de Aguiar Agregado Eng.º Sandro M. Alves Algeroz Prof. Vasco P. de Freitas Alvenaria Prof. Jorge de Brito Anamnese Prof. Fernando Henriques Argamassa Prof. Barroso de Aguiar Figura 61 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet por um membro do corpo editorial Contudo apenas o editor poderá validar, editar e eliminar qualquer uma das definições introduzidas. Os botões de validação apresentados na Figura 62 têm duas funções: informar sobre o estado da definição, visível a todos, e permitir efectuar a validação, apenas permitida ao editor. Esta distinção é reconhecida automaticamente pelo site, após inserção dos dados de utilizador, necessários para aceder a esta zona privada do site. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS FICHAS BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA Legenda: NOVA DEFINIÇÃO Definições a aguardar validação: Conceito/Parâmetro Introduzido por: Asna Prof. Barroso de Aguiar Assentamento Eng.º Sandro M. Alves A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z Botões informativos Botão de edição Botão de eliminação Utilizador: vasco.freitas Conceito/Parâmetro Introduzido por: Abrasão Prof. Vasco P. de Freitas Absorção Eng.º Sandro M. Alves Aditivo Prof. Vasco P. de Freitas Adjuvante Eng.º Sandro M. Alves Adsorção Prof. Barroso de Aguiar Agregado Eng.º Sandro M. Alves Algeroz Prof. Vasco P. de Freitas Alvenaria Prof. Jorge de Brito Figura 62 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet pelo editor 67 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção A inserção de uma nova definição no site é relativamente simples, bastando premir o botão designado para o efeito e preencher os campos solicitados, nomeadamente: Novo Conceito/Parâmetro; Plural do novo conceito ou parâmetro, fundamental para a articulação com as fichas de patologia (ver § 4.4.3); Definição completa do conceito ou parâmetro; Fotografias (campo opcional); Referências bibliográficas (campo opcional); Bibliografia relacionada (campo opcional). A título de exemplo apresenta-se na Figura 63 a inserção da definição do conceito “anomalia” utilizando a Intranet. Os campos relacionados com as referências bibliográficas serão comentados com mais pormenor no § 4.4.5.3. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVA DEFINIÇÃO FICHAS BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA Utilizador: sandro SAIR Conceito/parâmetro: Anomalia Conceito/parâmetro (Plural): Anomalias Definição: Desvio ou afastamento da regra, forma ou ordem, normal ou comum. Indicação de um possível defeito ou problema, que é directamente visível ou mensurável. Fotografia n.º1 Procurar… Fotografia n.º2 Procurar… Fotografia n.º3 Procurar… Referências Bibliográficas existentes: 001 002 003 004 005 006 Referências Bibliográficas seleccionadas: - Defectos y disfunciones en alicatados y - ITE 24 – Classificação e descrição gera - Inspecções e Ensaios na reabilitação de - Permeabilidade ao vapor de materiais d - Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig - Paredes de edifícios antigos em Portuga Bibliografia relacionada com o termo definido: Bibliografia existente: Bibliografia seleccionada: Figura 63 – Inserção de uma nova definição a partir da Intranet Após inserção, a nova definição surge no campo destinado às definições que aguardam validação. O editor é notificado por correio electrónico devendo, posteriormente, aceder à Intranet e consultar as novas definições inseridas. Após apreciação, o editor poderá proceder à validação, edição ou eliminação dessas definições. A validação faz com que a definição seja automaticamente publicada no site onde poderá ser consultada de imediato pelos milhares de utilizadores que o visitam mensalmente. A possibilidade de editar ou eliminar qualquer uma das definições será sempre possível, mesmo depois destas se encontrarem publicadas no site. 68 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção 4.4.5.2. Articulação com as Fichas de Patologia No caso de se optar pela implementação da ligação entre as fichas de patologia e a “Zona Terminologia” não será necessário efectuar qualquer acção suplementar no momento da introdução de um novo conceito na Intranet. De facto, se a programação for efectuada correctamente, o próprio algoritmo irá pesquisar automaticamente a existência de palavras idênticas nas fichas, atribuindo-lhe imediatamente uma ligação com a respectiva definição. A introdução do conceito ou parâmetro sem erros ortográficos bem como a indicação do seu plural, no campo previsto para o efeito (Figura 63), é fundamental para permitir uma correcta ligação com as palavras das fichas. Em alguns casos, poderá acontecer que o mesmo conceito tenha diferentes significados e apresente apenas uma definição na “Zona Terminologia”. Nestes casos, as ligações serão efectuadas do mesmo modo, mesmo que alguns conceitos presentes nas fichas não tenham o significado indicado na definição. Uma forma de ultrapassar este problema passa por completar a “Zona Terminologia”, definindo rigorosamente todos os conceitos. Contudo, este problema não levanta grandes preocupações devido à especificidade da matéria abordada nas fichas de patologia. 4.4.5.3. Articulação com a “Zona Bibliografia” Os mecanismos propostos para tornar a interligação entre a terminologia e a bibliografia independente dos programadores são semelhantes aos sugeridos para a inserção de referências bibliográficas nas fichas de patologia (Figura 64). PATOLOGIAS NOVA DEFINIÇÃO FICHAS BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA Utilizador: sandro SAIR Conceito/parâmetro: Anomalia Conceito/parâmetro (Plural): Anomalias Definição: Desvio ou afastamento da regra, forma ou ordem, normal ou comum. Indicação de um possível defeito ou problema, que é directamente visível ou mensurável. Fotografia n.º1 Procurar… Fotografia n.º2 Procurar… Fotografia n.º3 Procurar… Referências Bibliográficas existentes: 001 002 003 004 005 006 Referências Bibliográficas seleccionadas: - Defectos y disfunciones en alicatados y - ITE 24 – Classificação e descrição geral - Inspecções e Ensaios na reabilitação de - Permeabilidade ao vapor de materiais d - Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig - Paredes de edifícios antigos em Portuga Bibliografia relacionada com o termo definido: Bibliografia existente: 001 002 003 004 005 006 - Bibliografia seleccionada: Defectos y disfunciones en alicatados y ITE 24 – Classificação e descrição geral Inspecções e Ensaios na reabilitação de Permeabilidade ao vapor de materiais d Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig Paredes de edifícios antigos em Portuga Figura 64 – Inserção das referências bibliográficas e da bibliografia relacionada 69 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção Esta funcionalidade permite associar as referências existentes na “Zona Bibliografia” com o conceito ou parâmetro em inserção de forma simples e intuitiva. O primeiro campo refere-se às referências bibliográficas da própria definição e o segundo corresponde às referências da bibliografia relacionada. Caso se pretenda associar uma referência que ainda não conste da “Zona Bibliografia” do site, deverá proceder-se previamente à sua inserção na base de dados bibliográfica seguindo os procedimentos descritos anteriormente. Refira-se ainda que é importante efectuar uma pequena modificação à “Zona Bibliografia” da Intranet para permitir uma articulação total entre estas duas ferramentas. De facto, se o processo de inserção da bibliografia se mantiver idêntico ao proposto, não será possível associar conceitos ou parâmetros da “Zona Terminologia” com as novas referências inseridas a partir da “Zona Bibliografia”. Para ultrapassar esta lacuna sugere-se a introdução de um campo adicional no processo de inserção de novas referências, que permitirá associar os conceitos e parâmetros da “Zona Terminologia” com a referência em inserção (Figura 65). GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP PATORREB Patologias em … PATOLOGIAS NOVO LIVRO FICHAS BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA Autor(es): * Título: * Ano: * Idioma: * Editor: ISBN: Dep. Legal: Editor: Utilizador: sandro SAIR * Campos de preenchimento obrigatório Conceitos e parâmetros existentes: Conceitos/parâmetros seleccionados: Abrasão Absorção Aditivo Adjuvante Adsorção Agregado Guardar Cancelar Figura 65 – Associação de conceitos e parâmetros com a referência bibliográfica em inserção Assim, partindo do princípio que o membro que inserir uma determinada referência bibliográfica tem um conhecimento aceitável do seu conteúdo, poderá, sem grandes dificuldades, indicar quais os conceitos ou parâmetros abordados nessa publicação. 4.5. PROPOSTA DE TRADUÇÃO DO SITE A internacionalização do site é um passo importante que terá certamente consequências no número de visitantes bem como no interesse suscitado pelas empresas. Esta tarefa teria de passar, forçosamente, 70 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção pela tradução do site para inglês não implicando, contudo, a tradução em simultâneo de todas as fichas de patologia publicadas. De forma a racionalizar os custos desta proposta, sugere-se o desenvolvimento das seguintes tarefas: Alteração da página inicial do site para permitir o acesso às diferentes secções (zona em português e zona em inglês); Tradução do corpo do site para inglês; Tradução da ficha n.º 1. A alteração da primeira página do site é relativamente simples, bastando adicionar um botão designado “Enter” que permite aceder à zona em inglês, conforme se exemplifica na Figura 66. Acesso à zona em português Acesso à zona em inglês Figura 66 – Página inicial proposta para o site após internacionalização A zona em português seria em tudo idêntica à existente actualmente, contendo, até à data da presente publicação, 85 fichas de patologia. A zona em inglês seria também semelhante embora não contenha todas as fichas de patologia publicadas na secção portuguesa. Esta estrutura permitiria a divulgação internacional do site sem ter de traduzir todas as fichas, o que iria reduzir significativamente os custos iniciais envolvidos. Caso se justifique, poder-se-iam traduzir posteriormente todas as fichas publicadas no site português, passando a coexistir o mesmo número de fichas em ambas as secções. Relativamente à base de dados bibliográfica, a tarefa é mais simples uma vez que as referências são sempre inseridas no seu idioma de origem não necessitando portanto de tradução. Em contrapartida, a internacionalização da “Zona Terminologia” é mais complicada, não sendo aconselhável proceder directamente à tradução dos diferentes conceitos e parâmetros. Estas dificuldades poderiam ser resolvidas através do alargamento do corpo editorial a personalidades estrangeiras, como por exemplo aos membros do CIB – W086 “Building Pathology”, grupo que reúne especialistas internacionais ligados à área da patologia da construção. Os novos membros seriam convidados a inserir novas fichas, referências bibliográficas e definições, contribuindo para o desenvolvimento da secção inglesa do site. Numa perspectiva optimista, a secção inglesa tornar-se-ia rapidamente mais completa que a portuguesa, transformando o site www.patorreb.com numa plataforma internacional onde se procede à sistematização e divulgação do conhecimento da patologia da construção. 4.6. IMPLEMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS NO SITE A maioria das novas funcionalidades propostas já se encontram disponíveis no site www.patorreb.com 71 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção e podem ser consultadas por qualquer utilizador devidamente registado. A implementação destas novas zonas foi sujeita a um processo complexo e demorado que foi iniciado em Outubro de 2007. Cada proposta teve de ser explicada detalhadamente aos programadores de forma a poderem transpor as ideias para o site. Depois de desenvolvidas, as novas funcionalidades foram testadas exaustivamente o que permitiu detectar inúmeros erros e incompatibilidades antes de as colocar na zona pública do site. Em síntese, apresentam-se de seguida as diferentes propostas descritas no presente capítulo, indicando a negrito as que foram já implementadas e se encontram disponíveis no site www.patorreb.com. Inserção de novas fichas o Novo procedimento de publicação das fichas o Alteração do modo de inserção de fichas na Intranet o Publicação das fichas de patologia associadas a argamassas “Zona Bibliografia” o Base de dados temática o Referências bibliográficas das fichas o Zona correspondente na Intranet “Zona Terminologia” o Base de dados temática o Ligação com as fichas de patologia o Ligação com a “Zona Bibliografia” o Zona correspondente na Intranet Tradução do site o Alteração da página inicial o Tradução do corpo do site o Tradução da ficha n.º 1 Até à data da presente publicação falta implementar as alterações propostas para a zona “Fichas” da Intranet bem como a “Zona Terminologia”, prevendo-se a sua disponibilização no site no final de 2008. As fichas de patologia associadas a argamassas foram validadas pelo editor do Grupo de Estudos e estão apenas a aguardar os comentários dos revisores para serem posteriormente publicadas no site. O tempo dispendido para implementar as propostas já disponíveis bem como os prazos previstos para a implementação das restantes são apresentados na Tabela 6. Tabela 6 – Calendarização para implementação das propostas no site Fichas Bibliografia Terminologia Tradução OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2007 2008 Legenda: Desenvolvimento 72 Revisão/Testes Implementação no site 5 CONCLUSÕES 5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na construção tradicional existiam um conjunto de soluções, validadas pela experiência, que permitiam obter resultados satisfatórios a longo prazo. Contudo, a industrialização, a complexidade crescente das soluções construtivas e a ausência de dimensionamento conduziram ao aumento de patologias. Esta situação não é obviamente aceitável. Numa fase em que os custos da não qualidade representam uma fatia significativa do custo global da construção, cabe, em parte, aos intervenientes no processo construtivo e aos centros de investigação procurar soluções para evitar que os mesmos erros se repitam múltiplas vezes. A sistematização do conhecimento da patologia da construção e a sua divulgação é claramente um contributo importante para a melhoria da qualidade na construção. O Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB partilha, desde 2004, a experiência acumulada pelos membros do corpo editorial através da plataforma criada para o efeito em www.patorreb.com. Desde a sua criação, o site foi visitado por mais de 50.000 pessoas, estando a esmagadora maioria ligada ao ramo da construção ou ao ensino universitário. Contudo, o catálogo disponibilizado incluía apenas fichas referentes às patologias de carácter higrotérmico e não permitia aprofundar o estudo de cada caso apresentado. Estas limitações motivaram o desenvolvimento do presente trabalho, com o qual se pretendia atingir os seguintes objectivos: Analisar a importância económica da patologia da construção; Avaliar os diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional; Desenvolver novas fichas de patologia a publicar no site www.patorreb.com; Propor e implementar novas funcionalidades no site. O trabalho desenvolvido na primeira parte permitiu comprovar algumas ideias já conhecidas recorrendo a uma abordagem estatística, tendo-se demonstrado que: Os problemas ocorrem com mais frequência nas fachadas dos edifícios; A grande maioria dos problemas deve-se a defeitos de execução; As reparações de problemas associados às fundações dos edifícios são as mais dispendiosas, sendo em média três vezes mais caras que as reparações de problemas em fachadas; A reparação de um problema causado por uma deficiente concepção é, em média, duas vezes e meia mais onerosa do que a reparação de qualquer outro tipo de problema. A análise dos catálogos disponíveis a nível internacional permitiu retirar algumas ideias para desenvolver o site www.patorreb.com. Por outro lado, sintetizou-se a informação disponível nas fichas de www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção patologia publicadas nos catálogos mais recentes na forma matricial para permitir a rápida identificação dos catálogos que contêm fichas cujo conteúdo ainda não foi abordado no catálogo do Grupo de Estudos – PATORREB. As principais conclusões relacionadas com as propostas fornecidas pelo autor para dinamizar o site www.patorreb.com são as seguintes: Foram desenvolvidas 16 fichas de patologia originais associadas a argamassas, aprovadas na íntegra pela APFAC e validadas pelo editor do grupo de estudos. Aguarda-se apenas a revisão científica do revisor para posterior publicação no site; Foi proposta uma nova metodologia de publicação e uma nova ficha modelo para permitir uma maior homogeneidade das fichas desenvolvidas; O desenvolvimento da “Zona Bibliografia” proposta já se encontra disponível no site do grupo de estudos. Esta nova funcionalidade é idêntica à sugerida na presente dissertação, com destaque para os seguintes aspectos: o A base de dados bibliográfica permite uma pesquisa simples e eficiente; o A ligação com as fichas de patologia permite a fácil inserção de referências bibliográficas; o A criação de uma zona paralela na Intranet possibilita uma fácil actualização da base de dados, sem custos acrescidos de manutenção. Actualmente já foram introduzidas referências por vários membros do corpo editorial sem dificuldades visíveis; o O Anexo B da presente dissertação foi fundamental para implementar esta funcionalidade. A “Zona Terminologia” proposta não foi ainda implementada no site, prevendo-se a sua colocação online para o final de 2008. Destacam-se, contudo, os seguintes aspectos: o A criação de uma zona paralela na Intranet permitirá, à semelhança da “Zona Bibliografia”, actualizar facilmente a base de dados, sem custos acrescidos de manutenção; o O Anexo C contém mais de 150 definições que constituirão certamente um bom ponto de partida para a implementação desta funcionalidade. A duplicação do site para inglês foi conseguida com sucesso o que permite a sua divulgação a nível internacional. 5.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS Com o presente trabalho pretendeu-se fornecer um contributo para o estudo do problema da patologia da construção. No entanto, existe ainda um vasto campo de investigação neste domínio pelo que seria interessante desenvolver alguns aspectos relacionados com os catálogos de patologia, nomeadamente: 74 Tendo em atenção que os catálogos de patologia existentes não apresentam uma divulgação adequada e se encontram dispersos, sugere-se a criação de uma plataforma na Internet que reúna toda a informação disponível sobre patologia da construção. Uma ferramenta deste tipo poderia ser desenvolvida em parceria com o CIB – W086 conforme se exemplifica no esquema apresentado na Figura 67; O catálogo do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB inclui apenas fichas de patologia referentes a problemas de caractér higrotérmico. Seria importante introduzir novas fichas que abordam problemas estruturais, bem como desenvolver fichas temáticas em colaboração com empresas ou instituições da área (por exemplo, a patologia da madeira seria um tema interessante a desenvolver). www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção PATORREB Imparare dagli Errori Agence Qualité Construction Maintainability of Buildings Figura 67 – Possível ligação dos catálogos de patologia disponíveis através de uma plataforma do CIB – W086 75 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [ 1] Grupo de Estudos da Patologia da Construção (www.patorreb.com). 12/11/2007. [ 2] Freitas, V. P. de, Alves, S. M., Sousa, M. 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[21] Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios – PATORREB 2003 (Freitas, V. P. de, Abrantes, V., ed.), 18 e 19 de Maio de 2003, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto. [22] Serviços de Documentação e Informação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (http://biblioteca.fe.up.pt). 15/11/2007. [23] PORBASE – Base Nacional de Dados Bibliográficos (www.porbase.org). 15/11/2007. [24] NP 405-1. Informação e documentação: referências bibliográficas: documentos impressos. Instituto Português da Qualidade, 1995. [25] NP 405-2. Informação e documentação: referências bibliográficas – Parte 2: materiais não livro. Instituto Português da Qualidade, 1998. [26] NP 405-3. Informação e documentação: referências bibliográficas – Parte 3: documentos não publicados. Instituto Português da Qualidade, 2000. [27] NP 405-4. Informação e documentação: referências bibliográficas – Parte 4: documentos electrónicos. 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Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica, Coimbra, 2003. 78 www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção BIBLIOGRAFIA Abrantes, V., Freitas, V. P. de, Sousa, M. Reabilitação de Edifícios – Estudo do comportamento e análise técnico-económica das soluções utilizadas nas obras de construção e reabilitação: IGAPHE – DGHN. Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado – IGAPHE, Lisboa, 1999. Aguiar, J., Cabrita, R., Appleton, J. Guião de apoio à reabilitação de edifícios habitacionais. Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC, Lisboa, 1993. Appleton, J. Reabilitação de edifícios antigos – patologias e tecnologias de intervenção. Edições Orion, Amadora, 2003. Blaich, J. La détérioration des bâtiments - analyse et prévention. Laboratoire fédéral d’essai des matériaux et de recherche – EMPA, Dübendorf, 1999. DTU 26.1. 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Tese de doutoramento, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra – FCTUC, Coimbra, 2004. 80 ANEXO A FICHAS DE PATOLOGIA LOGÓTIPOS FICHA 00 Elemento Construtivo – Fenómeno Físico TÍTULO DA FICHA DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS Apresentação, de forma sintética, da patologia em análise, sendo indicados os principais sinais observados e caracterizando-se sumariamente o elemento em que se manifestou o problema. Indicação das acções que foram necessárias para um exame detalhado da patologia, tais como a realização de sondagens e de medidas em laboratório ou “in situ”. Notas importantes: − Não alterar o tamanho das colunas e linhas; − Não alterar a formatação do texto (tamanho, estilo, etc.); − No caso de usar “marcas e numeração”, usar de forma idêntica a este exemplo; − As imagens e esquemas ilustrativos são opcionais. Quando não pretender introduzir imagens e/ou esquemas, poderá utilizar esse espaço para texto. Imagens e/ou esquemas ilustrativos Imagens e/ou esquemas ilustrativos CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES Descrição do fenómeno que esteve na origem da patologia, tendo como base o estudo de diagnóstico elaborado. Descrição sintética das possíveis soluções de reparação, propostas com base no estudo diagnóstico realizado e na definição das causas do problema. Imagens e/ou esquemas ilustrativos Imagens e/ou esquemas ilustrativos PALAVRAS-CHAVE Elemento, Causa Principal, Patologia, Solução de Tratamento, etc. REF. BIBLIOGRÁFICAS: A.1 FICHA 01 Parede Exterior – Produto de Colagem DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS APLICADO EM FACHADAS DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento cerâmico aplicado na fachada de um edifício de habitação apresentava-se descolado, tendo-se observado o destacamento muito significativo dos ladrilhos cerâmicos. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se verificado que a alvenaria de suporte do revestimento se encontrava confinada. Os estudos sobre a deformabilidade do suporte evidenciaram uma reduzida deformação. Trata-se de uma patologia, generalizada, que apresenta uma maior incidência nas zonas da fachada mais expostas à radiação e à humidade. O descolamento foi progressivo ao longo do tempo. A observação cuidada da fachada permitiu verificar a ausência de fissuração do suporte nas zonas degradadas. O cimento-cola utilizado foi do tipo C1. As juntas entre ladrilhos cerâmicos tinham cerca de 2 mm, não sendo conhecidas as características do material de preenchimento. Não existiam juntas de fraccionamento. Para medir a aderência dos ladrilhos cerâmicos ao suporte procedeu-se à realização de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”. A resistência ao arrancamento foi obtida através da colagem de uma peça metálica à superfície das plaquetas que foi depois sujeita a uma força perpendicular ao seu plano. Verificou-se, na maioria dos ensaios, que a interface de rotura se localizava entre o revestimento cerâmico e a argamassa de colagem (rotura adesiva). Os valores obtidos para a tensão de rotura encontram-se listados no quadro anexo. Amostra Tensão de rotura [MPa] 1 0,133 2 0,131 3 0,318 4 0,466 5 0,100 Média [MPa] Desvio Padrão [MPa] 0,230 0,141 CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES O descolamento do revestimento em ladrilhos cerâmicos da fachada deveu-se ao uso de um produto de colagem inadequado (C1) e à perda de propriedades mecânicas ao longo do tempo. Nos ensaios de arrancamento por tracção, os valores não deveriam ser inferiores a 0,5 MPa de modo a garantir um correcto desempenho do revestimento. A ausência de juntas de fraccionamento e o incorrecto dimensionamento das juntas de assentamento poderão ter contribuído para este fenómeno. A correcção do problema implicaria a substituição do revestimento em ladrilhos cerâmicos, tendo em atenção os seguintes aspectos na aplicação dos novos ladrilhos: Estudos experimentais realizados no Laboratório de Física das Construções – LFC, com o objectivo de avaliar o desempenho de diferentes tipos de cimento-cola ao longo da sua vida útil, permitiram concluir que o desempenho face à tensão de aderência diminui muito significativamente ao fim de alguns ciclos de envelhecimento acelerado. A título de exemplo, mostram-se os resultados obtidos para a variação da tensão de aderência de 3 tipos de ladrilhos colados com um cimento-cola do tipo C2 em função do número de ciclos de envelhecimento acelerado. − − − − O cimento-cola deve ser criteriosamente escolhido em função das características do revestimento e do suporte (ver quadro anexo); O fabricante deve fornecer resultados sobre a variação das propriedades mecânicas do cimento-cola com o envelhecimento; As juntas de assentamento devem ser preenchidas por um produto cujo módulo de elasticidade seja inferior a 8000 MPa; Devem ser criadas juntas de fraccionamento (> 6 mm) e juntas em correspondência com as juntas de dilatação, bem como devem ser previstas juntas nas zonas de contacto do revestimento cerâmico com os pontos singulares da fachada (por exemplo, peitoris, caixilharias, etc.) e nos ângulos salientes ou reentrantes da fachada. REVESTIMENTO ÁREA (cm²) NATUREZA Mosaico em pasta de vidro ou porcelâmico S ≤ 50 Plaquetas murais em terracota S ≤ 231 Azulejos em terracota S ≤ 300 (15 × 15) Ladrilhos extrudidos ou prensados, excepto os plenamente vitrificados ALTURA DA FACHADA H≤6 m 6 m<H≤28 m C2 ou C2S C2S S ≤ 2000 (40 × 40) 2000 < S ≤ 3600 (60 × 60) C2S Ladrilhos plenamente vitrificados S ≤ 2000 (40 × 40) C2S PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Ladrilhos Cerâmicos, Cimento-cola, Descolamento, Durabilidade REF. BIBLIOGRÁFICAS: 41, 42, 55, 63, 116, 117 e 127 A.2 FICHA 02 Parede Exterior – Deficiente Aplicação DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM PLACAS DE PEDRA APLICADO EM FACHADAS DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento em placas de pedra aplicado na fachada de um edifício de habitação apresentava-se descolado, tendo-se observado o destacamento de placas em áreas localizadas da fachada. Verificou-se que as placas de pedra que revestiam a fachada do edifício em estudo eram constituídas por pedra calcária de cor clara, com 2 cm de espessura e superfície rectangular de 60x40 cm2. A face exterior das placas apresentava um aspecto rugoso (“bujardado”), enquanto que o tardoz tinha um aspecto liso. Nas zonas de destacamento das pedras, verificou-se que a colagem das placas não abrangia a totalidade do respectivo tardoz, existindo áreas significativas sem contacto entre as placas e a argamassa de colagem. Refira-se que o edifício era composto por rés-do-chão mais sete pisos elevados. As juntas entre as placas encontravam-se abertas, não existindo qualquer junta complementar de fraccionamento do revestimento. Efectuaram-se sondagens para analisar a configuração do suporte, tendo-se verificado que era constituído por paredes em alvenaria de tijolo vazado, sobre as quais foi realizada um regularização em argamassa, com cerca de 1 cm de espessura, seguida de reboco à base de cimento e cal hidráulica, com 2 cm de espessura. A fixação das placas foi efectuada por colagem, tendo sido utilizado o método da colagem simples, espalhando o produto de colagem sobre o suporte. Não foi possível obter resultados para os ensaios de arrancamento por tracção “in situ” uma vez que as placas de pedra se destacavam sistematicamente ao efectuar os cortes para obter provetes quadrados com 5 cm de lado. O destacamento ocorreu sempre na interface entre a placa e o cimento-cola. CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES O problema em questão resultou de algumas deficiências construtivas, nomeadamente: Este tipo de patologia é grave atendendo ao facto de pôr em risco a segurança das pessoas que transitam na via pública. − A superfície das placas não deveria ultrapassar os 1100 cm2 (30x30), admitindo-se os 2000 cm2 (40x40) mas apenas para pedras de porosidade superior a 5 % e em fachadas com altura máxima de 6 m em relação ao solo, o que não era o caso; Recomenda-se a remoção integral das pedras e a sua substituição por um novo revestimento, respeitando os princípios construtivos descritos no campo “causas da patologia”. − Atendendo às dimensões das placas, a sua fixação deveria ter sido realizada por dupla colagem, isto é, a cola deveria ser aplicada no suporte e no tardoz da placa; − O tempo aberto do cimento-cola terá provavelmente sido ultrapassado, devido à aplicação de áreas demasiado extensas de cimento-cola e/ou à existência de condições climáticas adversas durante a aplicação (temperaturas superiores a 30ºC ou inferiores a 5ºC, humidades relativas inadequadas ou ocorrência de ventos fortes). Em alternativa poder-se-ia equacionar a realização de uma fixação mecânica complementar das placas. Essa fixação deveria ser realizada através de buchas químicas, associadas a camisas metálicas e pernos roscados em aço inox (ver fotografias). Atendendo às dimensões das placas de pedra, admite-se que apenas seriam necessárias duas buchas por placa, aplicadas a uma distância de 20 cm de cada bordo. A resistência das buchas deveria ser de, pelo menos, 1,0 kN a esforços de tracção. A opção de não preencher as juntas de assentamento acelera o processo de envelhecimento do produto de colagem do revestimento. PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Placas de Pedra, Deficiente Aplicação, Dupla colagem, Tempo Aberto, Cimento-cola REF. BIBLIOGRÁFICAS: 7, 63, 117 e 127 A.3 FICHA 03 Parede Exterior – Deformação do Suporte DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM “PASTILHA” CERÂMICA DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento em “pastilha” cerâmica da fachada de um edifício de habitação apresentava-se fissurado, tendo ocorrido o empolamento e o descolamento pontual da “pastilha”. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se verificado que: A patologia ocorreu principalmente junto às zonas de maior rigidez da viga de bordadura, que se encontrava parcialmente em consola e tinha um desenvolvimento curvo. − Era constituída por parede dupla em alvenaria de tijolo vazado (0,20 m+ 0,11 m), com isolamento térmico na caixa-dear; − No topo das lajes foram aplicados painéis de aparas de madeira (0,025 m); − A parede encontrava-se apoiada numa viga de bordadura parcialmente em consola e com um desenvolvimento curvo; − O revestimento foi colado ao suporte com argamassa de colagem; − Não foram executadas juntas de fraccionamento. Tijolo vazado Isolamento térmico “Pastilha” cerâmica Painéis de aparas de madeira CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES O descolamento do revestimento em “pastilha” cerâmica da fachada teve origem nos seguintes factores: A intervenção a efectuar exige os seguintes procedimentos: − Deformabilidade do suporte da alvenaria, nomeadamente na excessiva deformabilidade das vigas de bordadura que suportavam as alvenarias ao nível de cada piso (corpo em consola e com desenvolvimento curvo); − Escolha inadequada do produto de colagem. Deveriam ter sido utilizadas colas de elevada resistência e deformabilidade, devido ao facto da fachada ter um desenvolvimento curvo; − Heterogeneidade do suporte; − Remoção dos painéis de aparas de madeira do topo das lajes; − Reforço da estabilidade do suporte através da realização de tirantes passivos ou activos (corpo em consola); − Aplicação de nova “pastilha” cerâmica, tendo em atenção os seguintes aspectos: · Deveria realizar-se a impermeabilização do suporte com argamassa à base de polímeros, armada; · As juntas deveriam ser preenchidas por um produto flexível (módulo de elasticidade < 8000 MPa); · Deveriam ser criadas juntas de fraccionamento (> 6 mm) e juntas em correspondência com as juntas de dilatação; − Aplicação de painéis de aparas de madeira; − Aderência insuficiente entre camadas do sistema de revestimento; − Inexistência de juntas de fraccionamento. O cimento-cola deveria ser criteriosamente escolhido em função das características do revestimento e do suporte (ver quadro seguinte). REVESTIMENTO ÁREA (cm²) NATUREZA Mosaico em pasta de vidro ou porcelâmico S ≤ 50 Plaquetas murais em terracota S ≤ 231 Azulejos em terracota S ≤ 300 (15 × 15) Ladrilhos extrudidos ou prensados, excepto os plenamente vitrificados ALTURA DA FACHADA H≤6 m 6 m<H≤28 m C2 ou C2S C2S S ≤ 2000 (40 × 40) 2000 < S ≤ 3600 (60 × 60) C2S Ladrilhos plenamente vitrificados S ≤ 2000 (40 × 40) C2S PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, “Pastilha” Cerâmica, Cimento-cola, Descolamento, Deformação do Suporte REF. BIBLIOGRÁFICAS: 30, 63, 116, 117 e 127 A.4 FICHA 04 Parede Exterior – Expansão Higrotérmica DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM “PASTILHA” CERÂMICA DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento em ladrilhos cerâmicos da fachada de um edifício apresentava-se descolado, tendo-se observado o empolamento e o destacamento dos ladrilhos em extensas áreas da fachada, de uma forma aleatória. Verificou-se também que vários ladrilhos se encontravam delaminados nos seus topos, como se evidencia na figura seguinte. Procedeu-se à caracterização dos ladrilhos cerâmicos aplicados, através da realização de ensaios para determinação da “expansão por humidade dos ladrilhos” (EN ISO 10545-10) e de “análise dilatométrica” (EN ISO 10545-8). O revestimento foi colado ao reboco com cimento-cola, não existindo juntas verticais de assentamento entre os ladrilhos cerâmicos. Para verificar a aderência ladrilho/produto de colagem, procedeuse à realização de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”, tendo-se obtido uma resistência superior ou igual a 0,5 MPa. Foram obtidos valores de expansão máxima devida à humidade de cerca de 0,4 mm/m nos provetes ensaiados. Verificou-se após desmontagem de grandes áreas do revestimento que o suporte não se encontrava fissurado. CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES No caso em estudo, o descolamento observado resultou, principalmente, da ausência de juntas verticais adequadas entre os ladrilhos cerâmicos e nas deformações de carácter higrotérmico dos ladrilhos devido ás variações dimensionais, quer pela acção da temperatura, quer pela expansão irreversível resultante da acção da humidade. O revestimento em ladrilhos cerâmicos teria de ser removido. No assentamento dos novos ladrilhos deveria ser garantida a compatibilidade entre a capacidade de deformação dos ladrilhos e a elasticidade da camada de colagem, conjugada com as juntas de assentamento. Tendo por base o coeficiente de dilatação térmica dos ladrilhos sabe-se que a expansão térmica correspondente a um gradiente de temperatura de 50ºC é da ordem de 0,2 a 0,3 mm/m, sendo a expansão irreversível com a humidade superior. A execução de juntas de assentamento entre os ladrilhos cerâmicos permite também compensar eventuais desvios dimensionais das próprias peças. A dimensão dessas juntas deveria ser indicada pelo fabricante (> 4 mm) em função do tipo de aplicação e atendendo às características dos ladrilhos (ver Cahier do CSTB n.º 3266). O preenchimento deveria ser realizado com argamassas próprias para juntas (módulo de elasticidade < 8000 MPa), classificadas, de acordo com a norma EN 13888. PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Expansão Higrotérmica, Descolamento do Revestimento, Ladrilhos Cerâmicos, Juntas de Assentamento REF. BIBLIOGRÁFICAS: 1, 7, 31, 55, 56, 58, 59, 63, 116, 117 e 127 A.5 FICHA 05 Parede Exterior – Deficiente Aplicação DEFICIENTE PLANEZA DO REVESTIMENTO DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento da fachada de um edifício de habitação apresentava defeitos de planeza. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada tendo-se verificado que: Esses defeitos são facilmente observáveis quando os raios solares são rasantes em relação à superfície. − As paredes eram duplas em alvenaria de tijolo vazado (0,15 m + 0,11 m), com caixa de ar intermédia (0,08 m) parcialmente preenchida com isolamento térmico (0,04 m); − A alvenaria encontrava-se confinada. Estudos sobre a deformabilidade do suporte do revestimento evidenciaram uma reduzida deformabilidade; − O revestimento exterior consistia num reboco tradicional à base de ligantes hidráulicos com espessura média de 2 cm. Efectuaram-se medidas com uma régua de alumínio de 2 m de comprimento para verificar quais os desvios máximos de planeza do suporte. Verificou-se que o desvio de planeza médio era de 14 mm, chegando a registar-se valores acima dos 20 mm. Reboco Régua de 2 m Princípio de medição do desvio de planeza CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES A patologia referida deveu-se à deficiente aplicação em obra do reboco, provavelmente devido à utilização de mão-de-obra pouco qualificada ou à elevada velocidade de execução, muitas vezes exigida nas obras de construção civil. Embora esta patologia não afecte directamente o desempenho da fachada, apresenta inconvenientes estéticos. Existem um conjunto de recomendações que deveriam ter sido respeitadas durante a execução para evitar problemas deste tipo, nomeadamente: − Os trabalhos de revestimento em suportes novos não deveriam começar antes destes terem sofrido a parte mais significativa da sua retracção de secagem (ITE 24); − As saliências do suporte cuja altura fosse superior a um terço da espessura do revestimento deveriam ter sido previamente desbastadas (ITE 24); − As irregularidades excessivas em reentrância existentes no suporte devem ser previamente preenchidas para evitar que a espessura máxima de aplicação do revestimento seja ultrapassada (ITE24); − Depois de aplicar o revestimento, as flechas medidas com uma régua de 2 m em todas as direcções não deveriam exceder 1 cm (DTU 26.1); − O revestimento deveria apresentar uma tolerância de verticalidade, medida com um fio-de-prumo, de 1,5 cm em 3 m (DTU 26.1). Refira-se ainda que teria sido fundamental assegurar constância de qualidade dos constituintes e invariabilidade das suas proporções na mistura para obter um aspecto uniforme dos paramentos. Por outro lado, alguns revestimentos decorativos, como é o caso dos ladrilhos cerâmicos, não devem ser aplicados em suportes demasiados irregulares. O CEN (European Committee for Standardization) classifica os suportes de revestimentos cerâmicos em função dos desvios de planeza (ver tabela seguinte). Deste modo, a correcção do problema iria depender do revestimento final que se pretende aplicar. Contudo, dada a elevada irregularidade do suporte, seria recomendável a aplicação de uma nova camada de reboco, respeitando os princípios descritos anteriormente. Tipo de Suporte (1) Desvio de Planeza1 [mm] I <6 II ≥ 6 e < 10 III ≥ 10 Desvio medido com uma régua de 2 m de comprimento PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Reboco, Argamassa, Planimetria, Deficiente Planeza, Deficiente Aplicação REF. BIBLIOGRÁFICAS: 2, 7, 66, 68, 117 e 127 A.6 FICHA 06 Parede Exterior – Corrosão de Elementos Metálicos DESTACAMENTO DO REVESTIMENTO REBOCADO E PINTADO DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento em reboco pintado da fachada de um edifício apresentava-se destacado e manchado. Verificou-se que o destacamento ocorria nas arestas do reboco (ombreiras dos vãos envidraçados) associado a duas fissuras verticais paralelas e equidistantes da aresta. Efectuaram-se sondagens para analisar a configuração das fachadas tendo-se verificado que: Nalguns locais foi ainda possível observar manchas “acastanhas”, resultantes de fenómenos de corrosão. − As paredes eram constituídas por alvenaria dupla de tijolo vazado, com espessuras de 15 cm no exterior e 11 cm no interior; − O espaço entre panos, com 8 cm de espessura, foi parcialmente preenchido por placas de poliestireno expandido com 2 cm de espessura; − Como acabamento foi aplicado um reboco pré-doseado directamente sobre o suporte. As sondagens efectuadas nas arestas do reboco revelaram a existência de perfis de reforço em ferro galvanizado, num estado avançado de corrosão. Tijolo 0,11 m Isolamento térmico Espaço de ar Tijolo 0,15 m Reboco CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES O destacamento do reboco observado resultou da expansão provocada pela corrosão dos perfis metálicos aplicado nas arestas. A correcção do problema implicaria a substituição dos perfis de reforço em ferro galvanizado, sendo necessário proceder à seguinte intervenção: A corrosão é o resultado de fenómenos electroquímicos que transformam o ferro em hidróxido de ferro (vulgarmente conhecido como “ferrugem”). No caso em estudo, a corrosão observada nos elementos metálicos inseridos no reboco resultou da deficiente protecção destes elementos contra o fenómeno. − Análise do reboco das fachadas por percussão, demolindo as partes que não se encontrem perfeitamente aderentes ao suporte (que soem a oco); Os rebocos de fachada à base de ligantes hidráulicos não são estanques, independentemente de estarem ou não fissurados, pelo que, ao contrário do betão, não asseguram a protecção adequada das peças metálicas. Isto obriga a que essas peças tenham de ser convenientemente protegidas antes da aplicação, o que não aconteceu no edifício em estudo, em particular no que toca aos perfis das arestas. − Remoção de todos os perfis metálicos embebidos no reboco; − Colocação de novos perfis devidamente tratados contra a corrosão de modo a evitar problemas semelhantes; − Reposição do reboco nas áreas demolidas, sendo desejável que o material a aplicar seja igual ao existente, por razões de homogeneidade de comportamento. Uma reparação pontual dificilmente conduz a um aspecto estético satisfatório. PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Elementos Metálicos, Reboco, Argamassa, Destacamento, Corrosão REF. BIBLIOGRÁFICAS: 117 e 127 A.7 FICHA 07 Parede Exterior – Instabilidade e Expansão Higrotérmica DESTACAMENTO DO REVESTIMENTO REBOCADO E PINTADO JUNTO AOS CUNHAIS DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento da envolvente vertical exterior de um edifício constituído por reboco pintado apresentava uma fissuração significativa, em particular junto aos cunhais, onde as fissuras tinham um desenvolvimento mais ou menos vertical, e ao nível dos apoios dos panos exteriores de parede, tendo essa fissuração um desenvolvimento sensivelmente horizontal. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração das fachadas, tendo-se verificado que: − As paredes eram constituídas por alvenaria dupla de tijolo vazado, com espessuras de 15 cm no exterior e 11 cm no interior, sendo o espaço de ar parcialmente preenchido por poliestireno expandido; − Ao nível dos elementos estruturais, nomeadamente pilares e topos de laje, foram aplicadas “forras térmicas” pelo exterior, constituídas por tijolo vazado, com 3 cm de espessura. Estes elementos foram assentes e colados ao suporte com uma argamassa de cimento incorporando um adjuvante promotor de aderência à base de resinas acrílicas; − Como acabamento foi aplicado um reboco pré-doseado directamente sobre o suporte. O assentamento das “forras” foi efectuado com a furação no sentido horizontal ou vertical, de forma aleatória. CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES As fissuras com orientação vertical existentes próximo dos cunhais, resultaram da expansão da alvenaria de tijolo por efeito da temperatura e da humidade. As paredes com diferentes orientações recebem a radiação solar diferida no tempo, apresentando diferentes temperaturas superficiais. Estas acções, em conjugação com as diferenças de configuração e de extensão dos panos de parede, levam a que este tipo de fissuração se manifeste com intensidade variável. Para tratamento da fissuração seria necessário proceder-se ao travamento complementar do pano exterior da alvenaria, de forma a ser garantida a estabilidade das paredes, através da execução de pilaretes e cintas complementares em betão armado. A configuração da parede contribuiu também para este fenómeno, nomeadamente: − Inexistência de elementos verticais de travamento da alvenaria; − Ausência de juntas de fraccionamento; − Deficiente apoio da alvenaria ao nível do topo de lajes (“forra” colocada após a betonagem); Em alternativa, poderia equacionar-se a possibilidade de efectuar a pregagem dos panos de alvenaria utilizando buchas químicas. As fissuras deveriam ser tratadas e preenchidas com material elástico (mastique). A substituição do revestimento existente por um revestimento dessolidarizado do suporte, por exemplo, do tipo reboco delgado armado, aplicado sobre isolamento térmico (ETICS) ou a realização de uma fachada "ventilada", seria vantajoso em termos de eficácia e durabilidade. − Instabilidade do pano exterior. Reparação de fissuras Sistema “ETICS” Fachada Ventilada Suporte Rede de fibra de vidro Argamassa com polímeros Mastique sintético Papel adesivo PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Reboco, Argamassa, Instabilidade e Expansão Higrotérmica, Pontes Térmicas, Destacamento REF. BIBLIOGRÁFICAS: 117 e 127 A.8 FICHA 08 Parede Exterior – Eflorescências APARECIMENTO DE MANCHAS ESBRANQUIÇADAS NO REVESTIMENTO MONOMASSA DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento monomassa, de acabamento raspado, da fachada de um edifício de habitação apresentava manchas esbranquiçadas. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se verificado que as paredes exteriores eram duplas em alvenaria de tijolo vazado com caixa-de-ar intermédia. As manchas eram mais sensíveis nas zonas fissuradas. A espessura do revestimento monomassa era aproximadamente de 16 mm. Constatou-se ainda que as manchas de cor branca eram aparentemente de carbonato de cálcio. A sua remoção era possível com uma solução de ácido clorídrico diluído a 10%. Tijolo 0,11 m Argamassa Tijolo 0,15 m Revestimento monomassa (16 mm) Espaço de ar CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES As manchas de cor branca no revestimento tratam-se de eflorescências. Apesar das eflorescências não afectarem directamente a durabilidade do reboco, estas manchas esbranquiçadas podem ser bastante desagradáveis, principalmente quando originadas em rebocos de cor escura. As eflorescências são depósitos de sais que mediante condições favoráveis emergem à superfície. As argamassas à base de ligantes hidráulicos contêm cal que é solúvel em água, pelo que, no processo de secagem, essa cal é transportada para a superfície combinando-se com o dióxido de carbono presente na atmosfera, o que originou a formação de carbonato de cálcio, que constituía as manchas observadas. Ca (OH ) 2 + CO2 → CaCO3 + H 2 O Este fenómeno ocorre principalmente quando o revestimento é aplicado por tempos frios e húmidos. Nestas circunstâncias, o tempo de secagem é mais demorado e a água de amassadura em excesso possibilita o transporte da cal para a superfície. A remoção dos depósitos de carbonato de cálcio é possível escovando a parede com grande cuidado e aplicando produtos específicos existentes no mercado ou uma solução de ácido clorídrico diluído a 10%. De forma a minimizar o aparecimento destas manchas em aplicações futuras, deveriam ter-se em conta os seguintes aspectos: − Evitar a aplicação do revestimento por tempo frio (temperatura inferior a 8ºC) e húmido; − Evitar a escolha de revestimentos com tonalidades escuras durante os períodos frios e húmidos; − Controlar a capilaridade do revestimento. Por outro lado, sempre que ocorre fissuração facilita-se o processo de migração de humidade que propicia o aparecimento de eflorescências. PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Argamassa, Revestimento Monomassa, Eflorescências REF. BIBLIOGRÁFICAS: 16, 64, 115, 117 e 127 A.9 FICHA 09 Parede Interior – Fissuração FISSURAÇÃO ALEATÓRIA DE PAREDES INTERIORES DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento de paredes interiores de um edifício apresentava-se fissurado em toda a sua extensão. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da parede, tendo-se verificado que era simples, em alvenaria de tijolo vazado (0,11 m) e revestida com uma argamassa industrial pré-doseada. A fissuração era aleatória (mapeada), sem qualquer tipo de orientação preferencial. Foi ainda possível obter informações acerca da constituição do reboco, tendo-se apurado que: − O ligante do reboco era misto, contendo cal hidráulica e cimento, numa proporção aproximada de 4:1; − Foi adicionado complementarmente 10% de cimento Portland (CEMII/B-L 32.5N) à mistura inicial com o objectivo de diminuir o tempo de presa. Argamassa Tijolo 0,11 m Argamassa Industrial Pré-doseada CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES Neste caso, a adição de 10% de cimento Portland terá sido a causa fundamental da patologia descrita. Tendo em atenção a extensão e a gravidade da fissuração observada, o tratamento da patologia pressupõe a substituição do reboco seguido da sua reposição por uma nova argamassa, tendo em consideração os seguintes aspectos: Uma argamassa industrial pré-doseada é uma argamassa cujos componentes são doseados em fábrica e fornecidos à obra, onde serão misturados segundo instruções e condições do fabricante. O controlo da retracção e das restantes características destas argamassas é efectuado na formulação das argamassas prontas industriais. Qualquer possível alteração na composição inicial da argamassa com objectivos diversos, por exemplo, diminuição do tempo de presa ou aumento da resistência, pode ser prejudicial podendo provocar efeitos adversos noutras características. − Deverá ser escolhida uma argamassa aditivada com resinas acrílicas para promoção da aderência ao suporte; − A mistura da argamassa deverá seguir rigorosamente as indicações do fabricante e ser isenta de contaminações e adições. PALAVRAS-CHAVE Parede Interior, Argamassa Pré-doseada, Fissuração REF. BIBLIOGRÁFICAS: 32, 117 e 127 A.10 FICHA 10 Parede Exterior – Dilatação Térmica FISSURAÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERIOR NA ZONA DE FIXAÇÃO DA GUARDA METÁLICA DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O reboco da parede exterior orientada a poente de uma moradia encontrava-se fissurado na zona de fixação da guarda metálica à parede. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se constatado que as paredes exteriores eram duplas em alvenaria de tijolo vazado (0,15 m + 0,07 m), com caixa de ar intermédia (0,08 m) parcialmente preenchida com isolamento térmico (0,04 m). A guarda metálica apresentava um grande desenvolvimento, sem juntas de dilatação. Na alvenaria foi efectuado uma zona maciça em argamassa. Verificou-se que a guarda metálica se encontrava encastrada na parede, ficando assim impedidos os movimentos do elemento metálico devido às solicitações térmicas. Procedeu-se à medição da temperatura superficial da guarda metálica. As medidas efectuadas revelaram que o diferencial de temperatura entre o verão e o inverno é superior a 50ºC. Reboco Encastramento Guarda metálica CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES A fissuração do reboco da fachada deveu-se à dilatação térmica da guarda metálica que se encontrava encastrada na parede. Para a resolução do problema seria necessário corrigir a forma de fixação da guarda à parede o que implicaria: A variação de comprimento da guarda (∆L) depende do seu ) e da comprimento (L0), do coeficiente de dilatação térmica ( temperatura superficial (T): − Remoção da guarda metálica e do reboco; α ∆L = L0 .α .T α de Considerando um coeficiente de dilatação térmica – 11*10-6 /ºC para o ferro, e um comprimento de 8 m para a guarda, verifica-se que com diferenças de temperatura da ordem dos 50ºC podem ocorrer dilatações da ordem de alguns milímetros. − Criação de uma junta de dilatação na ligação guarda metálica/ parede, convenientemente dimensionada; − Efectuar a fixação mecânica da guarda; − Aplicar um reboco armado com argamassa com polímeros no painel da fachada degradada, após prévio tratamento das fissuras com mais de 1 mm. Contribuíram também para este fenómeno a forma errada de fixação da guarda e o enchimento com argamassa e consequente retracção. Fixação mecânica Guarda metálica PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Guarda Metálica, Fissuração, Dilatação Térmica, Fixação Elementos Metálicos REF. BIBLIOGRÁFICAS: 117 e 127 A.11 FICHA 11 Parede Exterior – Deficiente Concepção e Aplicação do Revestimento COLONIZAÇÃO BIOLÓGICA NO REVESTIMENTO DA FACHADA DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento aplicado nas fachadas apresentava manchas de cor verde. Realizaram-se ensaios, tendo-se verificado que as manchas se deviam à presença de algas autotróficas, ou seja, produziam o alimento de que necessitavam. O carbono celular era produzido em fotossíntese com a luz, utilizando o dióxido de carbono do ar ou da água. Verificou-se que o fenómeno ocorria com maior intensidade nas fachadas do edifício voltadas a Norte e Poente. Note-se que as algas não destruíam o suporte por não extraírem dele nenhuma substância nutritiva. Além disso, ao contrário de outros organismos, não possuíam raízes de modo a penetrarem no suporte. Foi avaliado o coeficiente de absorção – A, expresso em kg/m2.√s, tendo os resultados conduzido a valores elevados. CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES O desenvolvimento de microrganismos, tais como algas e líquenes, apenas ocorre quando se verifica a presença de água em quantidade suficiente. A presença de vegetação próxima e a textura do revestimento são também condicionantes. O risco de desenvolvimento de microrganismos poderia ter sido parcialmente reduzido através de opções arquitectónicas ou de pormenorização construtiva que permitissem diminuir a quantidade de água que escorria ao longo das fachadas. Verificou-se também uma maior colonização destes microrganismos em fachadas orientadas a Norte ou a Poente, onde tinham à disposição a luz necessária e em que existia humidade em quantidade suficiente, resultante quer do fenómeno de condensação da superfície exterior, que ocorreu durante o período nocturno e cuja secagem é mais difícil a Norte e a Poente, quer das escorrências que ocorreram ao longo da fachada, provenientes da precipitação. Por outro lado, a aplicação de um produto biocida (algicida) sobre o revestimento final, ou mesmo incorporado neste, seria vantajosa. No entanto, os produtos algicidas ou fungicidas têm uma durabilidade limitada (5 a 7 anos), sendo fundamental uma correcta manutenção do sistema para evitar o reaparecimento das manchas. O coeficiente de absorção – A elevado contribuiu para o fenómeno observado. A protecção superior das fachadas face às escorrências é uma estratégia importante para a minimização do problema. PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Argamassa, Colonização Biológica, Fungos REF. BIBLIOGRÁFICAS: 30, 116, 117 e 127 A.12 FICHA 12 Parede Interior – Humidade Ascensional MANCHAS DE HUMIDADE EM PAREDES INTERIORES EM GRANITO REBOCADAS E PINTADAS DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento das paredes divisórias interiores de um edifício apresentava manchas de humidade ao nível da base. Realizaram-se sondagens para identificação da constituição da parede, tendo-se observado que eram em alvenaria de granito, sendo a superfície rebocada e pintada. Os rodapés em madeira adjacentes apresentavam-se também degradados. Efectuaram-se um conjunto de medidas para caracterização das condições higrotérmicas das ambiências (temperatura e teor de humidade superficial da parede e do rodapé em madeira). Verificou-se que a base das paredes, junto ao rodapé, apresentava um teor de humidade elevado. O edifício possuía um sistema de aquecimento central com funcionamento a temperatura variável, sendo a temperatura de 21ºC durante o dia e de 19ºC, durante a noite. Temperatura superficial (ºC) Reboco 17 170 130 “Húmido” 171 129 18 142 Teor de humidade da madeira (%) 150 137 151 14 12 170 18 136 12 11 180 “Seco ” CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES As manchas de humidade que surgiram na base da parede resultaram do fenómeno de ascensão capilar. De forma a minorar o problema observado seria necessária a seguinte intervenção: A humidade ascensional manifesta-se quando as paredes estão em contacto com a água ou com o solo húmido, sempre que os materiais constituintes apresentam elevada capilaridade e quando não existe um corte hídrico. A ascensão capilar progride até que se verifique o equilíbrio entre a evaporação e a capilaridade. − Execução de um corte hídrico na base da parede, de forma a impedir a ascensão de água, por exemplo através da injecção de produtos hidrófugos ou tapa-poros; O fluxo de secagem (g) depende do gradiente de concentração do vapor da superfície da parede (Cs’) e do ar (Ca’): − Criação de um sistema de ventilação da base das paredes constituído por tubos perfurados (por exemplo, manilhas de betão) associados a um dispositivo de ventilação; g = β (Cs’- Ca’) [kg/(m².s)] − Aplicação de uma argamassa permeável ao vapor com uma porosidade e porometria estudada. A não aplicação de um corte hídrico na parede existente terá sido a causa fundamental do problema. A pintura terá de apresentar uma elevada permeabilidade ao vapor. PALAVRAS-CHAVE Parede Interior, Granito, Argamassa, Humidade Ascensional, Corte Hídrico, Ventilação da Base das Paredes REF. BIBLIOGRÁFICAS: 28, 30, 116, 117 e 127 A.13 FICHA 13 Parede Exterior – Deficiente Aplicação APARECIMENTO DE FANTASMAS EM FACHADAS COM REVESTIMENTO MONOMASSA DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento monomassa, de acabamento raspado, da fachada de um edifício apresentava alterações de cor, criando uma imagem que permitia visualizar as juntas de argamassa e a disposição dos elementos estruturais (vigas e pilares). Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se verificado que: − As paredes exteriores eram duplas em alvenaria de tijolo vazado (0,15 m + 0,07 m), com caixa de ar intermédia (0,05 m); − O revestimento exterior apresentava uma espessura média de 6 mm, sendo constituído por uma monomassa de acabamento raspado. Tijolo 0,15 m Argamassa Tijolo 0,07 m Revestimento Monomassa (6 mm) Espaço de ar CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES A reduzida espessura do revestimento associada à inevitável heterogeneidade do suporte estiveram na origem deste fenómeno. Esta patologia afecta apenas o aspecto estético do edifício, mas pode também estar na origem da ausência de estanquidade devido ao facto da sua espessura ser muito reduzida. A sua resolução passa inevitavelmente pela aplicação de um novo revestimento. Durante o período de secagem do revestimento, a diferença de temperaturas existentes na fachada e a absorção desigual dos diferentes materiais do suporte não permitem uma hidratação uniforme do ligante. Sabendo-se que a coloração de um revestimento monomassa é obtida através da adição de um pigmento na massa, compreende-se que uma hidratação heterogénea irá ter consequências na uniformidade da coloração. É fundamental respeitar a espessura mínima recomendada de forma a minimizar a probabilidade de aparecimento de fantasmas (espessuras compreendidas entre 10 e 20 mm). Estes fenómenos são acentuados por reduzidas espessuras de revestimento, por juntas de alvenaria muito espessas ou salientes relativamente aos blocos e pelo uso de materiais com coeficientes de absorção muito distintos. A ocorrência de fissuração nas juntas pode também dar origem ou acentuar este problema. A B A – Alvenaria B – Junta de argamassa PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Revestimento Monomassa, Fantasmas, Deficiente Aplicação REF. BIBLIOGRÁFICAS: 29, 115, 116, 117 e 127 A.14 FICHA 14 Parede Exterior – Termoforese APARECIMENTO DE MANCHAS EM FACHADAS DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento à base de ligantes hidráulicos de um edifício de habitação apresentava manchas de cor escura. Essas manchas criavam uma imagem que permitia visualizar as juntas de argamassa e a disposição dos elementos estruturais. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se verificado que: − As paredes exteriores eram simples em alvenaria de blocos de betão leve; − O revestimento exterior apresentava uma espessura mínima aceitável. Procedeu-se à medição da temperatura superficial do revestimento da fachada com o auxílio de uma câmara de infravermelhos (termografia), num instante em que as temperaturas exteriores e interiores eram de 5 e 18ºC respectivamente. O termograma obtido permitiu verificar que a temperatura superficial da fachada era inferior nas zonas correspondentes aos blocos de alvenaria do que nas zonas correspondentes às juntas. Reboco Junta Alvenaria CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES A causa mais frequente desta patologia é um fenómeno designado termoforese. Trata-se da deposição diferencial de poeiras, função da temperatura superficial das paredes. O depósito é tanto mais importante quanto mais baixas forem as temperaturas. Esta patologia afecta apenas o aspecto estético do edifício, não tendo quaisquer consequências na qualidade e durabilidade do revestimento. A diferença de temperaturas verificada na superfície da fachada deveu-se às diferenças significativas entre as condutibilidades térmicas das juntas de argamassa-cola (λ=1,15) e dos blocos de alvenaria (λ=0,16). Desprezando a resistência térmica do reboco devida à sua pequena espessura, podemos validar facilmente os resultados obtidos experimentalmente da seguinte forma: 1 / he Tsei = Te − * (Ti − Te ) e 1 1 he + λ + hi i Ti=18ºC Tse = 6,8º C ⇔ 1 Tse2 = 5,5º C A sua resolução passa inevitavelmente pela aplicação de um novo revestimento uma vez que a simples limpeza da fachada não iria eliminar as causas do problema. A uniformização da temperatura superficial poderia passar pela aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior, do tipo ETICS ou revestimento descontínuo, do tipo fachada ventilada (ver figura). Te=5ºC Tse1 Tse2 PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Argamassa, Sujidade, Fantasmas, Termoforese REF. BIBLIOGRÁFICAS: 116, 117 e 127 A.15 FICHA 15 Parede Exterior – Deficiente Configuração dos Peitoris MANCHAS DE SUJIDADE EM FACHADAS SOB OS PEITORIS DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS O revestimento monomassa das fachadas de um edifício de habitação apresentava manchas de sujidade associadas a escorrências nas zonas da fachada sob os peitoris dos vãos exteriores. Procedeu-se à análise da configuração dos peitoris, tendo-se observado que não apresentavam inclinação para o exterior, sendo praticamente horizontais. Os peitoris não apresentavam também pingadeira exterior que permitisse o afastamento da água. Na ligação com a ombreira também não existia qualquer diferença de cota que conduzisse a água de precipitação de forma adequada. CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES As superfícies horizontais ou com pequena inclinação têm tendência para acumular pó que será posteriormente arrastado pelas águas da chuva. A limpeza da fachada permitiria restituir um aspecto visual aceitável ao edifício, não eliminando no entanto as causas do problema. Assim, é fundamental evitar que essa água escorra pelas fachadas, procurando minimizar a existência de caminhos preferenciais (ver figuras seguintes). Para evitar o reaparecimento de novas escorrências sob os peitoris, seria necessário aplicar elementos com a configuração adequada, o que implicaria o ajuste da caixilharia adjacente, sendo uma operação de grande complexidade. Neste caso, as manchas de sujidade devem-se claramente à existência de caminhos preferenciais para as escorrências, para as quais contribuíram os seguintes factores: − Inexistência de uma pingadeira devidamente dimensionada; − Reduzida inclinação do peitoril; − Inexistência de batentes laterais; − Projecção lateral do peitoril de dimensão reduzida. Em alternativa, seria aceitável a aplicação de um rufo em zinco sob o peitoril com configuração adequada. A título de exemplo, apresenta-se a fotografia do peitoril de um edifício antigo em pedra com uma configuração exemplar bem como algumas indicações preconizadas pelas normas francesas (DTU 20.1). ≥ 1,5 cm ≥ 1,5 cm l h ≥ 25mm h l ≥ 25mm α tg α ≥ 0,10 DTU 20.1 PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Peitoril, Revestimento Monomassa, Sujidade, Escorrências REF. BIBLIOGRÁFICAS: 30, 51, 65, 115, 117, 127 A.16 FICHA 16 Parede Exterior – Eflorescências APARECIMENTO DE MANCHAS ESBRANQUIÇADAS NAS JUNTAS DE UMA PAREDE EM ALVENARIA À VISTA DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS As juntas de argamassa dos blocos da parede interior de um edifício industrial apresentavam manchas esbranquiçadas, alterando o aspecto estético pretendido. Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada, tendo-se verificado que a parede exterior era simples, em alvenaria de blocos de betão com 15 cm de espessura. As manchas de cor branca observadas correspondiam a depósitos de uma substância que apresentava grande dureza. Constatou-se ainda que as manchas de cor branca eram de carbonato de cálcio. A sua remoção era possível com uma solução de ácido clorídrico diluído a 10%. Refira-se também que se observaram indícios de infiltrações de água através das juntas. CAUSAS DA PATOLOGIA RECOMENDAÇÕES Quer as juntas entre blocos quer os próprios blocos são constituídos à base de ligantes hidráulicos. Durante a reacção de presa dos cimentos há libertação de cal devido à hidratação dos sais minerais e silicatos de cal contidos no clinker. Nos trabalhos de reparação a efectuar interessa adoptar procedimentos que assegurem resultados satisfatórios a longo prazo, para evitar a repetição de anomalias. Quando os materiais que constituem as paredes são atravessados por fortes quantidades de água, a cal que é solúvel em água, é transportada para o exterior da parede durante o processo de transferência de humidade. Uma vez em contacto com o exterior, a cal combina-se com o dióxido de carbono da atmosfera, originando a formação de carbonato de cálcio, que constituía as manchas observadas. Ca (OH ) 2 + CO2 → CaCO3 + H 2 O Este fenómeno ocorre principalmente quando a argamassa é aplicada por tempos frios e húmidos. Nestas circunstâncias, o tempo de secagem é mais demorado e a água de amassadura em excesso possibilita o transporte de cal para a superfície. A intervenção deverá realizar-se tendo em atenção os seguintes princípios: − Remoção dos depósitos de carbonato de cálcio (eflorescências) escovando a parede com grande cuidado e aplicando produtos específicos existentes no mercado ou uma solução de ácido clorídrico diluído a 10%; − Seria vantajoso a impermeabilização da parede pelo exterior através da aplicação de um hidrófugo de superfície incolor que penetra nos poros e exerce a sua acção repelente por via química, não criando uma superfície contínua que impeça as trocas de vapor. PALAVRAS-CHAVE Parede Exterior, Alvenaria, Juntas de Alvenaria, Argamassa, Eflorescências REF. BIBLIOGRÁFICAS: 117 e 127 A.17 ANEXO B BIBLIOGRAFIA LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REG. SITES # Autor(es) Título Ano Idioma 1 RAMOS, J. L. Defectos y disfunciones en alicatados y solados 2005 ES 2 LUCAS, J. A. C. ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão 1990 PT 3 CÓIAS, V. Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios 2006 PT 4 FREITAS, V. P. PINTO, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas 1998 PT 5 CÓIAS, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas 2007 PT 6 PINHO, F. F. S. Paredes de edifícios antigos em Portugal 2000 PT 7 SOUSA, A. V. FREITAS, V. P. SILVA, R. M. Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos 2003 PT 8 CIB – W086 Building Pathology - a state-of-the-art report 1993 EN 9 PATORREB2003 Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2003 2003 PT 10 PATORREB2006 Actas do 2.º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2006 2006 PT 11 PAIVA, J. V. AGUIAR, J. PINHO, A. Guia Técnico de Reabilitação Habitacional 2006 PT 12 BLAICH, J. La détérioration des bâtiments - analyse et prévention 1999 FR 13 MRPE 2003-2005 Mestrado em Reabilitação do Património Edificado 2003-2005. 1ª Edição. 2004 PT 14 MRPE 2005-2007 Mestrado em Reabilitação do Património Edificado 2005-2007. 2ª Edição. 2007 PT 15 HELENE, P. CASTRO, P. O’REILLY, V. Manual de Reparo, Proteção e Reforço de Estruturas de Concreto 2003 PT 16 LOGEAIS, L. L'étanchéité des façades – statistique et pathologie 1989 FR 17 APPLETON, J. Reabilitação de edifícios antigos – patologias e tecnologias de intervenção 2003 PT 18 AGUIAR, J. CABRITA, R. APPLETON, J. Guião de apoio à reabilitação de edifícios habitacionais 1993 PT 19 CÓIAS, V. Guia prático para a conservação de imóveis 2004 PT 20 DÍAZ, C. LLOVERA, S. NORÓ, M. Diccionari de patologia i manteniment d’edificis 2004 CT B.1 # Autor(es) Título Ano Idioma 21 ABRANTES, V. FREITAS, V. P. SOUSA, M. Reabilitação de Edifícios – Estudo do comportamento e análise técnicoeconómica das soluções utilizadas nas obras de construção e reabilitação: IGAPHE – DGHN 1999 PT 22 SILVA, P. M. A Componente Acústica na Reabilitação de Edifícios de Habitação 1998 PT 23 HENRIQUES, F.M.A. A Conservação do Património Histórico Edificado 2005 PT 24 RILEM TC CPC 18 Measurement of hardened concrete carbonation depth 1988 EN 25 WATT, D. S. Building Pathology: Principles and Practices 2007 EN 26 HARRIS, S. Y. Building Pathology 2001 EN 27 MACDONALD, S. Concrete: Building Pathology 2003 EN B.2 LIVROS # Tipo 28 TESES ARTIGOS Autor Título M GUIMARÃES, A. S. 29 M 30 NORMAS/REG. SITES Instituição Ano Caracterização Experimental do Funcionamento de Sistemas de Ventilação da Base das Paredes para Tratamento da Humidade Ascensional FEUP 2008 QUINTELA, M. A. Durabilidade de revestimentos exteriores de parede em reboco monocamada FEUP 2006 M SOUSA, M. Patologia da construção – Elaboração de um Catálogo FEUP 2004 31 M SILVESTRE, J. D. Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos aderentes IST 2005 32 M PAULO, R. N. Caracterização de Argamassas Industriais UA 2006 33 D FREITAS, V. P. Transferência de humidade em paredes de edifícios – análise do fenómeno de interface FEUP 1992 34 D LANZINHA, J. C. Reabilitação de edifícios – Metodologia de diagnóstico e intervenção UBI 2006 35 D TORRES, M. I. Humidade ascensional em paredes de construções históricas FCTUC 2004 36 M SÁ, A. V. Durabilidade de cimentos–cola em revestimentos cerâmicos aderentes a fachadas FEUP 2005 37 M LEITÃO, D. C. Soluções e Trabalhos de Reabilitação – Metodologia para a Implementação de Checklists UM 2003 38 M LOPES, C. D. Conservação e reabilitação de edifícios antigos do centro histórico de Palmela IST 2003 39 M BARREIRA, E. Aplicação da termografia ao estudo do comportamento higrotérmico dos edifícios FEUP 2004 40 O TEIXEIRA, J. L. Descrição do sistema construtivo das Casas Burguesas do Porto entre os séculos XVII e XIX. Contributo para uma história da construção arquitectónica em Portugal. FAUP 2004 B.3 LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REG. SITES # Autor(es) Título Ano Idioma 41 FREITAS, V. P. ALVES, S. M. SOUSA, M. Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da Construção em Portugal – www.patorreb.com 2007 PT 42 FREITAS, V. P. SÁ, A. V. Cementitious adhesives performance during service life 2005 EN 43 TROTMAN, P. Building Pathology at he Building Research Establishment, UK – Cases Study, Data bases and feedback to the construction industry 2003 EN 44 PAIVA, J. V. CARVALHO, E. C. CAVALEIRO e SILVA Patologia da Construção 1985 PT 45 FREITAS, V. P. TORRES, M. I. Humidade em construções históricas 2005 PT 46 BARREIRA, E. FREITAS, V. P. Evaluation of building materials using infrared thermography 2005 EN 47 PINTO, M. FREITAS, V. P. STYMNE, H. BOMAN, C. A. Measuring air change rates using the PFT technique in residential buildings in northern Portugal 2006 EN 48 FLORES-COLEN, I. BRITO, J. FREITAS, V. P. Expedient in situ test techniques for predictive maintenance of rendered façades 2006 EN 49 FREITAS, V. P. SOUSA, M. SÁ, A. V. The importance of a pathology catalogue for diagnosis: the example of tile-coated façades 2006 EN 50 FREITAS, V. P. SOUSA, M. ALVES, S. M. Una contribución para la sistematización del conocimiento de la patología de la construcción – www.patorreb.com 2007 ES 51 SILVA, R. M. TORRES, M. I. Deficiências do desempenho dos peitoris na protecção das fachadas contra a acção da água 2003 PT 52 RILEM TC 127-MS Tests for Masonry Materials and Structures – Materials and Structures – 200/30 2001 EN 53 RILEM TC 154-EMC ANDRADE, C. ALONSO, C. GULIKERS, J. POLDER, R. B. CIGNA, R. VENNESLAND, Ø. SALTA, M. ECM – Electrochemical techniques for measuring corrosion in concrete, C. Andrade – Materials and Structures – 207/31 2004 EN 54 RILEM TC 177-MDT Test method recommendations of RILEM TC 177-MDT 'Masonry durability and on-site testing' 2004 EN B.4 LIVROS TESES ARTIGOS NORMAS/REG. SITES # Designação Título Ano Idioma 55 EN 1348 Adhesives for tiles – Determination of tensile adhesion strength for cementitious adhesives 2007 EN 56 EN 13888 Grouts for tiles – Definitions and specifications 2002 EN 57 EN ISO 10545-2 Ladrilhos cerâmicos – Parte 2: Determinação de dimensões e qualidade da superfície 1997 PT 58 EN ISO 10545-8 Ceramic tiles. Part 8: Determination of linear thermal expansion 2004 EN 59 EN ISO 10545-10 Ceramic tiles. Part 10: determination of moisture expansion 1997 EN 60 ISO 1006 Construção de edifícios – Coordenação modular – Módulo básico 1983 PT 61 DL 80/2006 Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios – RCCTE 2006 PT 62 DL 13/85 Lei do Património Cultural Português 1985 PT 63 CAHIER 3266 Revêtements de murs extérieurs en carreaux céramiques ou analogues collés au moyen de mortiers-colles en travaux neufs 2000 FR 64 CAHIER 2669-2 Certification CSTB des enduits monocouches d’imperméabilisation. Cahier des prescriptions techniques d’emploi et de mise en œuvre. 1993 FR 65 DTU 20.1 Ouvrages en maçonnerie de petits éléments – parois et murs – Partie 1 : cahier des clauses techniques 1994 FR 66 DTU 26.1 Enduits aux mortiers de ciments, de chaux et de mélange plâtre et chaux aérienne – Partie 1 : cahier des clauses techniques 1990 FR 67 EN ISO 13788 Hygrothermal performance of building components and building elements – Internal surface humidity and interstitial condensation – Calculation Methods 2001 EN 68 prENV 13548 General rules for the design and installation of ceramic tiling 1999 EN 69 ACI 222R Protection of metals in concrete against corrosion 2001 EN 70 ACI 224.1R Causes, evaluation, and repair of cracks in concrete structures 2007 EN 71 ACI 228.2R Non destructive test methods for evaluation of concrete in structures 1998 EN 72 ASTM C900 Standard test method for pullout strength of hardened concrete 2006 EN 73 ASTM C1202 Standard test method for electrical indication of concrete’s ability to resist chloride ion penetration 2005 EN 74 ASTM D4541 Standard test method for pull-off strength of coating using portable adhesion testers 2002 EN 75 ASTM G102 Standard practice for calculation of corrosion rates and related information from electrochemical measurements 1999 EN 76 DIN 54190-1 Non-destructive testing - Thermographic testing - Part 1: General principle 2004 EN B.5 # Designação Título Ano Idioma 77 EN 998-1 Specification for mortar for masonry Part 1: Rendering and plastering mortar 2003 EN 78 EN 998-2 Specification for mortar for masonry Part 2: Masonry mortar 2003 EN 79 EN 1015-18 Methods of test for mortar for masonry Part 18: Determination of water absorption coefficient due to capillary action of hardened mortar 2002 EN 80 EN 1322:1996/A1 Adhesives for tiles - Definitions and terminology 1998 EN 81 EN 1346:1996/A1 Adhesives for tiles – Determination of open time 1998 EN 82 EN 1542 Products and systems for the protection and repair of concrete structures. Test methods-Measurement of bond strength by pull-off 1999 EN 83 EN 1767 Products and systems for the protection and repair of concrete structures. Test methods. Infrared analysis 1999 EN 84 EN 13499 Thermal insulation products for buildings - External thermal insulation composite systems (ETICS) based on expanded polystyrene - Specification 2003 EN 85 EN 13500 Thermal insulation products for buildings - External thermal insulation composite systems (ETICS) based on mineral wool - Specification 2003 EN 86 EN 13495 Thermal insulation products for building applications Determination of the pull-off resistance of external thermal insulation composite systems (ETICS) (foam block test) 2002 EN 87 EN 13497 Thermal insulation products for building applications Determination of the resistance to impact of external thermal insulation composite systems (ETICS) 2002 EN 88 EN 13498 Thermal insulation products for building applications Determination of the resistance to penetration of external thermal insulation composite systems (ETICS) 2002 EN 89 EN 13914-1 Design, preparation and application of external rendering and internal plastering. External rendering 2005 EN 90 EN 13914-2 Design, preparation and application of external rendering and internal plastering. Part 2: Design considerations and essential principles for internal plastering 2005 EN 91 EN 14099 Space product assurance - Measurement of the peel and pull-off strength of coatings and finishes using pressure-sensitive tapes 2001 EN 92 EN ISO 4624 Paints and varnishes - Pull-off test for adhesion 2003 EN 93 EN ISO 10545-3 Ceramic tiles – Part 3: Determination of water absorption, apparent porosity, apparent relative density and bulk density 1995 EN 94 EN ISO 16276-1 Corrosion protection of steel structures by protective paint systems – Assessment of, and acceptance criteria for, the adhesion/cohesion (fracture strength) of a coating - Part 1: Pull-off testing 2007 EN 95 ISO 1920-7 Specifies non-destructive test methods for use on hardened concrete 2004 EN 96 ISO 5577 Non-destructive testing – Ultrasonic inspection – Vocabulary 2000 EN B.6 # Designação Título Ano Idioma 97 ISO 15148 Hygrothermal performance of building materials and products – Determination of water absorption coefficient by partial immersion 2002 EN 98 ISO/DIS 7031 Concrete hardened. Determination of the depth of penetration of water under pressure 1983 EN 99 NP EN 87 Ladrilhos e azulejos cerâmicos para pavimentos e paredes – Definições, classificação, características e marcação 1999 PT 100 NP EN 459-1 Cal construção Parte 1: Definições, especificações e critérios de conformidade 2002 PT 101 NP EN 459-2 Cal construção Parte 2: Métodos de ensaio 2002 PT 102 NP EN 459-3 Cal construção Parte 3: Avaliação da conformidade 2002 PT 103 NP 1673 Vibrações mecânicas. Avaliação da reacção à excitação global do corpo por vibrações 1980 PT 104 NP 2065 Cimentos – condições de fornecimento e recepção 1991 PT 105 NP 2074 Avaliação da influência em construções de vibrações provocadas por explosões ou solicitações similares 1983 PT 106 NP EN 1015-19 Métodos de ensaio de argamassas para alvenaria Parte 19: Determinação de permeabilidade ao vapor de água de argamassas de reboco endurecidas 2000 PT 107 NP EN 1348 Colas para ladrilhos – Determinação da resistência à tracção de Cimento-cola 2000 PT 108 NP EN 12004 Colas para ladrilhos definições e especificações 2004 PT 109 NP EN 12504-1 Ensaios do betão nas estruturas. Parte 1 – Carotes, extracção, exame e ensaio à compressão 2003 PT 110 NP EN 12504-2 Ensaios de betão nas estruturas. Parte 2 – Ensaio não destrutivo. Determinação do índice esclerométrico 2003 PT 111 NP EN 12620 Agregados para Betão 2004 PT 112 EN 12808-5 Grouts for tiles. Determination of water absorption 2001 EN 113 EN 13318 Screed material and floor screeds - Definitions 2000 EN 114 EN 13813 Screed material and floor screed material – properties and requirements 2002 EN B.7 LIVROS # TESES ARTIGOS NORMAS/REG. SITES Título Endereço 115 European Mortar Industry Organization - EMO www.euromortar.com 116 Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto www.fe.up.pt/~lfc-scc 117 Grupo de Estudos da Patologia da Construção www.patorreb.com 118 CIB World - International Council for Research and Innovation in Building and Construction www.cibworld.nl 119 Building Research Establishment – BRE www.bre.co.uk 120 Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC www.lnec.pt 121 Agence Qualité Construction, Pathologie, sinistres et prévention des désordres www.qualiteconstruction.com 122 Société d’assurance mutuelle à cotisations variables (SMABTP). www.smabtp.fr 123 Maintainability of Buildings - National University of Singapore www.hpbc.bdg.nus.edu.sg 124 Imparare dagli errore – Un archivio di casi di guasto a supporto di progetto e gestione di sistemi tecnologici edilizi www.best.polimi.it/public/specials/ EDA/regione/CDRegione/ start_casi.htm 125 Dipartimento di Scienzia e Tecnologia dell’ambiente costruito - BEST www.best.polimi.it 126 1001FORMAS – Software e Multimédia, Lda www.1001formas.com 127 Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC www.apfac.pt 128 Estação Meteorológica do Laboratório de Física das Construções da FEUP www.fe.up.pt/~em01024/Estacao.htm 129 Registos da Estação Meteorológica do Laboratório de Física das Construções da FEUP www.fe.up.pt/~lfc-scc/EM 130 GECoRPA – Grémio das empresas de conservação e restauro do património arquitectónico www.gecorpa.pt 131 Núcleo de Conservação e Reabilitação d'Edifícios e Património da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – NCRd'EP http://ncrep.fe.up.pt 132 RILEM - International Union of Laboratories and Experts in Construction Materials, Systems and Structures www.rilem.net 133 Wikipédia www.wikipedia.org 134 Maxit Portugal www.maxit.pt B.8 ANEXO C TERMINOLOGIA A Abrasão3 Desgaste de materiais por atrito. Absorção4 A Absorção é um processo que consiste na humidificação dos materiais porosos quando em contacto com a água líquida, por sucção/capilaridade. Referências relacionadas: 93, 97 e 112 Adição115 Material inorgânico finamente dividido, que pode ser adicionado à argamassa com o objectivo de obter ou melhorar propriedades específicas. Adjuvante115 Material orgânico ou inorgânico adicionado em pequenas quantidades com o objectivo de modificar as propriedades da argamassa fresca ou endurecida. Adsorção4 A adsorção é o mecanismo pelo qual um material poroso retém moléculas de vapor de água na superfície dos poros, por forças químicas e/ou físicas. A máxima quantidade de humidade que um material pode reter por adsorção depende, sobretudo, da sua higroscopicidade e da humidade relativa da ambiência. Agregado115 Material granular que não intervém na reacção de endurecimento da argamassa. Referência relacionada: 111 Algeroz40 Canal construído e embutido ao longo de toda a nascença do telhado, seja no coroamento da cornija, junto da platibanda ou próximo do beirado, destinado a colher as águas da chuva captadas pelas telhas e que dele se escoam através de gárgulas ou tubos de queda. Alvenaria40 Obra de construção de paredes com elementos naturais (pedras), ou artificiais (adobe, tijolo maciço, tijolo vazado, bloco de cimento, etc.), cujo assentamento pode ser feito com ou sem argamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas parecidas, que se repetem sobrepondo-se umas sobre as outras. Referência relacionada: 2 Anomalia3 Desvio ou afastamento da regra, forma ou ordem, normal ou comum. C.1 Indicação de um possível defeito ou problema, que é directamente visível ou mensurável. Argamassa115 Mistura de um ou mais ligantes orgânicos ou inorgânicos, agregados, cargas, adições e/ou adjuvantes. Referências relacionadas: 66, 77, 78, 79, 115 e 127, Argamassa de assentamento de alvenaria115 Mistura de um ou mais ligantes minerais, cargas, aditivos e/ou adjuvantes, utilizada para o assentamento de elementos de alvenaria. Referência relacionada: 106 Ref. Fotografia: 127 Argamassa de juntas115 Argamassa para enchimento (betumação) das juntas entre elementos de alvenaria, revestimentos cerâmicos e outros. Referências relacionadas: 56 e 112 Argamassa de regularização115 Argamassa de desempenho, concebida para o acabamento de um suporte com a finalidade de obter uma superfície lisa. Utiliza-se em paredes e tectos. Argamassa industrial115 Argamassa doseada e misturada em fábrica. Pode apresentar-se “em pó”, requerendo apenas a adição de água, ou “em pasta”, já amassada fornecida pronta a aplicar. Referência relacionada: 32 Argamassa industrial semi-acabada115 Argamassa pré-doseada, a modificar em obra. Argamassa pré-doseada115 Componentes doseados em fábrica e fornecidos à obra, onde serão misturados segundo instruções e condições do fabricante (por exemplo, silo multi-câmara). C.2 Argamassa pré-misturada115 Componentes doseados e misturados em fábrica, fornecidos à obra, onde serão adicionados outros componentes que o fabricante específica ou também fornece (por exemplo, cimento). Argamassa tradicional (feita em obra)115 Argamassa composta por constituintes primários (por exemplo, ligantes, agregados e água), doseados e misturados em obra. Armadura3 Parte metálica da secção duma peça de betão armado. Arrancamento por tracção (ensaios de)116 Este ensaio torna possível a determinação da força necessária para provocar o arrancamento por tracção de uma determinada área de revestimento, calculando-se a tensão que provoca a rotura. Os dispositivos para a execução do ensaio são: Aparelho de medida incluindo motoredutor e dinamómetro; Bateria de alimentação; Pastilhas metálicas cilíndricas; Cola à base de resina epoxídica; Broca especial de 50 mm de diâmetro interior. Referências relacionadas: 3, 55, 72, 74, 82, 86, 91, 92 e 94. Asna3 Estrutura reticulada plana, em geral de suporte de uma cobertura. Assentamento3 Movimento vertical, para baixo, duma estrutura, de parte dela, ou da sua fundação. C.3 B Bandeira40 Caixilho envidraçado, geralmente fixo sobre as folhas de portas e janelas, incorporado à sua estrutura, destinado a proporcionar maior entrada de luz ou ventilação. Barreira pára-vapor4 Uma barreira pára-vapor é um material (ou conjunto de materiais) que restringe a transmissão de vapor de água e, portanto, possui uma elevada resistência à difusão de vapor. Burch, Thomas e Fanney (1992) e a ASHRAE (1993) referem o valor de 57,2 × 10 .12 kg /(m 2 .s.Pa ) como sendo a permeância crítica (valor máximo) para classificar um determinado elemento como barreira pára-vapor. Beirado40 Remate inferior de um telhado, normalmente formado por uma fiada de telha vã, podendo ser combinada com uma cornija, fazendo saliência sobre as paredes das fachadas para assim as proteger das águas da chuva. Betão3 Material formado pela mistura de cimento, de agregados grossos e finos e de água, resultante do endurecimento de pasta de cimento (cimento e água); para além destes componentes básicos, pode também conter adjuvantes e adições. Nota: se a máxima dimensão do inerte for 4 mm ou menos, o material resultante é denominado argamassa. Referências relacionadas: 15, 27, 53, 69, 70, 71, 72, 82, 83, 95, 98, 109 e 110 Betão ciclópico3 Material obtido colocando camadas alternadas de espessura aproximadamente igual de betão e de pedras, compactando as várias camadas, para que as pedras fiquem completamente envolvidas no betão. Betão projectado3 Betão transportado pneumaticamente por meio de uma tubagem e lançado contra uma superfície, previamente preparada, com energia suficiente para permitir a sua fixação e compactação. C.4 Betonilha115 Camada de argamassa aplicada “in situ”, directamente sobre um suporte, aderente ou flutuante, ou sobre uma camada intermédia ou isolante, para obter um ou mais objectivos: atingir um nivelamento estabelecido, servir de base para o acabamento final ou constituir a superfície de acabamento. Biodeterioração3 Qualquer alteração indesejada nas propriedades de um material em resultado da actividade de microrganismos e/ou organismos pertencentes a vários grupos sistemáticos. C.5 C Cabouco40 Vala ou caixa aberta no terreno para implantação das fundações de uma construção. Caixilharia3 Engradado de madeira ou outro material onde se aplicam vidros, em janelas e outros guarnecimentos de vãos. Cal5 Termo geral que engloba um grande número de produtos resultantes da calcinação da pedra calcária. Estes produtos podem apresentar formas físicas e químicas de diversos tipos contendo óxido de cálcio e de magnésio e/ou o hidróxido de cálcio e de magnésio. Referências relacionadas: 100, 101 e 102 Calda5 Mistura aquosa de materiais como o cimento, a betonite, a argila, produtos químicos, etc., que formam uma suspensão, emulsão ou solução. Calor específico28 O calor específico é a quantidade de calor necessária para fazer variar de 1ºC a temperatura da unidade de massa de um determinado material. O calor específico é representado pela letra c e as suas unidades são J/kg.K. Cal aérea5 Ligante que resulta da decomposição, pela acção da temperatura, de pedras calcárias com percentagem não inferior a 95 % de carbonato de cálcio e magnésio. Cal hidráulica5 Cal obtida da cozedura de pedras calcárias com 5 a 20 % de argila, que endurece tanto no ar como na água. Cantaria5 Alvenaria de pedra talhada de forma geométrica regular aparelhada com ferramenta de canteiro. C.6 Capeamento6 Remate superior de um muro ou murete de alvenaria. Capilaridade28 A Capilaridade é o processo pelo qual um material poroso retém água quando entra em contacto com água em fase líquida. Referência relacionada: 79 Caruncho6 Insecto coleóptero que rói a madeira, provocando a sua destruição. Cimento (ligante hidráulico)5 Material inorgânico finamente moído que, quando misturado com a água, forma uma pasta que faz presa e endurece, em virtude das reacções e processos de hidratação. Depois de endurecer, mantém uma determinada resistência e estabilidade debaixo de água. Referência relacionada: 104 Cimento-cola115 Mistura de ligantes hidráulicos, cargas, polímeros e outros aditivos orgânicos utilizados para colar materiais de revestimento. Referências relacionadas: 1, 36, 42, 63, 80, 81, 107 e 108 Ref. Fotografia: 134 C.7 Coeficiente de absorção de água28 O coeficiente de absorção de água de um material representa a massa de água absorvida por área do material em contacto com a água, em função do tempo. É representado pela letra A e as suas unidades são kg/(m2. s ). Referências relacionadas: 79 e 97 Coeficiente de condutibilidade térmica4 O coeficiente de condutibilidade térmica de um material representa a quantidade de calor que atravessa um provete desse material perpendicularmente às suas faces, planas e paralelas, por unidade de tempo e espessura, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário entre as duas faces. O coeficiente de condutibilidade térmica é representado pela letra grega λ e as suas unidades são W/(m.ºC) ou W/(m.K). Coeficiente de permeabilidade ao vapor de água28 O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água de um material homogéneo representa a quantidade de vapor de água que, por unidade de tempo e espessura, atravessa por difusão um provete desse material, quando sujeito a uma diferença de pressão de vapor unitária entre as suas faces. O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água é representado por des são kg/(m.s.Pa). p e as suas unida- Referências relacionadas: 4 e 106 Coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar28 O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar, com uma lâmina de ar não ventilada (ar em repouso) depende da pressão atmosférica e da temperatura do ar, podendo ser determinado a partir da seguinte relação, onde D é o coeficiente de difusão ao vapor de água no ar, Rv é a constante “gasosa” do vapor de água (461,5 J/(kg.K)) e T a temperatura: δa = D Rv .T O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar é representado por unidades são kg/(m.s.Pa). a e as suas Referência relacionada: 4 Coeficiente de transmissão térmica4 O coeficiente de transmissão térmica de um elemento com uma dada espessura e de faces planas e paralelas, representa a quantidade de calor que o atravessa perpendicularmente, por unidade de tempo e superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário entre as suas faces. O coeficiente de transmissão térmica é representado pela letra U e as suas unidades são W/(m2.ºC) ou W/(m2.K). C.8 Condensação28 A condensação é o processo físico através do qual o vapor de água passa a água líquida, que ocorre quando a humidade relativa atinge os 100 %. Condensação interna28 As condensações internas geram-se sempre que as pressões parciais de vapor instaladas, num dado ponto de um elemento, igualam a pressão de saturação, que depende das características higrotérmicas do ar “interior” e “exterior” e da própria constituição do elemento construtivo. Referências relacionadas: 4 e 67 Condensação superficial28 As condensações superficiais surgem quando a temperatura da superfície “interior” de um elemento é inferior ou igual à temperatura de ponto de orvalho do ar da ambiência “interior” e são tanto mais prováveis, quanto menor for a resistência térmica do elemento, menor for a temperatura “exterior” e maior for a humidade relativa “interior”. Condutância térmica superficial4 A condutância térmica superficial representa o fluxo de calor trocado entre a superfície de um elemento e o ambiente adjacente (interior ou exterior), devido, sobretudo, a fenómenos de convecção e radiação, por unidade de tempo e de superfície, para uma diferença unitária de temperatura entre a superfície do elemento e o ar ambiente. Conservação5 Acções destinadas a prolongar o tempo de vida e a salvaguardar os valores históricos e arquitectónicos de um edifício. Medidas para salvaguardar e prevenir a degradação, que incluem a realização das operações de manutenção necessárias ao correcto funcionamento de todas as partes e elementos do edifício. Conjunto de intervenções que procuram transmitir um bem de valor histórico ao futuro, no melhor estado possível de integridade e autenticidade. Conjunto de acções levadas a cabo para evitar a deterioração. Inclui todos os actos que prolongam a vida do património cultural e natural. Não confundir com a vulgar manutenção dos edifícios. Referências relacionadas: 19, 23 e 38 C.9 Construção Pombalina6 Designação atribuída à solução construtiva implementada após o terramoto de 1755 até cerca de 1870, em Lisboa, por iniciativa e orientação de Sebastião José de Carvalho Melo, Marquês de Pombal, após a análise das várias propostas então apresentadas, caracterizada por paredes mistas de alvenaria de pedra reforçada por uma estrutura (gaiola) tridimensional de madeira, devidamente interligadas. Ref. Fotografia da direita: 120 Cornija6 Peça de coroamento de paredes de fachada de alvenaria ou cantaria. Corrosão5 Alteração química de um metal/liga pelo meio que a rodeia, por acção da água, com ou sem oxigénio. Processo pelo qual o metal retorna ao seu estado natural através da reacção de oxidação com o ambiente não metálico (e.g., oxigénio e água). Desintegração ou deterioração do elemento por electrólise ou ataque. Referências relacionadas: 53, 69, 75 e 94 Criptoeflorescência20 Agregado cristalino, de carácter salino, que se forma no interior do material e que não aflora à superfície. Em alguns casos, como por exemplo nos materiais cerâmicos e pétreos, o aumento do volume das moléculas cristalizadas do agregado salino gera fracturas internas e desprendimento do material. Curva de adsorção higroscópica4 A curva de adsorção higroscópica relaciona teor de humidade em equilíbrio de um material com a humidade relativa do ambiente em que se encontra, para uma determinada temperatura. C.10 Em geral, obtêm-se curvas diferentes para variações de humidade relativa em sentido crescente e decrescente. Este comportamento é designado por histerésis. C.11 D Dano3 Alteração física do estado da estrutura ou dos seus componentes, provocada por acções e influências exteriores que afectam aspectos da funcionalidade actual ou futura da estrutura ou dos seus componentes. Decapagem3 Remoção da camada superficial alterada, por exemplo, de chapas ou perfis metálicos. Defeito3 Situação em que um ou mais elementos não desempenham as funções pretendidas na sua fabricação. Um estado inaceitável que pode ser inerente ou pode resultar de deterioração ou danificação, antes, durante ou após a construção do edifício. Falta ou desvio do nível de desempenho pretendido para o edifício ou as suas partes. Deficiência específica ou inadequação da estrutura ou das suas componentes que afecta materialmente a sua capacidade de desempenho em algum aspecto, actual ou futuro, da função para eles desejada. Degradação3 Alterações ao longo do tempo na composição, na microestrutura e nas propriedades de um componente ou material que reduzam o seu desempenho. Agravamento do estado com o tempo, resultando usualmente em danos. Delaminação (do betão armado)3 Desprendimento de fragmentos de betão devido às tensões geradas pela corrosão do aço ou por dilatações e contracções diferenciais. Descoloração3 Alteração da coloração normal ou desejável do elemento. Diagnóstico3 Estabelecimento das causas e dos processos responsáveis pelas deteriorações apresentadas pela construção. a) Acto ou processo de identificação ou determinação da natureza e causas duma doença ou ferimento, através da avaliação da história do paciente, de exame e de estudo da informação laboratorial. b) A conclusão a que se chega por esta análise. Identificação da causa ou explicação do(s) mecanismo(s) pelo(s) qual(is) um fenómeno afecta o comportamento ou estado de uma estrutura ou das suas componentes, baseada numa “investigação” dos sinais e indicações por ela exibidas in situ, em laboratório, por investigação em arquivos, etc. C.12 Diagrama psicrométrico4 A representação gráfica das propriedades termodinâmicas do ar húmido e das relações existentes entre si designa-se por diagrama psicrométrico. Este diagrama é sempre relativo a uma determinada pressão atmosférica, em geral à pressão atmosférica de referência. Difusão4 A difusão é um processo de mistura de pelo menos dois fluidos em que, na ausência de outras forças de transporte, tais como fluxo de líquido ou gás ou gradiente de temperatura, uma maior concentração de líquido ou gás migrará sempre para uma região de menor concentração. Dobradiça40 Peça de ferragem que se aplica sobre um dos lados das folhas de portas ou janelas, para regulação dos seus movimentos; o mesmo que gonzo ou bisagra. Dono-de-obra5 Pessoa singular ou colectiva que manda executar a obra. No caso de obras executadas em comparticipação, entidade a quem pertencem os bens ou que os administrará. Entidade financeiramente responsável pela obra e sobre a qual recai a responsabilidade última em termos de saúde pública, bem-estar e segurança. Durabilidade5 Capacidade de uma estrutura desempenhar uma função que lhe é solicitada, sob a influência de factores de degradação. Capacidade de suportar a influência das acções ao longo do tempo, e de manter um desempenho estético, económico e funcional durante a sua vida útil. A capacidade de um edifício ou dos seus componentes desempenharem a função requerida durante um período de tempo especificado sob a acção dos agentes previstos em serviço. Durabilidade não é uma propriedade do material ou do componente, embora o termo seja por vezes erradamente usado como tal. Referências relacionadas: 29, 36, 42 e 54 C.13 E Edifício3 Obra de construção, cuja finalidade principal é abrigar os seus ocupantes ou conteúdo, geralmente fechada e projectada para permanecer num local. Eflorescência3 Depósito salino, à superfície, de substância proveniente do interior do elemento. Empena3 Parede lateral de um edifico, geralmente sem janelas ou portas, apta a receber outro edifício encostado. Empolamento3 Deformação do conjunto do revestimento azulejar, destacando-se e afastando-se do suporte. Perda de aderência da pintura ou barramento, com formação de saliências. Levantamento irregular duma camada delgada, frequentemente com 25 a 300 mm de diâmetro à superfície da argamassa ou do betão, durante ou logo após o acabamento. Ensaio3 Procedimento para avaliação crítica; meio de avaliar a presença, qualidade ou veracidade. Referências relacionadas: 3, 52, 101, 116 e 120 Ensaios não destrutivos (END)3 Desenvolvimento e aplicação de métodos técnicos, para examinar materiais ou componentes, por processos que não prejudicam a futura utilidade e desempenho, a fim de C.14 detectar, localizar, medir e avaliar falhas; para estimar a integridade, propriedades e composição, e para medir as características geométricas. Referências relacionadas: 3, 71, 76, 95, 96, 116 e 120 Ensoleiramento40 Nivelamento geral dado ao respaldo dos alicerces para servir de base às paredes de elevação e de nível de referência aos revestimentos externos de pedra ou de outro material. Esclerómetro3 Instrumento que permite estimar as propriedades mecânicas de um sólido através da restituição elástica ao ser percutido por uma massa. Referência relacionada: 110 Espessura da camada de ar de difusão equivalente28 A espessura da camada de ar de difusão equivalente é a espessura da camada de ar em repouso que possui a mesma resistência à difusão de vapor de água que o elemento construtivo de espessura e em que δ ar é o coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar, Rd é a resistência à difusão de vapor de água, µ o factor de resistência à difusão de vapor de água e e a espessura. S d = δ ar .Rd = µ.e Esta grandeza é representada pelas letras Sd e a sua unidade é o m. Evaporação28 A evaporação é a transformação de água líquida em vapor, geralmente como resultado de um acréscimo de temperatura (é o oposto da condensação). Exsudação (do betão)3 Separação da água da mistura não endurecida. Exsudação (das tintas)3 Processo de difusão de uma substância colorida através da camada de tinta ou verniz, do interior para o exterior, produzindo manchas ou descolorações não desejadas. Transferência de produtos solúveis de materiais de impermeabilização de coberturas impregnados de betume, em água de cal, causando manchas nas faces inferiores de lajes de betão de coberturas. C.15 F Factor de resistência à difusão28 O factor de resistência à difusão de um material é a relação entre a permeabilidade ao vapor de água do ar e a permeabilidade ao vapor de água do próprio material. Indica quantas vezes a resistência à difusão de um material é maior do que a de uma camada de ar em repouso, de igual espessura e sujeita às mesmas condições ambientais. O factor de resistência à difusão é uma grandeza adimensional e representa-se pela letra grega µ . Factor solar (de um vão envidraçado)61 Quociente entre a energia solar transmitida para o interior através do vão envidraçado com o respectivo dispositivo de protecção e a energia da radiação solar que nele incide. Fantasmas3 Manchas regulares na face exterior de uma parede rebocada, reproduzindo as juntas entre tijolos ou blocos, em resultado da deficiente execução do revestimento. Ferrugem3 Produto da corrosão do ferro e ligas nele baseadas, de cor castanho-avermelhada, composta principalmente por óxido de ferro hidratado. Fluxo de difusão de vapor de água4 O fluxo de difusão de vapor de água é a massa de vapor de água que se difunde através de um elemento por unidade de tempo, no sentido normal à superfície, sob o efeito de um gradiente de pressão parcial ou de concentração de gás (vapor de água). C.16 Fibra de vidro115 Fibra produzida a partir de um filamento contínuo de vidro fundido, utilizada habitualmente para reforços, seja na forma de tecido ou na forma de malha. Fungo6 Organismo vegetal unicelular ou pluricelular que pode afectar consideravelmente as características do material lenhoso, ou depreciar o seu aspecto. C.17 G Grande intervenção de reabilitação61 Intervenção na envolvente ou nas instalações cujo custo seja superior a 25 % do valor do edifício, calculado com base num valor de referência (Cref) por metro quadrado e tipologia de edifício. Referência relacionada: 61 C.18 H Higrometria4 O parâmetro designado por higrometria traduz o aumento de pressão do vapor de água no interior de um local em relação ao exterior e, consequentemente, define o gradiente de pressão de vapor de água a que se encontra submetida a sua envolvente. O valor deste parâmetro corresponde à relação entre a produção de vapor no interior de um local e o caudal de ventilação. A higrometria exprime-se em g/m3 e pode ser calculada com base na equação seguinte: ω Q = (wi − we ) 0,825 Em que: wi – we – Q– Humidade absoluta interior (g/K) Humidade absoluta exterior (g/K) Caudal de ventilação (m3/h) Higroscopicidade4 A higroscopicidade é a designação que se dá ao fenómeno pelo qual os materiais fixam a água por adsorção e a restituem ao ambiente em que se encontram, em função das variações de temperatura e de pressão parcial de vapor de água. Um material diz-se higroscópico se a quantidade de água que é capaz de reter por adsorção é relativamente importante. Humidade absoluta do ar28 Define-se a humidade absoluta do ar a partir da quantidade de vapor que ele contém, em volume ou em massa. A humidade absoluta do ar corresponde à relação entre a massa de vapor de água (mv ) e o volume (V) de “ar húmido”: W= mv V É representada pela letra W e as suas unidades são kg/m3. Humidade do ar4 O ar seco é um ar anidro constituído por uma mistura de gases, nomeadamente Oxigénio, Azoto, Árgon e Anídrido Carbónico. O ar húmido é uma mistura de ar seco e vapor de água. Define-se a humidade do ar a partir da quantidade de vapor que ele contém, em volume ou em massa. C.19 Humidade ascensional (ou ascendente)20 Humidade que se manifesta em elementos construtivos em contacto com o solo (ascensão capilar). Referências relacionadas: 28 e 35 Águas freáticas Águas de precipitação Humidade relativa28 A humidade relativa é a relação entre a massa de vapor contida no ar e a quantidade máxima de vapor que o ar pode conter, a uma determinada temperatura. O seu valor é dado pela relação entre a massa de vapor de água (mv) e a massa de vapor de água de saturação (mvs): HR = mv × 100 mvs Considerando o ar um gás perfeito, este valor também pode ser obtido através da relação entre a pressão parcial de vapor de água (P) e a pressão de saturação (Ps): HR = P × 100 Ps A humidade relativa é representada pelas letras HR sendo uma grandeza adimensional, geralmente expressa em percentagem. C.20 J Junta5 Separação física provocada intencionalmente em locais preestabelecidos num elemento ou estrutura. C.21 L Ladrilhos cerâmicos7 Placas finas feitas de argilas e/ou outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas como revestimentos para pavimentos e paredes, usualmente conformadas por extrusão ou prensagem à temperatura ambiente, mas podendo ser moldadas por outros processos, em seguida secas e subsequentemente cozidas a temperaturas suficientes para se obterem as propriedades requeridas; os ladrilhos podem ser vidrados (GL) ou não vidrados (UGL), são incombustíveis e não são afectados pela luz. Referências relacionadas: 1, 7, 31, 36, 48, 49, 56, 57, 58, 59, 63, 68, 90, 93 e 99 Ladrilhos extrudidos7 Ladrilhos cuja pasta é conformada no estado plástico numa extrusora, sendo a barra obtida cortada em ladrilhos com dimensões pré-determinadas. Ladrilhos não vidrados7 Ladrilhos a que não é aplicado qualquer revestimento superficial vitrificado. Ladrilhos prensados a seco7 Ladrilhos formados a partir de uma mistura em pó finamente moída, conformada em moldes a altas pressões. Ladrilhos vidrados7 Ladrilhos com a aplicação de um revestimento superficial vitrificado que é impermeável. Lã mineral115 Material isolante, com aspecto lanoso, produzido a partir de rocha fundida, escória ou vidro. C.22 Ligante3 Elementos constituintes da argamassa ou do betão, capazes de agregar os constituintes inertes (areias, britas, godos, etc.). Juntamente com a água, depois de endurecer, conferem aos conglomerados coesão e resistência suficiente para os tornarem aptos à utilização na construção. Lintel6 Peça que delimita superiormente um vão de porta ou de janela. Líquen6 Estrutura autónoma formada pela associação de uma alga com um fungo, estando numa associação intermédia entre alga (planta que por fotossíntese produz matéria orgânica que necessita para viver) e fungo (ser heterotrófico, que para sobreviver precisa de usar matéria orgânica sintetizada por outros organismos). É um organismo simbiótico em que a alga, geralmente unicelular, produz a matéria orgânica e o fungo, envolvendo a alga, protege-a e absorve a água do exterior. C.23 M Mancha3 Alteração que se manifesta com pigmentação acidental e localizada na superfície. Está relacionada geralmente com a presença de materiais estranhos ao substrato (por exemplo ferrugem, sais cristalizados, substâncias orgânicas, vernizes, etc.). Ref. Fotografia: 127 Manutenção5 Operações destinadas a minimizar os efeitos dos ciclos de deterioração na vida de um edifício (ou de determinado parque edificado). São desenvolvidas sobre as diversas partes e elementos da construção, assim como sobre as instalações e equipamentos. Operações programadas e geralmente efectuadas em ciclos regulares. Actividades destinadas a manter a capacidade ao nível desejado da estrutura ou do elemento estrutural. Em sentido lato, qualquer acção que contrasta com a melhoria e evita a deterioração prematura. Uma das classes da MR&R (manutenção, reparação e reabilitação). Massa volúmica28 A massa volúmica é determinada pela relação entre o peso do material seco e o seu volume aparente. É representada pela letra grega ρ e as suas unidades são kg/m3. Metodologia5 a) Conjunto de práticas, procedimentos e regras usados por aqueles que trabalham numa disciplina ou se envolvem numa pesquisa. Conjuntos de métodos de trabalho. b) Estudo ou análise teórica desses métodos de trabalho. Referências relacionadas: 34 e 37 Módulo de elasticidade5 Constante elástica dum corpo homogéneo e isótropo em estado de tensão simples. Define a relação entre a tensão principal numa secção e a extensão principal correspondente. O módulo de elasticidade representa-se pela letra E e exprime-se em Pa. Monitorizar5 Observar de forma sistemática com o fim de obter informação. Medir ou ensaiar duma forma sistemática. C.24 Monumento62 Obras de arquitectura, composições importantes ou criações mais modestas, notáveis pelo seu interesse histórico, arqueológico, artístico, científico, técnico ou social, incluindo as instalações ou elementos decorativos que fazem parte integrante destas obras, bem como as obras de escultura ou de pintura monumental. C.25 O Obsolescência3 Perda da capacidade de funcionamento satisfatória de uma unidade, devido a alterações nas exigências de desempenho. Ombreira6 Superfície que delimita lateralmente um vão; designação atribuída ao elemento de cantaria que define tal superfície. C.26 P Patologia da construção20 Ciência que estuda as causas dos problemas apresentados pelos edifícios bem como as suas manifestações e formas de evolução. Referências relacionadas: 8, 12, 16, 25, 26, 27, 30, 41, 43, 44, 49, 50, 117, 121, 123 e 124 Pavimento (Betonilha) autonivelante115 Pavimento executado com uma argamassa com propriedades autonivelantes. Ref. Fotografia: 117 Peitoril6 Superfície que delimita inferiormente um vão de janela. Referências relacionadas: 51 e 65 Permeabilidade4 A permeabilidade caracteriza a aptidão dos materiais porosos de serem atravessados por um fluído, quando submetidos a um gradiente de pressão. Permeância ao vapor de água4 A permeância ao vapor de água de um elemento é a densidade de fluxo de vapor de água que o atravessa, referida à diferença de pressão parcial de vapor a que está sujeito entre as suas faces. Perpianho6 Pedra, de forma regular, utilizada na construção das paredes de cantaria, cuja dimensão entre paramentos (comprimento, ou cauda) é sempre igual à espessura da parede; designação dada no norte do País à pedra de granito aparelhada. C.27 Porosidade4 Os materiais de construção têm como característica estrutural, a existência de poros na sua constituição. A natureza, a importância e a disposição destes poros permite definir diferentes tipos de porosidade, como por exemplo: porosidade fechada e porosidade aberta. A porosidade exprime a proporção entre o volume de vazios dos poros e o volume total do corpo. É uma grandeza adimensional que se representa pela letra grega ε e é geralmente expressa em percentagem. Referência relacionada: 93 Porosidade aberta4 A generalidade dos materiais de construção têm porosidade aberta. Nestes materiais os vazios comunicam entre si, permitindo a circulação de fluidos no seu interior. O material é mais ou menos permeável em função da dimensão geometria dos poros. Porosidade fechada4 Num material com porosidade fechada, os vazios não comunicam entre si e o material permanece impermeável. Pressão atmosférica ou barométrica4 O efeito da força gravítica sobre as moléculas da mistura de gases que constitui o ar húmido leva a que o ar exerça uma determinada pressão, a chamada pressão atmosférica ou barométrica. O valor da pressão atmosférica não é constante, variando em função da altitude dos locais relativamente ao nível do mar. Ao nível do mar a pressão atmosférica é cerca de 101325 Pa (pressão atmosférica de referência). Pressão de saturação4 A pressão de saturação é a pressão parcial máxima que pode atingir o vapor de água no ar, para determinadas condições de temperatura e pressão atmosférica. A pressão de saturação é representada pelas letras Ps e a sua unidade é o Pa. Pressão parcial do vapor de água4 A pressão parcial do vapor de água é a pressão que este teria se ocupasse individualmente o volume ocupado pela mistura de ar considerada. A pressão parcial do vapor de água é representada pela letra P e a sua unidade é o Pa. C.28 R Reabilitação5 Conjunto de acções destinadas a tornar funcional um edifício ou conjunto urbano, envolvendo frequentemente, melhoramentos. Referências relacionadas: 5 e 9, 10, 11, 13, 14, 17, 18, 21, 22, 34, 37 e 38 Reboco3 Revestimento composto por uma ou mais camadas dum material plástico (argamassa), destinado a assegurar a protecção à água, o isolamento térmico e a apresentação estética da obra que ele recobre. Referências relacionadas: 77 e 89 Recobrimento3 A menor distância entre a superfície da armadura e a superfície exterior do betão. Recuperação5 Intervenção que coloca a reutilização como premissa e o acto de conservação como consequência. Intervenção que privilegia a função à qual se adapta o objecto. Requalificação. Reforço5 Melhoria da capacidade resistente duma estrutura ou de parte dela. Aumento da capacidade de carga duma estrutura, eliminando eventuais insuficiências. Renovar5 Geralmente entendido como “restaurar” e praticado como “reconstruir”. Remover a ferrugem, escovar, limpar. Resistência à difusão de vapor de água4 O inverso da permeância ao vapor de água é designado por resistência à difusão de vapor de água e representa a resistência que um elemento oferece à passagem do vapor de água. C.29 Reparação5 Eliminação dos defeitos da danificação ou deterioração, restabelecendo o estado inicial da estrutura. Substituição ou correcção de materiais, componentes ou elementos duma estrutura que se apresentem deteriorados, danificados ou defeituosos. Uma medida que corrige os defeitos. Restauro de qualquer parte de um edifício, tendo em vista a sua manutenção. Resistência térmica4 A resistência térmica de um elemento de faces planas e paralelas é a resistência que esse elemento oferece à passagem de calor, na direcção perpendicular às suas faces, por unidade de tempo e superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário. A resistência térmica é representada pela letra R e as suas unidades são m2.K/W ou m2.ºC/W. Referência relacionada: 61 Restaurar5 Restabelecer o aspecto ou o estado original de um objecto. Restauro5 Restabelecimento dos materiais, forma e aparência, com referência a uma determinada época da estrutura. Conjunto de acções altamente especializadas desenvolvidas de modo a recuperar a imagem, a concepção original ou o momento áureo da história de um edifício, no qual a sua arquitectura apresentava maior coerência. Restabelecimento do conceito de legibilidade original de um objecto. Implica o respeito pelos materiais originais, evidência arqueológica, concepção original e documentação autêntica. Opção que tende a usar-se menos, no que concerne aos edifícios históricos. Retracção5 Contracção devida, em geral, à redução do teor de água. Revestimento5 O envelope exterior não portante da estrutura de um edifício. Referências relacionadas: 2, 77 e 89 C.30 Revestimento Monomassa115 Argamassa concebida para revestimento, aplicada numa só camada, que cumpre todas as funções de protecção e decoração conseguidas por um sistema multi-camada. Geralmente é colorida. Referências relacionadas: 29 e 64 Ref. Fotografias: 29 a) Projecção (1.ª Fase) b) Alisamento com régua c) Aperto com talocha d) Projecção (2.ª Fase) e) Raspagem com talocha de pregos f) Escovagem final Roço3 Cavidade com desenvolvimento linear executada à superfície de um elemento, para inserção de tubos ou condutores. C.31 S Saguão3 Pátio estreito e descoberto entre dois edifícios ou no interior de um edifício. Espécie de alpendre à entrada dos conventos. Sapata3 Maciço de alvenaria ou em betão armado concebido para funcionar como fundação directa de uma construção. Saponificação3 Alteração da matéria gordurosa da tinta pelo alcalis, tornando-a pegajosa ou solúvel em água (pintura). Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior (ETICS)115 Sistema aplicado em obra, constituído por um conjunto de produtos industriais, que compreende no mínimo: argamassa de colagem ou mecanismos de fixação mecânica, material de isolamento térmico, uma ou mais camadas de argamassa base, armadura de reforço e camada de revestimento. Estes componentes são indissociáveis. Na figura seguinte apresenta-se uma fotografia e um esquema do sistema ETICS. Referências relacionadas: 61, 84, 85, 86, 87 e 88. Sistema ETICS Substrato5 A superfície sobre a qual o material de reparação é ou deverá ser aplicado. Suporte material subjacente a um revestimento. C.32 T Tabique6 Parede divisória de espessura reduzida, cerca de 10 a 12 cm, normalmente formada por um conjunto de tábuas costaneiras pregadas ao alto ou em diagonal, ao sobrado e ao tecto, que recebiam nas duas faces um fasquiado de madeira, posteriormente revestido com argamassa ordinária, e por fim, estucada. Taxa horária de renovação de ar4 A taxa horária de renovação de ar corresponde ao número de vezes que determinado volume de ar é completamente substituído numa hora. Esta grandeza exprime-se em h-1 e é representada pelas letras Rph. Referência relacionada: 47 Temperatura ponto de orvalho4 A temperatura ponto de orvalho é a temperatura abaixo da qual se verifica a condensação do vapor de água contido no ar, ou seja, é a temperatura que, para uma determinada quantidade de vapor de água do ar, corresponde a 100% de humidade relativa. A temperatura ponto de orvalho é representada pelas letras tpo e a sua unidade é o ºC. Tempo Aberto (de uma argamassa)115 Intervalo de tempo máximo para o acabamento, desde o momento da aplicação de uma argamassa. Quando o tempo aberto é ultrapassado, a aderência ao tacto é reduzida drasticamente (ver fotografias). Referência relacionada: 81 Ref. Fotografia: 1 Teor de humidade (de um material)28 Um material diz-se húmido quando contém água no estado gasoso, líquido ou sólido, em simultâneo ou não. A partir da quantidade de água que um material contém, pode definirse o seu teor de humidade através da relação entre a massa ou volume de água e a massa e/ou volume do material. Assim, pode ter-se: Teor de humidade mássico correspondente à relação entre a massa de água me e a massa do material no estado seco ms. É representado pela letra w e as suas unidades são o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional. C.33 w= Teor de humidade em massa por unidade de volume, que corresponde à relação entre a massa de água me e o volume aparente do material no estado seco Vs. É representado pela letra u e as suas unidades são o kg/m3. u= me ms me Vs Teor de humidade volúmico, que corresponde à relação entre o volume de água contido no material Ve e o volume aparente do material no estado seco Vs. É representado pela letra grega θ e as suas unidades são o m3/m3, sendo uma grandeza adimensional. θ = Ve Vs Teor de humidade crítico28 O teor de humidade crítico é o teor de humidade que um material apresenta quando em contacto com uma ambiência saturada e abaixo do qual o transporte de água por capilaridade é praticamente impossível. O teor de humidade crítico é representado pelas letras Wcr e as suas unidades são o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional. Teor de humidade de saturação28 O teor de humidade de saturação corresponde à quantidade de água que um material contém quando em contacto com água durante um certo período de tempo. O teor de humidade de saturação é representado pelas letras Wsat e as suas unidades são o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional. Certos autores utilizam a designação de Teor de Humidade Capilar ( u c ). Teor de humidade higroscópico28 O teor de humidade higroscópico corresponde à quantidade de água que um material contém quando em equilíbrio com uma ambiência que apresenta uma determinada humidade relativa. Pode variar entre o zero absoluto, se o material estiver em contacto com uma ambiência de humidade relativa nula, e o Teor de Humidade Crítico. O teor de humidade higroscópico é representado pelas letras Wh e as suas unidades são o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional. Teor de humidade máximo28 O teor de humidade máximo é o teor de humidade que um material apresenta quando todo o volume não ocupado pelo esqueleto sólido da estrutura porosa está preenchido com água. C.34 O teor de humidade higroscópico é representado pelas letras Wmax e as suas unidades são o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional. Térmita6 Insecto da ordem dos isópteros que vive em comunidades polimorfas, normalmente em ninhos, que ataca e destrói a madeira com gravidade; os que mais estragos provocam na madeira são o H. bajulos e a “formiga branca” (térmita subterrânea, que destrói o borne e o cerne de madeiras húmidas, e por vezes, de madeiras secas). Ref. Fotografia da esquerda: 133 Termografia116 A termografia é um método de determinação e representação da temperatura superficial de um corpo, por medição da radiação infravermelha emitida pela sua superfície. A inspecção da qualidade térmica da envolvente de edifícios visa identificar e diagnosticar anomalias construtivas associadas à solicitação da temperatura, facilitando a formulação de acções correctivas ou de reabilitação. Através dos termogramas é possível analisar e detectar: Áreas da envolvente exterior não isoladas; Redução da espessura de isolamento em áreas singulares; Falta de estanquidade da envolvente opaca; Falta de estanquidade ao ar dos vãos exteriores; Defeitos em revestimentos de fachadas; Perdas térmicas por pontos singulares. Referências relacionadas: 39, 46 e 76 Trabalhabilidade (de uma argamassa)115 Conjunto de propriedades de aplicação de uma argamassa, que caracterizam a sua adequação ao uso. C.35 Traço5 Proporcionalidade entre quantidades (normalmente medidas em volume), de ligante e de agregados, em que se considera a parte de ligante igual à unidade. C.36 V Ventilação4 A ventilação é um processo que consiste em extrair o ar do interior dos compartimentos, substituindo-o por ar exterior que é admitido. Referência relacionada: 47 Vida Útil5 Período durante o qual a estrutura conserva os requisitos do projecto quanto a segurança, funcionalidade e estética, sem custos inesperados de manutenção. Período de tempo a seguir à construção, durante o qual a fiabilidade da estrutura satisfaz a especificação. Período de tempo a seguir à instalação, durante o qual um edifício ou as suas partes respeitam ou excedem as exigências de desempenho. Viga3 Peça linear sujeita principalmente a esforços de flexão. C.37