LISTÃO DE FÉRIAS – JULHO/2015
LÍNGUAGENS, CÓDIGOS & TECNOLOGICAS
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
01 –
Os bebês nascem com instintos que os ajudam a
sintonizar rapidamente os ritmos da fala e a gramática.
São muito sensíveis à direção do olhar de outra pessoa,
que os ajuda a decifrar frases incompreensíveis, como
“olha aquele cachorro engraçado”. Os bebês
murmuram e balbuciam, ações que tornam as cordas
vocais mais afinadas. Eles também viram a cabeça
instintivamente por causa de um barulho e se extasiam
com a voz da mãe ou do pai. O elo afetivo é muito
importante para o seu desenvolvimento intuitivo e
emocional. Embora a linguagem ainda não esteja
conectada no seu cérebro, o bebê tem várias
artimanhas genéticas que lhe permitem aprender desde
o dia de seu nascimento.
John McCrone
É predominante no texto a função:
A.
metalinguística, uma vez que, ao falar do
desenvolvimento da linguagem nos bebês, o autor
trata com destaque do código linguístico e seus
recursos.
B.
emotiva, já que o autor do texto e sua subjetividade
em relação ao que narra são destacados por meio de
elementos linguísticos.
C.
referencial, pois a intenção principal do texto é
informar o leitor de um assunto que é tratado de
modo objetivo pelo seu autor.
D.
fática, porque estão presentes no texto, ao longo de
seu desenvolvimento, marcas de interação com o
leitor, como perguntas retóricas.
E.
poética, pois mais do que informar sobre algo o autor
procurou persuadir o leitor pelo modo com que
elaborou a mensagem, caracterizada pela linguagem
figurada.
02 –
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
Os versos acima integram o poema Sentimento do Mundo,
de Carlos Drummond de Andrade.
Considerando a linguagem que os compõe, constatase que
a função dominante presente neles é a:
A.
poética, por tratar-se de um poema estruturado em
métrica clássica e em rigoroso exercício de rimas.
B.
metalinguística, porque se volta para a linguagem que o
compõe e explicita seu processo de composição.
C.
referencial, porque apenas informa sobre o mundo,
destacando seus aspectos naturais.
D.
emotiva, porque centraliza a mensagem no eu lírico e
se constrói a partir do universo da primeira pessoa.
E.
apelativa, porque induz o leitor a refletir sobre seus
desejos, suas lembranças e o sentimento do amor.
03 –
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar
banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das
etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e
arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo
ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de
fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido
emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas
ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
[...]
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
[…]
PESSOA, Fernando. Fernando Pessoa - Obra Poética.
Cia. José Aguilar Editora: Rio de Janeiro, 1972. p. 418.
No texto, predomina a função de linguagem
A.
apelativa, pois o poema procura influenciar e orientar
o comportamento do leitor, por meio da utilização de
verbos no modo imperativo.
B.
fática, porque o poema testa o funcionamento do
canal de comunicação.
C.
emotiva, porque o poema está centrado na expressão
dos sentimentos, emoções e opiniões do eu-lírico.
D.
referencial, porque a intenção principal do autor é
informar o leitor.
E.
metalinguística, pois o código é posto em destaque,
ou seja, o poema reflete sobre a criação poética.
04 –
TEMPO
Arnaldo Antunes / Paulo Miklos
será que a cabeça tem o mesmo tempo que a mão?
o tempo do pensamento, o tempo da ação
será que o teto tem o mesmo tempo que o chão?
o tempo de decompo tempo de decomposição
será que o filho tem o mesmo tempo que o pai?
o tempo do nascimento, crescimento, envelhecimento,
um momento como matar o tempo
Disponível em: http://www.arnaldoantunes.com.br.
Acesso em: 18 nov. 2013 (adaptado).
05 –
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma
pelos olhos enamorados.
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das
impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz
ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da
fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas,
que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira
virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta;
era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce
que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o
seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a
lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia
muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os
desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela
saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir
dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional,
uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma
larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno
da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa
fosforescência afrodisíaca.
Aluísio Azevedo, O cortiço.
O conceito de hiperônimo (vocábulo de sentido mais genérico
em relação a outro) aplica-se à palavra “planta” em relação a
“palmeira”, “trevos”, “baunilha” etc., todas presentes no
texto. Tendo em vista a relação que estabelece com outras
palavras do texto, constitui também um hiperônimo a palavra
A.
B.
C.
D.
E.
“alma”.
“impressões”.
“fazenda”.
“cobra”.
“saudade”.
Considerando o gênero textual, pode-se inferir que
A.
é evidenciada a função poética da linguagem, uma vez
que a intenção dos produtores do texto está voltada para
a própria mensagem, para a arrumação das palavras,
revelando um cuidado especial com o ritmo das frases.
B.
a poesia é considerada metalinguística, porque a intenção
dos emissores está voltada para o próprio código
utilizado, ou seja, o código é o tema da mensagem.
C.
a função conativa da linguagem pode ser bem percebida
nesse gênero textual, uma vez que os compositores
organizaram a mensagem com o objetivo de influenciar
os leitores ou os ouvintes.
D.
E.
a intenção dos compositores da mensagem é transmitir
dados da realidade aos interlocutores de forma direta e
objetiva, sem ambiguidades. Por isso, essa mensagem
está centrada no referente, prevalecendo a função
referencial.
a letra da música foi escrita em primeira pessoa e a
mensagem está centrada nos próprios emissores,
revelando seus sentimentos e emoções, numa expressão
plena de seus mundos interiores. Assim, temos a função
expressiva da linguagem.
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
06 –
Poema Tirado de uma Notícia de Jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
morro da
Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
afogado.
Manuel Bandeira
A partir de Poema tirado de uma notícia de jornal é correto
afirmar que
A.
o texto poético é formado por frases imperativas,
típicas do gênero jornalístico.
B.
a função emotiva da linguagem é predominante no
texto poético, o que amplia a sensação de dor do
leitor quando da morte de João Gostoso.
C.
o poema é composto apenas por um ponto final,
indicador do desapego linguístico dos poetas da
Primeira Geração do Modernismo brasileiro.
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2
D.
E.
o relato dos acontecimentos, de forma impessoal,
aproxima o poema do gênero jornalístico tradicional.
a função expressiva da linguagem é predominante no
texto poético, o que reafirma a condição social de
João Gostoso.
TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
07 –
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais
diversas reconhecidas pelo leitor com base em suas
características específicas, bem como na situação comunicativa
em que ele é produzido. Assim, o texto A diva
A diva
Vamos ao teatro, Maria José?
Quem me dera,
desmanchei em rosca quinze kilos de farinha
tou podre. Outro dia a gente vamos
Falou meio triste, culpada,
e um pouco alegre por recusar com orgulho
TEATRO! Disse no espelho.
TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
TEATRO! E os cacos voaram
sem nenhum aplauso.
Perfeita.
A.
B.
C.
D.
E.
narra um fato real vivido por Maria José.
surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
relata uma experiência teatral profissional.
descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.
PRADO, A. Oraculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.
Texto para a questão 08
A LANTERNA QUE ILUMINA A ESPUMA
Por Luciano Martins Costa
A prática e as teorias da comunicação aplicadas ao jornalismo induzem a acreditar que a atividade da imprensa cuida de organizar o processo
de avanço da modernidade, pela classificação e valoração dos fatos novos. Assim, somos levados a aceitar que um acontecimento só se
transforma em notícia, ou seja, em conteúdo jornalístico, se representar uma novidade, uma ruptura em relação ao que já existe.
Essa acepção vale tanto para uma ocorrência inédita quanto para uma nova interpretação de fatos conhecidos. Portanto, um dos grandes
desafios do jornalismo contemporâneo seria a oferta exacerbada de notícias, produzida pela penetração dos meios digitais em todos os
cantos do mundo. [...]
Seja o observador devoto ou iconoclasta em relação à hipótese de estarmos vivendo uma pós modernidade, não se pode fugir à evidência
de que os processos da História se aceleraram de tal forma que se tornou impossível – ou, pelo menos, improdutivo – catalogar os fatos
relevantes pelo método de filtragem arbitrária da imprensa tradicional.
Essa é a constatação que precisamos fazer para entender como a imprensa, não apenas aqui no Brasil como em outros países onde sempre
foi relevante, vai se encolhendo até se configurar como instrumento de poder de uma fração da sociedade. [...]
Como os fatos estão sempre muito à frente dos sistemas da imprensa, o resultado é que seu produto, o jornalismo, deixou de ser o processo
de anunciar a novidade e se transforma rapidamente em mero registro de coisas antigas. Daí a queda no número de leitores.
Como na frase que deu o título à autobiografia do falecido ministro Roberto Campos, a imprensa funciona agora como uma lanterna na popa
do barco: só serve para iluminar a espuma que fica para trás.
Num oceano de possibilidades infinitas, a visão conservadora da imprensa genérica serve principalmente à inglória e impossível tarefa de
interromper, ou, no mínimo, de desacelerar o ritmo das mudanças. À medida em que se aceleram os processos da modernidade, mais se
torna clara essa função de freio social e cultural.
A imprensa é reacionária por natureza, mas até o último quarto do século passado podia encenar o papel de vanguarda da modernidade,
contra outras instituições, como a religião, que têm a missão de lutar contra o tempo. Tratava-se de manter sob controle o ímpeto natural
de mudança que marca o processo civilizatório.
Nos anos 1980 e 1990, por exemplo, os jornais brasileiros se destacaram por abrigar debates sobre novos comportamentos que vieram com
a liberação social que acompanhou o fim da ditadura. A Folha de S. Paulo, por exemplo, construiu aí sua estratégia vitoriosa de aparecer
como portavoz de uma cultura liberal e libertina, contra a sisudez de seus então concorrentes.
O caso Folha é, talvez, o mais típico para ilustrar esse movimento. Depois de alcançar tiragens superiores a um milhão de exemplares em
circulação diária, o jornal paulista encolheu para menos de um terço desse total.
O que explicaria essa queda, que retrata a decadência do sistema da imprensa?
COSTA, Luciano Martins. A lanterna que ilumina a espuma. Observatório da Imprensa.
ano 18. n. 810. Ago. 2014. Disponível em: < http://www.observatoriodaimprensa.
com.br/news/view/a_lanterna_que_ilumina_a_
espuma >. Acesso em: 30 set. 2014 (adaptado).
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
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3
08 –
Os gêneros textuais apresentam finalidade comunicativa e organização recorrentes. O texto é um artigo de opinião, pois
A.
B.
C.
D.
tem a finalidade de estabelecer um ensinamento, apresentando principalmente a sequência tipológica expositiva.
E.
apresenta, principalmente, a tipologia argumentativa, o que possibilita ao artigo de opinião cumprir a função de convencer o leitor
de um ponto de vista defendido.
cumpre a função social de informar à população sobre fatos recentes; sua principal sequência tipológica é a injuntiva.
a sequência tipológica predominante é a argumentativa, uma vez que o artigo de opinião tem a função de estabelecer normas sociais.
a sequência tipológica predominante é a descritiva, pois, para cumprir sua função social, o artigo de opinião deve apresentar
descrição detalhada dos fatos.
09 –
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu
na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis,
e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a
mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública,
única que frequentou o autodidata Machado de Assis.
Disponível em: http://www.passeiweb.com.Acesso em: 1 maio 2009.
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de
A.
B.
C.
D.
fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor.
E.
apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por
linguagem objetiva.
representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana.
explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos.
questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de
seus feitos públicos.
10 –
As variadas formas de humor são produtos da capacidade que o ser humano tem de poder ver graça nas pessoas e situações. O
humor se manifesta por meio de gestos, encenações, olhares, sons e textos. Num momento inspirado ele faz uma crítica de
costumes, de moral, de comportamento social, seja cantando, imitando, encenando uma situação que reflete aquilo que viu e/ou
sentiu. Claro que às vezes ele distorce e exagera o fato para dar um toque cômico à sua demonstração, com o intuito apenas de
obter o riso. Quando consegue isso, fica satisfeito, pois seu objetivo foi alcançado. Quando não consegue contar, encenar ou
cantar, o homem usa o desenho.
(MORETTI, F. A. (Adaptado). Disponível em: < http://www.aleph.com.
br/moretti/artigos_diferenca.htm>. Acesso em 10 de nov. 2014
Levando-se em consideração os gêneros textuais relacionados ao humor, analise as imagens a seguir:
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4
Assinale o item em que está corretamente relacionado o tipo textual à imagem.
A.
B.
C.
D.
E.
I. Cartum. II. Charge. III. Caricatura. IV. Quadrinho.
I. Charge. II. Cartum. III. Caricatura. IV. Tirinha.
I. Caricatura. II. Cartum. III. Quadrinho. IV. Tirinha.
I. Charge. II. Charge. III. Cartum. IV. Tirinha.
I. Cartum. II. Cartum. III. Charge. IV. Quadrinho.
11 –
NASCIMENTO, Douglas. Disponível em: <http://www.saopauloantiga
.com.br/anuncios-de-escravos/>. Acesso em: 01 out. 2014.
Os classificados possuem a função de anunciar produtos e serviços, com a finalidade de venda, compra, aluguel ou troca. O texto foi publicado
no século XIX, quando ainda havia escravidão no Brasil. A leitura desse anúncio, na atualidade, é chocante porque um homem é tratado
como um produto. A partir dessa reflexão, ressalta-se a seguinte característica do conceito de gêneros textuais:
A.
B.
C.
D.
E.
Os gêneros classificam-se mais pela forma do que pela função.
Gêneros são totalmente estáveis.
Os gêneros são institucionais e não linguísticos.
Gêneros textuais são frutos de aspectos históricos e são vinculados à vida cultural e social.
Os gêneros são a representação da mudança ortográfica no Brasil.
TEXTO/CONTEXTO
12 –
Direitos políticos
Direitos políticos são normas previstas pela Constituição de um país com o intuito de regular a participação dos indivíduos no processo
político. Referem-se, de maneira geral, à atuação dos cidadãos na vida pública e variam conforme o país, uma vez que estão intimamente
ligados ao regime político e ao sistema eleitoral vigente em cada Estado nacional.
Os direitos políticos são indissociáveis da noção de cidadania, uma vez que esta se refere ao conjunto de regras que organizam a participação
(direta ou não) dos indivíduos na composição e administração do governo ao qual estão submetidos. O direito de votar e ser votado, o direito
à manifestação em plebiscitos e o direito à participação em partidos políticos são os direitos políticos mais conhecidos.
(Silva, Benedicto (Org.) Dicionário de Ciências Sociais.)
Tendo em vista as informações do texto, pode-se afirmar que
A.
a normatização dos direitos políticos pela Constituição de um país demonstra a importância dada ao exercício da cidadania.
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
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5
B.
C.
D.
a participação dos cidadãos na vida pública de forma direta é a única efetivamente aceita pela sociedade.
a variação da forma de atuação dos cidadãos na vida pública é consequência de regimes políticos tendenciosos e manipuladores.
os direitos políticos são um pressuposto para que haja cidadania, por isso mesmo possuem maior importância que os demais direitos.
13 –
O autor do texto utiliza recursos expressivos das linguagens verbal e não verbal para satirizar um problema gerado pelo avanço das
tecnologias da informação e comunicação, fazendo uma crítica que aponta para:
A.
B.
C.
D.
E.
A baixa qualidade das músicas baixadas na internet.
A pirataria como infração à legislação autoral.
O desrespeito aos autores das músicas que são baixadas na internet.
A facilidade que todos têm de baixar músicas na internet.
O fato de baixar músicas, pagar e pedir recibo de comprovação de pagamento
14 –
Divirta-se com duas tiras de Orlandeli.
Sobre as tiras, só NÃO é possível afirmar que
A.
B.
o autor explora a inquietação e as dificuldades do brasileiro perante uma mudança compulsória na escrita da língua.
a graça da primeira tira está na saída banal e folgada encontrada por Grump para se safar do estudo das regras ortográficas.
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
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6
C.
D.
a palavra “vícios”, na segunda tira, já confere às formas da antiga ortografia a condição de erros contra as regras da linguagem.
E.
a recusa de Grump em aceitar ajuda do sobrinho não decorre somente da constatação de que o jovem desconhece o assunto, mas
da perplexidade causada pelo “internetês” que lhe veio como resposta.
a comunicação estabelecida entre o personagem Grump e seu sobrinho é de natureza presencial, dada a velocidade que o
computador proporciona a esse processo interlocutivo.
15 –
LICENÇA-MATERNIDADE PARA OS PAIS
Cuidar de bebê ainda é coisa de mãe. Poucos pais que curtem a ideia de ajudar podem se dedicar às fraldas como
gostariam. No Brasil, homens têm direito a apenas 5 dias corridos de licença – as mulheres têm pelo menos quatro
meses. Igualdade de direitos seria uma boa nesse caso, também. “A licença-paternidade quebra padrões de gênero
tradicionais e aumenta a possibilidade de os dois pais se engajarem desde cedo na criação dos filhos”, diz Anders
Chronholm, sociólogo da Universidade de Skövde, na Suécia, um dos países mais generosos do mundo com os papais.
Fonte: Revista Superinteressante, agosto de 2013.
De acordo como o texto acima, NÃO é possível afirmar que
A.
no Brasil, a licença-paternidade é um direito que pode estimular a participação do pai na criação dos filhos.
B.
no Brasil, os homens deveriam ter pelo menos quatro meses de licença para cuidar de seus filhos.
C.
a licença-paternidade é um direito que pode mudar paradigmas no Brasil e no mundo.
D.
no Brasil, a licença-paternidade possibilitaria a participação dos dois pais na criação dos filhos.
E.
no Brasil, poucos pais curtem a ideia de ajudar na criação dos filhos como as mães.
16 –
PLANTA QUE BRILHA NO ESCURO GERA POLÊMICA
Você gostaria de ter uma planta que brilha no escuro? Mais de 8 mil pessoas disseram que sim – e doaram dinheiro
para o Glowing Plant Project, um projeto que quer criar e vender uma planta capaz de emitir luz. Uma versão
modificada da Arabidopsis thaliana, que receberá genes de alguma criatura produtora de luz, como uma libélula. Isso
é considerado tecnicamente plausível. Mas a possibilidade gerou protestos de cientistas. Há receio de que a planta
possa se multiplicar de forma descontrolada, interferir com outras espécies e causar problemas ecológicos.
Fonte: Revista Super Interessante, agosto de 2013.
De acordo como o texto acima, NÃO é possível afirmar que
A.
o projeto Glowing Plant quer vender plantas capazes de emitir luz.
B.
há criaturas que produzem luz, como as libélulas.
C.
novas espécies podem causar problemas ecológicos.
D.
8 mil pessoas concordam que planta que brilha no escuro pode gerar polêmica.
E.
os cientistas querem criar plantas que produzem luz.
EXPLÍCITO/IMPLÍCITO
Leia o texto abaixo para responder às questões 17 e 18.
Crise da Água
Cantareira bate novo recorde negativo e opera com 3,2% de sua capacidade
O sistema Cantareira voltou a ter mais um recorde negativo nesta quarta-feira (22). De acordo com dados da Sabesp, o nível do
reservatório é de apenas 3,2%, índice considerado o pior da história. Desde a segunda (20), chuvas têm atingido o reservatório,
mas sem impedir a queda nos índices.
Mesmo diante da grave crise hídrica, o governo estadual ainda se nega a fazer um racionamento na cidade.
Novo Bônus
Na terça-feira (21), o Conselho Diretor da Sabesp, responsável pelo abastecimento na Grande São Paulo, aprovou proposta do
governo estadual de conceder a redução na conta de água para os que não atingirem o patamar de 20%, necessário para obter
o atual desconto de 30%.
Pelas novas regras, o bônus antigo continua em vigor, mas quem conseguir economizar de 10% a 15%, ganhará uma redução de
10% na conta de água.
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7
Se o consumo cair de 15% a 20%, o desconto será de 20%.
A proposta será enviada agora para a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia), que definirá a data para a iniciativa
entrar em vigor.
Disponível em: www.1.folha.uol.com.br./cotidiano/2014. Acesso em 22 out. 2014.
17 –
Diante dos argumentos apresentados pelo jornal Folha de São Paulo sobre a crise da água pela qual o estado passa, está explícito que:
A.
o governo estadual aprovou nova proposta de redução do fornecimento de água.
B.
o governo estadual concede um desconto de 30% a quem economiza mais de 20% ou mais no consumo de água.
C.
o Conselho Diretor da Sabesp definirá quando o novo desconto da tarifa de consumo de água entrará em vigor.
D.
o governo estadual aprovou o racionamento de água porque o sistema Cantareira atingiu o nível de 3,2% de sua capacidade.
E.
a Agência Reguladora de Saneamento e Energia aprovou a proposta de racionamento de água na Grande São Paulo.
18 –
No trecho “Mesmo diante da grave crise hídrica, o governo estadual ainda se nega a fazer um racionamento na cidade. ”, a palavra em
destaque
A.
fortalece o argumento de que o racionamento de água na cidade seja necessário.
B.
permite suavizar um argumento que seria contrário ao anteriormente utilizado.
C.
relaciona argumentos com o mesmo sentido.
D.
permite a exclusão de um argumento em razão do outro.
E.
possibilita argumentar que a crise hídrica é o efeito do racionamento de água.
19 –
Fonte: http://ativandoneuronios.com/2014/01/17/sobre-os-rolezinhos/ Acesso: 10 ago. 2014
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8
Relativamente à charge de Ricardo Coimbra, julgue as proposições como verdadeiras ( V ) ou falsas ( F )..
1. (
)
2. (
)
3. (
)
4. (
)
5. (
)
Nos dois primeiros quadros, a expressão “de repente‟ significa que os consumidores habituais dos shopping centers jamais
teriam motivos para vislumbrar a possibilidade de terem que dividir o espaço com pessoas de classe social diferente da sua.
A charge critica implicitamente, entre outros aspectos, uma visão tosca das diferenças culturais brasileiras por parte da
chamada elite econômica.
A charge aborda explicitamente um fato recorrente na vida social do Brasil: a utilização pela elite dos mais diversos meios para
manter a segregação social vigente.
É possível inferir, pela charge, que os rolezinhos são um movimento digno de muito respeito por estarem explicitamente
imbuídos de uma motivação social importante: pôr em curso mudanças sociais.
No terceiro quadro da charge, o vocábulo “mundinho‟, empregado no diminutivo, tem sentido pejorativo, não denotando,
portanto, afeição.
20 –
Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve
um mútuo reconhecimento entre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu
Portugal e Portugal, em um retorno das caravelas, voltou a descobrir o Brasil e a ser, por seu lado, colonizado por expressões
linguísticas, as telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível
superficial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com a Europa, que, depois da diáspora dos anos 70, depois da inserção
na cultura da bossa-nova e da música popular brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática
social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos romances de Paulo Coelho, continua todos os
dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fim do século XIX, Sílvio Romero definia a literatura brasileira como
manifestação de um país mestiço, será fácil para nós defini-la como expressão de um país polifônico: em que já não é
determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em cada região, desenvolve originalmente a sua unitária e particular tradição
cultural. É esse, para nós, no início do século XXI, o novo estilo brasileiro.
STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado).
No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua história, foi, aos poucos, construindo uma identidade cultural e literária
relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portuguesa em particular. Sua análise pressupõe, de modo especial, o
papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o surgimento daquilo que ela chama de “estilo brasileiro”. Diante desse
pressuposto, e levando em consideração o texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura brasileira, constata-se que:
A.
o Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e culturais, assim como usos
originais do idioma, conforme ilustra o caso do escritor Machado de Assis.
B.
a Europa reconheceu a importância da língua portuguesa no mundo, a partir da projeção que poetas brasileiros ganharam naqueles
países, a partir do século XX.
C.
ocorre, no início do século XXI, promovido pela solidificação da cultura nacional, maior reconhecimento do Brasil por ele mesmo,
tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos.
D.
o Brasil continua sendo, como no século XIX, uma nação culturalmente mestiça, embora a expressão dominante seja aquela
produzida no eixo Rio - São Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas.
E.
o novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma união bastante significativa entre as diversas matrizes culturais advindas das
várias regiões do país, como se pode comprovar na obra de Paulo Coelho.
21 –
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
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9
Na tira de Quino, a personagem Mafalda e o pai dela entendem a expressão o ano que vem de maneiras diferentes, a partir de pontos de
vista distintos.
Explicite o ponto de vista de cada personagem em relação a “o ano que vem”.
INFERÊNCIA (PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS)
22 –
Leia a tirinha abaixo.
No terceiro quadrinho, está pressuposta a ideia de que o cargo de diretor de ecologia
A.
B.
C.
D.
E.
é alvo da cobiça de outros diretores.
é fruto do nepotismo.
não existe naquela empresa.
não goza de prestígio na empresa.
requer habilidades especiais.
23 –
Leia a charge abaixo.
O pressuposto da frase escrita no cartaz que compõe a charge é o de que a Amazônia está ameaçada de
A.
fragmentação.
B.
C.
D.
E.
estatização.
internacionalização.
descentralização.
partidarização.
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10
24 –
Disponível em: <http://www2.eunaotenhonome.com.br/static>.
Acesso em: 17 maio 2010.
O outdoor apresentado contém um teor impactante no combate aos perigos causados pela combinação de bebida e direção. Esse impacto
se expressa no texto, a partir do pressuposto de que a ação de beber e dirigir
A.
B.
C.
D.
leva fatalmente à morte.
pode causar acidente.
ocasiona morte involuntária.
constitui uma brincadeira.
25 –
Assistir às "gostosas" do "Big Brother Brasil" foi uma das justificativas de um juiz do Rio para dar ganho de causa a um homem
que ficou meses sem poder ver televisão. O juiz Cláudio Ferreira Rodrigues, 39, titular da Vara Cível de Campos dos Goytacazes
(278 km do Rio), justificou sua sentença dizendo que procura "ser sempre o mais informal possível".
Ao determinar o pagamento de indenização de R$ 6.000 por defeito em um aparelho de TV, o juiz afirmou na sentença: "Na
vida moderna, não há como negar que um aparelho televisor, presente na quase totalidade dos lares, é considerado bem
essencial. Sem ele, como o autor poderia assistir às gostosas do ‘Big Brother’?”.
(Folha de São Paulo, 03/02/ 2009.)
A respeito do pronome presente em “justificou sua sentença”, é correto afirmar que
A.
B.
C.
D.
E.
instaura o pressuposto de que a escolha lexical do juiz é incompatível com a linguagem jurídica.
é um anafórico que estabelece a coesão textual ao retomar a palavra “juiz”.
cria uma ambiguidade, já que pode se referir tanto ao juiz quanto ao homem que ganhou a causa.
é uma marca de oralidade que só pode empregada na linguagem coloquial.
pode ser substituído, sem alteração de sentido, pelo possessivo “tua”.
26 –
Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:
— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?
— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem
feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm
uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar
cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: umacaminhada pela selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado.
Os interlocutores do diálogo contido no texto compartilham o pressuposto de que
A.
B.
C.
D.
E.
cidades são geralmente feias, mas interessantes.
o empreendedorismo faz de São Paulo uma bonita cidade.
La Paz é tão feia quanto São Paulo.
São Paulo é uma cidade feia.
São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias do mundo.
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11
27 –
O tema da velhice foi o objeto de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito
pelo pensador e orador romano Cícero: A arte do envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus
encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que
significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos em um estado de melancolia
e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo.
NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época, 25 abr., 2009.
O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é
A)
esclarecer que a velhice é inevitável.
B)
contar fatos sobre a arte de envelhecer.
C)
defender a ideia de que a velhice é desagradável.
D)
influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento.
E)
mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento.
28 –
Um caso especial de variação de estilo é o que se vê no tabu linguístico, quando os falantes evitam determinados assuntos
como um todo, ou certas palavras em situações particulares (por exemplo, na presença de estranhos, de membros do sexo
oposto, de crianças, de pessoas mais velhas etc). Tanto quanto se sabe, esse fenômeno é encontrado em todas as
comunidades, embora o tipo de assunto e de vocabulário, assim como as situações nas quais os tabus operam, variem
consideravelmente. Na Inglaterra, nomes de divindades e palavras com conotações religiosas (sem dúvida, relíquias de
atitudes mágicas mais antigas em relação à língua), da mesma forma que palavras consideradas obscenas, algumas vezes
parecem aliviar os sentimentos de tensão simplesmente ao serem pronunciadas; mas, na maioria das situações, seu uso é
desaprovado como blasfêmia e outras expressões são introduzidas.
(R. H. Robins, Linguística Geral, Porto Alegre, Ed.Globo)
De acordo com o texto, podemos inferir que:
A.
O indivíduo, ao falar, observa regras implícitas de comunicação.
B.
A fala é decorrente do aprendizado de expressões religiosas.
C.
Falar significa manifestar a própria personalidade.
D.
Há indivíduos tímidos, que evitam a blasfêmia.
E.
Há indivíduos que blasfemam em qualquer situação.
29 –
Considere esta definição:
Pressupostos são conteúdos implícitos que decorrem de uma palavra ou expressão presente no ato de fala produzido. O pressuposto é
indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte, pois decorre, necessariamente, de um marcador linguístico, diferentemente de
outros implícitos (os subentendidos), que dependem do contexto, da situação de comunicação.
(Adaptado de FIORIN, J. L. O dito pelo não dito. In: Língua Portuguesa, ano I, n. 6, 2006. p. 36-37.)
A passagem do texto "A última romântica" em que a palavra sublinhada instaura um pressuposto é
A.
“... esses objetos que dão prazer, podem viciar e fazem mal à saúde.”
B.
C.
D.
E.
“... era uma forma de participar do universo de excessos da cantora.”
“... onde até as garotas de esquerda consomem horas dentro da academia.”
“Sob o aspecto clínico, era uma viciada grave...”
“Como suas antecessoras, Amy leva ao extremo o éthos romântico...”
INTERPRETANDO A MORFOLOGIA
30 –
Considere o poema de Raul de Leoni (1895-1926).
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12
A alma das cousas somos nós...
Dentro do eterno giro universal
Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente,
Mas, se nesse vaivém tudo parece igual
Nada mais, na verdade,
Nunca mais se repete exatamente...
Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente
Que no-las leva e traz, num círculo fatal;
O que varia é o espírito que as sente
Que é imperceptivelmente desigual,
Que sempre as vive diferentemente,
E, assim, a vida é sempre inédita, afinal...
Estado de alma em fuga pelas horas,
Tons esquivos e trêmulos, nuanças
Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris
Da sensibilidade furta-cor...
E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas
E a vida somos nós, que sempre somos outros!...
Homem inquieto e vão que não repousas!
Para e escuta:
Se as cousas têm espírito, nós somos
Esse espírito efêmero das cousas,
Volúvel e diverso,
Variando, instante a instante, intimamente,
E eternamente,
Dentro da indiferença do Universo!...
(Luz mediterrânea, 1965.)
Indique o verso em que ocorre um adjetivo antes e outro depois de um substantivo:
A.
O que varia é o espírito que as sente
B.
C.
D.
E.
Mas, se nesse vaivém tudo parece igual
Tons esquivos e trêmulos, nuanças
Homem inquieto e vão que não repousas!
Dentro do eterno giro universal
31 –
Todas as palavras destacadas possuem a mesma relação morfológica e semântica que se encontra na palavra destacada na frase que
segue, EXCETO em uma das alternativas. Identifique-a.
Obs.: Todas as frases foram retiradas de Guimarães Rosa, .Sorôco, sua mãe, sua filha...
(...) a cantiga não vigorava certa, nem no tom nem no se-dizer das palavras o nenhum..
A.
.(...) não queria dar-se em espetáculo, mas representava das outroras grandezas, impossíveis..
B.
.Ele era um homenzão, brutalhudo de corpo; com a cara grande, uma barba, fiosa, encardida em amarelo, e uns pés, com
alpercatas (...)
C.
.(...) era um constado de enormes diversidades desta vida, que podiam doer na gente, sem jurisprudência de motivo nem lugar,
nenhum, mas pelo antes, pelo depois..
D.
.A velha só estava de preto, com um fichu preto, ela batia com a cabeça, nos docementes..
E.
.O triste do homem, lá, decretado, embargando-se de poder falar algumas suas palavras..
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13
32 –
Em todas as alternativas, indicou-se adequadamente, entre parênteses, o elemento modificado pela palavra em destaque, EXCETO:
A.
Caiu pela escada excessivamente abaixo. (escada)
B.
Caiu das mãos de uma criada descuidada. (criada)
C.
Olham os cacos absurdamente conscientes, (conscientes)
D.
Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas. (escadaria)
33 –
Assinale a ÚNICA alternativa em que o termo em destaque NÃO está determinando o verbo.
A.
“...essa lógica não diz respeito só a equipes de futebol”.
B.
“...você já nasce sendo um”.
C.
“Nele, as nações guerreiam ainda umas contra as outras”.
D.
“...e valem muito pouco, no meio de tanto intercâmbio”.
34 –
Assinale a ÚNICA alternativa que caracteriza adequadamente a função do termo em destaque.
A.
“Se a gente não consegue coisas desse tipo, a vida fica pesada demais. ”, o termo em destaque modifica fica.
B.
“... e de repente a velha prostituta que chamamos Morte revira seus olhos sinistros de gato. ”, o termo em destaque modifica olhos.
C.
“... Vivo uma busca de simplicidade, que ajuda bastante a viver curtindo mais e melhor as coisas boas (...). Podem ser simplíssimas,
como (...) as crianças que correm no jardim de uma casinha...”, o termo em destaque modifica crianças.
D.
“O que vai ser, o que vamos sentir, alegria ou tormento, ansiedade inútil ou trabalho de crescimento pessoal...”, o termo em destaque
modifica trabalho.
INTERPRETANDO A SINTAXE
35 –
Disponível em: http://www.ricotanaoderrete.com.
Acesso em: 02 dez. 2013.
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual. No enunciado da jovem garota, o
ponto e vírgula foi empregado, uma vez que este sinal de pontuação indica
A.
o término do discurso.
B.
a interrupção da fala.
C.
o uso da ordem indireta.
D.
a presença de aposto.
E.
a enumeração de ações.
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14
36 –
Tarefa
Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a não pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função sintática,
A.
a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
B.
a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
C.
a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
D.
o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
E.
a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
37 –
Examine a tira.
Bastante comum na fala coloquial, o modo de se empregar o pronome na fala da personagem – Maneiro encontrar tu! – também ocorre
em:
A.
Aquele livro era para nós uma joia, pois tinha sido de nosso avô e de nosso pai.
B.
Era uma situação embaraçosa e para eu me livrar dela seria bastante difícil mesmo.
C.
Todos tinham certeza de que ela ofereceria para mim o primeiro pedaço de bolo.
D.
Quando o pessoal chegou na frente do prédio, viu ali ele com a namorada nova.
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15
38 –
Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a)
A.
B.
C.
D.
E.
uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.
emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final.
retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos,
utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à “mãe”.
repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações.
39 –
Avalie a redação das seguintes frases:
I.
O futebol conquistou um papel na sociedade tanto culturalmente como econômico e político.
II.
Os clubes buscam a expansão do número de associados bem como reduzir gastos com publicidade.
III.
Doravante tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma grande influência no cotidiano do brasileiro.
IV.
O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, ele tem uma carta na manga do colete.
A.
B.
Reescreva as frases I e II, corrigindo a falta de paralelismo nelas presente.
Reescreva as frases III e IV, eliminando a inadequação vocabular que elas apresentam.
VARIEDADES LINGUÍSTICAS
35 –
É comum afirmar que a ideia da lusofonia surge com a primeira globalização: a aventura dos descobrimentos marítimos
portugueses e a consequente difusão de sua língua e cultura. De fato, percorrer o mundo, apesar das especificidades
socioeconômico- culturais de cada comunidade de língua oficial portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste), significa, via de regra, deparar-se com sons, cores e sabores da
nossa língua comum.
Apresentada como um sistema de comunicação linguístico cultural no âmbito da língua portuguesa e de suas variantes
linguísticas, a lusofonia não pode ser restrita ao que as fronteiras nacionais delimitam. Nesse modo de conceber a lusofonia,
há que se considerar as muitas comunidades espalhadas pelo mundo e que constituem a chamada “diáspora lusa” e as
localidades em que, se bem que nomeiem o português como língua de “uso”, na verdade, ela seja minimamente (se tanto)
utilizada: Macau, Goa, Diu, Damão e Málaca. Além disso, como lembra o pensador português Eduardo Lourenço, lusofonia é
inconcebível sem a inclusão da Galiza.
Regina Helena Pires de Brito. A viagem da língua portuguesa. Internet: <www.revistapessoa.com> (com adaptações).
Infere-se do texto acima que
A.
a globalização, por permitir a troca rápida de informações, permitiu a difusão tanto da língua quanto da cultura dos países de língua
portuguesa, especialmente de Portugal, em decorrência do espírito de aventura dos portugueses.
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16
B.
a lusofonia, em sentido amplo, não coincide com a comunidade dos países cuja língua oficial seja o português — ou ao menos inclua
o português.
C.
o conceito de variação linguística é imprescindível à caracterização da lusofonia, de modo que, se não houvesse variação — seja
linguística, seja cultural —, o próprio conceito de lusofonia seria inconcebível.
D.
a língua portuguesa, assim como a unidade representada pela lusofonia, foi introduzida na Ásia, na África e na América no mesmo
período histórico.
36 –
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabaio na roca, de inverno e de estio.
A minha chupana e tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o pape
De argun menestre, ou errante canto
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, a percura de amo.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assina.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estuda.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Nao entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roca
Nas pobre paioca, da serra ao sertão.
(...)
Patativa do Assaré
Variantes linguísticas são o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua. Quanto a variante
linguística presente no texto acima, assinale a alternativa correta.
A.
B.
C.
A linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
D.
E.
Quem estudou mais define os padrões linguísticos, dessa forma, a variante apresentada deve ser evitada na língua.
O poema apresenta uma variante que não pode alicerçar as diversas intenções comunicacionais.
Pode-se afirmar que o tipo de variante do texto pode ser considerada superior a outra, já que possui funções dentro de um
determinado grupo social.
O aprendizado da língua portuguesa deve ser restrito a um pequeno grupo e não deve ser usado fora das normas gramaticais.
42 –
Examine a tira abaixo.
(http://fotolog.terra.com.br)
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17
No primeiro e terceiro quadrinhos, as expressões licencinha, tô passando e lascou exemplificam o emprego de
A.
B.
C.
D.
E.
uma modalidade agramatical.
uma variante considerada padrão.
uma linguagem vulgar e ofensiva.
um discurso neutro e formal.
um registro coloquial e informal.
43 –
Em muitas situações de comunicação (discurso político, religioso, pedagógico etc.) deve-se usar a variante culta da língua. O
modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz. Utilizar também um vocabulário adequado à situação dá credibilidade às
informações veiculadas. Se um médico não se vale de termos científicos ao fazer uma exposição sobre suas experiências,
desconfiamos da validade delas. Se um professor não é capaz de usar a norma culta, achamos que ele não conhece sua
disciplina.
(Platão & Fiorin. Lições de texto: leitura e redação, 1996.)
As informações apresentadas referem-se ao que os autores chamam de argumento da competência linguística. Em uma situação em que
essa competência seja requerida, espera-se um enunciado do tipo:
A.
Fazia poucos minutos que o furto acontecera. A polícia chegou e os bandidos foram presos em flagrante, sem que houvesse condições
para fuga. Os policiais reouveram os objetos furtados, entregando-os aos donos.
B.
Tinha poucos minutos que o furto acontecera. A polícia chegara e os bandidos foram presos em flagrante, sem que houvessem
condições para fuga. Os policiais reaveram os objetos furtados, entregando-lhes aos donos.
C.
Faziam poucos minutos que o furto aconteceu. A polícia chegara e os bandidos foram presos em flagrante, sem que houvessem
condições para fuga. Os policiais reouveram os objetos furtados, entregando-os aos donos.
D.
Haviam poucos minutos que o furto tivera acontecido. A polícia chegou e os bandidos foram presos em fragrante, sem que tivessem
condições para fuga. Os policiais reaveram os objetos furtados, entregando-lhes aos donos.
E.
Havia poucos minutos que o furto aconteceu. A polícia chegou e os bandidos foram presos em fragrante, sem que tivesse condições
para fuga. Os policiais reaveram os objetos furtados, entregando-os aos donos.
44 –
Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do
território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que
configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas do
português de Portugal às normas do português brasileiro, mas também as chamadas normas cultas locais às populares ou
vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa história e que só a
partir do século XVIII se pode começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças
ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios.
CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs).
Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).
O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao
considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção
do leitor para a
A.
desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta.
B.
difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII.
C.
existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal.
D.
inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país.
E.
necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos.
COMPARAÇÃO ENTRE TEXTOS (CONFRONTAÇÃO E RELACIONAMENTO)
45 –
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18
TEXTO I
Seis estados zeram fila de espera para transplante da córnea
Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre
de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea.
Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista
de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de
Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte conseguiram zerar essa fila.
TEXTO II
Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 11 ago. 2013 (adaptado).
A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o cartaz é
A.
B.
C.
D.
E.
contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos.
complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações.
redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos.
indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas.
discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos.
46 –
TEXTO I
Onde está a honestidade?
Você tem palacete reluzente
Tem joias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança ou parente
Só anda de automóvel na cidade…
E o povo pergunta com maldade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?
O seu dinheiro nasce de repente
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e felicidade…
Vassoura dos salões da sociedade
Que varre o que encontrar em sua frente
Promove festivais de caridade
Em nome de qualquer defunto ausente...
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19
ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr.
2010.
TEXTO II
Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio de
Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose,
deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade
contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI.
Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010.
Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasileiro é atualizável, na medida em que ele se refere a valores e situações de um
povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa, evidencia-se por meio
A.
B.
C.
D.
E.
da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança.
da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns.
da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade.
do privilégio de alguns em clamar pela honestidade.
da insistência em promover eventos beneficentes.
47 –
TEXTO I
É evidente que a vitamina D é importante — mas como obtê-la? Realmente, a vitamina D pode ser produzida naturalmente
pela exposição à luz do sol, mas ela também existe em alguns alimentos comuns. Entretanto, como fonte dessa vitamina, certos
alimentos são melhores do que outros. Alguns possuem uma quantidade significativa de vitamina D, naturalmente, e são
alimentos que talvez você não queira exagerar: manteiga, nata, gema de ovo e fígado.
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
TEXTO II
Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalciferol) é crucial para sua saúde. Mas a vitamina D é realmente uma vitamina?
Está presente nas comidas que os humanos normalmente consomem? Embora exista em algum percentual na gordura do
peixe, a vitamina D não está em nossas dietas, a não ser que os humanos artificialmente incrementem um produto alimentar,
como o leite enriquecido com vitamina D. A natureza planejou que você a produzisse em sua pele, e não a colocasse direto em
sua boca.
Então, seria a vitamina D realmente uma vitamina?
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
Frequentemente circulam na mídia textos de divulgação científica que apresentam informações divergentes sobre um mesmo tema.
Comparando os dois textos, constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando
A.
B.
C.
D.
E.
enfatiza que a vitamina D é mais comumente produzida pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
comprova cientificamente que a vitamina D não é uma vitamina.
demonstra a verdadeira importância da vitamina D para a saúde.
afirma que a vitamina D existe na gordura dos peixes e no leite, não em seus derivados.
levanta a possibilidade de o corpo humano produzir artificialmente a vitamina D.
48 –
LXXVIII (Camões, 1525?-1580)
Leda serenidade deleitosa,
Que representa em terra um paraíso;
Entre rubis e perlas doce riso
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;
Presença moderada e graciosa,
Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
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20
Fala de quem a morte e a vida pende,
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
Repouso nela alegre e comedido:
Estas as armas são com que me rende
E me cativa Amor; mas não que possa
Despojar-me da glória de rendido.
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
SANZIO, R. (1483-1520). A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese
Disponível em: www.arquipelagos.pt. Acesso em: 29 fev. 2012.
A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de
produção pelo fato de ambos
A.
apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema.
B.
valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos adjetivos do
poema.
C.
desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos usados no
poema.
D.
apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão e vestimenta
da moça e os adjetivos usados no poema.
E.
apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e
pelos adjetivos do poema.
49 –
TEXTO I
O Brasil sempre deu respostas rápidas através da solidariedade do seu povo. Mas a mesma força que nos motiva a ajudar
o próximo deveria também nos motivar a ter atitudes cidadãs. Não podemos mais transferir a culpa para quem é vítima ou até
mesmo para a própria natureza, como se essa seguisse a lógica humana. Sobram desculpas esfarrapadas e falta competência
da classe política.
Cartas. IstoÉ. 28 abr. 2010.
TEXTO II
Não podemos negar ao povo sofrido todas as hipóteses de previsão dos desastres. Demagogos culpam os moradores; o
governo e a prefeitura apelam para as pessoas saírem das áreas de risco e agora dizem que será compulsória a realocação.
Então temos a realocar o Brasil inteiro! Criemos um serviço, similar ao SUS, com alocação obrigatória de recursos orçamentários
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com rede de atendimento preventivo, onde participariam arquitetos, engenheiros, geólogos. Bem ou mal, esse "SUS"
organizaria brigadas nos locais. Nos casos da dengue, por exemplo, poderia verificar as condições de acontecer epidemias.
Seriam boas ações preventivas.
Carta do Leitor. Carta Capital. 28 abr. 2010 (adaptado).
Os textos apresentados expressam opiniões de leitores acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira. Os autores dos dois textos
apontam para a
A.
necessidade de trabalho voluntário contínuo para a resolução das mazelas sociais.
B.
importância de ações preventivas para evitar catástrofes, indevidamente atribuídas aos políticos.
C.
impossibilidade de o homem agir de forma eficaz ou preventiva diante das ações da natureza
D.
urgência de se criarem novos órgãos públicos com as mesmas características do SUS.
E.
incapacidade política para agir de forma diligente na resolução das mazelas sociais.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS
50–
A BARATA E OS FILHOS
A barata saiu debaixo de umas pedras com os filhos e disse-lhes, enquanto eles ainda pequenos estavam ao sol:
- Passeai, flores! Passeai, flores!
Daqui vem o ditado: “Quem o feio ama, bonito lhe parece”.
GÓES, Lúcia Pimentel. Lendas portuguesas. São Paulo: Prumo, 2009. p. 23.
Levando-se em consideração que a coerência textual é o mecanismo que permite a ligação entre as diversas partes do texto, criando uma
unidade de sentido e a possibilidade de se interpretar aquilo que se lê, pode-se afirmar que:
A.
B.
O primeiro parágrafo reforça o sentido do título, sendo que é possível entender uma temática voltada às relações familiares.
C.
Pela ironia presente na construção do segundo parágrafo, é possível perceber a contradição relacionada ao ditado “Quem o feio
ama, bonito lhe parece”.
D.
E.
O ditado popular reforça o sentido da temática sobre a feiura das baratas.
Pelo sentimentalismo presente na construção “- Passeai, flores! Passeai, flores! ”, reitera-se o sentido de que toda mãe ama seus
filhos.
O principal sentido que se pode extrair do texto é a origem do ditado popular.
51 –
Construir um texto coeso significa observar a articulação lógica e harmônica entre seus elementos constitutivos. “As falhas
da coesão (...) afetam a coerência e por vezes obscurecem o texto. Mesmo quando não chegam a esse extremo,
desconcertam o leitor por promoverem quebra da unidade estrutural”.
Revista Língua Portuguesa, no. 76, fev. 2012, p. 46
Assinale a alternativa em que ocorre falha da coesão textual.
A.
Desejo fazer um curso universitário e adquirir conhecimentos relevantes para me submeter a um concurso público.
B.
Minha expectativa é que a professora, explicando a matéria de forma clara e pausada, eu consiga melhorar meu desempenho em
português.
C.
A disciplina de que mais gosto é Literatura, porque me possibilita “viajar” por mundos desconhecidos e refletir sobre as relações
humanas.
D.
Tenho um temperamento explosivo, mas convivo bem com meus colegas de república porque procuro me retratar quando erro.
E.
Neste momento, o ingresso na universidade é minha prioridade, é o que ocupa pelo menos oitenta por cento do meu pensamento.
52 –
O dicionário Houaiss, dentre outras acepções, define “coerência” como “ligação, nexo ou harmonia entre dois
fatos ou duas ideias”.
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22
Nesta perspectiva, uma das declarações abaixo não corresponde a essa regra básica de construção do texto.
Assinale a frase incoerente.
A.
“Eu gosto de me amostrar mesmo. A expressão é essa: aqui em Salvador, eu gosto de me amostrar no Carnaval”
(Ivete Sangalo, www.istoe.com.br/assuntos/frase).
B.
“A sociedade é composta por seres falíveis. É dessa matéria-prima que é formada a magistratura”
(Cesar Peluso, presidente do STF, idem).
C.
“Em caso de frio intenso, recomendo aos sem-teto que evitem sair de casa”
(Nora Berra, Secretária de Estado de Saúde da França, idem).
D.
“Fracassar é a primeira lição para aspirantes a líder”
(David Schmittlein, Veja, ed.2258, fev.2012, p.56).
E.
“O cinema, em especial as grandes produções, tem bebido na ciência e nos fenômenos naturais para atrair a atenção do público”
Revista Quanta, no. 1, set. 2011, p. 65).
53 –
Observando as exigências da norma-padrão, assinale a alternativa em que o pronome relativo foi empregado de forma a quebrar a coesão
textual.
A.
O país cujo governo não respeita os direitos humanos fica suscetível a sansões da ONU.
B.
O real motivo pelo qual uma pessoa se suicida nem sempre é desvendado.
C.
Estima-se que em nosso planeta haja 7,7 milhões de espécies de animais, das quais menos de um milhão foram descritas e
catalogadas.
D.
Usamos muitas palavras provindas do tupi, dentre as quais “amendoim”, cuja forma original é manduwi.
E.
A grande preocupação dos jovens, ao final do Ensino Médio, continua sendo descobrir a área de conhecimento que mais se
identificam para fazer escolhas no vestibular.
54 –
Algumas palavras e expressões funcionam como elementos de coesão no texto. Além de possibilitar a transição de ideias entre fases e
parágrafos, exprimem sentidos que garantem uma progressão temática.
Observe a narrativa abaixo:
O jogo transcorria sem incidentes, até que um atacante do time A cometeu uma falta visivelmente grave contra o goleiro
do time B. O juiz não marcou, porque, segundo ele, o lance foi normal. Logo em seguida, um zagueiro do time B, numa
dividida banal, derrubou um jogador do time A. E o juiz marcou falta! Sem dúvida, o juiz errou, acendendo a ira dos
torcedores do time B. Inesperadamente, formou-se um verdadeira batalha nas arquibancadas, com as cenas lamentáveis
que todos vimos. Algumas pessoas se feriram, sobretudo as que tentavam separar os brigões.
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, os sentidos presentes nos termos destacados.
A.
Ênfase; esclarecimento; prioridade; consequência; conclusão; surpresa.
B.
Ruptura; conformidade; sequência; convicção; imprevisto; predominância.
C.
Adição; consequência; temporalidade; propósito; ênfase; esclarecimento.
D.
Explicação; conclusão; prioridade; dúvida; surpresa; consequência.
E.
Imprevisto; condição; conformidade; ênfase; conflito; exaltação.
55 –
__________ muito desgaste nas últimas décadas, os fados voltam a sorrir para a família real britânica.
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23
__________ se comemoravam os 60 anos da coroação de Elizabeth 2.ª quando o nascimento de seu bisneto George
Alexander Louis, filho do duque e da duquesa de Cambridge, permitiu que às pompas do jubileu se sucedesse nova
fase, agora de derretimentos e fofuras.
Com uma função afetiva que oscila entre a de símbolo patriótico e a de mascote doméstico, a família real atende às
pressões contraditórias de um mundo __________ fronteiras econômicas se dissolvem e barreiras de classe, raça ou
nacionalidade permanecem.
As origens familiares de Kate Middleton decerto se encaixam nesse contexto.
(Folha de S.Paulo, 28.07.2013. Adaptado.)
Garantem-se a coesão e a coerência textual preenchendo-se as lacunas do texto, respectivamente, com:
A.
B.
C.
D.
E.
Com – Inclusive – o qual.
Devido a – Também – onde.
Ante – Logo – cujas.
Embora – Até – que.
Depois de – Ainda – em que.
ARGUMENTAÇÃO
56 –
Quando penso na alegria voraz com que comemos galinha ao molho pardo*, dou-me conta de nossa truculência. Eu, que seria
incapaz de matar uma galinha, tanto gosto delas vivas mexendo o pescoço feio e procurando minhocas. Deveríamos não comêla e ao seu sangue? Nunca. Nós somos canibais, é preciso não esquecer. É respeitar a violência que temos. E, quem sabe, não
comêssemos a galinha ao molho pardo, comeríamos gente com seu sangue. Minha falta de coragem de matar uma galinha e, no
entanto, comê-la morta me confunde, espanta-me, mas aceito. A nossa vida é truculenta: nasce-se com sangue e com sangue
corta-se a união que é o cordão umbilical. E quantos morrem com sangue. É preciso acreditar no sangue como parte de nossa
vida. A truculência. É amor também.
(A descoberta do mundo, 1999, Clarice Lispector)
* molho pardo: molho preparado com o sangue do próprio animal.
“É amor também.”
Esta última oração do texto
A.
B.
C.
D.
E.
tem intenção humorística, associando a morte de galinhas ao amor.
explicita um paradoxo de que a violência é também amor.
sintetiza a argumentação com a ideia convencional de que comer galinha ao molho pardo é amor.
continua linearmente a ideia do amor pelas galinhas vivas procurando minhocas.
desfaz a ideia de violência, antes desenvolvida, associada ao fato de sermos canibais.
57 –
“Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos,
mas sem sofrer o que os outros sofrem”.
A argumentação de Cícero sugere que
A.
B.
C.
D.
E.
mais importante que ter pena é auxiliar aqueles que sofrem.
devemos sofrer pelos outros, pois somos culpados de suas misérias.
os sentimentos humanos de nada servem na vida prática.
nenhuma pessoa é capaz de sentir o que outra sente.
quem é feliz jamais entenderá a infelicidade alheia.
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58 –
Considere o texto de Maria Rita Kehl.
Por que escolhi a delicadeza como parte essencial da condição humana? Por não ser uma qualidade intrínseca do humano. Isso
é justamente o que a faz necessária. A delicadeza não é causa de nossa humanidade, é efeito dela. Não é meio, é finalidade. O
homem não é necessariamente delicado – daí a urgência de se preservar, na vida social, as condições para a vigência de alguma
delicadeza.
Erramos ao chamar os atos que nos repugnam de desumanos. O homem, não o animal, usa de violência contra seu semelhante.
O homem inventou o prazer da crueldade: o animal só mata para sobreviver. O homem destrói o que ama – pessoas, coisas,
lugares, lembranças. Se perguntarem a um homem por que razão ele se permitiu abusar de seu semelhante indefeso, ele dirá:
eu fiz porque nada me impediu de fazer. O abuso da força é um gozo ao qual poucos renunciam. Além disso, o homem é capaz
de indiferença, essa forma silenciosa e obscena de brutalidade. O homem atropela o que é mais frágil que ele – por pressa,
avidez, sofreguidão, rivalidade – sem perceber que com isso atropela também a si mesmo.
O cientista político Renato Lessa utiliza a imagem do naufrágio como metáfora do humano, em nossos tempos. Proponho
acrescentar a esta, a metáfora do atropelamento, que expressa perfeitamente a relação do sujeito contemporâneo com o
tempo. Não por acaso a palavra já está incorporada ao uso cotidiano da linguagem para expressar os efeitos da pressa sobre a
subjetividade. Dizemos, com frequência, que fomos atropelados pelos acontecimentos – mas quais acontecimentos têm poder
de atropelar o sujeito? Aqueles em direção aos quais ele se precipita, com medo de ser deixado para trás. Deixamo-nos
atropelar, em nossa sociedade competitiva, porque medimos o valor do tempo pelo dinheiro que ele pode nos render.
(www.mariaritakehl.psc.br. Adaptado.)
Pode-se dizer que a metáfora do atropelamento foi utilizada pela autora como estratégia para
A.
B.
C.
D.
E.
negar a ideia do naufrágio citada por ela no texto.
dificultar a fruição do texto para um leitor menos interessado.
aumentar a imparcialidade dos argumentos técnicos.
tornar mais concreto um texto cheio de abstrações.
interromper a linha de raciocínio para fazer uma digressão.
59 –
Disponível em: <www.receitasa2.wordpress.com>.
Acesso em: 12 mar. 2014.
No texto, a repetição da mesma resposta a diferentes perguntas constitui
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25
A.
B.
C.
D.
E.
uma confirmação explícita de que a personagem tem tendência à obesidade.
um recurso argumentativo para livrar-se das perguntas insistentes do entrevistador.
uma estratégia defensiva contra possíveis críticas ao modo de vida da personagem.
um modo persuasivo para conquistar a adesão do público às ideias da personagem.
um mecanismo linguístico para caracterizar um comportamento obsessivo presente na sociedade atual.
60 –
Caçadas a Pedrinho
Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que "tudo termina em pizza", a circunstância de que tanta coisa,
agora, alcance o Supremo Tribunal Federal.
Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, necessite da
intervenção do STF para ser dirimida.
Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" ao clássico
infantil. "Caçadas de Pedrinho" continua a circular livremente.
Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam
que nem sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o
assunto.
A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julgase eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações.
Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em manter a
discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite.
(Adaptado, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-a-pedrinho.shtml)
Na construção argumentativa, uma estratégia frequente é aquela na qual se reconhecem dados ou fatos contrários ao ponto de vista
defendido, para, em seguida, negá-los ou reduzir sua importância. O fragmento em que o autor reconhece uma posição contrária ao que
pretende defender é:
A.
B.
C.
D.
E.
“Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro ‘Caçadas de Pedrinho’...”.
“Em primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" ao clássico infantil. ”
“Com parcela de razão, argumentam que nem sempre os professores da rede pública estão preparados...”
“A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória...”
“Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível...”
GABARITO
01 – C
02 – D
03 – B
04 – A
05 – B
06 – D
07 – B
08 – E
09 – E
10 – B
11 – D
12 – A
13 – B
14 – E
15 – E
16 – D
17 – B
18 – A
19 – F, V, V, F, V
20 – E
21- Na tira de Quino, Mafalda e seu pai
entendem a expressão “o ano que vem” de
maneiras diferentes, porque eles pensam sobre
ela a partir de pontos de vista distintos. O
ponto de vista de Mafalda expressa sua dúvida
em relação ao mundo adulto, ao achar que não
basta dizer “ano que vem”, é preciso
comprovar que “o ano que vem” virá mesmo.
Já o pai de Mafalda apoia-se na sua consciência
de que o tempo passa naturalmente, logo, que
ao ano em que estamos sempre se sucederá “o
ano que vem”.
22 – D
23 – C
24 – A
25 – B
26 – D
27 – E
28 – A
29 – C
30 – E
31 – B
32 – A
33 – A
34 – B
35 – E
36 – C
37 – D
38 – B
A)
I. O futebol conquistou um papel na sociedade,
tanto cultural, quanto econômica e
politicamente.
OU
O futebol conquistou na sociedade um papel
cultural, econômico e político.
II. Os clubes buscam a expansão do número de
associados bem como a redução dos gastos
com publicidade.
OU
Os clubes buscam expandir o número de
associados bem como reduzir os gastos com
publicidade.
B)
III. Diante de tais fatos, fica claro que o futebol
exerce uma grande influência no cotidiano do
brasileiro.
39 –
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26
IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para
o próximo jogo, ele tem uma carta na manga
(ou no bolso do colete).
40 – B
41 – A
42 – E
43 – A
44 – C
45 – B
46 – B
47 – A
48 – D
49 – E
50 – A
51 – B
52 – C
Ademar Nogueira – Texto e Contexto
53 – C
54 – B
55 – E
56 – B
57 – A
58 – D
59 – E
60 - C
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listão de férias – julho/2015 línguagens, códigos & tecnologicas