TECHNO
Ano III- n 15 - 2013
o
NEWS
PESQUISA
& INOVAÇÃO
INTEGRIDADE
DE ATIVOS
Tecnologia
e ferramentas
TERMINAL PORTUÁRIO
Equipamentos de operação
ENGENHARIA DE SUBSOLO
Obras viárias subterrâneas
Prosub-EBN
Conclusão da primeira etapa do cronograma
UFEM
pronta para operação
TECHNO News
2
Ano III - no 15 - 2013
ÍNDICE
TECHNO
Ano III- no 15 - 2013
INDÚSTRIA NAVAL
& DEFESA
4
NEWS
PESQUISA
& INOVAÇÃO
INTEGRIDADE
DE ATIVOS
Tecnologia
e ferramentas
NEW
TERMINAL PORTUÁRIO
Equipamentos de operação
ENGENHARIA DE SUBSOLO
Obras viárias subterrâneas
Inaugurada a primeira etapa
do Prosub-EBN
INDÚSTRIA NAVAL
6
A Unidade de Fabricação
de Estruturas Metálicas
7
A próxima etapa
do Prosub-EBN
8
Prosub-EBN
Compensações Socioambientais
23
Prosub-EBN
O atendimento à mão de obra
PROSUB
NACIONALIZAÇÃO
12
No Prosub-EBN,
a maior prensa hidráulica
da América Latina
15
Soluções de Rigging
para a montagem
da maior prensa do País
17
Diversidade de conhecimento
marca o desenvolvimento do projeto
do Prosub-EBN
20
Intertek Moody
acompanha testes
da câmara hiperbárica
da UFEM
Diretor Geral
Ubirajara Xavier da Silva
Diretora Executiva
Maria Angélica Fe. Teixeira
TECHNO NEWS é uma publicação
produzida pela Santiago Publicações,
dirigida a profissionais e empresas
dos setores Energia, Óleo & Gás,
Petroquímica, Transportes, Aeronáutica,
Indústrias Químicas, Telecomunicações,
Agroindústria e Mineração e Metais.
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NEWS
Prosub-EBN
ICN inicia a construção
do submarino
Conclusão da primeira etapa do cronograma
UFEM
pronta para operação
Techno News 15 b.indd 1
ENGENHARIA
DE SUBSOLO
27
Brasfond
executa obras complexas
no Porto Maravilha
PESQUISA
& INOVAÇÃO
29
Projetos de inovação
e o gerenciamento de riscos
INFRAESTRUTURA
PORTUÁRIA
31
Primeiro lote de equipamentos
da EMBRAPORT chega
ao Brasil
09/04/2013 15:37:52
EDITORIAL
Inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas
Metálicas. Esta é a matéria de capa desta edição da Techno
News.
Este evento é um marco para o Programa de Desenvolvimento
de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil pois com a
disponibilidade de operação desta unidade fabril, a UFEM,
a construção efetiva do primeiro submarino convencional
previsto no programa poderá ser iniciada. Neste mesmo
período, o estaleiro de construção do submarino entrará em
ritmo intenso de obras, para no seu término, finalizar então,
o processo de fabricação do submarino.
A cada etapa vencida do Prosub, o percurso a ser percorrido
até a obtenção do primeiro submarino brasileiro com
propulsão nuclear, que é o propósito fim do programa,
torna-se menor, porém, não menos desafiador, quer na
esfera do construtivo, quer na esfera do conhecimento.
Até o presente momento, o índice de nacionalização
do Prosub é de 95% o que demonstra uma participação
expressiva da cadeia de fornecedores nacionais no
programa. É preciso portanto, um esforço conjunto de
Governo e sociedade para que nas etapas seguintes do
Prosub, este índice esteja em um patamar significativo,
pois esta é uma oportunidade ímpar para a ampliação do
potencial fabril e tecnológico do País, em diversas áreas do
conhecimento.
Este é um grande projeto entre muitos outros em pauta no
País. Com o advento da Copa e das Olimpíadas, as obras
em diversas cidades que sediarão ambos eventos já estão
em curso. São obras que traduzem toda a potencialidade da
Engenharia brasileira, como por exemplo, o Porto Maravilha,
com os desafios das obras subterrâneas e de reurbanização
de uma área nobre no centro do Rio de Janeiro.
Foto principal capa:
Cerimônia de inauguração da UFEM
Divulgação PR / Foto Roberto Stuckert Filho
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Sugestões e colaborações, enviar via correio ou
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de seus respectivos autores e não refletem
necessariamente a opinião da direção do periódico.
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Pesquisa e Inovação é o que está por trás de grandes
obras. Como descobrir novos caminhos sem a Pesquisa ou
como caminhar adiante sem a Inovação? Atualmente, em
qualquer área do conhecimento, ambos os conceitos andam
juntos, de mãos dadas, pois o futuro pode estar próximo.
A Pesquisa e Inovação implica em capacitação, qualificação,
imaginação, arrojo, investimento e em muitos outros
fatores. São estas condicionantes que também promovem
o desenvolvimento econômico, social e cultural de uma
Nação. O Brasil é um País com muitas potencialidades,
e, basta que haja espaço e investimento, que os valores
aparacem de todos os cantos, dos mais remotos às grandes
capitais. E, o início de tudo está na Educação. Educação
com qualidade, com seriedade, com objetivos claros e bem
direcionados. Educação com Investimentos e Resultados,
assim como deve ser, toda e qualquer estrutura produtiva.
Pois, por trás do sucesso de todo empreendimento,
independente do porte, sempre haverá a necessidade de
um grande investimento para a formação e capacitação do
recurso humano, pois sem a sua qualificação profissional
adequada, dificilmente os projetos sairão do papel.
PROSUB-EBN
UFEM marca 95% de nacionalização
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA
Inaugurada a primeira etapa
O
d esenvolvimento do projeto
e a construção do submarino
com propulsão nuclear é o
propósito final do acordo
firmado entre o Brasil e a França em
2008. Desta parceria estratégica, surge
o Programa de Desenvolvimento de
Submarinos (Prosub), implantado no
município de Itaguaí-RJ, que engloba um
Estaleiro e uma Base Naval (EBN), uma
Unidade de Fabricação de Estruturas
Metálicas (UFEM) e a construção de cinco
submarinos – quatro convencionais e um
movido a propulsão nuclear.
A conclusão da primeira etapa do
Prosub-EBN, a Unidade de Fabricação de
Estruturas Metálicas (UFEM), inaugurada
em 1º de março último, representa o início
de uma grande conquista para o País: a
capacidade de desenvolver e construir
seus próprios submarinos de forma
independente.
Na cerimônia de inauguração,
que contou com a presença de inúmeras
autoridades, a presidente Dilma Rousseff
assinalou em seu discurso, a importância
do Programa Nuclear da Marinha,
especialmente no âmbito tecnológico e da
defesa, ao inserir o Brasil no seleto grupo
de nações detentoras da tecnologia nuclear,
reforçando também o papel da indústria
da defesa nesse contexto.
“A indústria da defesa é uma
indústria da paz. Mas acho que a indústria
da defesa é, sobretudo, a indústria do
conhecimento. Aqui se produz tecnologia,
e aqui, há também um poder imenso de
difundir tecnologia”, disse Dilma Rousseff.
“Todos nós temos consciência,
no entanto, que o mundo é um mundo
complexo. O Brasil assumiu, nos últimos
anos, uma grande relevância. Um país
como o Brasil tem esse mérito de ser um
país pacífico. Isso não nos livra de termos
uma indústria da defesa e temos toda
uma contribuição a dar na garantia da
nossa soberania, e nos inserirmos cada
vez de forma mais pacífica e dissuasória
preventivamente no cenário internacional”,
acrescenta a presidente Dilma.
Divulgação PR - Foto Roberto Stuckert Filho
Com a inauguração da UFEM, Marinha e Odebrecht
concluem a primeira etapa da obra do Estaleiro
e Base Naval do Programa de Desenvolvimento
de Submarinos (Prosub-EBN)
“A indústria da defesa
é uma indústria da paz.
Mas acho que a indústria
da defesa é, sobretudo,
a indústria do conhecimento.”
Divulgação PR - Foto Roberto Stuckert Filho
do Prosub-EBN
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
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O Comandante da Marinha,
Almirante Julio Soares de Moura Neto,
destacou em seu discurso, os avanços
tecnológicos garantidos pelo programa
nuclear da Marinha, entre estes, “as
últimas centrífugas responsáveis pelo
enriquecimento de urânio e que já estão
sendo disponibilizadas para a INB,
para a produção do combustível a ser
utilizado nas usinas nucleares da Angra,
e a construção da planta nuclear para a
produção do submarino, 100% projetada
e sendo produzida no Brasil, que por sua
característica dual, poderá servir de base
para o projeto de plantas nucleares para a
geração de energia elétrica.”
Algumas características relevantes
das instalações da UFEM também foram
descritas no discurso do Comandante da
Marinha, entre estas, as edificações que
compõem a Unidade e suas respectivas
funções; a preocupação do projeto com
relação às questões ambientais; e o
percurso das estruturas fabricadas na
UFEM até o estaleiro, para a construção
final do submarino.
Almirante Julio Soares assinalou
ainda, a preocupação do programa em
“utilizar ao máximo a indústria nacional,
o que resultou em vencer desafios” com
a fabricação no Brasil de equipamentos
complexos e sofisticados. “Um índice
de 95% de nacionalização, resultando
uma injeção na indústria eletromecânica
nacional de 360 milhões de reais, que
deverão ser acrescidos de 694 milhões
de reais até o término da construção do
estaleiro e da base naval.”
“Hoje estamos dando um grande
passo que nos permitirá não apenas
projetar e construir nossos próprios
submarinos dotados de avançada
tecnologia, como também, concretizar
o nosso sonho maior que é construir
submarinos com propulsão nuclear”,
expõe o Comandante da Marinha,
finalizando, “uma inspiração legítima
para um País, como o nosso, com
capacidade de garantir sua soberania e
defender as suas riquezas e o seu povo.”
Divulgação PR - Foto Roberto Stuckert Filho
“... concretizar o nosso sonho maior que
é construir submarinos com propulsão
nuclear, ... uma inspiração legítima para
um País, como o nosso, com capacidade de
garantir sua soberania e defender as suas
riquezas e o seu povo.”
Divulgação PR - Foto Roberto Stuckert Filho
Divulgação PR - Foto Roberto Stuckert Filho
Divulgação PR - Foto Roberto Stuckert Filho
Na página ao lado, Presidente Dilma
Rousseff; à direita, Almirante-deEsquadra Julio Soares Moura Neto,
Comandante da Marinha; abaixo,
Celso Amorim, Ministro da Defesa
Inauguração da UFEM, no primeiro plano da esquerda para direita: Almirante Alan Paes Leme Athou, Gerente do Empreendimento
Modular de Construção do Estaleiro e Base Naval; Almirante-de-Esquadra Julio Soares Moura Neto, Comandante da Marinha;
Presidente Dilma Rousseff; Celso Amorim, Ministro da Defesa e Tenente Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
Divulgação Odebrecht - Foto Daniel Contarini de Oliveira
INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA
Acima, instalações da
Unidade de Fabricação
de Estruturas Metálicas
(UFEM); abaixo, equipe
da Odebrecht Infraestrutura
no Prosub-EBN
A Unidade de Fabricação de
Estruturas Metálicas (UFEM) é um
complexo
industrial
destinado
à
fabricação de componentes para o
submarino construído próximo à Nuclep,
em Itaguaí, onde serão construídas as
seções do casco resistente do submarino. O
conjunto da UFEM ocupa uma área de 56
mil m2 construídos, reunindo edificações
industriais e administrativas.
Na área industrial da Unidade,
o prédio principal constitui a oficina de
montagem destinada ao processamento
das seções e subseções do submarino e
instalação das estruturas internas, tais
como, anteparas, conveses, tanques,
fixadores e peças de penetração do casco.
Além do pátio de estocagem de
chapas de aço para armazenamento
e manuseio do material, o complexo
industrial compreende diversas oficinas,
entre elas: de marcenaria e isolamento
térmico; de eletricidade; de mecânica;
de tubulações; de dutos; e, de pintura
e acabamento. Somam-se a estas, um
laboratório de Ensaios Não Destrutivos
e uma escola de soldagem para a
qualificação de soldadores.
Da
UFEM,
as
partes
e
componentes processadas na Unidade
serão transportadas para o estaleiro de
construção do submarino, localizado na
área Sul do empreendimento.
Techno
A Unidade de Fabricação
de Estruturas Metálicas
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
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Fábio Gandolfo, Diretor Superintendente
da Odebrecht Infraestrutura
Instalações
da Unidade
de Fabricação
de Estruturas
Metálicas (UFEM)
do empreendimento, a experiência com
a UFEM certamente será uma referência
não só para a construção do estaleiro, mas
sim, para a totalidade da obra.”
Três partes compõem o projeto
do Prosub-EBN: a UFEM, o estaleiro e a
base naval. A obra do estaleiro, já iniciada
com a cravação de estacas dos prédios,
foi dividida em três partes: o estaleiro
de construção, onde será executada a
união das seções de casco e montagem
dos submarinos convencional e nuclear;
o estaleiro de manutenção, destinado à
manutenção dos submarinos; e a ilha,
que constitui a área nuclear, onde será
realizada a transferência e troca do
combustível nuclear para o reator do
submarino de propulsão nuclear.
Esquema de
implantação do
Prosub-EBN - Área
Norte e Área Sul
Divulgação MB
Ao longo do período de construção
da UFEM - maio de 2010 a novembro de 2012
-, as obras marítimas da área Sul do ProsubEBN foram conduzidas com grande agilidade,
permitindo na sequência da inauguração da
UFEM, o início das obras da segunda etapa do
empreendimento: o estaleiro de construção.
“O término e entrega desta etapa está
previsto dezembro de 2014 e, nesta fase, teremos
um cronograma mais desafiador do que tivemos
na UFEM”, coloca Almirante Alan Paes Leme
Arthou, Gerente do Empreendimento Modular
de Construção do Estaleiro e Base Naval. “A
quantidade de edificações será muito maior assim
como a complexidade da obra, especialmente
pela implicação nuclear em parte do projeto.
Também maiores, serão os recursos destinados
a esta etapa – que junto com as obras marítimas
já realizadas somam mais de R$ 6 bilhões, sendo
que na UFEM, estes ficaram em torno de R$ 1,5
bilhão.”
O monitoramento do custo da obra do
Prosub-EBN, assim como do cumprimento do
cronograma, é uma preocupação constante da
Marinha e também da Odebrecht Infraestrutura,
responsável pela construção de todo o
empreendimento. Em se tratando de uma obra
de longo prazo, o aprimoramento da gestão e
da execução do empreendimento é também um
fator fundamental para que haja uma constante
melhoria nos processos e procedimentos da obra.
Assim, após o término da UFEM,
Marinha e Odebrecht realizam uma detalhada
avaliação desta etapa, com a participação de
seus respectivos profissionais envolvidos na
construção da Unidade, com o objetivo de
detectar os pontos que poderão ser aprimorados
na construção do estaleiro.
“A partir desta análise, denominada
‘Lições Aprendidas’, pretendemos aproveitar os
pontos considerados bons, os quais, eu diria que
pela rapidez e qualidade dos trabalhos na UFEM,
somam bem mais do que 90% da obra e, para os
aspectos considerados suscetíveis, estes serão
revistos com o propósito de aperfeiçoá-los na
próxima etapa”, expõe Fabio Gandolfo, Diretor
Superintendente da Odebrecht Infraestrutura.
“Em um projeto integrado como o Prosub-EBN,
com a participação da estatal francesa DCNS - a
responsável pela transferência de tecnologia; da
Marinha do Brasil - o cliente e o empreendedor
do programa; e da Odebrecht - a construtora
Divulgação Odebrecht - Foto Daniel Contarini de Oliveira
A próxima etapa
do Prosub-EBN
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA
Nesta página, momentos
da cerimônia de inauguração
da UFEM - da chegada
da Presidente Dilma
Rousseff à UFEM ao
descerramento da placa
Divulgação PR - Fotos Roberto Stuckert Filho
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
composta por pescadores artesanais da Ilha da
Madeira.
O curso foi realizado na sede da
"Associação de Pescadores e Lavradores da Ilha
da Madeira" (APLIM), conduzido pelo "Instituto
Rumo ao Mar" (RUMAR) - Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
- devidamente credenciada pela Diretoria
de Portos e Costas (DPC), sob a fiscalização,
orientação e apoio da Delegacia da Capitania
dos Portos em Itacuruçá, propiciando o ingresso
Divulgação MB
Acima, Comandante Gilberto
Huet de Bacellar Sobrinho,
Gerente Apoio ao Licenciamento
Ambiental da COGESN e o 1o
colocado no curso; à esquerda,
Comandante Huet e Ana
Carolina Oliveira Farias da
área de Responsabilidade Social
da Odebrecht para o Prosub-EB;
abaixo, turma dos 30 formandos
do curso “Moço de Convés”
O contingente de mão de obra
do Prosub-EBN, no período de pico da
construção da UFEM, ultrapassou 6.000
homens, destes, mais de 4.000 somente na
UFEM, e o restante, nas obras marítimas
da área Sul. Este número deverá aumentar
significativamente na etapa de construção
do estaleiro, quando estão previstos em
torno de 9.000 homens no período de pico
desta obra.
Além da complexidade tecnológica
e operacional, o gerenciamento das
necessidades em transporte, alimentação,
alojamento e segurança desta mão
de obra é outro grande desafio do
empreendimento.
Alojamento
Iva Paixão e Silva,
Gerente de
Meio Ambiente
da Odebrecht
Infraestrutura para
o Prosub-EBN
Techno
Curso de
“Moço de Convés”
Promovido pela CoordenadoriaGeral do Programa de Desenvolvimento
de Submarino com Propulsão Nuclear
(COGESN), o curso "Curso de Formação
de Aquaviários" - CFAQ, Módulos II e
III ("Moço de Convés") foi realizado no
período de 29/OUT/2012 a 30/JAN/2013,
para uma turma de 30 (trinta) alunos,
dos formandos na carreira de aquaviários.
O Curso foi especialmente
direcionado aos pescadores artesanais da
Ilha da Madeira, em atenção à solicitação
da APLIM e de pescadores artesanais
da Ilha, como parte das medidas
mitigadoras das obras de construção do
"Estaleiro e Base Naval para Construção
de Submarinos Convencionais e de
Propulsão Nuclear" (EBN).
No dia 19/FEV/2013 foi realizada a
cerimônia de encerramento do Curso, na
Escola Municipal Elmo Baptista Coelho,
na Ilha da Madeira, em cerimônia militar
presidida pelo Delegado da Delegacia
da Capitania dos Portos em Itacuruçá.
Foi efetuada a leitura da Ordem-deServiço alusiva à conclusão do Curso
pelos 30 (trinta) formandos e a premiação
aos três primeiros colocados no Curso.
O evento contou com a presença de
representantes da COGESN, do RUMAR
e de convidados da Maersk Supply
Service Apoio Marítimo Ltda., do Porto
Sudeste/MMX, da TRANSPETRO e, em
especial, dos familiares dos formandos,
como Padrinhos, que realizaram a entrega
aos formandos dos seus Certificados de
Conclusão do Curso. O evento contou,
ainda, com a participação de Banda do
Corpo de Fuzileiros Navais, com o canto
do Hino Nacional pelos presentes e da
canção Cisne Branco pelos formandos.
A cerimônia ensejou um significativo
congraçamento da comunidade da Ilha da
Madeira com a Marinha do Brasil, fator
relevante de "responsabilidade social",
no âmbito do processo de Licenciamento
Ambiental do EBN.
Prosub-EBN
O atendimento
à mão de obra
Divulgação MB
Embora
as
compensações
socioambientais, fundamentadas nas
demandas dos próprios pescadores locais,
levantadas na ocasião da elaboração
do EIA RIMA do PROSUB - EBN, e
posteriormente compromissadas junto
ao IBAMA, através do PBA, tratem a
qualificação/habilitação de pescadores
de uma forma bem direcionada ao
fortalecimento da Pesca Artesanal, da
Maricultura e do turismo, a Marinha
ampliou a abrangência de sua atuação com
a promoção de mais uma possibilidade: o
curso “Moço de Convés”.
Direcionado
aos
pescadores
artesanais da Ilha da Madeira, o curso
“Moço de Convés” oferece a formação
de Aquaviário, habilitando este público
alvo a atuar na área de apoio offshore em
atividades de operação dos equipamentos
de convés, manutenção e conservação de
material, atracação e desatracação.
Ainda
nesse
contexto
de
qualificação/habilitação de pescadores,
o acordo com o IBAMA prevê vários
projetos. No âmbito do fortalecimento da
pesca artesanal e da maricultura:
- Projeto de Fortalecimento do Turismo,
onde os pescadores que paralelamente
utilizam suas embarcações para o turismo
serão objeto de qualificação;
- Projeto de Formação de Mão de Obra,
facilitando o ingresso dos pescadores e,
em especial seus familiares no mercado
de trabalho;
- Projeto de Fortalecimento do Setor
Terciário, estimulando o setor local e,
consequentemente, abrindo novas vagas
de trabalho.
- Estabelecimento de “Escola de Pesca e
Aquicultura”;
- Qualificação dos Pescadores e Coletores
de Mariscos
Importante
ainda
destacar
algumas ações inseridas na esfera da
pesca, tais como: a construção de mercado
de peixe para pescadores artesanais e de
um pequeno estaleiro para reparos; e, a
instalação de um ponto de beneficiamento
do pescado.
Já no âmbito do apoio ao
desenvolvimento do turismo, os projetos
visam:
- qualificar e formalizar as embarcações
pesqueiras da Ilha da Madeira que
transportam turistas;
estimular
a
qualificação
dos
estabelecimentos comerciais da Ilha da
Madeira.
Divulgação MB
Prosub-EBN
Compensações
Socioambientais
9
A maior parte da mão de obra
contratada pela Odebrecht para o
empreendimento do Prosub-EBN é
proveniente de Itaguaí e regiões próximas,
do Rio de Janeiro e de vários outros
municípios do Estado do Rio de Janeiro,
de onde todos se deslocam para a obra
diariamente.
Para os contratados procedentes
dos municípios mais distantes e também
de outros estados, a Odebrecht dispõe
de um alojamento, localizado no bairro
de Piranema, em Itaguaí. Além das
acomodações, compõem o conjunto:
a administração, uma área de lazer, e
uma estação de tratamento de água
com capacidade de atendimento a 5.000
pessoas, que abastece não só o alojamento
como também fornece água bruta e tratada
para a obra.
A estrutura
do
alojamento
comporta quartos quádruplos, com
bicamas e dois armários de aço com
cadeado para cada integrante, banheiros
e chuveiros coletivos. Na área de lazer,
10
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
jogos e música ao vivo; a programação
também inclui palestras sobre temas de
interesse geral, como a AIDS, Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DTS)
e Hepatites Virais, ministradas por
profissionais convidados.
A concentração de um grande
número de pessoas, com culturas e
hábitos diferentes, gera um desafio
imenso na questão da boa convivência,
mas também representa uma boa
oportunidade para a promoção de novos
horizontes. E, é o que a Odebrecht busca
proporcionar no alojamento, ao inserir
nas atividades de lazer, informações
e ferramentas que possibilitem o
crescimento pessoal e profissional
dos integrantes. A sala Lan House,
por exemplo, com 10 computadores e
internet livre, além do lazer, constitui
um espaço e uma oportunidade para
a inserção digital, ou ainda, a sala de
telecurso, que além da aquisição de
novos conhecimentos, incorpora o
prazer do saber.
Acima, sala de informática do alojamento
Prosub-EBN; abaixo, instalações
do alojamento do Prosub-EBN
Divulgação Odebrecht
Techno
um campo de futebol, um salão de jogos
com mesas de sinuca, pebolim, tênis de
mesa, máquinas de fliperama, mesas
para dominó e baralho, e um cinema
para 120 pessoas com telão de 150
polegadas possibilitam descontração e
entretenimento ao pessoal no retorno
do trabalho e nos dias livres. Os cultos
e encontros religiosos são realizados
em uma capela, permitindo o contato
direto dos fiéis com os representantes
das igrejas.
Já as refeições são preparadas na
cozinha industrial do canteiro de obras,
de onde são diariamente transportadas
para o refeitório do alojamento.
Propiciar um bom descanso ao
pessoal, com conforto e limpeza das
instalações e uma distração saudável
é o objetivo da administração do
setor de Alojamento da Odebrecht.
Mensalmente, vários eventos recreativos
são
promovidos
no
alojamento,
favorecendo a interação entre os
residentes, tais como, torneios de
Divulgação Odebrecht
INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA
A logística de transporte dos
contratados da Odebrecht para o ProsubEBN é resultante de um minucioso
planejamento e antecede o início da
obra. Partindo da previsão do número de
pessoas que participariam do projeto, o
plano logístico baseou-se no levantamento
dos principais pontos de transbordo
que determinariam a interligação do
transporte da obra com as linhas de
transporte público dos municípios
vizinhos.
Com a definição destas estações
de transporte de massa, especialmente o
rodoviário, o plano estabeleceu as linhas
e os percursos diários de cada rota dos
ônibus para atendimento a dois turnos
de trabalho. Como o número de pessoas
na obra varia de acordo com o estágio
de execução das etapas, a quantidade
de veículos fretados foi determinada de
acordo com a demanda - no pico da obra
da UFEM, este número chegou a 118
ônibus, totalizando um transporte mensal
de 89.720 pessoas.
Independente da demanda e
da quantidade de veículos fretados, o
conforto e a segurança dos passageiros
são os fatores determinantes da logística
de transporte. Aqui, o estado dos
veículos e o atendimento à capacidade
de ocupação, de modo que não haja
o transporte de pessoas em pé, são
diariamente monitorados pela equipe de
Transporte da Odebrecht, por meio de
vistorias surpresa e por relatórios diários
enviados pelas empresas contratadas, nos
quais estão inclusos a quantidade diária
de pessoas transportadas e os custos do
serviço.
Como reforço ao fator segurança,
o setor de Transportes da Odebrecht
desenvolve várias campanhas educativas
com o propósito de conscientizar os
passageiros e os motoristas para a
importância de atitudes pró-ativas
durante o traslado, tais como, o uso do
cinto de segurança, a adoção de um
comportamento seguro e de respeito para
com os demais passageiros; já eventos
como palestras, visam elucidar o pessoal
para questões inseridas em um contexto
mais amplo, como por exemplo, a Lei Seca
e suas implicações.
Lindemberg Conceição de Oliveira, Responsável
pela Área de Alojamentos e Repúblicas do Prosub-EBN
“A cada dia, a logística de transporte
de integrantes da obra é aprimorada
para que possamos oferecer-lhes uma
viagem com conforto, qualidade e
segurança. E, o nosso negócio é tratar
bem todos os passageiros, independente
da função que desempenham na obra
ou do nível social. Respeitar para ser
respeitado.”
Techno
Transporte
“O alojamento da obra do Prosub-EBN reflete
o padrão de atendimento aos contratados da
Odebrecht em todas as suas obras, o qual pelo
conforto e qualidade, favorece uma convivência
pacífica e amigável entre os integrantes. A
incidência de ocorrências fora do regulamento é
baixíssima e quando identificadas, conseguimos
resolvê-las rapidamente com o apoio da área de
Assistência Social da empresa. Buscamos adotar
atitudes transparentes e o pessoal aqui alojado
participa, inclusive, com as suas sugestões.”
Paulo Rolim, Responsável pelo Setor
de Transporte do Prosub-EBN
Divulgação Odebrecht
Acima, salaão de jogos do alojamento;
abaixo, refeitório do alojamento
Techno
Kid Meirelles Filho, Gerente
Administrativo Financeiro da
Odebrecht para o Prosub-EBN
Alimentação
à mão de obra operacional da obra, com
maior desgaste físico, quanto ao pessoal
administrativo, com atividade mais
sedentária. O objetivo principal é fornecer
a todos, uma alimentação saudável,
equilibrada, nutritiva e saborosa.
Nutricionistas e técnicos em
alimentos compõem a equipe responsável
por todas as etapas do processo de
fornecimento das refeições: da elaboração
do cardápio; compra e suprimento
dos itens; manipulação e preparo dos
alimentos; planejamento e monitoramento
do processo; até a supervisão e distribuição
das refeições no canteiro.
Os bons resultados obtidos pelo
setor de Alimentação são derivados da
técnica e do conhecimento dos profissionais
envolvidos e do comprometimento para
com a elaboração e fornecimento de uma
refeição com qualidade e nutritiva.
Outro aspecto interessante é a
integração do cardápio ao Alimento
Justo, um Programa de Agricultura
Familiar da Odebrecht em parceria com
o Governo Federal, que visa à promoção
do crescimento da renda familiar por
meio do fomento à produção agrícola de
pequenas propriedades no entorno do
empreendimento, favorecendo assim, a
inserção social e a melhoria de qualidade
de vida destes núcleos familiares.
A implantação do Programa
Alimento Justo no município de Itaguaí
foi iniciada com o cadastramento dos
proprietários rurais, alguns destes,
inclusive, já fornecem os seus produtos
para a obra. Com a oficialização da
cooperativa no primeiro semestre de 2013,
o Programa Alimento Justo alcançará um
estágio mais avançado no qual o produtor
terá maior acesso ao conhecimento e à
aplicação de técnicas agrícolas adequadas
para a melhoria de sua produtividade
e, também, a programas específicos,
como por exemplo, as linhas de crédito
do Governo Federal, que estabelecem
maiores condições para a expansão da
produção e do mercado.
Segurança
A
obra
do
Prosub-EBN,
classificada como uma construção civil
pesada, além de adotar os parâmetros de
segurança estabelecidos pelo Ministério
do Trabalho, entre estes, o Programa
das Condições e Meio Ambiente do
Trabalho na Indústria da Construção
(PCMAT),
responde
também
às
diretrizes determinadas pelo Sindicato
da Construção Pesada.
A definição do efetivo da obra
e a análise de risco da obra são os
fatores determinantes do número
de profissionais dedicados à área de
Segurança, tais como, engenheiros,
médicos, enfermeiros, técnicos, entre
outros. No Prosub-EBN, este número
ultrapassa aquele estabelecido por lei,
pois além da segurança diária da mão
de obra no canteiro, conduzida pelos
encarregados e pelos próprios operários,
a prevenção é o foco principal de atuação
da equipe de Segurança da Odebrecht.
A conscientização do pessoal
em relação aos riscos das atividades e
à necessidade de atitudes pró-ativas,
tais como, o uso de equipamentos de
proteção individual (EPI) e atendimento
às normas de segurança, é permanente e
se estende a todos os que trabalham no
canteiro, contratados diretos e também de
empresas empreiteiras.
As campanhas de prevenção e os
treinamentos são constantes, totalizando
várias horas dedicadas à Segurança. Entre
estes, destacam-se, o Treinamento Diário
de Trabalho, obrigatório para todos da
obra, no qual os contratados se reúnem,
conversam sobre as atividades do dia, dos
riscos inerentes e terminam o encontro
com uma oração; em outros programas,
inseridos nas orientações do PCMAT, os
treinamentos são realizados em situações
diversas com diferentes equipamentos,
avaliando-se mensalmente, entre outros
pontos, o desempenho e as lideranças nas
questões de segurança.
“Nosso propósito é preservar
a saúde e a integridade física de todos
os trabalhadores da obra, inclusive de
terceiros, de modo que tenhamos o
melhor resultado possível em segurança
do trabalho. Oferecemos aos funcionários,
somente equipamentos de EPI de
qualidade comprovada e treinamentos
constantes, porém, entendemos que a
conscientização do trabalhador é um
ponto fundamental para o alcance de bons
resultados”, coloca João Pedro Calaça,
Engenheiro Responsável pela Área de
Segurança do Prosub-EBN.
A convivência na obra
A presença de um representante
do Sindicato dos Trabalhadores da
Construção Civil de Nova Iguaçu e Itaguaí
no canteiro de obras do Prosub-EBN é um
fator diferencial na relação contratante e
contratado, pois referenda uma relação de
transparência de propósitos e ações entre
a Odebrecht, o Sindicato e os filiados que
ali atuam. Tal relacionamento fortalece
a interação entre os três lados, abrindose assim, os canais necessários para
que todos se manifestem em relação a
questões comuns, de pequenas causas a
grandes impasses, buscando-se soluções
de consenso, sem prejuízo para qualquer
das partes. g
Techno
Divulgação Odebrecht
A alimentação é um ponto
diferencial da Odebrecht no Prosub-EBN.
Instalada no próprio canteiro de obras,
a cozinha industrial chegou a fornecer,
no auge da construção da UFEM, um
total de 6.500 refeições diárias fornecidas
nos refeitórios da obra, no alojamento e
também na área Sul do empreendimento
onde, além de um refeitório principal, um
container foi adaptado para atendimento
ao pessoal das obras marítimas.
A elaboração do cardápio diário
tem como referências dois pontos
fundamentais: as leis da nutrição e as
necessidades básicas do público alvo.
No primeiro, são considerados os itens:
qualidade, quantidade, valor nutricional,
harmonia e variedade. No segundo, o
tipo de trabalho desempenhado pela
clientela. O resultado é a oferta de um
cardápio amplo, em atendimento tanto
11
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
“Não servimos comida e sim, uma
refeição
equilibrada,
saudável
e balanceada. O sucesso da
alimentação é fazer para o outro o
que você gostaria que fizessem para
você: uma refeição com a qualidade
e o valor nutricional dos alimentos
preservados, aprazível aos olhos e
agradável ao paladar.”
Divulgação Odebrecht
Ana Beatriz Ribeiro Areosa Duarte,
Nutricionista Responsável pelo
Setor de Alimentação do Prosub-EBN
“A relação transparente estabelecida
com a Odebrecht e o contato direto da
equipe do Sindicato com o empregado
e com o empregador dentro da obra
resulta na obtenção de muitos ganhos
para os dois lados. É importante
que todos tenham retorno em suas
solicitações e que ninguém fique sem
resposta.”
Thiago Cunha, presidente do Sindicato
dos Trabalhadores da Construção Civil de
Nova Iguaçu e Itaguaí
12
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
D
No Prosub-EBN,
a maior prensa hidráulica
da América Latina
e senvolvida
especialmente
para
o
dobramento de chapas de aço especiais
destinadas a fabricação de partes específicas
dos cascos dos submarinos do Prosub, a
maior prensa hidráulica da América Latina encontrase em fase final de montagem. O equipamento está
instalado na Nuclep, em Itaguaí, onde se inicia o
processo de fabricação de várias seções cascos resistentes
que, na sequência, serão transferidas para a Unidade de
Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do ProsubEBN, para a instalação das estruturas internas.
Esta é uma prensa hidráulica com capacidade
80.000 kN de força de prensagem e conformação a frio
de chapas de aço com 5 polegadas de espessura. As
grandes dimensões das peças somadas ao peso total do
equipamento, superior a 1.200 toneladas, determinaram
características especiais para a montagem da prensa.
Além de um detalhado projeto para a fundação das
instalações físicas do prédio, capaz de suportar o peso e
A maior prensa hidráulica da América Latina,
integrante do Programa de Desenvolvimento
de Submarinos (Prosub) da Marinha, entra
em fase final de montagem em Itaguaí - RJ
os esforços decorrentes do funcionamento, a montagem
da prensa requereu um planejamento minucioso de todas
as etapas do processo.
Por exigência do fabricante, o início da montagem
do equipamento ficou condicionado ao término e entrega
de toda a estrutura predial destinada à prensa - obras
civis e de utilidades -, o que evitaria a presença de poeira
e outros particulados nocivos ao seu sistema hidráulico.
A conclusão do prédio incluiu a cobertura do galpão
industrial, o que, conseqüentemente, impossibilitou a
utilização de guindastes de grande porte na montagem
do equipamento.
“A sincronia de todas as etapas que
antecederam a montagem foi fundamental para
que todos os componentes da prensa chegassem à
obra no tempo previsto para o início da operação”,
coloca Pablo Lemos Martinez, Diretor de Contrato
da Montagem Eletromecânica da Odebrecht no
Prosub-EBN. “Um equipamento com tal porte, sem
Divulgação Odebrecht - Foto Bruno Galba
“Nesta obra,
nossos prazos
estão interligados
ao cronograma
de fabricação do
submarino porque
o nosso programa
principal não é
a obra e sim,
a construção dos
submarinos.”
Divulgação Odebrecht
INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA
Pablo Lemos Martinez, Diretor
de Contrato de Montagem
Eletromecânica da Odebrecht
TECHNO News
Techno
Ano III - no 15 - 2013
Divulgação Odebrecht
À esquerda, José Ricardo Reis, Coordenador de
Mecânica da Odebrecht e Rodrigo Falconeri Silva,
Engenheiro Mecânico da Odebrecht
precedentes de fabricação no Brasil,
nos levou a esmiuçar o planejamento
da montagem eletromecânica ao limite,
de modo que toda a complexidade e
riscos fossem analisados e previstos no
plano da operação para a segurança do
equipamento, das equipes envolvidas e
de toda a obra.”
Com a impossibilidade do uso de
guindastes, o plano de rigging considerou
a montagem por empilhamento com
a utilização de um pórtico de grande
capacidade – 500 toneladas – e guindastes
auxiliares com capacidades - 250 e 160
toneladas. Definida a solução e contratado
o pórtico, os estudos que incluíam os
detalhes deste equipamento foram
concluídos, garantindo a instalação do
pórtico e o início da montagem da prensa
em meados de fevereiro, de acordo com o
cronograma previsto.
“A montagem por empilhamento
considerou as três partes principais da
prensa: a mesa com 225 toneladas; o
martelo de 200 toneladas; e o cabeçote com
210 toneladas”, explica José Ricardo Reis,
Coordenador de Mecânica da Odebrecht.
“Além destes três componentes mais
pesados, os tirantes e as colunas são itens
importantes do conjunto: o primeiro é
fixado no segundo por meio de duas
porcas, uma superior e outra inferior,
pesando cada uma destas, em torno de
2.500 kg. Outros componentes de peso são
os cilindros hidráulicos, com 70 toneladas
cada, responsáveis pela movimentação do
cabeçote.”
Além da sequência e da forma
ideal de montagem do equipamento, o
fabricante da prensa forneceu à Odebrecht
a relação de uma série de ferramentas
especiais necessárias à montagem e
13
posterior manutenção do equipamento.
São ferramentas de grandes dimensões, o
que as torna efetivamente especiais.
“Realizamos a parte mais pesada
do processo em 15 dias e o restante dos
três meses previstos para a montagem
eletromecânica da prensa estão sendo
utilizados para os serviços que exigem
maior precisão e cuidado – as ligações
mecânicas, elétricas e hidráulicas do
equipamento”, coloca Rodrigo Falconeri
Silva, Engenheiro Mecânico da Odebrecht.
O projeto do sistema de utilidades
para a prensa partiu das instalações
existentes na Nuclep que, em face do
tempo de uso, foram totalmente revistas
e adaptadas para as necessidades do
equipamento. O sistema é composto
por uma central de tratamento de água
de resfriamento, com bombas e torres
de resfriamento; uma central de ar
comprimido para abastecimento de toda a
parte pneumática da prensa; e, um sistema
de água de serviço para o resfriamento de
equipamentos com troca de calor.
“Todas as etapas da montagem
eletromecânica
da
prensa
foram
muito bem planejadas: do transporte
e chegada dos inúmeros componentes
do equipamento à obra; a estocagem
dos mesmos; a instalação do pórtico; a
montagem por empilhamento das peças;
as ligações com o sistema de utilidades;
o comissionamento; e os testes finais da
prensa”, expõe Pablo Martinez. “Nesta
obra, nossos prazos estão interligados ao
cronograma de fabricação do submarino
porque o nosso programa principal não é
a obra e sim, a construção dos submarinos.
Tudo no Prosub-EBN é uma parte
integrante do cronograma de construção
dos submarinos.” g
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TECHNO News
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INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA
1
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Etapas de montagem
da parte mais pesada
da prensa, realizada
em 15 dias
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Fotos: Divulgação Odebrecht
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Ano III - no 15 - 2013
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PROSUB NACIONALIZAÇÃO
Soluções de Rigging
para a montagem
da maior prensa do País
Experiência,
planejamento
e capacitação técnica
permitiram
a montagem da maior
prensa já instalada
no Brasil
Divulgação Transremoção
A
Posicionamento do cabeçote da prensa, finalizando assim as operações sob responsabilidade da Transremoção
prensa de 80.000 kN, em
fase final de instalação, será
utilizada na fabricação de
partes especiais dos cascos
dos submarinos no Estaleiro da Marinha
em Itaguaí-RJ. Esta é a maior prensa já
fabricada e instalada no Brasil, e, algumas
de suas partes possuem dimensões e pesos
superiores a qualquer outro equipamento
do gênero.
A montagem dos principais
componentes da prensa – a mesa, o martelo
e o cabeçote – no local determinado para a
sua instalação demandou da Odebrecht, a
empresa responsável pela obra e serviços
de engenharia do Estaleiro e Base Naval
da Marinha, o Prosub-EBN, a contratação
de uma empresa especializada em
movimentações de cargas pesadas e com
experiência na montagem de peças de
grande porte.
A complexidade da operação
exigia uma empresa com amplo
conhecimento e capacitação técnica nesta
especialidade de cargas pesadas, assim
como, a disponibilidade de equipamentos
com a robustez necessária ao desempenho
da montagem. A Transremoção que detém
todas estas qualificações foi, portanto, a
empresa contratada pela Odebrecht.
Uma empresa 100% brasileira,
com mais de 45 anos de experiência
em movimentação de cargas pesadas,
a Transremoção é pioneira no Brasil no
segmento de remoções industriais. Conta
com equipamentos de última geração,
entre estes, uma das maiores frotas de
pórticos hidráulicos autopropelidos do
País, com capacidades que variam de 40
toneladas a 500 toneladas.
A atuação da Transremoção
abrange todo o território nacional e se
estende aos segmentos de transportes
pesados, remoções industriais, içamento
de cargas, armazenamento e locação de
equipamentos. Porém, mais do que a
prestação de serviços, a Transremoção
oferece aos seus clientes, soluções
inovadoras e completas para o transporte
e remoção técnica de equipamentos
industriais.
Este diferencial possibilitou uma
forte interação entre a Transremoção e a
Odebrecht com a aplicação das melhores
soluções de rigging para a operação de
montagem da prensa em Itaguaí. “Em
conjunto com o nosso cliente Odebrecht
buscamos soluções criativas para a
realização das tarefas com segurança”,
afirma o engenheiro Vitor Aota.
16
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
PROSUB NACIONALIZAÇÃO
Mais informações:
[email protected]
Tel. (11) 3933-9494
www.transremocao.com.br
Ao lado, fachada da
sede da Transremoção,
localizada no Bairro do
Limão, em São Paulo;
abaixo, montagem da
prensa na UFEM - jogo
de vigas utilizado no
momento da operação
de movimentação do
martelo, para reduzir a
flexão sofrida pelas vigas
superiores do pórtico
FABRICA FOTO
Divulgação Transremoção
O planejamento da operação na
Transremoção teve início com a visita
técnica de um supervisor à obra para
conhecer in loco as condições disponíveis
para a execução do trabalho e obter as
informações necessárias para o plano de
rigging.
Os dados obtidos no site foram
repassados a área de Engenharia da
empresa que, com a utilização de
softwares específicos e ferramentas
de última geração para simulação da
operação, iniciou o estudo e a busca das
melhores soluções para a realização de
um içamento seguro e eficiente.
Outras informações específicas
de cada parte da prensa, fornecidas pelo
próprio fabricante do equipamento no
Brasil, foram acrescidas a este estudo,
permitindo melhor adequação dos dados
inicialmente coletados pela empresa
no site. Nesta fase do planejamento, o
envolvimento de toda a Engenharia da
Transremoção, engenheiros, técnicos e
projetistas, em conjunto com a equipe da
Odebrecht, responsável pela aprovação
final, resultou a solução ideal de rigging
para a montagem da prensa.
O plano da montagem por
empilhamento estabeleceu a utilização
de um pórtico hidráulico com 4 torres,
telescópicas, com capacidade de 500
toneladas, que elevam até 10,6 metros
de altura. As torres são dispostas sobre
trilhos, por onde se movimentam em
sentido único, no caso da prensa do
Prosub-EBN, da entrada do prédio em
direção às fundações. Sobre as torres, ou
pernas, foram adaptadas as vigas para
suportar o peso da carga, interligada
através de cabos.
Diferentemente
dos
demais
serviços com prensas realizados pela
Transremoção, a sequência da montagem
das partes principais nesta operação
utilizou outra solução com a colocação
do martelo por cima das colunas.
Tal alteração foi objeto de um estudo
específico, para avaliação das condições
de ganho de altura e de interferência do
prédio.
Outro aspecto que também
mereceu atenção especial e resultou,
inclusive, em algumas alterações no
plano final de rigging, diz respeito
à concentração excessiva de forças
atuando nas vigas do pórtico, em função
do posicionamento centrado dos olhais
de içamento da carga.
A montagem na obra demandou
15 dias, inclusos nos 60 dias determinados
na contratação da Transremoção,
que realizou o empilhamento das
maiores e principais partes da prensa
conforme as exigências de segurança e,
rigorosamente, cumpriu o cronograma
estabelecido pela Odebrecht.
“Essa operação é, sem dúvida
alguma, de grande valia para o portifólio
da Transremoção pela visibilidade do
projeto, mas além deste aspecto, é um
orgulho para todos nós na empresa,
termos participação em algo tão
importante para o futuro da Nação”,
afirma Josué Rodrigues, um dos diretores
e acionista da Transremoção. g
Po
Divulgação Transremoção
O planejamento
e a montagem da prensa
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
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PROSUB NACIONALIZAÇÃO
Diversidade de conhecimento
marca o desenvolvimento do projeto
do Prosub-EBN
I
EBN dividido em áreas coordenadas pelo setor de Planejamento
do Consórcio: a UFEM; os Estaleiros e Base Naval; os Túneis e
Acessos; e as obras marítimas.
Neste período de construção dos 56 mil m2 que compõem
a UFEM, outras áreas do Prosub-EBN tiveram os seus projetos
e obras conduzidos com igual rapidez, entre estes, o túnel, que
liga as áreas Norte e Sul, entregue em meados de 2012, e as
obras marítimas da área Sul, onde foram realizados os projetos
e os serviços de dragagem e as obras do enrocamento, do aterro
hidráulico, e dos cais estaqueados, permitindo a partir de 2013,
o início da cravação de estacas do Estaleiro de Construção e
posteriormente, de Manutenção.
Divulgação Odebrecht - Foto Daniel Contarini de Oliveira
n iciada em maio de 2010 e inaugurada em 1º de março de
2013, a construção da Unidade de Fabricação de Estruturas
Metálicas (UFEM) constitui a primeira etapa do projeto do
Estaleiro e Base Naval da Marinha (Prosub-EBN), localizado
no Município de Itaguaí – RJ. Trata-se de um empreendimento de
grande porte, com alta complexidade tecnológica e um extenso
programa, cuja obra está sob a responsabilidade da Odebrecht
Infraestrutura.
Em Junho de 2010, o Consórcio SGP, então contratado
pela Odebrecht Infraestrutura e formado pelas empresas
Sondotécnica, Planave e Genpro Engenharia, iniciou também
o desenvolvimento dos projetos básico e executivo do Prosub-
Techno
Instalações da Unidade de Fabricação de Estrutura Metálica (UFEM)
Coordenadores de área do Consórcio SGP para o projeto
do Prosub-EBN. Da esquerda para a direita: Cristiano Moreira,
Christianne Lobo e Rafael Berbert
Segundo Paulo Sérgio Thomaz
de Freitas, gerente de Contrato do
Consórcio SGP, a consonância entre
o projeto e a obra é possível devido à
estreita relação técnica entre ambos e
destes com o cronograma e o custo do
empreendimento. “Assim como a obra
é um sistema dinâmico, é necessário
que o projeto também o seja.
Elaboramos os projetos a partir das
demandas estabelecidas pela Marinha
e pela Odebrecht e todo o nosso
planejamento gira em torno de dois
aspectos essenciais: o atendimento
ao custo do empreendimento e o
cumprimento do cronograma da
obra.”
No Consórcio SGP, todos
estes
fatores
norteadores
do
desenvolvimento
do
projeto
são coordenados pela área de
Planejamento,
cuja
atribuição
principal é alinhar os cronogramas
de projeto e de obra de forma que
a interface entre ambos ocorra de
maneira dinâmica e eficaz. No SGP,
as disciplinas que compõem o projeto
estão agrupadas em setores, os quais
atendem as demandas de todo o
projeto do Prosub-EBN.
Os coordenadores de cada
área do projeto contam ainda com o
apoio dos setores de Qualidade e de
Tecnologia da Informação. O primeiro
setor é responsável pela verificação e
certificação de toda a documentação
emitida pelo Consórcio, visando,
inclusive, à rastreabilidade dos
projetos elaborados pelo SGP; a área
de TI, por sua vez, tem a atribuição de
operacionalizar os canais de difusão
de informações, em âmbito interno,
18
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
PROSUB NACIONALIZAÇÃO
À esquerda, prédio principal
da Unidade de Fabricação de Estruturas
Metálicas (UFEM) ainda na fase de
construção
permitindo que a informação necessária,
ora ao projeto, ora à obra, seja processada
rapidamente em diversos níveis e
instâncias. “A gestão de documentação
adotada pelo Consórcio nos permite
imprimir
segurança,
agilidade
na
circulação, na distribuição e no tratamento
dos documentos, de modo que projeto
e obra estejam totalmente integrados”,
observa Paulo Sérgio de Freitas.
Divulgação Odebrecht - Foto Daniel Contarini de Oliveira
Divulgação Odebrecht
Techno
Coordenação e projeto
Túnel que liga
as áreas Norte e
Sul do Prosub-EBN
Do marco inicial da obra da
UFEM até a entrega e inauguração da
Unidade, o desenvolvimento do projeto
do Prosub-EBN envolveu em torno de
280 profissionais do Consórcio SGP,
cujas equipes técnicas se distribuíram
em frentes de trabalho conduzidas por
três coordenadores: a UFEM, liderada
pela Engenheira Christianne Lobo; os
projetos das áreas Sul e Norte, incluindo
os Estaleiros de Construção e de
Manutenção, a Base Naval, o túnel e os
acessos, conduzidos pelo Engenheiro
Cristiano Moreira; e os projetos das obras
marítimas, liderados pelo Engenheiro
Rafael Berbert.
Christianne
Lobo
assinala
que até a inauguração da UFEM, as
disciplinas que integram o projeto do
Prosub-EBN estiveram mais dedicadas
ao desenvolvimento do projeto básico e
executivo da UFEM. Com a entrega da
Unidade, observa ela, “a responsabilidade
de coordenação dos projetos da área
Norte e da área Sul, que reúne instalações
maiores e mais complexas do que a UFEM,
será dividida entre dois coordenadores,
o que não representa uma condução
dissociada destes trabalhos, mas sim,
uma reorganização de atribuições e de
demandas destes projetos.”
Na UFEM, os sistemas construtivos
adotados nas edificações - estruturas prémoldadas in loco ou metálicas - foram
fundamentais para permitir agilidade na
execução da obra. Christianne Lobo cita
ainda soluções do projeto que visaram à
eficiência energética do empreendimento,
tais como, o aproveitamento da água
pluvial; o uso de energia solar para o
aquecimento da água; o emprego de
telhas translúcidas nas oficinas para
melhor aproveitamento da iluminação
natural; e ainda, o projeto arquitetônico
das instalações administrativas no
qual se buscou a melhor adequação do
projeto às condições climáticas da região,
favorecendo não só o conforto ambiental,
como também a redução do uso de ar
condicionado e do consumo de energia.
Segundo Cristiano Moreira, que no
início dos trabalhos da UFEM coordenava
esta equipe, o prazo de execução do
contrato e o caráter inovador do projeto
foram dois grandes desafios desta etapa.
“Já para a fase seguinte do nosso trabalho
no Consórcio - os projetos das edificações
do Estaleiro de Construção e de
Manutenção e a Base Naval - estudamos
À esquerda, fase de estaqueamento
das obras marítimas na Área Sul
TECHNO News
Divulgação Odebrecht - Foto Daniel Contarini de Oliveira
adotar
soluções
construtivas
semelhantes à UFEM, visto que estas
trouxeram ganhos significativos para
a obra, assim como evoluir para novas
melhorias com as lições aprendidas
na UFEM”, observa. “Quanto à fase
de projeto atual, nossas equipes
estão inicialmente mais concentradas
no desenvolvimento do projeto
do Estaleiro de Construção, cuja
conclusão da obra está prevista para
2014”.
Com o início do estaqueamento
do Estaleiro de Construção, o projeto
básico desta etapa está bastante
avançado, porém a conclusão desta
fase demandará praticamente seis
meses de trabalho.
“Entendemos que para a
área de projeto, o grande diferencial
do Prosub-EBN é a diversidade
de disciplinas (área industrial,
infraestrutura marítima complexa,
túnel com grandes dimensões, entre
outras) com o envolvimento de um
grande volume de conhecimento
técnico específico”, expõe Cristiano
Moreira. “Neste aspecto, a larga
experiência das empresas que
compõem o Consórcio tem sido
fundamental para que possamos
trazer as melhores soluções para
o projeto: da Sondotécnica, com
o expertise de grandes obras de
infraestrutura; da Planave, em obras
marítimas; e da Genpro, em obras
industriais.”
Já os projetos da área de
obras marítimas foram os primeiros
a serem definidos visto que a maior
parte das instalações do ProsubEBN, destinada aos Estaleiros de
Construção e de Manutenção e da
Base Naval, ocupa uma área de 320
mil m2 avançada sobre o mar.
Os projetos de infraestrutura
marítima
do
Prosub-EBN
elaborados pelo Consórcio SGP
foram inicialmente divididos em
cinco grandes áreas - dragagem,
enrocamento, aterro hidráulico, cais
e docas -, envolvendo duas equipes
técnicas específicas – geotecnia e
estrutura.
O Engenheiro Rafael Berbert,
coordenador desta equipe formada
hoje por 25 profissionais, coloca que
o primeiro projeto desenvolvido
na área de obras marítimas foi
para dragagem. ”Partimos de um
minucioso estudo do solo e das
condições geotécnicas da região,
utilizando modernas técnicas e
equipamentos de sondagem. O
volume de 10 milhões de m3 de
material dragado, acrescido da
presença de metais pesados em
alguns pontos da Baia de Sepetiba,
por si só, revela a complexidade
do contexto por nós trabalhado”,
assinala.
Para o enrocamento e para as
docas secas, parâmetros de segurança
nuclear precisaram ser aplicados
aos projetos, especialmente aqueles
relativos a tempo de recorrência
para efeitos naturais, resultando em
condições de dimensionamento bem
mais severas que os normalmente
utilizados como, por exemplo, a
altura do enrocamento, projetado
para suportar uma onda de 2,5
metros, e a elevação dos níveis de
cota das instalações do Estaleiro, Base
Naval e Ilha Nuclear, com variação
entre + 4 metros e + 5,80 metros acima
do nível do mar.
“Atualmente trabalhamos na
fase final do projeto da ensecadeira
que irá permitir a escavação até a
rocha para a execução das docas Em
se tratando de estruturas classificadas
como nucleares, os projetos das docas
e de determinados cais deverão ter a
aprovação da CNEN”, explica Rafael
Berbert, assinalando que, “apesar
Divulgação MB
Ano III - no 15 - 2013
da ensecadeira não ter implicações
nucleares, todo o projeto foi
apresentado à CNEN com o objetivo
de levar ao conhecimento de seus
técnicos as soluções adotadas para
esta etapa que antecede o projeto das
docas e, principalmente, ampliar as
interfaces técnicas entre a CNEN, a
Odebrecht e a equipe de projeto do
Consórcio.” g
Acima, maquete do conjunto
Estaleiro e Base Naval do ProsubEBN; abaixo, vista aérea das obras
marítimas na Área Sul
19
20
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
PROSUB NACIONALIZAÇÃO
Intertek
Moody
acompanha
testes
da câmara
hiperbárica
da UFEM
Fabricante da câmara hiperbárica para
a UFEM realiza os testes finais em
fábrica para a entrega do equipamento
à Marinha do Brasil
Divulgação Intertek Moody
Acima,Teste de Aceitação da Câmara Hiperbárica; ao lado,
equipe de representantes da Marinha do Brasil, profissionais
da Odebrecht e da Intertek Moody
Divulgação Intertek Moody
A
c âmara hiperbárica da UFEM (Unidade
de Fabricação de Estruturas Metálicas da
Marinha), destinada a testes de vazamento
e pressões de todas as redes, conexões e
cabos sujeitos a pressão por ocasião do submarino
submerso, fabricada na França, foi submetida aos testes
realizados em fábrica. O Teste de Aceitação em Fábrica
(TAF) realizado em março, nas instalações da própria
indústria, a CMC Industries, contou com a participação
de representantes da Marinha do Brasil, representantes
da DCNS, de profissionais da Odebrecht e de técnicos
da Intertek Moody, a empresa responsável pelos
serviços de inspeção técnica do equipamento.
O teste hidrostático da câmara hiperbárica é
o ponto principal deste TAF no qual são avaliadas as
condições operacionais, a integridade estrutural e a
segurança de funcionamento do equipamento mediante
uma pressão de 135 bar, constatando-se a ausência
de vazamentos ou qualquer anomalia estrutural,
especialmente em pontos críticos, tais como, conexões e
linhas de solda. Após a execução do teste hidrostático o
equipamento é preparado para simular funcionamento
com a peça a ser testada em seu interior, onde não foram
verificadas deformações e qualquer outra anomalia.
Em se tratando de um equipamento fabricado
na França, os serviços de inspeção técnica da câmara
hiperbárica envolveram a participação na fábrica da
Intertek Moody da França e do Brasil, a presença
de inspetores franceses, com experiência e vivência
anterior nesta modalidade de equipamento, para o
acompanhamento de todo o processo de fabricação;
e, no Brasil, os inspetores brasileiros, em conjunto
com a engenharia do cliente Marinha e da Odebrecht,
no monitoramento desse processo, na verificação da
qualidade dos fornecimentos na França, verificação
da conformidade dos parâmetros em relação às
especificações locais e verificação ao atendimento dos
requisitos técnicos do equipamento.
“A câmara hiperbárica da UFEM está inserida
em um contexto de alta tecnologia com características
técnicas excepcionais, o que, sem dúvida, amplia o grau
de complexidade e de responsabilidade das inspeções
técnicas, comparativamente às executadas regularmente
no mercado brasileiro”, considera João Carlos Diaz,
TECHNO News
21
Divulgação Intertek Moody
Ano III - no 15 - 2013
Divulgação Intertek Moody
Gerente Comercial da Intertek Moody Brasil. “Os ensaios
de câmaras pressurizadas são muito comuns nas atividades
das empresas de inspeção, porém, em face da dimensão do
equipamento e da magnitude dos componentes de pressão
desta câmara, diferentes dos padrões normais de fabricação
no Brasil, estes ensaios especificamente, se incluem em uma
classe de inspeção nada usual no País.”
No Brasil, os equipamentos de pressão são
utilizados em toda a cadeia industrial, especialmente das
áreas Química, Petroquímica, Óleo & Gás e Sucroalcooleira,
que necessitam em seus processos, de caldeiras, tanques e
vasos de processos, e outros equipamentos pressurizados.
Esta linha de itens requer uma constante avaliação e
validação das condições de operação do equipamento ou
componente na indústria para a segurança das instalações
e dos operadores.
Os testes hidrostáticos determinam o estado de
integridade de equipamentos sob pressão por meio de
água, e atestam a sua resistência para a plena operação,
submetendo-os, inclusive, a uma pressão e fatores de
segurança superiores àquelas exigidas em condições
normais de operação e de projeto.
Além de necessários, todos estes procedimentos
referentes à segurança do trabalho em locais com
equipamentos pressurizados são determinados pela
Norma Regulamentadora NR-13 do Ministério do Trabalho
e Emprego, sendo a sua observância obrigatória por
todas as empresas responsáveis pela instalação, operação,
manutenção ou inspeção destes equipamentos.
Segundo Claudio Biscuola, Gerente de Operações da
Intertek Moody Brasil, “o risco de vazamento, rompimento
e até explosões torna-se maior em processos industriais
que operam com equipamentos pressurizados, e no Brasil,
entendemos que além da obrigatoriedade de cumprimento
da NR-13, o controle da integridade destes equipamentos é
crescente pela inserção destes procedimentos no chamado
Acima,equipamento de escaneamento 3D
em montagem de FPSO;
abaixo, detalhe do equipamento
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
PROSUB NACIONALIZAÇÃO
de profissionais com qualificações técnicas
específicas, entre estes, inspetores de
fabricação; inspetores de solda; inspetores
de END, determinados pela especialidade
de cada ensaio; técnicos especialistas em
controle dimensional; e, finalmente, o
engenheiro calculista, responsável técnico
do equipamento, com a atribuição de
verificar e comparar os dados obtidos nos
ensaios com aqueles estabelecidos no Data
Book original do equipamento, elaborar
o laudo final e, finalmente, a certidão de
confiabilidade.
“As perspectivas de expansão
dos serviços de inspeção da Intertek
Moody neste mercado de equipamentos
pressurizados no Brasil são crescentes”,
afirma Claudio Biscuola. “Temos um
corpo técnico altamente treinado e
qualificado nas diversas especialidades,
para as atividades de inspeção e testes em
todas as modalidades de equipamentos do
mercado e uma logística de atendimento
aos clientes em qualquer região do
País. Além do que, o acompanhamento
do processo de fabricação da câmara
hiperbárica até a entrega ao cliente,
nos confere um importante diferencial
em relação à tecnologia para inspeção
de equipamentos com elevado grau de
engenharia, complexidade e segurança,
em relação aos demais equipamentos
similares no Brasil.”
Garantia de alinhamento para montagem de equipamento escaneado 3D
Fotos e esquema - divulgação Intertek Moody
Sistema de Gestão de Integridade de
Ativos (Asset Integrity Management Systems
– AIMS), no qual, a determinação do
grau de eficiência e segurança dos ativos
ao longo de toda a sua vida útil é um
dado essencial para a avaliação de todo o
sistema de produção.”
A gestão de integridade de ativos,
ao melhorar a confiabilidade da planta
industrial, reduz sensivelmente os
custos de manutenção e de reparos não
programados. E nesse contexto, os testes e
as inspeções regulares são procedimentos
importantes que possibilitam assegurar a
eficácia do sistema.
Nos equipamentos pressurizados,
as inspeções são realizadas periodicamente
e os testes de Ensaios Não Destrutivos
(END) - por ultrasom, radiografia, líquido
penetrante ou partículas magnéticas, além
de outros mais específicos -, que variam
em função do tipo, material, aplicação e da
classe de pressão do equipamento, buscam
detectar eventuais falhas, evidenciar a
continuidade de operação sem o risco
de rompimento por pressão, confirmar a
durabilidade e a segurança de operação
do equipamento, e ainda, agilizam e
dão confiabilidade para a gestão destes
ativos, no que se refere a decisões técnicoeconômicas para a manutenção, reforma
ou substituição destes equipamentos.
Os ensaios envolvem a participação
Acima e abaixo, inspeção de
equipamentos pressurizados
Imagem e
conversão gráfica
de dados do
escaneamento 3D
Novas ferramentas tecnológicas de inspeção
A verificação minuciosa da instalação
industrial e o alto grau de precisão na medição
de equipamentos e componentes estão entre os
diversos benefícios proporcionados pela tecnologia
Hi-Cad, uma ferramenta adotada recentemente pela
Intertek Moody Brasil nas atividades de inspeção de
fabricação e na análise da integridade de ativos para
os sistemas de gestão das empresas.
A tecnologia Hi-Cad é um sistema robusto
dotado de recursos computacionais de última
geração, tais como, escaneamento a laser 3D,
dimensionamento 3D, modelagem e correção de
dados, que diminui os custos e prazos de projeto, e
aumenta a precisão dos mesmos.
O escaneamento a laser 3D, realizado por
meio de sensores posicionados em pontos prédeterminados da instalação industrial, permite o
levantamento dimensional e fotográfico de áreas,
equipamentos e componentes. A grande vantagem
do Scanner 3D é o levantamento preciso da real
situação da instalação em operação, a qual poderá
não corresponder ao projeto original (“as-built”) em
face de eventuais interferências realizadas na planta
industrial ao longo do processo de produção. Outro
aspecto importante é a possibilidade de levantamento
em áreas com geometria complexa, congestionadas
ou de difícil acesso, ou mesmo operacionais em
condições adversas, ou com alto risco.
O dimensionamento 3D permite a medição
dimensional dos equipamentos e componentes,
com rapidez e precisão. A grande vantagem deste
recurso é a confirmação da exata dimensão da peça
ou equipamento durante a fabricação no fornecedor,
em relação à efetiva dimensão do equipamento onde
será instalado, antes do transporte e montagem na
indústria, evitando-se assim, qualquer surpresa ou
problema no momento de instalação destes em uma
área ou conjunto industrial existente, bem como o
custo decorrente de tal situação, com retrabalhos,
alinhamentos, ajustes, e consequentes atrasos de
cronograma, e aumento dos custos.
“O diferencial da tecnologia dimensional 3D
utilizada pela Intertek Moody de outras existentes
no mercado nacional é a possibilidade de correção
de dimensões e de alinhamentos eventualmente
alteradas por interferências externas, como por
exemplo, variação de ambientes”, coloca João Carlos
Diaz. “Com a globalização, equipamentos para uma
mesma instalação industrial são originários de vários
países, com condições ambientais e de recursos de
fabricação bastante diferentes entre si. Equipamentos,
por exemplo, fabricados em países com temperaturas
muito baixas para operação no Brasil estão sujeitos
a alteração dimensional de componentes ou do todo
em face da mudança significativa da temperatura
ambiente. Nesse campo, a correção dimensional
propiciada por nossa tecnologia dimensional
3D garante a adequação e o encaixe perfeito do
equipamento no processo industrial, através da
correção dimensional e equalização de equipamentos
ainda nos fornecedores, antes de sua efetiva
montagem final.”
Os dados obtidos do escaneamento e
dimensionamento 3D são tratados em softwares
específicos,
gerando
modelagem
e
dados
em
linguagem
gráfica
(AutoCAD,
PDMS,
MicroStation,...), facilitando o trato pelas equipes
de engenharia e de projeto, através de relatórios
de montagens e de interferências, verificação
dimensional, modelagem tridimensional, emissão
de lista de materiais e projetos de componentes, e
atualização dos dados do projeto final. g
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
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INDÚSTRIA NAVAL
ICN inicia a construção
“... a ICN tem
o propósito único
de garantir a
correta construção
dos submarinos
e a completa
transferência de
tecnologia
à Marinha.”
Instalações da UFEM em Itaguaí - RJ
Com o término da obra da Unidade
de Fabricação de Estruturas Metálicas
(UFEM), a ICN inicia a construção
do submarino com a integração das
seções dos cascos resistentes fabricadas
nas instalações da Nuclep, no Brasil,
e no estaleiro da DCNS, na França
Techno
Divulgação Odebrecht - Foto Daniel Contarini de Oliveira
do submarino
Gerard Solve, Diretor-Presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN)
E
m final de 2008, Brasil e França firmam
o acordo de cooperação técnica na área
de defesa, especialmente na área de
submarinos. O desenvolvimento e a
construção de quatro submarinos convencionais
e um movido a propulsão nuclear determinados
pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(Prosub) da Marinha do Brasil é o objetivo final deste
acordo, que inclui a transferência tecnológica para
ambos os projetos.
Deste acordo surge o contrato principal,
firmado pela Marinha do Brasil (MB) e pelo
Consórcio Baía de Sepetiba (CBS), uma parceria
entre a empresa DCNS e a Odebrecht, relativo à
transferência de tecnologia e prestação de serviços
técnicos especializados, destinados a capacitar a MB
a projetar e construir submarinos convencionais e
nucleares, com exceção da transferência de tecnologia
na área nuclear.
Sete contratos comerciais compõem o escopo
do contrato principal, determinando os pacotes de
serviços, de materiais e de transferência tecnológica
contratados pela Marinha do Brasil a cada uma
das empresas participantes do programa. E, neste
contexto, a Itaguaí Construções Navais (ICN) é
a empresa criada com o propósito específico de
construir os submarinos previstos no Prosub.
A Itaguaí Construções Navais (ICN) é uma
joint venture formada por duas organizações: a
Direction des Constructions Navales et Services
(DCNS), um grupo francês detentor de engenharia
e tecnologia no setor de defesa marítima, com larga
tradição no mercado internacional de construção
naval, com uma participação societária de 41%; e,
a Odebrecht, com 59%, uma organização brasileira
presente em diversos setores produtivos, com
capacitação internacionalmente reconhecida na
execução de empreendimentos de grande porte e
complexidade tecnológica.
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
Techno
INDÚSTRIA NAVAL
Seção do submarino fabricada na Nuclep
Sobre a ICN
A estrutura organizacional da ICN é
formada pela presidência e três diretorias, cujas
atribuições estão divididas entre representantes
da DCNS e da Odebrecht: o Diretor-Presidente
Gerard Solve, que acumula uma vasta experiência
na área de submarinos, tendo sido diretor de três
empresas do grupo DCNS na França; o Diretor
Operacional Carlos Freire Moreira, que atuou por
várias décadas na Marinha do Brasil, inclusive nos
projetos e construção dos submarinos executados
no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e, após
a sua saída da MB, foi convidado pela DCNS
a integrar a equipe da empresa no Brasil; o
Diretor Financeiro e Administrativo, Carlos
Augusto Campos dos Reis, com experiência
na implantação e administração de diversos
projetos da Odebrecht no Brasil e no exterior,
e representante da empresa desde as primeiras
negociações do processo de formação da ICN;
e o Diretor Industrial, Antonio Luiz Costa,
com larga atuação na Engenharia Industrial de
empreendimentos executados pela Odebrecht no
Brasil e, principalmente, em países da Europa e
das Américas.
Divulgação Odebrecht - MB
“A ICN é uma empresa brasileira,
de direito brasileiro, formada a partir de
um acordo governamental entre a França
e o Brasil, com o objetivo de construir os
submarinos previstos no Programa de
Desenvolvimento de Submarinos (Prosub)
da Marinha do Brasil. A associação das
empresas DCNS e Odebrecht para a
formação de uma terceira empresa, a
ICN, tem, portanto, o propósito único
de garantir a correta construção dos
submarinos e a completa transferência
de tecnologia à Marinha”, coloca Gerard
Solve, Diretor-Presidente da ICN.
Com o término da obra Unidade
de Fabricação de Estruturas Metálicas
(UFEM), a ICN inicia a construção do
submarino com a integração das seções
dos cascos resistentes fabricadas nas
instalações da Nuclep, no Brasil, e no
estaleiro da DCNS, na França. Para esta
fase inicial, a ICN conta com um efetivo
de 400 pessoas, especialmente treinadas
e qualificadas no Brasil e na França, com
projeção de triplicar este número no
decorrer dos primeiros anos da construção
do submarino.
“Para que tenhamos o nível de
conhecimento para a transferência de
tecnologia torna-se necessária a aquisição
de um mínimo de competência de base.
Nesse sentido, nossas primeiras ações
se voltam para a área da formação e
qualificação de profissionais brasileiros,
tanto na França quanto no Brasil, os
quais serão os multiplicadores deste
conhecimento”, afirma Gerard Solve. “O
submarino é um objeto extremamente
complexo, que envolve uma apurada
tecnologia e o domínio amplo de
competências, desde a metalurgia para
fabricação do casco até a instalação
de sofisticados sistemas, envolvendo
diversas disciplinas e qualificações.”
A DCNS é a empresa responsável
pela transferência de tecnologia para
o desenvolvimento do Prosub nas
etapas: de projeto e construção dos
quatro submarinos convencionais; do
desenvolvimento do projeto do submarino
com propulsão nuclear; e de fornecimento
de informações técnicas para o projeto
do Estaleiro, da Base Naval e da UFEM.
A transferência tecnológica que trata dos
offset está assegurada por meio de um dos
sete contratos comerciais, firmado entre a
Marinha e a DCNS.
Divulgação MB
Carlos Freire Moreira,
Diretor Operacional da ICN
TECHNO News
Techno - Foto Rodrigo Morselli
Carlos Augusto Campos dos Reis,
Diretor Financeiro e Administrativo da ICN
Antonio Luiz Costa, Diretor Industrial da ICN
Seção do submarino
fabricada no estaleiro
da DCNS, na França
No campo exclusivo da construção
dos submarinos, Gerard Solve explica
que a atribuição da DCNS junto à ICN é
garantir a formação e a qualificação inicial
necessária bem como acompanhar a
conformidade e a qualidade dos trabalhos,
o que inclui a transferência de tecnologia
para a construção do casco resistente e
para a montagem completa do submarino.
“A DCNS está encarregada de fornecer
os equipamentos, assegurando que haja
também a transferência de tecnologia
para os equipamentos fabricados no
Brasil. Nesta cadeia, a empresa fornecerá
os produtos para a Marinha do Brasil que,
por sua vez, os colocará à disposição da
ICN para a construção dos submarinos,
ou seja, todas as aquisições são garantidas
pela DCNS sob o controle da Marinha
do Brasil, sendo a ICN, a empresa
encarregada pela instalação de todos os
equipamentos.”
As duas vertentes de transferência
de tecnologia da DCNS à Marinha do
Brasil - uma para a construção das
instalações da UFEM, Estaleiro e da
Base Naval e, outra, para a construção
dos submarinos -, visam à obtenção do
suporte físico e intelectual para a meta do
submarino nuclear, cuja plataforma será
desenvolvida pela própria Marinha com a
assistência da DCNS.
“O grande interesse de um País,
ao desenvolver um projeto como esse
do submarino convencional com vistas
ao submarino nuclear, pressupõe uma
indústria de defesa que possa não só
aportar os recursos necessários a estes
submarinos, mas, sobretudo, garantir a
renovação e a substituir de equipamentos
e o apoio à continuidade do programa
no futuro”, expõe Carlos Freire Moreira,
Diretor Operacional da ICN. “Por esta
razão, há um direcionamento muito forte
de nacionalização de bens e serviços no
escopo dos contratos assinados com a
DCNS.”
25
Em 2008, a DCNS e a Marinha do
Brasil iniciaram um extenso trabalho de
prospecção de potenciais fornecedores
nacionais para o Prosub, no qual se
buscou de Norte a Sul do País, empresas
com potencial para alcançar e fornecer
itens com a qualidade necessária e
requerida para o programa. Segundo
Carlos Freire Moreira, que participou
desta fase do Prosub como assessor da
DCNS, a motivação para que as empresas
alcançassem o nível de qualidade
requerido obteve resultados positivos
visto que várias indústrias estão em
processo de adequação e certificação para
fornecimentos futuros ao projeto.
“Há anos, a Marinha do Brasil
está atenta a esta questão. No projeto
e construção das corvetas, no final dos
anos de 1970, a MB buscou desenvolver
o mercado nacional, com investimento e
suporte técnico às empresas brasileiras”,
expõe Carlos Freire. “Hoje, há um
entendimento maior do empresariado
brasileiro de que o fornecimento para
a indústria da defesa, que requer
fornecedores de bens e serviços com
tecnologia de ponta, representa um
importante passaporte para o mercado
externo.”
Ainda em relação ao interesse
do Brasil na obtenção de uma indústria
de defesa, Carlos Freire observa que o
apelo do governo aos grandes industriais
brasileiros derivou o interesse de uma
série de empresas conceituadas com
expertise para o desenvolvimento do setor
e a criação de novas organizações, o que
reflete, inclusive, o potencial de alcance
futuro da indústria de defesa nacional.
A Odebrecht integra este grupo de
empresas nacionais com amplas condições
para atuar em vários segmentos da área
de defesa e, na ICN, especificamente, o
seu know how do mercado brasileiro se une
ao know how tecnológico da DCNS, para
uma fusão de competências.
Foto DCNS
Techno - Foto Rodrigo Morselli
Ano III - no 15 - 2013
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
INDÚSTRIA NAVAL
Nos últimos dois anos, várias
equipes da ICN receberam treinamento
na unidade fabril da DCNS em Cherbourg
e, no término deste, retornaram ao Brasil
com a função de treinar novas pessoas e
disseminar o conhecimento adquirido.
Já os profissionais da Marinha que
participarão diretamente da construção
do submarino, especialmente aqueles
oriundos da Emgepron, alguns já se
encontram na Nuclep e outros, serão
incorporados ao processo industrial da
ICN.
No Brasil, a qualificação e o
treinamento conduzido pela ICN são,
prioritariamente,
direcionados
para
as pessoas de Itaguaí e região, onde
já funciona o centro de recrutamento
e seleção da empresa. “Esta é uma
contrapartida importante da ICN à
sociedade de Itaguaí pela instalação da
fábrica no município”, expõe Carlos
Augusto dos Reis. “A construção do
submarino é um programa de longo prazo
e, nesse sentido, a oferta de qualificação e a
possibilidade de uma carreira duradoura
na ICN, representa para muitos destes
profissionais, uma oportunidade ímpar
de crescimento pessoal e familiar.”
Em Itaguaí, a ICN estabeleceu
parceria com o SENAI, para implantação
do Programa Acreditar
para o
treinamento de pessoal nas competências
de base em diversos níveis. Recentemente,
o primeiro grupo de pessoas que não
eram soldadores e adquiriram formação
para a primeira fase de qualificação em
solda, obtiveram seus diplomas. São 43
Foto DCNS
“Nos últimos anos, o Brasil
decidiu aumentar a proteção do território
brasileiro e o Comando da Marinha,
assim como o Ministro da Defesa estão
engajados neste propósito. Nesse contexto,
a Marinha busca estabelecer parcerias
com empresas privadas brasileiras, com
competência para atuação no mercado de
defesa, utilizando assim, a agilidade do
mercado privado em benefício da Nação”,
considera Carlos Augusto Campos dos
Reis, Diretor Financeiro e Administrativo
da ICN.
A utilização de tecnologias
específicas e sofisticadas na fabricação de
equipamentos de defesa requer um alto
grau especialização, por esta razão, a ICN
tem investido fortemente na qualificação
de profissionais brasileiros em duas
instâncias: na França, o treinamento de
Engenheiros, técnicos e operários, em
diferentes níveis e funções; e, em Itaguaí,
na formação profissional e qualificação de
pessoas da região, em níveis operacionais
para a construção do submarino.
Na França, o treinamento de
construção é coordenado e orientado
pela DCNS. Os cursos e treinamentos
são ministrados a pessoas do quadro da
ICN, em sua maioria, para atuação na
área industrial e, em menor número, para
a área operacional. Ainda nas instalações
da DCNS, também foram treinados
profissionais: da Nuclep, a empresa
subcontratada da ICN para a fabricação
de seções dos cascos resistentes; e da
Marinha, para o apoio à equipe de
produção da área industrial.
Parte da seção do submarino brasileiro fabricado no estaleiro da DCNS na França
soldadores formados pelo Programa
Acreditar, que ingressarão na ICN para
a execução de serviços auxiliares e com
a aquisição de maior habilidade e novas
qualificações poderão atingir estágios
mais especializados do processo.
O segundo grupo composto
por soldadores experientes recebem
treinamento especifico para soldagem
dos componentes dos submarinos.
“Nosso interesse final é o treinamento
de especialização e a qualificação para a
soldagem do submarino e, nesse sentido,
a ICN promoverá o treinamento de
todos estes jovens e profissionais para
a aquisição do nível necessário”, afirma
Antonio Luiz Costa, Diretor Industrial
da ICN. “O programa do submarino é de
longo prazo e cada vez mais, precisamos
ingressar os jovens neste processo
de formação e qualificação para que
alcancem o maior nível de excelência
possível em suas funções, porque além
da necessidade de renovação de mão de
obra, serão estes jovens que enfrentarão
no futuro, o desafio de construção do
submarino nuclear.”
A base da construção dos
submarinos será realizada na UFEM
e na sequência, transportada para o
estaleiro na área Sul, para a realização
da parte de maior visibilidade – a união
das seções, o término da fabricação
e o início dos testes de cais e de mar.
Independente da etapa, a transferência
de tecnologia é o ponto central e comum
a todas as atividades da construção dos
submarinos.
Nesse campo, Antonio Luiz Costa
coloca que a absorção da tecnologia é
importante, porém a fixação é essencial
para se construir submarinos com a
classe e o grau de dificuldade como
estes do Prosub. E ainda, não basta fixar
é preciso preservar este conhecimento,
documentando-o adequadamente, de
modo que este não se perca ao longo
do tempo, com a substituição natural
dos recursos humanos. “A fixação da
tecnologia nos permitirá a fabricação
dos submarinos no Brasil, executada por
brasileiros, o que será uma demonstração
de que o País aprendeu a fazer. E, a
tecnologia que fica com os profissionais
que participam deste trabalho, pertence
ao Brasil. A nossa responsabilidade para
com o nosso cliente Marinha é, portanto,
assegurar que esta tecnologia seja fixada
e esteja disponível em adequado nível
para os próximos anos.”
Outro
ponto
de
grande
relevância para a ICN na construção dos
submarinos é a questão da segurança.
Nesse campo, a ICN assim como a
própria Odebrecht, busca conscientizar
os profissionais em todos os níveis
de atuação, de que a segurança é algo
relacionado não somente ao uso de
EPIs ou ao cumprimento de normas
e exigências, mas sim, do fato de que
a segurança é um valor que tem como
resultante a sua própria integridade
física.
Portanto,
a
partir
deste
entendimento, o profissional começa
a entender a segurança por um prisma
bastante distinto. g
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
27
ENGENHARIA DE SUBSOLO
Brasfond
executa obras complexas
no Porto Maravilha
Divulgação Brasfond
O
Divulgação Brasfond
Acima, atividades da
Brasfond na obra do
Porto Maravilha; ao lado,
equipamento Hidrofresa
Porto Maravilha consiste um
dos mais arrojados projetos
de revitalização urbana em
pauta do País. O projeto
prevê a ampla reformulação da zona
portuária da cidade do Rio de Janeiro,
com a criação de novas condições de
trabalho, moradia, transporte, cultura e
lazer para a população, especialmente
para os moradores da região central.
A primeira fase do projeto que
compreende a implantação de novas
redes de água, esgoto e drenagem já
está finalizada; a segunda etapa, iniciada
em julho de 2012, com término previsto
para 2016, consiste a reurbanização
de toda a região portuária, incluindo
a reorganização da malha viária, a
valorização do patrimônio histórico da
região, e a implantação de novos projetos
culturais, como o Museu de Arte do Rio de
Janeiro (Mar), na Praça Mauá, e o Museu
do Amanhã, no Píer Mauá.
Esta fase do projeto Porto
Maravilha implantada em uma área de
5 milhões de metros quadrados prevê
diversas intervenções viárias, entre
estas, a execução de 4 km de túneis,
a reurbanização de 70 km de vias, a
demolição do elevado da perimetral
e a construção de três viadutos. São
obras complexas de infraestrutura,
considerando-se a alta densidade urbana
da área e a geologia problemática pela
proximidade com a orla marítima.
A construção dos três túneis
marca o início desta etapa do projeto: o
Túnel da Saúde, com 70 metros e o Túnel
Binário, com 1,1 km, executados sob
morros; e o Túnel da Via Expressa, com
aproximadamente 2,1 km, sob a Avenida
Rodrigues Alves. Ao término das obras,
o fluxo do trânsito poderá ser desviado
para a nova via, possibilitando então, a
demolição do elevado da perimetral.
“No Porto Maravilha, adotamos
soluções tecnológicas de ponta e
equipamentos de última geração. A
execução, por exemplo, do Túnel da
Via Expressa, sob uma avenida e um
viaduto em funcionamento, é uma
operação complexa e desafiadora”,
coloca Luis Carlos Tenuta de Azevedo,
gerente Técnico e Comercial da Brasfond
Fundações Especiais.
“Para a execução dos schafts,
utilizamos a Hidrofresa, um equipamento
hidráulico para escavação em rocha,
muito moderno, próprio para escavações
profundas. Além de imprimir velocidade
à execução da obra, o grande diferencial
deste equipamento é o alto grau de
precisão na verticalidade da escavação
em profundidade com engastamento na
rocha,e melhora da estanqueidade das
paredes de contenção a qual neste projeto
chega a 40 metros”, explica Luis Carlos de
Azevedo.
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TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
ENGENHARIA DE SUBSOLO
Imagnes - Divulgação Prefeitura Rio - Projeto Porto Maravilha
Acima, Píer Mauá onde será construído o Museu do Amanhã;
ao lado e abaixo, proposta arquitetônica para o Museu do Amanhã
Projeto Porto Maravilha - perspectiva futura da nova Praça Mauá
Os schafts são os chamados poços
de serviço que permitem a execução do
túnel em várias frentes de trabalho. Até
o presente momento, o projeto do Túnel
da Via Expressa definiu a construção de
4 schafts com profundidade em torno de
40 metros e outros poços ainda poderão
ser executados em função dos estudos
geológicos realizados em determinados
pontos do trajeto do túnel.
Além das obras subterrâneas para a
infraestrutura viária, a Brasfond é também
responsável pela execução das fundações
do Museu do Amanhã, localizado no
Píer Mauá, cuja proposta arquitetônica,
contemporânea e sustentável, prevê um
prédio com 15 mil m2 em meio a 30 mil m2
de área verde.
No Porto Maravilha, diversas
técnicas construtivas, definidas em
conjunto com o cliente, são adotadas
pela Brasfond, entre estas: as paredes
diafragma convencional e com emprego
de Hidrofresa, nos poços de serviço e
no interior dos túneis; o jet grouting, na
estabilização do solo na escavação dos
túneis e também no tratamento dos solos
para a execução da pista as estacas raiz,
nas fundações de pórtico e de viaduto, em
profundidades de até 35 metros e estacas
de brita para melhoria de suporte do solo.
“A cidade do Rio de Janeiro tem
uma geologia complexa com diversos
tipos de solos, o que inevitavelmente
nos leva a adotar soluções construtivas
e tecnologias muitas vezes combinadas.
A Brasfond detém um conhecimento
amplo desta geologia porque há décadas
vem atuando nas principais obras de
infraestrutura da cidade, entre estas, as
linhas e estações de metrô, tão complexas
e desafiadoras como as obras que ora
conduzimos no Porto Maravilha”, observa
Luis Carlos de Azevedo.
Nos últimos anos, a Brasfond
tem investido fortemente na aquisição
de equipamentos de grande porte e
com alta tecnologia - escavadeiras,
perfuratrizes e guindastes, entre outros.
São equipamentos computadorizados que
permitem o monitoramento e o controle,
em tempo real, da qualidade dos serviços
executados, e ainda, as correções de
eventuais desvios na operação, como é o
caso da Hidrofresa.
Os investimentos da empresa
na qualificação dos recursos humanos
também são crescentes. Os constantes
treinamentos das equipes, promovidos
pela Brasfond - ora em cursos específicos
ministrados no Brasil, ora na unidade fabril
do próprio fabricante do equipamento
no exterior, visam, além da atualização e
ampliação do conhecimento, à operação
segura dos equipamentos e à qualidade
dos serviços, e, por conseguinte, ganhos
significativos em prazos e custos para o
cliente. g
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
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PESQUISA & INOVAÇÃO
Projetos de inovação
Divulgação DNV
e o gerenciamento de riscos
Divulgação DNV
O Brasil está entre os maiores
mercados para dutos no mundo e,
com o desenvolvimento do pré-sal,
a quantidade instalada de dutos
será substancialmente ampliada
Asle Venas, diretor global do
segmento de dutos da DNV
A
atividade petroleira, desde os seus
primórdios, é responsável por grandes
conquistas tecnológicas da humanidade. O
aumento da demanda global por produtos
de hidrocarbonetos nas últimas décadas empurrou
a exploração de petróleo e gás para áreas marítimas
cada vez mais profundas, encontrando ali ambientes
desafiadores com severas condições de operação.
Tais ambientes consistem o sítio para o
desenvolvimento de pesquisas que buscam não
só desenvolver e estabelecer novos parâmetros
de conhecimento, mas principalmente, viabilizar
a atividade petroleira por meio de processos e
procedimentos que possam garantir a integridade e a
segurança das operações.
Para o segmento de dutos, o alcance de novos
paradigmas para a operação em ambientes offshore
agressivos é uma necessidade atual e envolve toda
a cadeia de produção, da concepção do projeto à
operação em todas as etapas do ciclo de vida útil do
duto.
Nesse campo, a DNV, empresa líder na área de
dutos com 65% dos dutos offshore mundiais projetados
de acordo com as normas da DNV, promove o
desenvolvimento de projetos de pesquisa, internamente
ou em parceria com empresas do mercado offshore,
que visam o alcance de novos conceitos e idéias para
os desafios em determinados nichos da indústria do
petróleo.
A inovação é um ponto diferencial da DNV
no mercado mundial que investe cerca de 6% de sua
receita em atividades internas de P&D, divididas
basicamente em duas carteiras de projetos – uma, para
as pesquisas de longo prazo e a outra, denominada
Projetos Extraordinários de Inovação, com trabalhos
de curta duração.
“A DNV investe continuamente em pesquisas
e destina uma verba considerável para a inovação. Na
área de dutos, por exemplo, o montante de 6% do que
obtemos no segmento, ao retornar para a pesquisa,
nos permite manter um fluxo muito bom de projetos
de inovação e pesquisa”, coloca Celso Raposo, gerente
do Departamento Técnico Advisory & Approval da
DNV América do Sul. “Estes trabalhos constituem, em
última análise, uma forma de mantermos o estado da
arte das atividades da DNV na área de dutos, não só
atendendo as expectativas de nossos clientes, como
também, associando o conhecimento de cada um
destes à experiência global da DNV.”
As atividades petroleiras em águas marítimas
profundas oferecem inúmeros desafios tecnológicos
em todo o mundo, acentuados no Brasil, pela
exploração e produção dos reservatórios do pré-sal,
cujo ambiente apresenta condições extremamente
agressivas que comprometem a integridade dos dutos
e o bom desempenho da operação.
Vários problemas com dutos decorrentes das
atividades na área do pré-sal são objeto de estudo das
pesquisas promovidas pela DNV. No final de 2012, em
evento da empresa denominado Pipeline Innovation
Day, a DNV apresentou ao mercado nacional, e
especialmente à comunidade dutoviária brasileira, os
projetos de inovação extraordinária X-Stream, SliPIPE
e FloatPipe, assim como os projetos de pesquisa
multiclientes, os chamados JIPs - Joint Industy Project,
desenvolvidos em cooperação com a indústria.
TECHNO News
30
Ano III - no 15 - 2013
Divulgação DNV
PESQUISA & INOVAÇÃO
Divulgação DNV
Celso Raposo, gerente do
Departamento Técnico Advisory
& Approval da DNV América do Sul
O principal palestrante do Pipeline
Innovation Day, Asle Venas, diretor global
do segmento de dutos da DNV, observa
que o evento “contribui para divulgar
novas idéias ao mercado, posicionando a
DNV como uma empresa inovadora com
pensamento moderno e diferenciado.”
Ana Paula França de Souza, responsável
pela divulgação dos projetos de inovação
extraordinária da DNV, assinala que “esta
oportunidade de interação entre a DNV e
os clientes com a discussão de novas idéias
faz com que a DNV seja percebida não
somente como uma entidade normativa,
mas sim, como uma empresa de inovação
voltada para a busca constante de
melhores soluções para o mercado.”
O Brasil se apresenta hoje, como
um dos maiores mercados para dutos
no mundo e com o desenvolvimento do
pré-sal, a quantidade instalada de dutos
será substancialmente ampliada. Em face
deste cenário presente e futuro, a temática
inerente aos projetos da DNV reúne
interesses de toda a cadeia de produção
do segmento dutoviário.
Os
projetos
de
inovação
extraordinária apresentados no Pipeline
Innovation Day são: o X-Stream, que
propõe um novo conceito para a operação
de dutos de gás em águas profundas
e ultraprofundas baseado no controle
da pressão diferencial interna e externa
do gasoduto durante a instalação e
operação, resultando expressiva redução
dos custos sem perda da segurança; o
SliPIPE, que traz uma nova proposta para
a acomodação das expansões térmicas em
gasoduto submetido à alta pressão e / ou
alta temperatura (HPHT); e, o FloatPipe,
que oferece uma alternativa para a
tecnologia convencional de gasoduto em
águas profundas, com difícil topografia
do fundo do mar ou zonas geoambientais
sensíveis.
Na
esfera
dos
projetos
multiclientes, os JIPs, a DNV detém uma
série de projetos cujos temas estudados
são de interesse específico, tais como a
solução de algum problema ou a melhoria
de algum processo ou procedimento. São
projetos que envolvem especialmente
contratantes, operadores, fabricantes de
dutos e empresas prestadoras de serviços
preocupados em resolver problemas
inerentes às suas atividades.
No Brasil, o desenvolvimento do
projeto multicliente “Furo Direcional
Horizontal” (HDD – Horizontal Directional
Drilling)
obteve
uma
repercussão
muito boa, envolvendo a Petrobras e
a comunidade dutoviária nacional, na
discussão sobre os riscos e as melhores
práticas em HDD. Decorrido o período
de confidencialidade do projeto, a DNV
emite uma Recommended Practices, com
uma validade internacional, utilizada
como referência por toda a cadeia
dutoviária - projetistas, empresas
prestadoras de serviços, contratantes e
operadores.
“Os projetos JIP e de inovação
extraordinária têm uma influência ampla,
pois desenvolvem conceitos possíveis de
utilização em qualquer parte do mundo.
Os investimentos na obtenção de um novo
duto são muito altos, e, altos são também,
os riscos de operação. Entre o projeto, a
fabricação e a entrada em operação de
um duto é necessário um período de dois
a quatro anos e, uma falha na operação,
sem considerar as questões ambientais,
por si só já representa enormes prejuízos”,
expõe Celso Raposo. “Portanto, quando
há uma nova proposição, tentamos buscar
novos modos de falha, avaliar os riscos e
quantificá-los, ou seja, gerenciar riscos,
que é o ponto central de todas as nossas
atividades.” g
Ana Paula França de Souza, responsável
pela divulgação dos projetos
de inovação extraordinária da DNV
Inovação e sustentabilidade
Divulgação DNV
Opera é uma central
estacionária
flutuante
de
geração e distribuição de
energia para uma rede de
instalações offshore.
A energia é gerada por 10 turbinas de ciclo combinado e
apresenta uma eficiência energética 15% maior do que o modelo
convencional com turbinas a gás e uma redução da emissão de CO2,
chegando ao índice de até 40%.
A geração centralizada em um único hub propicia uma sensível
queda do consumo de gás nos FPSOs, o que representa significativa
economia da matéria prima.
Outros benefícios do Opera são determinados pelos ganhos
logísticos operacionais, com a concentração de todos os equipamentos
em um só hub e ainda, o ganho de espaço nos FPSOs, permitindo
inclusive, a redução do tamanho das embarcações.
Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de profissionais
da DNV, o Opera apresenta uma solução econômica e segura para o
atendimento à crescente demanda energética de plataformas e sistemas
de produção offshore.
Divulgação DNV
Projeto de pesquisa
extraordinária da DNV propõe
um novo conceito de energia
para instalações offshore.
TECHNO News
Ano III - no 15 - 2013
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INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA
Primeiro lote de equipamentos
da EMBRAPORT chega ao Brasil
Navio Zhen Hua 10 chega ao terminal com mais de 9 mil toneladas em
equipamentos após viajar aproximadamente 20 mil quilômetros em 61 dias
Divulgação Embraport
A
Portêineres
- Quantidade total: 6
- Quantidade no 1º lote: 3
- Alcance: 23 contêineres
- Altura: 76 m até 124 m
- Capacidade de carregamento: 80 ton
- Spreaders (expansão): twin – 20’
Transtêineres (RTGs)
- Quantidade total: 22
- Quantidade no 1º lote: 11
- Alcance: 7 contêineres
- Altura: 25,93 ou 5 + 1
- Capacidade de carregamento: 41 ton
- Rodas: 16
Sobre a Embraport:
Instalado em área estratégica
com acesso por mar, rodovia
e ferrovia, o empreendimento
começará suas operações nos
próximos
meses.
Quando
concluído, terá um cais de
1.100 metros de comprimento
e a retroárea para 342 mil m²,
que representa uma capacidade
anual para 2 milhões de TEUs
e 2 bilhões de litros de granéis
líquidos.
Divulgação Embraport
A
EMBRAPORT
(Empresa
Brasileira
de
Terminais
Portuários)
é
a
empresa
responsável pela implantação
e operação do maior terminal
portuário privado do Brasil, que
está em construção na margem
esquerda do Porto de Santos
e representa um investimento
total de R$ 2,3 bilhões. Seus
acionistas
são
Odebrecht
Transport, DP World e Grupo
Coimex.
EMBRAPORT
(Empresa
Brasileira de Terminais
Portuários) recebeu em
fevereiro, o navio chinês
Zhen Hua 10 com o primeiro lote
de equipamentos para operação do
maior terminal portuário privado
do Brasil, que está em construção na
margem esquerda do Porto de Santos.
Os equipamentos – três
portêineres e 11 transtêineres – da
fabricante ZPMC auxiliarão na
movimentação portuária. O portêiner,
com mais de 124 metros de altura e
aproximadamente 1.600 toneladas, é
um guindaste específico para retirar
ou inserir contêineres nos navios. Já o
transtêiner, com dimensões de 25,20
metros de altura e 381 toneladas,
serve para movimentar as cargas
dentro do próprio pátio. Ao todo,
na primeira fase, o terminal terá seis
portêineres e 22 transtêineres.
A embarcação, que tem 244
metros de comprimento e 39,35
metros de largura, saiu de Xangai, na
China, no dia 13 de dezembro de 2012,
e viajou mais de 20 mil quilômetros
até chegar à Barra de Santos, no dia
08 de fevereiro.
Uma equipe da área de
manutenção
da
EMBRAPORT
acompanhou todo o processo,
desde a especificação e inspeção da
construção dos equipamentos até o
carregamento do navio. A embarcação
com o segundo lote de equipamentos
composto por outros três portêineres
e 11 transtêineres saiu de Xangai no
dia 08 de fevereiro e chega ao Brasil
em abril.
Ernst
Schulze,
diretorpresidente da EMBRAPORT, destaca
que
os
equipamentos
recémadquiridos são os mais modernos
do mundo para operação de
contêineres e colocarão a companhia
na vanguarda tecnológica do setor.
“Nosso terminal será diferenciado
e de alta produtividade, e por isso
estamos investindo em máquinas de
ponta, em segurança, e também na
capacitação de nossos integrantes”,
reforça.
Operação
Localizado
ao
lado
do
terminal de granéis líquidos da Ilha
Barnabé, entre os rios Diana e Sandi,
o terminal EMBRAPORT tem posição
estratégica. Além da via marítima,
possui acesso pela Rodovia Cônego
Domênico Rangoni, mais conhecida
como Rodovia Piaçaguera-Guarujá,
evitando, dessa forma, o trânsito
de caminhões na cidade de Santos.
Outro diferencial é a linha férrea da
MRS Logística, que corta o terreno,
facilitando o transporte de cargas
para esse tipo de modal.
A empresa começará suas
operações no primeiro semestre
de 2013, com aproximadamente
400 metros de cais e 50 mil m² de
retroárea para armazenagem de
cargas em geral. A meta é tornar o
terminal EMBRAPORT referência em
produtividade e eficiência no Porto
de Santos, com índices de excelência
em sua operação. g
Este é o início
de uma grande conquista
Seção do submarino fabricada no brasil para
o programa de desenvolvimento de submarinos (PROSUB)
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Prosub-EBN