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do
News
A revista do Grupo LET Recursos Humanos
N0 5 | Setembro / Outubro | 2007 | Ano 1
www.grupolet.com
CESAR MAIA
Como o Pan 2007 elevou o nível de uma
cidade chamada Rio de Janeiro – Pág. 12
ENTREVISTA
INSTITUCIONAL
COM O LEITOR
DICAS NEWSLET - LIVROS
“A palavra é...
OPORTUNIDADE”
Foto: Alexandre Peconick
Caros leitores,
m nosso contato bimestral destaco a
palavra “oportunidade”.
Simples, mas forte, ela
está expressa aqui em
três temas. Primeiro no
legado que o Pan 2007
deixou ao Rio de Janeiro.
Mais do que instalações
e infra-estrutura maravilhosas, amadureceu
o comportamento do carioca em receber um
mega-evento. Devemos agradecer isso ao belíssimo trabalho do Prefeito César Maia e do
seu Secretário Especial de Jogos Olímpicos
2016, Ruy Cezar. Também não posso deixar de
enfatizar o trabalho incansável do Érico Eduardo Magalhães da TV Globo, que sensibilizou
gestores e autoridades de norte a sul do Brasil, atuando como um apaixonado multiplicador
dos benefícios do Pan e do esporte olímpico
para a sociedade.
Não menos importante, mesmo porque dedicamos cinco páginas de nossa edição, é o engajamento do Grupo LET na inserção de pessoas
com deficiência física no mercado. Associamonos à ABBR, ao Instituto Benjamin Constant e a
quantas mais instituições queiram se unir a nós
para realizar um trabalho autêntico. Queremos
ser o suporte ideal a todas as empresas que desejem não apenas cumprir cotas, mas ter um relacionamento sério, respeitoso e qualitativo com
esses profissionais.
O Grupo LET se harmoniza com aqueles
que abrem oportunidades. Por isso, em nossa entrevista da edição abrimos espaço para
que a profissional Renata Furtado mostre a
filosofia inovadora da Construtora Tenda, empresa focada em oferecer moradias de quali-
E
dade e quem nunca pode tê-las.
Boa leitura!
Joaquim Lauria
Diretor Executivo do Grupo LET
2 | Setembro / Outubro | 2007
ENTREVISTA ESPECIAL
“A Comunicação como Estratégia de Recursos Humanos”, de Fábio França e Gutemberg Leite – Editoria Qualitymark
Como a área de Comunicação impacta na
de RH e como uma depende da outra são aspectos bem enfocados nesta obra que pode
ser considerada uma Bíblia para jornalistas
que desejam investir em RH ou para gestores modernos que queiram agregar jornalistas em seu negócio. Os autores expõem
com precisão como RH pode, por exemplo,
entender a mídia do mercado de trabalho.
“A Nova Visão do Coaching na Gestão por
Competências”, de Paulo Roberto Menezes
de Souza – Editora Qualitymark
Uma explicação altamente didática sobre
uma ferramenta em transformação: o coaching. Neste livro, Paulo Roberto Menezes,
um mestre no tema, nos ensina a usar e a
gostar do coaching na medida em que esclarece alguns pontos sobre como mapear
competências, como motivar e comprometer
equipes e como manter a empresa aprendendo e competindo. Também é um referencial para empreendedores.
EXPEDIENTE
Grupo LET Recursos Humanos
Planejamento: Guilherme Vidal
Matriz
Comercial: Julio César Mauro
Centro Empresarial Barra Shopping
E-mail: [email protected]
Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas 302-
Revista
A, 308-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ
tel: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102
News
Site: http://www.grupolet.com
Publicação bimestral– Setembro / Outubro 2007
e-mail: [email protected]
Ano I – Nº 05 – Tiragem 1.500 exemplares
Filial São Paulo - Rua James Watt 84,
Jornalista responsável (redação e edição):
2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São
Alexandre Peconick (Comunicação
Paulo (SP) – Tel: (11) 5505-2509
Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para
Filial Macaé - Avenida Rui Barbosa 698,
sala 110 - Tropical Shopping –
Centro - Cep: 27910-362 - Macaé (RJ)
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Filial Curitiba - Av. Winston Churchill 2.370,
sala 406, 4o andar - Pinheirinho Cep: 81150-050 - Curitiba (PR) Tel: (41) 3268-1007
Diretor Executivo: Joaquim Lauria
Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria
Capa: Eliane Carvalho / Prefeitura do Rio
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Diagramação e Arte:
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críticas e leia as respostas às suas
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Tel: (21) 2209-1717
Foto: Alexandre Peconick
EDITORIAL - PAPO
RENATA FURTADO
Contrutora TENDA Ltda.
“Vestindo a camisa da
empresa que dá chance
a quem nunca teve”
E
m apenas seis meses esta
profissional de Recursos Humanos cumpriu o desafio
de estruturar a recente filial Rio de
Janeiro da Construtora Tenda, uma
empresa especializada em construir
e comercializar imóveis de qualidade para a classe média baixa. Com
o apoio do Grupo LET, selecionou,
recrutou e depois treinou todos os
cerca de 200 profissionais que hoje
atuam em nove lojas espalhadas
pelo Rio e Grande Rio. Aos 25 anos,
nove deles no mercado de trabalho
(começou como vendedora de loja e
depois foi produtora de eventos), Renata Furtado não é graduada em RH.
A “faculdade” da atual Coordenadora de Gente e Gestão da filial Rio da
Construtora Tenda foi no dia a dia, na
convivência com situações distintas,
aprendendo a gostar de gente.
Graduada em Jornalismo (e depois em Publicidade também) pela
Faculdade Hélio Alonso, ela chegou a estagiar no jornal O Fluminense, de sua cidade natal, Niterói
(RJ), onde cobria de horóscopo à
editoria de polícia, passando pelos
classificados. Mas não era isso o
que exatamente desejava. Do jornalismo passou à área Comercial,
época em que começou a se envolver com RH, lutando pelos benefícios das pessoas contra a visão do
lucro pelo lucro.
Ao final de 2004 ingressou na Comunicação Interna da fábrica de Seropédica (RJ) da AmBev. Ali teria o seu
grande aprendizado em RH, fazendo
um job rotation até fevereiro de 2007,
quando deixou a fábrica de bebidas a
fim de negociar sua ida para a Construtora Tenda, após um “namoro” de
seis meses com esta empresa. “O trabalho na Tenda intensifica muito esse
valor que gosto de dar ao ser humano”, destaca Renata, que coordena
junto com uma equipe de seis gestores a contratação de vendedores,
advogados, arquitetos, engenheiros,
entre outros profissionais.
NEWSLET – Hoje você percebe
que atuando em RH a sua capacidade de “transformar” pessoas e
empresas é maior do que se estivesse atuando como jornalista?
Renata Furtado – Sem dúvida
alguma! Descobri na área de RH
que poderia contribuir mais do
que se estivesse sendo uma jornalista. Conseguir ajudar as pessoas dentro de uma empresa sem
passar por cima de ninguém sempre foi o meu objetivo, daí nascia
a minha paixão por Recursos Humanos.
Setembro / Outubro | 2007 | 3
PARCEIROS LET
ENTREVISTA
NEWSLET – Em 2006 a Tenda foi reeleita pela revista Exame como uma
das “100 Melhores Empresas para
se Trabalhar no Brasil”. Como a área
de Gente e Gestão do Rio trabalha
para não deixar a “peteca cair”?
Renata Furtado – Somos uma
empresa de origem familiar (fundada em 1969 por José Olavo Mourão
Alves Pinto), que há 12 anos vem
partindo para o aspecto de crescimento organizacional (implantado por seu filho e hoje Presidente,
Henrique Alves Pinto). Fui chamada para a Construtora Tenda para
montar a filial Rio de Janeiro com o
desafio de aprimorar o sentido de
satisfação dos funcionários. A todo
momento contrato gente e a eles
damos todo o suporte, como flexibilidade de horários, vale combustível, remuneração fixa e remuneração variável (comissão por vendas),
bom treinamento e o melhor plano
de saúde. Se o funcionário não tem
a casa própria pode adquirir conosco por desconto de até 30%. Tudo
isso porque quando um funcionário
nosso está satisfeito e seguro ele
tem mais prazer em realizar uma
venda.
NEWSLET – Como se compra um
imóvel pela Tenda?
Renata Furtado – Nosso lema
“Construir felicidade” não é um clichê, mas algo realmente vivenciado.
Oferecemos oportunidades de crescimento às pessoas, com segurança,
avaliando a situação de cada um. Para
a compra há uma entrada mínima de
R$ 2 mil. Só que o nosso diferencial
é o valor mais baixo do que outro
imóvel similar: um dois quartos em
prédio que tenha piscina, playground
e churrasqueira, por exemplo. Aqui o
4 | Setembro / Outubro | 2007
cliente realmente sabe o quanto ele
vai pagar até o final do plano. Damos
possibilidade de compra de imóvel a
quem não tem carteira assinada. É
um crédito real às pessoas.
NEWSLET – Vocês trabalham com
venda de imóveis para um público mais simples. Como Gente e
Gestão enfoca o treinamento com
os vendedores que vão lidar com
esse público?
“Não tenho problemas
em trabalhar MUITO, ao
contrário. Ter a Tenda como
minha segunda pele facilita
isso. Já houve dia em que
saí daqui do escritório
à meia noite”
Renata Furtado – Além das informações institucionais da empresa
(histórico), passamos aos vendedores a “Forma Tenda de Pensar” que
inclui ter jogo de cintura, carinho e
flexibilidade na conversa com pessoas de culturas muito diversificadas. Tem que se envolver com o seu
produto, como eu estou envolvida.
NEWSLET – Você trabalhou em
uma empresa como a AmBev e
agora está em uma área de vendas
de imóveis. Qual foi o grande desafio em sua vinda para a Tenda?
Renata Furtado – Meu maior desafio foi o de montar as lojas que
temos hoje com toda a estrutura
organizacional necessária. Todos
os vendedores foram treinados
por mim e eu também montei uma
boa equipe de profissionais para
me ajudar a treinar outros colegas.
Superei todas as expectativas da
empresa. Não tenho problemas em
trabalhar MUITO, ao contrário. Ter a
Tenda como minha segunda pele facilita isso. Já houve dia em que saí
daqui do escritório à meia noite.
NEWSLET – Você é a primeira jornalista que NEWSLET descobre
em cargo de ponta em RH de empresa. Que importância tem a Comunicação para o trabalho do RH
na Construtora Tenda?
Renata Furtado – A faculdade de
Jornalismo abre sua cabeça para o
mundo, ajuda a ter um olhar mais crítico. Em RH oriento meus funcionários sobre a força das palavras, sobre
o cuidado em usar cada uma do jeito
certo e no momento certo. Também
peço para terem cuidado quando o
assunto for religião, ainda mais porque em um público de baixa renda
encontramos pessoas de todas as
tendências religiosas. E também
para aceitarem todo o tipo de visão
de mundo, da mais simples à mais
arrogante. Precisamos saber lidar
com isso e uma boa Comunicação é
fundamental, pois ensina que não se
pode criticar sem antes verificar todos os detalhes de cada situação.
NEWSLET – Para onde você vê o
RH caminhando e que papel esta
área terá no futuro?
Renata Furtado – Está caminhando para o aumento da função
estratégica, da sinergia e da ênfase
às pessoas que geram resultados.
Quem não planeja não vai à frente.
Por isso RH está englobando gente de todas as áreas, em especial
as que têm facilidade em planejar,
como Comunicação. Porque RH
tem que dar suporte a todas as áreas, entendendo o que influi no negócio da empresa.
Fotos: Divulgação ABRH - Nacional
Da esquerda para a direita – Érico Magalhães, Ruth Cardoso e Fábio Barbosa
Educação é o melhor caminho para crescimento das organizações
B
rasil, China, Índia e Russia irão dominar a economia mundial nas próximas décadas, mas para
que esse crescimento crie raízes em
nosso país se faz necessário amplo
investimento na Educação não apenas básica mas, sobretudo, no âmbito empresarial. A previsão é fruto
de um estudo criterioso de Thomas
Mallnight, Professor de Estratégia
do IMD (Instituto Internacional para
o Desenvolvimento Gerencial), trazidos dos EUA pela ABRH-Nacional
para abrir o 33º Congresso Nacional Sobre Gestão de Pessoas (CONARH 2007), que movimentou nada
menos do que 19 mil profissionais
entre os dias 21 e 24 de agosto em
São Paulo, capital.
Fazendo uma ampla análise do
conteúdo de todas as conferências,
um dos coordenadores do Comitê
de Criação do CONARH, Luís Edmundo Rosa (Diretor de RH do Grupo Accor para a América Latina), explica que o universo empresarial já
tomou consciência de que este momento de crescimento sustentável
nos move a evoluir continuamente
sem destruirmos a sociedade que
ficará para nossos filhos. “É vital refletirmos que essa flexibilidade exigida pela globalização representa
para nós repensarmos e reformar-
mos todo o modelo educacional
para aproveitarmos essa tendência
global da qual se refere o Thomas”,
esclarece Luís Edmundo.
Esse esforço concentrado, segundo a Antropóloga, Presidente da
ONG Comunitas e ex-primeira dama,
Ruth Cardoso não nos permite egoísmo. “A competição move as empresas, mas são os mecanismos de
cooperação aqueles que realmente
trarão progresso; se não disseminarmos nossos modelos positivos,
a energia da evolução vai morrer
conosco”, prevê ela, que também
abrilhantou o evento. A sacudida no
mercado já se verifica em algumas
empresas como Banco Real e Organizações Globo. No caso do banco,
o seu Presidente Fábio Barbosa,
mostrou no CONARH como uma
empresa pode vencer investindo no
respeito interno entre as pessoas e
na motivação das lideranças. Já Erico Magalhães da TV Globo, em talk
show ao lado de Oscar Schimidt,
Bernardinho Flavio Canto, entre outros atletas, reforçou a idéia de que
o chamado “Projeto Pan” foi apenas
o primeiro passo rumo ao desafio
maior de formar cidadãos por meio
da educação esportiva. “Precisamos
que os gestores multipliquem em
suas empresas ideais sustentáveis
por meio do esporte”, pede Erico.
TALENTOS
A
educação é o combustível dos
talentos. Saturadas em suas economias, as grandes potências estão
demandando trabalho de emergentes
como o Brasil. Para Luís Edmundo
Rosa, alguns modelos deste CONARH
deixam claro como a falta de investimentos na Educação cria abismos. “Algumas empresas brasileiras deixam de
assumir trabalhos no exterior por não
disporem de talento suficientes; uma
questão curiosa, pois o Brasil tem muitos talentos em formato bruto, que precisam de lapidação para se transformarem em talentos empresariais”, avalia o
integrante da ABRH-Nacional.
Até por isso, o CONARH debateu
como evoluir na questão dos talentos.
Uma das soluções mais viáveis é a criação de ambientes com climas inovadores, ou seja, espaços livres nas empresas para experimentação sem medo de
errar e flexibilidade de procedimentos
para se alcançar metas. “Essa fábrica
de talentos também se alcança com
conceitos que mesclem o trabalho à
distância e uma rotina de escritório”,
exemplifica Luís Edmundo.
Uma das maiores tendências nacionais que o CONARH 2007 reflete para
o mercado parece ser a de que não
se trabalha para um negócio, para um
cliente, mas para uma sociedade inteira, que é crítica, ávida por novidades e
volúvel por natureza.
Setembro / Outubro | 2007 | 5
TRABALHO E EMPREGO
MERCADO com deficiência
A
os 10 anos, Leandro Ferreira Malaquias perdeu as
pernas ao ser atropelado
por um ônibus perto de
sua casa, em Belfort Roxo (RJ). Fim
de linha para ele? Não. Ao contrário;
era o começo de uma trajetória de
empreendedorismo de quem garante
nunca ter tido medo de obstáculos.
Há pouco mais de um ano ele começou a procurar emprego. Depois
de alguns “nãos” participou de um
processo seletivo e obteve êxito. Em
agosto de 2006 ele já trabalhava como
Operador de Telemarketing na Tivit.
“Na nossa vida as coisas acontecem
de repente; temos que aproveitar as
oportunidades, por isso pretendo fazer carreira aqui embora ainda queira
investir na música, minha paixão”,
conta Leandro, hoje com 22 anos.
Até entrar no mercado, Leandro fazia natação, basquete, musculação
e tocava guitarra. Na empresa está
plenamente integrado aos colegas,
participando de todas as atividades
sociais e motivacionais que o RH da
Tivit promove.
“Não me deram oportunidade apenas por uma cota, mas porque sou
realmente útil ao mercado e se preocupam comigo”, define Leandro, que
tem o 2º grau completo e ainda pretende cursar Administração.
Cota. Essa palavra ainda assusta
muitas empresas. Em julho de 1991
o Congresso Nacional aprovou a Lei
8.213/91 que estabelece cotas mínimas de trabalhadores com deficiência
6 | Setembro / Outubro | 2007
Fotos: Alexandre Peconick
se abre aos profissionais
Leandro Ferreira
Malaquias constrói
sua carreira na
empresa que lhe
abriu portas
que cada empresa com 100 ou mais
empregados precisa ter. A cota em
100 funcionários começa em 2% e vai
aumentando até o total de 5% para
empresas com pelo menos mil funcionários. A empresa que descumprir a
Lei 8.213/91, quando autuada, pode
pagar multa que varia de R$1.195,13
a R$119.512,33 conforme a Portaria
1.199 de 28 de outubro de 2003. Segundo dados do Ministério do Trabalho, apenas entre o início de 2000 e
O Ministério do Trabalho mostra o número de pessoas
com deficiência inseridas no mercado entre 2000 e
2006 por meio da fiscalização
PCD’s empregados pela ação do MTE
16.000
14.000
PCD’s inseridos
no emprego
14.351
12.786
13.793
11.231
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
3.072
2.965
1.828
2.000
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
julho de 2007, 64.177 pessoas com
deficiência foram inseridas no mercado de trabalho pela fiscalização.
“Sabemos que o principal entrave
para a contratação das pessoas com
deficiência é o desconhecimento
das potencialidades delas ou a alta
exigência de qualificação do trabalhador, por isso pedimos e disseminação de atitudes de inclusão”, pede
Roberto Lopes Costa, Assessor da
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(SIT) ligada ao MTE. A sugestão vem
em bom momento: no último dia 21
de setembro foi comemorado o “Dia
Nacional de Luta das Pessoas com
Deficiência”.
Consultoria de Recursos Humanos
sempre voltada ao que há de mais
moderno e abrangente no mercado,
o Grupo LET está abrindo suas portas às pessoas com deficiência, que
podem cadastrar seus currículos no
site www.grupolet.com e ali também
estar concorrendo a vagas específicas para eles. Duas parcerias já foram contatadas: ABBR (oficializada)
e Instituto Benjamin Constant (préoficializada). “Estamos buscando ampliar e aprimorar parcerias no sentido
de desenvolver a nossa capacidade
em atender pessoas com deficiências otimizando o potencial de cada
uma”, explica a Coordenadora de RH
do Grupo LET, Silvia Souza.
Potencializar talentos é rotina na
Tivit. Empresa de ponta em Telemarketing e cliente do Grupo LET, a Tivit
abraçou a causa das pessoas com de-
Com suor e talento, o deficiência visual Alexandre
Campanha busca sua recolocação no mercado
ficiência graças ao trabalho de imersão realizado pela sua Superintendente Regional de RH, Débora Monteiro.
Em 2003, Débora viu sua madrinha
sofrer um coágulo no cérebro e perder da noite para o dia sua energia de
trabalho. “Isso me sensibilizou muito,
desde então comecei a estudar e conhecer diversas instituições que trabalham com deficientes”, conta Débora que pretendia inserir um projeto de
coração e alma na Tivit. “Não queria
trabalhar com deficientes como simples negócio ou apenas para pregar
diploma de responsabilidade social
na parede”, revela a Superintendente
do RH na Tivit.
O primeiro passo de Débora foi o
de transformar a mentalidade das pessoas. “Não adianta inserir deficientes
na empresa sem conscientizar quem
está ao lado, isso cria desgaste”, justifica. Por isso a Tivit promoveu inúmeras palestras sobre o tema. Após
quatro meses de um trabalho árduo a
empresa já se encontrava pronta a receber profissionais com deficiência.
Hoje a Tivit tem, somente no Rio de
Janeiro, 60. A empresa é um case no
tema e ganhou em 2005 um prêmio
nacional de telemarketing pelo projeto que chama com toda a propriedade de “Muito Além do Dever”.
Antes de se preocupar com o trabalho em si, a Tivit foca em recuperar a auto-estima de pessoas com
deficiência (PCDs). E já no processo
seletivo todos os profissionais são
preparados para lidar com deficientes físicos. Os PCDs fazem o mesmo
tipo de treinamento, cumprem a mesma carga horária e ganham o mesmo
Setembro / Outubro | 2007 | 7
TRABALHO E EMPREGO
salário que os demais colaboradores
da empresa. Em um dos projetos da
Tivit, o Geração Futura, há participação ativa de profissionais com deficiência. “Meu sonho é ter um dia um
profissional com deficiência em cargo de direção, e podemos chegar a
ter”, aposta Débora.
Apostar no talento do deficiente
físico é algo que já vem sendo feito
também pela HP (Hewlet Packard),
em São Paulo, empresa que paga
a Erick Leornardi de Brito, de 38
anos, um salário quase 25% maior
do que o anterior que este profissional de Ciências Contábeis recebia. “Mas dar o primeiro passo foi
complicado”, reconhece ele que
sofreu uma paralisia cerebral pouco após nascer. A falta de oxigênio
atingiu apenas a fala e a coordenação motora. O cérebro, capaz de
realizar várias operações ao mesmo tempo, não foi atingido. Focado
em sua carreira, ele já esteve em
outras seis multinacionais. E ainda
quer “voar mais alto”.
Quem também pretende voltar
a “voar” é o engenheiro Alexandre
Campanha, de 38 anos. Casado e
tendo um filho de cinco anos, ficou
cego há dois anos e meio de uma
das vistas por causa do diabetes e
na outra conta com 15% de visão.
Ele já trabalhou na Carioca Engenharia e depois em empresa própria
(com sócios) a FCK Projetos, Engenharia e Construções.
Alexandre perdeu parte da agilidade e, como o mercado exige velocidade no cumprimento de tarefas, ele se viu afastado de funções
que exercia. Hoje atua como um
consultor de sua empresa e recebe proventos do INSS. Mas busca
recolocação no mercado. Com esta
intenção foi ao Instituto Benjamin
Constant (IBC) atrás de ferramentas
8 | Setembro / Outubro | 2007
Fotos: Alexandre Peconick
TRABALHO E EMPREGO
“Estamos buscando ampliar
e aprimorar parcerias no
sentido de desenvolver
a nossa capacidade em
atender pessoas com
deficiências”, explica Silvia
Souza do Grupo LET.
para se readaptar à nova realidade.
No IBC conheceu o Magic 9.2, um
programa que amplia a tela permitindo visualização a uma pessoa de
baixa visão. “Meu campo de visão
é limitado, então o trabalho é muito maior com o raciocínio; por outro lado esse problema me ensinou
a enxergar melhor com a cabeça,
abrindo meus conhecimentos para
outros sentidos”, admite Alexandre.
O mercado de trabalho precisa de
mais Leandros, Ericks e Alexandres.
Eles não podem ser só exemplos.
Precisam ser a regra nos quesitos
determinação das pessoas com deficiência e atitude das empresas.
“Débora Monteiro,
Superintendente
de RH da Tivit”
“Na ABBR o atendimento é realizado
com carinho e atenção às necessidades
das pessoas em reabilitação”
“Heloísa Machado,
da TV Globo”
Foto: Divulgação / TV Globo
“Natalia Anachoreta, José
Francisco de Souza e Dinorah
Gama: a equipe do DOA Instituto Benjamin Constant”
TV GLOBO oferece
oportunidades para
superação de limites
Mais do que atingir um sonho, o
“Programa Sem Limites” abre oportunidades aos profissionais com
deficiência e lhes ensina que “nem
o céu é o limite”. O local? TV Globo: empresa líder de audiência e de
competitividade no mercado. Heloisa Machado, Diretora de Desenvolvimento e Benefícios da TV Globo,
diz que o programa é o amadurecimento de um trabalho iniciado ainda em 2002, quando foram estruturadas sólidas parcerias, uma delas
com o IBDD (Instituto Brasileiro dos
Direitos da Pessoa com Deficiência). “Iniciamos o trabalho pedindo ao IBDD para fazer a análise da
compatibilidade dos nossos cargos,
cruzando-os com os tipos de deficiência existentes e determinando as
possibilidades deles realizarem funções específicas”, esclarece.
Paralelamente, a TV Globo estruturou o seu RH e as lideranças
de cada área para lidar com deficientes e ambientá-los. O passo
seguinte foi a criação dentro da
empresa de um trabalho de capacitação de profissionais com
algum tipo de deficiência. “Desenvolvemos de 2002 até hoje oficinas para as funções de Auxiliar
Administrativo, Operador de Videografismo, Camareiro, Ajudante
de Instalações, Auxiliar de Materiais e agora em 2007 iniciaremos
a de Alfaiate”, informa Heloisa. Por
meio dessas oficinas, o Programa
Sem Limites prepara os profissionais antes mesmo da abertura de
oportunidades, acelerando o processo de adaptação das pessoas
com deficiência à empresa.
“Esse programa abre o leque da
empresa para enxergar e dar oportunidade ao talento não importando
sua origem, sua condição ou suas
delimitações. Ser competitivo hoje
é isso: abrir horizontes” conclui Heloisa. Hoje a TV Globo já está planejando novas oficinas para pessoas
com deficiência com foco em áreas
como Engenharia, Tecnologia e Produção, por meio de parceria com a
Firjan (Federação das Indústrias do
Rio de Janeiro).
Há também o trabalho que a TV
Globo realiza com os reabilitados
– pessoas que adquiriram alguma
deficiência em função de acidente
ou ação violenta de terceiros. Para
todos os casos (deficiência física
ou reabilitação) a empresa oferece
amplo espaço para o desenvolvimento das carreiras. “O Grupo LET
é parceiro muito importante da TV
Globo na divulgação de todos esses projetos”, reafirma a Diretora
de Desenvolvimento e Benefícios
da Emissora.
Setembro / Outubro | 2007 | 9
SERVIÇOS LET
TRABALHO E EMPREGO
Algumas instituições que recebem e encaminham pessoas com deficiência
Instituto Benjamin Constant
– site www.ibc.gov.br
Reabilitando e preparando deficien-
ABBR (Associação Brasileira
Beneficente de Reabilitação)
– site www.abbr.org.br
tes visuais com cegueira e baixa visão
Esta nova parceira oficial do Grupo
o IBC conta com 70 professores na área
LET tem foco no trabalho de reabilita-
de Educação e 12 na de Reabilitação.
ção física, mas encaminha deficientes
Há 10 anos existe no IBC a Divisão de
físicos ao mercado de trabalho como
Orientação e Encaminhamento, (Doa)
parte de sua filosofia de qualidade de
dirigida por José Francisco de Souza,
vida. “Estimulamos nossos pacientes
para buscar parcerias, inserir deficientes
a realizar atividades que os ajudem a
e acompanhar o desenvolvimento deles
recuperar sua auto-estima, mas, con-
no mercado de trabalho. No prédio da
forme o tratamento evolui, eles perce-
Avenida Pasteur na Urca são ministrados
bem que têm capacidade para fazer
cursos de massoterapia, cerâmica, shiat-
muito mais do que imaginavam”, reve-
su, informática, reflexologia, música, en-
la Cristiane Isidoro, do Serviço Social.
tre outros. A instituição também capacita
Localizada no bairro carioca do Jardim
professores da rede federal para atuar
Botânico, a instituição mantém ofici-
com alunos deficientes visuais.
nas terapêuticas além dos diversos
Segundo o Diretor da DOA-IBC, mui-
serviços de reabilitação, ministrados
tas empresas desistem de aceitar os
por fisioterapeutas, psicólogas e peda-
deficientes por achar que necessitam
gogas. “Queremos trazer profissionais
de muitos recursos financeiros para
para fazer palestras de esclarecimen-
adaptar seus ambientes a uma nova
to aos deficientes que ainda temem
realidade. “Para um deficiente visual
o mercado de trabalho”, conta Odete
você não precisa de grandes adap-
Coutinho, Coordenadora do Serviço
tações, a empresa deve ter portas de
Social da ABBR.
correr ao invés de portas de abrir, ex-
Em 2003 a ABBR começou a mon-
tintores de incêndio sempre no chão e
tar um banco de currículos e também
o número da sala ao lado da porta, por
a fazer análise das empresas que so-
exemplo,”, explica Francisco.
licitam pessoas com deficiência para
Os profissionais do IBC sugerem
preencher suas vagas. Na percepção
que as empresas visitem esta institui-
de Odete Coutinho as ofertas de em-
ção e conheçam as reais capacidades
pregos são bem distribuídas em todos
dos deficientes visuais. “Os processos
os setores. “Na década de 90 era mais
seletivos precisam saber do deficiente
concentrada em Telemarketing, mas
quais as suas necessidades e que fer-
com o passar dos anos aumentou a
ramentas realmente dominam”, pede o
demanda para deficientes em áreas
Diretor do DOA, que convida gestores
que pedem graduação e até pós-gra-
de empresas a conhecer o trabalho
duação”, informa. Neste mês de outu-
do IBC de capacitação também a car-
bro a ABBR conta com 100 currículos e
go de Natalia Anachoreta (Terapeuta
60 empresas cadastrados. Alguns pa-
Ocupacional) e de Dinorah Gama (As-
cientes se cadastram, são indicados,
sistente Social). O trabalho precisa de
começam a trabalhar, mas mesmo
parcerias, mesmo porque entre setem-
assim pedem para continuar no ban-
bro de 2006 e setembro de 2007 dos
co de currículos. “É uma consciência
54 deficientes visuais encaminhados
madura de mercado que nos orgulha”,
seis ficaram nas empresas.
admite Odete.
10 | Setembro / Outubro | 2007
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência –
site www.rio.rj.gov.br/deficientecidadao
Esta secretaria da Prefeitura do Rio
investe na orientação profissional e
na inserção social das pessoas com
deficiência e de seus familiares. “Fazemos capacitação comportamental
e não técnica, por isso é importante
que o deficiente chegue bem à empresa, saiba como se vestir, como se
portar e como trabalhar a melhoria de
sua auto-estima”, enfatiza Leda Azevedo, Secretária Municipal da Pessoa
com Deficiência.
Leda Azevedo esclarece que também é realizado um criterioso trabalho desta instituição com as empresas por meio de palestras e da
exibição do vídeo “Mitos e Realidade
da Pessoa com Deficiência”. Hoje
há mais de 6 mil currículos de pessoas com algum grau de deficiência
cadastrados na Secretaria, que tem
ainda o programa “Reabilitação Baseada na Comunidade”, capaz de
abranger nada menos do que 634 comunidades em toda a cidade do Rio
de Janeiro.
IBDD (Inst. Brasileiro dos
Direitos da Pessoa cpm Deficiência) – site www.ibdd.org.br
Tem foco na capacitação profissional
e no encaminhamento de pessoas com
deficiência às empresas ferramentas
como o sistema E-Hunter de cadastramento online aquele que permite à pessoa com deficiência cadastro do currículo sem a necessidade da assistência
de terceiros. No ano de 2005, foram
encaminhados mais de três mil profissionais para o mercado de trabalho. A
inserção do deficiente no mercado de
trabalho é considerada pelo IBDD um
pilar necessário à construção da cidadania das pessoas com deficiência.
FOLHA
ON LINE
Fotos: Alexandre Peconick
up grade na
admistração
de mão-de-obra
temporária
A
implantação do sistema de folha on line no
Grupo LET é o passo
decisivo para agilizar o
atendimento ao serviço de administração de mão-de-obra temporária, pois aprimora a capacidade da
Administração de Pessoal (AP) em
dar um retorno preciso e imediato
às dúvidas dos clientes sobre o processo de admissão, cálculos de pagamentos e descontos. Além disso,
acelera a produção dos relatórios e
descentraliza o trabalho da matriz
desta consultoria de RH. “A folha on
line nos permite visualização clara
sobre cada detalhe, com isso podemos dar explicações sem interromper serviços como rescisões, fazer
cálculo e produção de folha de pagamento, FGTS, INSS, e outros”,
explica Andrea Barreto, Auxiliar de
AP do Grupo LET. “Sem a folha on
line o nosso tempo para fazer esses
serviços era cerca de 30% menor, o
que aumentava a chance potencial
de falhas”, admite Thais Ramos, outra colaboradora da Administração
de Pessoal. “Minimizamos a possibilidade de dados divergentes”,
confirma Renan Gouveia, da filial
LET em São Paulo.
O Grupo LET acredita que quando as informações são transparentes, rápidas e o atendimento é feito
com prazer conquista-se a confiança do prestador de serviço. Mesmo
um trabalhador temporário quer estar seguro para render aquilo que
pode e vestir a camisa da empresa.
Também é um objetivo da folha on
line dar agilidade aos profissionais
do Grupo LET que trabalham locados em clientes. “Uma prestadora
mensalista estava com dúvidas em
seu contra cheque; na mesma hora
abri a ficha financeira e expliquei os
descontos”, conta Danielle Falbo,
Auxiliar de AP do Grupo LET locada
em um de nossos clientes.
O QUE DIZ A LEI
O Grupo LET é especialista na ferramenta administração de mão-deobra temporária (lei nº 6.019). Com
a novidade da folha on line, contratar
pessoal temporário com o Grupo LET
passa a ser mais do que nunca uma
solução econômica, prática e flexível
para manter a organização voltada
ao foco de seu negócio. A duração
permita por lei para este tipo de contratação é de 90 dias ou três meses,
prorrogáveis automaticamente por
mais 90 dias mediante simples notificação ao Ministério do Trabalho.
Setembro / Outubro | 2007 | 11
PERSONAGEM - CAPA
PERSONAGEM - CAPA
Cesar Maia – Este Pan colocou o Rio
de Janeiro como a cidade de maior
rede de equipamentos de entretenimento de toda a América Latina.
N
ão se alcança o sucesso em um evento de
porte internacional sem
uma autoridade mergulhando de cabeça em sua estrutura.
Os Jogos Pan Americanos Rio 2007
foram um marco para o Rio de Janeiro, sobretudo, face à obstinação
de seu prefeito Cesar Maia.
Carioca de Copacabana, Cesar
Epitácio Maia viveu sua adolescência na época da bossa nova. Depois
de estudar no Colégio Sto. Inácio
e no Padre Antônio Vieira, cursou
Engenharia em Ouro Preto (MG) e
Economia em Santiago (Chile).
Apaixonado pelo Rio, ele está em
seu terceiro mandato como prefeito
– o primeiro entre 1993 e 1996 e o
segundo de 2001 a 2004. Otimista,
assegura que “estamos com tudo”
para sediarmos os Jogos Olímpicos
de 2016.
NEWSLET – De que forma o Pan
2007 projetou o Rio de Janeiro?
Cesar Maia – Só o fato que no site especializado Games Bid (nota: maior
site especializado em apostas relacionadas aos Jogos Olímpicos indica, até o momento desta reportagem,
que o Rio tinha 52% da preferência,
contra 28% de Chicago - EUA e 8%
de Tóquio - Japão) Rio seja o favori12 | Setembro / Outubro | 2007
NEWSLET – Que legado deixa este
Pan 2007 em capacitação e geração de empregos?
NEWSLET – Em bairros de baixa
renda é comum ouvir que “esse Pan
foi só para os ricos”. O que o Sr. tem
a dizer às classes de média e baixa
renda em relação ao que o Pan Rio
2007 deixou efetivamente a eles?
Cesar Maia – As baixas taxas de
desemprego a partir dos meses de
julho e agosto (nota: representam
redução drástica em relação aos
meses anteriores) deste ano mostram que o Pan Rio 2007 chegou a
todos os bairros do Rio de Janeiro.
to para os Jogos Olímpicos de 2016,
mostra o sucesso do Pan 2007.
juca e aprimorar o sistema de transportes da cidade.
NEWSLET – Qual é o seu maior desafio em gerir esta renovada cidade?
NEWSLET – Quais são os pontos
mais positivos deste Pan Rio 2007?
NEWSLET – Aprimorar transportes passa pela ampliação do metrô, o que está sendo feito nesse
sentido?
Cesar Maia – O meu maior desafio é o de preparar gerentes para
as funções intermediárias (funções
entre os secretários municipais e os
funcionários – exemplo: gerentes
de programas da prefeitura) da administração municipal.
Cesar Maia – O fato da cidade não
ter vivido um caos que muitos esperavam e a avaliação nota 10 das
pessoas a respeito de todas as áreas (segurança, estrutura, atendimento, transportes etc.).
NEWSLET – Que pontos precisam
ser aprimorados para que possamos sediar os Jogos Olímpicos?
Cesar Maia – Precisamos ainda
despoluir as lagoas da Barra da Ti-
César Maia – O metrô do Rio está
sendo duplicado com a ligação São
Cristóvão - Central. Além disso, o
corredor Barra - Penha está sendo
licitado em corredor dos mesmos
moldes daquele que já existe em
Curitiba (PR).
NEWSLET – O que nós ganhamos
em segurança fruto do esforço realizado para o evento?
NEWSLET – Que importância a área
de Recursos Humanos tem para a
administração do Rio de Janeiro?
Cesar Maia – Tudo o que fazemos
na cidade do Rio são Recursos Humanos. Nada podemos fazer sem
ter esse foco.
“O ESPORTE E A ECONOMIA DO RIO”
Foto: Eliane Carvalho / Prefeitura do Rio
“Pan 2007
alavanca
o Rio”
Foto: Divulgação / COB
CESAR MAIA
Publicamos trechos do artigo do Sr. Prefeito sobre o esporte como
elemento fundamental na economia do Rio de Janeiro.
Cesar Maia – Ganhamos a demonstração de que a Barra da Tijuca (nota:
base principal dos eventos) é uma
área fácil de se garantir segurança.
Cesar Maia
Cesar Maia vistoria as obras
do Engenhão
Não há hoje atividade humana que
tenha mais ligações e multiplicadores
econômicos que o esporte....
Quando os eventos ocorrem, multiplica-se a demanda de transporte coletivo e individual com seus respectivos
trabalhadores e uso de combustíveis,
aumenta a procura por bares e restaurantes, por brindes, lembranças e fotos
ou por material similar àquele usado
pelos atletas. O esporte tem sido a
cada dia mais um ativador da indústria
de confecções. Influencia de tal forma a
produção de roupas e seu design que
esta passou a adotar modelos esportivos independente da atividade esportiva em si.
O mesmo acontece com a indústria
de calçados. Tanto a indústria de calçados quanto a de vestuário exigem uma
permanente atualização e novos lançamentos, sejam eles inspirados por pesquisas voltadas ao esporte ou devido à
competitividade do mercado para todo
tipo de uso.
...O espaço urbano tem que ser reconstruído para abrigar atividades esportivas e outras de desdobramento esportivo. A Educação Física como prática
educacional leva às escolas muito mais
do que recreação. A profissionalização
exigiu também a multiplicação de faculdades e de cursos de extensão.
O multiplicador sobre o setor de Saúde vai desde a proliferação de práticas
fisioterápicas e reabilitadoras, com toda
a sua permanente renovação, até os diversos campos da medicina esportiva,
que geram impacto em outras áreas
médicas, como a ortopedia.
A imprensa escrita e eletrônica cria
um vetor de jornalistas esportivos cada
vez mais amplo, que vai de repórteres e
colunistas a editores e comentaristas...
A propaganda e a publicidade têm no
esporte seu nicho mais apetitoso, que
contamina toda a produção e associa
a atividade esportiva a uma cultura jovem, sabendo que, seja qual for, o resultado de jogos e campeonatos não
afetará o patrocinador.
A centralidade esportiva de certos
países em determinadas modalidades
é um elemento ativador do conhecimento sobre aquela nação, dos fluxos
de eventos e, conseqüentemente, do
turismo. Os levantamentos feitos sobre o valor econômico do esporte, com
todos esses multiplicadores, mostram
que nenhuma atividade econômica tem
expressão maior sobre o PIB de uma
nação. Alguns estudos comprovam ser
uma atividade que ultrapassa os 10%
do PIB em economias maduras.
Por estas razões, os Jogos Pan-Americanos de 2007 e a possível conquista
dos Jogos Olímpicos de 2016 pelo Rio
de Janeiro não podem ser vistos como
a conquista de eventos que mobilizam
pessoas e atenções por 15 ou 30 dias.
Devem ser vistos como uma oportunidade para que a economia do Rio de
Janeiro seja revertida em vários sentidos e através de diversificados multiplicadores sobre outras atividades,
gerando investimentos diretos e indiretos e atraindo investidores para tantas
atividades que se ligam ao esporte.
Esses eventos devem ser trabalhados
pela sociedade e pelos empresários
como um vasto campo de oportunidades auto-sustentáveis e crescentes em
função do pólo ativador que eles representam e que se traduzem em muitos
recursos, muitas empresas e empregos
que vão além desses acontecimentos.
Setembro / Outubro | 2007 | 13
VERDE
TESTE
QUE TE QUERO VER E COMER
A
salvação das áreas verdes do planeta é tão vital
quanto à ingestão de alimentos verdes pelo nosso organismo: verduras e legumes.
Devemos ingerir o quanto pudermos
a qualquer hora do dia, de acordo
com a nossa consultora na área, a
nutricionista Sandra Mendonça.
Passa pelos alimentos verdes um
importante atalho para o equilíbrio do
organismo e a prevenção de males
como o infarto, a diabetes e as úlceras. “Todos os verdes contém fibras
que chegam primeiro à corrente sangüínea impedindo a passagem do
excesso de gorduras e açúcares que
podem obstruir vasos, veias e artérias”, esclarece a Dra. Sandra, especialista no combate à obesidade. Ela
indica a ingestão de alimentos verdes
na forma mais natural: inteiros, picados ou batidos no liquidificador para
facilitar sua absorção no sangue. Para
o melhor aproveitamento de todos os
nutrientes de uma refeição, ela orienta seus pacientes para que comam a
salada antes do prato quente.
Foto: Site sxc.hu
14 | Setembro / Outubro | 2007
Além de regular as funções do
organismo a salada tem um aspecto calmante expresso por alguns
de seus ingredientes. O alface, por
exemplo, acalma o estômago e evita o problema do refluxo. “Salada
rica em verdes quebra a ansiedade
da fome responsável por salivação
excessiva e má digestão”, acrescenta a Dra., sugerindo que o ideal
é combinar alimentos verdes claros
(cuja vitamina E combate o envelhecimento precoce), com verdes escuros (que têm ferro e cálcio, ideais
para os ossos e músculos). Alface e
chicória, com brócolis e agrião é um
bom exemplo de salada equilibrada.
Verdes fazem bastante por nós.
Dons tons claros aos escuros, alimentos como alface, couve, agrião,
ervilha, brócolis, entre muitos outros são ideais para regular as atividades do intestino.
Ricos em vitamina A, o brócolis,
o espinafre, a couve e outros vegetais verde-escuro contribuem para
preservar a acuidade visual, renovam a pele, a gengiva e fortificam
os dentes. O brócolis contém ainda
o selênio, mineral anti-oxidante que
atua nas funções neurológicas (excelente para a memória) e na elasticidade dos tecidos do corpo. Outra
vitamina imprescindível é o complexo B encontrado na ervilha, que
atua como formador dos glóbulos
vermelhos do sangue, das células
Foto: Alexandre Peconick
SAÚDE
A Doutora
Sandra Mendonça
é a consultora
dessa reportagem
do intestino e sistema nervoso, sendo indicada para tratar enxaquecas
e dores de cabeça.
Já o espinafre contém o zinco,
que ajuda na cicatrização e aumenta a imunidade, o que evita uma
série de doenças. Misturar suco de
laranja com espinafre aumenta a vitalidade para cumprir as tarefas do
dia. Sucos são, aliás, uma excelente
forma de absorção para os verdes
no organismo. A couve, que possui
propriedade farmacológica ideal
para o combate à gastrite, pode ser
ingerida em um suco com beterraba
e laranja ou ainda, em casos mais
graves, adicionada à meia batata
inglesa crua e o mesmo suco de laranja. Tudo batido no liquidificador.
A dieta verde tem outras vantagens, como predisposição à prática
de exercícios, melhora da energia
sexual e o aprimoramento da metabolização. A Dra. Sandra Mendonça
alerta, no entanto, que uma alimentação deve ser completa, somando
os verdes às proteínas (carnes, feijões, queijos) e/ou aos carboidratos
(massas e pães).
Que tipo de perfil
EMPREENDEDOR
O mercado não busca “o empreendedor”, mas “um tipo de empreendedor para cada negócio”. O teste de
Gabriela Canella, Analista de RH do
Grupo LET, ajuda você a descobrir
seu perfil de empreendedor e aprimorar seu foco. Envie o resultado para o
e-mail [email protected]
Dê uma resposta a cada pergunta.
Ao final, conte a maior incidência de
A,B ou C. Confira em seguida traços
e dicas sobre seu perfil!
1) Antes de começar o ano você:
A - Nunca faz um planejamento, uma previsão de gastos, receitas e investimentos.
B - Faz o levantamento e anotação dos
principais gastos que terá em boa parte
dos meses do ano.
C - Faz um planejamento, previsão de gastos
e investimentos, atingindo seus objetivos.
2) Você se sentiria mais motivado a:
A - Ajudar alguém a resolver uma questão.
B - Convencer alguém a fazer algo.
C - Preparar uma embalagem para presente.
3) Você foi convidado para uma festa a fantasia com três opções: qual escolhe?
A - Uma fantasia de médico.
B - Uma fantasia de engenheiro.
C - Uma fantasia de vendedor.
4) Uma equipe da qual você faz parte necessita dividir tarefas. Você escolhe para si:
A - Selecionar, treinar e orientar pessoas
em atividades.
B - Pesquisar, selecionar e comprar material para produzir.
C - Deslocar, arrumar e oferecer produtos
para clientes.
5) As atividades profissionais nas quais
você adquiriu mais conhecimento e experiência foram...
A - ...realizadas no setor de serviços.
B - ...realizadas no setor de comércio.
C - ...realizadas no setor de indústria.
6) Diante da necessidade de tomar uma
decisão, você se sente tentado a:
A – Consultar amigos e parentes sobre o
caminho a seguir.
B - Consultar a opinião de uma pessoa de
confiança para complementar suas percepções.
C - Avaliar todos os pontos da questão e
optar pelo que julgar mais adequado.
7) Um novo projeto vai ser implantado por
sua equipe, seu pensamento é:
A - Será que daremos conta deste desafio?
B - Faremos o possível para cumprir esta
responsabilidade.
C - Somos competentes e dedicados, certamente vamos realizar um ótimo trabalho.
8) Uma boa oportunidade seria:
A - Ser chamado para trabalhar em outra
empresa, por um salário maior.
B - Descobrir como conseguir o capital
para abrir sua empresa.
C - Identificar uma necessidade de um grupo de pessoas dispostas a pagar por uma
forma de satisfazê-las.
9) Com relação aos seus investimentos,
os ditados que representam seu comportamento são:
A - Mais vale um passarinho na mão do
que dois voando / macaco velho não mete
a mão em cumbuca.
B - Nem oito nem oitenta / nem tanto ao
mar nem tanto à terra.
C - Nem sempre sardinha, nem sempre galinha / nem só de pão vive o homem.
10) Você considera pessoas ou empresas
que atuam no mesmo segmento que o seu...
A - Concorrentes, devo superá-los.
B - Concorrentes, mas posso aprender
com eles
C - Concorrentes, mas podemos estabelecer parcerias para ir mais longe
você tem...?
CONFIRA SEU
“ESTILO
EMPREENDEDOR”
– MAIORIA DE...
A – EMPREENDEDOR DUVIDOSO
- Tendência ao setor de serviços. Noções básicas sobre empreendedorismo. Aprimore-as em sites e livros.
Desenvolva confiança e capacidade
de assumir riscos. Treine habilidades
para controle de finanças, gestão de
qualidade e marketing. Conheça o
mercado em que vai se lançar. Elabore um plano de negócios para
abrir seu empreendimento.
B – EMPREENDEDOR EM POTENCIAL - Tendência para atuar no
comércio e/ou indústria. Razoável
domínio sobre empreendimento e
traços de um empresário de sucesso. É necessária lapidação. Desenvolva técnicas de negociação para
aprimorar autodisciplina, criatividade e habilidade de relacionamento
com clientes. Realize treinamentos e
cursos de capacitação.
C – EMPREENDEDOR DE SUCESSO - Características de um empresário de sucesso! Chances de
obter êxito em empreendimentos.
Estude e se capacite, pois o mercado muda e é preciso acompanhálo para continuar tendo resultados
positivos. Trabalhe a criatividade, o
espírito de liderança e a capacidade
de negociar e assumir riscos quando possível e necessário.
Setembro / Outubro | 2007 | 15
NONONO
16 | Setembro / Outubro | 2007
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