SEMIPRESENCIAL
2014.2
MATERIAL COMPLEMENTAR II
DISCIPLINA: TRABALHO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
PROFESSOR: CARLOS ALEX
PRIVATIZAÇÕES
Dez motivos para ser contra
Dez motivos para ser a favor
Hoje apenas sugerir uma privatização já é considerado entreguismo. Por mais
que o PT também tenha privatizado, os tucanos ficarão para sempre
estigmatizados como privateiros que entregaram ao capital estrangeiro nosso
patrimônio. Logo, para o PT, existem privatizações que são piores que outras.
Dez motivos para ser contra as privatizações
1- Soberania Nacional
Ao privatizar determinado serviço, o Estado perde parte de sua soberania, pois
entrega de bandeja ao capital externo o controle e o lucro de determinada
finalidade, não podendo o Estado criar ferramentas para proteger a população
da ambição capitalista.
2- Roubo
Ao privatizar uma empresa, o Estado entrega à iniciativa privada uma empresa
construída com dinheiro público. Ou seja, o trabalhador paga com seus
impostos ao Estado para que este invista em determinada empresa e depois o
Estado vende a empresa à iniciativa privada. Logo, dinheiro público é usado
para enriquecer a iniciativa privada.
3- Corrupção
Todos sabemos que os políticos privateiros sempre receberão favores das
empresas que porventura façam ganhar as licitações e leilões. Logo, as
privatizações servem para enriquecer e perpetuar no poder o partido
privatizador.
4- Desemprego
As privatizações causam desemprego. A iniciativa privada, ao tomar o controle
de uma empresa pública, não pensará duas vezes antes de demitir seus
funcionários. Logo, as privatizações são ruins para os trabalhadores dessas
empresas, que ficarão ameaçados de perderem seus empregos, sendo muitos
deles demitidos.
5- Finalidade
A empresa privada não tem o objetivo de prestar um bom serviço público, o
objetivo da empresa privada é o lucro, não importando como. Logo, o serviço
prestado ao cidadão é piorado.
6- Desigualdade
Com as privatizações, os serviços tem seus preços aumentados e os pobres
ficam inaptos para acessá-los. Logo, só quem tem dinheiro poderá gozar pelo
serviço privado e será aumentado ainda mais o abismo entre os ricos e os
pobres.
7- Fuga de capitais
Com as privatizações, grupos estrangeiros passam a comprar as empresas
estatais e a repassar ao exterior os lucros do trabalho do brasileiro. Logo, as
privatizações geram fuga de recursos para o exterior e fazem o Brasil ficar mais
pobre.
8- Universalização
Com a privatização, uma empresa pode se negar a oferecer determinado
serviço importantíssimo em determinada localidade por causa de sua baixa
viabilidade econômica. Logo, até os brasileiros com recursos podem ser
prejudicados pela falta de serviços.
9- Crise
As crises do capitalismo são cíclicas. Logo, quando o Estado controla
determinada atividade, existe mais segurança de que ela será cumprida e não
será abalada por crises. Empresas estatais não costumam declarar falência,
pois se resguardam no Estado.
10- Consequências
O resultado das políticas de privatizações promovidas pelos governos
neoliberais tornou o Brasil mais pobre, mais desigual e mais injusto, apenas
enriquecendo uma pequena classe de empresários e políticos. Logo, as
privatizações colaboram para que a sociedade seja mais desigual e aplica o
capitalismo selvagem contra nossa sofrida população carente.
11- Constituição
Nossa Constituição é social e democrática de Direito, e determina que o Estado
preste diretamente serviços como o de educação, saúde e assistência social,
podendo a iniciativa privada atuar apenas de forma complementar/suplementar,
não sendo possível a concessão de serviços públicos sociais.
12- Prejuízo
Com as privatizações o Estado perde uma importante fonte de receita. Imagine
quantos hospitais e escolas poderíamos construir com os lucros que as
empresas privatizadas estão obtendo todo o ano. É um roubo bilionário.
Dinheiro que deveria ser nosso enriquece poucos.
Dez motivos para ser a favor das privatizações
1- Melhora nos serviços
Felizmente a realidade por si só já advoga a favor das privatizações.
Experimente andar numa estrada controlada pela iniciativa privada e numa
controlada pelo governo. Verifique a eficiência das empresas públicas e a das
privadas. O que podemos concluir é que as empresas privadas, por estar a
todo o momento sob risco e contra uma feroz concorrência, são obrigadas a
buscar saídas e soluções para gerar dinamismo e otimizar suas funções –
diferente das empresas públicas.
2- Corrupção
Diferente de uma empresa pública, os funcionários de uma empresa privada
sabem muito bem quem é o dono da empresa e para quem trabalham. Os
desvios de recursos nas empresas privadas são bem inferiores ao das
empresas públicas, pois, diferente das empresas públicas, as empresas
privadas não se capitalizam com apenas dinheiro público. Logo, com as
privatizações a corrupção nas empresas será reduzida. Prova disso é que
pagar a mensalidade de um aluno no serviço particular geralmente é mais
barato do que sustentar o mesmo aluno no ensino público.
3- Cabide de emprego
Todos sabemos que as estatais servem apenas de cabide de empregos para
que políticos indiquem pessoas desqualificadas para cargos altamente
gabaritados. Até a Dilma foi indicada para um cargo na Petrobrás com salário
de 100 mil reais. Logo, as estatais abrigam muito mais funcionários do que
deveriam para, à custa dos nossos impostos, empregar apadrinhados do
partido do poder, que irão desviar recursos das empresas públicas para seus
partidos, que assim se perpetuarão no poder.
4- Crescimento
Numa empresa privada, os funcionários são promovidos através do mérito e
esforço. Logo, o profissional evolui ou regride na sua carreira de acordo com
seu desempenho. Numa empresa pública, é muito difícil demitir um funcionário
improdutivo e há como evoluir na carreira através de um generoso plano de
carreira ou de um apadrinhamento político.
Situações com essa desvalorizam o profissional que quer trabalhar e premiam
os canalhas, pois no serviço público a diferenciação entre a remuneração é
inferior a do serviço privado.
Logo, um ótimo professor do ensino público acaba ficando desmotivado com as
péssimas condições de trabalho e de remuneração, acabando oferecendo um
serviço pior do que o oferece no serviço privado.
5- Concorrência
Vejamos o exemplo da Vale. Não havia dinheiro para os investimentos
necessários para a empresa crescer e se manter competitiva. Os balanços da
empresa estavam sempre no vermelho. Depois de privatizada, a Vale cresceu,
emprega mais brasileiros e paga muito mais impostos do que antes.
Antes das privatizações, só ricos podiam contar com uma linha telefônica. As
privatizações aumentaram a concorrência e entre as companhias, que
passaram a oferecer um serviço cada vez mais acessível ao cidadão comum.
Por pior que seja o serviço de algumas operadoras, certamente é melhor e
mais barato aos nossos bolsos do que seria se elas fossem estatizadas.
6- Privilégios
Enquanto que a maioria esmagadora dos brasileiros que pagam impostos
trabalham na iniciativa privada, não contando com nenhum privilégio, muitos
trabalhadores das estatais têm estabilidade em seus cargos. Como pode o
cidadão acabar sustentando via imposto o BNDES para que esse financie
empresas onde os trabalhadores contam com privilégios?
7- Inchaço
Ao privatizar estatais, o Estado passa a contar com os recursos da compra e
assim poder focar mais nas suas funções essenciais, as quais a iniciativa
privada não pode atuar: defesa do país, segurança, saúde, infraestrutura,
educação, etc. O Estado deve fazer menos e fazer melhor. De nada adianta o
Estado atuar em todas as áreas se ele atua de forma ineficiente com o dinheiro
do contribuinte.
8- Risco
A forte atuação do governo em empresas estatais acaba fazendo com essas
empresas percam valor no mercado, como é o caso da Petrobrás.
O investidor internacional fica receoso de investir numa empresa onde o
objetivo não é só lucrar, mas também regular inflação e apadrinhar pessoas
nos altos cargos. Como resultado disso, todo o país perde, pois o Brasil investe
seus investimentos de longo prazo comprando ações da Petrobrás. Logo, a má
gestão do governo acaba afetando até o brasileiro comum, que não investe na
bolsa.
9- Prejuízo
Nas empresas privadas, quando uma fraude acontece, quem sai prejudicado é
o acionista. Nas empresas públicas é o contribuinte, ou seja, todos os
cidadãos. Quem manda nas empresas privadas são os acionistas
controladores. Nas empresas púbicas os funcionários mandam e desmandam
através das corporações.
10- Contratação
Nas empresas privadas a área de recrutamento de pessoal existe para
contratar os melhores para o desempenho das atividades sempre muito
competitivas. Nas públicas a contratação é feita: 1- concurso (que só identifica
a inteligência, mas não a produtividade); 2- por definição política (onde a
técnica é desconsiderada); e, 3- por indicação de pessoas ligadas ao governo,
para ocuparem os perigosos Ccs;
11- Descontinuidade devido às eleições
As empresas privadas podem escolher o caminho da Governança Corporativa.
As empresas públicas só podem esperar o resultado das eleições para que
seja definido como será feita a administração das mesmas mais adiante;
12- Demora
As fraudes apuradas nas empresas privadas são, geralmente, de curta
duração. As decisões do dono ou controlador tratam de minimizar as
consequências ruins e novos controles tratam de prever melhor as crises. Já
nas empresas públicas tudo é demorado e dificilmente empregado é demitido.
O representante dos donos (cidadãos-contribuintes) jamais toma decisões
drásticas;
13- Publicidade
A publicidade dos produtos da empresas privadas é, geralmente, medida pelo
retorno das vendas e da institucionalização da imagem. No caso da publicidade
das empresas públicas a decisão só tem como objetivo ajudar os amigos e
aduladores;
14- Burocracia
As empresas privadas, como se sabe, não fazem licitações. Fazem
negociações. Já as empresas públicas, além de serem obrigadas a licitar tudo,
acabam por oportunizar fraudes por parte de quem quer vencer as licitações.
Isto sem falar na demora que a burocracia impõe para as compras.
15- Mito do “petróleo é nosso”
Da onde que as pessoas acreditam que o petróleo é nosso? Até onde eu sei o
dinheiro do petróleo acaba sendo revestido para fins secundários. Como para
financiar os esportes, a cultura, os filmes nacionais, fazer propaganda em
revistas e jornais que apoiam o governo, criar comerciais de tv, etc.
Se os lucros do petróleo fossem destinados inteiramente à educação, poderia
até não reclamar. Porém, a realidade é que ele é destinado para muitos fins
que pouco ou nada beneficiam a população.
Por que uma propaganda da Petrobrás numa revista me beneficiaria? Por que
o investimento da Petrobrás num filme que eu não quero ver me beneficia? A
verdade é que esses incentivos à cultura acabam fazendo com que a nossa
imprensa e classe artística acabe se tornando defensora desse sistema que os
beneficiam. Logo, eles defendem que o petróleo é nosso, mas é porque o
dinheiro do petróleo, na verdade, é deles.
Se o petróleo é nosso por que o ouro também não é nosso? Cadê a Ourobrás?
Então por que a preciosa água também não é nossa? Cadê a Águabrás? Então
por que a banana também não é nossa? Cadê a Bananobrás. Só acreditamos
que temos que estatizar a produção daquilo que está no nosso território porque
somos uns bananas que moramos na Banânia.
Nossos recursos naturais devem ser explorados, sendo o lucro repassado para
o explorador e os impostos da exploração destinados aos nossos serviços. O
Estado não necessariamente tem que ser o explorador, apenas o bom gastador
dos recursos dos impostos da exploração.
REFERÊNCIA
Disponível em: http://acidblacknerd.wordpress.com/2013/05/18/privatizacoes10-motivos-para-ser-contra-10-motivos-para-ser-a-favor/ Acesso em: 11 Out
2014
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