CESET - UNICAMP 2007 TOPOGRAFIA 2007 PROF. Hiroshi Paulo Yoshizane [email protected] [email protected] TOPOGRAFIA APLICADA PROJETO DE G.A.P. PERFIL do TERRENO 645 Altitudes 1:100 GREIDE ¨I¨ 640 Distâncias 635 Estacas Cotas Projeto 1:1.000 0 1 2 3 4 5 6 PROJETO DE G.A.P. Seqüência de Cálculos 1º Passo Cálculo da declividade superficial do terreno natural Cota da estaca inicial ¨ estaca 1¨ = Cota da estaca final I m/m = ¨estaca 6¨ = Cota estaca 1 – cota estaca 6 Dist. Estaca 1 até estaca 6 i % = I m/m x 100 Assim, obtem-se a declividade superficial 2º Passo Determinação hidrológica do escoamento: 1-Determina-se a área da bacia de contribuição. Pelo método topográfico: ¨cálculo de áreas¨ -softwares topográficos; -autocad; -métodos gráficos: -planímetro; -vetorização. MÉTODO ANALÍTICO “M É T O D O R A C I O N A L” ¨VÁLIDA PARA BACIAS HIDROGRÁFICAS COM ATÉ 50 ha.¨ Dimensionamento para suportar vazão máxima “ Q máx ” de projeto, definida como sendo a máxima vazão ocorrida na condição fisiográfica da bacia de contribuição. Calculara a vazão ¨Q¨ calculada para cada trecho pelo Método Racional, seguindo a fórmula : Q = 0,1667 x c x i x A com Q em m³/seg. Q : m³/seg. A = Área de drenagem em hectares. c = coeficiente de escoamento superficial. i = Intensidade pluviométrica em mm/min. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Coeficiente de escoamento superficial ¨runoff¨ ¨ C ¨ Coeficiente de Runoff = 0,50 Válida para superfícies com poucas áreas ocupadas com estruturas de construção civil ¨ telhados e calçadas impermeabilizadas¨ e com as Ruas e Avenidas com pavimento asfáltico. TABELA 1 ¨ C ¨FONTE DAEE 2º Passo Determinação hidrológica do escoamento: 3-Dimensionamento da caixa de entrada. ¨boca de lobo ou boca de leão¨ PROJETO DE ¨GAP¨ Planta esquemática SISTEMAS DE DISPOSIÇÃO As águas precipitadas nos terrenos dos lotes urbanos, são dispostas de forma livre conforme a declividade, ou em sistemas de calhas coletoras, denominadas como drenagem superficial, que na sequência, são despejadas junto às guias e sarjetas, mergulhando nas bocas coletoras conhecidas como bocas de lobo ou de leão. calçada Guia chapéu pavimento sarjeta Guia chapéu BOCA DE LOBO OU LEÃO Equipamentos coletores e protetores Plantio de árvore errado Grade móvel para inspeção INÍCIO DA GALERIA Caixa coletora selada sob meio fio ¨calçada¨ Vai para a galeria BOCA DE LOBO OU LEÃO Guia chapéu grelha grelha Boca de lobo nova com guia e sarjeta As bocas de lobo, necessitam de inspeção periódica, principalmentenas épocas do início chuvoso. COLETORES ( Figura 1 planta ) HIDRÁULICA DE CANAIS Para um melhor entendimento em estudos projetos de drenagem, é imprescindível revermos um pouco de hidráulica específica. HIDRÁULICA DOS CONDUTOS LIVRES APLICAÇÕES E EXECUÇÕES TIPOS DE SEÇÕES HIDRÁULICAS: -SEÇÕES CIRCULARES. -SEÇÕES -SEÇÕES -SEÇÕES -SEÇÕES -SEÇÕES QUADRADAS. RETANGULARES. TRIANGULARES. TRAPEZOIDAIS. ESPECIAIS: -SIAMESES. -MISTAS. -OVÓIDES. VELOCIDADE DE FLUXO -Nos sistemas de drenagem por canais, existem fatores importantes à serem considerados: a) b) c) d) e) f) g) h) Tipo de seção a ser adotada e aplicada; natureza das paredes ¨material da parede¨; declividade mínima e máxima; profundidade dos canais; altura de recobrimento; estabilidade do fundo ¨berço de assentamento¨; quando em peças pré-moldadas ¨rejuntamento¨; caixas de transição de altura e inspeção ¨PV¨. VELOCIDADE DE FLUXO ¨Nos projetos devem ser considerados de início, a velocidade máxima e mínima de fluxo¨. -Velocidade mínima: ¨assoreamento¨ -Velocidade máxima: ¨erosões nas paredes¨ OBS: É importante para um bom dimensionamento, uma análise do solo apurada, e um bom trabalho topográfico durante a execução. VELOCIDADE DE FLUXO VELOCIDADE MÁXIMA: y A velocidade máxima relacionase por y/r= 1,62 que equivale a Y=0,81D. y DECLIVIDADE ( i m/m ) importantíssimo saber Q Ocorre na situação em que o conduto está parcialmente cheio, isto é, numa altura de 0,81D. A vazão máxima parece que se dá quando há um fluxo em seção CHEIA, mas, é um engano, isto é, só trabalhará em conduto livre quando se tem uma pequena altura em contato com o ar atmosférico, que é de pelo menos a 0,95D. VELOCIDADE DE FLUXO VELOCIDADE LIMITE INFERIOR: ¨ Para evitar deposição ¨ -Água com suspensão de finos = 0,30m/s -Água transportando areia fina = 0,45m/s -Água de esgoto sanitário = 0,60m/s -Águas pluviais = 0,75m/s VELOCIDADE DE FLUXO VELOCIDADE LIMITE SUPERIOR EVITAM A EROSÃO NAS PAREDES: -Canais -Canais -Canais -Canais -Canais -Canais arenosos = 0,30m/s com paredes saibrosos = 0,40m/s com paredes de seixos = 0,80m/s com paredes de aglomerados consistentes=2,00m/s com paredes de alvenaria = 2,50m/s com parede de rocha compacta =4,0m/s -Canais com paredes de concreto = 4,50m/s BUEIRO ¨canal circular¨ Determinação da vazão no canal fechado, seção circular, em concreto, com 0,5 m de diâmetro, nas seguintes situações: declividades 1/100 m/m e 1/10 m/m, e áreas molhadas de ¾ e ½ do diâmetro. CARACTERÍSTICAS DO CANAL: n=0,013 -coeficiente de Manning para o concreto. D = 0,5 m diâmetro do tubo adutor y = ¾ D e y = ½ D profundidades do escoamento no canal (tirante) I = 1/10 e 1/100 declividades longitudinais do canal. Observando a figura e, conseqüentemente à geometria do canal, encontra-se : 1 - (área molhada) A = 1/8 ( - sen ) x D² 2 - (raio hidráulico) 3 - (tirante) onde D y 1 cos 2 2 é o ângulo central que delimita o tirante. Para y = ¾D ou pela equação : obtém-se: y = ¾ . 0,5 = 0,375 m = 240 = 0,375 m PROCEDIMENTO ANALÍTICO ( PASSO À PASSO ) TRIGONOMETRIA APLICADA À HIDRÁULICA DE CANAIS CIRCULARES: Observando a figura e, conseqüentemente à geometria do canal, encontra-se : 1 - ÁREA MOLHADA ( Am ) Demonstração analítica : Am = D² / 8 ( - sen ) Am : Relacionado com a área plena ( Ap ) Am Ap =2 = D ² /8 ( - sen ) .D² = 4 arc.cos. ( 1-2 yn / D ) 1 2 ( - sen ) = ângulo tirante PROCEDIMENTO ANALÍTICO ( PASSO À PASSO ) TRIGONOMETRIA APLICADA À HIDRÁULICA DE CANAIS CIRCULARES: = 2 arc.cos. ( 1-2 yn / D ) = ângulo tirante D 2/3D yn Yn = D/2 ( 1 – cos /2 ) 1 – cos /2 = 2yn/2 Assim sendo: cos /2 = 1 - 2yn/2 então : = 2arc.cos (1 – 2 yn/2) PROCEDIMENTO ANALÍTICO ( PASSO À PASSO ) TRIGONOMETRIA APLICADA À HIDRÁULICA DE CANAIS CIRCULARES: Relação ráio Hidráulico ¨Rh¨ e Ráio pleno Rh Rh pleno Rh = Rh pleno = Rh = D 4 1- sen D/4 (1-sen/) D/4 Rh = (1-sen /).Rh pleno PROCEDIMENTO ANALÍTICO ( PASSO À PASSO ) TRIGONOMETRIA APLICADA À HIDRÁULICA DE CANAIS CIRCULARES: Relação velocidade e velocidade plena V VPlena = 1 n R . I0 = 2/3 1 1/2 2/3 1/2 VPlena=1/n.(D/4) . I0 n 2/3 I0 (D/4) . (1-sen/) 1/2 2/3 2/3 VPlena = I0 . (D/4).(1-sen /) 2/3 V 1/n.(D/4) . 1/2 2/3 I0 . (1-sen /) = V Plena 2/3 2/3 1/n . (D/4) . I0 1/2 V = VPlena sen 2/3 PROCEDIMENTO ANALÍTICO ( PASSO À PASSO ) TRIGONOMETRIA APLICADA À HIDRÁULICA DE CANAIS CIRCULARES: Relação vazão e vazão plena A 1/2 I0 Q= R . I0 = Q= n n 2/3 1/2 D 2 D Q/Q Plena sen ( - sen ) (1) 8 4 2/3 PARA MEIA SEÇÃO y = ½ D y = 0,5m / 2 = 0,25m = 180 Agrupando os valores da área e do raio hidráulico, para as duas situações, em uma tabela: A vazão será calculada pela expressão de Manning : A 2/3 1/ 2 Q R I n ONDE: Q= vazão ; A=área molhada n = Coef. ; R = ráio hidr. I = Declividade (perda de carga) VAZÃO PARA OS DIFERENTES TIRANTES E DECLIVIDADES PARA O CANAL CIRCULAR O tirante maior produz maior vazão, e declividade maior (rampa mais íngreme) contribuem para maior vazão. Quando a seção transversal de um canal de seção fechada fica inteiramente tomada pela água, a rigor não existe mais um canal. São ainda utilizadas as fórmulas de escoamento em canais, ao se admitir que o fenômeno esta acontecendo, na prática, sem pressão e calculase a vazão no conduto, no limite de funcionamento entre canal e conduto forçado. Admitindo-se a seguinte hipótese: HIPÓTESES ¨CHEIO¨ = 360 e y = D = 0,5 m A D 4 2 0,5 Perímetro = 2xR 2 4 ou Rh = A/P = 0,1963/1,5708 xD = 1,5708 m Rh = 0,125 m CÁLCULO DAS VAZÕES A 2/3 1/ 2 Q R I n Q1/10 = Q1/100 = 0,1963 0,013 0,1963 0,013 x 0,125 x 0,125 2/3 2/3 x 1/10 1/2 x 1/100 = 1,19m³/s 1/2 = 0,37m³/s CÁLCULO DAS VAZÕES ¨Hazen-Willians¨ Q 0,2785 C D 2 , 63 J 0,54 onde: C = 120 coeficiente de Hazen-Willians que depende da rugosidade do tubo, no caso, a rugosidade do concreto. D = 0,50 m diâmetro do tubo. J perda de carga unitária. CÁLCULO DAS VAZÕES ¨Hazen-Willians¨ Q 0,2785 C D 2 , 63 J 0,54 onde: C = 120 coeficiente de Hazen-Willians que depende da rugosidade do tubo, no caso, a rugosidade do concreto. D = 0,50 m diâmetro do tubo. J perda de carga unitária. SEÇÕES CIRCULARES - PARTICULARIDADES 1-Apresentam o menor perímetro molhado. 2-Apresentam o maior Ráio hidráulico. 3-Vantagem geométrica e execução. 4-Seções semi-circulares ótimos para condutos livres abertos desde que pré-moldados. 5-Quando executados no local, traz dificuldades quanto à implantação e estabilidade da parede. TRABALHO EM SALA DEFINIÇÃO DA GALERIA DIÂMETRO DO TUBO DIDÁTICAMENTE VAMOS DEFINIR ADOTAREMOS Ø = 0,60m TIPO C2 ¨TUBO DE CONCRETO ARMADO¨ ESPESSURA DO BERÇO TRAÇOS DO CONCRETO MAGRO 1 SACO DE CIMENTO ( 50kg. padrão ) 8,5 LATAS DE AREIA 1,5 LATAS DE PEDRA 2,0 LATAS DE ÁGUA ¨ 1 lata = 18,5 litros ¨ ¨ 1 Saco de cimento = 250,0 litros ¨ ESPESSURA DO BERÇO e INFRA-ESTRUTURA Aplicação de uma camada de pedra 3, 4 e rachão, numa camada de 15 cm. a 30 cm. ao longo da vala ( lastro de brita ), cuja finalidade é de drenar (manter seco) a interface do solo com base da sapata, trabalhando também como material de transição entre o solo e a sapata da fundação ( agulhamento )-válido para solos razoavelmente seco. Para solos muito úmido, instáveis e turfosos faz-se necessário lançar uma camada de concreto magro ou sistema de vigas de concreto apoiadas sobre estacas cravadas nas junções ¨BOLSAS¨ no sentido transversal da galeria. ABERTURA DE VALAS ABERTURA DE VALAS RETROESCAVADEIRA ASSENTAMENTO Q RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA Em valas com mais de 1 metro de profundidade,é precaução abrir a vala com talude lateral, pois um indivíduo sendo soterrado até a altura do quadril, tem a capacidade de sair e se manter com as partes vitais livres da pressão do solo desmoronado. ¨consegue respirar com o tórax livre¨ ABERTURA TRAPEZOIDAL VALA COM H > 1,0m 30° Folga de fundo ½ Ideal = 45° ( custo ! ) Volume de terra RECOBRIMENTO É recomendável consultar o fabricante - Depende muito da projeção e por onde está passando a galeria ( sob ruas, calçadas, pátios, parques e jardins ); - depende muito do material solo de cobertura; - há recomendação literária de ½ + 0,40m; - outras com 1 . - existem casos em que se cobrem com lastro de concreto magro