UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO NA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
CARLOS EDUARDO DE CARVALHO
AVALIAÇÃO POSTURAL DO PÉ: GUIA PRÁTICO PARA
FISIOTERAPEUTAS
Londrina
2014
CARLOS EDUARDO DE CARVALHO
AVALIAÇÃO POSTURAL DO PÉ: GUIA PRÁTICO PARA
FISIOTERAPEUTAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Exercício Físico na
Promoção da Saúde (Programa de Mestrado
Profissional - Universidade Norte do Paraná
-UNOPAR), como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre em Exercício
Físico na Promoção da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Rubens Alexandre da
Silva Jr.
Londrina
2014
CARLOS EDUARDO DE CARVALHO
AVALIAÇÃO POSTURAL DO PÉ: GUIA PRÁTICO PARA
FISIOTERAPEUTAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Exercício Físico na
Promoção da Saúde (Programa de Mestrado
Profissional - Universidade Norte do Paraná
-UNOPAR), como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre em Exercício
Físico na Promoção da Saúde.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________
Prof. Dr. Rubens Alexandre da Silva Jr.
(Orientador)
Universidade Norte do Paraná
___________________________________
Prof. Drª. Deyse Aparecida A. P. Oliveira
(Co-Orientador)
Universidade Norte do Paraná
____________________________________
Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira
Universidade Norte do Paraná
____________________________________
Prof. Drª. Celita Salmaso Trelha
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 24 de Abril de 2014.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus em primeiro lugar,
a minha família e amigos, e em especial a
minha esposa Fatima companheira de todas as
horas, que sempre esteve comigo me apoiando
durante todo o caminho.
AGRADECIMENTOS
À Deus em primeiro lugar por me conceder mais essa conquista em
minha vida, privilegiando a desfrutar desta benção.
À minha família, em especial minha esposa Fatima que sempre
incentivou a minha caminhada.
Ao professor Dr. Rubens Alexandre, pelos ensinamentos e
conhecimentos aplicados ao longo dessa trajetória, acredito que tive além de um
grande mestre um amigo que sempre teve alegria, paciência e compreensão durante
todo este período.
Meus amigos, em especial o André Gil, Marcio Rogério,
Mari,
Juliana Armani, Lucio Carvalho e Elias que sempre estiveram ao meu lado nos
momentos em que mais precisei. Aos colegas de classe do mestrado.
Aos professores do mestrado e do centro de pesquisa em ciências
da saúde que trabalham na realização desse trabalho.
Ao grupo de pesquisa do LAFUP que diretamente contribuiu na
conclusão deste estudo.
Aos funcionários da Universidade Norte do Paraná que trabalham
no auxílio de todos os alunos. Um agradecimento especial ao secretário Gleydson
Navarro e à bibliotecária Fernanda Serrano.
CARVALHO, Carlos Eduardo. Avaliação postural do pé: guia prático para
fisioterapeutas. 2014. 125 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Mestrado em
Exercício Físico na Promoção da Sáude – UNOPAR) – Universidade Norte do
Paraná, 2014.
RESUMO
Introdução: Diferentes métodos clínicos têm sido desenvolvidos para avaliar as
dimensões do pé no intuito de melhorar a relevância clínica nas tomadas de
decisões quanto à postura, às deformidades do pé e o equilíbrio e prevenção de
quedas. Objetivos: Desenvolver um produto técnico-científico para a promoção da
saúde: Guia prático de avaliação postural do pé com ferramentas de baixo custo e
fácil aplicação para fisioterapeutas. Comparar as diferenças na idade quanto às
medidas antropométricas posturais do pé e os parâmetros de equilíbrio provenientes
de uma plataforma de força em duas tarefas experimentais (bipodal e unipodal); e
determinar a relação entre as medidas em ambos os indivíduos jovens e idosos.
Métodos: 68 idosos (idade média 68 anos) e 42 jovens (idade média 21 anos),
ambos do sexo feminino, recrutados por conveniência, participaram do estudo. A
postura do pé (direito e esquerdo) foi testada em quatro domínios: 1) amplitude
articular do hálux em flexão e extensão com o uso de goniômetro, 2) altura do dorso
do pé e 3) comprimento do pé com o uso de um paquímetro, e 4) imagem plantar
(plantígrafo) com uso do software IMAGEJ para calcular: largura do antepé, índice
do arco e o hálux valgo. Três repetições foram executadas para cada domínio e a
média foi utilizada. A performance de equilíbrio foi testada em duas condições:
bipodal (duas pernas posicionadas na plataforma de força) durante 60-s de prova; e
unipodal (perna de preferência apoiada na plataforma de força) durante 30-s de
prova, com período de repouso de aproximadamente 30-s entre cada repetição. A
média de três tentativas para cada condição de equilíbrio foi retida para avaliar: área
elipse do centro de pressão (COP) e a velocidade de oscilação do COP em ambas
as direções do movimento: Ântero-posterior e Médio lateral. Resultados: Idosos
demonstraram significantemente (P0,01) pior equilíbrio do que os jovens somente
para condição unipodal e para todos os parâmetros do COP (ex: área COP 9,97 no
idoso contra 7,72 cm2 no jovem). Idosos e jovens apresentaram diferenças nas
medidas posturais do pé (P0,05), sendo o idoso com menor mobilidade do hálux e
grandes valores de largura do antepé e do índice do arco transverso do que os
jovens, caracterizando assim, idosos com o pé plano. As correlações entre todas as
medidas posturais do pé e os parâmetros COP de equilíbrio para as duas condições
variou, entre os grupos, de fraca à moderada (r -0,01 a -0,46). Nenhuma vantagem
sistemática de uma medida postural do pé (goniometria, paquímetro, plantígrafo) foi
encontrada na relação com os parâmetros de equilíbrio entre os grupos, embora a
menor mobilidade do hálux fosse significante correlacionada com os grandes valores
do COP no idoso. Conclusões: Esses resultados têm implicações clínicas e de
pesquisa para programas de reabilitação de equilíbrio em idosos e programas
preventivos associados às desordens posturais do pé e déficits de equilíbrio em
ambos os grupos (jovens e idosos).
Palavras-chave: postura; envelhecimento; pés; movimento; biomecânica; promoção
da saúde.
CARVALHO, Carlos Eduardo. Evaluation of foot postural: Pratical Guideline for
Physiotherapist. 2014. 125 folhas Trabalho de Conclusão de Curso (Mestrado em
Exercício Físico na Promoção da Sáude – UNOPAR) – Universidade Norte do
Paraná, 2014.
Abstract
Introduction: Different clinical methods have been developed to assess the different
dimensions of foot in order to increase the clinical relevance of decisions regarding
posture and deformity of foot, balance deficit and fall prevention. Objectives:
Develop a technical and scientific product for health promotion: Practical Guide
postural assessment of the foot with low cost and easy application tools for physical
therapists. To compare age differences on a broader range of anthropometric posture
measures of foot and balance parameters of a force platform during two balance
tasks (bipodal and unipodal); and determine the relationship between them in both
young and older subjects. Methods: 68 older (mean age 68 yrs) and 42 young adults
(in mean age 21 yrs), all women, recruited by convenience, participated of this study.
Foot (right and left side) posture was tested across four domains: 1) hallux flexion
and extension range of motion (ROM) using goniometer, 2) height navicular and 3)
length of the foot both using pachymeter, and 4) foot print for calculate with IMAGEJ:
width of fore foot, arch index and hallux valgus. Three trials were performed for each
domain and the mean was retained. Balance performance was tested in two
conditions: bipodal condition (two legs placed on force platform) during 60-s trials;
and unipodal condition (leg preferred on force platform) during 30-s trials, with a rest
period of approximately 30 s between each trial. The mean of three trials for each
balance condition was retained to assess: sway ellipse area of centre of pressure
(COP) and sway COP velocity in both the directions of movement: Anteroposterior
and Mediolateral. Results: Older shown significant (P0,01) poor balance
performance than young adults only in unipodal condition and for all COP parameters
(ex: COP area 9,97 for older versus 7,72 cm2 for young). Older and young presented
differences on all foot posture measures (P0,05), being older with low hallux mobility
and high values of the width of fore foot and transverse arch index than young adults,
characterizing thus elderly plan feet. The correlations between all foot posture
measures and balance COP parameters for the two balance conditions varied,
across groups, of weak to moderate (r -0,01 to -0,46). No systemic advantage of a
foot posture measure (goniometry, pachymeter, foot print) was found in the
relationship with balance COP parameters across groups, although a low mobility of
hallux was significantly related to higher COP values in older. Conclusions: These
results have any clinical and research implications on balance rehabilitation programs
for older people and on prevention programs linked to musculoskeletal foot postural
disorders and balance performance in both the groups (young and older).
Keywords: posture; aging; foot, movement; biomechanics; health promotion.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Revisão da literatura
Figura 1 – Ossos do pé .……………………………………………….…………………18
Guia prático para fisioterapeutas
Figura 1 – Ilustração do pé neutro.............................................................................50
Figura 2 – Ilustração do pé plano..............................................................................52
Figura 3 – Ilustração do pé cavo...............................................................................54
Figura 4 – Ilustração do hálux valgo..........................................................................56
Figura 5 – Goniômetro...............................................................................................58
Figura 6 – Goniômetro de dedo................................................................................58
Figura 7 – Paquímetro...............................................................................................60
Figura 8 – Especificações do paquímetro.................................................................60
Figura 9 – Plantígrafo................................................................................................62
Figura 10 – Fita métrica.............................................................................................63
Figura 11 – Posicionamento para flexão e extensão do hálux..................................66
Figura 12 – Movimento de extensão do hálux...........................................................67
Figura 13 – Movimento de flexão do hálux................................................................68
Figura 14 – Resultado clínico das medidas de goniometria......................................69
Figura 15 – Posionamento para lateralidade do hálux..............................................70
Figura 16 – Resultado clínico das medidas de goniometria do hálux.......................71
Figura 17 – Posionamento para altura do pé............................................................72
Figura 18 – Posionamento para comprimento do pé................................................73
Figura 19 – Posionamento para largura do pé..........................................................74
Figura 20 – Resultado clínico das medidas do paquímetro......................................75
Figura 21 – Plantígrafo..............................................................................................77
Figura 22 – Posicionamento dos pés dentro do plantígrafo.....................................79
Figura 23 – Resultado clínico do plantígrafo.............................................................81
Figura 24 – Posionamento para o perímetro.............................................................83
Figura 25 – Resultado clínico das medidas da fita métrica.......................................85
Artigo
Figura 1 – Foot posture measures…......................................................................120
Figura 2 – Balance task conditions.........................................................................121
LISTA DE QUADROS E TABELA
Revisão da literarura
Quadro 1 – Região Anterior da perna ....................................................................... 19
Quadro 2 – Região Lateral da perna ......................................................................... 19
Quadro 3 – Região Posterior da perna ...................................................................... 19
Quadro 4 – Região Plantar Medial ............................................................................. 20
Quadro 5 – Região Plantar Lateral ............................................................................. 20
Quadro 6 – Região Plantar Intermédia ...................................................................... 21
Tabela 1 – Principais desordens do pé do idoso...................................................... 24
Artigo
Tabela 1 – Goniometry measures of hallux in flexion and extension. ................... 115
Tabela 2 – Foot posture measures from pachymeter and foot print ...................... 116
Tabela 3 – Postural balance results from Bipodal and Unipodal condition ........... 117
Tabela 4 – Pearson coefficient correlation between Goniometry measures and
balance COP parameters ........................................................................................... 118
Tabela 5 – Pearson coefficient correlation between foot posture measures
Pachymeter and foot print measures) and balance COP parameters ................... 119
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADM
Amplitude de Movimento
A/P
Ântero-posterior
A-COP
Área do Centro de Pressão
Ang-l
Articulação Metatarsofalangeana 1
Ang-V
Articulação Metatarsofalangeana 5
BOA
Bipodal olhos abertos
COG
Centro de Gravidade
COM
Centro de Massa
CONEP
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
COP
Centro de Pressão
CP
Comprimento do Pé
CTP
Comprimento Total do Pé
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMC
Índice de Massa Corporal
LA
Largura do Ante Pé
M/L
Médio-lateral
PF
Plataforma de Força
PNAD
Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio
SPSS
Statistical Package for Social Sciences
UNI
Unipodal
UNOPAR
Universidade Norte do Paraná
VEL
Velocidade do Centro de Pressão
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................13
2. OBJETIVOS ......................................................................................................15
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................15
2.2 Objetivos Específicos........................................................................................15
3. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................16
3.1 Processo de envelhecimento............................................................................16
3.2 Desenvolvimento motor do pé....... ................................................................. 17
3.3 Anatomia e Biomecânica do pé .......................................................................17
3.4 Função muscular do pé e sua relação com as desordens ..............................21
3.5 Principais desordens posturais do pé ..............................................................22
3.6. Métodos de avaliação postural do pé ............................................................25
4. METODOLOGIA ...............................................................................................28
4.1 Descrição metodológica do Guia de Avaliação Postural do Pé .......................28
4.2 Descrição metodológica do Artigo científico com base na relação entre as
medidas posturais do pé .......................................................................................29
4.2.1 Amostra ........................................................................................................29
4.2.2 Procedimentos .............................................................................................29
4.2.3 Protocolo Experimental ................................................................................30
4.3 Análises Estatísticas........................................................................................32
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................33
6. GUIA PRÁTICO PARA FISIOTERAPEUTAS ...................................................36
7. ARTIGO CIENTÍFICO .......................................................................................96
8. ANEXOS ......................................................................................................... 122
9. TERMO DE CONSENTIMENTO ..................................................................... 122
10. PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA .............................................................. 124
13
1. INTRODUÇÃO
Os pés geralmente são lembrados quando doem, mas também
carregam junto com todo o peso do corpo conotações simbólicas. Para os Dogons
(povo que vive em uma remota região no interior da África Ocidental) os pés
representam um símbolo de consolidação, expressão de poder, de chefia e mesmo de
realeza. Entre os Bambaras (povo que vive no oeste de África, Mali e Guiné) diz-se que
o pé é a primeira germinação do corpo do embrião, na caminhada é o começo e o fim,
símbolo de poder, mas também de partida e de chegada. Do ponto de vista biológico,
os pés têm a importância de sustentar e manter o equilíbrio corporal 1.
Apesar da importância dos pés para a postura global do organismo1, as
informações sobre as ferramentas de baixo custo e de simples uso para avaliação
postural dos pés ainda não estão agrupadas em um único material didático e prático
para uso dos fisioterapeutas. Estas ferramentas de avaliação são de suma importância
para determinar as desordens posturais do pé tais como hálux valgo, achatamento do
arco plantar (ex: pé plano), pé cavo, alargamento do antepé (pé espalmado) 1,2. As
desordens do pé estão principalmente associadas ao processo de envelhecimento
devido às alterações morfológicas, biomecânicas e funcionais encontradas com o
avançar da idade1,2. Um exemplo na faixa etária idosa é o valgismo do hálux que gera
significativas dificuldades de adaptação aos calçados, gerando problemas de
instabilidade postural e aumento do risco de quedas3.
A prevalência das desordens posturais do pés como hálux valgo pode
alcançar entre 35 e 74% nos idosos do sexos feminino e masculino, mas sendo mais
prevalente
nas mulheres4.
Aproximadamente
30-48% dessas alterações
são
classificadas como moderada à severa 4,5. Toda alteração estrutural do pé, tanto na
faixa etária adulta jovem quanto idosa, pode implicar modificações na dinâmica e nas
sobrecargas plantares e consequentemente alterar o equilíbrio postural. Além do mais,
a alteração de um segmento corporal, como o pé, pode afetar toda região segmentar
adjacente. Subentende-se então, que as desordens plantares estão relacionadas às
alterações articulares segmentares, independente de seu tamanho ou complexidade ao
longo do esqueleto humano, em seus respectivos planos e eixos biomecânicos do
movimento. Em outras palavras, um desvio do pé, pode levar à um desvio biomecânico
de outros segmentos tais como joelho, quadril e coluna vertebral, e consequentemente,
14
pode ocasionar as alterações posturais que levam as disfunções osteo-neuromusculares como as lombocialtagias.
Portanto, existe uma necessidade para o fisioterapeuta clínico
conhecer quais são as ferramentas de medida para avaliação postural do pé; saber
manuseá-las, executá-las e interpretá-las de forma prática no processo de avaliação e
intervenção das desordens posturais do pé. Este trabalho de mestrado tem como foco
dois principais proposições: 1) elaborar um guia prático para os fisioterapeutas de fácil
uso no intuito de apresentar os instrumentos simples e de baixo custo para avaliação
postural do pé. Este guia também apresentará a técnica de uso de cada instrumento e
seus resultados clínicos com base em evidências científicas; e 2) delinear um estudo
científico para comparar as diferenças na postura do pé entre adultos jovens e idosos
com o uso de instrumentos de baixo custo (Goniometria, Paquímetro, Plantígrafo) e alto
custo (Plataforma de Força) e determinar se um dos instrumentos discrimina melhor as
desordens posturais do pé entre eles. Espera-se com este trabalho contribuir no
processo de promoção da saúde, especificamente nas ações preventivas primárias no
combate ao desenvolvimento de doenças relacionadas às desordens posturais do pé.
15
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
O principal objetivo deste trabalho de mestrado é integrar as principais
ferramentas de avaliação postural do pé, de baixo custo e fácil aplicação, para
profissionais da fisioterapia, com aplicação tanto para indivíduos adultos jovens quanto
para os idosos fisicamente independentes.
2.2 Objetivos Específicos
1. Desenvolver um produto técnico-científico para a promoção da saúde:
Guia prático de avaliação postural do pé para fisioterapeutas.
2. Desenvolver um estudo científico com o propósito de:
Avaliar a relação entre as medidas posturais do pé e os parâmetros de
equilíbrio de uma plataforma de força durante dois testes de equilíbrio,
bipodal
e
unipodal,
independentes.
em
adultos
jovens
e
idosos
fisicamente
16
3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1 Processo de Envelhecimento
Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)7
salientam que os idosos somam hoje um contingente de quase 15 milhões de pessoas
com 60 anos ou mais de idade (8,6% da população brasileira) e nos próximos 20 anos,
a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá
representar quase 13% da população ao final deste período. Assim sendo, o
envelhecimento populacional em todo o mundo tornou-se um acontecimento
incontestável, sendo que o Brasil a partir de 2025 passará a ocupar o sexto lugar
dentre os países com maior número de idosos 7.
O crescimento do número de idosos no Brasil é um fenômeno que
também se faz presente no Município de Londrina-PR, em que, a população de idosos
evoluiu de 3,41%, em 1960, para 7,32%, em 1991 e 12,72% em 2010. Este valor é
maior do que a média encontrada na população nacional situada aproximadamente em
11%7. No entanto, essa tendência não representa melhor qualidade de vida entre a
população dos idosos. Pelo contrário, o perfil demográfico cada vez mais envelhecido
implica em um maior acometimento por doenças crônico-degenerativas, o que pode
comprometer a saúde e a qualidade de vida dos idosos. Este novo perfil da população
brasileira leva às implicações nas políticas públicas sociais do país no intuito de
atender as crescentes demandas nos serviços de saúde, na previdência e assistência
social8.
O envelhecimento é considerado um processo dinâmico e progressivo,
no qual ocorrem alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que alteram
progressivamente o organismo, tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas e
extrínsecas que terminam por levá-lo à morte9-11. Atualmente, com o aumento da
longevidade, há também maior incidência de doenças crônico-degenerativas, o que
compromete a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos acima dos 60 anos de idade.
Na maior cidade do país (São Paulo), 70% da população idosa possuem pelo menos
uma doença crônico-degenerativa e, destes, 25% apresentam três ou mais destas
manifestações12. Outra disfunção importante do sistema neuro-músculo-esquelético
encontrada em indivíduos idosos é a desordem do pé4,5. Algumas desordens do pé
podem associar-se ao maior risco de quedas entre os idosos 10.
17
3.2 Maturação das Estruturas do pé
A
locomoção
humana
é
realizada
por
adaptações altamente
especializadas que se inicia na infância e se desenvolve até a fase adulta e o pé está
diretamente relacionado neste processo 13. A forma dos ossos e suas estruturas
ligamentares e musculares condicionam os arcos plantares do pé, que são três, sendo
um arco transversal e dois longitudinais (externo e interno) 14. O arco plantar se
desenvolve nos primeiros anos de vida da criança. À medida que há o ganho de peso
com a idade, a força das estruturas ligamentares e musculares aumenta e, por volta
dos 5 aos 6 anos de idade, inicia-se o desenvolvimento dos arcos plantares13.
Aproximadamente 80% da força dos músculos plantares são destinadas à manutenção
do arco plantar e 20% são destinadas à movimentação articular15.
O esqueleto dos pés se ossifica à medida que o individuo se
desenvolve, tornando-se completo aos 18 anos de idade aproximadamente 14. No
entanto, existem diversos fatores que podem influenciar a formação do arco plantar,
como a idade, o sexo, a existência de tecido gorduroso na face interna do pé, a
imaturidade das estruturas ligamentares e musculares, o excesso de peso e o padrão
de marcha15. Alguns desses fatores podem ser modificáveis e esta mudança pode
promover uma postura melhor do pé16.
3.3 Anatomia e Biomecânica do pé
O corpo humano é composto por 206 ossos, sendo que 52 destes
ossos situam-se nos pés11. Estes ossos estão alocados em três grandes
agrupamentos, sendo eles o tarso, metatarso e as falanges (Figura 1). O tarso é
composto por sete ossos, agrupados em duas fileiras, classificados como curtos pela
anatomia13. No primeiro agrupamento encontra-se os ossos tarso e calcâneo. Na
segunda fileira estão os ossos navicular, cuboide, cuneiforme lateral, cuneiforme
intermédio e cuneiforme medial. O metatarso é composto por cinco ossos longos
denominados de 1º a 5º metatarso, nominados da região medial para a região lateral.
Os dedos do pé são constituídos pelas falanges, representam 14 no total, sendo que o
Hálux possui 2 falanges, a proximal e a distal. Os demais dedos do pé (2º a 5º dedos)
18
possuem três falanges cada: proximal, medial e distal. Apesar de seu tamanho as
falanges são classificadas como ossos longos, pois possuem canal medular e seu
comprimento é maior que a largura e espessura11.
Figura 1. Ossos do pé conforme a descrição de Smith et al. (1997)18
Por meio de 107 ligamentos, os ossos do pé se mantêm unidos. Estas
articulações totalizam um número de 33, sendo denominadas: articulação superior do
tornozelo,
articulação
subtalar,
articulação
transversa
do
tarso,
articulações
tarsometatarsianas, articulações metatarsofalangeanas, articulações interfalangeanas.
As articulações do pé são sinoviais, garantindo movimento e estabilidade à base do
corpo17. Já os músculos do pé podem ser classificados em intrínsecos e extrínsecos,
de acordo com suas inserções proximais e distais 14.
Os músculos extrínsecos do pé têm sua inserção proximal abaixo da
articulação do joelho e se inserem no pé. Eles podem ser agrupados por regiões:
anterior, lateral e posterior. Nos quadros de 1 a 3 estão descritos os músculos
extrínsecos em suas respectivas regiões, destacando-se suas inserções, ações e
inervações para ilustração deste manual 17,18.
19
Quadro 1: Região anterior da perna
Músculo
Ação
Tibial anterior
Dorsiflexão
e
inversão do pé
Inserção proximal
Inserção distal
Inervação
Tíbia e membrana
Tarso e metatarso
Nervo
interóssea
fibular
profundo
(L4-
L5)
Extensor longo do
Dorsiflexão do pé e
Fíbula e membrana
Falange distal do
Nervo
hálux
extensão do hálux
interóssea
hálux
profundo
fibular
(L4-S1)
Extensor longo dos
Dorsiflexão,
Fíbula e membrana
dedos
inversão do pé e
interóssea
Falanges dos dedos
Nervo
fibular
profundo
extensão dos dedos
(L4-S1)
Quadro 2: Região lateral da perna
Músculo
Ação
Fibular longo
Flexão
plantar
e
Inserção proximal
Inserção distal
Inervação
Tíbia e fíbula
Tarso e metatarso
Nervo
eversão do pé
fibular
profundo
(L4-S1)
Fibular curto
Flexão
plantar
e
Fíbula
Metatarso
eversão do pé
Nervo
fibular
profundo
(L4-S1)
Quadro 3: Região posterior da perna
Músculo
Ação
Inserção proximal
Inserção distal
Inervação
Gastrocnêmio
Flexão plantar
Fêmur
Calcâneo
Nervo tibial
(S1-S2)
Sóleo
Flexão plantar
Tíbia e fíbula
Calcâneo
Nervo tibial
(S1-S2)
Plantar
Flexão plantar
Fêmur
Calcâneo
Nervo tibial
(S1-S2)
Flexor
longo
do
Flexão do hálux
Fíbula
Tarso
hálux
Flexor
Nervo tibial
(L5-S1)
longo
dos
Flexão dos dedos
Tíbia
dedos
Tibial posterior
Inversão do pé
Tíbia,
fíbula
membrana
interóssea
e
Falange média dos
Nervo tibial
dedos
(L5-S1)
Tarso
Nervo tibial
(S1-S2)
20
Os músculos intrínsecos do pé têm sua inserção proximal abaixo da
articulação do tornozelo e se inserem no pé. Eles podem ser agrupados por regiões:
plantar medial, plantar lateral e plantar intermédia. Nos quadros 4, 5 e 6 estão descritos
suas inserções, ações e inervações17,18.
Quadro 4: Região plantar medial
Músculo
Ação
Inserção
Inserção distal
Inervação
Falange proximal
Nervo plantar
do hálux
medial (L5 –S1)
Cuboide e
Falange proximal
Nervo plantar
cuneiforme lateral
do hálux
medial e lateral (L5-
proximal
Abdutor do hálux
Flexão e abdução
Calcâneo
do hálux
Flexor curto do
Flexão do hálux
hálux
S1)
Adutor do hálux
Adução do hálux
Extensor curto dos
Extensão do 2º ao
dedos
4º dedos
2º a 4º metatarsos
Calcâneo
Falange proximal
Nervo plantar
do hálux
lateral (S2-S3)
Tendão do 2º, 3º e
Nervo fibular
4º extensor longo
profundo (L5-S1)
dos dedos
Extensor curto do
Extensão do hálux
Calcâneo
hálux
Falange distal do
Nervo fibular
hálux
profundo (L5-S1)
Inserção distal
Inervação
Falange proximal
Nervo plantar lateral
do 5º dedo
(S2-S3)
Falange proximal
Nervo plantar lateral
do 5º dedo
(S2-S3)
5º metatarso
Nervo plantar lateral
Quadro 5: Região plantar lateral
Músculo
Ação
Inserção
proximal
Abdutor do mínimo
Abdução do 5º
Calcâneo
dedo
Flexor curto do
Flexão do 5º dedo
Cuboide
mínimo
Oponente do
Adução do 5º
mínimo
metatarso
Cuboide
(S2-S3)
21
Quadro 6: Região plantar intermédia
Músculo
Ação
Inserção proximal
Inserção distal
Inervação
Flexor curto dos
Flexão do 2º ao 5º
Calcâneo e
Falange intermédia
Nervo plantar
dedos
dedos
aponeurose plantar
do 2º ao 5º dedos
medial (L5-S1)
Quadrado plantar
Flexão do 2º ao 5º
Calcâneo
Tendões do flexor
Nervo plantar
longo dos dedos
lateral (S2-S3)
dedos
Lumbricais
Flexão dos dedos
Tendão do
Tendão do
Nervo plantar
e propriocepção
extensor longo dos
extensor longo dos
medial (2º e 3º
dedos
dedos e falange
dedos) e Plantar
proximal do 2º ao
lateral (4º e 5º
5º dedos
dedos) (L5 – S3)
Interósseos
Adução de dedos
Borda medial do 3º
Borda medial das
Nervo plantar
plantares
e flexão dos dedos
ao 5º metatarsos
falanges proximais
lateral (S2-S3)
do 3º ao 5º dedos
Interósseos dorsais
Abdução dos
Entre os ossos
Base das falanges
Nervo plantar
dedos e flexão dos
metatársicos
proximais do 2º ao
lateral (S2-S3)
dedos
4º dedos e tendões
dos extensores
longos dos dedos
3.4 Função muscular do pé e sua relação com as desordens
Todos os músculos extrínsecos e grande parte dos intrínsecos na
superfície plantar do pé cruzam por baixo dos arcos. Durante a contração dos
músculos em cadeia cinética fechada (apoio do membro no solo), as forças que são
produzidas pressionam os arcos. O músculo tibial posterior e o fibular longo com as
suas extensas fixações plantares exercem grande efeitos sobre o arco transverso mas
também pressionam os arcos longitudinais18.
O músculo flexor longo e abdutor do hálux abrange o arco medial, e o
abdutor do dedo mínimo corre no comprimento do arco lateral. O músculo flexor curto
dos dedos, quadrado da planta, e flexor longo dos dedos correm no compromimento
medial-plantar e pressionam os arcos longitudinais. Já o músculo adutor do hálux afeta
o arco transverso. Sendo assim, os músculos dos dedos dos pés, que em comparação
com os dedos das mãos, têm função e uso limitados durante os movimentos em cadeia
cinética aberta. Por outro lado, esses músculos agem de forma importante nos
movimentos de cadeia cinética fechada tais como a marcha e a corrida 18.
22
A disfunção (fraqueza, atrofia, fadiga, contraturas ou graus elevados de
tensão e encurtamento) desses músculos podem ocasionar as alterações posturais do
pé em relação as desordens associadas aos arcos plantares como destacado no texto
acima. Cada grupo muscular age no direcionamento do arco plantar beneficiando a
estabilidade das cargas plantares para manutenção do equilíbrio dos segmentos 14.
Uma alteração de um grupo muscular, altera a biomecânica do pé em seu arco de
origem-inserção, e com isso altera a postura do corpo. Consequentemnte, este
fenômeno leva às compesações musculares e os ricos de lesões articulares e por fim à
dor crônica4.
Quando em postura ereta, a musculatura posterior age de forma
antrigravitária por sua característica tônica, mas com pequena atividade muscular
durante a distribuição das cargas de maneira uniforme (simétrica). Esses músculos são
responsáveis por manter a postura do centro de massa do corpo, em relação à linha da
gravidade, alinhada em sua base de sustenção para manutenção do equilíbrio 18,19.
Quando há uma alteração biomecânica dos arcos plantares ou desordens como o
valgismo do hálux1, este alinhamento não é preservado, caracterizando-se por cargas
assimétricas no corpo humano, e por consequencia, gerando sobrecargas articulares e
instabilidades plantares caracterizadas por uma ampla instabildiade postural 14. Se
pensarmos na população idosa, este fenômeno pode levar ao aumento dos riscos de
quedas3,20,21. No adulto jovem, este fenômeno pode levar a sobrecargas importantes
articulares devido a instabilidade postural e por consequência proporcionar várias
lesões osteo-neuromusculares como as lombociatagias ou dores lombares crônicas 19.
3.5 Principais desordens posturais do pé
As alterações estruturais observadas na planta do pé repercutem em
todo o esqueleto humano. Estas alterações tem como principal objetivo compensar o
deslocamento do centro de massa do corpo como destacado acima.
A pisada neutra possui um nível equilibrado de pronação e supinação e
cria uma absorção de choque eficiente na fase de apoio da pisada. O arco médio desse
tipo de pé é maior do que o pé plano. Observa-se uma faixa que se estende do
calcanhar à ponta do pé, além de curvatura na região interna do mesmo, há uma
distribuição mais igualitária do impacto, na fase inicial da pisada, tornando-o mais
23
eficiente em movimento e reduzindo o risco de lesão nas estruturas dos membros
inferiores. Os calçados de quem tem o pé neutro apresentam pequenos desgastes na
lateral externa do calcanhar e na lateral interna da parte anterior 18,22,23.
O pé plano caracteriza-se pela planta do pé permanecer quase que
completamente em contato com o chão. Desta forma, mais tensão é posta na estrutura
do pé, o que pode desalinhar o tornozelo, os joelhos e os quadris. A pisada é de
característica pronada, o que leva o desgaste do calçado em sua parte medial 18,22,23.
Já o pé cavo descreve uma situação em que o pé desloca-se
lateralmente. Neste caso, as forças durante o ciclo da pisada não são distribuídas
igualmente pelo pé, que possui o arco alto e não tem sua mobilidade afetada. Observase menos área de contato da planta do pé com o chão. O desgaste do calçado é
visualizado na região lateral 18,22,23.
Por fim, o hálux valgo que consiste no desvio lateral da falange
proximal do hálux sobre a cabeça do primeiro metatarso. Esta desordem é
caracterizada por um ângulo maior que 9º entre o primeiro e o segundo metatarsos, um
ângulo valgo maior que 15º da primeira articulação metatarsofalangeana e uma
subluxação lateral dos sesamóides3,12,24. É comum o deslocamento lateral dos tendões
flexores e extensores que torna o hálux insuficiente. Os dedos laterais, principalmente
o segundo, são submetidos à ação do hálux deslocado lateralmente e podem sofrer
luxações dorsais, ventrais ou desvios laterais 3,12,24. Uma causa frequente é o varismo
congênito do primeiro metatarso, que torna o antepé largo. Também os calçados de
biqueira estreita e salto alto colaboram para a instalação dessas deformidades.
A prevalência do hálux valgo entre os idosos é crescente. Num estudo
epidemiológico avaliando 784 idosos, 38% da amostra avaliada apresentou a
desordem de hálux valgo, sendo o sexo feminino com maior prevalência quando
comparado ao masculino12. O valgismo do hálux gera significativas dificuldades de
adaptação aos calçados, gerando problemas de instabilidade postural e aumento do
risco de quedas entre os idosos3,20,21.
Em geral, toda alteração estrutural do pé, tanto na faixa etária adulta
jovem quanto idosa, pode implicar modificações na dinâmica e nas sobrecargas
plantares14. Algumas evidências científicas sugerem que a diminuiçao da força dos
músculos flexores do pé contribue para o surgimento das desordens posturais do pé
tais como hálux valgo25,26. Consequentemente, essa fraqueza muscular intrinseca pode
24
levar às anormalidades estruturais dos pés, assim como, as limitações funcionais e as
perdas de equilíbrio postural 27,28.
Por outro lado, é comum encontrar no idoso que possui diabetes
mellitus descompensada desordens no pé. Este tipo de desordem, produz desarranjo
da musculatura intrínseca do pé, atrofia e perda consequente da mobilidade articular,
especialmente da subplantar e metatarsofalangiana 29. O cuidado nesta desordem deve
iniciar de maneira precoce, pois o pé diabético aumenta a ocorrência de complicações
(infecções) podendo culminar em amputações30.
Tabela.1 Principais desordens no pé do idoso
Tipos
Causa
Tratamento
Metatarsalgia
Alterações biomecânicas
relacionadas com
calçados
Pé pronado com arco
longitudinal achatado
Antepé alargado com
arco transverso achatado
Trauma e, ou artrite
generalizada
Conjunto de alterações
inflamatórias no calcâneo
Zonas de calos e
calosidades em
proeminência com muito
atrito
Baixa imunidade, uso de
calçados fechados e
umidade
Mudança de hábitos e
correções no uso dos calçados
Bordas curvas para polpa
do dedo
Limpeza regular das unhas e
retirada da espicula que lesa a
pele
Fasceite plantar
Hálux valgo
Ortopédicas
Hálux rígido
Síndrome do esporão
do calcâneo
Hiperqueratose
Alterações ungueais
(onicomicoses)
Alongamento do arco plantar
Uso de órtese entre os dedos
(hálux e segundo dedo)
Alongamento e ganho de
amplitude de movimento local
Anti-inflamatórios, palmilhas e
terapia manual
Desbastamento do local e
orientação no uso de calçado
Tratamento de antifúngicos
oral, tópico e retirada
mecânica da unha infectada
Cutâneas e
de anexos
Unha encravada
Neuroma de Morton
Compressão mecânica
dos nervos plantares
Uso de palmilhas e cirúrgico
Neuropatia diabética
Diabetes descompensada
Uso de calçados confortáveis
Úlceras vasculares
Alterações venosas pelas
modificações da pele
Calçados e meias confortáveis
Vasculopatias
diabéticas
Diabetes descompensada
Diabetes descompensada
Neurológicas
Vasculares
Adaptado: Ferrari et al.39
25
3.6 Métodos de avaliação postural do pé
Verifica-se até o momento que não existe uma padronização clínicoprático de avaliação postural do pé com uso das principais ferramentas de medidas.
Nos itens abaixo os principais instrumentos de avaliação de baixo custo e fácil
aplicação são apresentados:
1. Goniômetro tradicional e para os dedos. O goniômetro tradicional pode
ser usado para avaliar a flexão e a extensão do hálux no intuito de
detectar se existe alguma alteração postural do pé em relação à limitação
da amplitude articular do movimento 31,32. Este método permite verificar a
rigidez articular nos movimentos de flexão e extensão do hálux.
O goniômetro para os dedos pode ser usado para avaliar o ângulo da
articulação metatarsofalangeana I e V (Ang-I e Ang-V)32. O desvio
angular lateral denota-se a presença do hálux valgo de grau normal, leve,
moderado e grave3,4.
2. Paquímetro é usado para avaliar o comprimento do pé, a largura da
cabeça dos metatarsos, e a altura do dorso do pé 32,33. Este método
evidencia alterações nas distâncias dos segmentos como os desvios
posturais do arco plantar.
Outra medida complementar ao uso do paquímetro é a medida do
perímetro da cabeça dos metatarsos com o uso de uma fita métrica 32.
3. Plantígrafo para avaliar o comprimento do pé, o comprimento total do pé,
a largura do antepé, o ISTMO que representa a medida do meio do pé
(e.g. sendo o resultado equivalente ao quociente da largura do pé
dividido por 3), número do calçado, e o hálux valgo (resultado
representado como a medida de 2% do=comprimento total do pé=(CTP).
Geralmente, as medidas realizadas no plantígrafo por meio das
impressões plantares são digitalizadas e transformadas em imagens
(trabalhadas dentro de um software específico). A área plantar do pé,
com base na área digital, é dividida em três partes iguais no eixo
longitudinal do pé. O índice do arco plantar é então considerado a razão
entre a área do terço médio e a área total do pé. Os valores maiores do
índice do arco do pé indicam pés mais planos, enquanto que os valores
menores caracterizam os pés cavos23,32,33.
26
Outros instrumentos, porém de alta tecnologia, como a baropodemetria
e a plataforma de força são poucos acessíveis no meio clínico. A baropodometria é um
instrumento exclusivo para quantificar a área de pressão plantar e as alterações do
arco conforme a pressão da região plantar. Já a plataforma de força é um instrumento
de alto custo (bem superior a baropodometria), mas considerada uma ferramenta
capaz de quantificar diretamente os déficits de equilíbrio postural associados às
alterações neuromusculares e biomecânicas34-36. De fato, a plataforma de força registra
os parâmetros estabilográficos de estabilidade postural oriundos das medidas do
Centro de Pressão33, nos quais o pé é o grande autor na tarefa. Em geral, os
parâmetros mais fidedignos e sensíveis para detectar as diferenças no equilíbrio
postural são a área ellipse de deslocamento do COP e a velocidade de oscilação do
COP em ambas as direções do movimento: ântero-posterior e médio-lateral35,36. O
benefício da utilização deste método é revelar de forma direta a força de reação do solo
por meio do apoio dos pés e os ajustamentos posturais em velocidade e frequência de
deslocamento do COP para manutenção do equilíbrio postural.
Nos trabalhos de Menz e Morris37, foram demonstrados uma
associação importante entre as alterações posturais do pé (ex: hálux valgo) e as
medidas de estabilidade postural. Todavia, os trabalhos desses autores avaliaram
somente tarefas simples e funcionais de postura ereta e o equilíbrio era quantificado de
forma subjetiva. É possível que exista relação entre as características posturais do pé e
os parâmetros estabilográficos de equilíbrio de uma plataforma de força em ambos
idosos e adultos jovens. É possível que algumas medidas do pé sejam mais
associadas do que outras a certos parâmetros neuromusculares de equilíbrio como a
área do centro de pressão e a velocidade média de oscilação postural na direção
ântero-posterior e médio-lateral. É importante ressaltar que o pé contribui para manter
a estabilidade postural por meio de dois mecanismos: 1) provendo um suporte
mecânico ao corpo via arquitetura osteoligamentar do arco plantar e coordenada
função dos músculos dos membros inferiores; e 2) provendo informação sensorial
relativa à posição do corpo no espaço via mecanoreceptores localizados na região tátil
plantar. Segundo Menz e Lord.3, os déficits na postura, flexibilidade e força do pé,
assim como uma diminuição da acuidade proprioceptiva do pé, podem predispor o
indivíduo a perdas de equilíbrio postural. Por outro lado, novas pesquisas são
27
necessárias para responder algumas dessas hipóteses. Um dos objetivos deste
trabalho de mestrado é também investigar se existe relação entre as medidas posturais
do pé e os parâmetros de uma plataforma de força, considerada hoje o método padrão
ouro para quantificar os reais déficits de controle postural entre os idosos.
28
4. Metodologia
A metodologia deste trabalho é divida em duas etapas. A primeira com
base na construção do Guia prático para Avaliação postural do pé para fisioterapeutas;
enquanto que a segunda etapa caracteriza a descrição metodológica do artigo.
4.1 Descrição metodológica do Guia de Avaliação Postural do Pé
No que se refere à avaliação postural do pé, esta deve ser realizada
por um fisioterapeuta devidamente inscrito em seu conselho regional da profissão. O
profissional deve ter conhecimento de anatomia e biomecânica do pé. Recomenda-se
inicialmente fazer a anamnese com o estado clínico do individuo. Deve-se questionar
sobre a existência de doenças diagnosticadas (diabetes, hipertensão, osteoporose,
entre outras.), anomalias prévias ou congênitas dos pés, dor à palpação ou durante o
movimento, limitação funcional para algum movimento, uso de medicamentos, talas ou
próteses e cirurgias no aparelho locomotor. Este relato clínico pode posteriormente
auxiliar no diagnóstico fisioterapêutico com base na avaliação do pé. A elaboração de
uma ficha é de extrema importância para detalhamento sobre qualquer doença,
sintomas e restrições físicas além do aprofundamento na anamnese e no exame físico
do paciente.
Geralmente o local não necessita ser de grande porte, mas deve ter
temperatura local controlada, boa iluminação e com recursos adequados e
higienizados. Para alguns instrumentos serão necessários folhas (papel A4), canetas,
lápis, fita métrica, álcool e almofada carimbo com rolo. Para o plantígrafo
especialmente, recomenda-se um scanner portátil ou tradicional (ex: marca HP
TSN410AFVC, 300 a 900 dpi) para digitalizar a imagem do pé no sulfite e um programa
de análise (ex: IMAGE J: http://rsbweb.nih.gov/ij/features.html)38 para leitura e cálculo
das medidas do pé.
Para aplicação de todos os instrumentos como descritos no Guia
prático deste material, o individuo deve ser avaliado descalço, em posição ortostática,
descarregando o peso igualmente sobre os dois membros inferiores. Recomenda-se
sempre avaliar os dois membros (ambos os pés) para comparação. A metodologia
prática deste Guia foi idealizada no intuito de conter instrumentos de baixo custo e fácil
29
aplicação para o fisioterapeuta. Portanto, para maiores detalhamentos de como realizar
a avaliação postural do pé se direcionar a sessão final deste documento, na qual
apresenta o Guia completo com seus instrumentos, métodos de aplicação e resultados
clínicos.
4.2 Descrição metodológica do Artigo científico com base na relação entre as
medidas posturais do pé
4.2.1 Amostra
Foram avaliados 110 indivíduos, sendo 68 idosos e 42 adultos jovens,
com idade entre 18 e 84 anos, do sexo feminino. A amostra foi composta por
voluntárias sendo recrutadas por conveniência da comunidade local e universitária
(grupo de jovens). Ambos os grupos eram saudáveis e fisicamente independentes.
Foram incluídos na avaliação dois grupos: (1) grupo de idosos
fisicamente independentes, com idade igual ou superior a 60 anos e bom estado
cognitivo; e (2) grupo de adultos jovens, com idade entre 18 a 30 anos, mas não
praticante de nenhum programa de atividade física regular (> 2 x semana). Ambos os
grupos não deveriam apresentar: qualquer tipo de doença mental e/ou neurológica,
respiratória crônica, cardiovascular severa, ou ortopédica severa que interfira nos
testes propostos; e algum tipo de cirurgia no aparelho locomotor. Todos os
participantes foram informados da avaliação e dos instrumentos de medidas, estando
cientes e de acordo, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Ambos
o Termo de Consentimento Livre e o protocolo de avaliação incluídos no estudo fazem
parte de um projeto de pesquisa mais amplo desenvolvido na UNOPAR e aprovado
pelo Comitê de Ética conforme as normas da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
– CONEP, (Parecer CEP: 276.702).
4.2.2 Procedimentos
As coletas de dados foram realizadas numa sessão de avaliação, com
duração de uma hora de cada participante no Ambulatório da Clínica de Fisioterapia
da UNOPAR e no Laboratório de Avaliação Funcional e Performance motora humana
(LAFUP). Todo o procedimento foi realizado por um fisioterapeuta especialista na área
de ortopedia e podologia, treinado e habilitado para tal avaliação (15 anos de
30
experiência) com a assistência de dois alunos do curso de fisioterapia da Instituição.
Os procedimentos foram realizados em ambiente tranquilo, com temperatura local
controlada em 24ºC e os recursos adequados e higienizados. Todos os participantes
foram familiarizados com o equipamento e o protocolo experimental. Em seguida,
medidas como peso corporal, altura e índice de massa corpórea foram recolhidas.
4.2.3 Protocolo Experimental
Para avaliação das características posturais do pé, o presente estudo
utilizou algumas medidas descritas por Menz e Morris37 e Castro e Rebellato32. A
avaliação foi realizada com o individuo posicionado descalço e em ortostase,
descarregando o peso igualmente sobre os dois membros inferiores. Os instrumentos e
o protocolo empregados foram:
1) Goniômetro – para medir a amplitude do movimento de flexão-extensão do hálux.
Foi solicitado ao participante permanecer em posição ortostática sobre um apoio que
permita o livre movimento de flexão e extensão do membro avaliado. O braço fixo do
goniômetro foi posicionado sobre a superfície dorsal do metatarsal (linha metatarsiana),
enquanto o braço Móvel na superfície dorsal da falange proximal. O participante realiza
um movimento ativo apenas até a posição final em flexão e extensão e a leitura do
ângulo de 0º a 90º era registrada31.
2) Paquímetro – para medir a altura do dorso do pé 32. O participante permaneceu em
posição ortostática, com o membro avaliado sobre um apoio, enquanto o instrumento
foi posicionado entre os ossos navicular e o plano de apoio do pé. O guia fixo do
aparelho era posicionado na região plantar de apoio do pé na direção vertical do osso
navicular, enquanto que o guia móvel representou o alinhamento até a face mais alta
dorsal na altura do osso navicular. A apenas uma medida era efetuada, na qual variava
de 0 a 10 cm.
3) Plantígrafo – para medir o comprimento total do pé, a largura do pé, o ISTMO, o
índice do arco plantar e o hálux valgo 32. O plantígrafo é um instrumento, de acrílico e
látex, utilizado para verificar a descarga de peso no solo. Foram utilizados os seguintes
itens para tal medida: Tinta de carimbo na face do plantígrafo, Folha de papel sulfite,
Almofada carimbo, Rolo de pintura, Scanner (HP Photosmart Eprint) e Programa de
análise (IMAGE J: http://rsbweb.nih.gov/ij/features.html) 38 para leitura e cálculo dos
parâmetros do pé citados acima. Em posição ortostática, o pé contralateral ao avaliado
31
foi posicionado ao lado do plantígrafo, enquanto que o outro pé sobre o aparelho. O
participante devia descarregar seu peso corporal igualmente sobre as duas pernas. Foi
orientado a retirar primeiro o pé de apoio no plantígrafo, para que, em nenhum
momento, o peso corporal esteja apenas sobre o pé avaliado. O tempo médio de
permanência sobre o aparelho foi de 6 segundos para obter a impressão. Em seguida,
cada dado foi digitalizado em um scanner para se obter uma imagem, para tratamento
no software IMAGE J.
Ambos os pés foram avaliados em cada instrumento, embora para a
plataforma de força no apoio unipodal somente o membro inferior de preferência era
avaliado.
Em seguida a avaliação postural do pé, cada participante realizou dois
testes de equilíbrio sobre uma plataforma de força: (1) duas tentativas de apoio bipodal
durante 60 segundos (com 30-s de repouso entre elas); e (2) três tentativas de apoio
unipodal durante 30 segundos com o membro inferior de preferência (com 30-s de
repouso entre as tentativas) 34,35. O protocolo de equilíbrio foi realizado com os pés
descalços, olhos abertos, braços ao longo do corpo e olhos direcionados para um alvo
referente à um ponto fixo de 2,0 metros de distância em relação a plataforma 35. O
ambiente era tranquilo e com temperatura adequada, além de uma boa claridade para
visualização do alvo.
Todos os sinais de força da plataforma, registrados em 100 Hz de
frequência amostral, foram filtrados com filtro de banda-passante baixo de 35-Hz e de
segunda ordem (Butterworth filter) para eliminar os ruídos elétricos. Para aquisição e
tratamento dos parâmetros de equilíbrio calculados no estudo foi utilizado o próprio
software Bioanalysis da plataforma BIOMEC400, o qual é compilado com rotinas de
computação de análises MATLAB (The Mathworks, Natick, MA). Os principais
parâmetros de equilíbrio baseados no COP computados para ambos os testes de
equilíbrio foram: a Área de confiança elipse (95%) do COP (A-COP em cm2) e a
velocidade média (VEL em cm/s) de oscilação do COP nas direções do movimento:
Ântero-Posterior (A/P) e Médio-Lateral (M/L). Conforme estudos prévios de nossa
equipe de pesquisa estes parâmetros são considerados mais sensíveis e fidedignos
para quantificar os déficits de equilíbrio postural 34,35.
32
4.3 Análise Estatística
Os dados foram tratados de forma descritiva com a média e desviopadrão. A distribuição normal dos dados nas diversas variáveis analisadas foram
testadas por meio do teste de Shapiro Wilk. Primeiramente, um teste-T de amostras
independentes foi realizado para comparar os dois grupos, jovens e idosos, nas
medidas posturais do pé com todos os equipamentos de baixo custo e nos parâmetros
da plataforma em ambas as condições experimentais (bipodal e unipodal). Também,
correlações r de Pearson foram utilizadas para determinar a relação entre as medidas
posturais do pé (Goniômetro, Paquímetro e Plantígrafo) e os parâmetros do COP para
ambos os testes de equilíbrio (bipodal e unipodal) e ambos os grupos (idosos e jovens).
Todas as análises estatísticas foram realizadas no programa estatístico SPSS (versão
15.0 para Windows) com a significância adotada de 5% (p < 0,05).
33
Referências
1. Petroianu A, Pimenta LA. Pé do idoso. In: Clínica e cirurgia geriátrica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. p.503-11.
2. Carvalho Filho ET, Papaléo Neto M. Anatomia e Fisiologia do Envelhecimento.
In: Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. São Paulo: Atheneu; 1998.
p.32-4.
3. Menz HB, Lord SR. The contribution of foot problems to mobility impairment and
falls in community-dwelling older people. J Am Geriatr Soc. 2001;49(12):1651-6.
4. Menz HB, Lord SR. Gait instability in older people with hallux valgus. Foot Ankle
Int. 2005; 26:483–489.
5. Scott G, Menz HB, Newcombe L. Age-related differences in foot structure and
function. Gait Posture. 2007; 26:68–75.
6. Kuchemann BA. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos
dilemas e novos desafios. Rev. sociedade e estado. 2012; 27(1):165-80.
7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de
domicílios - Síntese de indicadores. Disponível em http://www.ibge.gov.br
(acessado em 05/agosto/2013).
8. Ansiliero G. CENSO 2010: Primeiros Resultados e Implicações para a
previdência social. Informe previdência social 2011; 23(5):2-35.
9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Projeção da população do
Brasil por sexo e idade 1980-2050. Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão 2008.
10. Costello E, Edelstein JE. Update on falls prevention for community-dwelling
older adults: Review of single and multifactorial intervention programs.JRRD.
2008; 45(8):1135-52.
11. Fabrício SCC, Rodrigues RAP, Costa Junior ML. Causas e consequências de
quedas de idosos atendidos em hospital público. Rev. Saúde Pública 2004;
38(1): 93-9.
12. Gawryszewski VP. A importância das quedas no mesmo nível entre idosos no
estado de São Paulo. Rev Assoc Med Bras 2010; 56(2):162-7.
34
13. Minghelli B, Marreiros N, Valente F, Ribeiro T, et al. Desenvolvimento do arco
plantar na infância e adolescência:análise plantar em escolas públicas. Saúde &
tecnologia. 2011; 5:5–11.
14. Koebke, J. The functional anatomy of the lower extremity, especially the foot.
Sportschaden.1993; 7(4):163-6.
15. Riddiford-Harland DL, Steele JR, Storlien LH. Does obesity influence foot
structure in prepubescent children? Int J Obes. 2000; 24(5):541-4.
16. Tsung BY, Zhang M, Fan YB, Boone DA. Quantitative comparison of plantar foot
shapes under different weight-bearing conditions. J. Rehabil Res Dev. 2003;
40(6):517-26.
17. Paula JAM, Tavares MCGCF, Diogo MJD. Avaliação funcional em gerontologia.
Gerontologia. 1998; 6(2):81-88.
18. Smith LK, Weiss EL, Don Lehmkuhl L. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5ed.
Manole, São Paulo, 1997.
19. Caillet R. Lombalgias: Síndromes dolorosas. 3ed. Manole, São Paulo, 1998.
20. Rizzo J, Friedkin R, Willians CS, Nabors J, Acampora D, Tinetti ME. Health care
utilization and costs in a Medicare population by fall status. Med Care 1998;
36:1174-88.
21. Lord SR, Sherrington C, Menz HB. Falls in older people: risk factors and
strategies for prevention. In (pp. 249). New York : Cambridge University press;
2001.
22. O'Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5 ed. Barueri:
Manole, 2010.
23. Bega A. Podologia Básica. 2ed Vida & Consciência, São Paulo, 2000.
24. Ignácio H, Chueire AG, Carvalho-Filho G, Nascimento LV, Vasconcelos UMR,
Barão GTF. Retrospective study of first metatarsal base osteotomy as a
treatment of hallux valgus. Acta Ortop Bras. 2006; 14(1):48-52.
25. Caselli MA, George DH. Foot deformities: biomechanical and pathomechanical
changes associated with aging, part I. Clin. Podiatr. Med. Surg. 2003; 20:487–
509.
26. Van Schie C, Vermigli C, Carrington A, Boulton A. Muscle weakness and foot
deformities in diabetes: relationship to neuropathy and foot ulceration in
Caucasian diabetic men. Diabetes Care. 2004; 27:1668–1673.
35
27. De Win M, Theuvenet W, Roche P, De Bie R, Van Mameren H. The paper grip
test for screening on intrinsic muscle paralysis in the foot of leprosy patients. Int.
J. Leprosy Other Mycobact. Dis. 2002; 70:16–24.
28. Senda M, Takahara Y, Yagata Y, Yamamoto K, Nagashima H, Tukiyama H,
Inoue H. Measurement of the muscle power of the toes in female marathon
runners using a toe dynamometer. Acta Med. Okayama. 1999; 53:189–191.
29. Sacco IC, Nogueira GC, Bacarin TA, Casarotto R, Tozzi FL. Alteração do arco
longitudinal medial da neuropatia periferica diabetica. Acta Ortop Bras. 2009;
17(1):6-13.
30. Brasileiro JL, Oliveira WTP, Monteiro LB, Chen J, Pinho EL, Molkenthin S. et al.
Pé diabético: aspectos clinicos. J Vasc Br. 2005; 4(1):11-21.
31. Marques AP. Manual de goniometria. 2 ed. Barueri: Manole, 2008.
32. Castro AP, Rebellato JR, Aurichio TR. A relação do ângulo da articulação
metatarsofalangeana e de medidas antropométricas com a postura dos pés de
idoso. Rev Bras Fisioter. 2009; 13(1): 59-64.
33. Manfio EF, Ávila AIV. Um Estudo dos parâmetros antropométricos do pé
feminino brasileiro. Rev. Bras. Biomecânica. 2003; 4(1):39-48.
34. Gil AWO, Oliveira MR, Coelho VA, Carvalho CE, Teixeira DC, da Silva RA.
Relationship between force platform and two functional tests for measuring
balance in the elderly. Brazilian Physical Therapy Journal. 2011; 15(6):429-35.
35. Da Silva RA, Martin B, Parreira RB, Teixeira DC, Amorim CF. Age-related
differences in time-limit performance and force platform-based balance measures
during one-leg stance. Journal of Electromyography and Kinesiology. 2013; 23:
634-639.
36. Lafond D, Corriveau H, Hebert R, Prince F. Intrasession reliability of center of
pressure measures of postural steadiness in healthy elderly people. Arch Phys
Med Rehabil. 2004; (85):896-901.
37. Menz HB, Morris ME.Clinical determinants of plantar forces and pressures
during walking in older people. Gait & Posture. 2006, 24: 229–236.
38. Ferreira T, Rasband W. ImageJ User Guide - IJ 1.46r. Revised Edition. 2012.
http://rsbweb.nih.gov/ij/docs/guide/user-guide.pdf
39. Ferrari SC, Santos FC, Araújo MSL, Cendorogio MS, Trevisani VFM. Patologias
no pé do idoso. RBCEH. 2009; 6(1):106-118.
96
ARTIGO CIENTÍFICO
Relationship between foot posture measures and force platform parameters during two
balance tasks in older and young subjects
(Article for submission in the Brazilian Physical Therapy Journal)
Authors
Carlos E. Carvalho 1,3, Rubens A. da Silva1,2,3*, André W. Gil1,2 , Márcio R. Oliveira1,2, Juliana A.
Nascimento1, Deise A. A. P. Oliveira1,2,3
Affiliation
1. Laboratory of functional evaluation and human motor performance (LAFUP),
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), 675 Paris Ave., Londrina-PR, Brazil, CEP
86041-120.
2. Master and Doctoral Program in Rehabilitation Sciences UEL/UNOPAR, 675 Paris Ave.,
Londrina-PR, Brazil, CEP 86041-120.
3. Master Profissional Program in Physical Exercise for Health promotion, UNOPAR, 675
Paris Ave., Londrina-PR, Brazil, CEP 86041-120.
Institute in which the study was conducted
Laboratory of functional evaluation and human motor performance (LAFUP)
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
675 Paris Av, Londrina-PR, Brazil, CEP 86041-120.
*Corresponding author
Rubens A. da Silva, Ph.D.
Coordinator of Laboratory of functional evaluation and human motor performance (LAFUP)
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
675 Paris Av, Londrina-PR, Brazil, CEP 86041-120.
Email: [email protected]
[email protected]
97
Abstract
Background: Different clinical and laboratory methods have been developed to assess the different
dimensions of foot in order to increase the clinical relevance of decisions regarding posture and
deformity of foot, balance deficit and fall prevention. Objectives: To compare age differences on a
broader range of anthropometric posture measures of foot and balance parameters of a force
platform during two balance tasks (bipodal and unipodal); and determine the relationship between
them in both young and older subjects. Methods: Sixty-eight older (mean age 68 yrs) and 42 young
adults (in mean age 21 yrs), all women, recruited by convenience, participated of this study. Foot
(right and left side) posture was tested across four domains: 1) hallux flexion and extension range of
motion (ROM) using goniometer, 2) height navicular and 3) length of the foot both using
pachymeter, and 4) foot print for calculate with IMAGEJ: width of fore foot, arch index and hallux
valgus. Three trials were performed for each domain and the mean was retained. Balance
performance was tested in two conditions: bipodal condition (two legs placed on force platform)
during 60-s trials; and unipodal condition (leg preferred on force platform) during 30-s trials, with a
rest period of approximately 30 s between each trial. The mean of three trials for each balance
condition was retained to assess: sway ellipse area of centre of pressure (COP) and sway COP
velocity in both the directions of movement: Anteroposterior and Mediolateral. Results: Older
shown significant (P0.01) poor balance performance than young adults only in unipodal condition
and for all COP parameters (ex: COP area 9.97 for older vs 7.72 cm2 for young). Older and young
presented differences on all foot posture measures (P0.05), being older with low hallux mobility
and high values of the width of fore foot and transverse arch index than young adults, characterizing
thus their plan feet. The correlations between all foot posture measures and balance COP
parameters for the two balance conditions varied, across groups, of weak to moderate (r -0.01 to .046). No systemic advantage of a foot posture measure (goniometry, pachymeter, foot print) was
found in the relationship with balance COP parameters across groups, although a low mobility of
hallux was significantly related to higher COP values in older. Conclusions: These results have any
clinical and research implications on balance rehabilitation programs for older people and on
prevention programs linked to musculoskeletal foot postural disorders and balance performance in
both the groups (young and older).
Keywords: posture; aging; foot, movement; biomechanics; rehabilitation.
98
Resumo
Contextualização: Diferentes métodos clínicos e laboratoriais têm sido desenvolvidos para avaliar
as dimensões do pé no intuito de melhorar a relevância clínica nas tomadas de decisões quanto à
postura, às deformidades do pé e o equilíbrio e prevenção de quedas. Objetivos: Comparar as
diferenças na idade quanto às medidas antropométricas posturais do pé e os parâmetros de
equilíbrio provenientes de uma plataforma de força em duas tarefas experimentais (bipodal e
unipodal); e determinar a relação entre as medidas em ambos os indivíduos jovens e idosos.
Métodos: Sessenta e oito idosos (idade em média 68 anos) e 42 jovens (idade media 21 anos),
ambos do sexo feminino, recrutados por conveniência, participaram do estudo. A postura do pé
(direito e esquerdo) foi testada em quatro domínios: 1) amplitude articular do hallux em flexão e
extensão com o uso de goniômetro, 2) altura do dorso do pé e 3) comprimento do pé com o uso de
um paquímetro, e 4) imagem plantar (plantígrafo) com uso do software IMAGEJ para calcular:
largura do antepé, índice do arco e o hallux valgo. Três repetições foram executadas para cada
domínio e a média utilizada. A performance de equilíbrio foi testa em duas condições: bipodal
condição (duas pernas posicionadas na plataforma de força) durante 60-s de prova; e unipodal
condição (perna de preferência apoiada na plataforma de força) durante 30-s de prova, com período
de repouso de aproximadamente 30 s entre cada repetição. A média de três tentativas para cada
condição de equilíbrio foi retida para avaliar: área elipse do centro de pressão (COP) e a velocidade
de oscilação do COP em ambas as direções do movimento: Anteroposterior e Médio lateral.
Resultados: Idosos demonstraram significantemente (P0.01) pior equilíbrio do que os jovens
somente para condição unipodal e para todos os parâmetros do COP (ex: área COP 9.97 no idoso
vs 7.72 cm2 no jovem). Idosos e jovens apresentaram diferenças nas medidas posturais do pé
(P0.05), sendo o idoso com menor mobilidade do hallux e grandes valores de largura do antepé e
do índico do arco transverso do que os jovens, caracterizando assim eles com o pé plano. As
correlações entre todas as medidas posturais do pé e os parâmetros COP de equilíbrio para as duas
condições variou, entre os grupos, de fraca à moderada (r -0.01 a -.046). Nenhuma vantagem
sistemática de uma medida postural do pé (goniometria, paquímetro, plantígrafo) foi encontrada na
relação com os parâmetros de equilíbrio entre os grupos, embora a menor mobilidade do hallux
fosse significante correlacionada com os grandes valores do COP no idoso. Conclusões: Esses
resultados têm implicações clínicas e de pesquisa para programas de reabilitação de equilíbrio em
idosos e programas preventivos associados às desordens posturais do pé e déficits de equilíbrio em
ambos os grupos (jovens e idosos).
Palavras-chave: postura; envelhecimento; pés; movimento; biomecânica; reabilitação.
99
1. Introduction
The longevity’s increase is also related to a higher incidence of chronic disorders across
older people, which compromises the health and the quality of life of individuals. Foot disorders
can affect up to 80% of older people, which in turn impact to functional capacities common
household tasks1,2.
Aging process often associates to biomechanical changes on the foot with effects in the
lateral deviation of the legs, plantar arch (flattening), and muscular intrinsic strength of the toes3,4,5..
The most prevalent toe disorders linked to this biomechanical changing in older is the hallux valgus,
which is characterized by a lateral deviation of the big toe away from the midline of the body6,7.
The estimated prevalence is of 36% in those over 65 years, while the prevalence rate in adults
between 18 and 65 years is 23%7. Furthermore, it has been associated with beauty appearance, pain,
mobility impaired, reduced health-related quality of life and mostly postural instability and increase
the risk of falls in the older subjects8-10.
Some risk factors have been identified in the etiology of hallux valgus including increasing
age. For example, genetic history, abnormal hind foot kinematics, wearing high-heeled shoes, bony
abnormalities, muscular foot dysfunctions and unbalance could be associated to it 11-15. It must be
important to consider that the foot provides only direct source of contact with the ground during
standing and walking activities. With the foot pain and/or structural foot deformity it is likely in
turn to impair balance and functional ability, and subsequently increase of falls risk in older. As
suggested by Menz et al.16 the foot contributes to maintenance of postural stability, first by
providing mechanical support for the body via the osteoligamentous of arch and the coordinated
function of lower limb muscles, and second by the provision sensory information with regard to
body position and proprioception from plantar tactile mechanoreceptors.
Different clinical and laboratory methods have been developed to assess the different
dimensions of foot in order to increase the clinical relevance of decisions regarding posture and
100
deformity of foot, balance deficit and fall prevention. The foot posture can be measures objectively
and numerically by anthropometric approaches such as goniometer, tape for width and
circumference of the metatarsal heads, height of the first metatarsal head and dorsum of the foot
using pachymeter, length of the foot angular, angles of first metatarsophalangeal joint, arch index
by photographs or foot print and outline and analyzing with image digital software’s (e.g. IMAGEJ,
SAPO)16,17. Other approaches are by Manchester Scale to assess the levels of severity of hallux
valgus (none, mild, moderate and severe)18,19, X-rays angular measures of hallux20,21 and sometimes
with the use of force plate for balance and force reaction of ground measurement 22, and
electromyography or ultrasound system for muscular dysfunction of foot 23-25. These last techniques
provided both accurate and reliable information21-25, although considered high-tech equipment and
costly for clinical practice.
Overall, measures of foot impaired associated on the observation of injury, structural
deformity or muscular dysfunction has been independently the performance of balance and
functional activity on clinical tests2. However, very little is known about the relationship between
foot posture measures and force platform parameters on age-related differences. Some evidences
showed that excessively flat feet and highly arched feet impair standing balance in healthy young
subjects26,27. Also, significant association was observed in older subjects for the measures of the
ankle range of motion (ROM) and balance28. From differences between young and older subjects on
the neuromuscular and bony systems, it must be interesting to compare them on the foot
anthropometric posture measures and balance performance at the same design experimental.
The purposes of this study were to: 1) Compare age differences on a broader range of
anthropometric posture measures of foot (e.g; including goniometer, tape, pachymeter and foot print
image) and on two main balance parameters of a force platform (e.g; ellipse area and sway velocity
of centre of pressure) during two balance tasks (bipodal and unipodal); and 2) Determine the
relationship between all these measures in both young and older subjects.
101
2. Methods
Subjects
A total of 110 females healthy volunteers (n=68 older and n=42 young), recruited by
convenience, participated in the present study. The characteristics of the both groups are in mean:
age 68±5 yrs, mass 63±11 kg, height 1.52±0.1 m, body mass index (BMI) 27±4 kg/m2 for older
subjects, while age 21±2 yrs, mass 60±8 kg, height 1.64±0.1, BMI 22±3 kg/m2 for young adults.
The study was enrolled between 2012 and 2013 at the Universidade Norte do Paraná (UNOPAR),
Londrina, PR. All subjects were recruited by convenience from the local community and the
University for the young adults specifically.
The inclusion criteria were as follows for older subjects: (1) age more than 60 years old,
physically independent, no falls in the previous year, and a score >18 on the Mini-Mental State
Examination29. Inclusion criteria for the young group were age between 18 and 30 years and
being healthy. Enrolment in any physical activity program was prohibited for participants of both
groups at the time of the study. General exclusion criteria for both groups were as follows: selfreported injuries, illnesses, musculoskeletal disorders, neuro-systemic degenerative disease,
severe labyrinthitis, and chronic cardiovascular or respiratory system diseases. The subjects were
informed about the study’s experimental protocol and potential risks and written consent
obtained before their participation. The protocol and the consent forms were previously approved
by the local ethics committee (CEP:276.702).
Procedure
Prior to performing all measurement (anthropometric, foot measures and balance), the
subjects were familiarized with the experimental protocol and specially for assessing of two balance
102
tasks on a force platform. One session of approximately 2 hours was required to complete the
experimental procedure. The same investigators trained (two physiotherapists) performed the
procedures with all subjects at the same laboratory to ensure uniformity.
Foot posture measurements
Foot (right and left side) posture was tested across four domains16,17: 1) first
metatarsophalangeal joint ROM (e.g. hallux flexion and extension ROM using goniometer), 2)
height navicular in cm (using pachymeter instrument, 3) length of the foot in cm (using pachymeter
instrument), and 4) foot print for calculate with IMAGEJ (National Institutes of Health, MD,
USA)16,17,30: width of fore foot, arch index and hallux valgus using the procedure detailed in Bega31
(e.g. explained in the next section). The validity and reliability of clinical techniques likes these
reported above for the measurement of static foot posture in older people has been reported
previously in the literature32-34.
Goniometry
For the hallux flexion and extension ROM, an analogical goniometer (CARCI) was used for
the angles measures. The subjects were in orthostatic position with the limb evaluated placed on a
bench (approximately at 90 of knee flexion) allowing free movements of hallux. First
metatarsophalangeal joint (hallux joint) was then measured in a nonweightbearing position with a
goniometer while the examiner maximally extended and flexed the hallux (Figure 1A)
32
. Three
trials hallux ROM by side (right: R and left: L feet) were performed and the mean across trials was
retained for analysis.
Pachymeter
103
Again, the subjects placed as for goniometry measurement, the navicular height was
measured in centimeters (cm) using a analogical pachymeter while the subject was fully
weightbearing, and was then corrected for differences in foot size by dividing it by the length of the
foot
34
, which was it measured with the use of pachymeter (Figure 1B). For both measures
(navicular height and length of the foot), three trials were performed in both the foot (R and L feet)
by examiner and the mean was retained.
Foot print
The foot prints were obtained using a carbon-paper imprint material with the subject
standing in a relaxed position and following a standardized condition: barefoot and arms parallel to
their trunk. Afterward, the foot R and L imprint material was analyzed using a computer graphics
tablet and graphics software of the IMAGEJ v.145 (National Institutes of Health, Bethesda MD,
USA) and the parameters on foot print reference (quantity of area of feet over paper) were then
calculated (Figure 1C) as previously detailed by Bega31: width of fore foot that is quotient of total
length of the foot (corrected by height) devise by three; arch index on transverse plan of foot print
that is calculated by the quotient of the width of fore foot devise by three (e.g. defining in high
values as plan feet and low values as ached feet) 17,31 and finally, the physiological hallux valgus of
foot print that is calculated multiplying by 2% of total length of the foot 31.
Postural balance tasks
Each subject was allowed to practice the one-leg stance before testing and, since only one
leg was being tested, the subjects were free to choose which leg they preferred to stand on. The
participants performed two tasks on a force platform (BIOMEC400, EMG System do Brazil, Ltda.,
SP),: (1) Bipodal Condition (BC: two legs placed on force platform) during 60-s trials35; (2)
Unipodal Condition (UC: leg preferred on force platform) during 30-s trials, with a rest period of
approximately 30 s between each trial in both conditions (Figure 2). The mean of three trials for
104
each balance condition was retained to assess: (i) the age-related differences on balance parameters
and (ii) the relationship between foot posture measures and balance parameters for each condition
(bipodal and unipodal). During all trials, the participants were instructed the following standardized
conditions: barefoot, eyes opened and looking at a target (cross) placed on a wall at eye level 2 m
away, arms at their sides or parallel to their trunk. 36 To prevent falls or injuries during all testing, an
investigator stood close to each participant.
For all balance conditions, signs of ground reaction force from the platform
measurements were collected on a sampling of 100 Hz. All force signals were filtered with a
Butterworth low-pass second-order filter at 35 Hz. Signals were then converted through a
stabilographic analysis that the routines were compiled with the MATLAB (The Mathworks,
Natick, MA) to extract all of the parameters associated with balance movements of COP. The main
parameters of balance based on the center of pressure (COP) were computed: the ellipse area (95%)
of the COP (A-COP in cm2) and mean velocity (VEL in cm/s) of the COP sway in both directions
of movement: Anteroposterior (A/P) and Mediolateral (M/L). For both tasks, these balance
parameters were calculated for the total duration of the trial for each subject. The test-retest
reliability of these main parameters of balance has been showed be excellent (ICC >0.85 and SEM
varying of 0.72 to 0.90) in both young and older subjects as reported by our previous study36.
Statistical analysis
The data were analyzed using descriptive statistics with measures of central tendency,
mean and standard deviation. All variables were normally distributed, as verified with the Shapiro
Wilk test. Student unpaired t-test was used to assess between-group (older vs young subjects)
differences in anthropometric variables, foot posture measures and in two balance parameters (ACOP, VEL). Pearson’s correlation coefficients were used to assess the relationship between all foot
posture measures and balance parameters (A-COP, VEL) in both conditions (BC and UC).
105
Statistical Package for SPSS (version 15 for Windows) was used to perform all statistical analysis,
with significance taken at 5% (P <0.05).
3. Results
Significant differences between-groups (P0.01) were found for age, height and BMI
variables, with exception for mass only. The results for foot posture measures are presented in the
Tables 1 and 2. From goniometry measures, older subjects presented low ROM values of hallux
than young adults, with significant differences (P0.01) between-groups for all variables (Table 1).
Significant differences (P0.05) between older and young subjects were found for all
variables from pachymeter (navicular height and length of the foot) and foot print (width of fore
foot, arch index and hallux valgus) measures (Table 2). For both sides (R and L), older presented
low values than young for navicular height and length of the foot (pachymeter), and hallux valgus
(foot print) variables. Contrary, high values were pointed out for width of fore foot and arch index
variables in older than young (Table 2), characterizing thus the plan feet of older.
Poor balance performance of older in relation to young group was reported only for unipodal
condition (UC) in all COP parameters (Table 3). At this condition (UC), COP values was
significant (P <0.01) higher in older than young such as A-COP (cm2) of 9.97 for older vs 7.72 for
young. Similar balance performance of COP between-groups was found in BC task.
The correlations between all foot posture measures and balance COP parameters for the two
balance conditions varied, across groups, of weak to moderate (r -0.01 to -.046; Tables 4 and 5). No
systemic advantage of a foot posture measure (goniometry, pachymeter, foot print) in the
relationship with balance COP parameters was found across groups. Significant and negative
correlations (r -0.31 to -.046 =P0.01) were found between the hallux ROM (flexion and extension
movement) and COP parameters across groups and balance conditions (Table 4). In this case, low
mobility of hallux was related to higher COP values (poor balance) in older.
106
Pearson coefficient correlations between foot posture measures (Pachymeter and foot print
measures) and balance COP parameters were presented in the Table 5. The best significant and
negative correlations (r -0.32 to -.041 =P0.01) were found between the Navicular height left side
(Nav.Height-L) and COP parameters for older people across two balance conditions. Smaller
Navicular height was related to poor balance in older (higher COP values, Table 5). For older group
again, significant and positive correlation (r .33 = =P0.01) was observed between the Arch index
right and velocity COP parameter (UC-VEL A/P), suggesting that larger arch report to poor
balance.
Significant and positive correlation (r .35 = =P0.01) was observed between the length of
the feet right and velocity COP parameter (UC-VEL M/L) in young group only, indicating that
taller foot is associated to higher COP values. Again for younger, significant and positive
correlations (r .29 to .36 = =P0.01) were found between hallux valgus, in both sides, and velocity
COP parameter (UC-VEL M/L).
4. Discussion
The first main of this study was to compare age-related differences on a broader range of
anthropometric posture measures of foot and main balance COP parameters during two tasks
(bipodal and unipodal conditions). Here, the hypothesis that older shown poor balance performance
than young adults is true. Furthermore, older and young presented differences on all foot posture
measures, being older with low hallux mobility and high values of the width of fore foot and
transverse arch index than young adults, characterizing thus their plan feet. A second purpose here
was to assess the relationship across all these measures in both young and older subjects. No
systemic advantage of a foot posture measure (goniometry, pachymeter, foot print) in the
relationship with balance COP parameters was found across groups, although a low mobility of
107
hallux was related to higher COP values (poor balance) in both the groups (young at BC while older
at UC especially).
To the authors’ knowledge and based on a literature search of issue10,15-17,22,26-28, the
comparison of older and young adults, in the same study, from different foot posture measures and
COP balance parameters at two conditions (BC and UC), in plus the correlation between all these
measures have not been reported before. With regard to foot posture measures, age-related
differences can be dependent of the changes from orthopedic anatomy and/or foot architectural with
the increase of age1-3. Older people (without apparently deformities) present lower ROM of hallux
as well as plan feet compared to young adults16,28,37, which support our findings. Second, it is well
known that aging is associated with neuro-musculoskeletal alterations and decreased physiological
functions, which in turn can lead to problems such as muscular weakness and lack of mobility, as
well as other sensory-motor deficits and a consequent loss of balance and falls15-17,25,28,29. In the
present study, the performance of the older adults was significantly (P <0.01) worse only at balance
unipodal condition (Table 3). These results agree with previous studies compared both young and
older subjects in this condition36,38, but in contrast to others35, which assessed healthy communitydwelling older adults using double-leg stance task. In the present study no difference was found at
bipodal condition (Table 3), which would be explained by the time data collected up at 30 s while in
previous works, the time-series was stopped at 60 or 120 s. However, as suggested by Parreira et
al.38, differences between the older and young adults are observed since 10 s COP time-series. From
these authors, age-related differences do not occur during the transition phase (0.1 to 5 s) of postural
adjustment on a force platform but occur instead during the static phase, which begins 5 to 10 s
after adopting the new posture. At this point, motor control strategies as well as real balance deficits
from muscular weakness or sensory-motor impairment become more evident between groups, even
at 30 s time-series. In this case, we assumed then that bipodal condition is not adequate to
discriminate postural control because both populations can have performed similar short-term
108
postural adjustments at this condition. Furthermore, this condition is not a major challenge to our
balance control system, which limits the clinical usefulness of data obtained from this approach. A
one-legged stance would be a more appropriate condition for challenging and evaluating
equilibrium since, in spite of being a static condition, it can be required in a number of everyday
motor tasks (turning, climbing stairs, walking, dressing) when a switch from two- to one-leg
standing is necessary. Furthermore, this condition has often been associated with the prediction of
falls as well as fall-related injuries39.
The clinical and research relevance to evaluate foot posture measures in both older and
young adults is that exist an influence of foot structures on postural balance26,27. It is suggested that
the presence of non–weight bearing frontal-plane foot postures such as forefoot varus, rearfoot
varus, plantar-flexed fifth ray, or ankle joint equinus result in increased compensatory foot
pronation during weight bearing, which in turn cause a compensatory hypermobility of the subtalar
joint and midtarsal joint and consequently can create an unstable base of support that may translate
to impaired postural balance. Cobb et al.26, evaluating 32 healthy young adults (age in mean 29 yrs
old) on one-leg stance platform task, showed a decreased postural stability in individuals with
increased forefoot varus (>7). The authors explained their results by decreasing of joint subtalar
congruity and increasing reliance on soft tissue structures for stability of foot. Hertel et al27, also
evaluating young adults (n=30, age in mean 22 yrs old), reported an increase COP sway area in
individuals with pes cavus foot structures compared to those with pes rectus foot structures. The
authors revealed any differences in either COP sway area or COP sway velocity between subjects
with pes planus foot compared to those with pes rectus foot structures. However, both studies
(Cobb26 and Hertel27) used only a limited number of COP parameters and especially a time-series
data computed at 5 and 10 s, respectively, during one-leg stance task. As stated before, short timeseries is not enough to discriminate with accuracy the balance mechanism of postural control in two
109
different groups38. In fact, the experimental protocol limits thus the conclusion and generalization of
their findings.
In the present study the relationship between all foot posture measures and balance COP
parameters for the two balance conditions varied, across groups, of weak to moderate (r -0.01 to .046; Tables 4 and 5) and without no systemic advantage of a measure over the other. Nevertheless,
the relationship between hallux ROM and COP balance parameters is in agreement with previous
studies16,28, although with experimental protocol not totally similar. Mecagni et al. 28, evaluating
women aged between 64 to 87 yrs old, showed an association (in mean r = -0.30) of ankle ROM
with the functional balance. Menz et al. 16 , evaluating 156 older women (mean age of 80 yrs old)
reported a significant association ( Weigth = -0.226 from Multiple Regression Analyses) between
ankle flexibility and sway functional balance on floor. The authors pointed out also that this
mobility measure and others such plantarflexor strength can explain 59% of the variance in the
balance scores. Compared to our results, the best correlations with COP balance were reported in
Goniometry (r = -0.46 from ROM Ext-L and UC-ACOP in older) and Pachymeter (r = -0.41 from
Nav.height-L and BC-VELAP in older) foot measures. To date, no study has showed the
relationship between a broader range of anthropometric posture measures of foot (specially hallux
ROM and pachymeter and foot print) and main balance COP parameters during two tasks (bipodal
and unipodal conditions) in both older and young adults, which limit the discussion of these results.
In summary, our results suggested that some foot characteristics (hallux mobility, navicular height,
and tranverse arch index and hallux valgus) can influence the COP sway on a force platform
measurement. These results have clinical and research implications on balance rehabilitation
programs for older people and on prevention programs linked to musculoskeletal foot postural
disorders and balance performance in young adults. Foot posture characteristics are of concern
because cutaneous plantar afferent activity is often important in the regulation of postural control37.
If individuals with foot postural disorder receive less afferent input from the plantar cutaneous
110
receptors, they may have less efficient mechanisms of control of their upright posture during singleleg stance. However, further research is needed on issue.
Finally, some limits of this study can be reported here. The overall results of this study
cannot necessarily be generalized to all older individuals because our sample included only
physically independent adults from a local community and women. Toe weakness and deformity or
any posture foot deformities, ankle mobility and foot muscular strength evaluation were not
investigated, and this could also explain the results concerning postural control. The falls risk was
no assessed. Side comparison was not performed, although no significant differences in postural
control measures has been reported between the right and left limbs or dominant and nondominant
limbs of healthy subjects standing in single-leg stance40. The cross-sectional design of this study
also restrains any speculation concerning a possible effect of cause-effect on relationship between
postural balance and foot posture measures.
In conclusion, older shown poor balance performance than young adults only in unipodal
balance condition. Older have low hallux mobility and high values of the width of fore foot and
transverse arch index than young adults, characterizing thus their plan feet. No systemic advantage
of a foot posture measure (goniometry, pachymeter, foot print) was found in the relationship with
balance COP parameters across groups, although a low mobility of hallux was significantly related
to higher COP values (poor balance) in both the groups (young at BC while older at UC especially).
Acknowledgements
Rubens A. da Silva and Deise A. A. P. Oliveira thank to the National Foundation for the
Development of Private Higher Education (FUNADESP) by grants and fellowships for him and
students. All older and young volunteers for their willingness and participation in the project.
Conflict of Interest
The authors claim there is no conflict of interest in this study.
111
References
1.
Harvey I, Frankel S, Marks R et al. Foot morbidity and exposure to chiropody:
Population based study. BMJ. 1997; 315:1054–1055.
2.
Menz HB, Lord SR. The contribution of foot problems to mobility impairment and falls
in community-dwelling older people. J Am Geriatr Soc. 2001; 49(12):1651–1656.
3.
Caselli MA, George DH. Foot deformities: biomechanical and pathomechanical changes
associated with aging, part I. Clin Podiatr Med Surg. 2003; 20(3):487–509.
4.
De Win M, Theuvenet W, Roche P, De Bie R, Van Mameren H. The paper grip test for
screening on intrinsic muscle paralysis in the foot of leprosy patients. Int. J. Leprosy Other
Mycobact Dis. 2002; 70:16–24.
5.
Van Schie C, Vermigli C, Carrington A, Boulton A. Muscle weakness and foot
deformities in diabetes: relationship to neuropathy and foot ulceration in Caucasian diabetic men.
Diabetes Care. 2004; 27:1668–1673.
6.
Mann R, Coughlin M. Hallux valgus: etiology, anatomy, treatment and surgical
considerations. Clin Orthop. 1981; 157:31–41.
7.
Nix S, Smith M, Vicenzino B. Prevalence of hallux abducto valgus in the general
population: a systematic review. J Sci Med Sport. 2010; 3:21–29.
8.
Lazarides S, Hildreth A, Prassanna V, Talkhani I. Association amongst angular
deformities in hallux valgus and impact of the deformity in health-related quality of life. J Foot
Ankle Surg. 2005; 11:193–196.
9.
Menz H, Roddy E, Thomas E, Croft P. Impact of hallux valgus severity on general and
foot-specific health-related quality of life. Arthritis Care Res. 2011; 63:396–404.
10.
Menz H, Lord S: Gait instability in older people with hallux valgus. Foot Ankle Int.
2005; 26:483–489.
112
11.
Deschamps K, Birch I, Desloovere K, Matricali G. The impact of hallux valgus on foot
kinematics: a cross-sectional, comparative study. Gait Posture. 2010; 32:102–106.
12.
Cong Y, Tak-Man Cheung J, Leung A, Zhang M. Effect of heel height on in-shoe
localized triaxial stresses. J Biomech. 2011; 44:2267–2272.
13.
Nguyen U, Hillstrom H, Li W, Dufour A, Kiel D, Procter-Gray E, Hannan M. Factors
associated with hallux valgus in a population-based study of older women and men: the
MOBILIZE Boston Study. Osteoarthritis Cartilage. 2010; 18:41–46.
14.
Munuera P, Dominguez G, Reina M. Bipartite hallucal sesamoid bones: relationship
with hallux valgus and metatarsal index. Skeletal Radiol. 2007; 36:1043–1050.
15.
Arinci Incel N, Genç H, Erdem H, Yorgancioglu Z. Muscle imbalance in hallux valgus:
an electromyographic study. Am J Phys Med Rehabil. 2003; 82:345–349.
16.
Menz HB, Morris ME, Lord SR. Foot and ankle characteristics associated with impaired
balance and functional ability in older people. J. Gerontol. 2005; 60:1546–1552.
17.
Castro AP, Rebelatto JR, Aurichio TR. Relationship between the metatarsophalangeal
joint angle and anthropometric measures and foot posture among older adults. Rev Bras Fisioter.
2009; 13(1):59-64.
18.
Garrow A, Papageorgiou A, Silman A, Thomas E, Jayson M, Macfarlane G. The grading
of hallux valgus: the Manchester Scale. J Am Pod Med Assoc. 2001; 91:74–78.
19.
Menz H, Munteanu S. Radiographic validation of the Manchester scale for the
classification of hallux valgus deformity. Rheumatology. 2005; 44:1061–1066.
20.
Kilmartin TE, Wallace WA. The Significance of Pes Planus in Juvenile Hal-Lux Valgus,
J Pediatr Orthop. 1992; 12: 556.
21.
Kilmartin TE, Barrington RL, Wallace WA. The X-ray measurement of hallux valgus:
an inter- and intra-observer error study, The Foot. 1992; 2:7-11.
113
22.
Menz,HB. Morris, ME. Clinical determinants of plantar forces and pressures during
walking in older people. Gait & Posture. 2006; 24: 229–236.
23.
Heo H, Koo Y, Yoo W. Comparison of Selective Activation of the Abductor Hallucis
during Various Exercises. J Phys Ther Sci. 2011; 23:915–918.
24.
Bargfrede M, Schwennicke A, Tumani H, Reimers C. Quantitative ultrasonography in
focal neuropathies as compared to clinical and EMG findings. Eur J Ultrasound. 1999; 10:21–27.
25.
Severinsen K, Andersen H: Evaluation of atrophy of foot muscles in diabetic neuropathy:
a comparative study of nerve conduction studies and ultrasonography. Clin Neurophys. 2007;
118(21):72–2175.
26.
Cobb SC, Tis LL, Johnson BF, Higbie EJ. The effect of forefoot varus on postural
stability. J Orthop Sports Phys Ther. 2004; 34:79–85.
27.
Hertel J, Gay MR, Denegar CR. Differences in postural control during single-leg stance
among healthy individuals with different foot types. J Athlet Train. 2002; 37:129–132.
28.
Mecagni C, Smith JP, Roberts KE, O’Sullivan SB. Balance and ankle range of motion in
community-dwelling women aged 64 to 87 years: a correlational study. Phys Ther. 2000;
80:1001–1011.
29.
Hughes MA, Duncan PW, Rose DK, Chandler JM, Studenski SA. The relationship of
postural sway to sensorimotor function, functional performance, and disability in the elderly. Arch
Phys Med Rehabil. 1996; 77:567–572.
30.
Ferreira T, Rasband W. The image j user guide: IJ 1.46r [Internet]. Maryland:National
Institutes of Health; Oct. 2012 [acesso em 2013 dez.15].
31.
Bega A. Podologia Básica. 2 ed. São Paulo: Vida & Consciência; São Paulo, 2000.
32.
Hopson MM, McPoil TG, Cornwall MW. Motion of the first metatarsophalangeal joint:
reliability and validity of four measurement techniques. J Am Podiatr Med Assoc. 1995; 85:198–
204.
114
33.
Menz HB, Munteanu SE. Validity of 3 clinical techniques for the measurement of static
foot posture in older people. J Orthop Sports Phys Ther. 2005; 35:479–486.
34.
Menz HB, Tiedemann A, Kwan MMS, Latt MD, Lord SR. Reliability of clinical tests of
foot and ankle characteristics in older people. J Am Podiatr Med Assoc. 2003; 93:380–387.
35.
Bauer C, Groger I, Rupprecht R, Gassmann KG. Intrasession reliability of force platform
parameters in community-dwelling older adults. Arch Phys Med Rehabil. 2008; 89:1977–82.
36.
Da Silva RA, Bilodeau M, Parreira RB, Texeira DC, Amorim CF. Age-related
differences in time-limit performance and force platform-based balance measures during one-leg
stance. J Electrom Kinesiol. 2013; 23: 634-639.
37.
Maki BE, Perry SD, Norrie RG, McIlroy WE. Effect of facilitation of sensation
from plantar foot-surface boundaries on postural stabilization in young and older adults. J
Gerontol A Biol Sci Med Sci. 1999; 54:281–M287.
38.
Parreira R, Boer MC, Rabello LM, Costa V, de Oliveira Jr E, Da Silva RA. Age-
related differences in centre of pressure measures during one-leg stance is time dependent. J
Appl Biomech. 2013; 29:312-316.
39.
Michikawa T, Nishiwaki Y, Takebayashi T, Toyama Y. One-leg standing test for
elderly population. J Orthop Sci. 2009; 14:675-85.
40.
Hoffman M, Schrader J, Applegate T, Koceja D. Unilateral postural control of the
functionally dominant and nondominant extremities of healthy subjects. J Athl Train. 1998;
33:319–322.
115
Table 1. Goniometry measures of hallux in flexion and extension
Variables
Older (n=68)
Young (n=42)
P values
Mean (SD)
Mean (SD)
54 (7.5)
57 (7.1)
0.034*
ROM Flexion-R ()
50 (6.5)
55 (5.8)
<0.01*
ROM Flexion-L ()
48
(8.5)
53
(8.0)
<0.01*
ROM Extension-R ()
51 (9.9)
55 (7.8)
0.043*
ROM Extension-L ()
ROM: Range of Motion of hallux in flexion and extension. R: Right side; L: Left side.
*P<0.05: Significant differences between the groups (older < ROM of hallux than young).
116
Table 2. Foot posture measures from pachymeter and foot print
Variables
Older (n=68)
Mean (SD)
Young (n=42)
Mean (SD)
P values
Pachymeter measures
Navicular height-R (cm)
7.5 (0.72)
7.7 (0.52)
0.032*
Navicular height-L (cm)
7.5 (0.73)
7.8 (0.55)
0.028*
Length feet-R (cm)
22.1 (1.11)
22.6 (1.04)
0.024*
Length feet-L (cm)
21.9 (1.14)
22.5 (1.13)
<0.01*
Foot print measures
Width of fore feet-R (cm)
8.8 (0.85)
8.4 (0.47)
<0.01*
Width of fore feet-L (cm)
8.8 (0.51)
8.4 (0.46)
<0.01*
Arch index-R (cm)
3.7 (0.98)
3.3 (0.79)
0.031*
Arch index-L (cm)
3.7 (0.99)
3.2 (0.70)
<0.01*
Hallux valgus-R (cm)
0.43 (0.05)
0.44 (0.52)
0.024*
Hallux valgus-L (cm)
0.43 (0.05)
0.45 (0.22)
0.016*
Mean values and Standard Deviation (SD) in parentheses.
R: Right side; L: Left side. Pachymeter measues: Navicular height and Length of
the foot; Foot print measures: Width of fore foot, Arch index and Hallux valgus.
*P<0.05: significant differences between groups.
117
Table 3. Postural balance results from Bipodal and Unipodal conditions (BC and UC)
Variables
Older (n=68)
Mean (SD)
Young (n=42)
Mean (SD)
1.23 (0.98)
1.16 (0.62)
0.711
BC VEL A/P (cm/s)
0.71 (0.13)
0.68 (0.12)
0.362
BC VEL A/P (cm/s)
0.52 (0.10)
0.55 (0.13)
0.062
Unipodal condition
UC A-COP (cm2)
9.97 (3.71)
7.72 (2.63)
0.01*
UC VEL A/P (cm/s)
2.99(0.84)
2.27 (0.53)
0.01*
UC VEL A/P (cm/s)
3.31(0.73)
2.47 (0.67)
0.01*
Bipodal condition
BC A-COP (cm2)
P values
Mean values and Standard Deviation (SD) in parentheses.
BC: Bipodal balance condition; UC: Unipodal balance condition.
A-COP: the ellipse area (95%) of the centre of pressure (COP).
VEL: mean velocity of the COP sway in both directions of movement: Anteroposterior
(A/P) and Mediolateral (M/L).
*P<0.05: significant differences between groups.
118
Table 4. Pearson coefficient correlation between Goniometry measures and balance COP
parameters
Balance COP parameters
Variables
Groups
ROM Flx-R
ROM Flx-L
ROM Ext-R
ROM Ext-L
Older
Young
Older
Young
Older
Young
Older
BC-ACOP
r (p value)
.13 (0.401)
.29 (0.061)
-.03 (0.842)
.33 (<.01)*
-.06 (0.701)
-.34 (<0.01)*
-.04 (0.981)
BC-VELAP
r (p value)
.12 (0.421)
.15 (0.341)
.13 (0.411)
.20 (0.203)
.30 (0.041)*
-.16 (0.311)
-.06 (0.692)
BC-VELML
r (p value)
.04 (0.772)
.23 (0.132)
.16 (0.283)
.34 (<0.1)*
.26 (0.081)
-.06 (0.692)
-.13 (0.401)
UC-ACOP
r (p value)
-.38 (<.01)*
-.01 (0.921)
.29 (0.061)
-.21 (0.182)
-.08 (0.581)
-.20 (0.182)
-.46 (<.01)*
UC-VELAP
r (p value)
-.03 (0.841)
-.21 (0.861)
-.20 (0.192)
-.33 (<.01)*
.15 (0.342)
-.02 (0.852)
-.17 (0.261)
UC-VELML
r (p value)
.08 (0.581)
-.24 (0.113)
-.01 (0.975)
-.16 (0.301)
.10 (0.512)
.01 (0.902)
.01 (0.902)
Young
-.31 (<.01)*
-.18 (0.251)
-.10 (0.532)
.03 (0.812)
.03 (0.841)
.12 (0.431)
r: Coefficient correlation values and P values in parentheses. BC: Bipodal balance condition; UC: Unipodal balance
condition. A-COP: the ellipse area (95%) of the centre of pressure (COP). VEL: mean velocity of the COP sway in both
directions of movement: Anteroposterior (A/P) and Mediolateral (M/L). ROM: Range of Motion of hallux in Flexion
(Flx) and Extension (Ext). R: Right side; L: Left side. *P<0.01: significant correlation between goniometry measures
and balance COP parameters.
119
Table 5. Pearson coefficient correlation between foot posture measures (Pachymeter and foot print
measures) and balance COP parameters
Balance COP parameters
Variables
Groups
Nav.height-R
Older
Young
BC-ACOP
r (p value)
.04 (0.781)
-.36 (<.01)*
Nav.height-L
Older
Young
Older
.11 (0.462)
-.06 (0.682)
.06 (0.695)
-.41 (<.01)*
.03 (0.844)
-.01 (0.991)
-.28 (0.061)
-.09 (0.536)
-.16 (0.302)
-.18 (0.252)
-.14 (0.352)
.01 (0.961)
-.32 (<.01)*
.05 (0.722)
-.21 (0.192)
-.39 (<.01)*
.08 (0.593)
.07 (0.962)
Young
-.03 (0.822)
.08 (0.582)
-.03 (0.844)
.25 (0.112)
.26 (0.092)
.35 (<.01)*
Older
-.14 (0.932)
.01 (0.992)
-.21 (0.091)
.04 (0.982)
-.18 (0.232)
-.12 (0.791)
Young
-.02 (0.851)
.10 (0.522)
-.02 (0.892)
.25 (0.102)
.29 (0.061)
Older
Young
.23 (0.122)
.01 (0.98)
.26 (0.081)
-.05 (0.72)
-.12 (0.442)
-.11 (0.471)
.12 (0.443)
.08 (0.602)
.08 (0.602)
.12 (0.431)
.28 (0.073)
.12 (0.442)
Older
.12 (0.421)
.08 (0.612)
-.07 (0.633)
.13 (0.394)
.02 (0.889)
.03 (0.812)
Young
.02 (0.862)
-.02 (0.865)
-.02 (0.885)
.26 (0.091)
.17 (0.282)
.23 (0.143)
Older
.18 (0.231)
.16 (0.302)
-.01 (0.992)
.11 (0.482)
.33 (<.01)*
.09 (0.541)
Young
-.14 (0.351)
.06 (0.664)
-.08 (0.582)
.10 (0.522)
.10 (0.523)
-.10 (0.502)
Older
.14 (0.371)
-.04 (0.791)
-.15 (0.321)
.23 (0.122)
.09 (0.562)
-.05 (0.722)
Young
-.09 (0.563)
-.07 (0.722)
-.18 (0.242)
.27 (0.081)
.08 (0.592)
.09 (0.542)
Older
.07 (0.642)
-.02 (0.864)
-.20 (0.202)
.02 (0.892)
-.21 (0.162)
-.09 (0.923)
Young
.07 (0.641)
.12 (0.422)
-.01 (0.952)
.27 (0.082)
.29 (0.062)
.36 (<.01)*
Older
-.01 (0.933)
-.04 (0.781)
-.29 (0.074)
.01 (0.903)
-.17 (0.271)
-.05 (0.732)
Young
-.03 (0.843)
.10 (0.523)
-.02 (0.873)
.26 (0.095)
.25 (0.101)
.29 (<.01)*
Length feet-R
Length feet-L
Width feet-R
Width feet-L
Arch Index-R
Arch Index-L
Hallux valgus-R
Hallux valgus-L
BC-VELAP
r (p value)
-.27 (0.072)
-.09 (0.551)
BC-VELML
r (p value)
-.18 (0.252)
-.18 (0.242)
UC-ACOP
r (p value)
-.18 (0.244)
-.25 (0.112)
UC-VELAP
r (p value)
-.23 (0.131)
.13 (0.385)
UC-VELML
r (p value)
-.23 (0.131)
.12 (0.421)
.28 (0.072)
r: Coefficient correlation values and P values in parentheses. BC: Bipodal balance condition; UC:
Unipodal balance condition. A-COP: the ellipse area (95%) of the centre of pressure (COP). VEL:
mean velocity of the COP sway in both directions of movement: Anteroposterior (A/P) and
Mediolateral (M/L). R: Right side; L: Left side. Pachymeter measues: Navicular (Nav.) height and
Length of the foot; Foot print measures: Width of fore foot, Arch index and Hallux valgus.
*P<0.01: significant correlation between foot posture measures (pachymeter and foot print) and
balance COP parameters.
120
A)
B)
C)
LF
WF
Arch Index
Foot print proposed by Bega (2000)31
LF: Length of feet.
LFT: Total Length of feet (LFT = LF + 6%),
corrected by height.
WF: width of fore feet (WF = LFT / 3).
Arch Index: middle of feet (AI= WF / 3).
Hallux valgus ( HV = LFT x 2%).
Figure 1. Foot posture measures: (A)hallux ROM measures in flexion and extension, (B)
pachymeter measures for Navicular height-and length of feet, and (C) foot print for measures:
width of fore feet, arch index and fallux valgus from transverse plan of image.
121
A) Bipodal Condition (BC)
B) Unipodal Condition (UC)
Figure 2. Balance task conditions: (A) Bipodal Condition (BC: two legs placed on force
platform) during 60-s trials, and (B) Unipodal Condition (UC: leg preferred on force platform)
during 30-s trials, with a rest period of approximately 30 s between each trial in both conditions.
122
ANEXOS
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Título do Projeto: " Análise da relação entre a flexibilidade, o índice postural do pé e o
equilíbrio funcional como prevenção de quedas em idosos: Um estudo comparativo de
diferentes grupos de indivíduos.”
Prezado(a) Senhor (a), o objetivo deste trabalho é avaliar a relação entre a
flexibilidade, o índice postural do pé e o equilíbrio funcional como prevenção de quedas
em idosos e também conhecer o perfil dos idosos e para isso precisamos de sua
colaboração.
Necessitamos realizar entrevistas e testes caso você aceite participar, assim responder
a perguntas sobre sua condição sócia demográfica, saúde e qualidade de vida. Além
disto, a senhora será submetida a alguns testes de equilíbrio, amplitude de movimento
e analise do pé e ficará em uma plataforma fixa de olhos abertos e de olhos fechados
para equilíbrio e em posição em pé para analise das alterações de pé. Estes testes
não conferem nenhum desconforto. A senhora terá tempo para descansar e caso sinta
algum desconforto os testes serão imediatamente interrompidos.
Esta pesquisa não lhe trará despesas, gastos ou danos. A senhora terá livre
acesso aos pesquisadores envolvidos no projeto para esclarecimento de eventuais
dúvidas.
Os principais investigadores são Profa. Dra. Deise A.A. Pires Oliveira, professora
da Universidade Norte do Paraná e alunos do mestrado que poderão ser encontrados
no Programa de Mestrado de Ciências de Reabilitação no telefone 3371 7990.
Lembramos ainda que o senhor (a) terá acesso aos resultados da pesquisa ao
final da mesma e que se por ventura durante os testes forem encontradas
anormalidades o senhor (a) será notificada e encaminhada para tratamento adequado.
É garantida a liberdade da retirada deste consentimento a qualquer momento e deixar
de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento na
Instituição. Os dados coletados serão mantidos sob sigilo e as informações obtidas
123
serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgada a
identificação de nenhum paciente. Há o compromisso dos pesquisadores de utilizar os
dados e o material coletado somente para fins científicos.
Eu,___________________________________________________________, após ter
lido e entendido as informações e esclarecido todas as minhas duvidas referente a este
estudo, CONCORDO VOLUNTARIAMENTE, participar do mesmo.
______________________________________________Data____/____/____
Assinatura do participante ou responsável
Eu, _________________________________________, na qualidade de entrevistador,
declaro que forneci todas as informações referentes ao estudo para o participante.
124
APROVAÇÃO ÉTICA
125
Download

Visualizar