Informativo EMERJ Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro Ano 14 - Abril/Maio/Junho de 2010 - nº 44 Primeira colocada no concurso para Juiz de Direito do TJESP e segunda para Promotor de Justiça do MP/RJ são da EMERJ A jovem Ana Rita de Figueiredo Nery, 1º colocada no recente concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, concluiu na EMERJ, no final ano passado, o Curso de Especialização em Direito para a Carreira da Magistratura; seus colegas Rafael Carvalho de Sá Roriz e Luiz Fellippe de Souza Marino, 6º e 8º colocados, respectivamente, concluíram o curso da nossa Escola em 2007. O grupo de jovens da foto à direita são ex-alunos ou estão cursando a EMERJ e somam 12 aprovados, dentre os quais a 2ª colocada no 31º Concurso para Promotores de Justiça Substitutos do Ministério Público do Rio de Janeiro, Christiane Louzão Costa de Sousa. p. 4,5,6 e 7 O seminário Segurança Jurídica – Desafios Constitucionais que a EMERJ realizou em parceria com o Instituto Victor Nunes Leal reuniu autoridades do Poder Judiciário nacional e do estadual. Dentre os palestrantes, o ministro do STF Gilmar Mendes, na foto com os desembargadores Manoel Alberto Rebêlo dos Santos (centro) e Luiz Zveiter. No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de maio, a EMERJ realizou a primeira Informativo EMERJ reunião do Fórum Permanente de Direito à Informação e de Política de Comunicação Social do Poder Judiciário, ocasião em que reuniu jornalistas brasileiros e estrangeiros para debater o tema Liberdade de Expressão. Convidado de honra, o ministro do STF Carlos Ayres de Brito foi distinguido com placa entregue pelo jornalista João Roberto Marinho. p. 3 e 8 1 A PALAVRA DO DIRETOR-GERAL M ais um número de nosso Informativo EMERJ, desta feita dando destaque, em meio a tantas outras matérias de importância, ao encontro sobre Liberdade de Expressão, aqui realizado. Não por acaso aqui realizado, como frisamos na ocasião; não por acaso na casa da Justiça, cujas portas hão de estar sempre escancaradas a quem cultua e pratica a liberdade, assim como a quem pela liberdade de pensar ou de falar se veja constrangido ou perseguido. E não por acaso realizado na América do Sul, por onde ultimamente têm vicejado os tiranetes de ocasião, inimigos, por razões óbvias, das liberdades e particularmente da liberdade de pensar e de falar e de escrever, única arma que temem como ameaça à sua sede de mandar e mais mandar, mandar perenemente, pouco ou nada se importando com os que se sufocam e mutilam por seu autoritarismo. A eles, a palavra, em oposição às baionetas. Contra eles, a liberdade. A liberdade cantada por Cecília Meireles: “Liberdade – essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!” Desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos Diogo Leite de Campos faz palestra na EMERJ C om o tema Direito Bancário sob o Foco do Direito do Consumidor, o professor catedrático da Universidade de Coimbra, Dr. Diogo Leite de Campos, concluiu seu ciclo de seminários no Brasil palestrando na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. A palestra foi realizada no último dia 13 de maio, no Auditório Antonio Carlos Amorim e reuniu juristas e personalidades da Educação. Dentre os presentes: o de- fensor público Marcus Steele, o senador Bernardo Cabral, o desembargador e 3º Vice-Presidente e Corregedor-Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Antônio José Azevedo Pinto, a professora Marlene Salgado de Oliveira, reitora da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO, e o Dr. Marcio Barros Dutra, pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UNIVERSO. Cerca de 300 pessoas debateram o tema com o professor Diogo Leite. Diretor-Geral Des. Manoel Alberto Rebêlo dos Santos Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro Conselho Consultivo Des. Ronald dos Santos Valladares, Des. Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, Des. Nildson Araújo da Cruz, Des. José Carlos Maldonado de Carvalho, Des. Antonio Carlos Esteves Torres, Des. Geraldo Luiz Mascarenhas Prado Editor Irapuã Araújo /Reportagem e Fotografia Rosane Naylor /Projeto Gráfico Geórgia Kitsos Revisão Suely Lima, Ana Paula Maradei e Sergio Silvares Av. Erasmo Braga, 115/4º andar - Telefones: (21) 3133-3400/ (21) 3133-3471/ (21) 3133-3376 - Fax: (21) 2533-4860 www.emerj.tjrj.jus.br - [email protected] 2 Informativo EMERJ FÓRUM PERMANENTE EMERJ debate a Liberdade de Expressão na 1ª Reunião do Fórum Permanente de Direito e Política de Comunicação N o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de maio, a EMERJ realizou a 1º Reunião do seu Fórum Permanente de Direito à Informação e de Política de Comunicação Social do Poder Judiciário, cujo tema versou sobre: Liberdade de Expressão. Em parceria com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV – ABERT, Associação Nacional dos Jornais – ANJ, Associação Nacional de Editoras de Revistas – ANER, a EMERJ reuniu no seu novo Fórum Permanente renomados jornalistas brasileiros e estrangeiros para debater o poder da imprensa. Entre eles, o jornalista Jayme Sirotsky, presidente emérito do grupo RBS de Comunicação, que abriu a série de palestras com o tema “Cerceamento da Liberdade de Expressão – Uma Visão Histórica da Evolução dos Abusos pelo Mundo”. Em seguida houve a apresentação de um painel sobre “Cerceamento às Liberdades de Expressão na América Latina”, com o jornalista Emílio Palácios (editor de opinião do jornal El Universo – Equador), Hérnan Verlanguer (advogado e gerente de assuntos Os palestrantes Jayme Sirotsky e Carll Bernstein (centro) com o jornalista João Roberto Marinho regulatórios do jornal Clárin - Argentina) e Carlos Zuologa (vice-presidente da Globovisión), representando o seu pai, jornalista Guilhermo Zuologa, que não obteve autorização do governo da Venezuela para deixar o país. Na condição de mediador, atuou o jornalista do Estado de São Paulo, Ricardo Gandour. O desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos abriu o evento citando um dos grandes pensamentos do filósofo Voltaire: Informativo EMERJ Des. Fernando Foch de L. Arigony da Silva, Dep. estadual Noel de Carvalho, Ministro Carlos Ayres de Brito e o Des. Manoel Alberto Rebêlo dos Santos “Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo” E enfatizou: “A sentença atribuída ao iluminista Voltaire, defensor das liberdades e inimigo da intolerância, penetra no âmago do que se denomina liberdade de expressão, conceito que, por sua vez, constitui um dos pilares da doutrina democrática”. O desembargador Manoel Alberto destacou também a presença do emblemático jornalista Carl Bernstein - do país das liberdades - de cujo fluir de pena, a serviço da causa democrática, resultou na queda do Presidente Nixon; tudo a demonstrar que se se dispõe de palavras, palavras livres, as armas se tornam despiciendas. “Por isso, tanto as temem os tiranos. Mas não há força que arroste o legítimo poder resultante da prática da liberdade.” Agradeceu também a presença do Ministro Carlos Ayres de Brito, insigne jurista, que foi relator no histórico julgamento em que se pedia e se obteve a declaração de inconstitucionalidade da antiga Lei de Imprensa, forjada em pleno vigor do regime autoritário. Na ocasião, o ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres de Brito recebeu homenagem do jornalista João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo. E a EMERJ, por iniciativa do Dep. estadual Noel de Carvalho, foi distinguida com Moção de Congratulações e Aplausos. Para fechar o evento, o desembargador Fernando Foch, presidente do Fórum Permanente, agradeceu aos palestrantes e a todos que colaboraram com sua realização. E afirmou: “Este Fórum, com encontros interdisciplinares, reunindo jornalistas, magistrados e outros operadores do Direito, quer promover a cultura da liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa.” E ressaltou: “Outra pretensão é quebrar o desconhecimento mútuo e a mútua desconfiança que há entre o Poder Judiciário e a Imprensa... Enfim, esse Fórum quer que nós, juízes, conheçamos a mídia e que a mídia nos conheça, inclusive para que, com mais propriedade, mostre nossas virtudes e nossos defeitos.” 3 ENTREVISTAS Alunos da EMERJ são aprovados no Con Dos 90 aprovados no 182º concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Escola da Magistratura do Rio: Ana Rita de Figueiredo Nery, 1º colocada, R 8º colocado. Eles tomaram posse no último dia 28 de maio e falam porque escolher ALUNA APLICADA A jovem Ana Rita de Figueiredo Nery, 27 anos, formada pela UERJ, especialista em Direito da Administração Pública pela UFF, é a mais nova juíza do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Ana Rita fez a opção pela EMERJ ainda no início da Faculdade de Direito: - Tanto a EMERJ quanto o concurso para Técnico Judiciário do TJRJ eram, para mim, consectários da escolha pela carreira da Magistratura Estadual. Foram os degraus que estabeleci como necessários não só à aprovação no concurso como também para melhor vivência da carreira. Queria entender as inúmeras engrenagens que movem o Poder Judiciário, conhecer os meandros da judicatura e estar próxima dos jurisdicionados. Também foi determinante para a minha escolha a adequação do currículo da EMERJ à exigência dos três anos de prática jurídica como bacharel. Para Ana Rita foi na EMERJ que ela teve contato com a rotina de preparação para um concurso público e com um modelo pragmático de uso do conhecimento jurídico: - Não se trata apenas de dominar as infinitas controvérsias jurídicas, mas de colocá-las a serviço de um questionamento e de uma prova. A maioria dos professores da EMERJ possui essa preocupação ao expor o conteúdo. Tam- 4 bém sou imensamente grata aos meus colegas de turma - amigos que levarei para vida toda – com os quais partilhava minhas dúvidas e dificuldades. No mais, a matriz dos meus estudos era o meu caderno da EMERJ, o qual relia e reescrevia exaustivamente. Partia dos cadernos para o livro, e não o contrário. Isso porque o concurso é também uma disputa diária contra o tempo. Eu trabalhava. Sempre tive para mim que seria mais eficaz ler três vezes o conteúdo do mesmo material do que buscar o mesmo conteúdo em três luga- res diferentes. Pode parecer um pouco óbvio, mas a maioria das bancas não exige que saibamos o que ninguém sabe, mas sim que saibamos o que todo mundo sabe e mais um pouco. A EMERJ nos dá ferramentas para que sejamos, por assim dizer, “competitivos”, e, adicionalmente, para que tenhamos um conhecimento diferenciado, com um maior grau de abstração. O concurso de São Paulo foi o terceiro que Ana Rita fez para a carreira da Magistratura: “Anteriormente havia prestado nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Ironicamente, nunca tive a oportunidade de prestar concurso para a Magistratura no Estado do Rio. Outra curiosidade: o concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo foi o primeiro em que passei da primeira fase (múltipla escolha). Vencida a fase de múltipla escolha, tudo ficou mais fácil. Acredito que os alunos da EMERJ levam bastante vantagem nas provas discursivas, de sentenças e orais, exatamente quando somos levados a expor raciocínio jurídico e a solucionar casos concretos”. Ana Rita enfatiza ainda que o baixo índice de aprovação nos concursos pode se dar por uma deficiência no método de eliminação de candidatos ao longo das fases, pela rigidez da prova ou mesmo por razões orçamentárias... “Inúmeras são as razões e é preciso verificar casuisticamente. O que acho grave não é Informativo EMERJ ncurso para a Magistratura de São Paulo Justiça do Estado de São Paulo, com 11 mil inscritos, três são ex-alunos da Rafael Carvalho de Sá Roriz, 6º colocado, e Luiz Fellippe de Souza Marino, ram o curso da EMERJ para se preparar para a tão sonhada carreira da Magistratura. o baixo índice de aprovação, mas a dificuldade de se verificar as razões da desaprovação. A falta de critérios de correção uniformes entre diferentes examinadores, a ausência de um gabarito padrão e a obscuridade quanto aos descontos na pontuação transformam o que seria um mero insucesso pontual em fator de desestímulo completo. Inúmeros candidatos, a propósito, vêm optando por carreiras federais – a despeito de suas reais vocações – porque verificam que os concursos na área federal avançaram em padrões de transparência e publicidade”. A primeira colocada deixa uma mensagem de otimismo e incentivo: - Especialmente àqueles que estão iniciando o Curso de Especialização, digo que esse processo de estudos é longo e solitário, mas extremamente gratificante. Planejamento e dedicação são fundamentais, mas o sucesso do Curso depende da confiança de cada um na sua própria vocação e no seu potencial. Creio que é essa confiança que alimenta de motivação e entusiasmo as horas de estudo e renova, diariamente, o compromisso do candidato com as suas próprias metas. UM CAMPEÃO DE CONCURSOS Aprovado, agora, na segunda vez que prestou concurso para a Magistratura, em São Paulo, o 6º colocado Rafael Carvalho de Sá Informativo EMERJ Roriz, 28 anos, também formado pela UERJ, já havia sido aprovado para Procurador do Estado (RS) e Defensor Público (DF). Mas queria ingressar na magistratura e por isso procurou o Curso da EMERJ em razão do excelente conceito da Escola, a qualidade dos professores, a excelência da sua metodologia, a seriedade da elaboração e desenvolvimento de seu programa de ensino: - O Curso promove uma visão ampla e crítica de todas as cadeiras integrantes do programa do concurso para Magistratura. E mantém o foco pragmático sem, no entan- to, deixar de lado a imprescindível reflexão para ensejar a verdadeira assimilação do conteúdo. Rafael Roriz afirma ainda que o baixo índice de aprovação para a carreira da Magistratura pode se dar pela deficiência do sistema de ensino, o rígido nível das provas e a baixa qualidade do processo seletivo. O conteúdo exigido nem sempre é compatível com as necessidades da função, o que leva à inutilidade da formação do candidato. E acrescenta: “Por vezes há também a intransigência intelectual, que visa a restringir o universo dos aprovados a um grupo de pensamento uniforme, o que é bastante complicado dentro de uma ciência social plural – e cada vez mais tópica – como o Direito”. Rafael Roriz dá um conselho aos alunos da EMERJ: - A Escola da Magistratura do Rio é reconhecida nacionalmente como uma instituição de excelência. Suas congêneres em outros estados a tomam como espelho. Sua disciplina é bastante rígida, o que, por vezes, nos causa algum sentimento de revolta, mas isso molda nosso comportamento e nos prevê o foco indispensável ao nosso objetivo. Confiem na Escola, extraiam dela tudo o que ela tem a lhes oferecer, dediquem-se a ela como irão se dedicar a seus futuros cargos e ela os guiará para o caminho da vitória, seu e da sociedade a quem vocês servirão. 5 ENTREVISTAS Alunos da EMERJ se destacam no Concurso do MP - Rio D oze (ex-)alunos do Curso de Especialização em Direito da EMERJ passaram no 31º concurso para Promotores de Justiça Substitutos do Ministério Público do Rio de Janeiro. São eles: Christiane Louzäo Costa de Sousa, 2º colocada, Denise Pieri Nunes, 7º colocada, Gisela Pequeno Guimarães Corrêa, 11º colocada, Isabel Horowicz Kallmann, 12º colocada, Maria de Lourdes Almeida da Fonseca, 13º colocada, Luis Fernando Ferreira Gomes, 16º colocado, Renato Luiz da Silva Moreira, 17º colocado, Ramon Leite de Carvalho, 19º colocado, Raquel Rosmaninho Bastos, 22º colocada, Patrícia Brito e Sousa, 23º colocada, Plínio Vinicius D`Ávila Araujo, 24º colocado e Gabriela de Aguillar Lima, 25º colocada. Do total de 28 aprovados, o percentual de alunos matriculados ou que concluíram o Curso da EMERJ foi de 42,85%. Christiane Louzão Costa de Sousa, 26 anos, formada pela Universidade Estácio de Sá, realizou o concurso do MPRJ pela primeira vez. Ressalta que, desde que ingressou na Faculdade de Direito, seu sonho era ser aluna da EMERJ: “Sem dúvida a EMERJ foi essencial para minha aprovação no MPRJ, mas não foi o único fator determinante. Sempre estudei muito durante a faculdade – de domingo a domingo – e levei a EMERJ bem a sério. De nada adianta frequentar as aulas e não seguir exatamente a metodologia da Escola.” Christiane Louzão acrescenta que o nível rígido para aprovação nos concursos é para todos: “Se alguns conseguem passar, outros também conseguirão. O problema é que, além do ensino das facul- 6 dades de Direito ser muito fraco (e posso falar isso, pois estudei e constatei isso em faculdade particular), os alunos não levam a sério como deveriam. Dediquem-se e aproveitem estes três anos que vocês têm na EMERJ para estudar muito. Não é impossível e não precisa ser ‘gênio’ para passar em concurso. Não são os mais inteligentes que passam, são os mais dedicados. Basta estudar.” Para Denise Pieri Nunes, 7º colocada, 31 anos, formada pela PUC-RJ, o que a levou a procurar o Curso de Especialização da EMERJ foi a excelência dos professores e a metodologia do ensino: “A rigidez do sistema – que começa com a seleção dos melhores alunos logo no início, com sua prova de admissão – faz toda a diferença, por nos mostrar que, sem muita disciplina, a difícil tarefa de ser aprovado num concurso público se tornará praticamente impossível.” - O curso da EMERJ foi fundamental para minha aprovação. A metodologia dos casos concretos, que são solucionados no final de cada aula, permite que os alunos visualizem como, na prática, será aplicada a teoria que acabaram de aprender. Isto estimula o raciocínio, trazendo um diferencial para o aluno, já que hoje as questões das provas de concurso não são mais puramente conceituais, mas sim com ênfase em situações práticas. Além disto, o nível dos professores é muito bom - frisa Denise Pieri. Quanto ao baixo índice de aprovação, ela assevera que é resultado de dois fatores: “Deficiência do sistema de ensino e o nível rígido das provas. E neste ponto, Christiane Louzão Costa de Sousa Denise Pieri Nunes Isabel Horowicz Kallmann novamente é importante ressaltar a excelência da EMERJ”. Denise Pieri participou de três concursos até ser aprovada. E deixa uma mensagem: “Estudem com afinco, dediquem-se, e nunca permitam que uma reprovação os impeça de continuar buscando os seus sonhos. A força de vonta- Informativo EMERJ ENTREVISTAS de e a busca sincera por um ideal fazem com que superemos todos os obstáculos. Martin Luther King uma vez disse: ‘dê o primeiro passo com fé. Você não precisa ver toda a escada, apenas suba o primeiro degrau’. Este foi o meu mantra durante o longo período de provas do XXXI concurso. Espero que a mensagem possa servir de estímulo para os que ainda trilham o árduo caminho em busca da aprovação que, com muita fé em Deus e estudo, irá, em algum momento, ser alcançada.” Já Isabel Horowicz Kallmann, 27 anos, 12º colocada, também formada pela PUC-RJ, passou na sua segunda tentativa. Segundo ela, procurou a EMERJ por ser o melhor curso preparatório para concursos, especialmente em razão da qualidade dos alunos, uma vez que há prova de ingresso. E frisou: “A EMERJ contribui na medida em que o seu método de ensino é sério (no sentido de que é uma proposta bem planejada e executada com rigor) e proporciona um amplo e sólido conhecimento. Consegui estudar toda a matéria abrangida pelo concurso do MP em apenas 3 anos. Ademais, o estágio foi bastante importante para a consolidação do aprendizado. Tenho certeza de que a minha atuação como promotora, ao menos no início, será bastante facilitada pela experiência adquirida no estágio da EMERJ.” Ao falar sobre o baixo índice de aprovação nos concursos, ela opina que: “isto ocorre devido ao aumento do número de candidatos, a demanda é muito maior do que a oferta de vagas e, por isso, o índice de aprovação é baixo. Entendo que todos os alunos que estudam com afinco passarão em algum concurso. O percentual de reprovação é composto por pessoas que não estudam seriamente”. Informativo EMERJ E deixa uma dica: “Estudem, estudem e estudem. Não se limitem ao conteúdo dado em sala de aula”. Luís Fernando Ferreira, 28 anos, formado pela UFRJ, foi Técnico Judiciário do TJERJ e prestou seu segundo concurso para o MPRJ, sendo aprovado em 16º lugar. Ele escolheu o curso da EMERJ pela reputação de ser um curso bem organizado e com alto índice de aprovação em concursos públicos, em todas as áreas jurídicas. – E além de ser o único curso jurídico do estado cuja grade horária comporta o programa completo dos concursos, a metodologia da EMERJ de casos concretos e provas no fim dos módulos ajudaram-me a ganhar experiência na resolução de questões discursivas, o que foi fundamental para a minha aprovação no MPRJ - diz Luís Fernando. Quanto ao baixo índice de aprovação nos concursos, ele ressaltou: “Acredito que seja resultado de uma série de fatores. Além da Lei de Responsabilidade Fiscal limitar a criação de vagas, o trabalho de um Juiz ou Promotor de Justiça requer o domínio de uma série de matérias jurídicas, o que se reflete na rigidez dos concursos”. Para ser aprovado o candidato deve usar seu tempo livre para estudar cada vez mais, não se pode limitar a assistir às aulas. A sociedade espera eficiência da Justiça e a responsabilidade do cargo não permite que se aceitem pessoas despreparadas para o exercício da função pública”. Patrícia Brito e Sousa, 35 anos, é formada pela Universidade Federal Fluminense e prestou o concurso três vezes. Para ela a Escola da Magistratura é um curso de excelência, com ótimos professores e bom conteúdo programático. - A EMERJ possui uma metodologia de ensino peculiar, pois valoriza a questão prática, mediante a análise de casos concretos. Isso contribui para o aprimoramento do raciocínio jurídico e, consequentemente, para a resolução de questões de provas. E acrescenta: “Há necessidade de melhoria da metodologia do sistema de ensino ministrado na maior parte das universidades, que valoriza demais a teoria, em detrimento de situações concretas retratadas na jurisprudência dos Tribunais brasileiros. Isso se relflete no insatisfatório índice de aprovação nos concursos públicos.” Conselho da 25ª colocada: “Para obterem êxito nos concursos públicos, os alunos devem ter motivação, disciplina, persistência (é importante não desistir, mesmo diante de uma nota insatisfatória em alguma prova) e dedicação ao Curso de Especialização da EMERJ.” Luís Fernando Ferreira Patrícia Brito e Sousa 7 EVENTOS Segurança Jurídica – Desafios Constitucionais Os Desembargadores Elton Leme e Antônio Siqueira, o Ministro Sepúlveda Pertence, os Desembargadores Manoel Alberto Rebêlo dos Santos e Antonio Eduardo Ferreira Duarte, os Ministros Cesar Peluso, Gilmar Mendes, Luis Felipe Salomão e Antônio Resende N o dia 9 de abril próximo passado, a EMERJ e o Instituto Victor Nunes Leal realizaram o seminário Segurança Jurídica – Desafios Constitucionais, com a participação de autoridades do Poder Judiciário nacional e do estadual. O desembargador Luiz Zveiter abriu o seminário ressaltando a importância de receber autoridades e juristas de renome: “Vossas Excelências vêm ao nosso Estado abrilhantar aqueles que têm sede de conhecimento jurídico. Vossas Excelências são ícones do Judiciário Brasileiro”, exaltou o presidente do TJERJ. O desembargador Manoel Rebêlo dos Santos fez a apresentação dos integrantes da mesa: o presidente da AMAERJ, desembargador Antônio Siqueira; o coordenador do evento, desembargador Elton Leme; o diretor jurídico da Souza Cruz, Antônio Rezende; Pedro Gordilho, da Fundação Getúlio Vargas; e o ex-presidente do STF, ministro Sepúlveda Pertence. E anunciou os palestrantes: ministros Gilmar Mendes (STF), Luis Felipe Salomão (STJ) e Cesar Peluso (STF). Referindo-se ao processo legal como uma garantia de todo indivíduo – “não basta que o processo seja legal; ele tem que ser justo“ – o ministro Cesar Peluso enfatizou que “o processo se destina à produção de uma decisão justa, fundada numa reconstrução verossímil dos fatos”. Já o ministro Luis Felipe Salomão falou sobre o conceito de segurança jurídica. Segundo ele, a doutrina não é uníssona, sendo por isso, a frustração das expectativas democráticas, promessa realizada pela Constituição Federal e sua efetivação, o maior problema de segurança jurídica. “O papel da Suprema Corte é resgatar as frustrações dessas expectativas”, assegurou. O seminário foi encerrado pelo ministro Gilmar Mendes, que defendeu as súmulas como solução para uma resposta rápida do Judiciário às aspirações da sociedade. Lembrou que uma das preocupações de Victor Nunes era com as respostas do Poder Judiciário num tempo adequado. Para Gilmar Mendes, as súmulas surgiram para fixar uma orientação a fim de dar diretriz segura do ponto de vista jurisprudencial. “A reforma do Judiciário resgatou a idéia da súmula vinculante, iniciada por Victor”, disse. Seminário Saúde e Justiça C om o objetivo de refletir sobre a demanda judicial de medicamentos, a FIOCRUZ, em parceria com a EMERJ e o apoio da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, realizou nos dias 7 e 10 de maio, no Fórum Central do TJRJ, o seminário Saúde e Justiça. A Efetividade do Direito à Saúde e a Demanda Judicial de Medicamentos. Na abertura, debateram o tema “Caracterização das Demandas Judiciais de Medicamentos”: Dra. Eli Iola Gurgel Andrade, do Grupo de Pesquisa em Economia da Saúde – NESCON, Dra. Lore Lamb, Assessora Téc- 8 nica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde–CONASS, Maria Célia Delduque, pesquisadora da Diretoria Regional /Brasília da Fundação Oswaldo Cruz, e Dra. Vera Lúcia Edais Pepe, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública–ENSP. A atividade foi coordenada pelo diretor adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária–ANVISA, Neilton Araújo de Oliveira. Palestraram ainda: Dr. Kenneth Rochel de Camargo Jr., Dr. José Miguel do Nascimento Jr., Dra. Marcia Luz da Motta, Dr. Daniel Antonio de Moraes Sarmento, Dra Lenita Wannmacher, Dr. Leandro Navega, Dr. Sérgio Luiz Côrtes da Silveira, Dr. Pedro Henrique Di Mais Palheiro, Dr. Reinaldo Felippe Nery Guimarães, Dr. Fabrício El-Jaick Rapozo, Dra. Fabíola Sulpino Vieira e Dra. Miriam Ventura. Informativo EMERJ