Conteúdo para a terceira aula
U.D.1
A Liturgia
U.D.2
A Assembleia Litúrgica
U.D.3
A Celebração Litúrgica
U.D.4
O Espaço e o Tempo da Celebração
U.D.5
O Ano Litúrgico
U.D.6
A Liturgia das Horas
U.D.7
A Pastoral Litúrgica
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
Com este estudo pretendemos:
 Conhecer bem os elementos básicos da celebração cristã.
 Valorizar a sua importância para a vida dos crentes e das
comunidades.
 Aprender a proclamar a Palavra de Deus, animar o canto e a
participar na prece litúrgica.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
Para atingir estes objectivos estudaremos os seguintes temas:
 A celebração
3ª aula
 As leituras
 O canto litúrgico
4ª aula
 A oração litúrgica
 Os sinais
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
1. A celebração
Definição
A acção celebrativa consiste na evocação e no anúncio de um
acontecimento salvífico e na actualização desse acontecimento, aqui e
agora, para aqueles que participam nela, mediante um rito composto de
símbolos, palavras e gestos.
A celebração é o momento expressivo, simbólico e ritual da liturgia, o
acto que evoca e torna presente a salvação realizada por Deus em Jesus
Cristo, com a força do Espírito.
Não é a mesma coisa falar de liturgia e de celebração.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
1. A celebração
Elementos da Celebração
A celebração
exige uma
situação festiva
envolvente.
A celebração
reclama a
presença de uma
comunidade que
se faz
assembleia.
A celebração
pressupõe um
acontecimento
que motiva a
celebração.
A celebração
inscreve-se num
ritual que se
desenvolve.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
1. A celebração
Elementos da Celebração
Situação festiva:
ALEGRIA DA
PRESENÇA DO
SENHOR
Comunidade:
IGREJA reunida
em assembleia.
Acontecimento:
JESUS CRISTO
Ritual:
GESTOS,
PALAVRA,
ACÇÕES…
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
1. A celebração
Elementos da Celebração
Situação festiva:
ALEGRIA DA
PRESENÇA DO
SENHOR
Conteúdo da Celebração:
Comunidade:
IGREJA reunida
em assembleia.
Acontecimento:
JESUS CRISTO
Ritual:
GESTOS,
PALAVRA,
ACÇÕES…
vd. Manual pg. 49/50
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
1. A celebração
A Estrutura Litúrgica Celebrativa


A acção celebrativa da Igreja parece-se à estrutura de um diálogo,
que tem por interlocutores Deus e a pessoa, Cristo e a Igreja.
Este diálogo surge, sempre, da seguinte forma de ritualização:
-
Anúncio da Palavra de Deus através das leituras da
Sagrada Escritura.
-
Canto de hinos e salmos, meditando o texto proclamado.
-
Orações da assembleia: preces do povo e orações do
presidente da assembleia.
-
Sinais, gestos e ritos simbólicos.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
1. A celebração
Significado Teológico da Estrutura Litúrgica Celebrativa
É Deus quem convoca
a assembleia, por isso
começamos pelo
anúncio da Sua
Palavra.
A assembleia sabe que
a salvação de Deus é
mais uma promessa
que uma realidade, por
isso reza e suplica para
que esta se torne uma
realidade total.
A assembleia assume,
em si mesma, este
anúncio e medita-o
através dos seus
cânticos.
Pela oração do
presidente, a
assembleia integra a
sua oração na oração
de Cristo ao Pai, ponto
culminante de toda a
estrutura litúrgica.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
2. As Leituras

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
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A maioria das celebrações litúrgicas tem como primeiro
elemento importante a leitura da Palavra de Deus.
A presença das leituras bíblicas numa celebração, colocadas
logo no início, revela que o grupo dos crentes reuniu-se
graças ao chamamento divino feito mediante a Palavra.
O Vaticano II fundamenta a primazia da Palavra nas celebrações
da seguinte forma: Cristo “está presente na sua palavra, pois
é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura” (SC
7).
Assim, a proclamação da Palavra na liturgia é um sinal da
presença de Cristo na assembleia.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
Na celebração, a
proclamação da Palavra
não condiz com uma
simples leitura em voz alta,
como se de um texto
qualquer se tratasse.
Não é uma questão pura e
simplesmente informativa,
dando-nos uma
informação sobre algo que
ainda não sabíamos.
Na liturgia não lemos a
Palavra, mas celebramos
a Palavra. O que se
celebra não são ideias,
mas acontecimentos
salvíficos que, agora, nos
são dirigidos a nós.
2. As Leituras
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
2. As Leituras
A Palavra tem, na
celebração, um carácter
quase sacramental e
sempre é eficaz e actual.
É o próprio Deus quem nos
fala hoje a nós, ela é, por
isso, Palavra actual, viva e
eficaz para nós, Palavra que
dá vida e santifica.
Qual é, então, a diferença entre:
Ler a Palavra de Deus e Proclamar a Palavra de Deus?
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
O Leccionário
O Leccionário é o livro que contém a Palavra de Deus que
vai ser proclamada na assembleia litúrgica. Não é a Bíblia,
mas um livro que contém uma série de textos bíblicos,
seleccionados e ordenados para serem proclamados na
celebração litúrgica.
Nalgumas celebrações o Evangelho é proclamado desde outro
livro que contém apenas os textos evangélicos, este livro chamase Evangeliário. No momento da proclamação do Evangelho este
livro é honrado com maior solenidade sobre o Leccionário, porque
ele representa Cristo Palavra, que vai dirigir-se, hoje, à
assembleia reunida.
O Evangeliário
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
Momentos da Proclamação da Palavra
1ª Leitura
Palavra profética: textos que anunciam a plenitude dos
tempos realizada em Cristo Jesus. São tirados dos
livros históricos, proféticos ou sapienciais do AT. É a
primeira leitura a ser proclamada na celebração.
Salmo
Palavra sálmica: refere-se a um texto (Salmo) de
forma lírica e poética, que resume o conteúdo da leitura
precedente.
2ª Leitura
Palavra apostólica: são as leituras não evangélicas do
NT, tiradas dos Actos dos Apóstolos, das cartas e do
Apocalipse. Expressam a experiência de Cristo vivida
pelos apóstolos e pelas primeiras comunidades cristãs.
Evangelho
Palavra evangélica: diz respeito às palavras e acções
de Jesus, à luz das quais é possível ler interpretar todos
os outros acontecimentos e palavras da história da
salvação antes narrados. Por isso, é sempre a última
leitura a ser feita na celebração.
U.D. 3
O Leitor
A Celebração Litúrgica
Palavra proclamada
Ao leitor cabe a missão de fazer a proclamação litúrgica da Palavra de
Deus. Ele torna presente e viva a Palavra de Deus no meio da
assembleia, fá-la acontecimento novo e salvífico.
• Vocalização: deve saber pronunciar bem e regular o
volume da voz de maneira a que todos oiçam bem o que
diz.
• Regulação do ritmo: deve fazer paragens adequadas
à pontuação: vírgulas, pontos e parágrafos.
• Modulação da voz: deve saber dosear a intensidade
da voz, com tons fortes e graves de acordo com cada
frase proclamada.
• Postura corporal erguida: deve manter a cabeça
erguida, olhando algumas vezes a assembleia, de
maneira a tornar a comunicação directa e apelativa.
U.D. 3
O Leitor
A Celebração Litúrgica
Palavra proclamada – Algumas regras
O texto que vem a seguir encontra-se em: http://www.paroquiagloria.org
Conhecer e compreender o texto.
 Quem fala no texto? A quem fala? Sobre quê? Com que finalidade?
 O que sentem as personagens que aparecem no texto?
 Há palavras difíceis de compreender? Que significam? …
Preparar uma leitura expressiva.
 Quais as palavras mais importantes e as expressões ou frases principais
que importa sublinhar?
 Onde fazer pausa, breve ou prolongada? Onde evitar a pausa?
 Qual o tom de voz (ou tons de voz) adequado ao texto?
 Qual o ritmo (as acentuações, os encadeamentos) e o movimento
(acelerado, rápido, espaçado, lento) que se deve usar, no texto ou nas
partes?
 Articular e pronunciar bem cada palavra e cada sílaba (não negligenciar
as consoantes).
 Não deixar cair demasiado o tom de voz, mesmo nos pontos finais (o
verdadeiro ponto final está no fim do texto e que, em nosso entender, salvo
poucas excepções, não tem muito lugar na proclamação litúrgica)…
U.D. 3
O Leitor
A Celebração Litúrgica
Exprimir os sentimentos do autor e das personagens.
 O leitor tem a responsabilidade de, usando os seus dotes oratórios, a sua
técnica refinada e a sua arte de dizer, promover o encontro vital e a
comunhão entre Deus que fala e os ouvintes…
Examinar algumas minúcias antes da celebração.
• O Leccionário está no ambão (não uma revista ou jornal, ou folhetos)? Está
aberto na página própria?
• O microfone está ligado? O volume, o tom e a altura estão correctos? (Evitese o seu ajuste durante a celebração, mediante o sopro ou os dois toques de
dedos da praxe, ou outros ruídos perturbadores).
• A que distância deve estar a boca para que a voz seja audível e expressiva?
Saber deslocar-se para o ambão.
 Situar-se, desde o começo da celebração, num lugar não muito afastado do
ambão.
 Não avançar para o ambão antes de estar concluído o que precede cada
leitura (oração, canto, admonição).
 Caminhar com um passo normal, sem ostentação nem precipitação, sem
rigidez nem displicência, mas com uma digna e ritmada naturalidade.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
Postura.
O Leitor
• Pés bem assentes, levemente afastados e firmes. Não balancear-se, nem
cruzar os pés, nem estar apoiado apenas num pé, com pés cruzados ou um à
frente e outro atrás.
• Não debruçado sobre o ambão, nem com os braços cruzados ou as mãos
nos bolsos. Os braços poderão manter-se pendentes ao longo do corpo, ou
dobrados para permitir um leve e discreto apoio das mãos na orla central do
ambão.
Apresentação.
 Não trajar algo que possa distrair ou ofender os presentes, seja por
ostentação, seja por desleixo, pouco conveniente ou ridículo (camisetas de
anúncios, vestuário desalinhado ou sujo, cabelo "espetado"...). Ter critério e
apresentar-se como pessoa educada e normal.
Antes de começar.
 Guardar uma breve pausa para olhar a assembleia, a fim de a registar na
mente, pois é para ela que se dirige e também para estabelecer com ela
contacto directo antes de iniciar a proclamação.
 Respirar calma e profundamente.
 Esperar que toda a assembleia esteja sentada e tranquila e se tenha criado
um ambiente de silêncio e escuta.
U.D. 3
O Leitor
A Celebração Litúrgica
Título.
 Ler só o título bíblico. Nunca se leia 1ª ou 2ª leitura ou salmo responsorial
ou a frase a vermelho que precede a Leitura.
 Após a leitura do título, faça-se uma pausa para destacar o texto que vai ser
proclamado.
Ler devagar.
 O ouvinte não é um gravador, mas uma mente humana que requer tempo
para sentir, reagir, ouvir, entender, coordenar e assimilar… A leitura rápida
pode cortar o contacto com a assembleia.
Ler com a cabeça levantada.
 A cabeça deve estar direita, no prolongamento do corpo. Com a cabeça
levantada, a assembleia contacta um rosto e a própria voz ganha em clareza
e volume e o leitor exprime um texto dirigido à assembleia e não devolvido ao
livro.
 Se o ambão é baixo, será sempre melhor suster o livro nas mãos que baixar
a cabeça.
 O olhar deverá manter o contacto com a assembleia sem ser necessário os
constantes e perturbantes exercícios de levantar e baixar a cabeça.
U.D. 3
A Celebração Litúrgica
O Leitor
Concluir a Leitura.
 Fazer uma pausa após a última frase e antes de dizer "Palavra do Senhor".
 Dizer só "Palavra do Senhor" e nada mais (p.e.: "Irmãos, esta é a Palavra
do Senhor" ou outras expressões semelhantes). Trata-se de uma aclamação
e não de uma explicação.
 Seria mais expressivo que esta aclamação fosse cantada (pelo Leitor,
primeiramente, ou, em caso de necessidade, por outrem). Não sendo
cantada, deveria ser dita em tom de voz mais elevado (entenda-se, não
necessariamente num volume mais forte).
 Não abandonar o ambão antes da resposta da assembleia.
 Deixar o Leccionário aberto na página do Salmo responsorial ou da 2ª
Leitura, para que fique pronto para o leitor que se segue.
 Regressar ao lugar com calma e naturalidade, em passo normal e firme
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3 A Celebração Litúrgica