Artistas e artífices que atuaram na Santa Casa da Misericórdia de Salvador: séculos XVII e XVIII
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atribuição que é feita por Silva-Nigra baseia-se unicamente no fato de o Frei Mácario
ter sido convocado para opinar sobre a repactuação do acordo entre a Santa Casa e os
mestres pedreiros. No documento está explícito “que o Provedor se aconselhase com
o Padre Frey Macário, Religioso de São Bento [...] álvares”17, que são chamados para
se manifestarem sobre a validade ou não dos argumentos apresentado pelos mestres18.
O segundo personagem convocado, de sobrenome “Andrade”19, como já nos referimos
anteriormente, não é possível traçar seu perfil profissional, por não termos o seu nome
completo, em razão das lacunas existentes no documento. Fato é que em diversas ocasiões
a Mesa da Santa Casa irá convocar outros profissionais, para intermediar e opinar sobre
questões relativas às suas obras e serviços. Esta era uma prática constante adotada pela
Mesa, quando a tomada de decisões envolvia questões complexas e polêmicas.
A segunda questão a ser tratada diz respeito à concepção do frontispício da igreja,
feita por Silva-Nigra20 (Figura n.o 1).
Fig.1
Fonte: SILVA-NIGRA, 1971: 101
17
18
19
20
ASCM-LA, 1645-1674: 40.
“Terminada essa “trassa”ou planta aos 25 de junho de 1654, é consultado o “Padre Macário de São João, Religioso de São
Bento”, para explicar aos mesmos mestres pedreiros os pormenores de sua trassa[...]”. Ver SILVA-NIGRA, 1971: 99.
Carlos Ott, em sua obra “A Santa Casa de Misericórdia da Cidade do Salvador”, identifica o “Andrade”como um
velho engenheiro militar Cristoão álvares, construtor de fortalezas que atuou na Bahia,na construção do Forte do
Mar pelos anos de 1654.
SILVA-NIGRA, 1971: 99.
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