A REFORMA
ORTOGRÁFICA
Orientações sobre o novo acordo

O objetivo é familiarizar os alunos a
respeito das alterações definidas pelo
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa –
1990, vigente a partir de janeiro de 2009.
Assim, será visto o que se altera, para que
as novas regras possam ser incorporadas
ao uso.

O que cinco países africanos, um asiático, um
europeu e um da América do Sul podem ter em
comum? Os habitantes dessas oito nações
utilizam-se da Língua Portuguesa para se
comunicar. E é com a intenção de unificar a
forma escrita da quinta língua mais falada no
mundo, pronunciada por cerca de 230 milhões de
pessoas, que os oito países lusófonos (que têm
o português como língua oficial) do planeta –
Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Portugal e
Brasil – aderiram ao Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa, que passou a vigorar desde o
dia 1º de janeiro de 2009.

Vale ressaltar que as duas normas
ortográficas – a usada até então e a prevista
no acordo – serão aceitas como corretas nos
exames escolares, vestibulares, concursos
públicos e demais meios escritos até
dezembro de 2012 (2016). Segundo a
Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), a língua será
internacionalmente tanto mais importante
quanto maior for o seu peso unificado. A
CPLP ainda destaca que das quatro grandes
línguas (Inglês, Francês, Português e
Espanhol), o Português é a única com duas
grafias oficiais.

No Brasil, apenas cerca de 0,5% das
palavras devem ser modificadas. Nos
demais países, as alterações podem
chegar a 1,6%, como no caso de Portugal.
Uma ação que
além de vã é
frívola
Roberto Pompeu de Toledo
Ficar promovendo reformas na ortografia
é o supra-sumo de não ter nada que fazer
Já não basta ficarem mexendo toda hora no valor e
no nome do dinheiro? Nos juros, no crédito, nas
alíquotas de importação, no câmbio, na Ufir e nas
regras do imposto de renda? Já não basta mudarem
as formas da Lua, as marés, a direção dos ventos e
o mapa da Europa? E as regras das campanhas
eleitorais, o ministério, o comprimento das saias, a
largura das gravatas? Não basta os deputados
mudarem de partido, homens virarem mulher,
mulheres virarem homem e os economistas virarem
lobisomem, quando saem do Banco Central e
ingressam na banca privada?
Já não basta os prefeitos, como imperadores
romanos, tentarem mudar o nome de
avenidas cruciais, como a Vieira Souto, no
Rio de Janeiro, ou se lançarem à aventura
maluca de destruir largos pedaços da cidade
para rasgar avenidas, como em São Paulo?
Já não basta mudarem toda hora as teorias
sobre o que engorda e o que emagrece? Não
basta mudarem a capital federal, o número
de Estados, o número de municípios, e até o
nome do país, que já foi Estados Unidos do
Brasil e depois virou República Federativa do
Brasil?
Não, não basta. Lá vêm eles de novo,
querendo mudar as regras de escrever o
idioma. "Minha pátria é a língua portuguesa",
escreveu Fernando Pessoa pela pena de um
de seus heterônimos, Bernardo Soares,
autor do Livro do Desassossego.
Desassossegados estamos. Querem mexer
na pátria. Quando mexem no idioma, põem a
mão num espaço íntimo e sagrado como a
terra de onde se vem, o clima a que se
acostumou, o pão que se come.
Aprovou-se recentemente no Senado mais
uma reforma ortográfica da língua
portuguesa. É a terceira nos últimos 52 anos,
depois das de 1943 e 1971 - muita reforma,
para pouco tempo. Uma pessoa hoje com 60
anos aprendeu a escrever "idéa", depois, em
1943, mudou para "idéia", ficou feliz em 1971
porque "idéia" passou incólume, mas agora
vai escrever "ideia", sem acento.
Reformas ortográficas são quase sempre um exercício
vão, por dois motivos. Primeiro, porque tentam banhar
de lógica o que, por natureza, possui extensas zonas
infensas à lógica, como é o caso de um idioma.
Escreve-se "Egito", e não "Egipto", mas "egípcio", e
não "egicio", e daí? Escreve-se "muito", mas em geral
se fala "muinto". Segundo, porque, quando as
reformas se regem pela obsessão de fazer coincidir a
fala com a escrita, como é o caso das reformas da
língua portuguesa, estão correndo atrás do
inalcançável. A pronúncia muda no tempo e no
espaço. A flor que já foi "azálea" está virando "azaléa"
e não se pode dizer que esteja errado o que todo o
povo vem consagrando.
Poder se pronuncia "poder" no Sul do Brasil e
"puder" na Pefelândia, onde fica o Brasil do
Nordeste. Querer que a grafia coincida
sempre com a pronúncia é como correr atrás
do arco-íris, e a comparação não é fortuita,
pois uma língua é uma coisa bela, mutável e
misteriosa como um arco-íris.
Acresce que a atual reforma, além de vã, é
frívola. Sua justificativa é unificar as grafias do
português do Brasil e de Portugal.

Ora, no meio do caminho percebeu-se que seria uma
violência fazer um português escrever fato quando
fala facto, ou recepção quando fala receção, da
mesma forma como seria cruel fazer um brasileiro
escrever facto ou receção (que ele só conhece, e
bem, com dois S, no sentido de inferno astral da
economia). Deixou-se então que cada um
continuasse a escrever como está acostumado, no
que se fez bem, mas, se a reforma era para unificar
e não unifica, para que então fazê-la? Unifica um
pouco, responderão os defensores da reforma. Mas,
se é só um pouco, o que adianta? Aliás, para que
unificar? O último argumento dos propugnadores da
reforma é que afinal ela é pequena - mexe com 600,
entre as cerca de 110.000 palavras da língua
portuguesa, ou apenas 0,54% do total. Se é tão
pequena, volta a pergunta: para que fazê-la?
Haveria outros argumentos contra a reforma,
mas nenhum tão importante quanto o esboçado
acima, de que língua é como pátria, e em pátria
não se mexe, ou pelo menos não se mexe toda
hora. Fala-se que a reforma simplifica o idioma
e assim torna mais fácil seu ensino. Engano. A
língua é um bem que percorre as gerações,
passando de uma à outra, e será tão mais bem
transmitida quanto mais estável for, ou, pelo
menos, quanto menos interferências arbitrárias
sofrer. Não se mexa assim na língua. O preço
disso é banalizá-la como já fizeram com a
moeda, no Brasil.
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
O novo acordo, cujo nome oficial é Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa (1990),
contém vinte e uma bases, numeradas
com algarismos romanos, cada uma delas
tratando de um item específico:
Base I – Do alfabeto e dos nomes próprios
estrangeiros e seus derivados.
Base II – Do H inicial e final
Base III – Da homofonia de certos
grafemas consonânticos
Base IV – Das sequências consonânticas.






Base V – Das vogais átonas
Base VI – Das vogais nasais
Base VII – Dos ditongos
Base VIII – Da acentuação gráfica das
palavras oxítonas
Base IX – Da acentuação gráfica das
palavras paroxítonas
Base X – Da acentuação gráfica das
vogais tônicas/ tónicas grafadas i e u das
palavras oxítonas e paroxítonas






Base XI – Da acentuação gráfica das
palavras proparoxítonas
Base XII – Do emprego do acento grave
Base XIII – Da supressão de acentos de
palavras derivadas
Base XIV – Do trema
Base XV – Do hífen em compostos, locuções
e encadeamentos vocabulares
Base XVI – Do hífen nas formações por
prefixação, recomposição e sufixação





Base XVII – Do hífen na ênclise, na
mesóclise e com o verbo haver
Base XVIII – Do apóstrofo
Base XIX – Das maiúsculas e minúsculas
Base XX – Da divisão silábica
Base XXI – Das assinaturas e firmas.
Principais modificações
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

Alfabeto – Brasil e Portugal
H inicial – Portugal
Eliminação do c e do p, quando não
pronunciados na palavra – Portugal
Ausência de acento nos ditongos ei em
palavras paroxítonas – Brasil
Ausência do acento no ditongo oi em
palavras paroxítonas - Brasil






Ausência do acento no hiato oo nas palavras
paroxítonas – Brasil
Ausência de acento agudo em palavras oxítonas
com vogais tônicas escritas com i e u , se
precedidas de ditongo – Brasil
Redução e simplificação do uso do hífen – Brasil
e Portugal
Ausência de hífen nas ligações das formas
verbais monossilábicas do verbo haver mais
preposição de – Portugal
Trema – Brasil
Minúsculas em inicial de nome de meses Portugal
Trema

•
•
•
O trema deixa de existir na grafia das
palavras da língua portuguesa:
Nas palavras derivadas de nomes próprios
estrangeiros conservam o trema:
Palavras de dupla grafia, como sangüíneo
– sanguíneo, líqüido – líquido, passam a
ter uma só forma, sem trema
A ausência do trema não implica nenhuma
alteração na pronúncia da palavra.

Grafia pré-Acordo

A partir do Acordo
•
Agüentar
Argüição
Cinqüenta
Qüinqüênio
Seqüente
Tranqüilo
•
Aguentar
Arguição
Cinquenta
Quinquênio
Sequente
Tranquilo
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Novo Alfabeto

Com a inclusão das letras K, W e Y, o
alfabeto da língua portuguesa passa a ter
vinte e seis letras.
Usos do K, W e Y
a) Em nomes próprios que se originem
de outra língua e todos os seus
derivados:



Kafka – kafkaniano – Franz Kafka.
Newton – newtoniano – Isaac Newton.
Byron – byroniano – Lord George Gordon
Byron.

OBSERVAÇÃO: na grafia de palavras
derivadas de nomes próprios estrangeiros
devem ser mantidas as combinações
gráficas ou os sinais diacríticos (acento
agudo, grave e circunflexo, trema, til, hífen,
cedilha), que não pertençam à escrita do
português: de Shakespeare
(shakespeariano), de Garrett ( garrettiano).
b) Em nomes próprios de lugares que
se originem de outra língua e todos os
seus derivados



Kuait – kuaitiano – país do Oriente Médio
Washington – washingtoniano – capital dos
Estados Unidos
York – yorkshire – antiga cidade inglesa
OBSERVAÇÃO: Recomenda-se a
substituição de nomes próprios de lugares
de línguas estrangeiras pelas formas
aportuguesadas, quando estas existirem:
New York, por Nova Iorque, Zürich, por
Zurique.



Siglas – BMW
Símbolos – K (cálcio), Kr (criptônio)
Nomes de unidades de medida – Km, Watt
Supressão gráfica de consoantes
mudas ou não articuladas


Excluem-se as consoantes mudas ou que
não são pronunciadas, considerando-se as
normas urbanas de prestígio (nome usado
atualmente para “norma culta”).
OBSERVAÇÃO: essa modificação afeta
somente palavras em uso em Portugal,
pois, no Brasil, já não se empregavam
essas consoantes. Alguns exemplos:

•
•
•
•
•
•
•
•
•
Grafia que deixa de
existir
Accionar
Afectivo
Aflicção
Arquitecto
Aflicto
Acto
Colecção
Director
Egipto

•
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•
•
•
•
•
•
•
Grafia única a partir
de agora
Acionar
Afetivo
Aflição
Arquiteto
Aflito
Ato
Coleção
Diretor
Egito
Dupla grafia decorrente de variação de
pronúncia
•
•
•
•
•
•
•
•
Amígdala
Anticoncepcional
Aritmética
Aspecto
Caracteres
Concepção
Contactar
Corrupto
•
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•
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Amídala
Anticoncecional
Arimética
Aspeto
Carateres
Conceção
Contatar
Corruto
•
•
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•
•
•
•
•
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Defectivo
Dicção
Facto
Infecção
Intersecção
Olfacto
Recepção
Sector
Súbdito
•
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•
•
•
•
•
•
•
Defetivo
Dição
Fato
Infeção
Interseção
Olfato
Receção
Setor
Súdito
Monossílabos tônicos e palavras
oxítonas


Mantêm-se as regras de acentuação
gráfica
OBSERVAÇÃO – algumas palavras
oxítonas, geralmente de origem francesa,
terminadas em –e tônico/tónico, podem ser
escritas com acento agudo (é) ou acento
circunflexo (ê), pois a pronúncia delas pode
ser fechada (caso do Brasil) ou aberta
(caso de Portugal)
•
•
•
•
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•
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Bebê
Bidê
Canapê
Caratê
Crochê
Guichê
Nenê
Purê
•
•
•
•
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•
•
•
Bebé
Bidé
Canapé
Caraté
Croché
Guiché
Nené
Puré
Palavras paroxítonas

Mantêm-se as regras de acentuação
gráfica das palavras paroxítonas, com
algumas exceções:
a) Os ditongos abertos –ei e –oi não são
acentuados nas palavras paroxítonas:

Grafia antes do
acordo

Após o acordo
•
Idéia
Jóia
Assembléia
•
Ideia
Joia
Assembleia
•
•
•
•
OBSERVAÇÃO – continuam sendo acentuados os ditongos abertos –
ei e –oi nos monossílabos e nas palavras oxítonas: pincéis, anéis,
coronéis, herói, caracóis. O mesmo acontece com o ditongo aberto –
eu: céu, escarcéu, fogaréu.
b) O hiato –oo não é mais acentuado nas
palavras paroxítonas

Grafia antes do
acordo

Após o acordo
•
Vôo
Entôo
•
Voo
Entoo
•
•
c) O Acordo eliminou o acento circunflexo do hiato
-ee, na terceira pessoa do plural dos verbos crer,
dar, ler, ver e seus derivados

Grafia antes do
Acordo

Após o acordo
•
Descrêem
Revêem
•
Descreem
Reveem
•
•
d) Palavras paroxítonas homófonas
não são mais acentuadas

•
•
•
•
•
Grafia antes do
Acordo
Pára (verbo)
Péla (verbo e
substantivo)
Pêlo (substantivo)
Pêra (substantivo)
Pólo (substantivo)

Após o Acordo
•
Para (verbo)
Pela (verbo e
substantivo)
Pelo (substantivo)
Pera (substantivo)
Polo (substantivo)
•
•
•
•
OBSERVAÇÃO:
• Manteve-se o acento na forma verbal Pôde
(pretérito perfeito) para diferenciar de pode
(presente do indicativo)
• É facultativo o uso do acento em:
Dêmos (1ª pessoa do plural do presente do
subjuntivo), para diferenciar de
Demos (1ª pessoa do plural do pretérito
perfeito do indicativo)
Fôrma (substantivo), para diferenciar de forma
(substantivo e verbo).

•
O verbo pôr (monossílabo tônico) mantém
o acento para diferenciar-se da preposição
por (monossílabo átono)
e) Palavras paroxítonas cujas vogais i e u vem
após ditongo não são acentuadas:

Grafia antes do
Acordo

Após o Acordo
•
Reiúno
Taoísta
Feiúra
•
Reiuno
Taoista
Feiura
•
•
•
•
f) Nas formas verbais risotônicas/
risotónicas, não se usa mais acento agudo
no i e u tônicos dos verbos arguir e
redarguir: redargui, arguis

OBSERVAÇÃO: palavras cuja pronúncia
culta possui variantes no Brasil e em
Portugal passam a admitir o uso do acento
circunflexo ou do acento agudo. As duas
formas coexistem, porém, na prática, no
Brasil continuará sendo usado o acento
circunflexo (som fechado) e, em Portugal, o
acento agudo (som aberto). São palavras
que possuem vogal e ou o, seguidas de
consoante nasal m ou n.
•
•
•
•
Fêmur
Tênis
Abdômen
Ônus
•
•
•
•
Fémur
Ténis
Abdómen
Ónus
Palavras proparoxítonas

Não houve alteração nas regras de acentuação
das proparoxítonas.
OBSERVAÇÂO: palavras paroxítonas reais ou
aparentes, cuja pronúncia culta possui variantes
no Brasil e em Portugal passam a admitir o uso
do acento circunflexo ou do acento agudo. As
duas formas coexistem; porém, na prática, no
Brasil continuará sendo usado o acento
circunflexo e em Portugal o acento agudo.
•
•
•
•
•
•
•
•
Acadêmico
Amazônia*
Cômodo
Gênero
Heterônimo
Oxigênio*
Sinfônico
Tônico
* Proparoxítonas aparentes
•
•
•
•
•
•
•
•
Académico
Amazónia
Cómodo
Género
Heterónimo
Oxigénio
Sinfónico
Tónico
Assinaturas e firmas


Nas assinaturas de nomes, para ressalva
de direitos, pode-se manter a escrita
utilizada por costume ou registro legal.
Pelo mesmo motivo, pode-se manter a
grafia original de firmas comerciais, nomes
de sociedades, marcas e títulos que
estejam inscritos em registro público.
Uso de maiúsculas e minúsculas

Casos de uso opcional
No uso das iniciais maiúsculas e
minúsculas, não há alterações de registro,
a não ser o caso de inicial maiúscula em
nome de mês (grafia já utilizada no Brasil,
mas não em Portugal).
O Acordo estabelece que é de uso
opcional a utilização de inicial maiúscula ou
minúscula nos seguintes casos:
a) Em títulos de livros e de outras obras (filmes,
pinturas, em esculturas, etc.), sendo que a letra
inicial do primeiro nome deve ser maiúscula.
Nomes próprios constantes desses títulos
também usam inicial maiúscula.




A Moreninha
Dicionário da Língua
Portuguesa
Memórias Póstumas
de Brás Cubas
O Exterminador do
Futuro




A moreninha
Dicionário da língua
portuguesa
Memórias póstumas
de Brás Cubas
O exterminador do
futuro
b) Em nomes que indicam disciplinas escolares
ou domínios de saber:




Ciências
Geografia
Matemática
Português




ciências
geografia
matemática
português
c) Em nomes de lugares públicos, templos e
edifícios:





Rua do Ouvidor
Praça Tiradentes
Igreja da Candelária
Palácio da Alvorada
Edifício Oscar
Niemeyer





rua do Ouvidor
praça Tiradentes
igreja da Candelária
palácio da Alvorada
edifício Oscar
Niemeyer
d) Em formas de tratamento de
cortesia ou em nomes de santos:






Vossa Excelência
Senhor Deputado
Senhor Presidente
Santa Sofia
Santo Antônio
São Cristóvão






vossa excelência
senhor deputado
senhor presidente
santa Sofia
santo Antônio
são Cristóvão
Casos de uso do hífen
1. Em compostos, locuções e encadeamentos
vocabulares
a) Mantém-se o hífen nas palavras compostas:
•
•
•
•
Guarda-noturno
Conta-gotas
Guarda-roupa
Arco-íris
•
•
•
•
Maria-mole
Porto-alegrense
Sul-africano
Tenente-coronel
OBSERVAÇÃO: palavras compostas das quais se
perdeu a noção de composição são escritas sem
hífen*:

Antes do Acordo

Após o Acordo
•
Manda-chuva
Pára-quedas
•
Mandachuva
Paraquedas
•
•
*Nesse ponto do Acordo há várias divergências, pois a perda da
noção de composição é um critério subjetivo. As palavras que
passam a se escrever sem hífen, em razão dessa determinação do
Acordo, só serão plenamente definidas com a publicação do novo
VOLP
b) O Acordo regularizou o uso do hífen na grafia
de todas as palavras que indicam espécies de
plantas ou de animais
•
•
•
•
•
•
•
Couve-flor
Couve-de-bruxelas
Ervilha-torta
Formiga-de-roça
Formiga-ferro
Flor-do-espírito-santo
Pimenta-do-reino
•
•
•
•
•
•
•
Canário-da-terra
Tamanduá-bandeira
Erva-doce
Erva-cidreira
Flor-da-noite
Pintassilgo-verde
Sabiá-laranjeira
5.2 – Nas formações por prefixação,
recomposição e sufixação
a) Usa-se hífen quando se soma ao
prefixo ou ao falso prefixo palavra
iniciada por h:

•
•
•
Antes do Acordo
Anti-hipertensivo
Anti-histamínico
Subumano/subhumano*

•
•
•
Após o Acordo
Anti-hipertensivo
Anti- histamínico
Sub-humano
b) Usa-se hífen quando o prefixo ou o
falso prefixo termina pela mesma
vogal com que se inicia o segundo
elemento da palavra.

•
•
•
Antes do Acordo
Antiinflamatório
Arquiinimizade
Microônibus

•
•
•
Após o Acordo
Anti-inflamatório
Arqui-inimizade
Micro-ônibus

•
•
OBSERVAÇÕES:
Essa norma do Acordo padroniza o uso do
hífen entre vogais iguais, visto que antes
algumas palavras já se escreviam como
hífen (contra-argumento) e outras não
(antes: microondas; agora: micro-ondas.
O prefixo co-, independentemente de o
segundo elemento da palavra iniciar pela
mesma vogal, aglutina-se: coobservador,
coocorrente.
c) Usa-se hífen com palavras iniciadas por
circum- e pan-, cujo segundo elemento começa
por vogal e h (isso já estava na regra anterior) e
m, n (nova regra)

•
•
•
Antes do Acordo
Circumurado*
Circunavegar*
Panmítico *

•
•
•
Após o Acordo
Circum-murado
Circum-navegar
Pan-mítico
* Alguns dicionários, mesmo antes do Acordo, já faziam o
registro da grafia com hífen
d) Não se usa hífen em palavras cujo prefixo ou
pseudoprefixo termina por vogal e o segundo
elemento começa por r ou s. Nesse caso, a
consoante dobra:

•
•
•
•
Antes do Acordo
Auto-retrato
Auto-serviço
Semi-reta
Contra-senso

•
•
•
•
Após o Acordo
Autorretrato
Autosserviço
Semirreta
Contrassenso
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