Considerações sobre ovinocaprinocultura Dúvidas do Criador Capixaba Boletim Técnico ACCOES/UFES/IFES/UENF – Vol. 1 Autores BRUNO BORGES DEMINICIS DEOLINDO STRADIOTTI JÚNIOR CELIA RAQUEL QUIRINO APARECIDA DE FÁTIMA MADELLA DE OLIVEIRA ANTÔNIO CARLOS CÓSER GLAUCIO MAGALHÃES JEANNE BROCH SIQUEIRA JÚLIA GAZZONI JARDIM PRISCILLA CORTIZO COSTA ALINE PACHECO ALBERTO CHAMBELA NETO ISMAIL RAMALHO HADDADE ANDRÉ DE MIRANDA CABRAL EDITORA CAUFES BRUNO BORGES DEMINICIS DEOLINDO STRADIOTTI JÚNIOR CELIA RAQUEL QUIRINO APARECIDA DE FÁTIMA MADELLA DE OLIVEIRA ANTÔNIO CARLOS CÓSER GLAUCIO MAGALHÃES JEANNE BROCH SIQUEIRA JÚLIA GAZZONI JARDIM PRISCILLA CORTIZO COSTA ALINE PACHECO ALBERTO CHAMBELA NETO ISMAIL RAMALHO HADDADE ANDRÉ DE MIRANDA CABRAL (AUTORES) ROGÉRIO OLIVEIRA PINHO RODRIGO DE FREITAS BITTENCOURT JOÃO CARLOS DE CARVALHO ALMEIDA HENRIQUE DUARTE VIEIRA JOÃO BATISTA RODRIGUES DE ABREU ÉRICO DA SILVA LIMA RAPHAEL PAVESI ARAUJO THIAGO VASCONCELOS MELO SAULO ALBERTO DO CARMO ARAÚJO VITOR CORREA DE OLIVEIRA ISABELA MORAES AMORIM NORBERTO SILVA ROCHA PATRICIA DO ROSARIO RODRIGUES LAÍS POLICARPO MACEDO ANTONIO DELUNARDO PANDOLFI FILHO JOELLY MARIANO BARBOSA GUILHERME SANTOS FREITAS THAMYRIS PIMENTEL MACEDO MÁRIA MORAES AMORIM CATARINA BELOTI DE MESQUITA EDUARDO LUIZ HEINZEN DRIELLY GOMES BIZARRIA RODRIGO SANTOS FREITAS SÂMILA ESTEVES DELPRETE MATHEUS CRUZ DE OLIVEIRA ALINE VENTORIM NUNES MARETTO DANIELLE VIEIRA PRAXEDES BERNARDO MURTA SALOMÃO VANDERSON DE ATAIDE PAULUCIO KEITHON DAMÁSIO MONTEIRO CRISTIANO FALCAO TAVARES TALITA BONAPARTE PINHEIRO EDUARDO LUIZ HEINZEN (Co-Autores) Considerações sobre ovinocaprinocultura - Dúvidas do Criador Capixaba Boletim Técnico ACCOES/UFES/IFES/UENF Alegre, ES CAUFES 2013 ©Copyright by Autores e Organizadores, Alegre (ES), 2013. Todos os direitos reservados. Revisão de Texto: Bruno Borges Deminicis. Editora: CAUFES. Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Setorial de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil) C755 Considerações sobre ovinocaprinocultura: dúvidas do criador capixaba / Bruno Borges Deminicis ... [et al.]. - Alegre, ES: CAUFES, 2013. 15 p. : il. - (Boletim técnico ACCOES/UFES/IFES/UENF ; 1). ISBN: 978-85-61890-32-2 Contém bibliografia. 1. Ovino – Criação. 2. Caprino – Criação. 3. Pecuária -Espírito Santo (Estado). 4. Desenvolvimento sustentável. I. Deminicis, Bruno Borges, 1978-. II. Universidade Federal do Espírito Santo. Centro de Ciências Agrárias. III. Título. CDU: 636.3 VENDA PROIBIDA Considerações sobre ovinocaprinocultura Dúvidas do Criador Capixaba Boletim Técnico ACCOES/UFES/IFES/UENF Local e Data do lançamento desta Publicação Carapina Centro de Eventos, Rodovia do Contorno - BR 101 Norte - Serra - ES Brasil, 7 e 11 de agosto de 2013 durante a 37ª GranExpoES – Exposição Estadual Agropecuária. 1 AGRADECIMENTOS A todos aqueles que contribuíram, direta e indiretamente, para que este material pudesse ser confeccionado a tempo de ser lançado durante a 37ª GranExpoES – Exposição Estadual Agropecuária e pudesse ser distribuído, de forma gratuita, aos criadores de caprinos e ovinos do estado do Espítito Santo. Lembrando que GanExpoES é a uma feira de agronegócio, agroturismo, agropecuária, e que é organizada por nosso amigo, o Zezinho Boechat, atualmente Presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Espírito Santo a quem enviamos forte um abraço, pois não mediu esforços para que este material pudesse ser Lançado durante o Evento. Assim, aproveitando o momento, gostaríamos de reforçar as paravras do Nobre amigo Zezinho Boechat: “É necessário ter produto para popularizar a Carne e o Leite”, “É necessário fortalecer a Associação”, pois só o Assoativismo Cooperativismo fará da ovinocaprinocultura um forte setor para contribuir com o desenvolvimento da economia do Espírito Santo, assim a aliança entre SEAG, SEBRAE, ACCOES, UFES e IFES tem um potencial para alavancar o ramo de forma dinâmica e rápida. Também não podemos esquecer-nos da Estella Mar Pereira – Assessora da ACCOES que não mediu esforços para atender nossas solicitações para a confecção do material, talvez sem sua contribuição este material não pudesse ter sido confeccionado. Agradecemos aos Criadores que enviaram suas perguntas/dúvidas para que pudéssemos tentar responder. Por fim agradecemos à Deus por ter nos dado condições de chegar até aqui, a todos os nossos amigos que sempre estiveram ao nosso lado e a todos aqueles que acreditaram na possibilidade desta obra se tornar realidade, pois direta e indiretamente nos deram forças para que este trabalho pudesse ter sido confeccionado. Os Autores 2 SUMÁRIO Capitulos* 1. SISTEMAS DE PRODUÇÃO .................................................................................................4 2. CUIDADOS COM AS CRIAS................................................................................................5 3. REPRODUÇÃO ......................................................................................................................5 4. MANEJO GERAL DO REBANHO ......................................................................................7 5. SANIDADE .............................................................................................................................8 6. ABATE E COMERCIALIZAÇÃO ........................................................................................9 7. NUTRIÇÃO/ALIMENTAÇÃO ......................................................................................... 10 8. RAÇAS.................................................................................................................................. 12 9. MANEJO DE PASTAGENS PARA CAPRINOS E OVINOS ......................................... 13 10. INSTALAÇÕES ................................................................................................................. 14 11. ASSOCIATIVISMO – COOPERATIVISMO..................................................................... 15 12 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 17 *Todos os capítulos foram confeccionados direta ou inderetamente por todos os autores e co-autores do Livro. 3 4 1. SISTEMAS DE PRODUÇÃO 1 - Qual o melhor sistema de criação de ovinos? Marcos Antônio Simões Rocha - Linhares/ES A escolha do sistema de criação a ser adotado varia em função de fatores como: condições edafoclimáticas, objetivos da criação, exigências do mercado e disponibilidade de capital. A criação em confinamento aumenta o ganho de peso, proporcionando a redução da idade ao abate, além de favorecer o controle de verminoses quando utiliza-se um manejo sanitário rigoroso . O Principal fator limitante de utilização desse sistema é o custo elevado. A produção em pastejo caracteriza-se por menor produtividade e menor nível tecnológico empregado. Devem ser consideradas as interações solo, planta, animal. Quando manejado corretamente proporciona ganhos satisfatórios. 2 - Quais as exigências para a implantação do sistema intensivo? Que tipo de animal é indicado para o sistema de confinamento? Ezequias Ribeiro de Oliveira - Conceição da Barra/ES O tipo de sistema deve ser escolhido de acordo com os seguintes critérios: Finalidade da exploração (corte ou leite, cria ou engorda, etc.); Região onde se localiza a propriedade; Tamanho da propriedade; Disponibilidade de recursos financeiros e mão de obra. O sistema de produção é a combinação de cultivos e criações que o produtor utiliza para atingir os seus objetivos, basicamente, Os sistemas de criação de caprinos e ovinos podem ser o extensivo ou em liberdade, semi-extensivo ou misto e intensivo. Mas não confundamos o Sistema Extensivo com o sistema de criação à pasto, e nem Sistema de confinado com o Sistema Intensivo, pois podemos ter sistemas de criação intensiva em pastagens. Principalmente quando trabalhamos com lotação de pastagens cultivadas de alta produção, irrigadas e sob altas doses de fertilização. No Sistema Extensivo ou em liberdade, os animais ficam soltos em grandes áreas ou pastos e o criador não exerce nenhum controle sobre elas, principalmente sobre sua reprodução. É o sistema tradicional, o mais antigo e o mais adotado, além de ser o que apresenta o menor custo para o criador. Os animais são soltos no início do dia e recolhidos ao entardecer, permanecendo cercados ou sob abrigos apenas no período da noite, onde existem alguns perigos adicionais, como o de predadores naturais. Nesse sistema, os principais inconvenientes são a baixa rentabilidade devida, entre outros motivos, à alta mortalidade, maior probabilidade de doenças, vermes, etc. Apesar disso, como já foi dito, é o sistema onde o criador necessita dos menores investimentos. E o tipo animal predominante não é propriamene vocacionado nem para a produção de carne e nem de leite. No Sistema Semi-intensivo, os são criados em pequenos cercados, currais e abrigos para protegê-los do sol, e das intempéries. São soltos no pasto na maior parte do tempo, mas sua alimentação é complementada com ração suplementar, para fornecer alguns dos nutrientes que o pasto pode não possuir, podendo ser utilizados piquetes com forrageiras de média produtividade, o que não exige tanto investimento em cercas, irrigação e fertilizantes, entretanto a rentabilidade também será intermediaria entre o sistema Extensivo e o Intensivo. O Sistema Intensivo é considerado o melhor sistema, o que permite a maior produtividade e lucratividade para o criador. Todavia é o sistema mais caro, mais complexo, que exige mais trabalho do criador, exige mão de obra qualificada e melhor remunerada, e exige assistência técnica permanente. Para esse sistema são necessárias instalações maiores e visa principalmente a produção leiteira, no caso dos caprinos. No caso dos ovinos, esse sistema é mais utilizado para a recria e terminação dos animais. Além disso, a criação deve ficar próxima dos centros consumidores, o que faz com que as terras sejam mais valorizadas. O animal é manejado em pastagens cultivadas, que devem receber irrigação e doses adequadas de fertilizantes, para máximizar o uso das rações (balaceadas) que o mesmo receberá quando em confinamento. Esse animal Deve ter sempre água à sua disposição e a ração deve ser dada sempre no mesmo horário do dia. Com uma taxa de mortalidade muito pequena, protegido do sol, frio, ventos e chuvas, além de um acompanhamento constante do criador, os produtos obtidos serão sempre os da melhor qualidade. 3 - Como se caracteriza o sistema extensivo de produção? Quando deve ser usado o sistema extensivo de criação? Em que consiste um sistema intensivo de criação? Que tipo de animal é indicado para o sistema intensivo? Heron Moulin - Vila Vila Velha/ES O sistema extensivo caracteriza-se pelo baixo emprego de tecnologia, reduzido capital de investimento e manutenção da criação, e maior exploração dos recursos naturais. Como resultado, se obtém baixos índices produtivos e reprodutivos. Este deve ser usado, quando se tem baixo capital de investimento e terra de baixo valor. O sistema intensivo de criação em pastagem caracteriza-se pelo maior controle da criação e utilização da lotação rotacionada, proporcionando maior número de animais por área, e melhoria dos índices zootécnicos. Este sistema requer maior trabalho, conhecimento técnico e assistência constante. São indicados animais especializados de alto valor genético e potencial produtivo. 4 5 2. CUIDADOS COM AS CRIAS 4 - o que provoca mais as mortes de borregos do nascimento à desmama e como evitar? Neuzedino Alves Victor de Assis - Alegre/ES Dentre as principais causas de morte em borregos encontram-se a subnutrição, verminoses, broncopneumonias e infecções umbilicais. Um erro comum cometido por produtores é soltar as matrizes e prender a cria, dessa forma a cria só terá acesso a alimentação duas vezes por dia com intervalos longos levando a hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue) que consequentemente causa atraso no crescimento. Em relação às verminoses deve-se associar o uso de vermífugos com as práticas de manejo tanto do animal quanto do ambiente a fim de reduzir o número de tratamentos químicos. As matrizes prenhas devem ser vermifugadas 30 dias antes do parto e a cria deve receber a dose após a terceira semana de pastejo. O tratamento apresenta melhores resultados quando associados à práticas de manejo como consórcio de pastagens com bovinos após banho de imersão com vermífugo e pastejo rotacionado. As broncopneumonias estão relacionadas ao manejo da mamada. Em propriedades em que se utiliza o aleitamento artificial deve-se atentar para que a cabeça do borrego esteja inclinada para que não cause a doença. Para minimizar a ocorrência das infecções umbilicais deve ser feita a cura do umbigo com iodo ou outros produtos anti-sépticos comerciais. Para melhores resultados aplicar 3 vezes, a intervalos de 12 horas. 5 - Posso criar cordeiro a 1000 (mil) metros de altitude com temperaturas chegando a 7 (sete) graus no inverno? Neuzedino Alves Victor de Assis - Alegre/ES Sim, no entanto é necessário criar raças com aptidão para lã e utilizar instalações adequadas. A lã ajuda a manter a temperatura do animal além de ser utilizada na indústria têxtil. Geralmente são utilizados apriscos ou estábulos como instalações para cordeiros, o que garante a segurança contra predadores e manter a temperatura dos cordeiros. 6 - qual princípio ativo é mais eficaz e de menor custo para o controle da coccidiose, nos casos de ocorrência? Neuzedino Alves Victor de Assis - Alegre/ES O menor custo de controle para coccidioses em um rebanho seria a prevenção da enfermidade com limpeza e desinfecção das instalações de recém-nascidos e jovens, evitar superlotação, isolar e tratar os doentes. O tratamento preventivo baseia-se no uso de salinomicina misturada ao leite ou ração 2ª semana ao 70º mês de vida. O tratamento dos doentes é feito a base de sulfamidas de acordo com as recomendações do fabricante. 3. REPRODUÇÃO 7 - qual o número ideal de matrizes para um reprodutor considerando a utilização somente no período noturno? Neuzedino Alves Victor de Assis - Alegre/ES O número de matrizes por reprodutor pode variar de acordo com o tipo de acasalamento que é utilizado na propriedade. A relação macho-fêmea depende de vários fatores como: do regime de manejo em uso, da taxa de lotação, da topografia, da área de pastoreio, da experiência sexual dos reprodutores utilizados e da sua condição corporal. Na monta natural livre, a relação de reprodutores por fêmea deve ser mantido próximo de 5%, ou seja, um macho para 20 fêmeas. Entretanto, em um sistema de manejo extensivo pode ser utilizado à relação de um reprodutor para cada 25-30 fêmeas, como a utilização se dará somente no período da noite (as fêmeas devem pernoitar com determinado reprodutor, por aproximadamente doze horas) se caracteriza como um manejo intensivo ou semi-intensivo para essas situações pode-se utilizar a proporção de um reprodutor para cada 60 a 80 cabras ou ovelhas durante uma estação de monta com 49 dias de duração. Com as coberturas concentradas apenas no período noturno deve-se avaliar que esta relação poderá ser aumentada caso se utilizem programas de sincronização do cio das fêmeas, concentrando o número de fêmeas no cio por dia. 8 - As fêmeas paridas devem ficar o dia todo com os borregos ou parcialmente? Quais os principais cuidados com o borrego e com a mãe no pós-parto? Nilson Leite Durães - Rio de Janeiro/RJ 5 6 Nas três primeiras semanas de vida dos borregos, devem-se considerar dois aspectos fundamentais para a sobrevivência e desenvolvimentos dos mesmos: a capacidade de produção leiteira e a habilidade materna das matrizes. Desta forma, os borregos devem ficar com as mães o dia todo até aproximadamente os 15 a 20 dias de idade, especialmente durante a época da seca (período de maior carência alimentar). A partir desta idade, o ideal é que sejam mantidos em instalações limpas e arejadas (aprisco) que ofereçam proteção contra ventos fortes, chuvas e frio intenso. Desta forma, Independente do regime de manejo em uso, a cria deve ter acesso direto a mãe desde o nascimento até as 72 primeiras horas de vida, fundamental para o animal ter acesso ao colostro e suas propriedades de anticorpos fundamentais para os borregos, uma vez que a placenta dos pequenos ruminantes não permite a passagem de anticorpos. Um manejo importante com os borregos é o corte do cordão umbilical e tratamento do coto umbilical com iodo 10% por no mínimo um minuto. Administração de alimentos concentrados e volumosos a partir da segunda-terceira semana de vida para borregos para acelerar o desenvolvimento dos compartimentos gástricos. Devem ser desverminados a partir da terceira semana que passarem a ir a pasto. As matrizes devem ser desverminadas no pós-parto. 9 - Quais os principais cuidados com o borrego e com a mãe no pós-parto? Wilson Freitas Filho Cariacica/ES A mortalidade dos borregos recém-nascidos é uma das principais preocupações no sistema de produção e os seus riscos devem ser minimizados o quanto possível. Os cuidados imediatos a serem tomado incluem aquecimento, tratamento do umbigo e principalmente o fornecimento de colostro. Deve-se ter o cuidado de permitir que o borrego mame o colostro logo após o seu nascimento. O colostro que vem nas primeiras mamadas tem efeito laxativo, possui 100 vezes mais vitamina C que o leite, além de ser rico em proteínas, gorduras e anticorpos, estes últimos responsáveis pela proteção da cria recém-nascida, já que os ovinos nascem sem defesas imunológicas. Caso o borrego não procure mamar extintivamente o colostro, essa ingestão deve ser induzida diretamente na mãe ou artificialmente, através de mamadeiras. Outro cuidado que se deve ter com o recém-nascido é com o cordão umbilical que se rompe naturalmente durante o parto e, a partir daí, passa a ser uma importante porta de entrada para agentes microbianos indesejáveis, que podem provocar doenças que levarão à morte de uma boa parte dos borregos nascidos. Para se evitar infecções do umbigo este deve ser cortado a uma distância de três centímetros do abdômen, utilizando-se uma tesoura limpa e desinfetada com álcool 70% ou a fogo. O coto umbilical que permanece deve ser imerso em tintura de iodo a 10% por um minuto, durantes os três dias seguintes. Este procedimento inibirá a ocorrência de infecções. Em relação à fêmea pós-parto o principal cuidado deve ser direcionado para aquelas fêmeas que produzem quantidade de leite acima do necessário para a amamentação do seu borrego. Esta fêmea deverá ser ordenhada diariamente para evitar ocorrência de infecção da mama, chamada de mastite, que consequentemente levará a sua perda. 10 - Qual a melhor época para acasalar o rebanho, visando-se à produção de cordeiros para comercialização nas festas de fim de ano? Wilson Freitas Filho - Cariacica/ES O estabelecimento da época de acasalamento tem como vantagens a determinação antecipada da estação de parição, desmame e de todos os demais eventos relacionados ao ciclo produtivo e reprodutivo e deve ser feito com critérios estritamente relacionados aos objetivos da exploração de cada propriedade. Esta época depende principalmente do status reprodutivo do rebanho, e da época de parição, em virtude de sua importância para a sobrevivência e desenvolvimento da cria e idade ou peso do seu desmame e comercialização. A possibilidade de se ter lotes de animais homogêneos e na mesma fase de produção e faixa etária, permite que o produtor tenha um maior controle dos manejos nutricional, sanitário e reprodutivo e aproveite melhor as condições de mercado. Para direcionar a época dos nascimentos devemos ter conhecimento que as fêmeas ovinas passarão por 5 meses de gestação e as crias deverão nascer em períodos propícios a sua sobrevivência, com boa oferta de comida, para que essas fêmeas recém-paridas consigam manter uma boa produção de leite. Respeitando-se um período de desmame de 60 dias, com borregos sendo terminados e abatidos de forma precoce com 8 meses aproximadamente, idade em que se obtém uma melhor qualidade da carne ovina e mais apreciada pelo consumidor final, devemos programar épocas de acasalamento de, no mínimo, 12 a 14 meses antes do período em que se pretende consumir ou comercializar a carne. 6 7 11 - Quando descartar e substituir suas matrizes e reprodutores? Como selecionar borregas do seu plantel para reposição? Wilson Freitas Filho - Cariacica/ES Quando se pretende organizar as atividades de uma propriedade, a reposição dos animais é fundamental para a chamada limpeza genética, ou seja, o descarte orientado de animais, onde somente animais produtivos e sadios devem permanecer no criatório, evitando o gasto com manutenção de animais com baixo nível produtivo ou ainda improdutivos. Desta forma, busca-se manter no rebanho apenas animais férteis, prolíficos, precoces sexualmente, com alta velocidade de ganho de peso e com boa habilidade materna. Neste sentido deve-se dar preferência no descarte de animais velhos, pois tendem a pastar com mais dificuldade e a ser menos produtivos. As fêmeas que ficam em estações reprodutivas de mais de 45 dias, e que não ficam prenhes ao final, devem ser consideradas com fertilidade duvidosa e deverão ser descartadas, caso a fertilidade do macho seja comprovada. Em relação aos machos, deve-se levar em consideração que a participação do mesmo para o melhoramento genético do rebanho é bem superior que o das fêmeas, já que o número de descendentes gerados será bem maior que o de cada fêmea individualmente. Além disso, o criador deverá descartar reprodutores que estejam transmitindo defeitos genéticos à sua descendência (crias insatisfatórias), fêmeas com antecedentes históricos de aborto reincidente e problemas durante o parto, ou qualquer outro problema reprodutivo, além de cabras e ovelhas que produzam abaixo da média do rebanho, como fêmeas portadoras de mastite crônica, com baixa habilidade materna, e/ou baixa taxa de sobrevivência das crias. Outras características indesejáveis que devem ser levadas em consideração ao se decidir quais animais devem ser descartados, incluem: animais com problemas de dentição que podem dificultar a alimentação; animais com doenças crônicas; hérnias; animais portadores de órgãos sexuais masculinos e femininos (intersexos); criptorquidismo uni ou bilateral (testículos localizados dentro da cavidade abdominal). A seleção das borregas do plantel para reposição deve ser feita de acordo com algumas características fundamentais que vão possibilitar manutenção ou aumento da produtividade. Para tal, a escolha de fêmeas para reprodução pode ser feita ao desmame (levando em consideração a origem genética, o padrão racial, ausência de defeitos e o ganho de peso durante a fase de amamentação) e ao atingir a puberdade (precocidade sexual, características de desenvolvimento ponderal, aprumos e o desenvolvimento e simetria das glândulas mamárias). A seleção, portanto, deve ser feita levando-se em consideração fertilidade, prolificidade e habilidade materna, que é mensurada através da taxa de sobrevivência das crias após o desmame. 4. MANEJO GERAL DO REBANHO 12- Qual a frequência de casqueamento que os animais em regime de campo devem ser submetidos? Jair Henriques Pinto Junior - Santa Leopoldina/ES Os cascos devem ser aparados no mínimo uma vez por ano, com revisão a cada seis meses, principalmente no período chuvoso. Contudo, o casqueamento dos animais deve ser uma prática rotineira na propriedade, visando evitar deformidades dos cascos e aprumos, doenças digitais e proporcionando melhora na higiene. O casqueamento deve ser realizado em todos os animais pelo menos a cada 2 meses e antes da estação chuvosa. Logo após o casqueamento, caso seja necessário, deve-se realizar a passagem dos animais pelo pedilúvio. Os animais que apresentarem pododermatite (frieira) devem ser os últimos a serem casqueados, evitando assim a contaminação dos materiais e a transmissão da doença. Figura 1. Cotenção de um ovino para casqueamento e casqueamento com tesoura específica. 7 8 13 - Como posso verificar a idade de meus animais pela dentição? Deomedes Picoli - Pedro Canário/ES Para avaliação da idade através da arcada dentária, os incisivos oferecem dados seguros para determinação da idade, sendo que estão presentes somente no maxilar inferior e estão divididos em; pinças, primeiros médios, segundo médios e cantos. Os dentes permanentes se destinguem dos caducos pela sua maior largura e tamanho, enquanto os incisivos de leite se destinguem pelo reduzido tamanho e comprimento. A -1 ano; B -18 meses, C - 2 anos; D - 2 e meio a 3 anos; E- 3 anos e meio a 4 anos Figura 2. Dentição de caprinos e ovinos para a verificação da idade 5. SANIDADE 14 - Como um dos principais problemas sanitarios da ovinocultura é a verminose gostaria de ver este assunto de maneira didaditica e bem detalahado. A vermifugação poderá ser feita periodicamente ou só se o rebanho apresentar sinais de infestação? Celestino Bussinguer - Alfredo Chaves/ES a Os caprinos e ovinos devem ser vermifugados a partir da 3 semana de pastejo. As fêmeas devem ser vermifugadas antes da estação de monta, e 30 dias antes do parto (nunca no início da prenhes). Para animais mantidos em área de pastagem cultivada irrigada, ou com um índice de chuvas favoráveis ao longo do ano, onde as condições ambientais são propícias para a proliferação de verminoses o ano inteiro, deve-se adotar o esquema de coleta de fezes e contagem do número de ovos por grama de fezes (OPG) a cada mês. Quando o OPG for maior que 500 todos os animais devem ser vermifugados. Outro método para orientação da vermifugação é a observação da mucosa ocular. Quando a mucosa estiver pálida deve-se proceder a vermifugação. Este método é conhecido como Famacha. Neste método somente os animais com alto grau de infestação por verminoses são vermifugados. Figura 3. Forma correta de avaliar a conjuntiva em ovinos e caprinos com a utilização do cartão (FAMACHA) 15 - Qual princípio ativo é mais eficaz e de menor custo para o controle da coccidiose, nos casos de ocorrência? Celestino Bussinguer - Alfredo Chaves/ES Nenhuma droga é capaz de controlar a eimeriose, depois que os sinais clínicos da doença já tenham aparecido. Além disso, geralmente, os coccidiostáticos atuam apenas nas fases precoces de multiplicação dos parasitos, não atuando nas formas sexuadas, que são as mais patogênicas. O tratamento deve ser preventivo. Entre as drogas recomendadas para o tratamento profilático da eimeriose, as mais utilizadas são a monensina, a salinomicina e a lasalocida. 8 9 16 - Quais os medicamentos básicos para se organizar uma farmácia para pequenos ruminantes? Neuzedino Alves Victor de Assis - Alegre/ES É essencial para o produtor manter em sua propriedade uma farmácia básica formada por produtos utilizados para executar as atividades de manejo sanitário do rebanho. Dentre os medicamentos: vermífugos que controlem endoparasitoses e ectoparasitoses do rebanho, iodo, álcool, água oxigenada e clorexidine que auxiliam nas atividades sanitárias do local e dos animais. Antibióticos, anti-inflamatórios e outros medicamentos. Todavia, os medicamentos basicos que toda propriedade devem ter seriam vermífugos que controlem endoparasitoses e ectoparasitoses do rebanho, iodo e clorexidine que podem auxiliar nas atividades sanitárias do local e dos animais. Antibióticos e antiinflamatórios. O menor custo de controle para coccidioses em um rebanho seria a prevenção, que seria com a higiene do local onde os recém nascidos ficam e onde os animais jovens são confinados A medicação usada geralmente são de antibióticos ionoforos na ração, destacando a sulfametazina, a monenzina (0,5mg/Kg) e a salinomicina (2mg/kg). Mata-bicheiras (spray, pasta ou líquido) com ação larvicida, cicatrizante e repelente, vermífugos (oral ou injetável), tintura de iodo, álcool iodado a 10% e álcool comum e água oxigenada. Contudo, todos esses medicamentos devem ser prescritos especificadamente após uma consulta de um médico veterinário atendendo às necessidades de cada animal. 17 - Quanto à vacinação, quais as principais doenças? Existe um calendário? Felipe Gonzaga Maia - Nova Venécia/ES Não há vacinas obrigatórias para caprinos e ovinos, e a vacina para febre aftosa não é mais obrigatória segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Entretanto, é sensato que se façam vacinações conforme a recomendação presente na tabela 1. Epecificamente com relação à febre aftosa, a vacinação contra esta doença está proibida para ovinos e caprinos em todo o território nacional. Tabela 1. Esquema de vacinação para caprinos e ovinos. Doença Esquema de Vacinação Categoria Animal Raiva Anual / a partir de 4 meses de idade (só em regiões em que haja casos confirmados) Animais Jovens, Reprodutores, Matrizes. Linfadenite Caseosa Animais não vacinados: aplicar duas doses de vacina com um intervalo de quatro a seis semanas entre as vacinações. Em filhos de mães não vacinadas, a primeira dose deve ser efetuada a partir da 3a semana de idade e a partir da 9a semana de idade em filhos de mães que foram vacinadas. Animais já vacinados: revaciná-los a cada ano. Em fêmeas gestantes, fazer a revacinação anual de 4 a 6 semanas antes do parto. A partir de três meses com reforço aos 30 dias e repetir anualmente. Ectima Contagioso Autovacina, única dose repetindo-se nas matrizes na próxima parição. Clostridioses Animais Jovens, Reprodutores, Matrizes. Animais Jovens Cordeiros e cabritos, Matrizes (terço final de gestação). 6. ABATE E COMERCIALIZAÇÃO 18 - Qual o peso de abate de um borrego? Quais as características físicas do animal tipo carne? Felipe Gonzaga Maia - Nova Venécia/ES É chamado cordeiro o ovino jovem, com até 8 meses, recém-desmamado ou em período de aleitamento. Quando o animal passa dessa idade muda o nome para borrego. Mais tarde será carneiro. Usualmente, há dois momentos para abate de cordeiro: 8 semanas (cordeiro premium) e 4 meses (cordeiro precoce). Já o carneiro, ou ovelha, são abatidos a qualquer momento na vida. Tradicionalmente o mercado tem sido abastecido com animais oriundos de sistemas de criação onde atingem condições de abate, com peso vivo entre 28 e 30 kg, aos 150 a 180 dias de idade. Atualmente, a tendência que obter animais com o peso entre 32 -36 kg com até 50 dias de vida, por ter maior valor de mercado. 9 10 19 - Quais as características físicas do animal tipo carne? Felipe Gonzaga Maia - Nova Venécia/ES Características físicas: Os ovinos e os caprinos que habitam em regiões tropicais semi-áridas devem apresentar como principal característica a tolerância a temperaturas elevadas. Raças e tipos raciais que apresentam: elevada relação superfície corporal/massa corporal para facilitar os mecanismos de dissipação de calor. A pele deve ser coberta por pêlos que protegem do sol sem interferir com a ventilação, acúmulo de gordura na garupa, vísceras e rabo. Os processos de troca de calor com o ambiente, na espécie ovina, se dão principalmente por evaporação pulmonar, tendo em vista que os ovinos não possuem glândulas sudoríparas eficientes. Características anatômicas, como tamanho da boca e lábio inferior partido, possibilitam a seleção de plantas e partes de plantas de melhor valor nutritivo por ovinos em pastejo na vegetação nativa. 20 - O que os consumidores exigem? Paulo Ricardo Schida Correia - Vila Velha/ES Atualmente os consumidores estão cada vez mais conscientes, informados e conectados, buscam produtos alimentícios seguros e diferenciados, buscando aliar qualidade e sabor em um só produto. Para garantir a fidelidade deste consumidor e garantir o sucesso de qualquer negócio, é preciso: qualidade do produto; quantidade de produto para atender à demanda; preço competitivo; propaganda e marketing; praticidade e garantia de acesso fácil e rápido ao produto por parte do consumidor. Ou seja, o mercado da carne e leite oriundos da caprinovinocultura deve atentar para um padrão e uma oferta continua, ou perderão a, ainda restrita, fatia de mercado que lhes é disponível. 7. NUTRIÇÃO/ALIMENTAÇÃO 21 - Como a nutrição pode influenciar no valor final da carne de cordeiro, como podemos fazer para reduzir os custos no limite de custo-benefício máximo? Eliezer Antônio Lorenzoni - Domingos Martins/ES Temos que ter visão do contexto geral da nutrição da mãe e do cordeiro: PRÉ-PARTO = Se a carneira obtiver “boa disponibilidade de volumoso junto com uma mineralização equilibrada nos 100 primeiros dias de gestação”, terá um custo mais baixo refletindo menos no custo final do cordeiro, além deste fator temos a produção de colostro e a mamada rápida pós-nascimento e posteriormente o aleitamento e quantidade de leite para o cordeiro. AMAMENTAÇÃO = O uso de técnicas de alimentação como Flushing (aumenta prolificidade) para a matriz e Creep-feeding (cocho protegido para consumo exclusivo do cordeiro, leva a redução mortalidade) que permite mitigação do risco do baixo consumo de energia e proteína pelo baixo consumo de leite na mãe. ENGORDA = A terminação de cordeiros para produção de carne, em confinamento, foi economicamente viável, tendo apresentado maior retorno econômico que o sistema a pasto. Outro fato importante, é que os cordeiros terminados em confinamento atingiram o peso de abate mais rápido que os terminados em pastagem, além disso, no sistema de terminação em confinamento, a mortalidade foi inferior à dos cordeiros terminados em pastagem. 22 - Com relação à nutrição das ovelhas durante a gestação, qual é o período mais crítico? Deomedes Picoli - Pedro Canário/ES A gestação dura 150 dias, em média, o metabolismo da ovelha sofre profundas modificações, principalmente nos últimos 45 dias ou último terço da gestação, quando os tecidos fetais têm maior desenvolvimento e o feto desenvolve em torno de 70% do seu peso, então a necessidade de energia é aumentada. Durante esta fase observa-se uma notável melhora nos processos de absorção pelo tubo digestivo, em particular no que se refere à assimilação de substâncias minerais. O uso do Flushing (que é uma suplementação destinada tanto para o final da gestação, quanto para a recuperação, quando essas ovelhas têm o escore corporal um pouco abaixo do ideal para a fase de reprodução) na fase de monta pode levar a produção de partos gemelares, ou na produção de feto com saúde e vitalidade levando a um consumo mais rápido e eficaz do colostro. 23 - O Sal mineral bovino pode ser utilizado para ovinos? Wanderlei Thomas - Marechal Floriano/ES Não, As exigências são muito diferentes e ainda temos uma maior sensibilidade do ovino ao cobre (nível de exigência muito próximo do nível de toxidez), então podemos intoxicar levando a altas mortalidades em rebanhos que consumirem por muito tempo sal mineral de bovinos. 10 11 24 - Qual a maneira mais econômica de se alimentar ovinos? Fernanda Marin Permanhane - São Matheus/ES A alimentação econômica se baseia na suplementação de concentrados e suplementos minerais, levando em consideração a qualidade do volumoso oferecido e o estágio que o animal se encontra. Tabela 2. Indicadores Técnicos e Finaceiros de Sistemas sem concentrado e Sistemas com concentrado para a alimentação de ovinos. Indicadores Técnicos e Finaceiros Sistema sem concentrado Sistema com concentrado Ganho de peso médio diário 86 g/animal/dia 228 g/animal/dia Ganho diário médio por hectare 5,16 kg/ha.dia 13,68kg/ha/dia Ponto de equilibrio (g/dia) 78,2 g/animal/dia 204,3g/animal/dia valor presente Liquido a 6% R$ 20.509,93 R$ 51.773,73 Taxa Interna de Retorno 11,69% 21,36% Fonte: Haddade etal (Dados não publicados). Entretanto, resultados econômicos positivos dependem de um conjunto de fatores associados, principalemnte relacionados ao sistema de produção. Sendo a adoção para abate superprecoce de cordeiros uma alternativa que viabiliza a suplementação com concentrado de forma bastante eficaz, assim esses resultados indicam que os projetos adotados para a produção de cordeiros para abate em pequenas/médias e grande propriedades têm maior viabilidade financeira em relação à criação exclusivamente á pasto sem uso de rações balanceadas e mineralização específica. 25 - Quais categorias animais e em que momento devem ser suplementados, com concentrado? Pergentino de Vasconcelos - Colatina/ES As principais categorias são: Matrizes paridas; Cordeiros ou cabritos de 0 a 5 dias; Cordeiros ou cabritos de 5 a 45 dias; Cordeiros ou cabritos de 45 a desmama; Borregos/Borregas e/ou Cabritas/Cabritos; Matrizes vazias / secando; Matrizes Pré – Parto; Matrizes Prenhas (gestantes); Rufiões e Reprodutores. Em todo o processo de produção de cordeiros, um dos itens que mais impactam os custos variáveis totais do sistema como um todo é a alimentação, de forma que o nível de eficiência dos animais na utilização dos diversos alimentos fornecidos possui um efeito de elevada significância. Quanto ao momento inicial em que devem ser suplementados, devemos nos atentar para um iten de extrema relevância: A eficiência alimentar, que pode ser melhor visualizada por meio da conversão alimentar que, por sua vez, é representada pela relação entre a quantidade de matéria-seca consumida e a quantidade de ganho de peso adquirido (kg consumo: kg ganho). No entanto, para que níveis satisfatórios ou maximizados de eficiência alimentar sejam alcançados, é necessário que o animal tenha a oportunidade de ter um desenvolvimento gastrintestinal otimizado. O desenvolvimento do neonato em um ruminante funcional envolve várias mudanças anatômicas, fisiológicas e metabólicas dos pré-estômagos (rúmen, retículo e omaso) que se iniciam a partir do momento em que os cordeiros passam a ingerir alimentos sólidos. Essas mudanças estão vinculadas ao desenvolvimento das papilas que revestem a superfície da mucosa nos pré-estômagos responsáveis pela absorção dos produtos da fermentação microbiana e de alguns nutrientes - assim como das camadas musculares dessa mesma mucosa, responsáveis pelo tamanho, capacidade contrátil e mobilidade dos compartimentos. Desta forma, para que todos esses processos ocorram de maneira significativa, o momento ideial para que os cordeiros tenham acesso seja até a 2 semana de idade, mas pequenas quantidades ingeridas desde os primeiros dias de vida são muito importantes para iniciar o desenvolvimento gastrintestinal, estabelecer a função ruminal e o hábito de comer, bem como condicionar o animal à dieta que receberá no confinamento ou a pasto, na fase de terminação. Justamente, porque Carcaças maiores e de rendimento superior podem ser obtidas em cordeiros jovens desmamados precocemente e terminados em pasto com o fornecimento da suplementação concentrada após o desmame. Essa suplementação favorece também a obtenção de carcaças de cordeiros com melhor conformação e superior estado de engorduramento, podendo resultar em melhores oportunidades de comercialização e de preços pagos ao produtor. 11 12 26 - Qual a importância do “creep feeding” para borregos e ovelhas lactantes? Sandro Marcio F. Venturini - Colatina/ES O creep feeding, também conhecido por alimentação privativa, é a suplementação de cordeiros em aleitamento com rações de alta qualidade, em locais que suas mães não têm acesso. Esse alimento diferenciado deve ser fornecido a partir da segunda semana de vida. Essa prática tem como objetivo reduzir o período de aleitamento, aumentar o peso vivo corporal das crias no desmame, e em relação às ovelhas lactantes, o uso do creep feeding, justifica-se pelo fato da curva de lactação de ovelhas caracterizarem-se, após o pico da lactação (3ª e 4ª semana de lactação), por redução progressiva da produção de leite de acordo com o aumento das necessidades nutricionais das crias. Isto impõe a necessidade de correção dos déficits nutricionais. 8. RAÇAS 27 - O padrão da raça dorper é ter o rabo amputado? Tem problema em deixar o rabo já que a finalidade é corte? João Henrique Fiorio Checon - Domingos Martins/ES Através da Resolução nº 1027 de 18 de junho de 2013, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) proibiu a prática da caudectomia, conchectomia e cordectomia em cães e onicectomia em felinos. A caudectomia é geralmente realizada nos animais meramente para satisfazer padrões estéticos dos donos. De acordo com a nova determinação que modifica a Resolução nº 887, de 15 de fevereiro de 2008, onde o texto descrevia somente a recomendação do CFMV para que a cirurgia fosse realizada. Essas novas medidas vierem porque o conselho passou a considerar o bem-estar do animal, evitando que se amputem partes por motivos torpes. Entretanto, a caudectomia em ovinos lanados ou semi-lanados, que é o caso da Raça Dorperr, é realizada por questões de saúde e higiene, principalmente nas fêmeas para evitar a incidência de miíases no parto, pelo acúmulo de sangue e também no caso de diarreias (muito frequente em ovinos), que com a exposição ao sol e o contato com outros agentes podem atrair moscas, resultando em forte desconforto para os ovinos. Além disso, a prática da caudectomia também facilita o processo de cobertura. O reprodutor tem mais facilidade para efetuar a cópula, e, ainda, evitam-se possíveis contaminações do membro do reprodutor, inclusive possíveis cortes no membro do macho, causados por lãs da cauda da ovelha, geralmente duras e cortantes feito lâminas. Sendo que nos machos que vão para o abate não é feita a caudectomia, apenas nas fêmeas e nos reprodutores PO e RGB destinados à reprodução. 28 - Quais as raças lanadas, de aptidão carne, criadas no Brasil? Carlos Anchieta Carvalho - Guaçui/ES No Brasil, basicamente são criadas as seguintes raças lanadas de para produção de carne: Ile de France; Texel; Suffolk, e ainda a Border Leicester, Poll Dorset e Hampshire down. Lembrando que estas raças são mais utilizadas em regiões mais frias, como o sul do Brasil, onde apesar da grande diminuição do efetivo ovino lanado, parece haver a tendência de estabilização das raças lanadas de corte e o trabalho de melhoramento, embora tímido está em andamento. É preciso incentivar o processo de avaliações de raças "nacionalizadas", na tentativa de reduzir a importação de animais testados em outras condições de ambiente. 29 - Quais as raças ovinas, de aptidão especifica para a produção de lã, criadas no Brasil? Bruner Cappi Favarato - Colatina/ES As principais raças de aptidão para a produção de lã criadas no Brasil são: Merino Australiano, Polwarth (Ideal), Corriedale, Romney Marsh sendo as duas últimas de dupla aptidão (lã e carne) como representado na tabela abaixo: Raça Merino Australiano Polwarth (Ideal) Corriedale Romney Marsh Finalidade Lã Fina Lã Fina Lã e Carne Lã e Carne Aptidão Lã 90% 75% 60% 40% Aptidão Carne 10% 25% 40% 60% Qualidade Lã Muito Alta Muito Alta Alta Média 30 - Quais as características físicas da ovelha tipo mista ou de dupla aptidão? Antônio Ferreira de Azevedo - Guarapari/ES A busca da melhor raça, tão comum em nosso meio, é utópica. Ela ainda não foi desenvolvida, quer dizer, todas são boas, desde que cada uma seja criada em condições de clim, solo, geografia e topográfica compatíveis com a adaptabilidade especifica para que seu potencial genetico se espresse. O sucesso da atividade dependerá das respostas dadas pelos animais às condições a eles oferecidas. Todavia, podemos 12 13 considerar que os ovinos de dupla aptidão são animais de médio a grande porte. Os adultos têm peso corporal acima de 45 kg. O corpo é coberto por velo de finura intermediária em relação às lãs finas e grossas, sendo denominada “lã cruza”. Geralmente, possuem mucosas e cascos pretos, além de um topete de lã, na fronte. O corpo é musculoso. 9. MANEJO DE PASTAGENS PARA CAPRINOS E OVINOS 31 - Qual o capim ideal para ovinos e Caprinos? Elifas Pessini Borges - Guarapari/ES As espécies recomendadas são aquelas de bom valor nutritivo e alta produção por área como os capins dos gêneros Cynodon (coast cross, tiftons e estrelas) e Panicum (aruana, tanzânia, massai, áries, green panic, etc). Pode-se também utilizar ainda o pangola, rhodes, pensacola, etc. As braquiárias apresentam baixo valor nutritivo e menor produção por área, sendo que a Brachiaria decumbens pode, ainda, causar intoxicação e, em algumas situações, fotossensibilização. Pequenas áreas com braquiária podem ser utilizadas, mas a predominância das pastagens com tal capim não é recomendado. Os ovinos exercem maior seletividade pelas gramíneas, enquanto os caprinos comparativamente apresentam preferência alimentar por espécies vegetais de porte arbustivos. Essas diferenças na habilidade seletiva caracterizam a evolução das espécies em diversos meios. Devido à grande seletividade no pastejo, os caprinos ingerem preferencialmente as partes mais novas e tenras das plantas e, consequentemente, mais nutritivas. Esse hábito reveste-se de grande importância na sua fisiologia digestiva, minimizando os efeitos negativos da baixa qualidade das forrageiras durante o período seco do ano. 32 - Qual o número de piquetes e tamanho ideal de piquetes ? Celestino Bussinguer - Alfredo Chaves/ES No que diz respeito ao número de piquetes (NP), este é alcançado empregando-se a fórmula: NP = (período de descanso/período de ocupação) + número de grupos de animais. Exemplo de cálculo de número de piquetes para o capim-tanzânia: Período de ocupação do piquete = 3 dias, Período de descanso = 30 dias, nº de grupos de animais = 02, então: NP = (30/3) + 2 = 12 piquetes A dimensão dos piquetes é a razão entre o tamanho total da área que será utilizada e o número de piquetes. Se considerarmos que a área utilizada serão dois hectares e cada hectare é igual a 10.000 m 2, temos 20.000m2/12, ou seja, os piquetes podem ter a dimensão de, aproximadamente, 40 m x 42 m. podendo ter formato próximo de quadrados, todavia sendo aceitáveis as formas retangulares. Esta forma visa aproveitar melhor a área disponível, além de facilitar a instalação de sistemas de irrigação. No centro da área pode ser estabelecido um abrigo de apoio ao manejo. Caso o pasto não disponha de sombra é necessária criação de uma área de lazer onde permita que os animais permanecam nas horas mais quentes do dia, nesta área podem ser instalados bebedouro e o saleiro, justamente porque água e sal deve sempre estar à disposição dos animais. Sendo que o número de animais criado deve ser calculado em função da massa de forragem produzida e não pelo tamanho ou número de piquetes apenas. 33 - Qual o verdadeiro perigo para ovinos em relação a Brachiaria, ela pode ser usada para as espécies em questão (ovinos e caprinos)? Carlos Anchieta Carvalho - Guaçui/ES A Brachiaria spp. (Syn. Urochloa) é a forrageira mais utilizada para alimentação de ruminantes no Brasil, pois é a gramínea que melhor se adapta as condições adversas, como solos ácidos, pobre em nutrientes e longos períodos de estiagem sem imprimir altos custos de manutenção ou renovação de pastagens. Sendo que boa parte das áeras são formadas com Brachiaria brizantha, chamado de Brizantão, e outra boa parte com a Brachiaria decumbens, a braquiarinha, além de outras áreas com a Brachiaria humidicola, chamada de Quicuio da Amazônia, e outras braquiárias, como a Brachiaria mutica, chamada de capim-angola. Entretanto, o primeiro relato de fotossensibilização hepatógena em pastagem de Brachiaria spp. no Brasil foi em 1975. A intoxicação por braquiária ocorre em bovinos, ovinos, bubalinos, caprinos e equinos, sendo os ovinos mais susceptíveis a essa intoxicação que os caprinos. A fotossensibilização hepatógena é a situação na qual o fígado é lesado por toxinas, causando distúrbio impedindo-o de fazer a desintoxicação do organismo, causada por certas substâncias que vão se acumular na circulação periférica e com a incidência da luz solar são causadas na pele lesões características com aspectos de "casca de árvore". É conhecida vulgarmente pelos nomes de "regueima" e "sapeca". A intoxicação natural por Brachiaria spp. em ovinos ocorre durante todo ano e pode acarretar grandes prejuízos a ovinocultura, entretanto, a maior toxicidade dessa forrageira ocorre durante o período de brotação. Enquanto mecanismos que esclareçam as diferenças na toxicidade da planta não forem elucidados completamente o recomendado é manter ovinos jovens em pastos formados por outras forrageiras, pois os animais jovens são mais susceptíveis a intoxicação. Sabe-se também 13 14 que em pastagem de Brachiaria decumbens, com um manejo adequado, não permitindo o acúmulo de muitas folhas mortas, a doença não ocorre ou é de baixa frequência, em animais adultos. A B Figura 4A. Fígado de ovino naturalmente intoxicado por Brachiaria spp. de coloração acastanhada, com áreas multifocais esbranquiçadas. Vesícula biliar repleta e distendida; B. Ovino naturalmente intoxicado por Brachiaria spp. evidenciando fotossensibilização caracterizada por hiperemia da pele e edema de orelhas. 10. INSTALAÇÕES 34 - Tenho dúvidas quanto à instalações para todas as fases da criação, tem alguma dica? Nilson Leite Durães - Rio de Janeiro/ RJ e Pergentino de Vasconcelos - Colatina/ES Entre as instalações mais utilizadas na produção de caprinos e ovinos, as principais são: centros de manejo, saleiros, apriscos, pedilúvio, currais, esterqueiras, bretes, cercas, comedouros, bebedouros, galpões e salas de ordenha. O tamanho ou a área de uma instalação diz respeito tão somente ao tamanho do rebanho. Seja para o pastoreio ou alimentação no cocho, seja para o descanso ou repouso noturno dos animais, o que se espera é que a instalação disponibilize espaço apenas o suficiente para propiciar condições favoráveis ao desempenho dos animais. Mais do que isso, é desperdício. É necessário apenas que sejam de fácil limpeza e desinfecção, funcionais e seguras para os animais e trabalhadores, evitando estresse dos animais, favorecendo o controle e prevenção de doenças, protegendo o rebanho de furtos, predadores e otimizando o emprego da mão de obra. Figura 5. Exemplo de Instalação suspensa com piso ripado e exemplo de Instalação de chão de terra batida com cama. Para isso são necessários: Centro de manejo, local utilizado para facilitar a realização de atividades, tais como: pesagem, vermifugação, vacinação, banho sarnicida, casqueamento, tosquia, corte de cauda, apartação, entre outros. Recomenda - se a área de 1 m²/animal adulto. O aprisco, uma instalação utilizada para recolher os animais durante a noite ou para confiná-los. Possui grande importância na proteção do rebanho contra predadores. Sala de Ordenha, local destinado à ordenha deve estar nas proximidades ou anexas ao aprisco, ser facilmente higienizado, oferecer conforto aos animais, ao ordenhador e assegurar a qualidade do leite (no caso da atvidade leiteira). Aprisco: por se tratar de um local para capacitações, existem 3 tipos de apriscos: aprisco suspenso – é geralmente usado como Centro de Manejo, dotado de pedilúvio com cal e uso 14 15 de queima com vassoura de fogo na prevenção de doenças; aprisco suspenso rústico – usado para demonstração de construção de baixo custo, para pequenos rebanhos e aprisco de terra batida – o mais utilizado na região e de menor custo. Bebedouros: são utilizados bebedouros de borracha, atendidos com água canalizada, controlada por boia, em cada divisão de piquetes. A limpeza é feita semanalmente e a água está sempre exposta ao sol. Cochos: são móveis e coletivos com capacidade para 30 animais. Saleiros: é feito o aproveitamento de pneus velhos pendurados em todos os piquetes, com sal mineral à vontade. Estrategicamente os saleiros e a água ficam próximos ao aprisco, obrigando os animas a se aproximarem diariamente do local, permitindo o monitoramento. 35 - Qual aprisco mais indicado para ovinos, ripado ou no chão? Quais as Vantagens e desvantagens? Paulo Shalders - Cachoeiro do Itapemirim/ES Ambos são funcionais. Todavia, o aprisco ripado é mais aconselhado para regiões com elevada pluviosidade, isto é, acima de 1.000 mm/ano, ou quando a topografia é muito irregular, para elevar ao máximo o bom emprego das áreas de encostas em pequenos sítios ou chácaras. Para os outros casos recomenda-se o aprisco no chão. As vantagens de fazer um aprisco ripado são: diminuição da mão-de-obra para a limpeza do mesmo, diminuição da umidade no interior do ambiente, desta forma, reduzindo a incidência de doenças e restringe o contato dos animais com os excrementos. A B Figura 6. A. Piso Ripado e piso de terra batida. As desvantagens são: os elevados custos de construção e manutenção; bem com a necessidade de cercar ao redor do aprisco, de forma que os animais não adentrem debaixo das baias, entrando em contato com os dejetos e a umidade lançada neste local. Os Apriscos no chão, ou de “chão de terra batida”, são mais simples e de reduzidos custos em relação ao anterior, e oferecem conforto aos animais, diminuindo o estrsses, mas fazem jus a mais cuidados para impedir a umidade excessiva para os animais. as devastagens são que neste tipo de piso os animais ficam em contato direto com o solo e possivelmente com a umidade, sendo de extrema importância o uso de materiais absorventes como cama ou palhadas para dimunuir, desta forma, a umidade retida no ambiente, também para controle da ocorrência da proliferação de doenças. 15 16 11. ASSOCIATIVISMO – COOPERATIVISMO 36 - Como uma Associação de pequenos criadores de ovinos, dos quais alguns também criam caprinos, pode obter recursos financeiros e apoio técnico? Alcílio José Boechat - Guarapari/ES Ainda que a organização dos criadores em Associação seja um passo extraordinário, eles ainda carecem do apoio de outras instituições (municipais, estaduais ou de âmbito federal) para organizar a cadeia produtiva e que, além disso, proporcionem assistência qualificada na elaboração de projetos que viabilizem financiamentos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou pelo Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) – financiamento do governo federal para o desenvolvimento da caprinocultura e da ovinocultura. Para isso, é necessário procurar o escritório do INCAPER local - Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural ou entrar em contato com o corpo de Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo ou do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, para desenvolvimento de projetos que permitam a integração Universidade-Propriedades, ou com a Unidade da Embrapa Caprinos e Ovinos – Fazenda Três Lagoas, Estrada Sobral–Groaíras, Km 4, CEP 62011-970 Sobral, CE. Fone: (88) 3621-1077, ([email protected] ). As Secretárias Municipais de Agricultura e a Secretária de Agricultura do Estado também têm papel importante no incentivo à caprinocultura e ovinocultura no Estado do Espirito Santo, entretanto, os criadores devem fazer sua parte cobrando das respectivas autoridades ferramentas e incentivos ao fomento da atividade. Comitiva Capixaba de Criadores da ACCOES na FEINCO 16 17 12 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCO Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Padrões Raciais, disponível em: http://www.arcoovinos.com.br/sitenew/index.asp, Acesso em 04 de jul 2013. BARBOSA, R.R., RIBEIRO FILHO, M.R., DA SILVA, I.P., SOTO-BLANCO, B. Plantas tóxicas de interesse pecuário: Importância e formas de estudo. Acta Veterinaria Brasílica, v.1, n.1, p.1-7, 2007. BARROS, N. N. et. al. Boas práticas na produção de caprinos e ovinos de corte. Sobral, CE: Embrapa Caprinos, 2005. 40p. (Embrapa Caprinos. Documentos, 57). BIANCHINI, D. et al. Viabilidade de doze capins tropicais para a criação de ovinos. Boletim da Indústria Animal, v. 26, n. 2, p. 163-177, 1999. BRUM, K.B. Papel das saponinas e do Pithomyces chartarum como agentes hepatotóxicos para ruminantes em sistemas de pastejo. Goiânia, UFG: Escola de Veterinária, 2006. 93p. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária). CAVALCANTE, A. C. R.; WANDER, A. 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