ANO XIX - Nº 186 - Março 2014
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3 | Paint&pintura | Março 2014
editorial
Revista PAINT & PINTURA
Ano 19, N.º 186 - Março 2014
Bons sinais
A
CAPA - Talita Correia
Diretor presidente
Agnelo de Barros Neto
Lucélia Monfardini
s indústrias brasileiras estão se movimentando e
realizando ações com o objetivo de alavancar e
impulsionar o crescimento do mercado, com inúmeros investimentos em unidades de produção,
aumento de capacidade produtiva e desenvolvimento
de novos produtos. E, nesta edição, a Revista Paint &
Pintura traz grandes exemplos de empresas que estão
fortemente investindo no mercado brasileiro. Uma
delas é a AkzoNobel, com a unidade de tintas em pó
(Powder Coatings), que traz grandes novidades para o
setor neste ano, especialmente, direcionadas à área de
sustentabilidade. “Os mercados brasileiro e da América
do Sul são muito importantes e estratégicos para a
AkzoNobel. São mercados que hoje ainda representam
4% do mercado global, mas têm o objetivo de chegar a
6% em cinco anos. A AkzoNobel é líder do mercado de
tintas em pó no mundo, tem uma liderança muito expressiva e no Brasil nossa estratégia é de sermos
líderes em segmentos que têm maior atratividade para a empresa. Nestes segmentos conseguimos,
na maioria deles, sermos líderes, e nos que ainda não somos, vamos buscar essa liderança neste
ano”, adianta Gustavo Carvalho, gerente geral da unidade de Powder Coatings para a América do
Sul da AkzoNobel.
Confira nas páginas a seguir uma entrevista especial com Gustavo Carvalho, e Hector Loyola, gerente
de tecnologia e marketing da unidade de Powder Coatings da AkzoNobel, que dão detalhes de toda
a estratégia de crescimento da empresa e das principais inovações e tecnologias que estão sendo
trazidas para os clientes do mercado brasileiro.
Além da AkzoNobel, outras empresas também estão investindo e apostando no mercado brasileiro.
Com toda certeza, isso é um sinal positivo de que o setor de tintas está trazendo novas tecnologias,
impulsionando o crescimento e o amadurecimento do mercado.
Nesta edição, podem ainda ser conferidos outros casos de empresas que estão apostando no setor e
realizando importantes investimentos, como, por exemplo, a Thor Brasil, que vem passando por uma
fase de transição desde 2010, quando foram iniciados os primeiros investimentos mais significativos
pela empresa no Brasil, da ordem de US$ 2 milhões em uma nova fábrica de aproximadamente 4 mil
metros quadrados, localizada em Barueri (SP).
Já no quesito de novas fábricas sendo instaladas no mercado brasileiro, podemos citar como exemplos a Toyo Ink, que está inaugurando uma unidade produtiva em Jundiaí, no interior de São Paulo; e
a Datacolor, que já inaugurou sua mais nova filial, localizada no bairro da Barra Funda, em São Paulo.
Já a Axalta Coating Systems irá expandir sua capacidade de manufatura de produtos à base d’água
na sua unidade em Guarulhos (SP). A ampliação da unidade produtiva será realizada este ano e
representa o terceiro ano de um programa de investimento de US$ 32 milhões.
Esses são apenas alguns importantes investimentos que estão acontecendo no mercado de tintas,
o que representa um excelente sinal para o crescimento do setor e, consequentemente, para a
economia brasileira.
Boa leitura!
[email protected]
Diretora financeira
Samantha Barros
[email protected]
Editor Chefe
Marcos Mila
[email protected]
Editora Responsável
Lucélia Monfardini (MTb 35.140)
[email protected]
Edição de arte
Geraldo de Oliveira
[email protected]
Diagramação
Talita Correia
[email protected]
Revisão
Marcello Bottini
Tradução Espanhol
Maria Lucia de O. Marques
Tradução Inglês
Marcio Mendonça
Editor de fotografia
Yuri Zoubaref
[email protected]
Publicidade
Luciana Melim
Patrícia Géa
Rosana Lima
[email protected]
Distribuição/assinaturas
Fernando Clarindo
[email protected]
CTP e Impressão
Vox Editora
Assessoria Jurídica
Conselho Editorial
Albio Calvete Rotta, diretor da Acrotta
Consultoria Industrial; Luiz Martinho,
consultor da LAPM Consulting; Luis Manuel
Mota, consultor; Maria Cristina Kobal
de Carvalho, diretora técnica da Renner
Sayerlack; Carlos Roberto Tomassini, diretor
da Tomas M&C Consulting;
PAINT & PINTURA é uma publicação mensal de
AGNELO EDITORA. Circulação latino-americana.
Dirigida às indústrias de tintas, revestimentos,
vernizes, impermeabilizantes e tintas gráficas. Os
artigos assinados são de inteira responsabilidade
de seus autores.
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05121-050, São Paulo, SP, Brasil.
Tel (5511) 3832-7979 - Fax (5511) 3832-2850
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Março 2014
paint&Pintura • Ano XIX • no 186
sumário
Entrevista
22
34
52
A unidade de tintas em pó (Powder Coatings) da AkzoNobel vem fortemente
investindo no mercado brasileiro e traz grandes novidades para o setor neste
ano, especialmente, direcionadas à área de sustentabilidade. A empresa oferece soluções de revestimentos em pó para uma ampla gama de aplicações,
incluindo os segmentos automotivo, arquitetura, móveis e indústria em geral.
Dióxido de titânio
Com características únicas, o dióxido de titânio tornou-se um produto insubstituível na formulação de tintas e fundamental para alcançar uma excelente
qualidade do produto final
Promotores de Adesão
Os novos desenvolvimentos em promotores de adesão têm foco na utilização
de matérias-primas mais sustentáveis e de menor impacto ao meio ambiente.
Óleos e derivados
4 | Paint&pintura | Março 2014
66
A cada dia, cresce a conscientização do mundo todo pela utilização de
soluções em produtos mais sustentáveis, e esse setor retrata exatamente
isso, ou seja, já existem alternativas de substituição de produtos químicos e
petroquímicos por óleos e derivados
mais:
03 Editorial
21 American Coatings Show
60 Investimentos - Datacolor
74 Investimento - Toyo Ink
06 Clipping
28 13º Fórum Paint & Pintura
62 Indústria - Sherwin-Williams
75 Latin America and World
News
14 Resenã
49 Evento - Ebdquim
65 Investimento - Axalta
79 Guia de Produtos
20 Radar
50 Dispersões Pigmentárias
- A Tonal
72 Investimento - Thor
Additiva............................... 47..........................
Isofer...................................64.....................
Agnelo Editora.............. 13, 32 e 33.............
Mayercryl............................ 57...................
Aromat................................ 19.....................
Makeni............................3ª capa......................
Associquim.........................45.........................
M.Cassab............................. 9............................
A Tonal............................4ª capa.................
Minérios Ouro Branco.......25.....................
Bandeirante Brazmo.......... 37.......................
Miracema-Nuodex..............63..........................
Braschemical..................... 17.......................
Netzsch............................... 43.....................
CCQM.................................. 55..........................
Nürnberg Messe.................39.....................
Coremal.............................. 27.....................
Oswaldo Cruz..................2ª capa.....................
Cristal Global.....................29.....................
Polystell............................... 8.......................
Evonik.................................15.....................
Rentank.............................. 41.....................
Huntsman............................ 7......................
Sell Solutions.....................59...................
Intercom.............................12.....................
Wana Química....................11.......................
Paint&pintura | Março 2014 |5
Intertank............................. 69..........................
ANUNCIANTES
A.Azevedo........................... 23.......................
clipping
6 | Paint&pintura | Março 2014
Good Signs
Brazilian manufacturers are moving and taking action to boost
growth in the marketplace, with numerous investments in
production plants, capacity expansions and new product developments. In this issue, Paint & Pintura Magazine brings you
great examples of companies who are investing massively in
the Brazilian market. On such company is AkzoNobel, whose
Powder Coatings business is bringing major new developments
for the industry this year, with a particular focus on sustainability. “The Brazilian and South American markets are very important and strategic to AkzoNobel. They still represent 4 percent
of the global market, but the goal is to reach 6 percent within
five years. AkzoNobel is has a very substantial leadership in the
global powder coatings market, and our strategy for Brazil is to
become leaders in those segments which are more attractive
to our company. We can lead most of these segments, in for
those we still don’t lead, we are pursuing leadership this year,”
anticipates Gustavo Carvalho, business manager AkzoNobel
Powder Coatings in South America.
Check out the following pages for a special interview with Gustavo Carvalho and AkzoNobel Powder Coatings technology and
marketing manager Hector Loyola, who provide details of the
company’s entire strategy and the main innovations and technologies being brought to customers in the Brazilian market.
In addition to AkzoNobel, other companies are also investing
and banking on the Brazilian market. This is most certainly a
positive sign that the paint industry is introducing new technologies and boosting growth, and that the marketplace is
maturing.
This issue also shows you other cases of companies who
are betting on the industry and making significant investments,
such as Thor Brazil, which has been through a transition phase
since 2010, when the company made its first substantial investment in Brazil, to the tune of US$ 2 million, in a new plant that
covers an area of approximately 4,000 square meters located in
Barueri, São Paulo.
As for companies entering the Brazilian market with new facilities, we can name Toyo Ink, for example, which is opening a
production plant in Jundiaí, São Paulo, and Datacolor, which has
already opened its newest branch in the district of Barra Funda,
São Paulo. Axalta Coating Systems is going to expand its capacity
for water-based products at its Guarulhos plant, São Paulo. The
plant expansion will be completed this year, which is the third
year of US$ 32-million investment program.
These are only a few of the major investments being made in the
paint industry, which represent an excellent sign for growth in
the industry and, as a result, the Brazilian economy.
Lucélia Monfardini
Interview - A Sustainable Strategy
AkzoNobel invests in the Brazilian market and brings new
technologies and innovations with a sustainable appeal in
powder coatings.
AkzoNobel’s Powder Coatings business has been making
massive investments in the Brazilian market and is introducing
great new development for the industry this year, which are
particularly focused on sustainability. The company provides
powder coating solutions for a wide variety of applications,
including functional powder coatings for auto parts, architecture, furniture and general industrial applications. The
products are solvent-free coatings applied to metal surfaces
with an electric charge.
AkzoNobel has launched a line of TGIC-free coatings in line with the
global trend towards sustainability, as triglycidyl isocyanurate has
already been banned in Europe. In Brazil, MSDSs (Material Safety
Data Sheets) will be require chemicals containing TGIC, which is
considered toxic and harmful to human health, to be labeled with
the open chest image that symbolizes the product contains a mutagenic substance. With this in mind, AkzoNobel has taken a head
start and is bringing TGIC-free coatings into the Brazilian market
for the architectural segment.
AkzoNobel is currently the global powder coatings market leader
and intends to achieve the leading position in Brazil, too, by introdu-
cing an innovative portfolio. “The Brazilian and South American markets are very important
and strategic to AkzoNobel. They still represent 4 percent of the global market, but the goal
is to reach 6 percent within five years. AkzoNobel is has a very substantial leadership in the
global powder coatings market, and our strategy for Brazil is to become leaders in those
segments which are more attractive to our company. We can lead most of these segments,
in for those we still don’t lead, we are pursuing leadership this year,” anticipates Gustavo
Carvalho, business manager AkzoNobel Powder Coatings in South America.
Titanium Dioxide - Excellence in Pigments
With its unique characteristics, titanium dioxide has become irreplaceable pigments in
paint and coating formulations and essential to achieving excellent quality end products.
Having a higher hiding power and matchless brightness, titanium dioxide is the best white
pigment on the market, providing great value for money and great dispersibility in coatings
and resins. It is also fundamental for pigmentation and color composition, while delivering
good lightfastness, easy dispersion and weathering resistance.
Currently, research efforts and new developments reflect a search of improved productivity, lower costs and enhanced performance in the end product, thereby expanding the
range of applications. “The highlights of our formulations are possibly those designed
for clean coatings due to their higher gloss, outstanding dispersion properties and great
weatherability,” says Camila Pecerini, product manager at Evonik’s Inorganic Materials
business for Latin America.
CCQM director Ricardo Campos says that before titanium dioxide, other white pigments
were used, such as kaolin, zinc oxide and certain other white minerals, because not only was
titanium dioxide too expensive, it was hard to find in the marketplace as well. “As titanium
dioxide became more affordable, the picture changed, and now other white pigments almost out of use due to the good cost-benefit ratio that titanium dioxide provides. In addition
to its main properties, titanium dioxide also provides UV reflectance to dissipate the heat,
while extending the coating’s durability. This variety of attributes, i.e. good hiding power,
no toxicity, UV protection, low chemical reactivity, and also low prices compared to other
pigments which feature none of these, make titanium dioxide essential in the paint industry.”
Oils & Derivatives - A Healthier Replacement
Awareness grows each day around the world of the need for solutions to make more sustainable products, and oil and derivatives already exist which can replace certain chemicals
and petrochemicals.
Oils and derivatives have been gaining more and more ground in the paint industry because they are environmentally friendlier solutions, as their sources are plants like soybeans,
sunflowers, palms and their fatty acids, etc. Accordingly, their toxicological and ecological
profile are more beneficial than those of mineral bases. “Investing in less polluting and
easily degradable technologies is a growing trend in the manufacturing sector as whole.
Customers and consumers want the products they buy to be less or even not harmful to
their health and the environment, and this calls for the industry to get ready to provide
such solutions,” says Ruth Keiko Kuriyama, new product development manager at Cargill
Industrial Specialties.
Companies today are proving more concerned about environmental issues and seeking
products that will cause no harm to the environment. “Some moves are already being made
towards replacing petrochemicals with seed oils and derivatives. One is example is soybean
clipping
8 | Paint&pintura | Março 2014
oil, which can replace petrochemicals in certain industrial applications to
provide better yields. We initially saw advances in the genetic development
of those beans to make them more resistant to pests and pesticides. In
addition, these bean are used to improve productivity by the hectare. So
much so that there are estimates according to which Brazilian crops will
increase by around 50 percent over the next 10 years, and the potential
for growth in soybean crops alone for the same period is estimated at 48
percent. Concerning the application of these oils, those advances favor an
expansion of their application in various segments,” says Eduardo Oliva,
coordinator supplies and packaged products at UniAmerica.
When it comes to oil extraction technology, advances focus on improving
and preserving the natural properties of the product itself. “This increases
its applicability in end products and new developments and, as a result,
improves the utilization of these oils in coatings and resins, which wind up
displaying better yields,” Oliva explains.
The fact is there is a trend in the marketplace towards replacing oil derivatives with vegetable oils. “The world is becoming aware of this possibility.
In fact, this replacement has already become reality in Europe. Brazil is still
in its infancy in this respect, but it does keep advancing in research and
development. Many natural products can deliver the same results as chemicals and petrochemicals do,” Aboissa employee Felipe Camargo assures.
Adhesion Promoters - Improved Adhesion
to Any Substrate
New developments in adhesion promoters focus on
the use of more sustainable, environment-friendlier
raw materials.
The Brazilian market for adhesion promoters, as is the
case in all other market segments, follows the global
market trend towards developing low-VOC products
at high concentrations and with lower environmental
impacts. In addition, users constantly seek products
that will deliver better performance and benefits like
UV protection, high-solids formulations and a more
efficient adhesion to any kind of substrates and in the
most varied of paint types.
Many are the efforts to bring into the marketplace
increasingly harmless and sustainable products. “The
development of technologies and raw materials that
pose less harm to the environment is an irreversible
trend which is part of the day-to-day business at large
companies. Evonik is really focused on these issues,”
remarks Sergio Brito, sales manager for the Tego line
of Evonik’s Coatings & Additives business.
The ongoing search of efficiency, whether in manufacturing or in the application of coatings, combined
with the reduction of maintenance downtimes, makes
consumers more demanding about choosing their
adhesion promoters, as they focus on the durability of
their coated structures. “As far as new developments
in adhesion promoters go, we realize this issue is more
and more tied up with the search of corrosion inhibitor
properties. The trend towards DTM (direct-to-metal)
applications also seems irreversible. The associated
productivity improvements and energy savings justify
investments in more advanced coating technologies,”
says Luis Arnoldo Carthery Junior, business manager at
Lubrizol’s PCG business in Latin America.
There is a wide variety of adhesion promoter systems,
and some of the variables which determine the choice
of given process include the type of substrate, the
limitations of the application, and the applicable regulations. “Eastman offers several products for this purpose, from sucrose derivatives for use in nail polishes,
to polyester resins for application on flexible films, to
acrylic monomers for decorative paints, and to the line
of polyolefins for various difficult materials, such as
plastics, glass and aluminum,” says Eastman’s market
development manager for Latin America Aurélio Basso.
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10 | Paint&pintura | Março 2014
13th Paint & Pintura Coatings Technology and
Management Forum in the Northeast Region
More Technical and More Informative
The 13th Paint & Pintura Coatings Technology and Management Forum for the Northeast, which is set to take place
on March 12 and 13 at Blow Tree Hotel, in Fortaleza, Ceará,
is bringing to the region a special program with technical
lectures provided by industry-leading companies, such as
Cabot, Intertank, Iguatu, Coatex, Lonza, Evonik, D’Altomare,
Polystell, quantiQ, Imerys, and Morais de Castro, while
covering management-related themes and industry trends.
The opening podium discussion on the theme “Brazilian
Paint Market: A Brief Outlook for 2013 and Prospects
for 2020 in the Northeast” will be conducted by Francisco Racz, an independent consultant specializing in the
coatings business and related fields, especially in Latin
America. The presentation will include data on the Brazilian paint and coatings market by segment for 2013 and
their evolution over the past few years. The evolution
in the marketplace is related to macroeconomic factors,
especially the evolution in purchasing power. A projection
will be presented of the relevant markets in the Northeast
region in 2020, and a discussion will be held on market opportunities for the Northeast and how to be ready to face
the challenges involved.
The program for the first day will be closed by RadTech South
America, with a lecture entitled “UV-Curing Coatings: Trends
and Applications,” to be delivered by the entity’s own manager
of operations Roberto Caforio. “In an increasingly globalized
world, the demand grows for technologies that combine
quality with sustainability, and this is why UV radiation-curing
coatings have been increasingly considered as an alternative.
Thanks to its environmental appeal, high productivity, flexibility
in formulation and the quality it imparts to the coating, the UV
radiation-curing technology is spreading to the most varied of
systems and applications, and is now present in our day-to-day
lives in a wide variety of products and finishes. We are going
to have a comprehensive discussion of the main properties of
this technology, as well as its trends and applications in today’s
and tomorrow’s world of coatings,” says Caforio.
The second day begins with a podium discussion conducted
by Sindquímica Ceará director Ailton Rino Grando. To close
the forum, technical consultant and LM Coatings Adviser director Luis Manual Ribeiro Mota will deliver a lecture entitled
“Titanium Dioxide Extenders”. “Titanium dioxide is the leading
white pigment in paints and coatings due to its power to
efficiently disperse the visible light, imparting white color and
high matting power. Although it has excellent optical and resistance
properties, its cost constantly makes it the subject of studies aimed
at optimizing their use in paint and coating formulations. The quest
for titanium dioxide extenders which can optimize the pigment and
make it more efficiently used, with the resulting reduction of formulation costs, is a constant job at paint companies. This issue will be
covered and discussed in detail during my presentation,” says Mota.
As a treat, the forum will be attended by RadTech South America’s
president Maria Cristina Kobal Campos de Carvalho, who will act as
mediator at the end of the podium discussions, coordinating the
issues presented by the hosts.
Investing in Brazil for 70 Years
About to attain seven decades of business in Brazil, Sherwin-Williams
projects growth in Brazil and worldwide.
Several foreign companies either have or plan to set up offices in
Brazil today. Its good economic performance has been one of the
stimuli which have made Brazil the world’s fourth leading receiver of
foreign investments in the past ten years, totaling US$ 177.32 billion,
behind China, the United States and India. The information is from
the European Commission.
Sherwin-Williams, however, took a different path and set up facilities
in Brazil almost 70 years ago —the company has never regretted
that choice, as the country is home to the company’s second largest operation.
What the Future Holds
At the close of last year, Sherwin-Williams had a turnover to the tune
of US$ 10 billion, and it has already set targets for as far ahead as
2016, its 150th year of existence in the world, when it plans to reach
US$ 15 billion in turnover.
The aforementioned targets are part of the company’s Team 150
strategy, which sets several performance goals. The other part of
its strategy is to get into more countries and grow in all of them;
currently, the group is present in more than 100 countries.
“We don’t want to grow in just one country, but worldwide. We
are the market leader in the United States; in Brazil, we are third; in
Mexico, we rank second. We want global growth,” says David Ivy
Junior, marketing director at Sherwin-Williams Brazil.
The targets are ambitious, and Ivy explains that the team has been
working for years to achieve the figures. “In Brazil, we intend to grow
faster than both the GDP (Gross Domestic Product) and the market.
We have been working very hard to achieve that result, including the
implementation of our brand name and the increase in our market
share year after year.”
The company is also banking on the upcoming sporting events,
particularly the 2016 Olympic Games in Rio de Janeiro. “We have
Moving Towards Evolution
UK-based Thor, which started operating in 1959 and now has 14
subsidiaries spread around the world, has been banking on the
Brazilian market and investing massively in the past few years to
expand its facilities and product portfolio.
The company’s business is divided into three platforms: industrial
biocides, preservatives for personal care, and flame retardants.
“With 13 years of activities, Thor Brazil has been transitioning
since 2010, when the company began to make its first major
investments in Brazil. In the 2010-2012 period, investments to
the tune of US$ 2 million were made in a new plant covering
approximately 4,000 square meters, located in Barueri, São
Paulo, which has tripled our capacity for bactericides and
introduced fungicide and algaecide lines. As our footprint
has obviously changed since then, we intend to capture a
significant share in the Brazilian market in the mid term,”
announces Thor Brazil’s business director Ridnei Brenna.
With these investments, Thor Brazil, which used to be
very dependent on imports from its head office and other
subsidiaries of the group, now produces blends and dilutes
active ingredients locally. “Industrial biocides are Thor’s core
business all over the world, and it is in the industrial biocide
segment that we came to serve our customers in Brazil, so
we import active ingredients and blend them here. Until now,
we have only produced biocides for industrial applications,
such as bactericides, fungicides and algaecides, but starting
in April this year, we are going to expand our portfolio with
bactericidal and other blends for personal care products. To
that end, we are going to invest US$ 100,000 to adapt our
production facility,” Brenna says.
clipping
met with the organizers and were told that they are more concerned
with using products that will leave a long-lasting legacy, rather than
temporary beauty. We have also painted the metal structures of
World Cup stadiums in Natal and Fortaleza with products from our
industrial line,” he says in reference to two of the host cities of this
year’s FIFA World Cup.
“For the Olympic Games,” the executive continues, “we will probably
have a some partnerships on a larger scale than for the World Cup.
One of the reasons is we believe this will be an atypical year because
of the large number of breaks and idle days due to the soccer games
and the presidential elections, so our major challenge lies in 2014.”
And more products are yet to be launched. Ivy has told the magazine
exclusively that Sherwin-Williams is going to launch three products
before the games. Later, another three. And without going into any
details, he anticipates that the company is soon introducing a surprising product. “I’m not at liberty to say anything now, but products are
at a final testing stage in the United States which will revolutionize
the way coatings are applied. Soon enough, everybody will learn
about the new development.”
Axalta Coating Systems Continues Investment
Program in Brazil
Axalta Coating Systems, a leading global supplier of liquid
and powder coatings, will begin the next phase of construction to significantly expand its waterborne produc-
Paint&pintura | Março 2014 | 11
clipping
tion capacity at the company’s operations in Guarulhos,
Brazil. The 2014 expansion represents the third year of a
US$32-million investment program.
The additional facility will more than double capacity
to over 4.5 million liters (1.2 million gallons), which will
meet the demands of automotive original equipment
manufacturers (OEMs) in South America, where increases
in the car fleet are forecast to continue. The additional
production is expected to come on line in 2015.
The Guarulhos plant is Axalta’s largest manufacturing
facility in Latin America. The plant supplies customers
in Brazil, where Axalta is already the largest automotive coatings supplier to OEMs, as well as customers in
Argentina, Venezuela and Colombia. The new facility
will produce waterborne coatings and complement the
on-going manufacture of quality products for customers
in refinish and industrial segments. “The region is one
of the most rapidly growing markets for car production
with Brazil in the vanguard,” explained Charlie Shaver,
Axalta’s chairman and CEO. “We are committed to
keeping pace with the increasing demand for automotive paint and serving the needs of our customers who
increasingly want the option to convert to waterborne
technology.”
7th Ebdquim to Be Held in São Paulo
For this year, the event known as Ebidquim (short in
Portuguese for Brazilian Meeting of Chemical and Petro-
chemical Distributors), which is held by Associquim-Sincoquim
for the chemical distribution market, will be back in São Paulo.
The 7th edition of the event will take place on March 18 and
19, 2014 at Centro Fecomercio de Eventos, in São Paulo, where it is going to bring together major domestic and foreign
companies across the chemical supply chain.
The main theme for this year’s Ebidquim will be “Distribution:
Mission and Values.” “This choice of theme seems rather
appropriate for us, as not only will it inspire a reflection
about our operations, it will enable a discussion of questions,
solutions and suggestions that will take our industry to the
next level,” says Associquim-Sincoquim’s president Rubens
Medrano.
A forum for the whole of Latin America, the 7th Ebidquim
will bring together all major domestic and foreign companies across the chemical supply chain —manufacturers,
distributors, carriers and industrial consumers— for a debate
on chemical and petrochemical distribution, market trends,
management strategies, benchmarking and networking.
Ebidquim is more than firmly established in Brazil and has
been gaining ground rapidly on international agendas, according to Medrano. “The entities have been undertaking
their best efforts to solidify and expand this brand. For this
year, we are sponsored by BR Distribuidora, Braskem, Dow,
and Peróxidos do Brazil, and also backed by our member
companies,” he says.
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12 | Paint&pintura | Março 2014
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reseña
14 | Paint&pintura | Março 2014
Buenas señales
Las industrias brasileñas se están movilizando y llevando a
cabo acciones que apalancan e impulsan el crecimiento del
mercado, con innúmeras inversiones en unidades de producción, aumento de capacidad productiva y desarrollo de
nuevos productos. En esta edición, la Revista Paint & Pintura
trae grandes ejemplos de empresas que están invirtiendo
fuertemente en el mercado brasileño. Una de ellas es AkzoNobel, con la unidad de pinturas en polvo (Powder Coatings),
que aporta al sector grandes novedades, especialmente en
lo que se refiere a sustentabilidad. «Los mercados brasileño
y sudamericano son muy importantes y estratégicos para
AkzoNobel. Son mercados que representan actualmente
un 4% del mercado global, pero el objetivo de la compañía es
llegar al 6% en cinco anos. AkzoNobel es líder del mercado de
pinturas en polvo en el mundo, con liderazgo muy expresivo
y en Brasil nuestra estrategia es ser líder en segmentos más
atractivos para la empresa. En donde todavía no lo somos,
vamos a buscar serlo este año», apuesta Gustavo Carvalho,
gerente general de la unidad de Powder Coatings para Sudamérica de AkzoNobel.
Vea, a continuación, entrevistas especiales a Gustavo Carvalho y
Hector Loyola, gerente de tecnología y marketing de la unidad
de Powder Coatings de AkzoNobel, que nos detallan la estrategia de crecimiento de la empresa y las principales innovaciones
y tecnologías que aporta al mercado brasileño.
Además de AkzoNobel, otras empresas también están invirtiendo y apostando por el mercado brasileño. Seguramente es una
señal positiva de que el sector de pinturas al presentar nuevas
tecnologías, impulsa el crecimiento y enriquece el mercado.
En esta edición, usted verá otros casos de empresas que
apuestan por el sector y hacen importantes inversiones. Thor Brasil
es un ejemplo. Pasa por una fase de transición desde 2010, cuando
inició las primeras inversiones más significativas en Brasil, del orden
de US$ 2 millones en una nueva fábrica de aproximadamente 4 mil
metros cuadrados, en Barueri (SP).
Nuevas fábricas también se instalan en el mercado brasileño. Podemos citar Toyo Ink, que está inaugurando una unidad productiva
en Jundiaí, interior de São Paulo y Datacolor, que ha inaugurado su
más nueva filial, localizada en el barrio Barra Funda, en São Paulo.
Por su lado, Axalta Coating Systems va a expandir su capacidad
de manufactura de productos a base de agua en su planta de
Guarulhos (SP). La ampliación de la unidad productiva se dará en
2014, el tercer año de un programa de inversión de US$ 32 millones.
Son estos tan solo algunos ejemplos de las importantes inversiones
que ocurren en el mercado de pinturas, lo que representa una
buena señal para el crecimiento del sector, y, consecuentemente,
para la economía brasileña.
¡Buena lectura!
Lucélia Monfardini
Entrevista - Estrategia sustentable
AkzoNobel invierte en el mercado brasileño y trae nuevas
tecnologías e innovaciones en pinturas en polvo con llamamiento sustentable
La unidad de pinturas en polvo (Powder Coatings) de AkzoNobel viene invirtiendo fuertemente en el mercado brasileño y
trae grandes novedades para el sector este año, especialmente, destinadas al área de sustentabilidad. La empresa ofrece
soluciones de revestimientos en polvo para una amplia gama
de aplicaciones, funcionales, incluyendo los segmentos automotriz, arquitectura, muebles y para la industria en general.
Los productos son pinturas sin solventes para aplicarse en
superficies metálicas y conductoras.
Siguiendo la tendencia global de sustentabilidad, AkzoNobel
lanzó una línea de pinturas TGIC (Isocianurato de Triglicidilo) Free,
componente químico ya eliminado en Europa. En Brasil, en 2015, la
FISPQ (Ficha de Informaciones de Seguridad de Producto Químico)
comenzará a exigir rótulos en los productos de TGIC (considerado
tóxico y perjudicial a la salud) con una figura (hablando francamente) que simboliza que el producto contiene sustancia mutagénica.
AkzoNobel, así, ya se anticipa, trayendo al mercado brasileño las
pinturas TGIC Free, destinadas a los segmentos de arquitectura.
Actualmente, AkzoNobel está en el primer lugar de pinturas en
polvo en el mundo y pretende llegar al liderazgo también en Brasil,
con la introducción de un portafolio innovador. «Los mercados
brasileño y de Sudamérica son muy importantes y estratégicos
Dióxido de Titanio – El pigmento por excelencia
Con sus características únicas, el dióxido de titanio se ha vuelto un
producto insustituible en la formulación de pinturas y fundamental
para alcanzar una excelente calidad del producto final
Con mayor poder de cobertura y una blancura inigualable, el dióxido
de titanio es el mejor pigmento blanco del mercado. Proporciona
el mejor costo-beneficio y un gran poder de dispersión en pinturas
y resinas. Además, es fundamental para la pigmentación y composición de los colores, y ofrece mucha estabilidad a la luz, fácil
dispersión y resistencia a la intemperie.
Actualmente, las investigaciones y los nuevos desarrollos siguen
en busca de productos que ofrezcan mayor productividad,
con menor costo y mejor desempeño del producto final,
ampliando el abanico de aplicaciones. «Pueden destacarse
las composiciones destinadas a las pinturas limpias (clean
coatings), que se caracterizan también por un mayor brillo,
excelentes propiedades de dispersión y resistencia a la intemperie», resalta Camila Pecerini, jefa de producto para América
Latina del área de Inorganic Materials de Evonik.
Ricardo Campos, director de CCQM, sostiene que antes de la
utilización del dióxido de titanio se usaban otros pigmentos
blancos como caolín, óxido de cinc y algunos otros minerales
blancos, pues en esa época el precio del dióxido de titanio era
muy alto y el material era difícil de encontrarse en el mercado.
«La popularización del dióxido de titanio cambió esa realidad y
ya casi no se utilizan otros pigmentos blancos debido al costo-beneficio de ese material. Además de sus principales características, el dióxido de titanio también ofrece la reflexión de
los rayos UV que disipa el calor y aumenta la durabilidad de la
pintura. La gama de atributos, como cobertura de la pintura,
no toxicidad, protección contra UV, baja reactividad química
y precio relativamente bajo comparado a otros pigmentos
reseña
para AkzoNobel. Son mercados que actualmente representan el
4% del mercado global, pero tenemos el objetivo de llegar al 6% en
cinco años. AkzoNobel es el líder del mercado de pinturas en polvo
en el mundo y tiene un liderazgo muy expresivo. En Brasil nuestra
estrategia es ser líderes en los segmentos que más atraen a la empresa. Conseguimos ser líderes en la mayoría de estos segmentos.
En donde todavía no lo somos, vamos a buscar serlo este año»,
apuesta Gustavo Carvalho, gerente general de la unidad de Powder
Coatings para Sudamérica de AkzoNobel.
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Paint&pintura | Março 2014 | 15
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seus produtos. Resolver desafios complexos dos nossos clientes tem feito da TEGO um dos principais fornecedores mundiais de
aditivos, co-binders, ligantes especiais e nanoresinas. E, além de nossa ampla gama de produtos, nossas fábricas garantem entregas
rápidas com a reconhecida qualidade TEGO para aditivos e resinas. Se nossos clientes prosperam, nós prosperamos, embora isso
seja apenas uma parte da nossa fórmula de sucesso. Estamos ansiosos para compartilhar mais “segredos” de formulação com
você pessoalmente. TEGO – Adicionando Vantagens.
16 | Paint&pintura | Março 2014
reseña
que no tienen las mismas propiedades, confieren al dióxido
de titanio la esencialidad en el mercado de pinturas».
Aceites y Derivados - Sustitución más saludable
Crece cada día la concientización respecto a la utilización de
soluciones en productos más sustentables, y este sector lo
refleja: ya existen alternativas para sustituir a los productos
químicos y petroquímicos por aceites y derivados
Los aceites y derivados conquistan cada vez más espacio en
el mercado de pinturas por ser soluciones más favorables
ambientalmente, pues provienen de fuentes de base vegetal,
como el aceite de soja, girasol, palma y sus ácidos grasos etc.
Por ello, tienen un perfil toxicológico y ecológico más benéfico que las bases minerales. «Invertir en tecnologías menos
contaminantes y de fácil biodegradación es una tendencia
creciente en las industrias como un todo. El mercado busca
productos menos nocivos a la salud y al medio ambiente y
eso hace que la industria tenga que prepararse para ofrecer
esas soluciones», declara Ruth Keiko Kuriyama, gerente de
desarrollo de nuevos negocios de la Unidad Cargill Industrial
Specialties.
Actualmente, se puede observar una mayor preocupación de
las empresas con las cuestiones ambientales y la búsqueda
de productos no perjudiciales al medio ambiente, teniendo
como foco la preservación ambiental. «Ya existen algunas
acciones para sustituir a productos petroquímicos por aceites
vegetales y derivados. Un ejemplo es el aceite de soja que, por
sus aplicaciones industriales, puede reemplazar a productos
petroquímicos en la búsqueda del mejor aprovechamiento
en las actuales aplicaciones. Inicialmente, tuvimos avances
en el desarrollo genético de los granos que ahora tienen
más resistencia a las plagas y pesticidas. Además, se busca
con estos granos, una mejor productividad por hectárea.
Tanto es así que ya existen estimaciones de que en 10 años
la cosecha brasileña aumentará cerca del 50%, siendo que el
potencial de crecimiento solo de la producción de soja hasta el
periodo es del 48%. En lo relativo a la aplicación de los aceites,
tales avances proporcionaron una ganancia al aplicarlos en
diversos segmentos», informa Eduardo Oliva, coordinador
del área de Insumos y Fraccionados diversos de UniAmerica.
Y, cuando se habla de tecnología para la extracción de
aceite, los avances se concentran en la preservación de las
características naturales y la mejora del producto en sí. «Eso
aumenta su aplicabilidad en los productos finales y en los
nuevos desarrollos. Eso resulta en mejor utilización de estos
aceites en las pinturas y resinas que acaban obteniendo un
mejor rendimiento», explica Oliva.
Existe una tendencia del mercado de sustituir los productos derivados de petróleo por aceites vegetales. «El mundo está abriendo
los ojos a esa posibilidad, incluso en Europa ya es una realidad.
Brasil todavía está gateando en el tema, pero sigue avanzando en
investigaciones y desarrollos. Muchos productos naturales pueden
ofrecer los mismos resultados que los productos químicos y petroquímicos», asegura Felipe Camargo, de Aboissa.
Promotores de Adhesión - Más adherencia en
cualquier sustrato
Los nuevos desarrollos de promotores de adhesión utilizan
materias primas más sustentables y de menor impacto al medio
ambiente
El mercado brasileño de promotores de adhesión, así como todos
los demás segmentos, sigue las tendencias del mercado mundial
en el desarrollo cada vez más fuerte de productos de bajo COV, con
elevadas concentraciones y menor impacto ambiental. Además, el
mercado busca incesantemente productos con mejor desempeño,
con beneficios, como protección contra rayos UV, formulaciones
con alto tenor de sólidos y productos que ofrezcan una adhesión eficiente en cualquier sustrato y en los más diferentes tipos de pintura.
Son diversos los esfuerzos para colocar en el mercado productos
más sustentables, que provoquen efectos menos agresivos. «El
desarrollo de tecnologías, insumos, materias primas menos agresivas al medio ambiente es una tendencia sin regreso y ya forma
parte del día a día de las grandes empresas. Evonik está bastante
enfocada en estas cuestiones», afirma Sérgio Brito, gerente de
ventas del área de Coatings & Additives - Línea Tego de Evonik.
La continua búsqueda de la eficiencia, ya sea en la operación o en
la aplicación de los coatings, y la reducción de paradas para mantenimiento hacen más exigentes a los consumidores, al escoger
promotores de adhesión. «Cuando se trata de novedades para promotores de adhesión, lo que observamos es que cada vez más este
asunto está asociado a la búsqueda de la propiedad de inhibidores
de corrosión. La tendencia de aplicaciones del tipo DTM (direct to
metal) también parece irreversible. Las ganancias de productividad
y energía de estos sistemas justifican las inversiones en tecnologías
más avanzadas de recubrimientos», destaca Luis Arnoldo Carthery
Junior, gerente de negocios PCG para América Latina de Lubrizol.
Existe una gran diversidad de sistemas para promover la adhesión y
algunas de las variables que definen la selección de un determinado
proceso son: el tipo de sustrato, las limitaciones de aplicación y
la legislación vigente. «Eastman tiene varios productos para este
fin, desde derivados de sacarosa para la utilización en esmaltes de
uñas, pasando por resinas poliésteres para aplicación en películas
flexibles, monómeros acrílicos para aplicación en pinturas para
edificios, hasta llegar a la línea de poliolefinas para aplicarse en di-
versos materiales de difícil anclaje como plásticos, vidrio y aluminio», informa Marcos Aurélio
Basso, gerente de desarrollo de mercado para América Latina de Eastman.
Paint&pintura | Março 2014 | 17
Invirtiendo en Brasil desde hace 70 años
Preparada para completar siete décadas de actividades en Brasil, Sherwin-Williams proyecta
reseña
13º Fórum Paint & Pintura de Tecnología de Pinturas - Región Nordeste
Más técnico e informativo
El 13º Foro Paint & Pintura de Tecnología de Pinturas - Región Nordeste, que tendrá lugar los
días 12 y 13 de marzo, en el Blue Tree Hotel, Fortaleza (CE), lleva a la región una programación
especial de conferencias técnicas, con las principales empresas del sector de pinturas, como
Cabot, Intertank, Iguatu, Coatex, Lonza, Evonik, D’Altomare, Polystell, quantiQ, Imerys,
Morais de Castro, además de temas de gestión y tendencias del sector.
La plenaria de apertura tendrá como tema «Mercado Brasileño de Pinturas: un breve escenario de 2013, perspectivas para 2020 en el Nordeste», que será proferida por Francisco
Racz, consultor independiente del área de negocios de pinturas y relacionados, sobre todo, a
América Latina. En la conferencia se presentarán los datos del mercado brasileño de pinturas
de 2013 segmentados, con la evolución de los últimos años. El crecimiento del mercado se
relaciona a factores macroeconómicos, principalmente con el aumento del poder de consumo. Se presentará una proyección para los mercados relevantes del Nordeste en 2020,
además de una discusión sobre las oportunidades en el mercado del Nordeste y cómo estar
preparado para estos desafíos.
En el día de apertura, la programación seguirá con RadTech South America, con la conferencia
«Pinturas de Curado UV - Tendencias y Aplicaciones», que proferirá Roberto Caforio,
gerente operacional de RadTech South America. «En un mundo cada vez más globalizado,
crece la búsqueda de tecnologías que aúnen desempeño y calidad a sustentabilidad y, por
eso, las pinturas de curado por radiación UV son cada vez más una alternativa. Debido a
su llamamiento ecológico, alta productividad, flexibilidad de formulación y calidad de los
revestimientos, la tecnología de curado por radiación UV avanza hacia los más diversos
sistemas y aplicaciones, presentes en el día a día en los más variados productos y acabados.
Vamos a discutir de manera amplia las principales características de esa tecnología así como
sus tendencias y aplicaciones en los días actuales y para el futuro en el mundo de la pintura»,
revela Caforio.
El segundo día realizará la plenaria de apertura Ailton Rino Grando, director del Sindquímica
- CE. El foro se cierra con la conferencia «Extensores de dióxido de titanio», proferida por Luis
Manuel Ribeiro Mota, consultor técnico y director de LM Coatings Adviser. «El dióxido de
titanio es el pigmento blanco más utilizado en las pinturas en función de su eficiente poder de
dispersar la luz visible, confiriendo un color blanco y un alto poder opacante. Aunque tenga
excelentes propiedades ópticas y de resistencia, su costo hace que sea constantemente
motivo de análisis, con el objetivo de optimizar su uso en las formulaciones de pinturas en
general. La búsqueda de extensores con el objetivo de usarlos de forma eficiente y procurando su optimización con la consecuente reducción de costo de las formulaciones es un
trabajo constante de los fabricantes de pinturas. Discutiremos el tema en detalles en mi
presentación», afirma Mota.
Como novedad, el foro tendrá la presencia de la presidenta de RadTech South America,
Maria Cristina Kobal Campos de Carvalho, que actuará como moderadora al final de las
conferencias, coordinando el debate.
reseña
18 | Paint&pintura | Março 2014
su crecimiento en el País y en el mundo
Actualmente, varias empresas extranjeras están en Brasil o
planean instalarse aquí. La buena fase económica viene siendo
uno de los estimulantes, lo que coloca a Brasil como el cuarto
país que más recibió inversiones extranjeras del mundo en
los últimos diez años, con un total de US$ 177,32 mil millones,
superado tan solo por China, Estados Unidos y la India. Los
datos son de la Comisión Europea.
Sin embargo, Sherwin-Williams, siguió un camino diferente y
se instaló en Brasil desde hace casi 70 años. Y no se arrepintió
de esta decisión, ya que el País actualmente representa el
segundo lugar de operaciones de la empresa.
Lo que le reserva el futuro
Sherwin-Williams terminó el año pasado con una facturación
alrededor de US$ 10 mil millones y ya tiene planes establecidos
hasta 2016, cuando completará 150 años en el mundo y
cuando pretende alcanzar un movimiento de US$ 15 mil
millones.
Todas las metas mencionadas forman parte del «Team 150»,
estrategia que establece diversas metas de actuación. Otra
vertiente será entrar en más países y crecer en todos ellos;
actualmente, el grupo está presente en más de 100.
“No queremos crecer en un solo país, sino mundialmente.
En los Estados Unidos somos líderes; en Brasil, estamos en el
tercer lugar; en México, el segundo. Queremos un crecimiento global”, afirma David Ivy Junior, director de marketing de
Sherwin-Williams en Brasil.
Las metas son grandiosas, e Ivy explica que para alcanzar tales
cifras el equipo trabaja hace años. «En Brasil, nuestra intención
es crecer más que el PIB (Producto Interno Bruto), más que el
mercado. Para conseguir ese resultado, trabajamos mucho,
implementamos nuestro nombre, aumentamos el market
share año a año».
Los eventos deportivos son otra apuesta de la empresa, en
especial los Juegos Olímpicos de 2016, en Río de Janeiro.
«Ya tuvimos reuniones con los organismos organizadores y
recibimos la información de que están más preocupados en
usar productos que dejen un legado duradero, en lugar de una
belleza momentánea. También pintamos algunas estructuras
metálicas de los estadios de Natal y Fortaleza, ciudades sede
del Mundial con la línea industrial», dice.
«Es probable», continúa el ejecutivo, «que en los Juegos
Olímpicos hagamos algunas alianzas, mayores que en el
Mundial de Fútbol. Incluso porque pensamos que este año
será atípico debido al gran número de pausas en función de
los juegos y de las elecciones presidenciales, por eso, nuestro
gran desafío está en 2015»
Los lanzamientos no paran. Nos cuenta Ivy en exclusiva, que antes
de los juegos Sherwin-Williams lanzará tres productos. Y después,
otros seis. Y, sin dar detalles, nos anticipa que pronto la empresa
presentará un producto sorprendente. «No puedo decirlo ahora,
pero en los Estados Unidos está en fase final las pruebas. Se trata de
un producto que va a revolucionar la manera de aplicar la pintura.
Dentro de poco, todos conocerán esta novedad».
Inversiones - Hacia la evolución
Thor, empresa británica que inició sus operaciones en 1959 y que
tiene 14 subsidiarias diseminadas por el mundo, viene en los últimos
años apostando por el mercado brasileño e invirtiendo fuertemente
en su fábrica y ampliación del portafolio de productos.
Divide su negocio en tres plataformas: biocidas industriales, preservadores para el área de personal care, y retardadores de llama.
«Con 13 años de actividades, Thor Brasil viene pasando por una
fase de transición desde 2010, cuando empezaron las primeras
inversiones más significativas de la empresa en Brasil. Entre 2010
y 2012 se hicieron inversiones alrededor de US$ 2 millones en una
nueva fábrica de aproximadamente 4 mil metros cuadrados, en
Barueri (SP), que triplicó su capacidad de producción de bactericidas e implementó la producción de fungicidas y alguicidas. A partir
de eso, la actuación de Thor comenzó a cambiar y se pretiende,
a mediano plazo, conquistar una significativa parte del mercado
brasileño», anuncia Ridnei Brenna, director general de Thor Brasil.
Con las inversiones, Thor Brasil, que dependía mucho de productos
importados de la matriz y de otras subsidiarias del grupo, pasó a tener una producción local de blends y disoluciones de activos. «Thor,
en el mundo entero, tiene como score business el área de biocidas
industriales y en ese segmento, precisamente, vino a trabajar en
Brasil, por eso importamos los activos y producimos los blends. Además, compramos localmente y hacemos las disoluciones de esos
activos, que vienen de otras subsidiarias. Hasta ahora, producimos
solo biocidas para el área industrial, con bactericidas, fungicidas y
alguicidas, pero a partir de abril vamos a ampliar ese portafolio con
nuevos blends de bactericidas y otros productos para la línea de
personal care. Para lograrlo, haremos una inversión de US$ 100 mil
en la adaptación del área de producción», revela Brenna.
Inversiones - Axalta Coating Systems continúa con
su programa de inversiones en Brasil
Axalta Coating Systems, proveedora de revestimientos líquidos y
en polvo, va a expandir su capacidad de manufactura de productos al agua en su unidad en Guarulhos (SP). La ampliación de la
unidad productiva se dará en 2014 y representa el tercer año de
un programa de inversiones de US$32 millones.
Evento – El 7º Ebdquim acontece en São Paulo
El evento tendrá lugar los días 18 y 19 de marzo de 2014, en el
Centro Fecomercio de Eventos, en São Paulo, donde reunirá a las
principales empresas nacionales y extranjeras ligadas a la cadena
de productos químicos
Associquim-Sincoquim realizará una vez más uno de los principales eventos dirigidos al mercado de distribución de productos
químicos, el 7º Ebdquim – Encuentro Brasileño de los Distribuidores de Productos Químicos y Petroquímicos, y que este
año está de regreso a São Paulo, los días 18 y 19 de marzo
de 2014, en el Centro Fecomercio de Eventos.
Este año el tema principal es «Distribución - Misión y Valores». «La selección del tema nos parece muy adecuada,
pues además de permitir una reflexión sobre nuestras operaciones, permitirá el surgimiento de cuestiones, soluciones
y sugerencias para el avance de nuestro sector», declara
Rubens Medrano, presidente de Associquim-Sincoquim.
El 7º Ebdquim, foro de América Latina, reunirá a las principales empresas nacionales y extranjeras ligadas a la cadena de
productos químicos - productores, distribuidores, transportadores y consumidores industriales, para un debate acerca
de la distribución de productos químicos y petroquímicos,
tendencias del mercado, estrategias de administración, benchmarking y networking con los mayores players del sector.
El Ebdquim ya está más que consolidado en Brasil y ha
conquistado rápidamente espacio en las agendas internacionales, según Medrano. «Las entidades vienen haciendo
todos los esfuerzos necesarios para la solidificación y
expansión de esta marca. En el evento de 2014, contamos
con el patrocinio de BR Distribuidora, Braskem, Dow y
Peróxidos do Brasil, además del apoyo de las empresas
asociadas», informa.
Para más detalles, visite el sitio www.associquim.org.br/
ebdquim2014
reseña
Las nuevas instalaciones van más que duplicar la capacidad productiva, llegando a más de 4,5 de millones litros (1,2 millón de galones
americanos), que responderán a la demanda de los fabricantes de
equipos automotrices (OEMs) de Sudamérica, donde está prevista
la continuidad de crecimiento del mercado de automóviles. Se espera para principios de 2015 el arranque de la producción adicional.
La unidad de Guarulhos es la mayor instalación de manufactura de
Axalta de América Latina. La fábrica abastece a clientes en Brasil,
donde Axalta es la mayor proveedora de pinturas automotrices
para OEMs, así como en Argentina, Venezuela y Colombia. Las
nuevas instalaciones producirán revestimientos al agua y complementarán la fabricación en curso de productos de alta calidad
para clientes de los segmentos industrial y de repintura. «La región
representa uno de los mercados de más rápido crecimiento en la
producción de automóviles, estando Brasil a la vanguardia,” explica
Charlie Shaver, presidente y CEO de Axalta. «Estamos empeñados
en acompañar el ritmo de la creciente demanda de revestimientos
automotrices y en satisfacer las necesidades de nuestros clientes,
que desean cada vez más adoptar las tecnologías al agua».
PRODUTOS QUÍMICOS COM QUALIDADE INTERNACIONAL
Paint&pintura | Março 2014 | 19
• AGENTES REOLÓGICOS/ESPESSANTES
• ÉTERES DE CELULOSE (HPMC, HEC)
• MATERIAIS PARA CURA UV
• CERAS MICRONIZADAS
• ANTIESPUMANTES
• DISPERSANTES
• PIGMENTOS
• SOLVENTES
radar
Radar
Por Agnelo de Barros Neto
Críticas, dicas e sugestões para: redaç[email protected]
Déjà vu
Investimentos
Estamos observando várias movimentações de mercado
em torno de aquisições e fusões no setor que devem se
concretizar em 2014. Este cenário remete à década de
90, principalmente em sua segunda metade, quando as
negociações para compra e incorporação de empresas
brasileiras estavam a pleno vapor. Ao longo dos próximos
meses devemos ter novidades.
Importantes investimentos estão sendo anunciados neste
início de ano, o que indica bons rumores para o setor. A
japonesa Toyo Ink está inaugurando uma unidade produtiva em Jundiaí, no interior de São Paulo. Já a Datacolor
inaugurou sua mais nova filial, localizada no bairro da
Barra Funda, em São Paulo. Por sua vez, a Axalta Coating
Systems irá expandir sua capacidade de manufatura de
produtos à base d’água na sua unidade em Guarulhos
(SP). A ampliação da unidade produtiva será realizada
este ano e representa o terceiro ano de um programa de
investimento de US$ 32 milhões.
20 | Paint&pintura | Março 2014
Hermanos
Enquanto isso, na vizinha Argentina, que vem enfrentando problemas de ordem política e econômica (e nós
não??), a Sinteplast, que detém a liderança de mercado,
aumenta ainda mais sua participação com a aquisição da
Divisão de Tintas do Grupo BASF por US$ 12,5 milhões,
incorporando a marca Casablanca, que desde novembro
de 2013 já vem sendo produzida pela Sinteplast. Além
disso, a PPG Industries investiu US$ 7,5 milhões para a
modernização do seu parque industrial em Pilar.
Bom exemplo
A Colômbia vem se mostrando um mercado promissor e
interessante aos olhos dos investidores, como o terceiro
país com melhor ambiente de negócios da América Latina,
segundo o Doing Business 2013, e também o que mais
protege os investidores na região, ocupando a quinta
posição em termos mundiais. Além disso, possui as Zonas
Francas mais competitivas da América Latina.
Tradição e ineditismo
Mais uma vez representando o Brasil e a região da América Latina em eventos internacionais, a Agnelo Editora
vai participar com estande do American Coatings Show
(ACS), que acontece entre os dias 8 e 10 de abril, em Atlanta (EUA). Desta vez, além das revistas Paint & Pintura e
ConstruChemical, de forma inédita, a Agnelo Editora fará
a apresentação de um resumo do estudo “Panorama Setorial - Tintas Imobiliárias”, acerca dos mercados do Brasil,
Argentina, Chile e Uruguai. A apresentação ficará a cargo
de Francisco Rácz, integrante do Centro de Inteligência e
Conhecimento em Tintas (CIC).
Presente nos principais eventos de tintas do mundo, a Agnelo Editora confirma
participação no American Coatings Show, a ser realizado de 8 a 10 de abril, em
Atlanta (EUA)
A
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), como tamanho, consumo per capita e preço médio.
American Coatings Show
Em sua primeira exibição, em Atlanta, o American
Coatings Show 2014 promete ser um dos maiores e
mais bem-sucedidos eventos na história do programa.
O evento é a principal exposição da indústria norte-americana e de conferências para os revestimentos,
tintas, selantes, produtos químicos para construção
e da indústria de adesivos.
“Com o cenário econômico global cada vez mais positivo,
a indústria de tintas e revestimentos está pronta para
seguir em frente com novas tecnologias e produtos inovadores que serão exibidos no ACS”, declara Andy Doyle,
presidente da ACA (American Coatings Association).
Paralelamente ao American Coatings Show haverá o
American Coatings Conference, principal evento de
ciência e tecnologia para a indústria de tintas e revestimentos na América do Norte. Este ano, os participantes
poderão contar com um programa diversificado de 96
palestras de alto nível técnico, proporcionando um
fórum ideal para a troca de informações e perspectivas
dos principais peritos científicos.
Paint&pintura | Março 2014 | 21
Agnelo Editora irá mais uma vez participar
de um evento internacional, desta vez do
American Coatings Show, a ser realizado de
8 a 10 de abril, no Georgia World Congress
Center, em Atlanta (EUA). Durante o evento, a
editora estará com um estande e suas principais
publicações, as revistas Paint & Pintura e Construchemical.
Como novidade, a Agnelo Editora também levará ao evento o seu mais recente estudo sobre o
mercado de tintas, o “Panorama setorial - Tintas
imobiliárias”, que será apresentado um resumo
por Francisco Racz, consultor independente
na área de negócios de tintas e relacionados,
sobretudo, na América Latina. Trata-se de um
estudo inédito sobre os mercados de tintas do
Brasil, Chile, Argentina e Uruguai, com dados
estatísticos levantados por especialistas do setor
contratados pela Agnelo Editora exclusivamente
para esta finalidade.
A publicação ainda reúne informações como evolução do mercado brasileiro de tintas – volume e
faturamento – de 2006 a 2013, além de mostrar as
características de cada mercado regional (Norte,
American Coatings Show
Agnelo Editora marca presença na ACS 2014
Entrevista
22 | Paint&pintura | Março 2014
Estratégia sustentável
AkzoNobel investe no mercado brasileiro e traz novas tecnologias
e inovações em tintas em pó com apelo sustentável
Lucélia Monfardini
A
unidade de tintas em pó (Powder
Coatings) da AkzoNobel vem fortemente investindo no mercado
brasileiro e traz grandes novidades
para o setor neste ano, especialmente,
direcionadas à área de sustentabilidade.
A empresa oferece soluções de revestimentos em pó para uma ampla gama de
aplicações, incluindo os segmentos automotivo, arquitetura, móveis e indústria
em geral. Os produtos são tintas livres
de solventes aplicadas em superfícies
metálicas e condutoras.
Seguindo a tendência global de sustentabilidade, a AkzoNobel lançou uma linha de
tintas TGIC (triglycidyl isocyanurate) Free,
componente químico já banido na Europa.
No Brasil, em 2015, a Ficha de Informações
Gustavo Carvalho, gerente geral da
Hector Loyola, gerente de tecnologia
de Segurança de Produto Químico (FISPQ)
Unidade de Powder Coatings para a
e marketing da Unidade de Powder
América do Sul da AkzoNobel
Coatings da AkzoNobel
começará a exigir rótulos nos produtos de
TGIC (considerado tóxico e prejudicial à
saúde) com a figura de peito aberto, simbolizando que o produto contém substância mutagênica. Pensando nisso, a AkzoNobel já
se antecipou e está trazendo para o mercado brasileiro as tintas TGIC Free, direcionadas para os segmentos de arquitetura.
Atualmente, a AkzoNobel está na primeira posição em tintas em pó no mundo e pretende chegar a liderança também no Brasil,
com a introdução de um portfólio inovador. “Os mercados brasileiro e da América do Sul são muito importantes e estratégicos
para a AkzoNobel. São mercados que hoje ainda representam 4% do mercado global, mas tem o objetivo de chegar a 6% em cinco
anos. A AkzoNobel é líder do mercado de tintas em pó no mundo, tem uma liderança muito expressiva e no Brasil nossa estratégia
é de sermos líderes em segmentos que têm maior atratividade para a empresa. Nestes segmentos conseguimos, na maioria deles,
sermos líderes, e nos que ainda não somos, vamos buscar essa liderança neste ano”, adianta Gustavo Carvalho, gerente geral da
unidade de Powder Coatings para a América do Sul da AkzoNobel.
Confira a seguir uma entrevista especial com Gustavo Carvalho, e Hector Loyola, gerente de tecnologia e marketing da unidade de
Powder Coatings da AkzoNobel, que dão detalhes de toda a estratégia de crescimento da empresa e das principais inovações e
tecnologias que estão sendo trazidas para os clientes do mercado brasileiro.
Revista Paint & Pintura: Qual a sua visão do
mercado de tintas em pó no Brasil?
Gustavo Carvalho: Minha visão é de um mercado já com
alguma maturidade. No mercado de tintas em pó, que é um
setor em que atuamos de maneira direta, ainda é novo, vem se
desenvolvendo e se descobrindo, tanto os clientes, quanto os
players. É um mercado que ainda tem espaço para amadurecer,
espaço para entender o benefício de tintas em pó para poder colher,
cada vez mais, e realizar esse ganho que a tecnologia de tintas em
pó pode oferecer para o mercado.
Revista Paint & Pintura: O crescimento deste mercado
se deve basicamente por ser um processo mais
eficiente e de baixo custo?
Revista Paint & Pintura: O que representa o mercado
brasileiro para os negócios da AkzoNobel?
Gustavo Carvalho: Os mercados brasileiros e da América do
Sul são muito importantes e estratégicos para a AkzoNobel. São
mercados que hoje ainda representam 4% desse mercado global,
mas tem o objetivo de chegar a 6% em cinco anos. A AkzoNobel
é líder do mercado de tintas em pó no mundo, tem uma liderança
muito expressiva, e no Brasil nossa estratégia é sermos líderes em
segmentos que têm maior atratividade para a empresa. Nestes
segmentos conseguimos, na maioria deles, sermos líderes e nos que
ainda não somos, vamos buscar essa liderança neste ano.
Revista Paint & Pintura: Qual é a participação da
empresa no mercado de tintas em pó no Brasil?
Gustavo Carvalho: Nossa estratégia na América do
Sul, e especificamente no Brasil, é de termos liderança em
segmentos mais atrativos. São segmentos em que a AkzoNobel
Entrevista
Gustavo Carvalho: Sim. O mercado de tintas em pó tem alguns
benefícios, um deles é a simplicidade na aplicação, trazendo um
menor custo, e também tem outros benefícios de tecnologia, como
resistência a raios ultravioleta (UV), resistência à corrosão, e algumas
vantagens em termos de investimento.
É um mercado mais limpo e amigável ao meio ambiente por não
liberar VOC, o produto já é em pó e não libera o solvente, como a
tinta líquida libera. Há todas essas vantagens que fazem com que
os clientes nas linhas novas, muitas vezes, decidam migrar de tintas
líquidas para tintas em pó.
no mundo é forte, como automotivo e arquitetura.
Hoje, estimamos que o mercado de pó está em torno de R$
500 milhões a R$ 550 milhões; esse é o tamanho do mercado.
A AkzoNobel tem neste ano um objetivo, como também tivemos no ano passado, de um faturamento em torno de R$ 100
a R$ 110 milhões. São números reais que dão uma participação
de 20%.
Esperamos que cada vez mais o nosso portfólio esteja direcionado, onde temos força global de tecnologias e de benefícios
para os clientes. O objetivo sempre é trazer benefício e foco
no cliente com tecnologias e vantagens comparativas em
relação aos nossos concorrentes, inclusive, o Hector Loyola
vai falar sobre isso.
Revista Paint & Pintura: Quais são as estratégias
e ações da AkzoNobel para aumentar sua
Paint&pintura | Março 2014 | 23
Entrevista
24 | Paint&pintura | Março 2014
participação nesse mercado?
Gustavo Carvalho: A AkzoNobel fez uma
revisão de estratégia e, desde o começo do ano
passado, nosso foco principal é poder realmente
realizar todo o potencial que a Akzo tem para
apresentar, o que já acontece nos Estados Unidos,
Europa e Ásia, e queremos trazer isso para a América
do Sul. Isso foi uma realidade em 2013 e deu certo, e
é uma realidade para 2014.
Estou falando de capitalizar e realizar essas vantagens. Por exemplo, o segmento automotivo é um
setor onde, em algumas áreas, o market share da
Akzo chega a 70%, e temos com isso muito poder
de investimento em tecnologias que o mercado está
precisando e esperando acontecer por meio da AkzoNobel,
que é líder mundial.
Todas as tecnologias já estão desenvolvidas e sendo utilizadas, porém muitas vezes ainda não estão no Brasil, e o nosso
objetivo é trazer essas tecnologias e benefícios para nossos
clientes brasileiros.
Temos um time global trabalhando no setor automotivo, e o
Hector Loyola compõe esse time de tecnologia e marketing.
Com isso, conseguimos essa conexão de uma maneira muito
mais fácil e sem nenhuma barreira de país. Isso vem acontecendo, foi uma realidade de 2013 e a principal estratégia para 2014.
Para comprovar que vem dando certo, o nosso resultado em
2013, comparado a 2012 e aos anos anteriores, é de crescimento
de 24% em volume, o que é bem expressivo, e vem mostrando
que a estratégia adotada é a certa. Vamos continuar com essa
estratégia, trazendo força para o mercado e benefícios para
os nossos clientes.
Revista Paint & Pintura: Quais foram os últimos
investimento
da AkzoNobel
na u n i d a d e d e
tintas em pó?
E x i s t e m p l an o s
de investimentos
futuros?
Gustavo Carvalho:
Considero um
investimento de médio
a grande a partir de
R$ 5 milhões. O último
investimento que
realizamos foi em 2009,
numa linha automática da Itália, que é referência no mercado
nacional. A AkzoNobel tem a cultura e a diretriz, em seus 31 sites
de Powder Coatings no mundo, de só utilizar equipamentos de
primeira linha, geralmente alemães ou italianos, o que garante uma
performance e estabilidade na produção.
O resultado de 2013 trouxe muita credibilidade para a AkzoNobel,
tanto em crescimento de vendas quanto crescimento dos resultados
em lucratividade. E esses resultados nos deram credibilidade para
conseguir aprovação de um investimento em torno de R$ 10 milhões
para este ano. Estamos divulgando isso em primeira mão, a aprovação aconteceu há algumas semanas e, para nós, esse investimento
aumentará nossa capacidade e proporcionará mais oportunidade
para expandir o mercado e conseguir trazer esses benefícios globais
para os clientes nacionais.
Esse investimento está agora numa fase de planejamento e ordem
do equipamento, o que deve acontecer nas próximas semanas, e
vamos colher esses resultados até o final do ano e começo de 2015.
Revista Paint & Pintura: Quais são as principais
necessidades do mercado de tintas em pó?
Gustavo Carvalho: O mercado de tintas em pó é bem amplo
em termos de segmentos. Atendemos o automotivo, arquitetura,
tintas funcionais para o mercado de oil & gas, mercados de tubos,
válvulas (geralmente ligados à Petrobras), atendemos mercado
de domestic appliances, linha branca, indústria geral, mercado de
trade coaters (pintores de tinta em pó), TI, gabinetes de cozinha,
gabinetes metálicos etc. Para todos esses segmentos existe uma
necessidade diferente, uns pedem mais preço, outros tecnologias,
mas todos precisam de competitividade para vencer os mercados
em que atuam.
A minha mensagem vem no sentido de poder identificar em cada
mercado o que a AkzoNobel pode contribuir. O mercado que é
direcionado a preço, sabemos que nosso preço em média é 20%
maior que o da concorrência, temos um estudo disso, e não é só
Revista Paint & Pintura: Quais os mercados que a
AkzoNobel atende com tintas em pó e suas principais
linhas de produtos?
Hector Loyola: Hoje, a AkzoNobel trabalha com nove linhas
de produtos, e em segmentos de mercado, como arquitetura
com linhas de produtos certificadas, especialmente para a área
de esquadrias e portas de alumínio. Outro mercado muito forte
para a AkzoNobel é o automotivo, trabalhamos na área de OEM,
autopeças, na qual atendemos desde pastilhas de freio, disco
de tambor, e primers para pintar estruturas ou carrocerias de
caminhão. Também atuamos fortemente no mercado de oil & gas,
especialmente direcionado para o mercado da Petrobras, inclusive,
estamos aprovando produtos para o projeto pré-sal, um
mercado novo, na qual a exigência de produtos é muito alta
nas áreas de corrosão e resistência. Também atuamos nos
mercados de appliance (aplicação) e TI, que são menores.
Atuamos também no mercado de trade coaters, que são
aplicadores, e a AkzoNobel tem uma gama muito ampla de
produtos, que se diferenciam pelo tipo de aplicação e peça
que o aplicador vai utilizar. Outro mercado que trabalhamos
é o de aço, com máquinas e implementos agrícolas, que é
um mercado em expansão e temos uma ampla gama de
produtos com novas tecnologias, como produtos de baixa
cura, e atrelados à sustentabilidade.
Atendemos ainda o mercado de móveis de aço, com uma
linha de produtos inovadores para o mercado brasileiro, produtos com alto rendimento. Hoje, estamos introduzindo em
três clientes específicos essa tecnologia, que chamamos de
PMT (Particle Managed Technology). O objetivo nessa linha
de produto é trabalhar custo de metro quadrado baixo para
oferecer um ganho para o nosso cliente. Também atendemos
outros mercados com diferentes linhas de produtos, como,
por exemplo, primers específicos.
Estamos em constante evolução de novos produtos no mundo. Hoje, a AkzoNobel está atenta na área de inovação e de
novos produtos com tecnologias. Por isso, sempre estamos
à frente ofertando novas tecnologias e produtos aos clientes
no Brasil.
Entrevista
no Brasil, mas no mundo todo. Este mercado podemos atender
por melhor consumo na peça pintada, melhor custo por metro
quadrado aplicado, ainda que o preço seja 20% a mais por quilo. Em
todos os mercados a AkzoNobel pode e trazer benefícios, e estamos
de braços estendidos para receber as necessidades e atender os
nossos clientes.
Agradecemos todo o apoio da Revista Paint & Pintura em sempre
ativar esse mercado e deixá-lo mais saudável e competitivo; uma
competitividade saudável onde só aprendemos, tanto os players de
tintas, quanto os clientes. Esse trabalho que a Paint & Pintura vem
realizando há quase duas décadas só traz benefícios para o mercado
e clientes. Parabéns!
Espero que esse mercado, cada vez mais, possa amadurecer e ganhar
espaço, força, seriedade e profissionalismo, para podermos estar
cada vez mais felizes trabalhando nesse setor.
Revista Paint & Pintura: A AkzoNobel está
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Paint&pintura | Março 2014 | 25
• Pronta Entrega • Acompanhamento Técnico
• Envio de Amostras • Qualidade Garantida
Entrevista
26 | Paint&pintura | Março 2014
investindo em desenvolvimentos mais
sustentáveis? Quais são as novidades
em produtos?
Hector Loyola: É bom mencionar que a
AkzoNobel, pelo segundo ano consecutivo,
obteve a primeira posição no Índice Dow Jones de
Sustentabilidade.
Nossa área de tintas em pó está em uma constante
desenvolvimento de produtos sustentáveis. Nosso
centro de expertise, laboratórios, ou seja, toda a
cadeia de produtos está pensando em sustentabilidade.
Para o Brasil, hoje é um tema bastante importante,
principalmente para o mercado de arquitetura e
automotivo, com a utilização de TGIC (triglycidyl isocyanurate),
um agente de cura que dá origem a uma série de produtos. Esse
é um produto tóxico, com uma classificação mutagênica banida
na Europa, e em vias de ser retirado na América do Norte. O
primeiro país a banir esse produto foi a Austrália.
No Brasil, ainda não existe restrição de utilização dessa linha de
produto, mas com a nova legislação dos rótulos de produtos
químicos a partir do ano de 2015 será obrigatório rotular, tanto
na embalagem como na Ficha de Informações de Segurança
de Produto Químico (FISPQ) que o material é tóxico. Hoje, a
legislação não é obrigatória, o pictograma é uma caveira, mas
a partir de 2015 terá que certificar a linha de produto mediante
um pictograma com o peito aberto, que significa um produto
mutagênico, ou seja, perigoso para a saúde, tanto para o fabricante quanto para o consumidor.
A AkzoNobel, como líder de mercado de tintas em pó na área
de arquitetura, está fazendo um trabalho há dois anos na área
de introdução e certificação de produtos poliésteres de TGIC
Free, inclusive, já contamos com três certificações no Brasil
nas linhas de produtos para este mercado. Estamos fazendo
uma mudança de produto aos nossos clientes, incentivando
e motivando a utilização de produtos livres de TGIC, e mos-
trando realmente quais são as vantagens frente aos produtos TGIC
convencional. Como informação, a AkzoNobel, na região do Cone
Sul, está com uma participação bastante alta de utilização de TGIC
Free, e também na região Andina, como Colômbia, Venezuela e
Equador, que chega a ser até 100% na área de arquitetura. Nessa
linha de produtos sustentáveis existe um trabalho contínuo para
a sua introdução no mercado brasileiro e na região sul-americana.
A AkzoNobel também está introduzindo este ano algumas linhas de
produtos. Para a área de arquitetura, temos o Interpon D3000, uma
linha de produtos ultradurável, com garantia de 30 anos, e que no
mundo já é muito utilizada, inclusive, já temos obras em alguns países
do Cone Sul. É uma linha de produtos autolimpantes, sem custo de
manutenção, e com durabilidade em termos de retenção de brilho e
cor de até 30 anos. Hoje, o custo de manutenção de obras de grande
porte é muito alto, como, por exemplo, a estrutura de um estádio,
na qual o custo de manutenção é mais alto que a própria estrutura.
Outra linha que já estamos fornecendo é Interpon D2000, superdurável e fabricada no Brasil, direcionada às grandes obras. Introduzimos
essa linha e certificamos no Brasil em dois grandes temas: o da Copa
do Mundo e Olimpíadas.
Ainda na área de arquitetura, estamos com um processo de certificação este ano com a introdução do DNA da tinta, ou seja, dentro
da nossa linha de tinta para arquitetura vamos utilizar um rastreador
nanocerâmico. Por exemplo, se um cliente tem uma obra de grande
envergadura, onde exige certificação e garantia, a AkzoNobel pode
fabricar essa tinta com DNA, mediante um aparelho especial que detecta se aplicação foi com tinta da AkzoNobel. Hoje, essa tecnologia
já está comprovada na área de arquitetura, onde temos dois grandes
clientes na Itália utilizando essa tecnologia há sete anos. O maior
problema é fazer o rastreamento do aditivo com o tempo, ou seja,
com cinco a seis anos o aditivo tem que continuar ativo na pintura,
e como temos esse histórico na Europa, trouxemos essa tecnologia
para o Brasil. Já fizemos os testes de homologação, e agora, em
2014, vamos lançar essa linha de tintas com DNA para arquitetura.
Outro direcionamento é continuar trabalhando muito forte com produtos sem metais pesados. A AkzoNobel, desde 2006, baniu o uso de metais pesados na fabricação de tintas em pó,
e continua realizando o desenvolvimento de um trabalho no incentivo do uso de tintas livres
desses componentes. Na área de arquitetura, que necessita de grandes garantias, a AkzoNobel continua trabalhando também em termos mundiais para o desenvolvimento de novos
pigmentos, na qual oferece garantia de 20 a 30 anos.
Revista Paint & Pintura: Quais são os principais projetos da empresa a
serem implementados em 2014?
Hector Loyola: Hoje, estamos trabalhando bastante direcionados para aumentar os serviços
nos nossos clientes, especialmente no mercado de GTC (Trade Coaters). Teremos alguns projetos
de inovação e estamos desenvolvendo cartela de cores especiais para os clientes.
Também temos projetos que serão lançamentos para o segundo semestre, direcionados ao
GTC, que só serão divulgados no segundo semestre. Trata-se de uma tecnologia inovadora e
que nenhum concorrente em tinta em pó possui.
Estamos trabalhando para dar um maior serviço aos nossos clientes, além de sermos mais
rápidos, eficientes e entregarmos uma gama de produtos de solução. Além disso, é extremamente importante o custo do metro quadrado e também a velocidade de entrega, com
produtos disponíveis.
Também estamos trabalhando fortemente com a Petrobras, no projeto do pré-sal, certificando novos produtos e tecnologias no Brasil. Esse é um trabalho contínuo de nossa equipe de
desenvolvimento e da equipe de vendas para 2014.
Revista Paint & Pintura: Quais as expectativas de crescimento da
AkzoNobel para este ano?
Hector Loyola: A AkzoNobel, na área de tintas em pó, tem uma taxa de crescimento
definida, mas também está muito direcionada para os mercados, como, por exemplo,
automotivo, com pretensão de crescimento em torno de 15% a 20%; na área de arquitetura
também existe um trabalho muito forte com novas tecnologias e produtos, com estratégias
de crescimento por volta do mesmo número; além de outros mercados com estratégia de
manutenção e de oportunidades. Trabalhamos para conquistar o cliente e até ganhar e
mantê-lo.
Em geral, o crescimento para 2014 é crescer em torno de 8% a 10% de volume, e em faturamento
ainda é um valor que temos que trabalhar forte nas áreas comercial, pesquisa e desenvolvimento, e marketing, para trabalhar ainda mais o nosso portfólio. E sempre estamos muito
direcionados para introdução de produtos com soluções para os nossos clientes. Nosso principal objetivo é focar no cliente, oferecendo soluções de tecnologias e inovações.
Vamos continuar o crescimento que tivemos em 2013 e crescendo ainda mais em 2014, introduzindo novos produtos, atuando em novos mercados, trazendo novas tecnologias para o Brasil,
que hoje são desconhecidas no mercado, além de continuar nosso crescimento sustentável.
Atualmente, o mais importante no mercado de tintas em pó é continuar amadurecendo o
mercado, com produtos inovadores, pois é um mercado que está em crescimento. A AkzoNobel, para os próximos anos, tem como objetivo continuar crescendo com inovação e sustentabilidade. Estamos em contínuo trabalho em nosso centro de inovação e pesquisa mundial
com produtos inovadores. A AkzoNobel já tem mais de 300 anos, e no mercado de tinta em
pó é líder mundial. Por isso, nossa responsabilidade é continuar trazendo inovação e novos
produtos, com crescimento de capacidade e portfólio. Acredito que, nos próximos anos, o
mercado de tintas em pó possa ter grandes inovações de produtos e até de tipos de aplicações.
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13º Fórum Paint & Pintura de Tecnologia em Tintas
28 | Paint&pintura | Março 2014
Mais técnico e informativo
Fórum Paint & Pintura traz palestras técnicas de importantes
fornecedores e conteúdo inédito de gestão e tendências do setor
O
13º Fórum Paint & Pintura de Tecnologia em
Tintas - Região Nordeste, que será realizado nos
dias 12 e 13 de março, no Blue Tree Hotel, Fortaleza (CE), leva para a região uma grade especial
de palestras técnicas, com as principais empresas do
setor de tintas, como Cabot, Intertank, Iguatu, Coatex,
Lonza, Evonik, D’Altomare, Polystell, quantiQ, Imerys, Morais
de Castro, além de temas de gestão e tendências do setor.
A plenária de abertura terá como tema “Mercado Brasileiro
de Tintas: um breve cenário de 2013, perspectivas para 2020
no Nordeste”, que será
proferida por Francisco
Racz, consultor independente na área de
negócios de tintas e relacionados, sobretudo,
na América Latina. Na
palestra serão apresentados os dados do mercado brasileiro de tintas
de 2013 segmentados,
com a evolução dos últimos anos. A evolução
Francisco Racz, consultor do mercado é relacioindependente na área de nada a fatores macroenegócios de tintas e relacionados, conômicos, sobretudo
sobretudo, na América Latina
com a evolução do poder
de consumo. Uma projeção
para os mercados relevantes
do Nordeste em 2020 será
apresentada, além de discussão sobre as oportunidades
no mercado do Nordeste e
como estar preparado para
estes desafios.
Ainda no primeiro dia, a grade
será encerrada com a RadTech South America, com a
palestra “Tintas de Cura UV
Ailton Rino Grando, diretor do
- Tendências e Aplicações”, que
Sindquímica – CE
será ministrada por Roberto
Caforio, gerente operacional da RadTech South America. “Em um
mundo cada vez mais globalizado, cresce a procura por tecnologias
que aliem desempenho e qualidade à sustentabilidade e, por isso,
as tintas de cura por radiação UV são cada vez mais uma alternativa.
Devido ao seu apelo ecológico, alta produtividade, flexibilidade
de formulação e qualidade
dos revestimentos, a tecnologia de cura por radiação
UV avança em direção aos
mais diversos sistemas e aplicações, presente no dia a dia
nos mais diversos produtos
e acabamentos. Vamos discutir de maneira abrangente
as principais características
dessa tecnologia bem como
suas tendências e aplicações
nos dias de hoje e para o
Maria Cristina Kobal Campos de futuro no mundo das tintas”,
Carvalho, presidente da RadTech revela Caforio.
South America O segundo dia traz a plenária
de abertura realizada por
Ailton Rino Grando, diretor do Sindquímica - CE. O fórum será encerrado com a palestra “Extensores de dióxido de titânio”, ministrada
por Luis Manuel Ribeiro Mota, consultor técnico e diretor da LM
Coatings Adviser. “O dióxido de titânio é o pigmento branco mais
utilizado em tintas em função de seu eficiente poder de dispersar a
luz visível, conferindo uma cor branca e um alto poder opacificante.
Embora tenha propriedades óticas e de resistência excelentes, o
seu custo faz com que seja constantemente alvo de estudos, com o
objetivo de otimizar o seu uso nas formulações de tintas em geral.
A procura de extensores tendo como objetivo o seu uso de forma
eficiente e almejando a sua otimização com a consequente redução
de custo das formulações é
um trabalho constante dos
fabricantes de tintas. Esse
assunto será abordado e discutido em detalhes na minha
apresentação”, afirma Mota.
Como novidade, o fórum
terá a presença da presidente da RadTech South
America, Maria Cristina
Kobal Campos de Carvalho,
que atuará como mediadora ao final das palestras,
coordenando as questões
Luis Manuel Ribeiro Mota,
apresentadas pelos parti- consultor técnico e diretor da LM
cipantes.
Coatings Adviser
Compromisso duradouro
Inovação constante
Infinitas possibilidades
Durante décadas a família de empresas Cristal
tem investido no futuro de titânio. Trabalhamos
em parceria com nossos clientes: juntos nós
desenvolvemos produtos de ponta e tecnologias
que liberam o potencial do titânio para ajudar a
construir um mundo mais limpo e mais brilhante.
Agora estamos tornando nosso compromisso
com o brilhantismo do titânio ainda mais claro
colocando todos os nossos negócios sob um
único nome, Cristal.
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T
If
o
tr
30 | Paint&pintura | Março 2014
13º Fórum Paint & Pintura de Tecnologia em Tintas
Dia 13 de março
Welcome Coffee
09:00 às 09:50
Plenária de Abertura
Ailton Rino Grando ‐ Diretor do Sindquímica ‐ CE
09:50 às 10:40
D'Altomare
Novas Tecnologias para Tintas Imobiliárias
Anselmo França ‐ Gerente de Vendas da Divisão Industrial
10:40 às 11:00
Coffee Break / Networking
11:00 às 11:50
Polystell
Aditivos Solucionadores para Formulações Premium
Afonso Monteiro – Gerente Comercial e José Jordano Pernomian ‐ Responsável pelas Vendas Técnicas e Mercado
11:50 às 12:40
quantiQ
Otimização de formulações através do uso de Hidroxietilcelulose
Sérgio Rubio ‐ Suporte Técnico, Marketing e Novos Negócios
12:40 às 13:40
13:40 às 14:30
Almoço
Imerys
Aditivos Minerais Multifuncionais
Leandro Bizarro da Rocha ‐ Gerente R&D and Innovation e Alexandre Lucato ‐ Gerente Técnico
14:30 às 15:20
Morais de Castro
15:20 às 15:40
Coffee Break / Networking
15:40 às 16:30
16:30 às 17:20
Eastman
O portfolio de Coalescentes da Eastman para atender iniciativas de regulamentação em VOC
Marcos Basso – Market Development manager, LAR
LM Coatings Adviser
Extensores de Dióxido de Titânio
Luis Manuel Ribeiro Mota ‐ Consultor técnico e diretor da LM Coatings Adviser
13º Fórum Paint & Pintura de Tecnologia em Tintas
08:30 às 09:00
Paint&pintura | Março 2014 | 31
UM ESTUDO INÉDITO E COMPLEXO
DO MERCADO DE TINTAS
1- Evolução do Mercado Brasileiro de Tintas –
Volume e faturamento (MM litros e US$ BI)
2- Mercado Brasileiro por Região
2.1- Tamanho de Mercado, Consumo Per Capita, Preço Médio
2.2- Características de cada mercado Regional
2.3- Crescimentos regionais de Mercado
3- Mercado Brasileiro por Canal de Distribuição
3.1- Características de cada Canal de Distribuição
3.2- Crescimento por Canal de Distribuição
3.3- Evolução de Canal de Distribuição
3.4- Participação dos concorrentes por Canal de Distribuição
4- Mercado por Segmento Qualitativo (Volume e Faturamento)
4.1- Características de cada mercado Qualitativo
4.2- Participação dos concorrentes por Segmento Qualitativo
4.3- Crescimentos regionais de Mercado
5- Mix de Mercado
5.1- Evolução do Mix de Produto Brasil
5.2- Mix de produto por Região Geográfica
6- Concorrência
6.1- Participação de Mercado por Concorrente
6.2- Venda dos principais fabricantes por Região
6.3- Participação dos Principais concorrentes por Região
6.4- Venda dos principais fabricantes por Canal de Distribuição
6.5- Participação dos principais concorrentes por Canal de Distribuição
7- Perfil do Consumidor
7.1- Quem compra tinta?
7.2- Quem Influencia na compra de Tinta?
7.3- Quem aplica Tinta por classe social?
7.4- Quem escolhe a cor?
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34 | Paint&pintura | Março 2014
Excelência em pigmento
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d e t i tâ n i o t o r n o u-s e u m p r o d u t o
insubstituível na formulação de tintas
e fundamental para alcançar uma
excelente qualidade do produto final
Lucélia Monfardini
Paint&pintura | Março 2014 | 35
Mercado
Victor Luis Maluf Amarilla, diretor técnico e de marketing
da Kalium Chemical, observa
o bom momento do mercado brasileiro. “A requisição
da diminuição de alíquotas
de importação de matérias
-primas, os formuladores de
nossa política econômica, o
estímulo ao desenvolvimento de unidades industriais
de matérias-primas estraLuciana Pires de Almeida Menezes, gerente
de produto da Bandeirante Brazmo tégicas, estimulando a im-
plantação de unidades
com escala mundial,
verticalizadas e utilizadas como plataforma
de exportação, farão
do Brasil e do mercado
de tintas um mercado
forte e menos vulnerável aos concorrentes
internacionais. Todos
querem o mercado
brasileiro pela sua dimensão, temos que
dar condições de deRegina Schwab Rufo, diretora
fesa aos produtores
comercial da Braschemical
de ataques ao nosso
mercado e transformá-los em unidades com capacidade
de exportação e não formular políticas de proteção, úteis
no curto prazo e completamente inúteis no longo prazo.”
Os tipos de dióxido de titânio mais utilizados no mercado
brasileiro de tintas são os pigmentos de forma rutilo e anatase. “Os cristais de rutilo apresentam uma estrutura mais
compacta que a forma anatase, o que explica as importantes
diferenças entre as duas formas, em particular tem elevado
índice de refração, maior estabilidade e alta densidade. O
alto índice de refração dos cristais de rutilo, que leva ao seu
maior poder opacificante e superior estabilidade exterior,
é a principal razão para seu uso preferencial em relação ao
anatase. O anatase é usado apenas em algumas aplicações
específicas em que é selecionado pela sua tonalidade azulada, sua habilidade de agir como branqueador óptico ou
sua baixa abrasividade”, informa Luciana Pires de Almeida
Menezes, gerente de produto da Bandeirante Brazmo.
O mercado também faz algumas exigências técnicas fundamentais no dióxido de titânio para a produção de tintas,
“sendo muito maiores quanto maior for a qualidade da
tinta que se queira oferecer ao mercado, como índice de
refração/cobertura, brancura e brilho. Neste sentido, é
muito importante atentar-se para a qualidade do dióxido
de titânio a ser utilizado na formulação”, alerta Luciana.
Na opinião de Carlo Piergallini, gerente de Technical Service
& Marketing da Cristal, o mercado brasileiro tem demandas
distintas dependendo da aplicação. “A Cristal atende o mercado com sua linha de produtos que vão desde os produtos
Dióxido de titânio
C
om maior poder de cobertura e uma brancura inigualável,
o dióxido de titânio é o melhor pigmento branco do mercado, proporcionando melhor custo benefício e uma grande
dispersabilidade em tintas e resinas. Ainda é fundamental
para a pigmentação e composição das cores e oferece muita
estabilidade à luz, fácil dispersão e resistência a intempéries.
Atualmente, as pesquisas e os novos desenvolvimentos seguem
em busca de produtos que ofereçam maior produtividade, com
menor custo e melhor desempenho do produto final, ampliando
o leque de aplicações. “Podem ser destacadas as composições
voltadas às tintas limpas (clean coatings), que se caracterizam
também pelo maior brilho, excelentes propriedades de dispersão e resistência a intempéries”, ressalta Camila Pecerini, chefe
de produto para América Latina da área de Inorganic Materials
da Evonik.
Ricardo Campos, diretor da CCQM, conta que antes da utilização
do dióxido de titânio eram utilizados outros pigmentos brancos,
como caulin, óxido de zinco e alguns outros minerais brancos, pois
na época o preço do dióxido de titânio era muito alto e o material
era difícil de ser encontrado no mercado. “Com a popularização
do dióxido de titânio esse quadro mudou e quase não se utiliza
mais outros pigmentos brancos devido ao custo benefício desse
material. Além de suas principais características, o dióxido de
titânio ainda oferece uma reflexão dos raios UV do sol, o que
dissipa o calor e aumenta a durabilidade da tinta. Esses atributos,
como cobertura da tinta, não tóxico, proteção contra UV, baixa
reatividade química e preço relativamente baixo, comparado a
outros pigmentos que não têm as mesmas propriedades, conferem ao dióxido de titânio a essencialidade no mercado de tintas.”
Dióxido de titânio
36 | Paint&pintura | Março 2014
produzidos pelo processo sulfato, como o TiONA R-KB-2
produzido em nossa planta na Bahia, bem como produtos
produzidos pelo processo cloro, como o TiONA 595. Na
área técnica, o mercado procura um dióxido de titânio que
apresente alta brancura, excelente poder de cobertura e
com reprodutibilidade na produção lote a lote, ou seja, de
qualidade constante. Além das características técnicas o
mercado procura por fornecedores globais confiáveis para
contar com eles nos momentos de escassez, como ocorreu
recentemente.”
José Carlos Bartholi, diretor comercial da Minérios Ouro
Branco, informa que existem dois tipos de dióxido de titânio
mais utilizados no mercado brasileiro, os fabricados pelos
processos de sulfato e cloro. “Dentre essas duas vertentes
temos muitas variações de tipos e aplicações específicas,
como tinta imobiliária, impressão, tinta em pó, OEM etc.
Além disso, também há as exigências do mercado no que
se refere ao dióxido de titânio para as tintas, como qualidade constante, brilho, alvura, cobertura e dispersão, e que
são os principais tópicos a serem analisados quando do
desenvolvimento e aplicação de TiO2.”
Francisco Júnior, executivo de contas de tintas, resinas e
construção da Química Anastácio, afirma que o Brasil é um
dos cinco maiores mercados mundiais para tintas. “O segmento de maior consumo no mercado brasileiro é o imobiliário, que representa cerca de 80% do volume total produzido
no Brasil. Para as tintas imobiliárias premium e standard
destacam-se o dióxido de titânio obtido do processo cloreto,
pela sua tonalidade azulada, conhecida como o branco mais
branco. Para a redução de custos, o RKB2
(Sachtleben) pode ser
misturado com o dióxido de titânio do tipo
sulfato e apresenta excelente desempenho,
durabilidade, fácil dispersão, boa cobertura
e solidez à luz. Para a linha imobiliária do tipo
econômica destaca-se
o dióxido de titânio de
tipo sulfato, na qual
Rodrigo Gabriel, diretor de
desenvolvimento da Carbono é utilizado o dióxido
de titânio BLR 601 (HenanBillions) e RKB2 (Sachtleben), atendendo a todos
os requisitos de qualidade e
custo. O mercado também
exige maior brilho, melhor
solidez à luz, excelentes
propriedades de dispersão
e resistência a intempéries
e a garantia de qualidade
de fornecedor.”
O mercado de tintas é muito
diversificado no que se diz
respeito aos setores de Ricardo Campos, diretor da CCQM
atuação, como tintas para
aplicações gerais, tintas para o setor automotivo, tintas para o
setor imobiliário e tintas para o setor de impressão. “Com base
nisso, as exigências basicamente são as mesmas, apesar do
diferente ramo de atuação, como, por exemplo, alto poder de
tingimento, poder de cobertura, índice de refração, facilidade de
dispersão, alvura, subtom azulado e baixa abrasividade”, destaca
Ferdinando da Silva, gerente técnico da Univar.
Para Rodrigo Gabriel, diretor de desenvolvimento da Carbono,
o mercado brasileiro utiliza produtos pela rota cloreto quando
há necessidade de uma alvura e resistência UV mais altas; e pela
rota sulfato quando se necessita de menor abrasividade, melhor
dispersão e cobertura. “Tudo isso, como regra geral, pois existem
as exceções. Entendo que para o mercado de tintas o produto
sempre tem que ter um tratamento de superfície inorgânico, e
alguns produtos possuem também a camada de tratamento de
superfície orgânica. Ainda é necessário oferecer produtos com
boa alvura e dispersão, resistência UV (para algumas tintas), além
de um portfólio de produto que possa ofertar produtos diversificados para tintas com maior ou menor brilho.”
Novos desenvolvimentos
De acordo com Piergallini, da Cristal, os últimos avanços em TiO2
têm ocorrido na área de ultrafinos. “Somos líderes de vendas
com tecnologia de ponta. Nesta área, a Cristal divulgou no último
Congresso da Abrafati sua inovadora linha de dióxidos de titânio
ultrafinos fotocatalíticos, quando apresentamos resultados práticos realizados em Londres, Manila e Paris. Nesses testes ficou
comprovado que nossos produtos usados na composição de
tintas ou em soluções coloidais atuaram eficientemente como
Service & Marketing da Cristal
pegada de carbono, resultando em produção ambientalmente mais correta para os produtos que hoje temos em
nosso portfólio”, completa Piergallini.
A sustentabilidade é um tema que está sendo desenvolvido
no segmento de tintas, como a redução de VOC e as inovações no sistema base água. “Também merecem destaque
as aplicações de nanotecnologia, que seguem sendo outra
importante vertente do trabalho dos profissionais que se
dedicam a pensar e a viabilizar a tinta do futuro. A Bandeirante Brazmo, como distribuidora da DuPont, líder mundial
em dióxido de titânio, oferece um portfólio de produtos
para atender as diversas necessidades de sua indústria, que
atende às tendências de tecnologia do mercado de tintas. O
R 706 é excelente para aplicações que requeiram alto brilho
inicial sem embaçamento, e retenção de brilho superior
durante a vida útil da tinta. Já o R-900 é um pigmento de
uso geral usado em pinturas alquídicas e à base de látex
para aplicações interiores, com brilho e semibrilho. Este
pigmento se dispersa facilmente, desenvolve alto brilho e
Dióxido de titânio
despoluentes do ar, reduzindo de forma considerável os níveis
de compostos nitrosos-NOx.”
Os novos desenvolvimentos em TiO2 ultrafinos fotocatalíticos
também seguem a tendência de produtos ambientalmente
corretos. “E ajudam os nossos
clientes a produzir tintas e revestimentos ambientalmente
corretos quando fazem uso
deles em uma formulação.
Para o TiO2 tradicional, nossos pesquisadores levam em
consideração os novos desenvolvimentos, tanto no uso
de produtos e componentes
como na aplicação final. Além
disso, temos revisado de forma constante nossos processos de produção globalmente
Carlo Piergallini, gerente de Technical com o objetivo de reduzir a
Soluções que distribuímos:
Paint&pintura | Março 2014 | 37
Empresa do Grupo Formitex.
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Dióxido de titânio
38 | Paint&pintura | Março 2014
proporciona máximo poder de cobertura em uma ampla
variedade de aplicações com brilho”, destaca Luciana, da
Bandeirante Brazmo.
A indústria de dióxido de titânio é complexa e bastante
sofisticada por requerer constante desenvolvimento tecnológico para produtos especiais. “O processo de produção
via cloreto se baseia na proteção ambiental. A DuPont,
nosso parceiro no dióxido de titânio, é pioneira no processo
via cloreto. Ele se diferencia do processo sulfato com uma
acentuada adequação às propriedades ópticas e melhoria
de qualidade”, ressalta Luciana, da Bandeirante Brazmo.
Há um esforço significativo da Kronos, representada pela
Evonik, em oferecer produtos que contribuam para a redução dos impactos ambientais na sua aplicação final e nos
processos produtivos. “Produtos de melhor desempenho
tendem a trazer benefícios, não apenas para a qualidade
das tintas, mas para sua durabilidade e aproveitamento,
o que gera um ciclo virtuoso de produtividade em toda a
cadeia. Destacam-se ainda os benefícios que esses insumos
oferecem às tintas à base de água, menos agressivas ao
meio ambiente, cuja produção e demanda vem crescendo
nos últimos anos”, afirma Camila.
Para Regina Schwab Rufo, diretora comercial da Braschemical, os últimos avanços têm se concentrado em pigmentos
com tratamentos para melhor dispersão, maior opacidade
e controle mais estreito de partículas. “A unidade da Finlândia, conhecida, principalmente, pelos pigmentos para a
indústria gráfica, lançou no ano passado o Sachtleben RDO,
com menor absorção de óleo, o que resulta em tintas com
menor viscosidade. Ainda na linha gráfica apresentamos ao
mercado o Sachtleben RFDI, com um ótimo custo benefício,
Camila Pecerini, chefe de produto para América Latina da
área de Inorganic Materials da Evonik
sem perder as principais
propriedades necessárias
para embalagens e impressão. No caso da Sachtleben, todas as fábricas têm
rigoroso controle para não
poluir o meio ambiente e
seguem essa tendência de
produtos ambientalmente
corretos.”
Amarilla, da Kalium Chemical, destaca que os novos
desenvolvimentos trazem
melhorias em processo.
“Essas melhorias visam Victor Luis Maluf Amarilla, diretor técnico
e de marketing da Kalium Chemical
a diminuição da emissão
de efluentes líquidos e
resíduos sólidos, tratamento de superfície de partículas cada
vez mais adequado a cada aplicação, regularidade no tamanho
das partículas primárias para aumentar a reflexão de todos os
comprimentos de onda, resultando em melhor poder de tingimento do dióxido de titânio, partículas primárias e aglomerados
de partículas primárias com alto grau de dispersão, e eliminação
de contaminantes, como, por exemplo, óxidos indesejáveis ao
processo. Além disso, a tendência são produtos com uma menor
emissão de efluentes e resíduos sólidos, quantidades de energia
menores para adequação do tamanho de partícula do pigmento
na tinta, bem como a elaboração de produtos mais resistentes
ao intemperismo. Tudo isso pode resultar em produtos energeticamente mais eficientes, ambientalmente corretos e em
melhores produtos, além de um espaço maior entre manutenção
e pintura de superfícies, o que acaba sendo benefícios na busca
da sustentabilidade.”
Pigmento insubstituível
Por causa da concorrência, o foco é sempre a redução de custos
com qualidade, substituindo ou reduzindo as matérias-primas de
suas formulações. No caso do dióxido de titânio, substituir 100%
atualmente não é possível pelo seu índice de refração, que o torna
insubstituível. “É possível reduzir seu percentual com outros tipos
de minerais inorgânicos, conhecidos como extensores de TiO2,
como, por exemplo, o litopônio, produto em linha apresentado
como solução para essa necessidade”, informa Júnior, da Química
Anastácio.
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April 7-9, 2014
Dióxido de titânio
40 | Paint&pintura | Março 2014
A sua substituição, seja total ou parcial, é extremamente
difícil sem que se corra risco de se reduzir também a qualidade dos produtos. “O que aumentou a procura pela sua
substituição foi a alta de preços ocorrida a partir de 2010,
mas agora que os preços retornaram ao seu ciclo de baixa,
essa busca de encontrar outra alternativa se reduziu, visto
que muitos dos produtos desenvolvidos para a substituição
parcial do dióxido de titânio, que eram economicamente
viáveis, podem deixar de ser. Ao invés de ir contra essa
situação, a Cristal tem acompanhado os desenvolvimentos
e, em alguns casos, participado de parcerias com empresas
de alta tecnologia para otimizar o uso de nossos produtos”,
revela Piergallini.
Rita Leoni, gerente da Unidade de Negócios da Univar,
afirma que é muito comum no mercado a procura por
produtos chamados extenders (extensores), ou cargas,
que são matérias-primas que substituem parcialmente o
dióxido de titânio. “Isso ocorre por causa da oscilação do
preço no mercado, o que muitas vezes inviabiliza o custo
final da tinta produzida. Frente a isso, os produtores de
tintas buscam alternativas, utilizando esses produtos que,
muitas vezes, não se igualam às características do dióxido
de titânio, que são únicas.”
Na opinião de Amarilla, da Kalium Chemical, sempre há a
necessidade de alternativas quando se trata de produtos
com o grau de importação, como o TiO2 tem para as tintas.
“A oscilação de preços e a necessidade de maiores investimentos em mineração de TiO2, para evitar a oscilação de
preços causada pela demanda diminuída em períodos de
pico, causam temor aos usuários de dióxido de titânio. Há
constantes desenvolvimentos de adjuvantes, como dióxido
de silício e outros produtos com tratamento de superfície
Rita Leoni, gerente da unidade de negócios da Univar
específico para substituição
parcial do TiO2. Isso diminui
a dependência do TiO2, mas
nunca o elimina.”
Já para Camila, da Evonik, a
procura pela substituição é
um processo natural e ajuda
a determinar a evolução do
setor. “Em geral, o mercado busca alternativas de
melhor custo benefício. A
Evonik, por exemplo, conta
em seu portfólio com o
Sipernat 820 A (sílico alumiJosé Carlos Bartholi, diretor
nato de sódio), um extender comercial da Minérios Ouro Branco
de titânio que substitui parcialmente o dióxido de titânio.”
Bartholi, da Minérios Ouro Branco, ressalta que o dióxido de
titânio é um produto caro, apesar da recente queda de preços.
“Isso impacta significativamente no custo final das tintas e revestimentos, razão pela qual os extenders são tão necessários
e existem constantes buscas, não pela substituição, mas pela
redução da utilização de TiO2, pois a cobertura, alvura e brilho
são insubstituíveis.”
A procura por substitutos tem o intuito de redução de custo na
tinta, porém ainda não há opção com a mesma performance que
o TiO2. “Outro motivo importante são as variações de demanda
e escassez, que implicam mudanças expressivas de preço desta
matéria-prima tão fundamental para o setor de tintas”, conta
Regina, da Braschemical.
Na opinião de Gabriel, da Carbono, a substituição é tentada sempre por conta de custo. “Acredito em produtos complementares
ao uso do TiO2 na formulação, mas quando se fala em substituição
com certeza haverá perda de alguma característica ofertada
pelo dióxido de titânio. Existe muita oferta de outros materiais
inorgânicos no mercado, mas poder de cobertura eficiente realmente só o TiO2 proporciona. Outras características também
são ofertadas, como a resistência UV (para determinados tipos
de TiO2), maior alvura da tinta, etc. Mas essas são características
que variam também em função do tratamento de superfície
ofertado no produto.”
Investimentos
As empresas fornecedoras de dióxido de titânio seguem cons-
CONTENTORES
Dióxido de titânio
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Paint&pintura | Março 2014 | 41
tantemente realizando investimentos neste
setor. “Ao contrário de alguns concorrentes no
mercado global de TiO2, que anunciaram venda
ou ‘spin off’ de seus negócios, a Cristal segue
investindo fortemente no negócio de TiO2. Este
ano iniciaremos a produção de ‘slag’ de TiO2 em
nossa fábrica em Jazan, Arábia Saudita. O slag é
uma das matérias-primas mais importantes para a
produção de TiO2, O investimento na primeira fase
é de US$ 450 milhões. Este investimento, aliado a
outros, como expansões na área de mineração,
soda-cloro, enfim na sua própria cadeia de produção, posicionam a Cristal em um nível diferente da Francisco Junior, executivo de contas
de tintas, resinas e construção da
maioria das empresas da indústria, ou seja, é uma
Química Anastácio
empresa a se portar fortemente como parceira
hoje e no futuro”, revela Piergallini.
A Bandeirante Brazmo, como distribuidora de dióxido de titânio da DuPont, investe constantemente em treinamento técnico de sua equipe, tendo o apoio da infraestrutura de
laboratórios próprios e de sua distribuída. “Outro investimento importante da Bandeirante
Brazmo é na logística de distribuição, propiciando um serviço cada vez mais ágil e preciso
ao cliente”, informa Luciana.
A Kronos, representada pela Evonik no Brasil, mantém pesquisas constantes para o
desenvolvimento de novas grades e componentes que proporcionem mais benefícios
aos clientes. “A Kronos, uma das líderes mundiais na produção de dióxido de titânio,
conta com minas próprias de ilmenita na Noruega, e fabrica sais de ferro e produtos
químicos à base de ferro ecologicamente corretos, como oxicloreto de titânio (titanium
oxychloride) e sulfato de titanila (tytanil sulphate), entre outros desenvolvimentos. No
caso do dióxido de titânio, a empresa dispõe de versões voltadas às tintas e outros mercados, com elevada qualidade e competitividade. Podem ser destacados os pigmentos
de última geração da linha Kronos”, destaca Camila, da Evonik.
A Minérios Ouro Branco é distribuidora do grupo chinês produtor de TiO2 CNNC Titanium Dioxide. “Os investimentos do grupo estão centrados em aumento da capacidade
produtiva e produtos de maior
brilho e alvura. Agora lançamos
um produto, o tipo R-2198, com
maior brilho e melhor cobertura. Da mesma forma, a CNNC
está realizando investimentos
para o aumento da capacidade
produtiva de 200 mil toneladas
por ano atuais para 500 mil em
2016. Para se ter uma ideia, 200
mil toneladas por ano é o conFerdinando da Silva, gerente técnico da Univar sumo anual médio do mercado
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Dióxido de titânio
42 | Paint&pintura | Março 2014
brasileiro. Portanto, o grupo CNNC, atualmente, supriria
quase que 100% do mercado brasileiro na sua atual capacidade. São cinco fábricas operando na China e uma sexta
fábrica sendo construída”, revela Bartholi.
Regina, da Braschemical, conta que o último investimento da Sachtleben foi a aquisição da fábrica de Krefeld.
“Essa aquisição somou 340.000MT de TiO2 e remanejou
a produção de forma a atender com diferentes grades de
importados oriundos de um mesmo site.”
Os investimentos da Química Anastácio estão focados em
colaboradores. “Montamos a estratégia de unirmos as
equipes dos departamentos de desenvolvimento, inteligência de mercado e comercial, na qual identificamos as necessidades dos clientes e criamos soluções inovadoras para
o mercado. Crescemos 20% no ano de 2013, e já fazemos
parte dos três principais importadores de matéria-prima
para o segmento químico”, ressalta Júnior.
Previsões
Apesar de o ano de 2013 não ter alcançado os resultados
esperados, as expectativas do mercado de dióxido de
titânio para este ano são bem melhores. “O ano passado foi um período de início de recuperação, depois de
resultados insatisfatórios em 2012. Embora a demanda
ainda não tenha alcançado os níveis desejados, vislumbra-se uma retomada do crescimento da economia global,
como já se vê nos Estados Unidos, Japão e alguns países
da Europa. Para o ano de 2014, as perspectivas são as
melhores. A recuperação global deve continuar positiva,
ainda que lenta e, no Brasil, setores como a construção
civil deverão registrar crescimento em níveis maiores do
que o ano passado, o que estimula o consumo de tintas
imobiliárias, responsáveis pela maior parte da produção
de tintas nacional. Vale ressaltar também o grande investimento que vem sendo feito na indústria automotiva.
Várias montadoras estão se instalando no Brasil e muitas
das que aqui já se encontram estão ampliando capacidade
produtiva. Isto com certeza trará aumento na demanda
de tintas automotivas”, prevê Camila, da Evonik.
Para a Braschemical, 2013 foi um ano que teve início com
boas expectativas da indústria, porém já no primeiro
trimestre não respondeu a estas expectativas. “A quota
do TiO2 saiu de forma tardia no ano e com quantidade
muito restrita (45.000MT e a promessa de mais uma quan-
tidade para o segundo semestre, o que não se concretizou). A
concorrência foi bem acirrada com muitos players asiáticos e
os preços se mantiveram baixos, mas com aumento do dólar.
No caso da Braschemical, nossa estratégia foi de apresentar
ao mercado a capacidade de produção maior da Sachtleben
devido à aquisição da fábrica de Krefeld e passar a confiança
ao mercado pela qualidade e constância nos embarques.
Enfim, foi um ótimo ano para a Braschemical, pois tivemos
o reconhecimento pela nossa parceira Sachtleben e pelos
nossos clientes quanto ao esforço de nosso trabalho técnico
e de toda a equipe. Nossa participação no mercado em vendas mais do que dobrou em 2013. Já este ano deve ser ‘flat’ e
certa consolidação no mercado deve ocorrer, porém estamos
prontos para enfrentar os desafios e continuar crescendo em
nossa participação nos mercados de coatings, imobiliário,
gráfico, plástico, papel, entre outros. Acabamos de abrir nosso
armazém próprio com laboratório analítico e de aplicação para
melhor atender as necessidades técnicas de nossos clientes e
parceiros”, destacou Regina.
Para a Cristal, que tem produção local de TiO2, a redução da
quota de 95 mil para 47,5 mil toneladas em 2013 foi bastante
favorável. “Terminamos o ano com vendas dentro das metas
determinadas pela empresa, apesar de o ciclo de baixa de
preço ter afetado o faturamento final. Para este ano, com a
cota de 120 mil toneladas somada às avaliações de analistas
da economia brasileira apontando para 2014 um cenário
relativamente estável, onde o consumo crescerá em ritmo
mais moderado, redução na atividade industrial, projeções
apontando elevação da inflação, maior depreciação do real e
volatilidade da taxa de câmbio, nós acreditamos que será um
ano mais competitivo e desafiador, já que essas perspectivas
afetam o mercado de dióxido de titânio à medida que trazem
incertezas aos clientes quanto à venda futura de seus produ-
market share. A expectativa para 2014 é de um ano desafiador, pela pressão cambial interferindo nos custos
da matéria-prima, e sendo impulsionado pela Copa do
Mundo, que exigirá investimentos significativos em
habitação e infraestrutura. Outros pontos a considerar
com relação ao crescimento de dióxido de titânio são: a
tendência dos carros brancos no mercado automotivo,
aumento da sinalização viária por meio de licitações e a
tradicional pintura das ruas em homenagem ao Brasil.
Para este ano temos a estratégia de ampliar nossa atuação no segmento de tintas, aumentando o portfólio de
produtos e oferecendo sempre as melhores soluções em
custo benefício para os nossos clientes.”
Já para Gabriel, da Carbono, o mercado de TiO2 foi
muito prejudicado em sua rentabilidade pela subida das
matérias-primas e a manutenção dos níveis de preços aos
consumidores. “Hoje, essa indústria é deficitária e precisa
se reerguer. Para 2014, o cenário não deve ser muito diferente. Esperamos que com as ofertas de venda de grandes
negócios e as aquisições recentes este panorama mude.”
Dióxido de titânio
tos, colocando-os em posição conservadora na aquisição de
dióxido de titânio”, analisa Piergallini.
Para a Minérios Ouro Branco, o ano passado foi excelente, com
crescimento em vendas e volume em mais de 50% em relação
a 2012. “As perspectivas para esse ano são mais modestas, não
muito, mas não nessa magnitude por alguns aspectos básicos.
O mercado está mais acirrado, preços em queda e alta oferta de
TiO2 nesse começo de 2014; a economia brasileira andando de
lado e uma possível crise cambial na Argentina, que certamente
terá reflexos no Brasil; sem contar com a própria aceleração
da valorização do dólar frente ao real, que este ano deverá se
intensificar. Por essas razões acreditamos num ano de crescimento mais moderado e muita briga de preço. Por ouro lado
nosso potencial de crescimento no mercado é imenso e estamos
traçando estratégias para continuar aumentando nosso market
share, como vimos fazendo nos últimos anos”, informa Bartholi.
Na opinião de Júnior, da Química Anastácio, o mercado de
dióxido de titânio no ano passado foi de baixo crescimento,
ficando próximo do PIB. “Porém, para a Química Anastácio
foi um ano de sucesso, onde conseguimos aumentar nosso
Paint&pintura | Março 2014 | 43
44 | Paint&pintura | Março 2014
Dióxido de titânio
Linha de Produtos
Bandeirante Brazmo
A Bandeirante Brazmo tem como principal grade o R902,
que por ser produzido pelo processo cloreto apresenta
características diferenciadas, como alvura, cobertura,
brilho, resistência etc. “Também temos o R-706, o qual
possui um tratamento superficial, possibilitando seu
consumo em diversos produtos”, destaca Luciana.
Braschemical
Para o mercado de tintas, a Braschemical tem uma linha
de produtos extensa para os principais segmentos como
imobiliária, automotiva, indústria, coil coatings, tintas gráficas, entre outros. “Destacamos os seguintes produtos:
Sachtleben RKB2 - principal pigmento para tinta imobiliária, considerado um produto universal para coatings;
Sachtleben RKB6 - alta performance em poder tintorial
e brilho com resistência a intempéries, indicados para os
mercados de coil coating, automotivo, tinta em pó e tintas
que demandem estas altas propriedades. Para o segmento gráfico, o principal pigmento consagrado no mercado
é o Sachtleben RDI-S, devido à baixa abrasividade e alto
brilho. Além disso, temos o RDE-2 - para laminação e foil
paper; o RD3 - para sistemas de cura UV; RDO para maior
cobertura e menor absorção de óleo (principal produto
lançado em 2013, proveniente da planta de Krefeld – Sachtleben); RFDI - opção em custo benefício para roto/
flexo e metalgrafia”, informa Regina.
CCQM
Atualmente, a CCQM dispõe de importantes produtos em
linha. “Temos o Titan 1002 - dióxido de titânio rutilo, com
excelente cobertura, largamente utilizado para tintas de
alto padrão, usado no mercado arquitetônico, automobilístico e repintura; Titan 1003 - dióxido de titânio rutilo de
uso geral, tem excelente desempenho, tanto no mercado
tintas e como em todos os segmentos, como também
no mercado de plásticos e masterbatches, além de ser
utilizado para alguns tipos de tinta, como de demarcação
viária; e o Titan 101 - dióxido de titânio anatase, utilizado
no mercado de vidros, plásticos, masterbatches e tintas de
modo geral, oferece alto poder de brancura e largamente
utilizado no mercado alimentício”, ressalta Campos.
Cristal
A Cristal disponibiliza um dos mais completos portfólios de
produtos ao mercado. “Somos o único produtor integrado de
dióxido de titânio na América do Sul, com a fábrica produtora
do pigmento na Bahia e com a mina de ilmenita na Paraíba,
que fornece a matéria-prima para nossa produção do TiONA.
Além do tradicional TiONA R-KB-2, destacamos o TiONA 595,
um produto cujo tamanho da partícula é cuidadosamente
controlado para garantir excelente desempenho em eficiência
óptica, dispersão, cor e estabilidade de cor, brilho e durabilidade. A partir deste ano disponibilizaremos para o mercado
brasileiro o TiONA RCL-9, um produto versátil de excelente
dispersibilidade, alto poder de cobertura em baixas camadas
para aplicações industriais que não requeiram durabilidade
exterior, como packaging, coil coatings interiores, E-coatings,
tintas industriais, gel coatings, etc.”, destaca Piergallini.
Outro produto de destaque da Cristal é o TiONA 696. “Este é
um produto de altíssima resistência às intempéries, comprovada em ensaios de laboratório e pelos vários anos de uso em
diversos mercados. Dessa forma, a empresa cobre todas as necessidades dos clientes na produção de tintas e revestimentos
nos setor arquitetônico, OEM, repintura automotiva, indústria
geral, tintas em pó, coil coatings, manutenção industrial, marítima, madeira etc.”, conclui Piergallini.
Evonik
A Evonik fornece ao mercado a linha da Kronos. “Temos os
seguintes produtos: Kronos 2190 - rutilo, produzido pelo processo sulfato, tem excelente poder de cobertura, e é muito
utilizado em tintas decorativas para interior; Kronos 2310 - rutilo, produzido pelo processo cloreto, tem excelente poder de
cobertura, alvura e resistência a intemperismo, muito utilizado
em tintas decorativas para exterior, tintas industriais e automotivas; Kronos 2360 - pode ser usado de maneira universal, ou
seja, para todos os tipos de tintas (tanto base solvente quanto
base água). Esse produto apresenta a mais alta resistência a
intempéries, alta opacidade e poder de cobertura, além de
ter ótima dispersabilidade, que permite obter tintas de alto
brilho”, garante Camila.
A empresa ainda destaca os produtos Kronos 2315 e Kronos
2064. “O Kronos 2315 promove excelente resistência a intempéries em combinação com alto poder de cobertura e opaci-
7TH EBDQUIM – Brazilian Congress of Chemicals and Petrochemicals Distributors
DISTRIBUIÇÃO – MISSÃO E VALORES
18 E 19 DE MARÇO DE 2014
Distribution – Mission and Values – 18 and 19 March, 2014
Palestrantes Confirmados – Confirmed Speakers
José Roberto Mendonça de Barros
Weber Porto – EVONIK
Isabel Figueiredo – BRASKEM
Franklin Santos – DOW
Aurélio Nogueira do Amaral – ANP
Carlos Eggers – BASF
Douglas Brown – NACD
Eduard Tora – EASTMAN
Júlio Danilo Ferreira – DPF
Uta Jensen-Korte – FECC
Moderador – Moderator
Luis Marcelo Freitas – PETROBRAS DISTRIBUIDORA
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Apoio:
Centro FECOMERCIO Eventos: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 1º andar – São Paulo – SP, Brasil
Dióxido de titânio
dade, além de alto brilho. É um pigmento especial que
atende as mais altas exigências de mercado para tintas
de aplicação para exterior. Já o Kronos 2064 promove
baixa abrasividade e é um excelente pigmento para tintas
de impressão de flexografia e gravura. Adicionalmente é
um pigmento universal para uso em tintas industriais. É
caracterizado pelo alto poder de cobertura e opacidade
e pode-se obter um alto brilho quando usado em tintas,
tanto base água quanto base solvente”, destaca Camila.
Kalium Chemical
A Kalium Chemical possui produtos maduros com características e benefícios. “Não há custo benefício melhor
que o dióxido de titânio para a cor branca nem tampouco
produto que reproduza suas características sem perder
outras. Não há branco com qualidade sem TiO2”, garante
Amarilla.
Minérios Ouro Branco
A Minérios Ouro Branco tem os principais tipos de dióxido
de titânio. “Temos o R-2196 multiuso e que é o mais popular
dos nossos produtos; o novo tipo R-2198 com maior brilho
e alvura; e o R-2219 destinado a plásticos. As vantagens
estão na alta qualidade, excelente performance e preços
extremamente competitivos, além de um suporte técnico
especializado para as mais diversas aplicações”, revela
Bartholi.
quantiQ
A quantiQ, representante da DuPont, tem como principal produto
para a linha de tintas, o Ti-Pure R-902+. “É um produto bastante
flexível, podendo ser utilizado em tintas industriais e decorativas.
Apresenta excelente alvura e poder de cobertura. Devido a um
tratamento que recebe em sua superfície e as condições especiais
de processamento, o Ti-Pure R-902+ apresenta ótima facilidade de
dispersão, o que propicia ao produtor ganhos de processo e otimização do teor de pigmento em sua formulação”, destaca Antonio
Tardivo, gerente de produto da quantiQ.
Química Anastácio
A Química Anastácio atua com soluções para o mercado de tintas nos
segmento imobiliário, tintas em pó, demarcação viária, impressão,
industriais, plásticos e adesivos. “Atendemos o mercado com os dióxidos de titânio RKB2 (Sachtleben) e BLR 601 (Henan Billions), ambos
produzidos pelo processo de sulfato; apresentam ótimo desempenho, durabilidade, fácil dispersão, boa cobertura, solidez à luz e baixo
custo. Estes dois produtos são reconhecidos internacionalmente pela
sua qualidade. Para aumentar a performance das tintas, a Química
Anastácio apresenta soluções logísticas por meio de sua importação
direta: Anastácio Import com entrega just in time”, destaca Júnior.
Univar
A Univar distribui o dióxido de titânio da Tronox, grade CR
828. “É um produto de alta performance, conferindo alvura,
facilidade de dispersão e baixa abrasividade”, ressalta Rita.
46 | Paint&pintura | Março 2014
Redução do imposto de importação
Mais uma vez foi aprovado, no mês de dezembro do ano passado, pela GCEX (que congrega secretários
-executivos dos sete ministérios envolvidos), o pleito da Abrafati para a redução da alíquota do imposto de
importação do dióxido de titânio de 12% para 2%, para uma cota de 120 mil toneladas, que será válida por um
período de 12 meses.
Veja a opinião dos principais fornecedores de dióxido de titânio sobre essa medida.
Revista Paint& Pintura: Essa medida tem beneficiado sua empresa?
Bandeirante Brazmo: “Tem beneficiado todo o
setor, facilitando a importação de um pigmento
muito importante uma vez que a produção local é
insuficiente para atender a demanda do Brasil. Com
a alíquota reduzida conseguimos ser mais competitivos,
favorecendo o nosso cliente”, anuncia Luciana.
Braschemical: “Sim, temos sido mais competitivos com
CCQM: “Esta e uma ação muito positiva, não apenas
para nossa empresa, mas para todo o mercado de
tintas, pois a redução do custo do dióxido de titânio,
matéria-prima impactante no custo de produção
das tintas, ajuda a promover o desenvolvimento
em diversos setores, como construção civil, automobilístico etc.”, ressalta Campo.
Cristal: “É importante recordar que a justificativa
para a redução da alíquota - risco de desabastecimento de dióxido de titânio no mercado brasileiro
- não foi e não será sentida no Brasil, pois o mercado
tem sido plenamente abastecido por nós e pelos
nossos concorrentes em condições compatíveis e
similares com as demais regiões do mundo. Como
único produtor brasileiro, a Cristal é prejudicada
com a redução da alíquota de importação, princi-
Dióxido de titânio
o advento da quota e incrementamos muito nossa participação no mercado brasileiro, principalmente na venda
indent. Em 2013, a quota foi muito restrita, o que promoveu uma corrida para a emissão das LIs nos primeiros
meses da medida, porém tivemos um crescimento muito
expressivo no ano”, conta Regina.
Carbono: “Essa medida favorece o mercado brasileiro,
que hoje necessita da importação para que seja atendido
na sua totalidade. Não há capacidade produtiva instalada no Brasil para atendimento do mercado interno.
Mas em contrapartida, entendo que esse regime de
cotas prejudica a fluidez do mercado, provoca correrias
para obtenção de licenças de importação, tentativas de
formação de reservas de mercado utilizando-se desses
documentos. Acredito que uma alíquota intermediária
de imposto seria uma saída mais inteligente e que proporcionaria um melhor equilíbrio”, esclarece Gabriel.
Paint&pintura | Março 2014 | 47
Dióxido de titânio
48 | Paint&pintura | Março 2014
palmente por afetar os fluxos sazonais de venda. A
medida tem como consequências colaterais negativas o aumento da imprevisibilidade, compromete
o planejamento de produção, a gestão de estoque
e capital de giro.
Pelo lado dos consumidores, o que temos observado em situações semelhantes no passado é que
a cota estabelecida provoca uma corrida às importações. Além da mencionada dificuldade imposta
ao produtor nacional, a cota coloca também enorme pressão sobre o capital de giro daqueles que
importam e que pelo temor do término da quota
acabam se antecipando e trazendo volumes muito
além da real necessidade e construindo estoques
exagerados.
Estes estoques em excesso, em um ambiente de
juros altos, o custo do capital associado às importações, que já é elevado por si, quando somados
à exposição cambial à qual os importadores se
submetem, à antecipação da carga de impostos
da nacionalização etc., pressionam os custos das
transações. Estes custos e riscos são frequentemente subavaliados pelos importadores e tornam
a medida ineficaz sob vários aspectos. De nosso
ponto de vista, a medida acaba por causar uma
distração, desviando a atenção dos reais fatores
que implicam o alto custo de produzir no Brasil, que
são relativos aos custos de energias, capital, mão de
obra, logística, como infraestrutura deficiente, burocracia e pesada carga tributária. Sem contar que,
no intuito de regulamentar e estabilizar o mercado
de TiO2, os governos dos demais países produtores do pigmento aplicam alíquotas de importação
como ferramenta disciplinadora e de proteção a
sua indústria”, analisa Piergallini.
Evonik: “Sim, a redução tributária sempre estimula
a atividade comercial e a produção, especialmente
porque impulsiona o mercado interno, facilitando
a importação de produtos indispensáveis às indústrias nacionais, com menores custos. Com isso,
consequentemente, ganham também as companhias
que produzem o dióxido de titânio com a possível
ampliação das vendas em determinadas situações”,
destaca Camila.
Kalium Chemical: “A diminuição de alíquota beneficia
a todos os usuários da matéria-prima. Diminui a possibilidade da entrada de tintas já formuladas no Brasil.
Esse procedimento deveria ter sido adotado para todas as matérias-primas que não tivessem excedentes
de produção no Brasil. Os empresários da indústria de
tintas não podem mais pagar a falta de investimento e a
incompetência das indústrias nacionais na produção de
matérias-primas na quantidade e preços competitivos”,
anuncia Amarilla.
Minérios Ouro Branco: “Sim porque somos importadores. Essa medida beneficia o mercado final, digo, os
produtores de tinta, não os importadores. Temos um
único produtor nacional que não supre 25% do mercado.
Portanto, um imposto de importação de 12% é um contrassenso que nem mesmo um discurso retrógrado de
proteção à indústria nacional tem sentido. A redução da
alíquota beneficia o consumidor final, a construção civil,
mercado automobilístico, impressão, plásticos, papel e
celulose, tudo que se relaciona a tintas ou pigmentação
branca”, afirma Bartholi.
Química Anastácio: “A redução da alíquota de importação é uma vantagem importante para abastecimento do mercado; essa redução beneficia a redução do
custo de nacionalização do produto, que, atualmente
tem a interferência da pressão cambial nos custos da
matéria-prima. É importante lembrar que é uma redução
limitada a uma cota de 120 mil toneladas; quando forem
liberadas as guias de importação com a redução da alíquota, a exemplo dos anos anteriores, vão se esgotar
rapidamente”, lembra Júnior.
Univar: “Sim, pois a produção local não atende a demanda de consumo no país”, informa Silva.
O evento será realizado nos dias 18 e 19 de março deste ano no Centro Fecomercio
de Eventos, em São Paulo, e reunirá as principais empresas nacionais e estrangeiras
ligadas à cadeia de produtos químicos
evento
7º Ebdquim será em São Paulo
A
Para mais detalhes, acesse o site www.associquim.org.br/
ebdquim2014.
Confira abaixo a programação do 7º Ebdquim:
Dia: 18 de março
08h00 - Credenciamento
08h30 - 08h45 - Abertura: Rubens Medrano - Associquim /
Sincoquim
08h45 - 09h45 - Palestrante solene: Weber Porto – Evonik
Degussa
09h45 - 10h15 - Coffee-break
10h15 - 10h45 - Palestra: Isabel Figueiredo - Braskem
10h45 - 11h15 - Palestra: Eduard Torá - Eastman
11h15 - 11h45 - Palestra: Douglas A. Brown - NACD
11h45 - 12h15 - Palestra: Júlio Danilo Souza Ferreira - DPF
12h15 - 12h30 - Perguntas e Respostas
12h30 - Almoço
20h00 - Coquetel
21h00 - Jantar
Dia: 19 de março
08h30 - 09h30 - Palestrante convidado: José Roberto Mendonça de Barros - MB Associados
09h30 - 10h00 - Coffee-break
10h00 - 10h30 - Palestra: Carlos Eggers - BASF
10h30 - 11h00 - Palestra: Uta Jensen-Korte - FECC
11h00 - 11h30 - Palestra: Franklin Santos - Dow
11h30 - 12h00 - Palestra: Aurélio Cesar Nogueira Amaral - ANP
12h00 - 12h15 - Perguntas e Respostas
12h15 - 12h30 - Encerramento
12h30 - Almoço
(* Programação sujeita a alterações)
Paint&pintura | Março 2014 | 49
Associquim-Sincoquim realizará mais uma
vez um dos principais eventos direcionados
ao mercado de distribuição de produtos
químicos, o 7º Ebdquim – Encontro Brasileiro
dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos, e que neste ano está de volta a São Paulo,
nos dias 18 e 19 de março de 2014, no Centro Fecomercio
de Eventos.
Este ano o evento terá como tema principal “Distribuição - Missão e Valores”. “A escolha do tema nos parece
muito adequada, pois, além de permitir uma reflexão
sobre nossas operações, permitirá o levantamento
de questões, soluções e sugestões para o avanço do
nosso setor”, declara Rubens Medrano, presidente da
Associquim-Sincoquim.
O 7º Ebdquim reunirá as principais empresas nacionais
e estrangeiras ligadas à cadeia de produtos químicos
- produtores, distribuidores, transportadores e consumidores industriais - para o debate sobre a distribuição
de produtos químicos e petroquímicos, tendências do
mercado, estratégias de gerenciamento, benchmarking
e networking com os maiores players do setor.
O Ebdquim já está mais do que consolidado no Brasil e
tem galgado rapidamente espaço nas agendas
internacionais, segundo
Medrano. “As entidades
têm empreendido todos
os esforços necessários
para a solidificação e expansão desta marca. Para
este ano, contamos com
o patrocínio da BR Distribuidora, Braskem, Dow e
Peróxidos do Brasil, além
do apoio das empresas
Rubens Medrano, presidente da
Associquim-Sincoquim associadas”, informa.
Dispersões Pigmentárias
50 | Paint&pintura | Março 2014
Especialidades e soluções
Com foco no setor de dispersão pigmentária, a A Tonal investe no
mercado de tintas e apresenta um portfólio de especialidades
Lucélia Monfardini
C
om metas expressivas de crescimento, a A Tonal entra para
o mercado de tintas com especialidades em dispersões pigmentárias diferenciadas e soluções
personalizadas para cada cliente.
Para isso, traz em seu portfólio o
desenvolvimento de novos produtos.
“Temos a linha Disperton SP multicompatível, para diversas bases de resinas, como resina poliéster, acrílica,
alquídica, nitrocelulose, melamínica,
dentre outras. Outro destaque é a
linha Disperton AL, específica para
resina alquídica longa modificada
para tintas base solvente. Mas hoje
nosso carro chefe são as dispersões
de óxido de ferro transparente em
resina alquídica, moídas em nível nanométrico, possuindo, assim, como
característica principal, a absorção
dos raios UV, excelente para fabricação de vernizes para proteção da
madeira”, destaca Rafael Maniglia,
químico P&D.
O portfólio da empresa também é
composto por outros produtos. “Na
linha base água temos o Disperton WB,
que é isento de resinas e APEO-free
com ampla compatibilidade para tintas
aquosas de alta performance. Já para
as tintas de impressão inkjet digital por
cura UV, temos o Disperton UV, moído
em oligômeros e monômeros. “Além
das dispersões de pigmentos, nosso
portfólio contempla também a linha
Inkton, que são tintas base água para
papéis, de impressão por rotogravura
em papéis decorativos, formuladas
com ligantes naturais de caseína; e para
finalizar, temos a linha Luroton, que são
soluções de caseínas naturais derivadas
do leite, utilizadas para fabricação de tintas
em geral e acabamento de couros, dentre
outras aplicações”, ressalta Maniglia.
Os produtos da A Tonal, conforme o químico, proporcionam grandes diferenciais
às tintas. “Dentre os principais podemos
mencionar a excelente estrutura de moagem, o rígido controle de qualidade, e a
altíssima capacitação de
nossos técnicos. Nossas
dispersões possuem garantia de qualidade assegurada, compatibilidade,
estabilidade, poder tintorial e concentração ideal
de pigmentos. Além disso, nosso diferencial é o
excelente atendimento
Leandro Maniglia, diretor geral da A Tonal
técnico personalizado, que visa atender
os clientes de maneira única, ou seja, trabalhamos para solucionar os problemas
pontuais de moagem de nossos atuais e
futuros clientes com produtos customizados. E são exatamente esses produtos
e diferenciais que estamos apresentando
com muito sucesso ao mercado de tintas”,
salienta Maniglia.
Fundação
A A Tonal, com quase três décadas de
existência, iniciou suas atividades no
ano de 1986 atendendo o mercado calçadista da cidade de Franca (SP), onde
se concentra o maior polo de calçados
masculinos do Brasil. Sua atuação em
princípio era a produção de tintas,
vernizes, cremes e ceras para serem
Leonardo Foroni, gerente de
marketing e comercial Novax
Laboratórios
Nas três unidades, a A Tonal conta com uma equipe de 30
químicos. “Ao todo são nove laboratórios, três em cada unidade. Os principais são: o de colorimetria, onde é realizado
o desenvolvimento de novas cores para novas tendências
de mercado, e o de pesquisa e desenvolvimento, de onde
saem os produtos tecnologicamente inovadores. O laboratório de moagem de pigmentos conta com os mais variados
equipamentos para testes e desenvolvimento de produtos,
dentre eles, citamos o moinho mini-Zetta, espectrofotômetros, infravermelho, scandex, turbula, dentre outros. Com
toda essa estrutura, conseguimos ter um perfeito controle
de qualidade, pois para nós o quesito qualidade está em primeiro lugar, pois essa é a nossa bandeira, tanto que já somos
certificados ISO 9001:2008. Além disso, procuramos sempre
desenvolver o que existe de melhor no mercado, com muito
diferencial”, garante Maniglia.
“Também investimos em nossos colaboradores e em tecnologia, inclusive visitamos todos os anos feiras no Brasil e no
exterior para conhecermos tudo o que existe de novidade
e últimas tecnologias para desenvolver produtos de ponta
para os nossos clientes”, informa Leonardo Foroni, gerente
de marketing e comercial Novax.
Meio ambiente
Preocupada com as questões ambientais e de sustentabilidade, todas as
unidades da A Tonal foram
projetadas e construídas
em conformidade com as
leis e as normas exigidas
pelos órgãos competentes.
“A gestão do controle de resíduos está em fase de certificação pela norma ABNT
NBR ISO 14001:2004”, informa Foroni.
Paint&pintura | Março 2014 | 51
Rafael Maniglia, R&D Chemist e
técnico de vendas da A Tonal
Estrutura
Atualmente, com cerca de
150 funcionários e três unidades produtivas, a empresa conta com uma estrutura
completa e moderna para
fabricação de dispersões
de pigmentos, tintas e correlatos para couro, plástico, papel e madeira. “Com
investimentos de US$ 15
milhões na unidade de dispersões, nossa capacidade
de produção de tintas é de
300 toneladas por mês e
de 200 toneladas por mês
de dispersões”, destaca
Maniglia.
A terceira unidade surgiu
com a necessidade de atender o mercado Norte e Nordeste do Brasil. Localizada
na cidade de Sobral (CE), é
capaz de realizar entregas
just-in-time de seus produtos para os clientes da região.
“Essa filial é uma montadora de tintas, não temos área de
dispersão de pigmentos, ou seja, fazemos as dispersões na
unidade de Franca e enviamos para a unidade do Nordeste”,
divulga Maniglia.
Dispersões Pigmentárias
aplicados no acabamento do couro na produção dos sapatos.
Com o passar dos anos, esse mercado foi se modificando, onde o
material sintético foi ocupando o espaço que antes era do couro,
como nos solados e cabedais, assim, a A Tonal se adequou à nova
realidade e passou a produzir tintas para calçados sintéticos,
hoje representando 70% do seu faturamento. “Com esse novo
formato de mercado a A Tonal resolveu verticalizar, produzindo
suas próprias dispersões de pigmentos, o que gerou economia
e extinguiu a dificuldade em encontrar bons players no mercado
que proporcionassem parcerias sólidas, ou que pudessem atender
a qualidade exigida pelos padrões A Tonal e o volume da produção
mensal”, conta Leandro Dorado Maniglia, CEO da A Tonal.
E daí surgiu a unidade de
dispersões pigmentárias,
que há quatro anos atende
as necessidades da própria
empresa e uma carteira de
clientes que vem aumentando exponencialmente.
Promotores de Adesão
52 | Paint&pintura | Março 2014
Mais aderência em qualquer substrato
Os novos desenvolvimentos em promotores de adesão têm foco na utilização de
matérias-primas mais sustentáveis e de menor impacto ao meio ambiente
Lucélia Monfardini
terminado processo que são: o
tipo de substrato,
as limitações de
aplicação e legislação vigente. “A
Eastman possui
diversos produtos para esse fim,
desde derivados
de sucrose para
utilização em esmaltes de unha,
passando por resinas poliésteres
Fernando Guirau, do departamento
para aplicação em
técnico / comercial da D’Altomare
filmes flexíveis,
monômeros acrílicos para aplicação em tintas prediais,
até chegar a linha de poliolefinas para aplicação em
diversos materiais de difícil ancoragem, como plásticos,
vidro e alumínio”, informa Marcos Aurélio Basso, gerente
de desenvolvimento de mercado para América Latina da
Eastman.
Paint&pintura | Março 2014 | 53
Desempenho
O principal ponto para a garantia de um bom desempenho é a escolha do promotor de adesão correto para a
aplicação do cliente, pois é um processo que envolve
muitas variáveis. “Pensando nisso, deixamos à disposição dos clientes nossos técnicos altamente qualificados
e focados no atendimento das necessidades do cliente.
Contamos também com laboratório de apoio, com
equipamentos específicos que ajudam para uma melhor
indicação. Os promotores de adesão muitas vezes auxiliam na ancoragem da tinta ao substrato, oferecendo,
consequentemente, melhor resistência à abrasão”,
destaca Fernando Guirau, do departamento técnico /
comercial da D’Altomare.
Para Carthery Jr., da Lubrizol, a eficiência de um promotor
de aderência é determinada pela tecnologia intrínseca
de cada produto. “Os promotores de aderência da Lubrizol, devido a sua tecnologia diferenciada, podem ser
utilizados eficientemente em outras aplicações, como
da passivação de partículas metálicas em tintas aquosas,
Promotores de Adesão
O
mercado brasileiro de promotores de adesão segue,
assim como todos os outros segmentos, as tendências
do mercado mundial no desenvolvimento cada vez mais
forte de produtos de baixo VOC, com elevadas concentrações e menor impacto ambiental. Além disso, o mercado
busca, incessantemente, produtos com melhor desempenho,
com benefícios, como proteção contra raios UV, formulações
com alto teor de sólidos e produtos que ofereçam uma adesão
eficiente em qualquer substrato e nos mais diferentes tipos
de tintas.
São diversos os esforços para trazer ao mercado produtos que
provoquem efeitos menos agressivos e mais sustentáveis. “O
desenvolvimento de tecnologias, insumos e matérias-primas
menos agressivas ao meio ambiente são uma tendência sem
volta e já fazem parte do dia a dia das grandes empresas. A
Evonik está bastante focada nestas questões”, comenta Alex
Fabretti, gerente da linha Coatings & Additives – Linha Tego
da Evonik.
A contínua busca por eficiência, seja na operação ou na aplicação dos coatings, e a redução de paradas de manutenção
fazem com que os consumidores sejam mais exigentes na escolha dos promotores de adesão e os utilizem com foco na durabilidade das estruturas que serão recobertas. “Quando se trata
de novidades para promotores de adesão, o que percebemos
é que cada vez mais este assunto está associado à busca da
propriedade de inibidores de corrosão. A tendência de aplicações do tipo DTM (direct to metal) também parece irreversível.
Os ganhos de produtividade e energia destes
sistemas justificam os
investimentos em tecnologias mais avançadas de recobrimentos”,
destaca Luis Arnoldo
Carthery Junior, gerente de negócios PCG
para América Latina da
Lubrizol.
Existe uma grande diversidade de sistemas
para a promoção da
adesão e algumas das
variáveis que definem
Carlos Russo, diretor técnico da
Adexim-Comexim a eleição de um de-
Promotores de Adesão
54 | Paint&pintura | Março 2014
ou atuando em sinergia
com pigmentos e aditivos anticorrosivos, colaborando na melhoria
da adesão. A aderência
ocorre com a ligação
entre os revestimentos
poliméricos e substratos
onde serão aplicados,
que solidificam após
aplicação para formar
uma película fina. As
Marcos Aurélio Basso, gerente separações reversíveis
de desenvolvimento de mercado destas fases podem ser
para América Latina da Eastman expressas pelo trabalho
de aderência. Há alguns
fatores que influenciam a eficiência, como a energia de
superfície e funcionalidade química, sendo importante a
compatibilidade entre o substrato e o revestimento (tinta
a ser aplicada), e também irregularidades superficiais e
possíveis contaminação do substrato, que diminuem a
aderência.”
Os produtos desenvolvidos pela Lubrizol oferecem também outros benefícios, podendo ser utilizados como
um pré-tratamento do metal para melhorar a adesão e,
consequentemente, a resistência à corrosão, com uma
retenção melhor do filme sobre o metal durante a execução de testes de adesão padrão da indústria. “Oferecem
ainda uma formação de filme em temperatura ambiente e
podem ser utilizados em sistemas base água ou solvente.
Os promotores de adesão da Lubrizol têm sido utilizados
com sucesso em diversos sistemas, entre eles, sistemas
poliuretano 2k, epóxi 2k, esmaltes de poliéster-melamina,
esmalte acrílico com melamina, vernizes acrílicos, alkyds,
poliuretano bloqueado etc.”, informa Carthery Jr.
Na opinião de Fabretti, da Evonik, para garantir a eficiência de um promotor de adesão é preciso levar em conta
sua qualidade e as propriedades com as quais é produzido. “Os promotores de adesão, por sua composição,
proporcionam outros benefícios, além de sua função
propriamente dita, como mais brilho e flexibilidade, maior
coesão em filmes e proteção contra corrosão.”
Álvaro de Assis Junior, diretor técnico da Silaex, ressalta
que, além do tratamento apropriado da superfície, a
adequação do promotor de adesão ao substrato é a primeira
observação para garantir a eficiência do produto. “Por melhor
que seja a cobertura sua durabilidade está intimamente ligada
à integridade de sua fixação.”
Mercado brasileiro
Existem várias químicas no mercado de promotores de adesão
que podem ser utilizadas em grande variedade de aplicações
no mercado de tintas brasileiro. “A D’Altomare atua com
promotores de adesão baseados em silanos reativos, que
atuam como agentes de acoplamento, melhorando a adesão,
resistência química das resinas termofixas e elastômetros
a superfícies inorgânicas. Além disso, temos visto uma alta
demanda por produtos com alto desempenho, ou seja, produtos que tenham um alto poder de adesão, que não afetem
as propriedades do filme das tintas, como alastramento e a
resistência à abrasão, isso tudo somado à preocupação em
manter os produtos ambientalmente corretos”, conta Guirau,
da D’Altomare.
A demanda por aditivos de alto desempenho e seguros para
o meio ambiente e para os formuladores está aumentando.
“A produção de tintas à base de água tem se intensificado e,
com isso, o mercado precisa de mais aditivos adequados a
este tipo de produto, bem como os que promovam melhor
adesão de tintas de cura UV, mas em menor escala. Os tipos de
promotores de adesão mais utilizados no mercado brasileiro
de tintas são: surfactantes modificados com silanos, silanos
e polietersiloxanos, resinas cetônicas, poliésteres especiais
etc.”, afirma Fabretti, da Evonik.
Para Basso, da Eastman, o mercado tem exigido promotores
de adesão de alta compatibilidade com uma diversificada
quantidade de sistemas/tecnologias de pinturas e robustez de
Alex Fabretti, gerente da linha Coatings & Additives –
Linha Tego da Evonik
Luis Arnoldo Carthery Junior, gerente de
negócios PCG para América Latina da Lubrizol
“A relação custo benefício é imprescindível para nos
destacarmos no mercado onde atuamos nos dias de
hoje. Em resumo, o produto precisa obviamente aderir
ao substrato, mas também ter a proteção contra corrosão. Existem diversas tecnologias de promotores de
aderência. O que determina a eficiência do produto é
basicamente o substrato onde a tinta é aplicada. No caso
dos produtos da Lubrizol, a recomendação é a aplicação
em substratos metálicos.”
André Victor Danc, gerente de marketing Silanos para
América Latina da Momentive Performance Materials,
informa que, nos últimos anos, as vendas de silanos promotores de adesão vêm crescendo pela maior exigência
das indústrias, que estão cada vez mais buscando produtos para obtenção de melhorias no desempenho e na
qualidade de tintas e revestimentos. “Como a Momentive
possui uma ampla gama de produtos que atendem a diversos requisitos, e pelas maiores exigências de qualidade
requeridas pelos fabricantes de tintas, o desempenho
das vendas de silanos promotores de adesão apresentou
Promotores de Adesão
performance com diversos tipos de plásticos e suas misturas.
“Em termos de volume, o segmento de plásticos de engenharia
é o mais significativo e, neste caso, os sistemas de flambagem,
chama e promotores de adesão à base de poliolefinas são os
mais utilizados no mercado brasileiro de tintas.”
Carthery Jr, da Lubrizol, informa que o mercado exige alta
eficiência do produto, com o mínimo possível de dosagem.
Paint&pintura | Março 2014 | 55
Promotores de Adesão
56 | Paint&pintura | Março 2014
crescimento em 2013.” Ele ainda ressalta a tecnologia dos
produtos: “Quando um silano contém um grupo funcional capaz de interagir com os monômeros ou resinas,
ele pode produzir efeito na adesão e nas propriedades
mecânicas de tintas e revestimentos.”
Carlos Russo, diretor técnico da Adexim-Comexim, destaca que para as tintas de alta qualidade, os promotores
de aderência acrílicos isentos de silicone são os mais
solicitados no mercado brasileiro. “Isto porque evitam
provocar outras possíveis imperfeições. Além disso, o
setor exige que os produtos evitem efeitos colaterais,
como os provocados por silicones.”
Avanços tecnológicos
As novas tecnologias empregadas nos promotores de
adesão seguem a tendência de produtos ambientalmente corretos. Como, por exemplo, o sistema CoatOSil
MP 300, da Momentive Performance Materials, para
pré-tratamento de metais, sendo híbrido, baseado em
silano organofuncional e sol gel, solúveis em água. “Esta
tecnologia de pré-tratamento em nanoescala base água é
livre de cromo ou fosfato e pode ser usada em múltiplas
aplicações de metais. O pré-tratamento cria ligações
químicas covalentes, tanto para os metais quanto para
as tintas, aumentando a adesão da tinta no substrato e
proporcionando uma excelente proteção à corrosão para
substratos de aço e alumínio”, destaca Danc.
Os promotores de aderência da Lubrizol são fabricados
com matérias-primas
APEO-free, NMP-free
e formaldehyde free.
“Com base em algumas pesquisas a utilização incorreta destas substâncias pode
causar degradação ao
meio ambiente, com
efeito danoso sobre a
vida aquática, além de
serem potencialmente cancerígenas, e associadas com alergias
André Victor Danc, gerente de
e desenvolvimento
marketing Silanos para América Latina
da Momentive Performance Materials de outros problemas
de saúde. Com base nestas
premissas, a Lubrizol tem
seguido a tendência que
o mercado tem exigido,
onde a utilização destes
produtos APEO, NMP e Formaldehyde seja totalmente
eliminada, minimizando
os impactos ambientais e
a saúde dos operadores,
desde a produção até o
descarte. Dentro da linha da
Lubrizol também existem
Álvaro de Assis Junior, diretor
promotores de adesão para
técnico da Silaex
sistemas à base de água,
viabilizando esta aplicação
que sabidamente gera menor impacto ao meio ambiente”,
informa Carthery Jr.
Assis Jr, da Silaex, divulga que a nanotecnologia tem desenvolvido aditivos com performances extraordinárias em
quantidades muito pequenas. “Esta é a linha para desenvolvimento de novos produtos. Estamos em pesquisa de
promotores de adesão de camada delgada com eficiência
em ambientes marítimos.”
Expectativas
O consumo de promotores de adesão segue o desenvolvimento
do mercado de tintas. “Com a atividade industrial reduzida e o
menor crescimento da economia, 2013 foi de baixos índices de
evolução para estes produtos. A expectativa é de que 2014 seja
de maior crescimento para todo o segmento da construção, bem
como da economia como um todo e dos setores industriais”,
anuncia Fabretti, da Evonik.
Basso, da Eastman, informa que em termos de volume o mercado de promotores de aderência de sua empresa segue o
crescimento do segmento automotivo. “E tem como catalisador
a constante substituição de componentes de maior peso, como
o aço, por produtos mais leves, como o plástico e alumínio,
ambos produtos de difícil adesão.”
Para Guirau, da D’Altomare, o mercado de promotores de adesão oscila de acordo com o mercado de tintas em geral. “Apesar
de termos vivido um cenário desafiador em 2013, conseguimos
auxiliar diversos clientes com soluções inovadores em promotores de adesão, o que gerou novas vendas como consequência.”
Linha de Produtos
D’Altomare
A D’Altomare possui em sua linha de promotores de adesão uma grande variedade de
silanos, cuja indicação é baseada na estrutura química da resina orgânica e do substrato.
“Os silanos são muito reativos e atuam como agentes de acoplamento para melhorar
a adesão e a resistência química das tintas sobre superfícies inorgânicas. Podemos
destacar em nossa linha os silanos: Xiameter OFS 6040 (3-Glicidoxy propyl trimethoxisilane), Xiameter OFS 6020 (Amino ethyl amino propyl trimethoxisilane), e Xiameter
OFS 6030 (Viny ltrimethoxisilane). Além disso, vale destacar que a grande maioria de
nossos promotores de adesão é 100% de sólidos e com baixo VOC”, ressalta Guirau.
Além dos produtos, a empresa conta com laboratório aplicativo de tintas e revestimentos, com equipamentos específicos que ajudam em uma melhor indicação e no
desenvolvimento de novos produtos e aplicações, auxiliando o desenvolvimento de
inovações para esse mercado.
Evonik
A Evonik oferece a linha de promotores de adesão Tego, que conta com diversos itens
voltados à fabricação de tintas para vários segmentos e vernizes. “Estes produtos são
considerados co-binders que entram na formulação, promovendo melhor ancoragem da
tinta/verniz no substrato ou mesmo melhorando a adesão de intercamadas. Podemos
citar o Tego AddBond LTW, que é largamente utilizado em tintas automotivas e can/coil
coatings. Novas regulamentações solicitam que produtos que possam ter contato direto
Paint&pintura | Março 2014 | 57
Eastman
A Eastman tem uma série de produtos promotores de adesão, dentre eles a tradicional linha de CPs, como CP 343-1 e CP 343-3 ambos amplamente utilizados em
substratos de difícil adesão, CP 310W, uma versão base água da linha 343, e Advantis 510W, desenvolvido sem a utilização de cloro e APEO free. “Todos os novos
desenvolvimentos da Eastman, independentemente do segmento de mercado, têm
por princípio ser um produto sustentável. Inclusive, temos o desenvolvimento de
poliolefinas isentas de cloro, além de produtos base água, como o Advantis 510W
e CP 310-W”, destaca Basso.
Promotores de Adesão
Adexim-Comexim
A Adexim-Comexim fornece ao mercado brasileiro os produtos da Estron Chemical, dos
Estados Unidos, que tem desenvolvido vários produtos para o setor. “O mais recente
desenvolvimento é o Resiflow 3N, que, além de excelente agente de fluxo acrílico, tem
como principal função a aderência total entre as camadas de tintas (primer, acabamento,
verniz etc.), compatível em sistemas base água, solvente ou sem solvente. Os produtos
da Estron são acrílicos de alto nível por excelência, inclusive temos laboratórios desenvolvendo produtos e aperfeiçoando aplicações dia a dia”, destaca Russo.
“No nosso caso, o promotor de aderência acrílico é um agente de fluxo e nivelamento
compatível com todos os sistemas”, completa.
Promotores de Adesão
58 | Paint&pintura | Março 2014
ou indireto com alimentos sejam isentos de formaldeído
e de bisfenol A residual (Badge). Toda a linha AddBond da
Tego está de acordo com estas novas regulamentações
e pode ser utilizada sem nenhuma restrição. O Tego
AddBond LTH tem seu uso mais difundido no mercado
de tintas de impressão, promovendo a melhor aderência
em filmes de embalagem, podendo ser utilizado em sistemas convencionais base solvente ou de cura UV. Temos
também o Tego VariPlus 3350 UV, que é indicado como
promotor de adesão nos mais diversos tipos de tintas e
vernizes de cura UV”, divulga Fabretti.
No que diz respeito aos co-binders, a Tego disponibiliza
produtos que promovem a adesão de sistemas à base
d’água e UV. “Para sistemas à base d’água há o Tego
VariPlus DS50. Outra boa alternativa para tintas de
impressão e decorativas é Tego ADDID 911. A Evonik
também oferece ao mercado os promotores de adesão
da linha Dynasylan, de silanos bifuncionais: moléculas
que reagem com sistemas orgânicos (como a tinta) e
inorgânicos (como substratos metálicos). É justamente
esta bifuncionalidade que promove características como
excelente adesão a diversos substratos, como vidro,
alumínio, concreto e aço; maior resistência à abrasão
e aos raios UV; maior resistência à corrosão e maior
durabilidade da tinta devido ao incremento no grau de
reticulação da mesma”, destaca Fabretti.
A linha conta com mais de 150 opções e cada aplicação
deve ser considerada para escolha daquela que trará
mais benefícios para a formulação como um todo. “Como
exemplos, podemos citar Dynasylan Ameo, Dynasylan
Triamo, e Dynasylan Hydrosil 1151, com 40% de silano ativo
(amino-funcional) em água, proporcionando formulações
livres de VOC”, informa Fabretti.
A Evonik investe constantemente nos diferentes mercados em que atua, tanto no desenvolvimento de novos
itens, como no aperfeiçoamento do portfólio existente.
“No Brasil lançamos, no ano passado, o laboratório de
aplicações Tego, que é capaz de testar a eficiência destes
aditivos”, conclui Fabretti.
Lubrizol
A Lubrizol disponibiliza para o mercado diversos produtos na linha de promotores de aderência, entre os
quais destacam-se aqueles indicados para adesão em
metais ferrosos, sendo compatíveis com resinas alkyds termofixas, acrílicos, poliésteres, lacas etc.; e uma linha específica para superfícies, como alumínio, aço galvanizado e aço
laminado á frio. “Como mencionado os produtos Lubrizol
podem ser utilizados em sistema base água ou solvente, em
alguns casos podem melhorar a flexibilidade e a resistência
mecânica da tinta, com eliminação da laminação, ferrugem
e bolhas. Sua tecnologia reduz a penetração osmótica e
capilar de eletrólitos corrosivos e o uso de catalisadores”,
anuncia Carthery Jr.
Um exemplo de benefícios da linha Lubrizol de promotores
de adesão é no caso do uso em sistemas base solvente.
“Neste caso, o nível de catalisador pode ser reduzida em
até 50%, mantendo as propriedades do revestimento. Estes
aditivos podem interagir com os secadores, reduzindo as
propriedades de secagem de um revestimento alquídico
ao ar seco, e também são compatíveis em sistemas sem
utilização de pigmento”, destaca Carthery Jr.
Momentive Performance Materials
Para tintas imobiliárias, a Momentive Performance Materials disponibiliza os vinil silanos Silquest A-171e Silquest
A-151, e o silano metacrílico Silquest A-174NT, para serem
incorporados em resinas durante a polimerização em emulsão. “Estes silanos proporcionam uma excelente adesão
aos substratos, bem como um aumento significativo na
resistência à abrasão úmida e melhoria da hidrofobicidade”, garante Danc.
A Momentive também desenvolveu o novo CoatOSil
MP200, um silano oligômero epóxi funcional que pode
ser utilizado como promotor de adesão em tintas e revestimentos à base de sistemas acrílicos, de poliuretano
e epóxi. “O produto tem um alto peso molecular com
estrutura polifuncional, tendo grupos gama-glicidóxi e
grupos metóxi. Foi desenvolvido para reduzir emissões
de metanol em consequência da hidrólise do material em
comparação com silanos epóxi monoméricos. É particularmente apropriado para dispersão de pigmentos
metálicos em sistemas base água. O anel gama-glicidóxi
propil epóxi disponível no CoatOSil MP 200 pode reagir
com diversas funcionalidades orgânicas. Os grupos alcóxi
silano, também disponíveis na estrutura oligomérica, se ligam fortemente sobre substratos inorgânicos, oferecendo
tintas são os isocianato silanos Silquest A-Link 25
e o Silquest ALink 35. Além dos investimentos em
novos produtos, a Momentive continua investindo
em seu laboratório de assistência técnica para a área
de tintas, localizado em Itatiba (SP), como forma de
ajudar seus clientes no desenvolvimento de produtos
e aplicações, e de fortalecer ainda mais, a pré e pós-venda dos silanos CoatOSil e Silquest”, finaliza Danc.
Silaex
A Silaex basicamente tem dois tipos de promotores de
adesão, como um aditivo à base de silano para ser acrescido à composição das tintas, e formulações de silanos
para tratamento de cargas. “São usados em quantidades
abaixo de 1%, o que os torna bastante econômicos”,
informa Assis Jr.
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Paint&pintura | Março 2014 | 59
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eficiência suas instalações comerciais e industriais.
Promotores de Adesão
melhor aderência antes e após exposição à umidade para
vários sistemas de resinas e/ou fornece mecanismo de reticulação por meio da condensação dos grupos silanóis”,
explica Danc.
As aplicações típicas podem ter diversos benefícios com
o uso do silano CoatOSil MP 200. “Entre eles: melhoria de
adesão em substratos e boa estabilidade à estocagem de
várias dispersões aquosas acrílicas, vinil-acrílicas, de poliuretano e epóxi. Além disso, a reticulação de dispersões
aquosas acrílicas, estireno/acrílicas, dispersões de poliuretano ou epóxi proporcionará excelentes propriedades de
resistências química e mecânica para tintas”, destaca Danc.
Os aminosilanos Silquest A-1100, Silquest A-1120 e Silquest
A-1130 e os epóxi silanos Silquest A-186 e Silquest A-187 já
são amplamente utilizados como promotores de aderência em diversas tintas base solvente. “Esses produtos são
utilizados em aplicações na indústria automobilística e em
manutenção industrial. Outros produtos que vêm sendo
anuncio_Sellsolutions_meia_pag_28-11-13.pdf
1
28/11/13
12:31
cada vez mais utilizados como promotores
de adesão
em
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11 4574 9940 / 9941
Investimentos
60 | Paint&pintura | Março 2014
Datacolor inaugura filial no Brasil
A fornecedora de soluções para o controle de cores anunciou a constituição de
sua mais nova filial em São Paulo
Lucélia Monfardini
A
Datacolor, fornecedora global de gerenciamento de cores, fez a inauguração de
sua mais nova filial, no dia 4 de dezembro,
localizada no bairro da Barra Funda, em
São Paulo. Com a filial de São Paulo, a empresa
estará muito bem preparada para participar do
crescimento no mercado brasileiro, fornecendo
soluções para o gerenciamento de cores em
indústrias, como têxtil e confecções, tintas e
plásticos.
Uma equipe regional com longa experiência e especialistas em cores proporcionarão aos clientes
acesso às soluções de gerenciamento de cores
exclusivas da Datacolor, incluindo ferramentas
para medir, visualizar, formular e fazer o controle
de qualidade de cores, bem como treinamentos
específicos sobre cores e seminários. A empresa
será gerenciada por Ricardo Lovetro. “Essa nova
filial já foi montada pensando no futuro com toda
a estrutura para melhor atender nossos clientes
e abrigará os departamentos comercial, técnico
e administrativo. Haverá um estoque de peças
e equipamentos, uma área de laboratório para
realização de treinamentos, workshops, pequenos
serviços de reparo e, no futuro, desenvolvimento de
base de dados, auditório para seminários de cores com
capacidade para 50 pessoas e uma sala de treinamento
para até 20 pessoas”, informa Ricardo Lovetro, managing director da Datacolor Brasil.
Serviços
Com a centralização dos serviços técnicos, a Datacolor
irá aprimorar e organizar seu atendimento com respostas
mais rápidas, minimizando assim paradas nos processos
produtivos. “Nossos representantes de vendas terão um
respaldo muito maior e estarão totalmente conectados
com todos os lançamentos e tecnologias para detectar
Ricardo Lovetro, managing director da Datacolor Brasil
Investimentos
com maior facilidade as necessidades dos clientes e
indicar a melhor solução para cada um dos casos. Em
resumo estaremos muito mais perto de nossos clientes
e parceiros para auxiliar e também fazer parte do desenvolvimento dos mercados envolvidos e do Brasil. Nosso
objetivo agora é entregar aos nossos clientes regionais
um excelente serviço e produtos com altíssima qualidade, com um preço justo e acessível”, garante Lovetro.
Na nova filial os serviços, equipamentos e peças de
reposição serão faturados em moeda local. “Vamos ter
estoque de peças de reposição, com o objetivo de otimizar nossos tempos de resposta e ter um faturamento em
moeda local. Além disso, estaremos estocando equipamentos com maior giro para uma entrega mais rápida aos
nossos clientes e atender o mercado da melhor forma”,
declara Lovetro.
Empresa
Uma empresa de capital suíço, com presença global
em vendas, serviços e suporte de rede, atendendo a clientes em 65 países da Europa, Américas
e Ásia, por meio de seus 14 centros de operação
e produção. Indústrias atendidas pela Datacolor
incluem vestuário e têxtil, tintas e revestimentos,
plásticos, fotografia, home theater, entre outras.
“A Datacolor é uma empresa líder global em soluções de gerenciamento de cores e tecnologia para
comunicação de cor. As marcas líderes mundiais,
fabricantes, profissionais criativos e consumidores
têm escolhido as tecnologias e as soluções inovadoras da Datacolor para alcançar de forma consistente
a cor certa por mais de 40 anos”, finaliza Lovetro.
Paint&pintura | Março 2013 | 61
Mercado brasileiro
O Brasil, com dimensões continentais e sendo parte do
BRICS, tem chamado a atenção de diversas empresas
globais internacionais. Além disso, é um dos principais
centros industriais da América Latina e possui um potencial enorme de crescimento. “A Datacolor, com sua
nova estrutura, quer fazer parte dessa história e crescer
juntamente com o mercado brasileiro”, anuncia Lovetro.
A filial de São Paulo será o centro de operações para toda
a América Latina num futuro próximo. “Estamos muito
animados por ter nosso próprio negócio no mercado brasileiro. São Paulo é um dos principais centros industriais
da América do Sul e possui uma excelente localização
para expandir ainda mais a nossa presença. Estamos
ansiosos para oferecer aos clientes nesta região
nossos produtos e serviços com ótima qualidade”,
afirma Albert Busch, CEO da Datacolor.
indústria em destaque
62 | Paint&pintura | Março 2014
Há 70 anos investindo no Brasil
Prestes a completar sete décadas de atividades no Brasil, a Sherwin-Williams
faz projeções de crescimento no País e no mundo
A
tualmente, várias empresas estrangeiras têm
sede no Brasil ou planejam instalar-se aqui. A
boa fase econômica tem sido um dos estimulantes, o que coloca o Brasil como o quarto
país que mais recebeu investimentos estrangeiros no
mundo nos últimos dez anos, com um total de US$
177,32 bilhões, superado apenas por China, Estados
Unidos e Índia. Os dados são da Comissão Europeia.
A Sherwin-Williams, porém, seguiu o caminho diferente e instalou-se no Brasil há quase 70 anos - e não
se arrependeu da escolha, já que o País atualmente
representa a segunda maior operação empresa.
O que o futuro reserva
No ano passado, a Sherwin-Williams fechou com faturamento na casa dos US$ 10 bilhões e já tem planos
estabelecidos até 2016, ano em que completará 150
anos no mundo e quando pretende atingir o faturamento de US$ 15 bilhões.
Todas as metas mencionadas fazem parte do “Team
150”, estratégia que estabelece diversas metas de
atuação. Outra vertente será entrar em mais países
e crescer em todos
eles; atualmente, o
grupo está presente em mais de 100.
“Não queremos
crescer em apenas
um só país, mas
sim mundialmente.
Nos Estados Unidos
somos líderes; no
Brasil, o terceiro
colocado; no México, o segundo.
Queremos um cresCristina Piccolotto, diretora de cimento global”,
recursos humanos afirma David Ivy
Primeiros colaboradores da Sherwin-Williams
Junior, diretor de marketing da Sherwin-Williams no Brasil.
As metas são grandiosas, e Ivy explica que para alcançar os
números a equipe trabalha há anos. “No Brasil, nossa intenção é crescer além do PIB (Produto Interno Brasileiro), acima
do mercado. Para conseguir esse resultado, trabalhamos
muito, implantamos o nosso nome, aumentamos o market
share ano a ano.”
Os eventos esportivos são outra aposta da empresa, em especial os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. “Já fizemos
reuniões com órgãos organizadores e tivemos a informação
de que eles estão mais preocupados em usar produtos que
deixem um legado duradouro, em vez de beleza momentânea.
Também pintamos algumas estruturas metálicas dos estádios
da Copa, em Natal e Fortaleza, com a linha industrial”, diz,
citando duas das cidades-sedes da Copa do Mundo deste ano.
“É provável”, prossegue o executivo, “que nos Jogos Olímpicos tenhamos algumas parcerias, maiores do que na Copa.
Até porque acreditamos que este ano será atípico devido ao
grande número de pausas em função dos jogos e das eleições
presidenciais, por isso, o nosso grande desafio está em 2015.”
Só que os lançamentos não param. Ivy contou com exclusividade para a revista que antes dos Jogos a Sherwin-Williams
lançará três produtos. Depois, serão outros seis. E, sem dar
detalhes, adianta que em breve a empresa apresentará um
produto surpreendente. “Não posso dizer agora,
mas nos Estados Unidos estão em fase final de
testes produtos que vão revolucionar a maneira
de aplicar tinta. Em breve, todos saberão da
novidade.”
Inovações e novas tecnologias
Outra recente conquista da Sherwin-Williams foi
entrar na lista das 100 empresas mais inovadoras
do mundo, segundo o ranking elaborado pela
revista Forbes. A companhia está em 49° lugar. O
ranking é criado a partir de um indicador chamado pela publicação de “prêmio de inovação”.
Trata-se de uma ação que projeta a alta das
ações da empresa com base na expectativa de
lançamento de inovações.
Ivy comenta que entrar na lista foi uma grande
Antonio José Saraiva Rodrigues,
alegria para a empresa e que a inovação faz parte
operador de produção de corantes
do cotidiano do grupo. “Lançamos o primeiro e Heleo Tonelli, gerente nacional do
esmalte à base de água e o sistema tintométrico
canal de home center
no Brasil. Nosso laboratório e os setores de vendas e marketing estão sempre pensando juntos como desenvolver novos produtos.
Pode ser tinta que respingue menos ou remanejamento de algum produto. Muitas
ideias não viram produtos”, ressalta ele, “mas ficam como complemento e ajudam
em algo que já existe. É por isso que sempre temos uma lista enorme de ideias. Um
exemplo é o aerossol à base de água, criado nos Estados Unidos e modificado no
Brasil. Ao mudar o processo do aerossol, em alguns casos surgia muita espuma no
produto. Mudamos uma matéria-prima e minimizamos o acúmulo de espuma. Foi um
processo criado no Brasil que ganhou o mundo”.
Quem faz a história da empresa
Para completar tantos anos de história no Brasil, a Sherwin-Williams contou com a
ajuda de muitos colaboradores dedicados e empenhados em implantar o nome da
marca no País. Atualmente, o grupo conta com aproximadamente 1.300 colaboradores
no Brasil e 30 mil no mundo.
Dois dos colaboradores que há
mais de três décadas ajudam a
construir a marca contam suas
histórias dentro da empresa.
Heleo Tonelli trabalha na
Sherwin-Williams há 39 anos.
Entrou no grupo quando ainda
estava no Exército. Como tinha
David Ivy Junior, diretor de marketing experiência com o segmento
indústria em destaque
64 | Paint&pintura | Março 2014
de tintas, iniciou na empresa em Curitiba,
em uma das lojas próprias. Na época, recebia a mercadoria, vendia-a e fazia trabalhos
administrativos. Hoje, é gerente nacional
do canal de home center. “Gosto muito de
trabalhar aqui, temos muitos benefícios, várias premiações, o plano de saúde é ótimo e
não pagamos nada para tê-lo”, conta Tonelli. Antonio José Saraiva Rodrigues saiu do
Nordeste e chegou muito jovem a São Paulo.
Logo conseguiu emprego na Globo Tintas
(empresa comprada pela Sherwin-Williams
anos depois). “Era ajudante geral, depois fui
aprendendo outras funções e, atualmente,
sou operador de produção de corantes.
Gosto de tudo aqui, principalmente da confiança e da segurança que a empresa traz aos
funcionários. Confesso que eu já deveria ter
parado de trabalhar, mas gosto daqui e não
quero parar.”
Rodrigues foi homenageado recentemente pelo grupo por sua
atuação na empresa.
Todos os anos, os funcionários que completam 5, 10, 15 anos, e
assim sucessivamente, são parabenizados
em uma cerimônia:
Heleo Tonelli, José Saraiva Rodrigues, Cristina
o nome do evento é
Piccolotto e David Ivy Junior
Colaborador Estrela.
Cristina Piccolotto, diretora de recursos humanos da Sherwin-Williams, esclarece que os princípios de sustentabilidade da empresa não são baseados
apenas em produtos, mas em todo o universo da companhia, e o cuidado
começa com os funcionários. “Desde o processo seletivo esclarecemos os
princípios da empresa. Queremos fazer boas contratações e que o contratado esteja satisfeito também. Temos funcionários com 40 anos de empresa,
mas também outros com poucos anos de casa. É sempre bom ter pessoas
experientes e novatas.” Histórico
A história da Sherwin-Williams começou nos Estados Unidos, em 1866, quando
Henry Sherwin decidiu montar uma revenda de tintas. O jovem deu início aos
negócios e convidou Truman Dunhan para ser sócio. Ele desistiu da parceria
anos depois, dando lugar a dois novos sócios. Somente um permaneceu,
Edwar Porter Williams, e a união ganhou o nome de Sherwin-Williams & Co.
Em 1930, a companhia adquiriu a John Lucas & Co, da Filadélfia, e em pouco
tempo iniciou a expansão de suas atividades industriais para o mundo.
A Sherwin-Williams chegou ao Brasil em 1938. Em 1944, começou sua produção local, com a aquisição da Soperba, indústria de tintas instalada no bairro
de Moema, na zona sul de São Paulo. A contagem do aniversário começou
somente após a produção no País.
Em 1982 a empresa implantou um grande projeto de expansão de suas
atividades e inaugurou uma fábrica em São Bernardo do Campo, onde
permaneceu até 1997, quando se transferiu para Taboão da Serra, também
na Grande São Paulo, endereço que permanece como escritório e fábrica.
Atualmente, a Sherwin-Williams atua no segmento de pintura imobiliária,
industrial e automotiva, sendo detentora da marca Lazzuril, divisão automotiva especializada no mercado brasileiro de repintura de carros. No ano de
1996 ocorreu a compra da linha ColorGin de tintas spray. No ano seguinte,
1997, adquiriu a Sumaré Indústria Química - fundada em 1976 -, empresa
focada no segmento de tintas de manutenção, marítima, produção seriada
e para madeira.
Expansão em 2014 aumentará a capacidade de
manufatura de produtos à base de água
A
d’água tanto para clientes
OEM quanto de repintura. O
processo de manufatura da
empresa utiliza um sistema de
tecnologia à base d’água para
produzir “Leanand Green
AutomotiveCoatings”, que
OEMs podem adotar para
reduzir significativamente a
emissão de compostos orgânicos voláteis, o consumo de
energia e investimentos.
O processo “Leanand Green
AutomotiveCoatings” inclui Antonio Carlos Oliveira, presidente
da Axalta no Brasil
revestimentos sem a necessidade do uso de primer (primerless) e sistema 3-wet, o qual tem um desempenho similar ao
de camada completa sem a necessidade de secagem intermediária
(flash) e/ou uso de estufas (fornear) entre revestimentos. A maior
produtividade resulta em melhores resultados para os clientes, além
de continuar produzindo um inigualável acabamento para os veículos.
Além disso, os produtos à base d’água da Axalta cumprem requisitos
ambientais globais, como o regulamento VOC 2004/42/EC da União
Europeia, que a companhia adota no Brasil e que pode ajudar a reduzir
o impacto ambiental da indústria automobilística.
“Nosso compromisso de investir no Brasil reflete não apenas nosso
compromisso com nossos clientes, mas também nossa confiança na
economia brasileira”, afirma Jorge Cossio, vice-presidente da Axalta
na América Latina. “O enorme crescimento do mercado consumidor
do Brasil beneficia a todos, e estamos muito animados em poder
contribuir para a história de sucesso do País”, completa.
Os investimentos no Brasil ocorreram após uma cerimônia no início
de janeiro em Xangai, na China, onde a Axalta iniciou a construção de
uma nova instalação para manufatura de produtos à base d’água para
abastecer o mercado de OEM, que está expandindo a produção nas
regiões sul e oeste daquele país.
Paint&pintura | Março 2014 | 65
Axalta Coating Systems, fornecedora de revestimentos
líquidos e em pó, irá expandir sua capacidade de manufatura de produtos à base d’água na sua unidade em
Guarulhos (SP). A ampliação da unidade produtiva será
realizada em 2014 e representa o terceiro ano de um programa
de investimento de US$ 32 milhões.
As novas instalações vão mais do que dobrar a capacidade
produtiva, atingindo mais de 4,5 de milhões litros (1,2 milhão de
galões), que atenderão à demanda dos fabricantes de equipamentos automotivos (OEM) na América do Sul, onde é prevista
a continuidade do crescimento do mercado de automóveis. O
início da produção adicional é esperado para o começo de 2015.
“Investir no Brasil reflete não só o nosso compromisso com
nossos clientes da indústria automobilística e de repintura, mas
também a nossa confiança na economia brasileira. A região
é uma das que apresenta maior crescimento na produção de
carros, uma vez que fabricantes vêm anunciando investimentos
em novas plantas. Nessa perspectiva, estamos comprometidos
em contribuir com um mundo mais sustentável, oferecendo
revestimentos base d’água para que os nossos clientes possam
reduzir significativamente os compostos orgânicos voláteis”,
afirma Antonio Carlos Oliveira, presidente da Axalta no Brasil.
A unidade de Guarulhos é a maior instalação de manufatura da
Axalta na América Latina. A fábrica abastece clientes no Brasil,
onde a Axalta é a maior fornecedora de tintas automotivas
para OEM, assim como na Argentina, Venezuela e Colômbia.
As novas instalações produzirão revestimentos à base d’água
e complementarão a fabricação em curso de produtos de alta
qualidade para clientes dos segmentos industrial e de repintura.
“A região é um dos mercados de mais rápido crescimento na produção de carros, estando o Brasil na vanguarda”, explica Charlie
Shaver, presidente e CEO da Axalta. “Estamos empenhados em
acompanhar o ritmo da crescente demanda por revestimentos
automotivos e em atender às necessidades de nossos clientes,
que desejam cada vez mais adotar as tecnologias à base d’água.”
A Axalta é líder no desenvolvimento de tecnologias à base
Investimentos
Axalta Coating Systems continua com
programa de investimentos no Brasil
Óleos e derivados
66 | Paint&pintura | Março 2014
Substituição mais saudável
A cada dia, cresce a conscientização do mundo todo pela utilização de soluções
em produtos mais sustentáveis, e esse setor retrata exatamente isso, ou seja, já
existem alternativas de substituição de produtos químicos e petroquímicos por
óleos e derivados
Lucélia Monfardini
na melhor utilização
desses óleos nas tintas
e resinas, que acabam
obtendo um melhor
rendimento”, explica
Oliva.
É fato que existe a tendência do mercado em
substituir os produtos
derivados de petróleo
por óleos vegetais. “O
mundo está abrindo os
olhos para essa possibilidade, inclusive na Felipe Camargo, colaborador da
Aboissa
Europa isso já é uma realidade. O Brasil ainda
está engatinhando neste tema, mas segue avançando
em pesquisas e desenvolvimentos. Muitos produtos
naturais podem oferecer os mesmos resultados que
os produtos químicos e petroquímicos”, garante Felipe
Camargo, colaborador da Aboissa.
Paint&pintura | Março 2014 | 67
Funções e aplicações
Os óleos vegetais e derivados têm como características
importantes no segmento de tintas o desempenho em
relação ao brilho, plasticidade, resistência a intempéries,
aderência, endurecimento da película e a velocidade de
secagem da tinta. Além disso, são mais utilizados nos
segmentos de tintas imobiliárias e industriais, tintas
automotivas, tintas gráficas, tintas tipográficas, vernizes
sanitários etc. “O tipo de óleo e derivado mais utilizado
no mercado brasileiro de tintas é o óleo de soja, pois é
a oleaginosa mais cultivada hoje, sendo assim, tem um
dos melhores preços. Com isso, atrai novos desenvolvimentos, aumentando sua utilização e gerando novas
aplicações, se compararmos com outros produtos,
como o óleo de linhaça, óleo de mamona etc., que têm
preço muito mais alto”, afirma Vitor Scala, diretor da
Oil Company.
Ruth, da Cargill, destaca que a função do óleo vegetal e
seus derivados de ácidos graxos é ser a matéria-prima
principal na composição do polímero. “Pode representar de 30% a 70% da composição de diversas resinas,
dentre as quais se destacam as alquídicas, que por sua
Óleos e derivados
O
s óleos e derivados ganham cada vez mais espaço no
mercado de tintas por serem soluções mais favoráveis
ambientalmente, pois são provenientes de fontes de
base vegetal, como óleo de soja, girassol, palma e seus
ácidos graxos etc. Assim, possuem um perfil toxicológico e
ecológico mais benéfico que as bases minerais. “Investir em
tecnologias menos poluentes e de fácil biodegradação é uma
tendência crescente nas indústrias como um todo. O mercado busca produtos que sejam menos nocivos à saúde e ao
meio ambiente, isso faz com que a indústria tenha que estar
preparada para oferecer essas soluções”, declara Ruth Keiko
Kuriyama, gerente de desenvolvimento de novos negócios
da Unidade Cargill Industrial Specialties.
Hoje, pode-se observar uma maior preocupação das empresas com as questões ambientais e a busca por produtos que
não sejam prejudiciais ao meio ambiente, tendo em foco a
preservação ambiental. “Já existem alguns movimentos de
substituição de produtos petroquímicos por óleos vegetais e
derivados. Um exemplo é o óleo de soja, que, por suas aplicações industriais, pode substituir os produtos petroquímicos
na busca por melhor aproveitamento nas atuais aplicações.
Inicialmente, tivemos avanços no desenvolvimento genético
dos grãos que ganharam maior resistência às pragas e pesticidas. Além disso, busca-se com esses grãos uma melhor
produtividade por hectare. Tanto que já existem estimativas
de que em 10 anos a safra brasileira aumentará cerca de 50%,
sendo que o potencial de crescimento só da produção de soja
até o período é de 48%. No que diz respeito à aplicação dos
óleos, tais avanços proporcionaram um ganho na aplicação
em diversos segmentos”,
informa Eduardo Oliva, coordenador da área de insumos e fracionados diversos
da UniAmerica.
Já quando se fala de tecnologia para extração de óleo
os avanços se concentram
na preservação das características naturais e melhoria
do produto em si. “Isso
aumenta sua aplicabilidade
nos produtos finais e novos
desenvolvimentos e, como
José Calvo Morales, diretor
consequência, resultando
comercial da A.Azevedo
Óleos e derivados
vez são usadas na produção de tintas e vernizes. A
glicerina derivada de óleos vegetais também é matéria-prima utilizada como um álcool dentro da etapa de
síntese das resinas alquídicas. No mercado brasileiro,
o óleo de soja e seus derivados de ácido graxo são os
mais utilizados pela sua disponibilidade e baixo custo.
A glicerina também é largamente utilizada na síntese de
resinas alquídicas na etapa de alcoólise.”
José Calvo Morales, diretor comercial da A.Azevedo,
ressalta que os óleos e derivados são utilizados como
matérias-primas na fabricação de tintas, vernizes e resinas para aplicação automotiva, residencial, industrial,
marítima, entre outras. “Os óleos e derivados mais
utilizados no mercado brasileiro de tintas são: óleo de
soja refinado, óleo de linhaça álcali refinado, óleo de
tungue, óleo de mamona, óleo de mamona desidratado
GH (DCO GH), óleo de mamona hidrogenado, óleo de
coco babaçu refinado, óleo de pinho, estearina animal.”
68 | Paint&pintura | Março 2014
Desenvolvimentos e investimentos
Atualmente, existem muitos avanços nos segmentos
de óleos e derivados, principalmente na pesquisa e
desenvolvimento de novas utilizações dos óleos vegetais em substituição a outras matérias-primas, como,
por exemplo, os petroquímicos, bem como a pesquisa
para utilização de novos óleos vegetais para o mercado
de tintas, com o objetivo de oferecer o melhor custo
benefício, ou seja, melhor rendimento e redução no
custo de produção.
A UniAmerica, por exemplo, investe em duas frentes:
primeiro em sua estrutura, reforçando atuação no segmento com uma equipe maior e dedicada 24 horas por dia em
atender todo o mercado, levando informações atualizadas,
seguras e tendências. “Nesse ponto estamos fazendo uma
maior integração entre o nosso escritório do Brasil e o escritório internacional que temos em Wimbledon (Inglaterra).
Dessa maneira, conseguimos ter uma visão global do que
está acontecendo com os mercados e assim manter nossos
clientes sempre atualizados, ao mesmo tempo em que participamos com maior intensidade da tomada de decisão das
empresas parceiras. Também atuamos junto aos clientes no
momento da programação de compra e desenvolvimento
de novos produtos. Com essa estratégia temos condições
de participar desde a concepção de um novo produto até a
entrega do mesmo ao mercado”, informa Oliva.
Hoje, a UniAmerica é uma empresa diversificada e focada
em oferecer soluções integradas de negócios. “Mais do que
a oferta de óleos vegetais e animais, como insumos para a
confecção de tintas e revestimentos, a UniAmerica desenvolveu novas áreas e parcerias nacionais e internacionais que
estão aptas para atender o nosso cliente em todas
as suas necessidades, que vão desde a compra e
venda de equipamentos industriais até soluções de
ampliação de imagem junto ao mercado consumidor”, conclui Oliva.
A A.Azevedo investe constantemente em pesquisa,
desenvolvimento e fabricação de novos produtos.
“Nos últimos cinco anos, investimos US$ 5 milhões.
Estamos focando no desenvolvimento de produtos
com maior valor agregado ou destinados a clientes
específicos. Faz parte de nossa tradição continuar
investindo pesadamente em nossa empresa”, afirma
Morales.
Para Scala, da Oil Company, os avanços ocorrem na
Bretas
Industrial Specialties
sim procuramos ter
um óleo com ótimo
padrão de qualidade
para promover um
ótimo desempenho
na fabricação dos
produtos.”
Além do portfólio
completo de óleos
vegetais renováveis,
a Cargill foca seus
desenvolvimentos
em soluções para
atender requisitos
Aboissa - Óleo de linhaça
de baixo odor, baixo
VOC e de fonte renovável. “Destacamos o Oxi-Cure
2000, um agente de coalescência reativo, base vegetal
e zero VOC; a linha Oxi-Cure 500, de polióis, derivados
de glicerina, que pode ser utilizada na síntese de resinas
Óleos e derivados
produção e manuseio das matérias-primas, pois o método de
extração continua o mesmo, buscando sempre desenvolver
equipamentos que possam otimizar a porcentagem de óleo
extraído das oleaginosas.
“A cada ano melhora o
manuseio das matérias-primas do campo até as
fábricas e durante sua
estocagem, permitindo a
produção de um óleo vegetal com a qualidade cada
vez melhor, pois sementes
mal armazenadas acabam
influenciando toda uma
cadeia, gerando problemas, como acidez elevaRuth Keiko Kuriyama, gerente da, umidade e impurezas,
de desenvolvimento de novos podendo até influenciar
negócios da Unidade Cargill na cor do óleo. Sendo as-
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Paint&pintura | Março 2014 | 69
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70 | Paint&pintura | Março 2014
mercado continue aquecido à medida que a conscientização da necessidade por produtos mais saudáveis
aumente, movimento que já está largamente difundido
nos países europeus. Além disso, também vemos as
empresas cada vez mais atentas para a relação entre
custo e benefício desses produtos”, afirma Oliva.
De acordo com Morales, da A.Azevedo, o ano de 2013
foi bastante difícil para o mercado de óleos e derivados
em razão do cenário econômico do País. “Acreditamos
que, de maneira geral, a indústria sofreu bastante devido à política econômica, que ao invés de incentivar a
produção utilizou um caminho distinto, fomentando o
consumo. Olhamos para 2014 com bastante cautela e
Vitor Scala, diretor da Oil vemos os grandes eventos deste ano - Copa do MunEduardo Oliva, coordenador da
Company do e eleições - como fatores que podem prejudicar o
área de insumos e fracionados
diversos da UniAmerica
ambiente de negócios. Em contrapartida, continuamos
no processo de investimento em nossa fábrica industrial com
alquídicas e uretanos; e os BiOH, polióis da Cargill baselançamento de novos produtos.”
ados em óleos, que podem ser utilizados em espumas
Para Ruth, da Cargill, o mercado de óleos e derivados ende poliuretano, intermediários de resinas e como altercerrou o ano de 2012 com altos patamares de volume para
nativa ao óleo de mamona”, destaca Ruth.
o óleo dentro de uma perspectiva histórica. “Já em 2013,
A Aboissa trabalha em parceria com diversas empreencontrou um novo equilíbrio entre oferta e demanda, visto
sas do mundo que fabricam produtos oleoquímicos,
que a América do Sul e os EUA obtiveram melhores resulcapazes de substituírem alguns produtos químicos e
tados de produção. Para 2014, o cenário inicial é positivo
petroquímicos na formulação de tintas e resinas. “Hoje,
em relação às expectativas de produção, porém os novos
por exemplo, é possível oferecer diversos produtos à
patamares de preços dependem de vários fatores, como
base de glicerina e óleo de soja para substituição dos
pressão da demanda, clima, relações de câmbio no mundo,
químicos e petroquímicos. Além disso, todos os anos,
entre outras. Vale destacar o equilíbrio do mercado de soja
participamos de importantes congressos e eventos no
para a caracterização dos mercados de óleos.”
exterior que têm forte sinergia com o mercado de tintas.
Neste ano, vamos estar presentes no maior congresso
do mundo de óleo de mamona e derivados, realizado
na Índia, em seguida, vamos para o maior congresso
de óleo de palma e derivados, que será realizado em
Kuala Lumpur, na Malásia. São eventos de grande relevância para os setores de tintas que já trabalham ou
desejam trabalhar com produtos de fonte renovável”,
destaca Camargo.
Crescimento
O setor de óleo vegetais e derivados tem acompanhado a crescente demanda de consumo do mercado,
impulsionado pela necessidade das empresas de apresentarem produtos cada vez mais amigáveis à saúde
do consumidor e ao ambiente. “A perspectiva é que o
Linhas de produtos
Aboissa
A Aboissa disponibiliza diversos tipos de óleos para o mercado de tintas. “Temos o óleo de tungue, que é um excelente
produto, capaz de obter uma tinta protetora muita usada
em carros, barcos e estruturas navais para evitar ou minimizar a ferrugem, podridão e mofo ao longo do tempo, e
é adicionado às tintas e solventes. Também oferecemos o
óleo de linhaça, que é outro produto interessante, usado
para fazer tintas resistentes capazes de suportar diversas
temperaturas. Para tintas de madeira, por exemplo, este
produto cria um aspecto muito brilhoso, considerado muito mais atraente do que um alto brilho. Os óleos vegetais,
por exemplo, têm um papel fundamental na formulação
da tinta, que, dependendo do tipo de tinta, oferecem uma
rápida secagem, como os óleos com índice de iodo mais
elevado. No caso da soja, podemos considerar um óleo
semissecante, que é ideal para alguns tipos de tintas. Já
para as tintas que exigem uma rápida secagem, os mais
recomendados são: óleo de tungue e linhaça, considerados
óleos secativos, pois apresentam um índice de iodo superior
a 150”, destaca Camargo.
Química Anastácio
A Química Anastácio oferece os seguintes tipos de
óleos e derivados para o mercado: óleo mineral, ácido
graxo de soja, óleo de palmiste refinado, ácido graxo
destilado de óleo de babaçu, óleo de babaçu, ácido
graxo destilado de óleo de coco, óleo de canola, ácido graxo destilado desidratado de mamona, óleo de
eucalipto, óleo de linhaça refinado, óleo de mamona,
óleo de menta, óleo de pinho, óleo de tungue.
UniAmerica
A UniAmerica fornece ao mercado de tintas os seguintes óleos: óleo de soja refinado, óleo de soja
hidrogenado, óleo de tungue, óleo de linhaça bruto
e refinado, óleo de oiticica, óleo de mamona nº 1,
ácido graxo de mamona, óleo de babaçu refinado,
LCC - líquido da castanha de caju, ácido graxo de soja,
lecitina de soja, óleo de mamona hidrogenado, glicerina bidestilada, glicerina industrial, sebo hidrogenado,
ácido esteárico, ácido oléico, soda cáustica, ácido
graxo de soja e ácido graxo de babaçu, estearato de
zinco, estearato de cálcio e estearato de alumínio.
Paint&pintura | Março 2014 | 71
Cargill
A Cargill, além do portfólio completo de óleos vegetais
renováveis, foca seus desenvolvimentos em soluções para
atender requisitos de baixo odor, baixo VOC e de fonte
renovável. “Podemos destacar os seguintes produtos: Oxi-Cure 2000, um agente de coalescência reativo, base vegetal
e zero VOC; a linha Oxi-Cure 500, de polióis derivados de
glicerina, que pode ser utilizada na síntese de resinas alquídicas e uretanos; e o BiOH, polióis, que são baseados em
óleos vegetais e que podem ser utilizados em espumas de
poliuretano, intermediários de resinas e como alternativa
a óleo de mamona”, ressalta Ruth.
Oil Company
A Oil Company comercializa os principais tipos de
óleos para o setor de tintas, como óleo de mamona,
óleo de mamona desidratado GH, óleo de soja, óleo de
tungue, óleo de linhaça, óleos vegetais hidrogenados,
óleos vegetais oxidados e polimerizados, glicerina
bidestilada e ácidos graxos vegetais brutos e destilados. “Os óleos vegetais oxidados e polimerizados
são produtos especiais que poucas empresas no
Brasil possuem para fornecer. Estes produtos oferecem desempenho em relação ao brilho, plasticidade,
resistência às intempéries e a secagem da tinta”,
garante Scala.
Óleos e derivados
A.Azevedo
A A.Azevedo fornece ao mercado os seguintes produtos:
óleo de soja refinado, óleo de linhaça álcali refinado, óleo de
tungue, óleo de mamona, óleo de mamona desidratado GH
(DCO GH), óleo de mamona hidrogenado, óleo de coco babaçu
refinado, óleo de pinho, estearina animal.
investimentos
72 | Paint&pintura | Março 2014
Caminhando para a evolução
Com importantes investimentos sendo realizados desde 2009, a Thor Brasil apresenta
novos produtos ao mercado de tintas, com apelo ecológico e sustentável
Lucélia Monfardini
A
Thor, empresa britânica que teve o início de suas
operações em 1959 e com 14 subsidiárias espalhadas
pelo mundo, vem nos últimos anos apostando no
mercado brasileiro e investindo fortemente em sua
fábrica e ampliação do portfólio de produtos.
A empresa divide seu negócio em três plataformas: biocidas industriais, preservantes para a área de personal care, e
retardantes de chama. “Com 13 anos de atividades, a Thor
Brasil vem passando por uma fase de transição desde 2010,
quando, a partir de então, foram iniciados os primeiros
investimentos mais significativos pela empresa no Brasil.
No período de 2010 a 2012 foram realizados investimentos da ordem de US$ 2 milhões em uma nova fábrica de
aproximadamente 4 mil metros quadrados, localizada em
Barueri (SP), que triplicou nossa capacidade de produção
de bactericidas e implementou a produção de fungicidas e
algicidas. A partir disso, nossa atuação começou a mudar
e pretendemos, a médio prazo, conquistar uma significativa fatia do mercado brasileiro”, anuncia Ridnei Brenna,
diretor geral da Thor Brasil.
Com os investimentos, a Thor Brasil, que era muito dependente de produtos importados da matriz e de outras subsidiárias do grupo, passou a ter produção local de blends e
diluições de ativos. “A Thor, no mundo inteiro, tem como
core business a área de biocidas industriais e é nesse segmento que veio trabalhar no Brasil, por isso importamos
os ativos e fazemos os blends. Além disso, compramos
localmente e fazemos as diluições desses ativos, que vêm
de outras subsidiárias. Até agora, produzimos apenas os
biocidas para a área industrial, com bactericidas, fungicidas e
algicidas, mas a partir de abril deste ano vamos ampliar esse
portfólio com novos blends de bactericidas e outros produtos
para a linha de personal care. Para isso, vamos realizar um
investimento de US$ 100 mil em uma adaptação da área de
produção”, revela Brenna.
Investimentos
Tais investimentos da ordem de US$ 2 milhões foram direcionados à área de biocidas, também com a criação de uma área
de dispersão. “Trabalhamos com ativos líquidos na fábrica de
bactericidas; já na produção de blends de fungicidas também
trabalhamos com matérias-primas em pó, cujo procedimento
não tínhamos capacidade técnica de realizar e manusear devido
às características técnicas de processo. Essa área ficou bastante
consolidada e segura. Criamos um sistema de abastecimento
de tanque para as matérias-primas baseado em um dispositivo
que gera pressão negativa em sua alimentação, promovendo
maior segurança a nossos operadores e meio ambiente”, explica Brenna.
Atualmente, a Thor Brasil possui uma
capacidade bastante considerável de
estocagem para produtos acabados,
importados e locais, além de uma
grande capacidade de produção de
nossos biocidas. “Este ano vamos
complementar as linhas de bactericidas
Laboratório
A Thor Brasil possui um laboratório de microbiologia para
a área de biocidas, onde faz amostras e testes de amostras
com os produtos dos clientes. “A nossa área técnica trabalha
com laboratório totalmente equipado, onde realiza monitoramento de linhas, com capacitação dos operadores e
treinamentos dos clientes para utilização correta do nosso
produto. O laboratório faz parte do serviço de assistência
técnica, ou seja, recebemos amostras dos nossos clientes,
aditivadas ou não, com ou sem os nossos produtos, e fazemos os testes de contaminação, para saber quanto a tinta
suporta de contaminação. A partir disso, comparamos os
nossos produtos com os dos concorrentes”, conta Brenna.
A empresa também tem um laboratório físico-químico
que faz vários testes. “O trabalho de laboratório oferece o
suporte necessário para a área comercial. Nós fazemos muitos testes e o departamento técnico realiza um serviço de
assistência técnica intensiva nos clientes. Além disso, toda
semana temos um técnico visitando os clientes para fazer
monitoramentos, capacitação de operadores ou mesmo
para verificar se a empresa do cliente está contaminada”,
informa Brenna.
Crescimento
A Thor Brasil está em ritmo de crescimento e, desde 2009
até 2013, houve um aumento de 25% ao ano nos três negócios da empresa. “Este ano temos uma perspectiva de
crescer 20% também nas três linhas. A subsidiária brasileira
representa 2,5% do negócio total do Grupo Thor, e acredito
que vamos continuar com esse nível em 2014. A Thor mundial está acreditando na Thor Brasil e é uma companhia de
especialidades que está indo muito bem no mundo inteiro”,
comemora o diretor geral.
Paint&pintura | Março 2014 | 73
Inovação
Apesar de ser um produto commoditie, a venda de biocidas é considerada muito técnica. “Hoje temos muita demanda de assistência técnica nos clientes, a qual realizamos em nosso laboratório.
Mas nosso objetivo é mudar o mercado que é de commodities
para especialidades, inclusive temos tecnologias avançadas na
Europa, e que estamos trazendo para o Brasil. Uma delas é a
linha AMME (Advanced Micro Matrix Embedding), destinada à
preservação de dry-film. Já
estamos introduzindo a linha
na América do Sul. Trata-se de
uma tecnologia que remete a
ativos biocidas encapsulados,
que trabalham mediante um
mecanismo osmótico, baseado na umidade relativa do ar,
o que torna a tinta muito mais
duradoura”, destaca Brenna.
A Thor está investindo fortemente em produtos mais
ecológicos e sustentáveis.
Ridnei Brenna, diretor geral da “As empresas que procuram
Thor Brasil se diferenciar no mercado já
estão começando a utilizar esse ativo encapsulado, direcionado para produtos de maior valor agregado. É um produto
muito inovador que tem vários benefícios técnicos, com a
utilização de uma tinta aditivada com fungicida e algicida
encapsulados”, ressalta Brenna.
investimentos
com blends que importávamos, que
chamamos de família MB, e vamos fabricar mais três produtos para a linha
de personal care. Na Europa, a Thor
é líder de mercado no segmento de
tintas; já a nossa participação no Brasil
para o mercado de tintas ainda é pequena, por isso realizamos
investimentos na dispersão e na linha MB, para podermos ser
mais competitivos. Hoje, 15% do nosso faturamento é destinado
ao mercado de tintas, e nosso objetivo é crescer cada vez mais”,
divulga Brenna.
Todos esses investimentos estão acontecendo após a Thor da
Europa perceber o grande potencial do mercado da América do
Sul e do Brasil. “Tive a oportunidade de reestruturar o quadro
de profissionais, que hoje se encontra com 31 colaboradores,
e de sensibilizar a Thor sobre esses investimentos, mostrando
o potencial do mercado brasileiro. Desde julho de 2011 começamos a atuar no mercado da América do Sul, com exceção
da Colômbia e Venezuela, ainda atendidos pela Thor México”,
explica o diretor geral.
investimentos
74 | Paint&pintura | Março 2014
Toyo Ink inaugura fábrica no Brasil
A empresa terá grandes novidades aos clientes no ano de 2014. A principal delas é
a inauguração de sua fábrica em Jundiaí, no interior de São Paulo
A
Toyo Ink inaugura este ano fábrica em Jundiaí, no
interior de São Paulo. A meta é conquistar na América Latina a mesma posição de liderança que a Toyo
Ink detém na Ásia. Com 44 fábricas espalhadas pelo
mundo e cerca de 8 mil funcionários, a empresa está entre
as três maiores fabricantes mundiais de tintas para a indústria
gráfica. Em julho, a Toyo Ink estará na ExpoPrint LatinAmerica
2014, maior feira gráfica das Américas.
Em 2011 o segmento de tintas para impressão movimentou
US$ 746,7 milhões no Brasil, entre vendas domésticas e importação, um aumento de cerca de 5% em relação ao ano anterior
e 25% comparado a 2009, segundo dados da Associação
Brasileira das Indústrias de Tintas para Impressão (Abitim). O
consumo nacional foi de 109,9 mil toneladas, contra 113,2 mil
toneladas registradas em 2010 e 101,8 mil toneladas em 2009.
É nesse cenário que a Toyo Ink Brasil quer atuar como protagonista. Presente no País há três anos, a empresa está em
fase final de construção de sua fábrica, a primeira no Brasil,
situada em Jundiaí, município próximo da capital paulista. A
previsão para inauguração é entre março e abril, para que a
planta possa atender ao aumento da demanda esperado em
função da Copa do Mundo e Olimpíadas.
Nessa primeira etapa a capacidade produtiva anual girará em
torno de 4 mil toneladas para tintas offset e 15 mil toneladas
para tintas líquidas, produção que atenderá o mercado interno e a América Latina, exceto o México.
Hoje, 90% dos produtos vendidos pela Toyo Ink Brasil são trazidos do Japão. O restante vem dos Estados Unidos e Europa.
São duas linhas direcionadas à impressão offset plana: tintas
convencionais e tintas com cura UV, incluindo produtos para
substratos celulósicos, plásticos e metalizados, um dos quais
totalmente livre de solventes. Em 2013, a empresa expandiu
o portfólio, com vernizes base água de alta performance
com selos Green Label e FoodContact, novos diferencias
para o mercado.
De acordo com Sergio Pera, diretor comercial geral, a Toyo
Ink já está presente nas principais gráficas do segmento
comercial, editorial e de embalagens, entre pequenas, médias
e grandes empresas
localizadas no Sul e Sudeste do País. Elas são
atraídas praticamente por
dois fatores: produtividade e apelo ecológico.
Todas as tintas usam
como base óleos vegetais, o que, além de reduzir a emissão de VOCs
(compostos orgânicos
voláteis), possibilita a diminuição dos níveis de
água durante a impressão, proporcionando
Sergio Pera, diretor comercial geral da
maior rendimento, menor
Toyo Ink
tempo de secagem e alto
brilho. «Nunca decepcionamos os clientes com relação à qualidade de nossos produtos», afirmou Toru Ishii, diretor presidente da
Toyo Ink Brasil.
Inicialmente, serão produzidas em Jundiaí as mesmas linhas disponíveis atualmente, além da família Flash Dry, lançada na Drupa 2012.
Três itens compõem a nova série: FD KHS e FD LPC, que permitem
redução nos números de lâmpadas ultravioletas na unidade de
cura e, consequentemente, menor temperatura e consumo de
energia, e FD LED, voltada às impressoras com sistema híbrido
de secagem (UV e LED), na qual o diferencial também é a menor
temperatura e o baixo consumo de energia. As tintas FD KHS e FD
LED foram especialmente desenvolvidas para máquinas Komori e
Ryobi, respectivamente.
A linha de produtos deve crescer com o início das operações
fabris. A ideia, como comenta Toru Ishii, é trazer tintas para impressão rotativa heatset e coldset, vernizes, soluções de fonte
e produtos auxiliares. O grupo Toyo Ink SC Holdings é formado
por três empresas: Toyo Ink, Toyo Chem e Toyo Color. Elas produzem tintas gráficas, que correspondem à metade do negócio
da companhia, pigmentos e química fina. O grupo faturou US$
3,14 bilhões em 2011.
Coremal faz acordo de aliança com o Grupo Pochteca
AkzoNobel traz para o Brasil tintas de impressão para
embalagens metálicas
Paint&pintura | Março 2014 | 75
A AkzoNobel traz ao mercado brasileiro, por meio de sua unidade de negócios Packaging
Coatings, as tintas de impressão Eurocure UV e Diaflex, com tecnologia convencional
para as latas de aço, e a Zenith para as de alumínio, tornando-se assim uma fornecedora
completa para o mercado de embalagens metálicas. “Queremos ser referência de qualidade e eficiência para nossos clientes, portanto, o fornecimento dessas novas linhas de
produtos veio somar à vasta gama de soluções que já oferecemos ao mercado”, explica
Manoel Rodrigues, gerente-geral da AkzoNobel Packaging Coatings para o Brasil (foto).
As tintas atendem a padrões internacionais de qualidade e, como as bases têm um amplo
espaço de cor, permitem flexibilidade na formulação das cores, e por isso trabalham com
menor quantidade de bases. “Produtos de alta qualidade, com uma linha completa de
propriedades de resistência; controle de qualidade e especificação extremamente exigentes, resultando em consistência da cor entre lotes; segurança de fornecimento a longo
prazo e modelo de abastecimento com back up são alguns dos diferenciais oferecidos
por esta nova linha na AkzoNobel”, reforça Rodrigues.
Para tanto, a AkzoNobel se preparou com investimentos em equipamentos de última geração e mão de obra qualificada,
disponibilizando uma estrutura específica dentro do site da empresa, localizado em Santo André (SP), exclusivamente para
atender a essa nova demanda. “Estamos prontos para desenvolver cores de acordo com as necessidades dos clientes e
entregá-las nas quantidades que os clientes necessitam“, exalta Rodrigues.
Outro quesito muito em voga, e no qual a AkzoNobel é referência, é o da sustentabilidade, que também foi aplicada aos
lançamentos: “Nos antecipamos às futuras regulamentações globais do setor, as tintas de impressão não utilizam benzofenona, PVC ou melamina”, explica Rodrigues.
A unidade lançou também o Vitalure 740, que é resultado de vários anos de pesquisa em laboratórios. É um esmalte cinza
que garante maior proteção para latas contra corrosão, melhora a resistência química e aumenta em 50% o prazo de validade dos produtos envasados nas embalagens revestidas com ele.
latin america and world news
O Grupo Pochteca, um dos maiores distribuidores de produtos químicos do México,
adquiriu uma posição majoritária da Coremal e manteve seus atuais acionistas como
sócios e diretores da empresa brasileira. O acordo de associação entre as empresas
Coremal e o Grupo Pochteca foi anunciado ao mercado no dia em 17 de dezembro de
2013, com data efetiva em 31 de dezembro de 2013.
O Grupo Pochteca é líder de distribuição de produtos químicos industriais no México.
Com 25 anos de existência, o grupo possui nove centros de distribuição e 22 filiais no
país, além de unidades na Guatemala, Costa Rica e El Salvador.
Essa associação é coerente com a intenção de ambas as empresas de expandir os negócios em seus respectivos países e
toda a América Latina, além de fortalecer sua estrutura financeira e operacional com o objetivo de aumentar sua competitividade no mercado diante da crescente consolidação da distribuição de produtos químicos em nível mundial.
latin america and world news
Renner Coatings lança linha Polidura de Alta Performance
A Renner Coatings, divisão do Grupo Renner Herrmann SA, empresa reconhecida pela tecnologia empregada na fabricação de tintas industriais, inova no
mercado brasileiro com o lançamento de sua primeira linha de revestimentos
de alta performance para uso residencial, comercial e industrial.
A linha Polidura Revestimentos de Alta Performance, apresentada oficialmente
no dia 21 de janeiro, na sede da fábrica, em Curitiba (PR), traz um portfólio de
produtos que prometem a máxima proteção e preservação de muros, paredes
e fachadas, sem prejudicar o meio ambiente.
O Verniz PU Antipichação, a Tinta e Verniz PU Exteriores e o Firecoat Tinta e
Verniz Corta-Chamas são os primeiros produtos da linha a chegar ao mercado.
Desde o mês de fevereiro já é possível encontrá-los nas prateleiras das principais lojas da Região Sul e nos Estados de São
Paulo e Rio de Janeiro.
“A Renner Coatings entra no segmento de tintas decorativas trazendo para o consumidor produtos com a mesma qualidade
e tecnologia que empregamos na fabricação de tintas para revestimento de plataformas marítimas, gasodutos e automóveis,
por exemplo. É alta tecnologia e garantia absoluta de durabilidade”, explica Luiz André Ortiz, diretor da Renner Coatings.
Segundo ele, nos próximos meses, outros cinco produtos da linha Polidura entram no mercado. “Ainda lançaremos revestimentos específicos para demarcação viária, pintura de azulejos, piscinas, interior de hospitais e aplicação em portas
corta-fogo”, antecipa.
As tintas Polidura foram desenvolvidas para que o próprio consumidor possa fazer a aplicação. Além disso, são formuladas
com tinta base d’água (com exceção do catalisador e remover de pichação), por isso não prejudicam o meio ambiente.
76 | Paint&pintura | Março 2014
Evonik fecha parceria com Coninter
para distribuição de sílicas e silanos
Desde o dia 1º de janeiro de 2014 a Coninter passou a distribuir a linha
de sílicas e silanos da Evonik destinada a diversos mercados, como o
de tintas, resinas, adesivos, selantes, borracha e tintas para impressão.
O objetivo foi unir a capacidade e tradição da Coninter no mercado de
distribuição à tecnologia e qualidade dos produtos Evonik, priorizando
a excelência no atendimento aos clientes do mercado chileno. “Queremos, cada vez mais, ampliar nossa presença no Chile, onde já temos participação direta por meio de nossos escritórios.
A parceria com um respeitado agente distribuidor, como a Coninter, é um passo importante nesta direção”, destaca Ralf
Ahlemeyer, diretor de negócios da Evonik.
“Entre os produtos que serão distribuídos pela Coninter a partir deste ano estão as sílicas pirogênicas Aerosil; sílicas precipitadas Sipernat e Ultrasil; dispersões de sílicas pirogênicas Aerodisp; óxidos pirogênicos mistos Aeroxide; os silanos para
borracha Dynasylan, Si 69, Si 266, Si 75 e Si 363; e os organossilanos funcionais Protectosil, para proteção de estruturas
da construção civil e proteção de fachadas.
Estes insumos são utilizados por indústrias de variados setores e são desenvolvidos para atender modernas formulações e
processos produtivos, pois reúnem tecnologia de ponta, alta performance e toda a experiência da Evonik, uma das líderes
mundiais em especialidades químicas.
PPG Industries divulga faturamento recorde em 2013
Abiquim comemora seus 50 anos com
lançamento de livro e evento em Brasília
Paint&pintura | Março 2014 | 77
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) completa 50 anos em 2014. A publicação contará a história da indústria química brasileira, traçando um paralelo com a atuação da Abiquim nesse período. Para celebrar a data, durante
todo o ano serão realizadas ações comemorativas.
A história da Abiquim se mescla com a história do desenvolvimento da própria indústria química brasileira. Em 1964, quando
foi fundada, sob a presidência de Júlio Sauerbronn de Toledo, a Abiquim tinha sede no Palácio Mauá, em São Paulo, compartilhando a mesma administração e estrutura com o Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para fins Industriais
e da Petroquímica no Estado de São Paulo (Sinproquim).
Na década de 1970, a associação apoiou a implantação dos Polos Petroquímicos de São Paulo e de Camaçari. Nos anos 1990,
implantou no Brasil o Programa Atuação Responsável, iniciativa voluntária da indústria química mundial demonstrando seu
comprometimento na melhoria contínua de seu desempenho em saúde, segurança e meio ambiente.
Hoje, localizada na região da Vila Olímpia, a Abiquim continua trabalhando na defesa dos interesses da indústria química
brasileira, procurando melhorar a sua competitividade, valorizando o relacionamento ético, o desenvolvimento sustentável,
a saúde, a segurança e o meio ambiente.
Para comemorar os seus 50 anos, a Abiquim realizará no dia 8 de abril de 2014 um evento em Brasília, que contará com a
presença de representantes da indústria química e autoridades do governo. Nessa oportunidade, será lançado um livro
que conta a história da indústria química brasileira, traçando um paralelo com a atuação da Abiquim. A publicação reunirá
um acervo de imagens e depoimentos que percorrerão os 50 anos de desenvolvimento da indústria química nacional.
Como parte das comemorações, a Abiquim lançará um hotsite, que completará o conteúdo do livro com depoimentos,
informações sobre a indústria química, a importância dos produtos químicos na qualidade de vida e vídeos e imagens.
latin america and world news
A PPG Industries terminou o ano de 2013 com crescimento recorde em vendas. Segundo o balanço divulgado pela empresa, os
resultados anuais de faturamento correspondem a US$ 15,1 bilhões - um crescimento de 12% em relação a 2012. O relatório ainda
indica que, desse valor, US$ 3,7 bilhões correspondem ao faturamento obtido no quarto trimestre. “Nosso desempenho recorde
do quarto trimestre de 2013 nos ajudou a superar um dos anos mais bem-sucedidos de toda a história da empresa - estratégica e
financeiramente”, diz Charles E. Bunch, chairman e CEO da PPG Industries. “Com o aumento de 45% em lucros por ação comparado
ao ano anterior, nós agora entregamos 14 trimestres consecutivos de recorde em rendimento ajustado, ilustrando os benefícios
de nosso forte portfólio em revestimentos, ampla presença global, liberação prudente de recursos e resultados mensuráveis de
nossas ações estratégicas.”
“Nós atingimos um resultado financeiro recorde no quarto trimestre, agora que nosso faturamento lucrativo, derivado de nossa
disciplina de custo benefício, se combina com um nível mais alto de crescimento orgânico de vendas”, fala Bunch. “Nós passamos
a ditar o ritmo de crescimento das indústrias de revestimentos aeroespaciais e automotivos. Mais além, nós também tiramos benefício da estabilização da demanda regional europeia, à medida que nosso volume ano a ano de revestimentos na região foi mais
nivelado nos três últimos meses de 2013, após nove trimestres consecutivos de queda.”
Olhando para o futuro, Bunch diz: “Esperamos uma percepção benéfica de crescimento global modesto. Regionalmente, acreditamos
que a demanda se mantenha mais ampla nos Estados Unidos, através de diversos mercados de revestimentos para o consumidor final.
O crescimento das regiões emergentes, ainda que por ora irregular, deve continuar em um ritmo sólido para a PPG, comparando-o
com as tendências recentes. Na Europa, que representa cerca de um terço de nossas vendas, as economias ainda parecem frágeis,
mas estão melhorando. Para 2014, esperamos um crescimento mensurável na região, além de resultados que atestem a eficácia de
nossas ações tomadas no ‘Velho Continente’ nos últimos dois anos, a fim de reduzir nossos custos regionais de estrutura.”
78 | Paint&pintura | Março 2014
latin america and world news
BASF fornece tinta para carro elétrico inovador
A BASF e a BMW se uniram novamente, desta vez para o i3, primeiro modelo do
Grupo BMW movido totalmente por energia elétrica. A BASF está fornecendo basecoats (camada da tinta aplicada aos veículos) em quatro cores para a nova linha de
produção do i3, na fábrica da BMW em Leipzig, Alemanha. O novo modelo da BMW
foi lançado em novembro de 2013.
Com o fornecimento de tintas automotivas, a BASF está contribuindo para o design
único do i3, que é excepcionalmente limpo, reduzido e, ao mesmo tempo, dinâmico.
O i3 tem outra característica que também se estende para a pintura: o compartimento do passageiro é feito de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP – carbono-fiber-reinforcedplastic). “Estamos muito
satisfeitos em ser um parceiro do Grupo BMW para este modelo inovador. Impulsionar soluções sustentáveis é um dos princípios
estratégicos da BASF”, disse Alexander Haunschild, responsável pela Divisão de Tintas Automotivas da BASF na Europa.
A riqueza de experiência da BASF em pintar peças complementares valeu a pena. Como gerente de contas da BASF para a BMW
Europa, Frank Naber, explicou: “Nossas equipes de laboratório uniram forças com o Grupo BMW no desenvolvimento de um
processo de pintura para a construção especial do i3. Oferecemos serviço técnico de campo diariamente em Leipzig.”
A BASF é fornecedora para a fábrica da BMW em Leipzig desde o seu início, em 2005, e fornece modernos sistemas de pintura
para a indústria automotiva em todo o mundo.
PPG Color Show mostra nova tendência em cores
A PPG Industries, produtora mundial de tintas e revestimentos, lançou no dia 12 de fevereiro a coleção Colorography, com
cinco novas paletas de cores para diversos setores, desenvolvidas em seus laboratórios de estilo espalhados pelo mundo e
que identificam as tendências de preferências de cores dos consumidores.
As novas cores refletem os resultados da mais recente pesquisa global de tendência de cores realizada pela empresa, que constatou a liderança da cor branca, porém com um espaço maior sendo conquistado por outras cores, como vermelho e laranja.
Para seus parceiros e clientes, que incluem diversas montadoras automotivas, além de fabricantes de eletrodomésticos,
equipamentos agrícolas e até arquitetura, a PPG disponibilizou as novas paletas de cores, criadas com base nos resultados
obtidos na última pesquisa realizada pela empresa. A paleta Hi-Breed enfatiza um design harmônico entre homem e natureza,
consistindo em tons neutros e pastel, além de algumas cores intensas, como o Lapis Blue. A Mosaic é baseada na riqueza
dos padrões geométricos, artesanais e de estampas, onde as cores sempre estão em combinações contrastantes, criando
blocos separados no mesmo produto.
A paleta New Spirit reflete cores primitivas e naturais, como a cor de um pôr do sol no deserto. Entre os tons de destaque
está o Sunray, um amarelo intenso, com efeito vitral muito brilhante. A Magnifigance é uma paleta que recaptura o estilo
elaborado e opulento, com cores para um mundo pós-recessão, como Mystic Magenta - um violeta vibrante de efeito
extremo. Finalmente, a paleta Theorem é minimalista e contemporânea,
oferecendo tons castanhos elegantes e cores equilibradas, como o Crispy
Gray, que é um grafite de efeito esverdeado.
As novas cores devem refletir a mudança de preferência do público por
cores mais vibrantes, não somente para automóveis, mas para eletrodomésticos e outros produtos também. As paletas com as novas cores
já estão disponíveis para montadoras, fabricantes de eletrodomésticos
e outros produtos desde novembro de 2013, já abastecendo todos os
mercados de consumo para o ano de 2014.
Guia Fornecedores de Produtos e Serviços
Fabricantes, distribuidores e revendedores de insumos e
serviços para indústrias de tintas, revestimentos e adesivos
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