AS TRANSFORMAÇÕES E DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL EM TEMPOS DE INTERAÇÃO SOCIAL Silvino Santos1 Varda Kendler2 RESUMO Este artigo busca compreender os paradigmas e transformações dos processos comunicacionais nas organizações e seus desafios diante de uma sociedade marcada pela interatividade, dinamismo e complexidade. Por meio de uma revisão bibliográfica e uma análise de estudos de caso, traz reflexões sobre os tipos de organizações, seus contextos e seus processos comunicacionais. Por fim, busca avaliar quais são os principais obstáculos para as organizações se adaptarem a esse contexto, provocando também, no âmbito acadêmico e profissional, reflexões sobre os paradoxos dos atos comunicativos no ambiente organizacional da atualidade. Palavras-chave: Comunicação nas organizações. Contexto Organizacional, Comunicação informacional e relacional. Interação social. 1. INTRODUÇÃO Na atualidade estamos inseridos em um contexto de globalização, sem fronteiras territoriais, permeado pela velocidade das informações, pela diversidade, por movimentos sociais e proliferação de redes. Uma sociedade movida por aceleradas mudanças, dinamismo e multiplicidades. Inserem-se nesse cenário as 1 Mestrando em Administração pela Universidade Fumec. Especialista em Finanças Corporativas/UNA. Graduado em Gestão de Recursos Humanos/ Uni – BH, Professor universitário. Email: [email protected]. 2 Mestranda em Administração pela Universidade Fumec. Especialista em Gestão Estratégica da Informação/UFMG, Comunicação e Gestão Empresarial/IEC-PUC/MG e Marketing/FGV-MG. Graduada em Publicidade e Propaganda/PUC/MG. Professora universitária e consultora em comunicação organizacional. Email: [email protected]. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. organizações, sistemas vivos, inerentes à nossa sociedade, que são compostas por grupos de indivíduos em torno de um objetivo coletivo. Toda organização tem suas configurações, características e objetivos e é constituída por um grupo de pessoas que se inter-relacionam. Ela é fruto de relações entre sujeitos/interlocutores que a todo o momento estão envolvidos em processos comunicacionais e, portanto, em interação, compartilhando trocas simbólicas. Assim, organização, indivíduos, vínculos sociais e comunicação são elementos interrelacionados. A comunicação, principal propósito desse estudo, é, portanto, inerente a qualquer tipo de organização e suas relações. É através dela que acontece o diálogo, a troca de significados, a construção de sentidos, que se dá em contextos particulares e envolve sujeitos/interlocutores, cada qual com seus interesses, objetivos, conhecimentos e vivências. No Brasil, até a década de 90, prevaleciam processos comunicativos exclusivamente sob um paradigma linear, informacional, instrumental e funcionalista. Com o advento da internet, das novas tecnologias de informação e comunicação, do processo de globalização, da midiatização e de diversos fenômenos sociais, as organizações são forçadas a se adaptarem a esse contexto. E, no que se refere à comunicação, as organizações deparam-se com um novo paradigma, o relacional, que envolve interações com seus interlocutores e a busca pela compreensão do outro, e não apenas das mensagens e dos meios. Objetiva-se, portanto, averiguar se as organizações vêm adotando processos comunicacionais não apenas na sua ótica, mas também na do outro; se elas genuinamente estão realizando seus processos comunicacionais na direção da interação, da (re)construção de sentidos e transformação; e instigar as possíveis causas e barreiras para atos comunicativos controladores e lineares. A compreensão dos contextos singulares dos interlocutores e seus aspectos mais subjetivos, a escuta, a troca e o diálogo representam desafios frente aos interesses e objetivos organizacionais A sociedade contemporânea apresenta sinais aguçados para a adoção de uma comunicação mais participativa, humanizada e transformadora. Mas será que Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. há coerência entre o desejo/discurso e a prática dos processos comunicacionais das organizações? E será simples e/ou desejado, por parte das organizações, adotar atitudes e mecanismos menos instrumentais? Como balancear antigos e novos paradigmas em uma sociedade interacional, mutante e complexa? Assim, esse trabalho tem o propósito de trazer referências bibliográficas acerca da comunicação organizacional para dar insumo aos estudos de caso e possíveis reflexões sobre o tema da comunicação relacional e participativa. 2. AS ORGANIZAÇÕES, OS INDIVÍDUOS E A COMUNICAÇÃO Preliminarmente é importante refletir sobre o conceito de organização contextualizado neste estudo. De acordo com Moraes (2004, p.91) “uma organização (...) é constituída por um grupo de pessoas que mantém um interrelacionamento, necessário à realização de tarefas, de forma cooperativa, que conduzirá ao alcance dos objetivos”. Na visão de Lima e Oliveira (2012, p.107), organização é “um sujeito interlocutor”. Para Baldissera (2010, p.61), as “organizações (sistemas vivos) são compreendidas como resultados dinâmicos de relações entre sujeitos que se realizam como forças em diálogo, selecionando, circulando, transacionando e construindo significação por meio de processos comunicacionais”. Nessas e em diversas outras referências conceituais encontram-se componentes importantes para a reflexão desse trabalho direcionado aos processos comunicacionais no contexto organizacional: grupo, pessoas, interlocutores, relacionamento, diálogo. Toda organização é formada por um grupo de pessoas que nela, para ela ou ligadas a ela realizam tarefas. E toda organização irá se relacionar e se comunicar com diversos sujeitos interlocutores. Assim, sempre existirão indivíduos, relações e interações em seu ambiente interno e externo. Já a questão cooperativa mencionada por Moraes (2004) nos remete ao propósito de existência da organização em que ela estabelece, de maneira formal ou informal, a sua missão: “as empresas são constituídas para alcançar alguma missão” (KOTLER, 2003, p. 151). E a missão de uma organização é atrelada aos seus objetivos e à sua visão: “a visão corporativa é um eixo comum com o qual os funcionários e, idealmente, todos Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. os outros públicos devem se relacionar” (ARGENTI, 2011, P.86). Essas colocações nos sinalizam que uma visão que abranja os principais valores, filosofia e objetivos de uma organização, e que é compartilhada entre seus diversos públicos/interlocutores, contribui, segundo Argenti (2011), para uma coerência geral da organização e para a continuidade dessa visão e das mensagens coletivas que envia a seus públicos. As organizações têm uma presença inerente à sociedade contemporânea e atuam de forma interativa, a todo o momento, com os diversos agentes que as cercam, ou seja, a “organização [...] pressupõe associações de sujeitos” (BALDISSERA, 2010, p.62). E ela é o “elo que põe em contato interesses comuns, que ajuda a unir pessoas com os mesmos objetivos na configuração social reconhecida como organização” (SOARES e MONTEIRO, 2012, p.51). À luz dessas reflexões pode-se afirmar que, se há organização, há seres humanos, há interação e, naturalmente, há comunicação. Portanto, a comunicação é intrínseca ao homo sapiens e, do mesmo modo, intrínseca às organizações. O que nos remete ao termo homo comunicans utilizado por Pinto (2011) ao reforçar a comunicação como algo presente em diversos contextos, inclusive o das organizações: “[...] a organização é um contexto onde se dá o fenômeno comunicativo que também se manifesta em outros contextos, tão legítimos e tão específicos quanto o de uma organização ou uma empresa” (PINTO, 2011, p.85). O autor reforça que é inconcebível pensar a comunicação, tal como praticada nas organizações, de forma divorciada de uma ideia geral de comunicação. Descrevemos, portanto, reflexões sobre a interdependência da comunicação, dos indivíduos e das organizações. Para dar sequência ao conceito de comunicação no contexto organizacional é pertinente refletir sobre os tipos de organização presentes no mundo contemporâneo, seus desenhos e características. Em seguida, avaliaremos as configurações e transformações dos processos comunicacionais predominantes em nossa sociedade. 3. OS TIPOS DE ORGANIZAÇÕES E SEUS PROCESSOS COMUNICACIONAIS De acordo com Soares e Monteiro (2012) diversas mudanças vêm ocorrendo Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. na sociedade, as quais incluem a complexidade das organizações, de seus ambientes e de suas mídias e que abrem portas para novas possibilidades de comunicação: “os avanços das tecnologias da informação e a presença da convergência midiática vêm causando mudanças significativas na sociedade contemporânea, na medida em que os indivíduos vivem um momento inédito nos processos de interação e relacionamento sociais” (CAMPOS, 2012 ,p.42). Adicionalmente, surgiram novas formas de organizações e novos interesses, além de tensões entre grupos sociais que “nos desafiam a repensar os espaços organizacionais e suas configurações” (SOARES E MONTEIRO, 2012, p.51). As organizações são, de fato, instâncias de articulação de interesses, um ator social coletivo, que envolvem diversos atores, que afetam e são afetados, e interagem em variados contextos sociais, econômicos, políticos e culturais. Ao avaliar esses contextos e o papel da comunicação, essas autoras analisam os três tipos de organizações: as privadas, com fins lucrativos; as organizações públicas e as organizações da sociedade civil/terceiro setor, atuando em três esferas, respectivamente – mercado, estado e sociedade. Diante dessas configurações predominantes em nossa sociedade - o primeiro setor/organizações públicas, o segundo setor/organizações privadas e o terceiro setor/organizações sem fins lucrativos – constata-se, em todas elas, a inerência da comunicação e percebe-se como os objetivos de cada tipo de organização influenciam e condicionam suas concepções e processos comunicacionais. Ao analisar as organizações privadas, cuja engrenagem se direciona para a comercialização de produtos e serviços, tem-se a comunicação geralmente como área de apoio, no sentido de contribuir com seu propósito central: o lucro. Nesse sentido, ações e processos comunicacionais são traçados para o estímulo ao consumo de produtos e serviços, evidenciando o seu aspecto mercadológico e apoio ao negócio. “Entretanto, ao acompanhar a dinamicidade da sociedade, percebe-se que as empresas, cada vez mais, têm despertado para a necessidade de desenvolver outras dimensões de relações com a sociedade que não sejam apenas a de consumo” (SOARES e MONTEIRO, 2012, p.52). O que significa que, decorrente da crescente articulação e pressão da sociedade civil, as organizações privadas estão preocupadas em articular o seu negócio para além do foco no Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. produto/serviço, conferindo um caráter mais institucional às suas mensagens. Mais que isso, há um esforço recorrente de tornar públicas as suas iniciativas voltadas à cidadania e responsabilidade socioambiental que excedem o propósito original da obtenção do lucro e acúmulo do capital. Há, pois, uma busca de legitimidade social. Soma-se a isso outro campo de atuação comunicacional que vem se tornando cada vez mais relevante nessas organizações, fruto das tensões capital versus trabalho, da busca por conciliação de interesses e minimização de conflitos, a chamada comunicação interna, que é “a ferramenta que vai permitir que a administração torne comuns as mensagens destinadas a motivar, estimular, considerar, diferenciar, premiar e agrupar os integrantes de uma organização. A gestão e seu conjunto de valores, missão e visão de futuro proporcionam as condições pra que a comunicação empresarial atue com eficácia” (NASSAR, 2004, p. 74). As empresas parecem não ter outra escolha. Elas “terão de se dar conta desse novo contexto que surge e enfatiza a importância de ouvir todas as vozes, seja dos colaboradores, seja de todos os consumidores” (MOSÉ, 2013, p.8). Uma segunda forma de configuração de organização, as públicas, aquelas que prestam serviço direta ou indiretamente vinculado à esfera governamental, tem como principal propósito prestar serviços à sociedade e em prol do bem-estar dos cidadãos. Nesta esfera englobam serviços ligados ao transporte, segurança, educação, saúde, meio ambiente etc, bem como apoio e estímulo ao desenvolvimento de indústrias, empresas, campo científico, dentre outros cuja fonte de renda é via arrecadação de impostos, tributos e taxas compulsórias. “Pode-se dizer que a comunicação nessas organizações se dá basicamente por meio de dois processos: de informação e de negociação” (SOARES e MONTEIRO, 2012, p.56). Isto significa que o poder público deve estar em constante interação com a sociedade para informar a população e o empresariado acerca de suas decisões políticas, projetos, melhorias e, evidentemente, prestar contas de suas atividades. Não se pode deixar de mencionar a comunicação também direcionada ao público interno – os servidores públicos – campo que vem ganhando expressividade tal qual nas organizações privadas: “a realização efetiva da missão das organizações públicas, que é atender o cidadão, depende também, cada vez mais, de sistemas eficientes de comunicação interna que ajudem a formar Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. servidores públicos” (SOARES E MONTEIRO, 2012, p.58). Essa percepção envolve, certamente, uma postura e uma gestão mais abertas, renovadas, menos burocráticas e hierárquicas. Somam-se a isso movimentos e reivindicações dos diversos interlocutores em busca de maior transparência, ética e diálogo nas decisões do orçamento público. O cenário que emerge, portanto, é de anseios por mais abertura, participação e interação onde é “necessária a criação de espaços nos quais não só as organizações públicas possam se comunicar com a sociedade, mas que também o inverso possa acontecer” (SOARES e MONTEIRO, 2012, p.57). Mudanças na sociedade e mudanças nas formas de comunicação, por múltiplas e dinâmicas variáveis, é o que se percebe nos dois tipos de organizações privadas e públicas - aqui analisadas. Há um terceiro grupo de organizações que vem se proliferando mundialmente no universo contemporâneo, fruto dos movimentos da sociedade civil, que englobam as organizações sem fins lucrativos como ONGS (organizações não-governamentais), OSCIPS (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), associações e fundações. Grande parte do terceiro setor depende de recursos financeiros de pessoas físicas ou jurídicas, cujas organizações buscam “se fazerem conhecer, ganharem credibilidade e convencerem pessoas e organizações do mercado ou do Estado de que merecem receber tais recursos para viabilizar suas atividades” (SOARES E MONTEIRO, 2012, p.62). Assim, a comunicação nessas organizações dedica-se naturalmente à captação de recursos e à prestação de contas, mas, prioritariamente, para a mobilização social, a formação de redes, a comunicação comunitária e face a face. Notamos, logo, processos comunicacionais do terceiro setor que se apresentam de maneira mais flexível, horizontalizada e participativa. Ressalta-se o crescimento e a importância das iniciativas da sociedade civil e a importância desse fenômeno nos processos comunicacionais. Observa-se, também, que essas organizações geralmente adotam caminhos ideologicamente distantes daqueles utilizados pelas tradicionais corporações e pelo governo. Porém, necessitam, da mesma forma, dar visibilidade pública a suas causas e objetivos e prescindem de mecanismos e processos de interação com essas organizações e do uso da Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. comunicação de massa e persuasiva (internet, propaganda, mídia digital etc). Apresentamos, deste modo, os três tipos de organização e suas nuances comunicacionais. Ressalte que “há um entrelaçamento contínuo dessas diferentes organizações na busca pela solução de problemas sociais e pelo atendimento, ao mesmo tempo, às suas missões particulares” (SOARES e MONTEIRO, 2012, p.65). O papel da comunicação no contexto organizacional é, pois, de mediadora, articuladora e organizadora desses processos de interação. As organizações são constituídas por sujeitos em ação e interação e “não podem ser analisadas como estruturas independentes, autônomas e descontextualizadas. Pelo contrário, são sistemas integrados a contextos sociais marcados por constante mudança e com as quais precisam dialogar” (LIMA E BASTOS, 2012, p.40). Nota-se que as organizações, independentemente de sua configuração e objetivos, precisam manter vínculos e legitimação social. E isso não é viável sem a comunicação, sem a intervenção e a interação humana. Ademais, “assistimos ao processo por meio do qual a sociedade percebe e se percebe a partir da lógica da mídia, que agora se expande para além dos dispositivos tecnológicos tradicionais” (CAMPOS, 2012, p. 42), um movimento denominado “midiatização”. No trecho a seguir analisaremos alguns conceitos e processos de comunicação, suas configurações e transformações no mundo contemporâneo em tempos de midiatização, visto como uma nova maneira do indivíduo tornar-se elemento constituinte da existência dos meios, de inserir-se no mundo no qual a comunicação evolui da “sociedade dos meios” para a ”sociedade midiatizada” (FAUSTO NETO, 2008). 4. OS PROCESSOS COMUNICACIONAIS E SUAS TRANSFORMAÇÕES Seguindo este cenário, perfis de organizações e conceitos aqui analisados, é importante refletir acerca do paradigma informacional e relacional da comunicação e da sua manifestação nos processos comunicacionais das organizações, avaliando os espaços para a. participação e a interação humana. Os discursos e práticas da comunicação organizacional são “fruto de sementes lançadas no período da Revolução Industrial” (KUNSCH, 2006, p. 169). Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. Oliveira e Paula (2007) reforçam essa concatenação histórica da comunicação organizacional que vem sendo ancorada pelo paradigma clássico-informacional na qual é reforçada a relação emissor-receptor, com papéis fixos, ressaltando uma tendência passiva do receptor, ou seja, aquele que recebe informações. Oliveira e Mourão (2014) coadunam com as demais autoras afirmando que, a partir desse paradigma informacional da comunicação, “formam-se axiomas que adotam a informação e a transmissão da mensagem como a essência da comunicação, determinando conceitos e orientando discursos e teorias” (OLIVEIRA; MOURÃO, 2014, p.8). E acrescentam que a concepção da transmissão da informação faz parte do processo comunicacional, mas que não se pode reduzi-la a isso, sedimentada apenas nas informações, mensagens e canais. Muitos autores conectam a adoção do paradigma clássico da comunicação, informacional e funcionalista, ao controle e persuasão. “A ênfase é dada na transmissão de informações e no controle” (NEIVA; BASTOS; LIMA, 2012). Rego (1986) expõe que é importante considerar a comunicação como uma ação integrada de meios, formas, recursos, canais e intenções. E ressalta que “a comunicação empresarial atua como instrumento de persuasão” (REGO, 1986, p.61). Bueno (2009) destaca as relações de controle e persuasão através da comunicação empresarial que “apesar do discurso, continua não ética, não transparente, não democrática, equivocadamente avessa ao debate e ao diálogo” (BUENO, 2009, p.VIII). Enquanto nos estudos funcionalistas o foco era a centralidade nos meios, em seguida começou-se a analisar o moderno fenômeno de comunicação de massa, ainda priorizando os meios, as mídias, e seus processos de informação e persuasão. De modo inverso, alguns estudos se iniciaram nos anos 60 e 70, voltados para a esfera sociológica da comunicação, para os estudos da recepção. “De massa homogênea e manipulável, os receptores passam a ser concebidos como participantes ativos do processo de comunicação, o que altera, e muito, o enfoque das teorias da comunicação” (LA FUENTE; PAULA, 2012, p.123). No Brasil, a partir da década de 90, se intensificam os estudos voltados para a complexidade e relações interacionais da comunicação. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. “Se antes se enfatizava o caráter instrumental, tendo como objeto de estudo as mensagens, a transmissão de informação, os códigos, o emissor, o receptor e os canais; no mundo contemporâneo, com tantas transformações, aumentou a abrangência da comunicação como processo e prática social que ocorre a partir da relação entre os interlocutores num determinado contexto.” (OLIVEIRA; MOURÃO, 2014, p.8). Esse cenário provoca uma revisão teórico-conceitual da comunicação organizacional, que avança de uma visão meramente informativa para outra, com ênfase nos relacionamentos comos atores sociais. Enquanto nos fluxos informacionais o que prevalece são as ações e instrumentos utilizados para veicular informações, nos fluxos relacionais encontram-se oportunidades de interação e encontro entre organização e atores sociais (OLIVEIRA; PAULA, 2007). Assim, no paradigma relacional da comunicação, ela é contemplada sob um prisma mais abrangente, dinâmico, complexo, vivo, no qual os sujeitos são atores, são interlocutores, construtores e não agentes passivos na sociedade e/ou nas organizações. Há uma importante contribuição de Baldissera (2010), que enriquece os demais conceitos em que define a comunicação como um “processo de construção e disputa de sentidos”: Processo de construção uma vez que se tem a ideia de que os signos, e, assim, a significação, não estão prontos/acabados, mas em constante processo de construção e transformação. Assim, é possível afirmar que, por mais que se procure eliminar sentidos não desejados – pelo emprego de códigos duros, por exemplo – a interpretação e internalização de significação que a alteridade realiza poderá ser diferente do que se quer, já que os diferentes sujeitos em relação de comunicação não são iguais entre si – portanto não interpretam a partir dos mesmos lugares e com as mesmas competências. (BATISTA e BALDISSERA, 2010, p.4). Estas reflexões descritas evidenciam as transformações da nossa sociedade, do contexto organizacional, dos processos comunicacionais. Evidenciam, também, o quão presente são as práticas interacionais e a dinamicidade e complexidade da comunicação entre as organizações-indivíduos. Sinalizam para um desafio a ser considerado pelas organizações – privadas, públicas ou sem fins lucrativos - no sentido de atingir seus objetivos e de criar fluxos de comunicação que lhes são favoráveis, ao mesmo tempo em que se adapta a novas perspectivas de interações em seu mercado, seu escopo de atuação e com seus públicos de relacionamento. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. A seguir descreveremos alguns estudos realizados sob o ponto de vista teórico, conceitual e prático que analisam sobre cenário descrito. 5. ESTUDOS SOBRE OS MECANISMOS DE COMUNICAÇÃO Diversos pesquisadores, educadores, profissionais e administradores vêm buscando compreender esse cenário em transformação. Mas será que as teorias e conceitos aqui levantados vêm recebendo aderência no mercado e no ambiente organizacional? O discurso e a prática estão em sintonia? A comunicação enquanto instrumento de controle e persuasão ainda prevalecem em nossa sociedade? Ou os processos interativos e dinâmicos da sociedade hodierna vêm revendo processos e comportamentos? Essas indagações são, pois, investigadas e apresentadas em alguns estudos e depoimentos a seguir. Kunsch (2012), por meio de pesquisa realizada junto a organizações públicas e privadas sediadas no Brasil, avaliou suas práticas cotidianas de Comunicação a partir de três principais dimensões: instrumental, estratégica e humana. A autora a define a dimensão instrumental como predominante nas organizações em geral. Ela a caracteriza como funcional e técnica, que podemos considerar, portanto, como o paradigma funcionalista apresentado anteriormente. “É aquela que é considerada mais como transmissão de informações e como instrumento para viabilizar os processos e permitir o pleno funcionamento de uma organização para o alcance dos seus objetivos globais” (KUNSCH, 2012, p.271). De acordo com Kunsch (2012), é uma visão linear da Comunicação que ignora contextos e outros aspectos mais subjetivos, mas evidentemente é necessária e sempre existirá Para Kunsch (2012), a dimensão estratégica da Comunicação Organizacional se assemelha muito com a instrumental, pois se faz presente de maneira mais pragmática, com ações comunicativas objetivando a eficácia dos processos e os resultados organizacionais. É considerada um fator que agrega valor à organização e aos negócios e deve alinhar-se ao planejamento, à gestão, aos objetivos globais da organização e aos princípios estabelecidos em relação a sua missão, sua visão e seus valores. A terceira dimensão estudada por Kunsch (2012), a humana, é destacada Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. pela autora como prioritária: “não é possível desconsiderar a Comunicação humana e as múltiplas perspectivas que permeiam o ato comunicativo no interior das organizações” (KUNSCH, 2012, p.271). Ela reforça que é preciso pensar na comunicação entre as pessoas e que os seres humanos não vivem sem se comunicar, reflexão que associa-se com as proposições apresentadas no início desse trabalho. Os resultados da pesquisa de Kunsch (2012) mostram que a dimensão instrumental é a mais presente em todos os meios de comunicação para o alcance de objetivos e metas organizacionais. Em relação à dimensão estratégica, para a grande maioria das empresas consultadas, ela só existe em parte. Falta uma política de Comunicação mais definida, integrada, alinhada à alta gestão. E quanto à dimensão humana, a aferição se deu apenas no ambiente interno das organizações e apresentou pontos positivos, como a valorização de redes informais e a promoção da comunicação participativa e voltada para o diálogo (presencial e por meios online). A pesquisa também mostrou que as organizações vêm adotando fortemente as novas mídias e os meios digitais para difundir suas mensagens no âmbito interno e externo e observou uma alta porcentagem no uso de intranet para o diálogo com empregados, que “corrobora a percepção de grande inserção da sociedade nos meios digitais, da Internet e seus recursos de redes sociais e relacionamentos, refletida também nas empresas” (KUNSCH, 2012, p.285). Por fim, a autora avalia que há um processo em evolução nos mecanismos de comunicação que permitem ampliar da comunicação linear/informacional para a participativa e interativa, mas que ainda precisa evoluir: Apesar de uma evolução gradativa dos modelos mecânicos da transmissão unilateral de informações para a implantação de processos comunicativos mais interativos graças sobretudo às mídias sociais, ainda falta em grande parte das empresas em geral uma Comunicação que permita a abertura de canais dialógicos de fato e que as pessoas sejam consideradas em primeiro lugar. (KUNSCH, 2012, p.288). Em outro estudo, Campos (2012) avaliou as perspectivas e os desafios de se adotar a lógica da Web 2.03 nos processos de comunicação criados no contexto interno das organizações, considerando a abordagem relacional - já mencionada nesse artigo - como ponto de partida teórico. A autora pesquisou duas organizações: Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. um grande grupo de capital misto, no segmento de energia elétrica do Brasil, com mais de 8 mil empregados e mais de 7 milhões de consumidores; e uma grande cooperativa na área de saúde com 2, 6 mil empregados, mais de 5 mil médicos cooperados e cerca de 850 mil clientes. O principal critério para a escolha dessas duas organizações justifica-se pelo fato de terem reformulado suas intranets com o objetivo de transformá-las em ambientes conduzidos pelos princípios da Web 2.0, com recursos que permitissem aos empregados espaços de colaboração e a descentralização da gestão do conteúdo. 3 Tim O’Reilly (2006) é o, criador do termo Web 2.0,, um fenômeno que pode ser entendido como uma evidência do processo de midiatização da sociedade e das próprias organizações, que potencializa os processos interativos, tendo a internet como plataforma. Caracteriza-se por um ambiente que valoriza o posicionamento do usuário - que tem participação ativa no processo interativo e controla seus próprios dados -, promove a participação, a descentralização dos processos e a adoção da inteligência coletiva (CAMPOS, 2012). A pesquisa foi desenvolvida “a partir do paradigma relacional, segundo o qual a comunicação é vista globalmente, como um processo em que interlocutores em interação produzem e compartilham sentidos, em um dado contexto sócio-histórico” (CAMPOS; 2012, p.42). Os discursos dos entrevistados apontaram que essa não é a realidade das organizações, uma vez que a percepção dos empregados dessas organizações relatou que a intranet, reconhecida como muito importante para seu trabalho, ainda não cumpre a promessa de seguir essa lógica da Web 2.0, ou seja, que não tangibilizam nesse ambiente um espaço de interação, de relacionamento. Assim, apesar das organizações divulgarem suas intranets comoespaços relacionais, os empregados as percebem e as utilizam como ambientes informacionais. Adicionalmente, a cultura dessas organizações e a visão dos gestores não estimulam o tempo “gasto” nesse tipo de atividade, considerando-a supérflua ou desnecessária. Para a autora, essa questão demonstra que “nesses discursos fica evidente a questão do poder e do controle que impera no contexto das organizações” (CAMPOS; 2012, p.48), pensamento descrito, nesse artigo, por Neiva; Bastos; Lima (2012); Rego (1986) e Bueno (2009). Portanto, os resultados da pesquisa de Campos (2012) apontam contradições existentes: por um lado, o que as organizações dizem, talvez desejem e os princípios da segunda geração de serviços on-line; e, por outro, a apreensão e a percepção desse discurso por parte dos Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. empregados, que apresentam relações hierárquicas, persuasivas e de controle. Já nos estudos de Bueno (2014), o autor avalia as mídias sociais como ativos intangíveis das organizações e discorre sobre os limites das métricas relativas a esses meios. Ele apresenta que a mensuração nas mídias sociais atende a três propósitos básicos, fruto do investimento nesses espaços “comprovar o aumento da receita, a redução de custos ou a obtenção de vantagens ou melhoria na satisfação de clientes ou stakeholders em geral” (BUENO; 2014, p.13). Para o nosso estudo em questão o que a pesquisa desse autor nos traz como contribuição é a colocação de que “As mídias sociais têm provocado mudanças expressivas pela criação de uma nova cultura comunicativa, engendrada especialmente pelos chamados usuários-mídia, que tem forçado as organizações a uma revisão profunda do seu “ethos” comunicacional. Simplificadamente, elas exigem a implementação de novas estratégias comunicativas, respaldadas na interação, na disposição para o diálogo e na articulação de uma lógica e uma dinâmica não tradicionais para a expressão de seus discursos, de caráter institucional ou mercadológico.” (BUENO; 2014, p.4). Ele aponta que as organizações têm encontrado dificuldades para se ajustar a esse novo cenário, que apresenta formas de relacionamento que não existiam ou eram ignoradas no modelo de comunicação tradicional em um contexto que permitia ou respaldava a prevalência da comunicação unidirecional, vertical ou não dialógica. Bueno (2014) alerta que essa visão centralizadora, hierárquica e até mesmo autoritária “ainda domina especialmente na relação das organizações com seus públicos internos, mas a emergência da geração Y e a mobilização civil estão propondo (e exigindo) novas posturas por parte das empresas e chefias” (BUENO; 2014, p.6). O que os diversos estudos nos apontam é, pois, uma dificuldade das organizações em compreender e/ou gerenciar seus processos comunicacionais na atualidade. É preciso encontrar encaminhos que conciliem práticas que atendam aos seus objetivos organizacionais, à sua forma de gestão e aos resultados a serem alcançados e, ao mesmo tempo, acompanhem as expectativas de diversos atores da nossa sociedade, sejam eles empregados, clientes, fornecedores, imprensa etc. E que acompanhem um cenário que é marcado pela interação, participação e construção conjunta de conteúdos e sentidos que vem se mostrando intolerante a mecanismos puramente informacionais e controladores. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. 6. DESAFIOS PARA OS EXECUTIVOS E PARA AS ORGANIZAÇÕES À luz desses estudos e reflexões, é importante que as organizações, por meio de seus dirigentes, líderes e profissionais de marketing e comunicação, reflitam intensamente sobre esse cenário, sobre a dicotomia entre o discurso e a prática e sobre seus mecanismos de controle e persuasão. E que busquem caminhos, diante de tantas oportunidades de interação e participação, e frente à tamanha dinamicidade e riqueza de instrumentos em que “estamos vendo uma mudança de visão organizacional na qual “não mais ‘comunicamos’ uma realidade, e sim a construímos” (MARCHIORI; 2008, p.149). Serão as subjetividades e a complexidade de compreensão desse novo cenário as principais dificuldades e até alegações, por parte das organizações, em não percebermos genuínas práticas comunicacionais mais fluidas, humanizadas e dialogadas? Uma postura menos transformadora da realidade e mais “(des) construtiva de sentidos” pode acarretar em perda de controle e poder? São questões emergentes para as organizações que envolve um esforço para se adaptarem e práticas autênticas com seus interlocutores: As organizações muitas vezes não têm consciência da importância de se dar vez e voz a seus públicos/interlocutores e acreditam que todos os seus atos comunicativos causam por si só os efeitos positivos desejados ou que são automaticamente respondidos e aceitos na forma como foram planejados. Essa comunicação intencional desejada pelas organizações só encontrará eco se tiver sentido para os receptores envolvidos e se estes perceberem nela um significado interativo e coparticipado. (KUNSCH; 2012, p.18). As causas, motivos e barreiras no sentido de melhor compreender o intuito e produção dos processos comunicacionais no ambiente das organizações precisam ser melhor avaliados. Entender se há ou não espaço formal para a manifestação dos diferentes interlocutores e suas interpretações e subjetividades. São colocações e particularidades significativas a serem investigadas pelos gestores/líderes das diversas organizações – sejam na esfera pública, privada ou do terceiro setor - pelos profissionais de comunicação, pelo meio acadêmico. Afinal, o “mundo está em transformação. E as empresas precisarão adaptar sua comunicação e sua gestão de pessoas aos novos tempos. [...] vivemos hoje em uma Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. sociedade em rede, cujos valores são multiplicidade, mudança e perspectiva” (MOSÉ, 2013, p.8). 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da revisão bibliográfica acerca dos construtos que envolvem o objetivo do trabalho, podemos fazer as seguintes considerações: o atual cenário de grandes mudanças, quebra de fronteiras, incertezas, proliferação de redes, diversidade, preocupações éticas, complexidade das diversas formas de negócios/organizações aliada à complexidade e velocidade das tecnologias de comunicação e informação reforça cada vez mais a imprescindibilidade que deve ser dada ao entendimento dos diversos interlocutores nesse ambiente mutável e dinâmico. O homo sapiens já é tratado como homo comunicans (Pinto, 2011) diante da importância e relação indissociável do homem com a comunicação. As organizações, atores inerentes à nossa sociedade, pressupõem um processo de interação humana, independentemente de seu porte, configuração, objetivos e causas. Todo e qualquer tipo de organização não sobrevive sem vínculos sociais e sem o ato de se relacionar e se comunicar. A questão que se apresenta é se, de fato, as organizações, enquanto agentes interlocutores das três esferas – mercado, estado e sociedade – estão conscientes e atentos às complexidades e divergências das relações. “Há intenção no (s) produtor (es) da mensagem, também há intenção em quem a recebe, e essas intenções podem divergir” (BATISTA e BALDISSERA, 2010 p.4). Esse é o grande desafio das organizações e do homo comunicans; e também um espaço de oportunidades e aprendizado. Para as organizações, recai a responsabilidade de se refletir sobre as possibilidades de desobstrução de seus processos comunicacionais racionais, lineares e controladores e tentar abrigar a diversidade e a oportunidade de aprendizagem coletiva, (re)criação e inovação. Afinal, “as organizações [...] não são o império da racionalidade por natureza. Elas são alimentadas pela emoção, pela fantasia que cada ser humano abriga em si” (MORAES, 2004, p. 91). Da mesma forma que as organizações e o contexto vêm se transformando e evoluindo em Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. vários aspectos, os indivíduos, suas relações e os processos comunicacionais também são dinâmicos. Carece, pois, de intenção e dedicação no sentido de possibilitar espaços de interação, manifestações e resignificação que contribuam nessa trajetória da evolução humana, do próprio mundo empresarial, da sociedade. Encontrar, nesse cenário em movimento, uma maneira de harmonizar os objetivos organizacionais e estratégicos aos individuais/humanos, em uma trilha de transformação, aprendizado e evolução mútua. Intensificar no entendimento das relações empresariais e humanas e seus atos comunicacionais, essa riqueza de elementos em questão, nos permite avançar, seja no meio acadêmico e/ou profissional, na compreensão, no contexto organizacional, sobre as facetas da comunicação na sociedade da interatividade. 8. REFERÊNCIAS ARGENTI, Paul A.: Comunicação empresarial: a construção da identidade, imagem e reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. BALDISSERA, Rudimar. Organizações como complexus de diálogos, subjetividades e significação. In: Margarida Maria Krohling Kunsch. (Org.). A comunicação como fator de humanização das organizações. 1ª ed. São Caetano do Sul - SP: Difusão Editora, 2010, v. 3, p. 61-76. BATISTA, Daniela Conegatti; BALDISSERA, Rudimar. Entre a organização comunicada e a “falada”: a comunicação organizacional da empresa Tramontina C.B. S/A. Revista Iniciacom - Vol. 2, Nº 2 – 2010. BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial: políticas e estratégias. São Paulo: Saraiva. 2009. BUENO, Wilson da Costa. Avaliando os ativos intangíveis das organizações nas mídias sociais: os limites das métricas. XXIII Encontro Anual da Compôs - Pará, Maio 2014. CAMPOS, Luíza Reis; OLIVERIA, Ivone de Lourdes. A web 2.0 como possibilidade de mudança de perspectiva na comunicação no contexto das organizações. ABRAPCORP 2013: teorias e métodos de pesquisa em comunicação Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. organizacional e relações públicas: entre a tradição e a inovação [recurso eletrônico]/org. Ana Lúcia Novelli, Cláudia Peixoto de Moura, João José Azevedo Curvello. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Edipucrs, 2013. FAUSTO NETO, Antonio. Fragmentos de uma “analítica” da midiatização. Matrizes. São Paulo, V. 1, N. 2, 2008. Disponível em: <http://www.matrizes.usp.br/index.php/matrizes/article/view/88/136>. Acesso em: 01 jul. 2014. KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Comunicação organizacional: conceitos e dimensões dos estudos e das práticas. In: MARCHIORI, Marlene (Org). Faces da cultura e da comunicação organizacional. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2006. KUNSCH, Margarida M. Krohling. As dimensões humana, instrumental e estratégica da Comunicação Organizacional: recorte de um estudo aplicado ao segmento corporativo. Intercom: Revista Brasileira de Ciências de Comunicação. São Paulo: 2012. LIMA, Fábia Pereira; BASTOS, Fernanda de Oliveira Silva. Reflexões sobre o objeto da comunicação no contexto organizacional. In: OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; LIMA Fábia Pereira (orgs). Propostas conceituais para a comunicação no contexto organizacional. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2012. LA FUENTE, Adelina Martins de; PAULA, Carine Fonseca Caetano. O processo social de midiatização: comsequências para a comunicação no contexto organizacional. In: OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; LIMA Fábia Pereira (orgs). Propostas conceituais para a comunicação no contexto organizacional. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2012. MARCHIORI, Marlene Regina. Cultura e Comunicação Organizacional: um olhar estratégico sob a organização. São Paulo: Difusão, 2008. MORAES, Anna Maris Pereira de. Introdução à Administração. São Paulo: Prentice Hall, 2004. MOSÉ, Viviane. Ganha força o conceito de colaborador empreendedor. Revista Comunicação Empresarial, a. 23, n. 87, p. 8-12. 2013. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. NASSAR, Paulo (Org.). Comunicação interna: a força nas empresas, v.2. São Paulo: ABERJE, 2004. NEIVA, Rodrigo César S.; BASTOS, Fernanda de Oliveira S.; LIMA, Fábia Pereira. A perspectiva relacional das redes sociais no contexto da comunicação organizacional. In: OLIVEIRA, Ivone de L.; MARCHIORI, Marlene (Org.). Redes sociais, comunicação, organizações. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2012. OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; PAULA, Maria Aparecida de. O que é comunicação estratégica nas organizações? São Paulo: Paulus, 2007. OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; LIMA, Fábia Pereira (orgs.). Propostas conceituais para a comunicação no contexto organizacional. Prefácio Margarida Krohling Kunsch. São Caetano do Sul, SP. Difusão Editora, 2012. OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; MOURÃO, Isaura. Comunicação Organizacional: análise dos construtos teóricos e a práxis na formação do discurso. XXIII Encontro Anual da Compôs - Pará, Maio 2014. PINTO, Julio. Comunicação organizacional ou comunicação no contexto das organizações. In: OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; SOARES, Ana Thereza Nogueira. Interfaces e tendências da comunicação no contexto das organizações. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2011. REGO, Francisco Gaudêncio Comunicação Institucional: Torquato conceitos, do. Comunicação estratégias, Empresarial, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo. Summus, 7ª Edição. 1986. SOARES, Ana Thereza Nogueira; MONTEIRO, Luisa da Silva. O contexto das organizações: uma leitura sobre suas configurações e seus processos comunicacionais. In: OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; LIMA Fábia Pereira (orgs). Propostas conceituais para a comunicação no conceito organizacional. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2012. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014.