VIVÊNCIA DA DOCÊNCIA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
GAMA, Rodrigo Farias1; M.Sc. MORAES, Maria Christina Schettert2
Palavras-chave: EJA, colaboração, aprendizado.
Introdução
O referido trabalho buscou proporcionar aos alunos, o aprendizado da matemática
de uma forma objetiva e descontraída, por meio de exemplos concretos, atividades no
Laboratório de Informática da escola, e exercícios de fixação para serem resolvidos em
conjunto.
O conteúdo desenvolvido neste trabalho é parte integrante do currículo da
Totalidade 5 da EJA da escola na qual realizou-se este estágio. O objetivo deste, foi realizar
um trabalho diferenciado para o ensino da matemática nessa turma, visto que a maioria dos
alunos está retornando à escola após um longo período de afastamento da mesma. E como
fator agravante, o conteúdo da disciplina foi desenvolvido em apenas duas aulas semanais.
Relato da prática e metodologia
O referido estágio foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr.
Gabriel Álvaro de Miranda, situada na região central da cidade de Cruz Alta.
A prática do estágio foi realizada em duas turmas de mesma série, que originalmente
era um, porém, em função do grande número de alunos, a turma foi dividida e classificada em
T5-A e T5-B, sendo a primeira composta por alunos de idade mais avançada e a segunda por
alunos mais jovens, tornando assim, muito mais desafiador o processo de ensino, sendo o
mesmo conteúdo para ambas as turmas, somando ao final um total de 20 (vinte) horas/aula em
cada turma.
Durante o período de realização do estágio, desenvolveu-se os seguintes conteúdos:
MONÔMIOS: definição, grau, monômios semelhantes, operações com monômios (soma,
subtração, multiplicação, divisão, potenciação, radiciação).
1
2
Acadêmico do 7º semestre do curso de Matemática da UNICRUZ – [email protected]
Professora Orientadora da disciplina de Estágio Supervisionado III – [email protected]
POLINÔMIOS: Definição, grau, operações (soma, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, radiciação).
Com a realização do estágio em duas turmas distintas, pôde-se estabelecer um
comparativo muito interessante e de suma importância para o aprendizado acadêmico.
Alguns pontos foram analisados, comparando as duas turmas entre si, e notou-se
aspectos muito diferentes, obrigando o educador a ter posturas totalmente diferentes de acordo
com a turma, sendo os seguintes os principais:

A T5-A demonstrou uma vontade muito grande em aprender, preocupando-se muito mais
com os aspectos qualitativos aos quantitativos. Já a T5-B, teve como objetivo principal o
avanço de nível, para a conclusão do ensino fundamental no menor tempo possível.

A T5-A, em função de a maioria ter parado e retomado os estudos após algum tempo,
apresentou uma dificuldade maior para assimilar os conteúdos apesar da vontade e
dedicação. Na T5-B, a aprendizagem foi prejudicada pela falta de interesse dos alunos,
que tiveram uma facilidade maior na assimilação da matéria.

O rendimento do conteúdo foi bem diferente nas turmas trabalhadas, sendo um pouco
menor na T5-A, em função da dificuldade na assimilação do mesmo, pois acabou
exigindo uma maior repetição e explicação dos conteúdos.

Pôde-se reparar, uma união maior na T5-A, tanto na elaboração de trabalhos em sala de
aula, como em atividades recreativas. O ambiente na T5-B foi um pouco mais agitado e o
relacionamento um pouco mais distante, em função dos alunos serem mais jovens, porém
a houve uma identificação maior dos alunos com o professor.
O desenvolvimento do conteúdo ocorreu através de aulas expositivas, seguidas de
exercícios para fixação, intercalando aulas práticas entre teoria e exercícios.
Como a escola possibilitou o uso do laboratório de informática, foi feita uma
atividade no mesmo, onde se realizou um trabalho no sentido de ambientar os alunos à
Internet. Estimulou-se a fazerem pesquisas sobre assuntos gerais e logo a seguir, através de
home pages especializadas em jogos, fizeram desafios lógicos, estimulando o raciocínio frente
a problemas cotidianos.
Nas demais aulas foi feito um trabalho de associação dessa prática com a teoria
apresentada em aula, e por fim uma avaliação dos alunos relacionando todo o conteúdo
trabalhado.
A avaliação é feita trimestralmente, através de conceitos, levando em conta uma
série de aspectos qualitativos.
Relação teórica-prática
No referido estágio foi obtido um resultado muito satisfatório no sentido de associar
a teoria trabalhada em sala de aula, com a prática no ensino fundamental.
O fato de trabalhar com duas turmas de mesma série, porém, com realidades
totalmente diferentes, possibilitou um crescimento muito grande, principalmente, por que as
aulas, apesar de serem preparadas da mesma forma, no decorrer do estágio elas tiveram que
sofrer adaptações de acordo com o rendimento de cada uma delas.
Destaca-se também, o envolvimento do professor titular e da própria direção da
escola, no sentido de oferecer material de apoio pedagógico, laboratório de informática com
acesso a Internet e ainda, uma total colaboração para que o estágio ocorresse de maneira
muito natural e produtiva.
Considerações finais
Ao término do referido estágio, conclui-se que os objetivos propostos no projeto de
ensino apresentado foram todos alcançados, sendo possível ainda, desenvolver outras
atividades propostas pelo professor acompanhante, que auxiliou na atividade, vindo a
enriquecer ainda mais as aulas do estágio realizado.
Houve uma colaboração muito positiva da direção da escola e professor
acompanhante.
A possibilidade de estabelecer-se um comparativo entre turmas diferentes e do
mesmo nível também serviu para gerar um aprendizado muito valioso, pois se teve que ter um
cuidado bem especial em montar planos de aula da mesma matéria, porém para turmas de
rendimentos bem distintos.
Dessa forma, os objetivos propostos no projeto de estágio foram todos alcançados
com muito êxito, somando assim, no processo de aprendizagem.
Referências
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – Série 7. São Paulo, SP: Ática, 2002.
GIOVANNI, José Ruy; A Conquista da Matemática: A mais Nova – 7ª Série. São Paulo,
SP: FTD, 2002.
ANDRINI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José; Novo – Praticando Matemática – 7ª
Série. São Paulo – SP: Editora do Brasil, 2002.
SILVA, Jorge D.; FERNANDES, Valter dos S.; MABELINI, Orlando D.; Caderno do
Futuro: A evolução do Caderno – 7ª Série. São Paulo – SP: IBEP, 2003
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