Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Ivan Dutra Faria Consultor Legislativo do Senado Federal Área de Minas e Energia Realização: Patrocínio: Fórum de Debates GGN São Paulo, 9 de dezembro de 2013 Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Todo dano é um impacto, mas nem todo impacto é um dano. (há juízo de valor) A legislação ambiental brasileira não define a definir claramente o dano ambiental. Alteração ambiental Efeito ambiental Impacto ambiental Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Há impactos diretos (primários) e impactos indiretos (secundários). Há impactos locais e impactos regionais. Há impactos imediatos, de curto prazo e de longo prazo. Há impactos temporários e impactos permanentes. Há impactos reversíveis e irreversíveis. Há imprecisão nessas classificações. Por exemplo, o caráter reversível ou irreversível de um determinado impacto pode ser modificado pelos acontecimentos posteriores. Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Mesmo as modificações naturais apresentam desafios com grande grau de dificuldade, sendo, também, de difícil identificação e previsão: erupção do vulcão localizado sob a geleira Eyjafjallajoekull, em 2010, na Islândia. Tucuruí: previsões que não se confirmaram. Mexilhão dourado: previsto, mas, ainda assim, aconteceu. Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Compensações Ambientais: Sentido amplo: recuperação de um ambiente alterado por uma atividade ou empreendimento. Medidas compensatórias: compensar impactos ambientais negativos. Medidas mitigadoras: prevenir impactos adversos ou reduzir os que não podem ser evitados. Medidas potencializadoras: maximizar efeitos positivos. Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais “Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica” (CFURH); “Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais” (CFEM); “Royalties”, de modo amplo, no setor de petróleo e gás. No setor elétrico: “Royalties”só para Itaipu. O pagamento de “royalties” obedece à mesma sistemática de distribuição dos recursos da CFURH, mas segue regulamentação específica (Anexo C, item III do Tratado de Itaipu, de 26 de abril de 1974) Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais CFURH em 2012: (Fonte: Aneel) Arrecadação de mais de R$ 2,2 bilhões sendo R$1,726 bilhão (CFURH) + R$ 478,4 milhões (royalties) A TAR foi fixada em R$ 79,87/MWh a partir de 1º de janeiro de 2014. (Aneel em 19/11/2013) Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais CFURH em Belo Monte (por município) Fonte: Norte Energia Eixo Município Área de Inundação (ha) Receita Municipal (2011) CFURH / Receita Municipal Pimental Altamira 840.018 143.369.814 0,51% VitXingu 684.742 16.645.482 3,58% VitXingu 1.259.237 16.645.482 488,62% (Res.Principal) Pimental (Res.Principal) Belo Monte (ResIntermed.+Canal) Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Belo Monte (CFURH – previsão em R$ mil ) Fonte: Norte Energia S.A. Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Comissão Internacional de Grandes Barragens* : *estruturas com altura igual ou superior a 15 metros e, também, as que possuem altura variável entre 10 e 15 metros, desde que tenham capacidade de armazenar mais de 3 milhões m3 de água em seus respectivos reservatórios Há atualmente cerca de 50 mil grandes barragens em operação mundo afora. China, Estados Unidos e Índia nas 3 primeiras posições. O Japão e a Coreia do Sul: 4ª e 5ª posições. Canadá (6º), a África do Sul (7º) e o Brasil (8º). Brasil mal ultrapassa o milhar. Coreia do Sul tem um terço a mais e o Japão, o triplo (!). Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais Versão 2012 do Programme for International Student Assessment (PISA/OCDE): Entre 65 países, o Brasil aparece em 53ª posição, entre os 15 com pior desempenho. A China lidera o ranking, seguida de Coreia do Sul, Finlândia, Hong Kong e Cingapura. Entre os países que fazem parte da OCDE: seis apresentam um elevado nível de proficiência em ciências ambientais na escala do Pisa. Japão, a Coreia do Sul e o Canadá apresentam resultados particularmente elevados nessa avaliação. Sobre hidrelétricas no Brasil e seus impactos ambientais O Brasil possui seis engenheiros para cada grupo de 100 mil pessoas. O Japão possui cinco vezes mais. Em 2012, o Brasil formou menos de 40 mil engenheiros. A Coreia do Sul, com menos de um quarto da nossa população, formou o triplo. Ver artigo completo em: http://www.valor.com.br/opiniao/3334086/hidreletricas-no-brasil-e-vitoria-do-obscurantismo [email protected] Links adicionais: http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD107EdmundoMontalvao-IvanDutra-OmarAbbud.pdf http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD99IvanDutraFaria.pdf http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD94IvanDutraFaria.pdf http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD43IvanDutraFaria.pdf http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD31IvanDutraFaria.pdf http://www.brasil-economia-governo.org.br/2012/03/05/o-que-sao-usinashidreletricas-a-fio-d%e2%80%99agua-e-quais-os-custos-inerentes-a-suaconstrucao/ [email protected] Links adicionais: http://www.brasil-economia-governo.org.br/2013/03/25/por-que-olicenciamento-ambiental-no-brasil-e-tao-complicado-parte-i/ http://www.brasil-economia-governo.org.br/2013/04/08/por-que-olicenciamento-ambiental-no-brasil-e-tao-complicado-parte-ii/ http://www.brasil-economia-governo.org.br/2013/05/06/por-queolicenciamento-ambiental-no-brasil-e-tao-complicado-parte-iii/ Realização: Patrocínio: