XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA
ZOOTEC 2015
Dimensões Tecnológicas e Sociais da Zootecnia
Fortaleza – CE, 27 a 29 de maio de 2015
Relato de caso- fratura da asa de uma Arara-Canindé (Ara ararauna)1
Report of case-fracture of the wing of a Arara-Canindé (Ara ararauna)
Suelen Caroline da Silva Soares2, Vanessa Veronese Ortunho3, Lucio de Oliveira e Souza4, Guilherme
Ribeiro5, Richard Roberto Lobo6, Luan Silva Silveira7, Vanessa Dionísio dos Reis8 e Natália Marques
Teixeira9
1
Trabalho realizado no Centro de Conservação da Fauna silvestre (CCFS) de Ilha solteira
Aluna de Graduação do Curso de Zootecnia da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP
Campus de Ilha Solteira e-mail: [email protected]
3
Professora substituta Doutora do Departamento de Biologia e Zootecnia da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira FEIS/UNESP Campus de Ilha Solteira
4
Médico Veterinário do Centro de Conservação da Fauna Silvestre (CCFS) de Ilha Solteira
5,6,7,8 e 9
Alunos de Graduação do Curso de Zootecnia da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira
FEIS/UNESP Campus de Ilha Solteira.
2
Resumo: Arara-Canindé, também conhecida como Arara-de-barriga-amarela ou Arara-azul e amarela, chega
a medir 86 cm da cabeça à ponta da cauda. Apresenta distribuição geográfica mais ampla entre as espécies de
psitacídeos americanos, pois ocorre principalmente em várzeas, matas de galeria ou ciliares como buritizais,
babaçuais e outras espécies de palmeiras. Na natureza este animal está ameaçado de extinção, pode viver
mais que 50 anos, é um animal muito procurado como bicho de estimação pois é muito dócil, quieta e
possuem certa capacidade de fala, além de ser um animal muito belo. O animal chegou ao Centro de
Conservação da Fauna Silvestre (CCFS) de Ilha Solteira no dia 9 de julho 2014, foi levada pela polícia
ambiental. No dia 10 foi feito a contenção física e química e realizou as biometrias corporais, foi levado a
um recinto onde permaneceu sozinho durante a recuperação e observação. Dia 12 de julho foi solto do
recinto por falta de espaço, teve uma boa recuperação ao tratamento da asa mais não pode voltar voar e
permaneceu no centro.
Abstract: Arara-Canindé, also known as Arara-bellied yellow or blue and yellow Arara, measures up to 86
cm from head to tail. Shows the broadest geographic distribution among the species of American parrots, as
occurs mainly in floodplains, gallery or riparian forest as buritizais, babassu and other palm species. In nature
this animal is threatened with extinction, can live more than 50 years, is an animal much sought after as a pet
because it is very docile, quiet and have some ability to speak, and is a very beautiful animal. The animal
came to the Wildlife Conservation Center (CCFS) of Ilha Solteira on July 9, 2014, was taken by the
environmental police. On 10 was made physical and chemical restraint and made the body biometrics, was
taken to a room where he remained alone for recovery and observation. July 12 was released the enclosure
for lack of space, had a good recovery treatment wing more can not fly back and stood in the center.
Palavras–chave: cativeiro, ferimento, observação, recuperação
Keywords: captivity, injury, observation, recovery
Introdução
A Arara-canindé, também conhecida como Arara-de-barriga-amarela ou Arara-azul e amarela,
caracteriza-se por apresentar as partes superiores azuis e partes inferiores amarelas, a garganta é negra e
possui fileiras de penas faciais também negras (Sick, 1997). Chegam a medir 86 cm da cabeça à ponta da
cauda, sendo que esta última representa mais da metade do comprimento total (Forshaw, 1989). Apresenta a
distribuição geográfica mais ampla entre as espécies de psitacídeos americanos, pois ocorre principalmente
em várzeas, matas de galeria ou ciliares com buritizais, babaçuais e outras espécies de palmeiras desde o leste
do Panamá, passando pelo sul da Colômbia, leste do Equador, norte do Peru, por quase toda região norte do
Brasil, chegando até o Estado de São Paulo, o Estado do Rio de Janeiro e, antigamente, Santa Catarina
(Forshaw, 1989).
Quando chega a época reprodutiva formam casais que permanecem fiéis por toda vida. Só dá cria a
cada dois anos e a postura de ovos compreende os meses de agosto e janeiro, colocando em média 2 ovos
com período de incubação de aproximadamente 30 dias. Os filhotes permanecem no ninho até a décima
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terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos. Em
tamanho perde somente para a arara-azul, a maior de todas. Na natureza este animal está ameaçado de
extinção, pode viver mais que 50 anos (Animal Friend, 2009).
Enfrenta vários problemas em relação a extinção, estão sendo ameaçadas principalmente pelo
contrabando e pelo comércio ilegal de aves, também é um animal muito procurado como bicho de estimação
pois é muito dócil, quieta e possuem certa capacidade de fala, além de ser um animal muito belo. É uma
espécie em extinção em Trinidad, e está à beira de ser extinta do Paraguai, mas ainda continua a ser bastante
comum
em
grande
parte
da
América
do
Sul
continental
(Fonseca,
2010).
Material e Métodos
O animal chegou ao Centro de Conservação da Fauna Silvestre (CCFS) de Ilha Solteira no dia 9 de
julho 2014, foi levada pela polícia ambiental que a recolheu de uma pessoa mantinha a arara em cativeiro em
casa e por motivos maiores de não conseguir conter e cuidar do ferimento que se encontrava em sua asa
esquerda como mostra a (Figura 1), não o quis mais e comunicou a policia que a buscou.
Figura 1. Ferimento na asa esquerda
No dia 10 fez contenção física usando o pulsar e química com 10 mg/kg de zoletil, realizou as
biometrias corporais (Figura 2) como: tamanho do bico, comprimento de cauda, colocou- se uma anilha de
identificação no animal e aferiu o peso obtendo 860 g, em seguida fez observação do ferimento antigo que
não estava consolidado e fez a limpeza no local com solução fisiológica e solução de iodo aquoso. O animal
foi levado a um recinto onde permaneceu sozinho durante a recuperação e observação.
Figura 2. Biometria do animal
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Resultados e Discussão
Dia 12 de julho o animal foi solto do recinto pela falta de espaço para outros animais que chegam
todos dias e precisam de cuidados e local para recuperação, ele permaneceu no (CCFS), onde pode ser
observado á melhora gradativa da ferida e cicatrização, mas pela gravidade anteriormente não pode voltar a
voar e permaneceu no Centro de Conservação da Fauna Silvestre.
Conclusões
A Arara-Canindé levado ao Centro de Conservação da Fauna Silvestre (CCFS) de Ilha Solteira teve
boa recuperação ao tratamento da asa, mas não pode voar mais e permaneceu por lá, fora do cativeiro com
outros animais da espécie que vivem soltos e veem se alimentar diariamente.
Agradecimentos
Agradecimentos aos funcionários do Centro de Conservação da Fauna Silvestre (CCFS) de Ilha
Solteira.
Literatura Citada
ANIMAL
FRIEND.
A
arara-de-barriga-amarela.
Disponível
em:<
http://animalfriend1.blogspot.com.br/2009/07/arara-de-barriga-amarela.html>. Acesso em: 27 de Janeiro de
2015.
FONSECA, C. Os números da ameaça da extinção das araras. Disponível em:<
http://planetadobem.blogspot.com.br/2010/03/os-numeros-da-ameaca-de-extincao-das.html>. Acesso em: 27
de Janeiro de 2015.
FORSHAW, J. M., 1989. The Parrots of the World, 3 ed., Lansdowne Press, Willoughby.
SICK, H., 1997. Ornitologia Brasileira, uma Introdução, Nova Fronteira, Rio de Janeiro.
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