As pulgas são parasitas externos que se alimentam do sangue de mamíferos e aves, normalmente animais de estimação, como o gato, o cachorro, entre outros. Elas dependem do hospedeiro para se alimentarem e se protegerem, permanecendo toda a sua vida nestes. Além de provocarem incômodo pelas picadas, podem transmitir vermes, parasitas sanguíneos e podem induzir a processos alérgicos, diminuindo a qualidade de vida dos animais. Uma pulga é capaz de pular a um metro de distância, o equivalente, em proporção de tamanho, a um humano saltar o comprimento de um campo de futebol. O tamanho de uma pulga dependendo da espécie pode chegar a 5 mm de comprimento. A seguir estão descritas algumas espécies: Pulex irritans É a pulga que mais freqüentemente ataca o homem, embora também se alimente do sangue de outros hospedeiros. É uma espécie considerada cosmopolita e muito encontrada em ambientes onde há pouca higiene. Sua picada pode causar, em pessoas mais sensíveis, uma reação dérmica generalizada. Ctenocephalides felis e Ctenophalides canis São pulgas de carnívoros, e freqüentemente podem ser encontradas parasitando indiferentemente cães e gatos. Em certas regiões do Brasil, C. felis é a principal espécie de pulga que parasita cães. Ambas as espécies podem, não raro, picar o homem. CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES Fone: (53) 3284 77 31 Rua: Lobo da Costa, 1764 [email protected] Xenopsylla cheopis É a pulga mais encontrada nos ratos sendo a principal responsável pela transmissão da peste bubônica, estando distribuída geograficamente nas regiões tropicais e em algumas áreas temperadas. Através das fezes, essas pulgas podem transmitir o tifo murino, doença infecciosa aguda causada pela Rickettsia tiphi, uma zoonose própria dos ratos, mas que eventualmente atinge pessoas que trabalham em locais infestados por ratos. Tunga penetrans Também conhecida como bicho-de-pé, é relativamente comum nas zonas rurais. É o agente causador da tungíase: a fêmea fecundada penetra na pele do homem ou de outros animais, causando forte coceira e ulceração que pode servir como porta para infecções de agentes patogênicos como o Clostridium tetani, causador do tétano. No homem, prefere penetrar principalmente na sola plantar, calcanhar, cantos dos dedos e raramente no escroto, ânus e pálpebras. Quando as lesões cutâneas são numerosas, próximas entre si e localizadas na borda do calcanhar, recebem a denominação de "favo de mel". O tratamento consiste na extirpação dos parasitas em condições assépticas, limpeza do ferimento e vacina antitetânica. A prevenção pode ser feita através do uso de calçados, tratamento dos animais domésticos infestados e aplicação de inseticidas no ambiente. CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES Fone: (53) 3284 77 31 Rua: Lobo da Costa, 1764 [email protected] Importância em Saúde Pública Sua importância pode ser destacada em dois níveis: como parasitas propriamente ditos e como vetores biológicos. Como parasitas, destacamos as irritações cutâneas e lesões provocadas pelas picadas, propiciando a instalação de fungos e bactérias. Como vetores biológicos, destaca-se a peste bubônica e o tifo murino transmitidos através da picada da pulga dos roedores. As pulgas dos cães e gatos podem ser vetores do parasita que causa a dipilidiose. Medidas Preventivas As casas devem ser limpas pelo menos uma vez por semana, de preferência com o auxílio de aspirador de pó, evitando assim o acúmulo de poeiras nos tapetes e tacos, a qual pode servir de alimento para as larvas; Se o piso for de tacos ou tábuas, estes devem ser calafetados, pois as fendas existentes entre eles podem constituir criadouros para pulgas; Deve-se manter a higiene periódica dos animais domésticos, bem como lavagem frequente da "cama" do animal (panos, esteiras ou similares); Deve-se observar os cuidados ambientais para evitar proliferação de roedores; Usar calçados para impedir a penetração de pulgas "bicho-de-pé". CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES Fone: (53) 3284 77 31 Rua: Lobo da Costa, 1764 [email protected]