GERMINAÇÃO DE SEMENTES O que é semente? O que é semente? É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, que dará origem a um novo indivíduo. É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, que dará origem a um novo indivíduo. Elementos Básicos da Estrutura da Semente Elementos Básicos da Estrutura da Semente O embrião é formado de plúmula, epicótilo, hipocótilo, radícula e cotilédones. O embrião é formado de plúmula, epicótilo, hipocótilo, radícula e cotilédones. Plúmula Marcelo Francisco Pompelli Ecofisiologia Vegetal A plúmula inclui os primórdios foliares Recife, 2013 O que é semente? O que é semente? O que é semente? É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, que dará origem a um novo indivíduo. É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, que dará origem a um novo indivíduo. É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, que dará origem a um novo indivíduo. Elementos Básicos da Estrutura da Semente Elementos Básicos da Estrutura da Semente Elementos Básicos da Estrutura da Semente O embrião é formado de plúmula, epicótilo, hipocótilo, radícula e cotilédones. O embrião é formado de plúmula, epicótilo, hipocótilo, radícula e cotilédones. O embrião é formado de plúmula, epicótilo, hipocótilo, radícula e cotilédones. Epicótilo Epicótilo Hipocótilo Hipocótilo Radícula O epicótilo é a porção do embrião acima dos cotilédones O hipocótilo é a porção do embrião que se localiza abaixo dos cotilédones Radícula A radícula é o primórdio da raiz embrionária O que é semente? Desenvolvimento do tubo polínico É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, que dará origem a um novo indivíduo. Elementos Básicos da Estrutura da Semente O embrião é formado de plúmula, epicótilo, hipocótilo, radícula e cotilédones. Cotilédones O ovário - zoom a fertilização envolve a fusão do núcleo do grão-depólen com o núcleo do óvulo Núcleos polares Oosferao ligeiramente antes da fertilização Cotilédone Integumentos (parede do óvulo) micrópila Os cotilédones são as “folhas” da semente usada para armazenar as reservas Fases do desenvolvimento da semente Fases do desenvolvimento da semente 2) INTERMEDIÁRIA ‐Divisão celular ‐Peso fresco da semente ‐Conteúdo de água ‐Histodiferenciação e morfogênese ‐Aumento do tamanho (Expansão celular) ‐Diminuição no tamanho dos vacúolos ‐Acúmulo dos compostos de armazenamento ‐Aumento do peso seco ‐Diminuição do conteúdo de água (substituição pela matéria seca) ‐Formação do endosperma 3) FINAL Fase pré‐programada de secagem de maturação (dessecação) ‐Redução gradual no metabolismo da semente ‐Embrião em estado quiescente Semente endospérmica Célula espermática ligeiramente antes da fertilização do óvulo Classificação da semente quanto ao composto de reserva Amiláceas Armazenam principalmente amido. ex.: Aveia e Milho Protéicas Armazenam principalmente proteinas. ex.: Soja Oleaginosas Armazenam principalmente lipídios. ex.: Amendoim e Mamoma Semente não‐endospérmica Célula espermática ligeiramente antes da fertilização da célula central Fonte: Germinação: do básico ao aplicado 1) INICIAL (plano básico do corpo do embrião – Eixo e Cotiledones) Tubo polínico Critérios de germinação ‐ Botânico A germinação é influenciada por: Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas Protrusão da radícula germinação hipógea germinação epígea ‐ água Agrônomico Emergência de parte aérea na superfície do solo ‐ luz GERMINAÇ GERMINAÇÃO Fitotécnico oxigênio Plântula normal Reguladores de crescimento temperatura vegetal Phaseolus vulgaris L. Água Zea mays L. Conteúdo de água na semente (%) Oxigênio A água é requerida em quantidade adequada até que a semente germine (25 a 75% ) O oxigênio é requerido para a respiração celular a qual aumenta drasticamente com a germinação. Jatropha curcas (agreste) Uma vez que a germinação tenha iniciado, um evento de seca leva a morte do embrião por dessecamento Jatropha curcas (zona da mata) Algumas sementes requerem mais ou menos oxigênio do que outras. Arachys hypogea Lycopersicum esculentun Hidratação: Ativa a retomada das atividades metabólicas do embrião (processos bioquímicos e fisiológicos) Crescimento do embrião e emergência Quando a semente é submetida a um ambiente anaeróbico por um período prolongado, a respiração é inibida e a germinação não se processa. Glycine max Pseudotsuga menziesii Pinus monticola Pinus jeffreyi Pinus contorta Picea engelmannii Calocedrus decurrens Abies x shastensis Abies c oncolor Abies amabilis 0 5 10 15 20 Oxigênio Oxigênio Luz Viviparidade Fotoblastismo O desenvolvimento da semente segue diretamente da fase de maturação para a germinação, normalmente quando ainda está unida à planta‐mãe. Classificação das sementes quanto à necessidade de luz para germinar Afotoblásticas ou neutras: A germinação não é interferida pela ausência ou presença da luz. (milho, arroz e feijão) Fotoblásticas positivas relativas: A germinação é significativamente mais alta na luz, mas sem atingir o dobro da germinação no escuro. Fotoblásticas positivas: A germinação na luz é maior que o dobro da germinação no escuro. (Alface e fumo) Fotoblásticas negativas: A germinação é significativamente maior no escuro. (Maxixe e abóbora) Rhizophora mangle Himatanthus sucuuba Luz Luz Atividade do fitocromo NH 2 Luz Germinação de sementes de alface NH 2 Típica resposta fotoreversível controlada pelo fitocromo ‐Modulada por fosforilação. Germinação (%) 100 ‐Luz Vermelha (660 nm) Æ Ativa o fitocromo e estimula germinação (ativa a produção de GAs) ‐Luz Vermelho‐distante (730 nm) Æ Inativa o fitocromo e inibe a germinação (ativa a produção de ABA) Interação com outras proteínas nucleares HOOC COOH Pfr* NH 2 NH Completamente ativo, forma estável 2 P Escuro P P P Vermelho (V) V VD 5) PP PA e ( tas sfa ase Fo Cin a a a a a a 80 60 40 20 0 Branca Vermelha Verde Azul Amarelo Escuro Qualidade da Luz luz vermelha NH P P 2 HOOC COOH Pr Inativo 2 NH Sementes embebidas no escuro. V Æ 1,5 min. VE Æ 4 min. Escuro por 24 horas. luz vermelho‐distante HOOC COOH Degradação pelos proteossomas Pfr Ativo, lábil, forma de importação nuclear V VD V V VD V VD Qual o fotoblastismo da espécie? Nesta espécie sem fotoblastismo a qualidade da luz não interfere na germinação. Nolasco H, Vega‐Villasante F, Romero‐Schmidt HL, Diaz‐Rondero A (1996) The effects of salinity, acidity, light and temperature on the germination of seeds of cardón (Pachycereus pringlei (S. Wats.) Britton & Rose, Cactaceae). J Arid Environm 33, 87‐94. Luz Temperatura 80 Germinação (%) 70 90 70 b 50 60 b b 90 50 30 40 b Geralmente temperaturas entre 25°C e 35°C são consideradas ótimas para a maioria das espécies. 30 escuro 30 vermelho vermelho‐ distante azul branco 0% 20 27.3 b b 50 Muitas sementes tem um mínimo, máximo e uma temperatura ótima do solo. 23.2 70 16:8 Luz / Escuro luz contínua escuro contínuo Quantidade de luz 10 0 branca vermelha VD azul Escuro Qual o fotoblastismo da espécie? 100% 70% 50% 30% Luz Branca contínua A semente independe da qualidade da luz, sendo o escuro sempre melhor. Nem mesmo a alternância luz/escuro é favorável a germinação. Qualidade da luz Qual o fotoblastismo da espécie? A luz costuma ser muito importante na germinação de sementes. A qualidade da luz tem mostrado resultados contraditórios. Meiado MV, Albuquerque LSC, Rocha EA, Rojas‐Aréchiga M, Leal IR (2010) Seed germination responses of Cereus jamacaru DC. ssp.jamacaru (Cactaceae) to environmental factors. Plant Species Biology 25: 120‐128 Temperatura Kulkarni MG, Sparg SG, Staden JV (2006) Dark conditioning, cold stratification and a smoke‐derived compound enhance the germination of Eucomis autumnalis subsp. autumnalis seeds. South African Journal of Botany 72: 157‐162 Temperatura Algumas espécies tem sua germinação favorecida ou obrigatória após a exposição a um calor intenso. Tanto a percentagem de germinação quanto a velocidade é fortemente afetada pela temperatura. Temp. Mínima Temp. Máxima Temp. Ótima 16°C 38°C 35°C Alface 2°C 29°C 24°C Arroz 11°C 41°C 32°C Fumo 10°C 30°C 24°C Milho 9°C 44°C 33°C Soja 9°C 42°C 30°C Sorgo 9°C 40°C 33°C Temperatura A maioria das sementes de várias espécies não‐tropicais podem ter sua dormência quebrada ao serem expostas à baixas temperaturas. Calluna vulgaris Cultura Abóbora Pinus spp. Vitis vinifera Albizia lophanta Sensibilidade da semente de algodão ao frio. 8 au m 7 6 ição 90 30.6 a 5 em be b 100 110 a sensibilidade ao frio baixa alta Germinação (%) 110 Germinação (%) Luz 4 3 2 1 Rosa spp. Malus sp do m et ab ol ism o emergência da radícula semente seca 0 0 Acacia melanoxylon en to 2 4 6 dias após a semeadura Temperatura Mecanismo de Dormência Ativação e Síntese Enzimática Endógena ou embrionário O frio causa danos ao embrião e a germinação. Dependente do balanço hormonal: Injúria por frio Normal Quebra da dormência MÉTODO Agentes Mecânicos Agentes Químicos Plantas de clima temperado e dormência fisiológica Tegumento rígido Escarificação mecânica Escarificação química Ác. Sulfurico, Etanol, NaClO3 Estratificação (↓°C) Temperatura Calor intenso / Queimadas Reguladores de crescimento ABA Exógena Promotores > Inibidores Germinação Promotores < Inibidores Dormência Elevação da taxa respiratória Ativação e síntese enzimática Digestão de reservas Mobilização e transp. de reservas Assimilação metabólica Luz / Escuro ‐ Físico Æ Impermeabilidade dos tecidos da semente ‐ Químico Æ presença de substâncias inibidoras (fenóis) ‐ Mecânico Æ endocarpo e mesocarpo pétreo Curva de embebição Padrão trifásico de absorção de água. Hidratação ou embebição GA3, GA4 e GA7 Cinetina e Etileno Lixiviação Tegumento delgado Citocininas Giberelinas Temperaturas alternantes Oscilações diárias de temperatura Inibidores de crescimento Inibidores Fases da germinação CAUSAS Tegumento rígido impermeável Promotores ‐ Fisiológico Æ físico Não profundo Intermediário Profundo ‐ Morfológico Æ pré‐maturação ‐ Morfofisiológico Æ ambos Cresc. e diferenciação de tecidos Viabilidade da semente • É a capacidade de germinação apresentada pela semente após todas as barreiras ambientais terem sido dribladas • Algumas sementes podem permanecer viáveis no solo por poucos meses ou dias ou mesmo por anos • As condições mais importantes na manutenção da viabilidade são: – Frio, seca, condições anaeróbicas – Estas condições podem fazer com que as sementes se mantenham nos bancos de sementes no solo 70 Controle da hidrólise das reservas Uma vez que as reservas tenham se exaurido a respiração cessa e a semente perde sua viabilidade Glicólise Amido Glicose Piruvato Ciclo do ácido tricarboxílico NADH e FADH2 Cadeia respiratória 25ºC 60 Germinação (%) Controle da hidrólise das reservas Uma vez que as reservas tenham se exaurido a respiração cessa e a semente perde sua viabilidade X Glicólise Amido Glicose Piruvato Ciclo do ácido tricarboxílico NADH e FADH2 Cadeia respiratória 4ºC 50 40 ATP 30 20 10 0 0 3 6 9 12 Tempo de estocagem (meses) Jatropha curcas; Moncaleano‐Escandon & Pompelli; Ind Crops and Products 44: 684‐690, 2013 Controle da hidrólise das reservas Uma vez que as reservas tenham se exaurido a respiração cessa e a semente perde sua viabilidade E se tudo estiver de acordo… acordo… ATP