Manejo nutricional nas
diferentes fases da vida
de cães e gatos
Aulus C Carciofi
1) Com o quê alimentar ?
2) Quando e como alimentar ?
3) Quanto fornecer ?
Aulus C Carciofi
Com o quê alimentar ?
cozinha para o animal x resto de comida
Dieta
caseira
completa e balanceada ?
Composição consistente entre refeições?
Dieta
comercial
R$
segurança
praticidade
Seca
Semi--úmida
Semi
úmida
Aulus C Carciofi
Com o quê alimentar ?
Existem 37 a 42 nutrientes que devem
ser considerados na formulação de
uma dieta
 10
aminoácidos
 12 minerais
 13 vitaminas
 2-5 ácidos graxos
Devem estar contidos no “pacote energético”
Aulus C Carciofi
Com o quê
alimentar ?
Carne atende
(% das necessidades)
10% cálcio
85% fósforo
55% cobre
40% vit. A
10% vit. E
15% ác. fólico
40% tiamina
Aulus C Carciofi
Quando e como alimentar ?
Quantidade
Consumo Tempo
livre
controlado controlada
Conhecimento
Controle
Facilidade
Competição
Desequilíbrio no
consumo (
)
Obesos
Prob.. digestivos
Prob
Magros/ Neces
Neces..
x
x
xx
x
x
x
x
x
x
x
x
Aulus C Carciofi
Quanto fornecer ?
necessidades
quantidade no alimento
ENERGIA
Aulus C Carciofi
Nível de atividade
sedentário
magro
mod/e ativo
ideal obeso
ativo
magro ideal obeso
magro ideal obeso
(4 kcal/g)
normal
alta
caloria
(3,5kcal/g)
normal
alta
caloria
normal
(3,2 kcal/g)
baixa
caloria
baixa
caloria
a dieta está adequada?
alta
caloria
normal
Aulus C Carciofi
Aspectos Nutricionais
e Fisiológicos da
Fêmea Gestante
seleção
dieta
sucesso reprodutivo
manejo
reprodutivo
ambiente
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Macho
centenas de filhotes
Fêmea
produz enorme quantidade de energia e nutrientes
Alimento
Reservas corporais
Dieta desbalanceada, insuficiente ou pobre
• Degradação da condição corporal
• Diarréia durante a lactação
• Enfraquecimento dos filhotes
• Anemia (fêmea e filhotes)
• Depressão da lactação
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Condição física
Habilidade de resistir ao estresse da
gestação e lactação
Fêmeas magras
Fetos leves e maior mortalidade
Perda de peso na lactação
Fêmeas obesas
Fetos grandes e predisposição a
distocias
Estro
Diminuição média de 20% do consumo de alimentos,
com menor consumo do dia da ovulação
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Gestação - cadelas
Peso adequado
na fecundação
Terço final
Desnecessário aumento na ingestão de
alimentos até 4ª ou 5ª semana - obesidade
 75% do ganho de peso da fêmea
 Metade do crescimento embrionário
 Redução do espaço abdominal disponível
 para a expansão do aparelho digestível
 Aumento de peso de 15 a 25%
 Aumento de consumo de 25 a 50%
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea
em reprodução
Gestação - gatas
Gata apresenta aumento linear de peso, começando
na segunda semana de gestação - 25 a 35%
Sleep06.jpg
Aumento de consumo de 25 a 50%, iniciandoiniciando-se
desde a segunda semana de gestação
Parto perde 40% do ganho de peso da gestação, sendo
os 60% restantes gordura corporal
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
consumo de energia e variação do peso de gatas
- 900
peso vivo
- 800
r to
4,6 4,4 -
- 700
pa
peso vivo das gatas (kg)
ingestão de energia
4,0 -
- 600
3,8 -
- 500
3,6 -
- 400
3,4 -
- 300
3,2 -
- 200
1
2
3
4
5
6
7
sem anas de gestação
8
9
1
2
3
4
5
ingestão de energia (kcal/dia)
4,8 -
6
sem anas de lactação
Aulus C Carciofi
Manejo alimentar na gestação e parto Cadelas
Parto
1 a 5 dias antes do parto - desenvolvimento da
glândula mamaria
12 a 18 h antes do parto - anorexia e hipotermia
Após nascimento, expulsão da placenta oferecer
água
Em 24 horas a fêmea deve voltar a se alimentar
Se foi adequadamente preparada, após o parto
deve ter peso 5 a 10% inferior ao da concepção
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Lactação
A lactação é o maior desafio nutricional de um animal
Consideração nutricional
mais importante
ENERGIA
• Estado nutricional no parto
Estresse de
• Peso corporal
lactação
• Tamanho da ninhada
• Estágio de lactação
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea durante a
lactação
Pico de lactação ocorre na 3ª e 4ª semanas
Período
Energia
Após 4
semana
1ª sem.
1,5 x man.
2ª sem
2 x man.
3ª e 4ª sem.
2,5 a 3,5 x man.
 Introdução de alimentos sólidos ou semisemisólidos para os filhotes
 Diminuição da ingestão de leite
 Diminuição dos cuidados parentais
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Lactação
Dieta deve ter alta digestibilidade e densidade nutricional
EM dieta
Peso da fêmea Prod. Leite
4.200 kcal/kg
20% EE
3.100 kcal/kg
8% EE
Deve--se fornecer dieta com alta energia (EE > 18%)
Deve
Aulus C Carciofi
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Desmame
6ª a 10ª semana
media
7ª ou 8ª semanas
Monitorar o consumo de alimentos sólidos pelos filhotes
Ingestão de alimentos
No máximo 1,5 vezes a manutenção
Perda de peso
Inferior a 10% do peso vivo no estro
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Desmame
Persistência da produção de leite
Restrição alimentar
0 / 25% / 50% / 75% / 100%
Mastite
Período de repleção
Recuperação dos estoques corcorporais de nutrientes perdidos na
gestação e lactação
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Suplementação
• Assegura um desenvolvimento fetal
saudável
• Auxilia a produção de leite
• Previne a eclâmpsia (tetania da
parturiente)
Adiciona-se Ca
Adicionaacreditando que
Dieta prépré-parto
Ca
leite
Ca
lactação
plasma
hipercalcemia relativa
inibição do paratormômio
mobilização Ca ósseo
absorção intest. Ca
(hipocalcemia e eclâmpsia
eclâmpsia))
Aulus C Carciofi
Alimentando a fêmea em
reprodução
Suplementação
Demanda de nutrientes
(como Ca)
Ingestão de alimentos
Equilíbrio de 40 nutrientes
Suplementação de Ca, Vit. D ou qualquer outro nutriente
NÃO É NECESSÁRIA
Dieta comercial adequada de boa qualidade
Aulus C Carciofi
Nutrição de cães
e gatos neonatos
Aulus C Carciofi
Leite
Funções fisiológicas
nutrição
Compostos bioativos
Imunidade
Digestão de lípides
Facilitadores de absorção
Maturação do intestino
Volemia
Aulus C Carciofi
Funções da secreção mamária
Imunidade passiva
Tipo de placenta
número de camadas
epiteliocorial
6
sindesmocorial
endoteliocorial
hemocorial
hemoendotelial
5
4
3
2
espécie
rumiantes, suínos
e equinos
rumiantes
cães e gatos*
humanos, primatas
coelho, rato.
*- 10% a 20% imunidade intraintra-útero
Aulus C Carciofi
Funções da secreção mamária
Imunidade passiva
Colostro
15 ml/ 100g P.V. por dia
dividido em 5 mamadas
temperatura adequada
Aulus C Carciofi
Dieta e microbiota entérica
estéril
colonizado
Bactérias aerotolerantes
nascimento
Sucessões “ecológicas”
anaeróbias bifdobactérias
lactobacilus
clostridium
substâncias lacteas: lactose, bacteróidos
glicoproteínas, imunoglobiimunoglobilinas, etc.
favorecem as bactérias benéficas
Aulus C Carciofi
Intestino
Capacidade absortiva
 maior capacidade absorção por unidade de área
 incapaz de alterar atividade enzimática (leite estável)
 alta atividade das enzimas da borda em escova (pré(pré-natal)
 absorção ativa de taurina
 carboidratos
a-glicosidase
maltase e sacarase
lactase
Aulus C Carciofi
Alimentando o
animal neonato
Desenvolvimento póspós-natal
amamentado 4 a 6 vezes/dia
10 ao 16 dia
abertura dos olhos
15 ao 17 dia
abertura dos ouvidos
não possui controle térmico
cães
3 a 4 semanas
deve crescer de 2 a 4 gramas para
cada kg de peso adulto previsto
ex: cão de 20 kg deve ganhar 40 a 80 g/dia
gatos
nascem com 90 a 110 gramas e devem ganhar 50 a 100 g
por semana até o 6 mês de idade
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Ingestão de alimentos sólidos por gatos lactentes
Ingestão de EM
Energia
Metabolizáve
l
200
150
100
50
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
semanas
9 10 11 12
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Introdução de alimentos sólidos
introdução de alimentos sólidos - 3 ou 4 semanas
erupção dos dentes entre 21 e 35 dias
4 semana - “mingau”
ração filhotes + água/leite p/ cães
ração filhotes + água/leite p/ gatos
alimentar várias vezes ao dia
6 semana - alimentos sólidos
desmame “comportamental” - 7 ou 8 semanas
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Órfãos
calor
estimulo para defecação e micção
estímulo circulatório
imunidade passiva
nutrição
atenção
segurança
cadela e gata
proprietário
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Órfãos - com o que alimentar?
1- mãe adotiva
gordura
%
cão
gato
vaca
9,8 (65,5)
5,1 (43,5)
3,8 (51,7)
proteína
%
8,1 (24,0%)
8,1 (30,7%)
3,3 (19,9%)
lactose
%
3,5 (10,5
(10,5%)
%)
6,9 (25,8%)
4,7 (28,4
(28,4%)
%)
sólidos
energia
%
kcal/100 ml
22,8
18,5
12,5
134,6
105,3
66,2
A lactose representa importante fração da energia metabolizável do
leite de vaca!!
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Órfãos - com o que alimentar?
2- preparados comerciais
Preparado caseiro para cães lactentes
leite integral
creme de leite
gema de ovo
86 ml
3 ml
11 ml
fosfato bicálcico
suplemento vitam/min 0,5g
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Órfãos - com o que alimentar?
Preparado caseiro para gatos lactentes
leite integral
creme de leite
gema de ovo
78 ml
4 ml
18 ml
fosfato bicálcico 0,5 g
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Órfãos - quanto fornecer?
CALORIAS x VOLUME
a limitação do volume estomacal
torna importante a densidade E
(100 a 150 kcal/100 ml)
Diluído
Concentrado
fluido
desequilíbrio hídrico
diarréia
sobrecarga renal
desidratação
Aulus C Carciofi
Alimentando o animal neonato
Órfãos
Cálculo do volume a ser administrado
idade
10 dias
20 dias
volume de
alimento
peso
volume
dia
volume
refeição
15-20 ml/100 g x 200 g = 30
1530--40 ml / 5 = 6 ml
20--25 ml/100 g x 300 g = 6020
60-75 ml / 5 = 12 ml
Aulus C Carciofi
Senilidade
Aulus C Carciofi
Senilidade
Obesidade em cães
Aulus C Carciofi
Senilidade
Magreza em gatos
Aulus C Carciofi
Senilidade
Idade média em que os cães
apresentam problemas de senilidade
Peso normal (kg)
menos de 9
9 a 23
23 a 40
mais de 40
gatos
Idade (anos)
11,5
10
8,5
7,5
12,0
Aulus C Carciofi
Idosos
Diminuição da atividade física
Começa a ganhar peso lentamente (cães, não gatos)
Desenvolvimento de desordens físicas e
comportamentais associadas à idade.
Mudanças na composição corporal ( massa gorda,
(cães, não gatos)
Idade avançada = caquexia
Aulus C Carciofi
Nutrição e Nutrientes
O envelhecimento influencia na digestão,
absorção e metabolismo de certos nutrientes

Tolerância ao excesso ou deficiência

Tolerância a alterações bruscas na
dieta
Aulus C Carciofi
Digestibilidade
Menor digestibilidade em felinos idosos
Cães idosos não apresentam queda da
digestibilidade
Aulus C Carciofi
Energia (cães)
Redução da
atividade física
10--20%
10
20%
Redução da massa
corporal magra
Controle da ingestão calórica
1 a 2 anos – 120 - 140 (kg)0,75 kcal/dia
3 a 7 anos – 100 - 130 (kg)0,75 kcal/dia
mais 7 anos – 80 - 120 (kg)0,75 kcal/dia
Aulus C Carciofi
Proteína
1. Diminuição das reservas protéicas
2. WANNEMACHER; McCOY (1966) demonstraram
para equilíbrio nitrogenado
Jovens
12,4%
Idosos
18,8%
3. Necessidade aumenta na doença – idoso tem dificuldade
de remover aminoácidos do músculo para suprir sistema
imune.
Aulus C Carciofi
Relação proteína : energia
Crescimento
Lactação
Senilidade
51
Manutenção
Proteína
Carboidrato
Gordura
24
25
Distribuição percentual da energia
Aulus C Carciofi
Proteína na doença renal
Quando moderar a proteína?
“Não existem evidências que suportem a redução
sistemática da proteína dietética de animais idosos
sadios” (CASE, et al.,
al., 1995)
Proteína de
valor biológico
% da proteína utilizada
para síntese de tecidos
e compostos
Aulus C Carciofi
Fósforo e Cálcio
Doença renal – até 25% cães idosos
Restrição de fósforo (não excesso)
Diminui severidade e progressão
Osteoporose não é problema clínico em cães
Evitar excessos Ca e antagonismos
Aulus C Carciofi
Gordura
Restrição moderada de Energia (cães)
Aumento da gordura da dieta (gatos)
Fontes de gordura ricas em acido graxos
poliisaturados essenciais.
Aulus C Carciofi
Fibra
 Pequena quantidade colabora na motilidade
intestinal
 Emprego do fibras de baixa fermentação para que
não haja interferência na digestão do alimento
Aulus C Carciofi
Recomendações dietéticas
gerais (cães idosos)
Adulto
Idoso
Energia (kcal/g)
3,5-- 4,5
3,5
3,0 - 4,0
Proteína (%)
18 - 30
18 - 25
Gordura (%)
10 - 20
7 - 17
Fibra (%)
<5
>2
Ca (%)
0,5 - 1,5
0,5 - 1,0
P (%)
0,4 - 1,2
0,4 - 0,75
Ca:P
1:1 - 2:1
1:1 - 2:1
Na (%)
0,2 - 0,4
0,15 - 0,35
Aulus C Carciofi
Aumento do potencial antioxiantioxidativo orgânico
Vitamina E (IKEDA
IKEDA--DOUGLAS, et al, 2004)
2004)
Melhorou a função cognitiva de cães idosos,
indicando que os radicais livres têm parte no
processo de envelhecimento cerebral e que os
antioxidantes podem retardar e, em certo ponto,
reverter parte destes efeitos.
Aulus C Carciofi
Manejo alimentar
Moderação, regularidade e controle de calorias
 Duas ou três refeições
 Evitar alterações de horário de alimentação
 Cuidados dentários freqüentes
 Dietas de boa digestibilidade
 Atividade física regular
Aulus C Carciofi
Animal Senil
Final da vida, começa a perder peso e desenvolve
caquexia, imunossupressão ....
Diminuição do paladar e da ingestão voluntária
Alterações digestivas
Depleção das reservas orgânicas
Dietas de boa digestibilidade e alta energia (>15% gordura),
auxiliam na manutenção do peso e colaboram na reversão de
alterações no sistema imune.
Aulus C Carciofi
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Manejo nutricional nas diferentes fases da vida de cães e