Resolução dos Exercícios Propostos no Livro Exercício 1: Mostre que 2 não é número racional. Dica: escreva de números inteiros e use o Teorema Fundamental da Aritmética. 2 como um possível quociente Solução: Mostremos inicialmente a seguinte proposição: (I) Se um número inteiro a é ímpar, então a 2 é ímpar. De fato, como por hipótese a é impar, escrevemos a da seguinte forma a = 2n + 1 , onde n é um número inteiro. Assim, a 2 = (2n + 1)2 = 4 n 2 + 4n + 1 = 2(2n 2 + 2n ) + 1 . Como 2n 2 + 2n = k , onde k é um inteiro, segue que a 2 = 2k + 1 e, assim, a 2 é impar. Dessa forma, a contrapositiva de (I) é verdadeira, isto é, Se a 2 é par, então a é par (II) Suponhamos, por absurdo, que exista uma fração irredutível a , tal que b 2= a . Dessa forma, b 2 a 2 = . Segue daí que a 2 = 2b 2 , isto é, a 2 é par. Assim, de (II), obtemos que a é par, ou seja, a é b da forma a = 2 p , onde p é um número inteiro. Substituindo a = 2 p em a 2 = 2b 2 , obtemos que 4 p 2 = 2b 2 . Logo, b = 2 p 2 , isto é, b 2 é par e, portanto, de (II) temos que b é par. Dessa forma, a e b a não é irredutível. Obtemos assim, uma contradição. são número pares e a fração b Exercício 2: O conjunto C = {x ∈ ;( x + 3)2 < 1 ou x 2 < 2} é limitado. Encontre possíveis valores de M que satisfaçam a definição anterior. Solução: Não é possível a solução deste exercício com o conteúdo dado até o ponto onde foi proposto. A condição ( x + 3)2 < 1 implica que −1 < x + 3 < 1 ou, ainda −4 < x < −2 . A condição x 2 < 2 implica que − 2 < x < 2 . Combinando as duas condições temos que C = ( −4, −2) ∪ ( − 2, 2 ) . Logo, M = 4 é o limitante procurado para C . Exercício 3: Determine o inverso do complexo não-nulo z = a + bi . Solução 1: Queremos um número complexo w = x + y i que verifica a equação zw = 1 . Esta equação é equivalente a ax − by + ( ay + bx )i = 1 . Da igualdade de números complexos devemos ter ax − by = 1 bx + ay = 0 Observe que o sistema linear acima tem solução pois o determinante a −b b a z = a + bi não é nulo. Resolvendo o sistema pela regra de Crammer temos a −b x= 2 2 e y= 2 2 . a +b a +b a b Logo, o inverso multiplicativo de z = a + bi é w = 2 − 2 2 i. 2 a +b a +b = a 2 + b 2 não é nulo, pois Solução 2: Observando que se z = a + bi então zz = a 2 + b 2 concluímos que z z = 1 . Logo, a + b2 2 z é inverso multiplicativo de z . a + b2 2 Exercício 4. Calcule Solução: 2 − 3i 1 − 2i . ⋅ 1 + 1i 2 + 3i 2 − 3i 1 − 2i −4 − 7i −1 − 5i −31 + 27i 31 27 ⋅ = = ( −4 − 7i ) ⋅ = =− + i. 1 + 1i 2 + 3i −1 + 5i 26 26 26 26 Exercício 5: Em cada desigualdade, encontre o conjunto solução, expresse-o com a notação de intervalos e represente-o na reta numérica. a) 5x + 2 > x − 6 . d) 2 ≤ 5 − 3x < 11 g) 1 − x − 2 x 2 ≥ 0 j) 2 1 x − <0 3 2 2 e) ≤1 1− x 1 4 h) ≥ 3x − 7 3 − 2 x b) 3 1− x c) 3x − 5 < x + 4 3 f) x 2 > 9 i) x +1 x < 2−x 3+x 4 2 −3> −7 x x Solução: Utilizaremos as propriedades das inequações para isolar a incógnita. a) 5x + 2 > x − 6 ⇔ 4 x > −8 ⇔ x > −2 . Logo, S = {x ∈ | x > −2} = ( −2, + ∞ ) . b) 2 1 2 1 3 3 3 x − < 0 ⇔ x < ⇔ x < . Logo, S = {x ∈ | x < } = ( −∞, ) 3 2 3 2 4 4 4 3 1− x 9 1− x 27 31 64 c) 3x − 5 < x + . Logo, ⇔ x <5+ ⇔ x < 15 + 1 − x ⇔ x < 16 ⇔ x < 4 3 4 3 4 4 31 S = {x ∈ | x < 64 64 } = ( −∞ , ) 31 31 d) 2 ≤ 5 − 3x < 11 ⇔ −3 ≤ −3x < 6 ⇔ 1 ≥ x > −2 . Logo, S = {x ∈ | −2 < x ≤ 1} = ( −2,1] . e) A fim de eliminar o denominador, queremos multiplicar a inequação por 1 − x . O resultado dependerá do sinal de 1 − x . Temos duas possibilidades: i. 2 ≤ 1 ⇔ 2 ≤ 1 − x ⇔ x ≤ −1 . Neste caso, obtemos o conjunto de 1− x soluções dado pela condição x ≤ −1 . Se 1 − x > 0 , temos 2 ≤ 1 ⇔ 2 ≥ 1 − x ⇔ x ≥ −1 . O conjunto de soluções obtido neste caso 1− x é dado pela condição x > 1 . Reunindo as soluções obtidas nos dois casos temos o conjunto das soluções da inequação: S = {x ∈ | x ≤ −1 ou x > 1} = ( −∞ , −1] ∪ (1, +∞ ) . ii. Se 1 − x < 0 , temos f) Aqui utilizaremos a seguinte propriedade da raiz quadrada: Para números reais positivos a e b quaisquer vale a <b ⇔ a < b . 2 2 Assim, x > 9 ⇔ x > 3 . Lembrando que x 2 =| x | , a inequação dada é equivalente a | x |> 3 . Assim, o conjunto das soluções é dado por S = {x ∈ | x < −3 ou x > 3} = ( −∞, −3) ∪ (3, +∞ ) . g) Completando o quadrado do lado esquerdo da inequação temos 2 1 1 1 1 1 1 − x − 2x 2 ≥ 0 ⇔ x 2 + x − ≤ 0 ⇔ x + − − ≤ 0 ⇔ 2 2 4 16 2 2 1 9 1 3 ⇔ x + ≤ ⇔ |x + | ≤ . 4 16 4 4 Utilizando as propriedades dos módulos a última inequação é equivalente a 3 1 3 1 − ≤ x + ≤ ⇔ −1 ≤ x ≤ . 4 4 4 2 1 1 Logo, S = {x ∈ | −1 ≤ x ≤ } = [ −1, ] . 2 2 7 3 e 3 − 2 x = 0 ⇔ x = . Levando em conta os 3 2 3 sinais dos dois denominadores vamos procurar soluções em cada um dos seguintes intervalos −∞, , 2 3 7 7 , e , +∞ . 2 3 3 h) Primeiramente observamos que 3x − 7 = 0 ⇔ x = 3 , então 3x − 7 < 0 e 3 − 2 x > 0 . 2 Neste caso, temos i. Se x < 1 4 31 . ≥ ⇔ 3 − 2x ≤ 4 (3x − 7) ⇔ 3 − 2 x ≤ 12 x − 28 ⇔ x ≥ 3x − 7 3 − 2 x 14 Portanto, neste caso, não temos solução. 3 7 < x < , então 3x − 7 < 0 e 3 − 2 x < 0 . Daí, temos 2 3 1 4 31 ≥ ⇔ 3 − 2 x ≥ 4 (3x − 7) ⇔ 3 − 2 x ≥ 12 x − 28 ⇔ x ≤ . 3x − 7 3 − 2 x 14 3 31 As soluções encontradas neste caso estão no intervalo , . 2 14 ii. Se 7 , então 3x − 7 > 0 e 3 − 2x < 0 . Assim, temos 3 1 4 31 ≥ ⇔ 3 − 2 x ≤ 4(3x − 7) ⇔ 3 − 2 x ≤ 12 x − 28 ⇔ x ≥ . 3x − 7 3 − 2 x 14 7 As soluções deste caso estão no intervalo , + ∞ . 3 Reunindo as soluções encontradas em cada caso temos o conjunto solução da inequação dada por 3 31 7 3 31 7 S = {x ∈ | < x ≤ ou x > } = ( , ] ∪ ( , +∞ ) . 2 14 3 2 14 3 iii. Se x > i) Os sinais dos denominadores são dados pelas igualdades 2 − x = 0 ⇔ x = 2 e 3 + x = 0 ⇔ x = −3 . Assim, vamos procurar soluções em cada um dos intervalos ( −∞, −3) , ( −3, 2) e (2, +∞ ) . i. Se x ∈ ( −∞, −3) , então 2 − x > 0 e 3 + x < 0 . Neste caso x +1 x < ⇔ ( x + 1)(3 + x ) > x (2 − x ) ⇔ x 2 + 4 x + 3 > 2 x − x 2 ⇔ 2−x 3+x 2 3 1 5 ⇔ 2x 2 + 2x + 3 > 0 ⇔ x 2 + x + > 0 ⇔ x + > − . 2 2 4 A última inequação é verdadeira para qualquer número real x . Portanto, as soluções desse caso estão no intervalo ( −∞, −3) . ii. Se x ∈ ( −3, 2) , então 2 − x > 0 e 3 + x > 0 . Neste caso, temos x +1 x < ⇔ ( x + 1)(3 + x ) < x (2 − x ) ⇔ x 2 + 4 x + 3 < 2x − x 2 ⇔ 2−x 3+x 2 3 1 5 2 2 ⇔ 2x + 2x + 3 < 0 ⇔ x + x + < 0 ⇔ x + < − . 2 2 4 A última inequação não tem solução. Portanto, não temos solução neste caso. iii. Se x ∈ (2, +∞ ) , então 2 − x < 0 e 3 + x > 0 . Neste caso, temos x +1 x < ⇔ ( x + 1)(3 + x ) > x (2 − x ) ⇔ x 2 + 4 x + 3 > 2x − x 2 ⇔ 2−x 3+x 2 3 1 5 ⇔ 2x 2 + 2x + 3 > 0 ⇔ x 2 + x + > 0 ⇔ x + > − . 2 2 4 A última inequação é verdadeira para qualquer número real x . Portanto, as soluções deste caso consistem do intervalo (2, +∞ ) . Reunindo as soluções encontradas em cada caso temos o conjunto solução da inequação dado por S = ( −∞, −3) ∪ (2, +∞ ) 4 2 4 2 2 1 − 3 > − 7 ⇔ − > −4 ⇔ > − 4 ⇔ > − 2 . x x x x x x 1 1 Se x > 0 temos > −2 ⇔ 1 > −2 x ⇔ x > − . As soluções encontradas neste caso são dadas pela x 2 condição x > 0 . 1 1 Se x < 0 temos > −2 ⇔ 1 < −2 x ⇔ x < − . As soluções deste caso são dadas pela condição x 2 1 1 x < − . Portanto, o conjunto das soluções da inequação dada é S = ( −∞, − ) ∪ (0, +∞ ) . 2 2 j) Exercício 6. Em cada um dos itens a seguir, resolva a equação em x. a) x − 3 = 2 b) 5x = 3 − x d) x − 5 = 3x + 7 e) c) x − 2 = 3 − 5x x +2 =5 x −2 Solução: a) x − 3 = 2 ⇔ x − 3 = 2 ou x − 3 = −2 . Assim, x − 3 = 2 ⇔ x = 5 ou x − 3 = −2 ⇔ x = 1 . Logo, S = {1,5} . 1 . 2 3 1 3 Se x < 0 , temos −5x = 3 − x ⇔ 4 x = −3 ⇔ x = − . Logo, S = { , − } . 4 2 4 b) Se x ≥ 0 , temos 5x = 3 − x ⇔ 6x = 3 ⇔ x = c) x − 2 = 3 − 5x ⇔ x − 2 = 3 − 5x ou x − 2 = −(3 − 5x ) . Assim, x − 2 = 3 − 5x ⇔ 6 x = 5 ⇔ x = ou 5 6 x − 2 = −(3 − 5x ) ⇔ x − 2 = −3 + 5x ⇔ −4 x = −1 ⇔ x = 1 . 4 1 5 Logo, S = { , } . 4 6 d) x − 5 = 3x + 7 ⇔ x − 5 = 3x + 7 ou x − 5 = −(3x + 7) . Assim, x − 5 = 3x + 7 ⇔ −2x = 12 ⇔ x = −6 ou 1 x − 5 = −(3x + 7) ⇔ x − 5 = −3x − 7 ⇔ 4 x = −2 ⇔ x = − . 2 1 Logo, S = {−6, − } . 2 e) ou x +2 x +2 x +2 = −5 . Assim, = 5 ou =5⇔ x −2 x −2 x −2 x +2 = 5 ⇔ x + 2 = 5( x − 2) ⇔ x + 2 = 5x − 10 ⇔ −4 x = −12 ⇔ x = 3 x −2 x +2 4 = −5 ⇔ x + 2 = −5( x − 2) ⇔ x + 2 = −5x + 10 ⇔ 6x = 8 ⇔ x = . 3 x −2 4 Logo, S = {3, } . 3 Exercício 7. Em cada desigualdade, encontre o conjunto solução, expresse-o com a notação de intervalos e represente-o na reta numérica. a) 2 x − 5 < 1 b) 3x + 5 > 2 c) x − 2 ≥ 4 x + 1 d) 9 − 2 x ≥ 7x e) 3x + 5 ≤ 2 x + 1 f) g) 5 ≥3 2x − 1 h) 5 1 ≥ 2x − 1 x − 2 3 − 2x ≤4 2+x 5 3x − 1 i) ≤ 3x + 1 5 Solução: a) 2 x − 5 < 1 ⇔ −1 < 2 x − 5 < 1 ⇔ 4 < 2 x < 6 ⇔ 2 < x < 3 . Logo, S = (2, 3) . b) 3x + 5 > 2 ⇔ 3x + 5 < −2 ou 3x + 5 > 2 . Assim, 3x + 5 < −2 ⇔ 3x < −7 ⇔ x < − 7 ou 3 7 3x + 5 > 2 ⇔ 3x > −3 ⇔ x > −1 . Logo, S = ( −∞, − ) ∪ ( −1, +∞ ) . 3 c) Se x ≥ 2 , temos x − 2 ≥ 4 x + 1 ⇔ x ≤ −1 . Portanto, nesse caso não temos solução. 1 1 Se x < 2 , temos − ( x − 2 ) ≥ 4 x + 1 ⇔ − x + 2 ≥ 4 x + 1 ⇔ x ≤ . Logo, S = −∞, . 5 5 2 d) Elevando ao quadrado ambos os membros da inequação, lembrando que x ≥ 0 e x = x 2 , ∀x ∈ , segue que, 2 2 9 − 2x ≥ 7x ⇔ 9 − 2 x ≥ 7x ⇔ 81 − 36x + 4 x 2 ≥ 49x 2 ⇔ 9 9 9 ⇔ 5x 2 + 4 x − 9 ≤ 0 ⇔ 5( x − 1) x + ≤ 0 ⇔ − ≤ x ≤ 1 . Logo, S = − ,1 . 5 5 5 e) 2 2 3x + 5 ≤ 2 x + 1 ⇔ 3x + 5 ≤ 2 x + 1 ⇔ 5x 2 + 26x + 24 ≤ 0 ⇔ 6 6 6 ⇔ 5( x + 4) x + ≤ 0 ⇔ −4 ≤ x ≤ − . Logo, S = −4, − . 5 5 5 3 − 2x 2 ≤ 4 ⇔ 3 − 2 x ≤ 4 2 + x , x ≠ −2 . Assim, 3 − 2 x ≤ ( 4 2 + x 2+x f) ) 2 , x ≠ −2 ⇔ ⇔ 9 − 12 x + 4 x 2 ≤ 64 + 64 x + 16x 2 , x ≠ −2 ⇔ 12 x 2 + 76x + 55 ≥ 0, x ≠ −2 ⇔ 5 11 11 5 ⇔ 12 x + x + ≥ 0, x ≠ −2 ⇔ x ≤ − ou x ≥ − . Logo, 6 2 2 6 11 5 S = −∞, − ∪ − , +∞ . 2 6 5 5 1 5 5 1 ≥ 3 ⇔ 2x − 1 ≤ , x ≠ ⇔ − ≤ 2x − 1 ≤ , x ≠ ⇔ 2x − 1 3 2 3 3 2 1 4 1 1 1 1 4 ⇔ − ≤ x ≤ , x ≠ . Logo, S = − , ∪ , . 3 3 2 3 2 2 3 g) h) 1 1 5 1 ≥ ⇔ 5 x − 2 ≥ 2 x − 1 , x ≠ 2 e x ≠ ⇔ 7x 2 − 32x + 33 ≥ 0, x ≠ 2 e x ≠ 2 2 2x − 1 x − 2 21 11 1 11 1 ou x ≥ 3 e x ≠ . Logo ⇔ 7 x − x − ≥ 0, x ≠ 2 e x ≠ ⇔ x ≤ 3 3 2 7 2 1 1 11 S = −∞, ∪ , ∪ [ 3, +∞ ) . 2 2 7 5 3x − 1 1 ≤ ⇔ 25 ≤ 3x − 1 3x + 1 , x ≠ − ⇔ 3x + 1 5 3 i) ⇔ x2 ≥ Logo, 26 1 26 1 26 26 ou x ≥ . ,x ≠− ⇔ x ≥ , x ≠− ⇔x ≤− 9 3 3 3 3 3 26 26 S = −∞, − , +∞ . ∪ 3 3 Exercício 8. Use condições dadas. 1 a) x − 2 < 2 1 b) x + 2 < 2 1 c) x − y < 2 a desigualdade triangular para mostrar que as desigualdades se verificam sob as 2 7 , então x − y < 3 6 2 7 e y + 2 < , então x − y < 3 6 2 7 e x + 2 < , então y + 2 < 3 6 e y−2 < Solução: a) Como x − y = ( x − 2) − ( y − 2) ≤ x − 2 + y − 2 e por hipótese x − 2 < segue que x − y < b) 1 2 7 + = . 2 3 6 1 2 e y−2 < , 2 3 c) Como x − y = ( x + 2) − ( y + 2) ≤ x + 2 + y + 2 e por hipótese x + 2 < segue que x + y < 1 2 7 + = . 2 3 6 d) Como y + 2 = ( x + 2) − ( x − y ) ≤ x + 2 + x − y e por hipótese x − y < segue que y + 2 < 1 2 e y+2 < , 2 3 1 2 e x +2 < , 2 3 1 2 7 + = . 2 3 6 Exercício 9. Expresse as desigualdades a > b + c e a > b − c em uma única desigualdade equivalente. Solução: Como a > b + c e a > b − c , segue que a − b > c e a − b > −c e também que 2a > 2b . Assim, temos que a − b > c e c > −( a − b ) . Logo, −( a − b ) < c < a − b , ou ainda, c < a − b , pois a > b . Exercício 10: Represente no plano cartesiano o conjunto de pontos dados por: a) X = {( x , y ) ∈ 2 ; y − x = 0} ; b) X = {( x , y ) ∈ 2 ; y + x = 0} ; c) X = {( x , y ) ∈ 2 ; x + y = 1} . c) X = {( x , y ) ∈ 2 ; y > x − 1} . 2 2 Solução: –4 –3 –2 y y 4 4 3 3 2 2 1 1 –1 0 1 2 3 4 x –4 –3 –2 –1 0 –1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 –4 a) b) 1 2 3 4 x y y 2 4 3 1 2 1 –2 –1 0 1 2 x –4 –3 –2 –1 0 2 1 3 4 x –1 –2 –1 –3 –4 –2 c) d) Exercício 11. Represente no plano complexo os números complexos z tais que: a) z = 1 ; b) z − 1 − 1i = 1 . Solução: Eixo imaginário –2 –1 Eixo imaginário 2 2 1 1 0 1 2 Eixo real –2 –1 –1 1+ i 0 1 2 Eixo real –1 –2 –2 a) b) Exercício 12. Uma certa companhia de energia elétrica cobra uma taxa mínima de R$20,00 para quem consome até 50 KW/h e R$0,50 por KW/h para quem consome mais de 50KW/h. Determine algebricamente a função que relaciona o consumo e o valor da conta de luz. Solução: Sendo x o consumo em KW/h, o valor da conta de luz é dado pela função 20, f (x ) = 0, 5x , se 0 < x ≤ 50 se x > 50 . Exercício 13. Considere a seguinte tabela de valores que relaciona duas variáveis reais x e y: x y 1 2 3 2 4 6 4 5 6 8 10 12 Determine duas funções y = f ( x ) , com x no intervalo [0,6], que incluam as associações da tabela acima. Solução: Por exemplo: 1. f ( x ) = 2x . 2 x , se x ∈{0,1, 2, 3, 4,5,6} . −1, se x ∉{0,1, 2, 3, 4,5,6} 2. f ( x ) = Exercício 14. A área de um quadrado depende do comprimento do seu lado, isto é, a cada valor do lado de um quadrado corresponde um único valor da área deste. Encontre a função que determina isto. Solução: Considere a função A : → tal que A( l ) = l 2 , onde a l é o lado do quadrado. Exercício 15. Hipoteticamente, um menino, desejando aumentar sua coleção de selos, foi a uma grande empresa à procura de selos e obteve a seguinte proposta: “Você poderá realizar tarefas nesta firma. Ao término da primeira tarefa eu lhe dou dois selos, e a cada tarefa seguinte concluída eu dou o dobro de selos da tarefa anterior. Caso você aceite a proposta, ganhará de imediato um selo”. Supondo que o menino tenha aceitado a proposta, quantos selos ele recebeu após a execução da quinta tarefa? Para facilitar a resposta, faça uma tabela. Nesta situação, temos uma função? Por quê? Escreva a regra que representa esta situação. A empresa sempre conseguirá cumprir a proposta? Solução: nº de tarefas nº de selos recebidos na execução da n-ésima tarefa nº total de selos A função f que representa quantidade de selos recebidos após 0 1 2 3 1 2 4 8 1 3 7 15 a execução de cada 4 16 31 tarefa 5 32 63 é f : x → tal que f ( x ) = 2 , onde x é o número da tarefa. Assim, após a execução da 5ª. tarefa o menino receberá 32 selos. A empresa não conseguirá cumprir sempre a proposta pois f cresce exponencialmente. Exercício 16. Dada a função f ( x ) = x − 1 , encontre: a) Dom f ; b) Im f ; c) f (2) . Solução: a) Dom f = {x ∈ ; x ≥ 1} = [1, ∞ ) ; b) Im f = { y ∈ ; y ≥ 0} = [0, +∞ ) ; c) f (2) = 2 − 1 = 1 . Exercício 17. Dada a função f ( x ) = a) Dom f ; Solução: a) Dom f = {x ∈ ; x ≠ 2} = b) Im f = { y ∈ ; y ≠ 0} = 1 1 = . c) f (4) = 4−2 2 1 , encontre: x −2 b) Im f ; c) f (4) . − {2} ; − {0} ; Exercício 18. Verifique se as funções f ( x ) = x2 −1 e g ( x ) = x − 1 são iguais. x +1 Solução: O domínio da função g é o conjunto dos número reais, mas o domínio da função f é o conjunto − {−1} . Assim, por definição, as funções f e g são distintas. Exercício 19. Verifique se as funções f : + → , f (x ) = x e g : + → , g ( x ) = x são iguais. Solução: Como o domínio de ambas as funções são iguais e neste domínio elas possuem as mesmas imagens em cada ponto, temos que f e g são iguais. Exercício 20. Sejam p e h definidas, respectivamente, por p( x ) = 2 − 3x e h( x ) = x 2 − 5x + 3 . Determine as funções p + h , h − p , p ⋅ h . Qual é o domínio e a expressão algébrica que define a função p ⋅ p ? Solução: i) ( p + h ) ( x ) = p( x ) + h ( x ) = ii) ( h − p ) ( x ) = h ( x ) − p( x ) = x 2 − 5 x + 3 − iii) ( p h ) ( x ) = p( x ) h( x ) = ( 2 − 3x + x 2 − 5x + 3 . 2 − 3x 2 − 3x . ) ( x 2 − 5x + 3 ) . iv) ( p p ) ( x ) = p( x ) p( x ) = ( 2 − 3x )( ) ( 2 − 3x = 2 − 3x ) 2 { = 2 − 3x e Dom ( p p ) = x ∈ ; x ≤ } 2 . 3 Exercício 21. Considere as funções m( x ) = 3( x + 1)2 1 + 2x e n( x ) = ( x + 1)( x − 2) . Determine a função m / n e seu domínio. Solução: A função m / n só existe quando n( x ) = ( x + 1)( x − 2) for diferente de zero, que ocorre quando x ≠ −1 e x ≠ 2 . Nesse caso, Dom m( x ) 3( x + 1)2 1 + 2x 3( x + 1) 1 + 2 x m e (x ) = = = n n( x ) ( x + 1)( x − 2) x −2 { } m 1 = x ∈ ;x ≥ − ex≠2 . n 2 Exercício 22. Considere as funções h( x ) = x e k( x ) = − x . Determine as funções h + k , h − k , h ⋅ k e h / k e seus domínios. Solução: se x ≥ 0 0, , Dom ( h + k ) = −2 x , se x < 0 i) ( h + k ) ( x ) = h( x ) + k( x ) = x − x = ii) ( h − k ) ( x ) = h( x ) − k( x ) = x + x = iii) x 2 , se x ≥ 0 , Dom ( h ⋅ k ) = h k ( x ) = h ( x ) k ( x ) = x x = ( ) 2 − x , se x < 0 2 x , se x ≥ 0 , Dom ( h − k ) = 0, se x < 0 x 1, se x > 0 h( x ) h h iv) ( x ) = , Dom ( ) = = = k( x ) x k k −1, se x < 0 * . . . . Exercício 23. Esboce os gráficos das seguintes funções afins: a) f ( x ) = x − 3 ; Solução: b) g ( x ) = −2 x + 4 ; c) h( x ) = −5x − 10 ; d) j ( x ) = π 3 x. –4 –3 –2 y y 4 4 3 3 2 2 1 1 –1 0 1 2 3 4 x –1 –3 –2 –1 0 2 1 3 4 x –1 –2 –2 –3 –3 –4 a) b) y y 6 4 2 π 3 2 0 –4 –3 –2 1 –1 2 3 1 4 x –2 –4 0 1 –1 –6 –8 2 x –1 – 10 c) d) Exercício 24. É possível desenhar um esboço do gráfico de uma função quadrática qualquer dada por f ( x ) = ax 2 + bx + c , a ≠ 0 . Para isso, basta saber: o sinal do coeficiente a do termo de segundo grau; encontrar, se possível, os valores reais x em que f ( x ) = 0, que são dados pela expressão −b ± b 2 − 4 ac −b −∆ 2 ; obter o vértice da parábola, que é dado por , , no qual ∆ = b − 4 ac . 2a 2a 4 a Esboce os seis tipos de gráficos de funções quadráticas possíveis a partir da análise dos sinais de a e de ∆. Solução: y y 2 4 1 ∆<0 3 a >0 2 –4 –3 –2 ∆<0 1 –4 –3 –2 –1 –1 3 2 1 0 a <0 4 x –1 –3 –4 –4 –3 –2 ii. y −b , 0 2a 2 a<0 y 4 1 –1 4 x –2 i. ∆=0 3 2 1 0 –1 −b , 0 2a 0 1 3 2 ∆=0 3 a >0 2 4 x –1 1 –2 –4 –3 –4 –3 –2 –1 0 iii. –4 –3 –2 3 −b − b 2 − 4 ac , 0 2a 3 2 1 1 0 1 2 3 4 x –4 –3 –2 −b + b 2 − 4 ac ,0 2a 4 2 –1 –1 0 1 2 3 4 x –1 ∆>0 –2 −b −∆ , 2a 4 a 4 x y −b + b 2 − 4 ac ,0 2a 4 –1 3 2 iv. y −b − b 2 − 4 ac , 0 2a 1 –1 –3 a >0 –4 v. ∆>0 –2 −b −∆ , 2a 4 a –3 a <0 –4 vi. Exercício 25. Nem todas as funções podem ter seu gráfico desenhado. Como seria o esboço do 0, x racional gráfico da função I ( x ) = ? 1, x irracional Solução: Não é possível esboçar o gráfico de I. . Exercício 26. O gráfico da função f ( x ) = x apresenta simetria central em relação ao ponto ( a , a ) , ∀a ∈ ? Solução: Sim. Observe que um ponto P no gráfico de f é da forma P ( b , b ) . Se um ponto P '( x , y ) é o simétrico de P em relação ao ponto Q ( a , a ) , então ele deve ser tal que P , Q e P ' pertencem à mesma reta e a distância de P a Q , deve ser o igual à distância de Q a P ' . Como por dois pontos passa uma única reta, temos que a reta que passa por P e Q é a reta y = x . Assim, P ' é tal que y=x e ou seja, ( y − a )2 + ( x − a )2 = ( x − a )2 + ( x − a )2 = 2( x − a )2 = 2( b − a )2 , x − a = ±( b − a ) , logo x = b ou x = 2a − b . Portanto, o ponto procurado é P ' = (2a − b , 2a − b ) que é o simétrico de P , é um ponto no gráfico de f . Exercício 27. Dado P ( x , y ) um ponto do plano cartesiano: a) Quais as coordenadas do simétrico P ' do ponto P em relação à reta de equação x = 0 ? E em relação à reta x = a ? b) Quais as coordenadas do simétrico P ' de P em relação ao ponto O(0, 0) ? E em relação ao ponto Q ( a , b ) ?. Solução: a) Dado o ponto P ( x , y ) , temos P '( − x , y ) . O ponto simétrico de P ( x , y ) em relação à reta x = a é o ponto Pa (2a − x , y ) . b) Dado o ponto P ( x , y ) , temos P '( − x , − y ) . O ponto simétrico de P ( x , y ) em relação ao ponto Q ( a , b ) é o ponto PQ (2a − x , 2b − y ) . Exercício 28. Mostre que o gráfico de uma função f apresenta simetria axial em relação à reta de equação x = a se, e somente se, f ( a − x ) = f ( a + x ) para todo x do domínio. Solução: Se f apresenta simetria axial em relação à reta x = a então, caso ( a + x , y ) esteja no gráfico de f temos que ( a − x , y ) (conforme exercício 27 a) também está no gráfico de f . Assim, f ( a − x ) = f ( a + x ) . Reciprocamente, se f ( a − x ) = f ( a + x ) para todo x do domínio de f , então ( a + x , y ) e ( a − x , y ) estão no gráfico de f e, assim, o gráfico apresenta simetria axial em relação à reta x = a . Exercício 29. Qual é o período da função f do Exemplo 32? 2n ≤ x < 2n + 1, n ∈ 1, Solução: A função do exemplo 32 é dada por f ( x ) = 0, 2n + 1 ≤ x < 2n + 2, n ∈ pois, f ( x + 2) = f ( x ), ∀x ∈ . . O período é 2, Exercício 30. Verifique se as seguintes funções são periódicas: a) f ( x ) = x ; b) f ( x ) = 5 ; c) f ( x ) = ( −1)n , se x ∈[ n , n + 1) , n ∈ . Solução: a) f ( x + p ) = x + p ≠ x = f ( x ) para todo qualquer p ≠ 0 . Assim a função não é periódica. b) f ( x + p ) = 5 = f ( x ) para todo p ≠ 0 . Assim podemos dizer que a função f ( x ) = 5 é periódica de qualquer período. c) A função é periódica de período 2. Exercício 31. Mostre que o gráfico de toda função par é simétrico em relação ao eixo Oy e que o gráfico de toda função ímpar é simétrico em relação ao ponto (0, 0) . Solução: Se f é uma função par, então f ( − x ) = f ( x ), ∀x ∈ . Logo, se ( x , f ( x )) é um ponto do gráfico de f , então o seu simétrico em relação ao eixo Oy é o ponto ( − x , f ( x )) , que também pertence ao gráfico de f. Se, por outro lado, f é uma função ímpar, então f ( − x ) = − f ( x ), ∀x ∈ . Logo, se ( x , f ( x )) é um ponto do gráfico de f, então o seu simétrico em relação ao ponto (0, 0) é o ponto ( − x , − f ( x )) que também pertence ao gráfico de f. Exercício 32. Verifique se as funções definidas a seguir são pares, ímpares ou nenhuma delas. a) f ( x ) = 5x 4 + 3x −2 + 2 c) f ( x ) = x −3 − 3x 7 b) f ( x ) = x 4 + x 3 d) f ( x ) = x 5 + x 3 + 3 Solução: a) f ( − x ) = 5( − x )4 + 3( − x )−2 + 2 = 5x 4 + 3x −2 + 2 = f ( x ) . Portanto, f é uma função par. b) f ( −1) = 0 ≠ 2 = f (1) . Portanto, f não é uma função par. f ( −1) = 0 ≠ −2 = − f (1) . Portanto, f também não é uma função ímpar. c) f ( − x ) = ( − x )−3 − 3( − x )7 = − x −3 + 3x 7 = −( x −3 − 3x 7 ) = − f ( x ) . Portanto f é uma função ímpar. d) f ( −1) = 1 ≠ 5 = f (1) . Portanto f não é uma função par. f ( −1) = 1 ≠ −5 = − f (1) . Portanto f também não é uma função ímpar. Exercício 33. Mostre que toda função pode ser escrita como a soma de uma função par com uma função ímpar. Solução: Se f é uma função cujo domínio é simétrico em relação à origem, então a função g dada f ( x ) + f ( −x ) f ( x ) − f ( −x ) é par enquanto que a função h dada por h( x ) = é ímpar. Além g( x ) = 2 2 disso, temos que f ≡ g + h . Exercício 34. Existe alguma função que é par e ímpar simultaneamente? Solução: Sim, a função constante nula, ou seja, f ( x ) = 0, ∀x ∈ . De fato, f ( − x ) = 0 = f ( x ) e f ( − x ) = 0 = − f ( x ) , ∀x ∈ . Exercício 35. Como você esboçaria o gráfico da função F ( x ) = x + 1 + 1 por meio de deslocamento do gráfico de f , sendo f ( x ) = x ? Solução: Basta transladar o gráfico da função f uma unidade para a esquerda e, em seguida, uma unidade para cima, ou ainda, uma unidade para cima e, em seguida, uma unidade para a esquerda. Exercício 36. Mostre que se o gráfico da função f possui simetria axial em relação à reta x = a , então a função g definida por g ( x ) = f ( x + a ) é par. Solução: Conforme o Exercício 28, o gráfico de uma função f apresenta simetria axial em relação à reta de equação se, e somente se, x =a f ( a − x ) = f ( a + x ) . Assim temos g ( − x ) = f ( − x + a ) = f ( a + x ) = g ( x ) . Logo, g é uma função par. Exercício 37. Mostre que se o gráfico da função f possui simetria central em relação ao ponto P ( a , b ) , então a função g definida por g ( x ) = f ( x + a ) − b é ímpar. Solução 1: Se o gráfico da função f possui simetria central em relação ao ponto P ( a , b ) , então para cada ponto X = ( x , f ( x )) do gráfico de f , existe um ponto Y = ( y , f ( y )) no gráfico de f tal que o ponto P ( a , b ) é o ponto médio do segmento XY . Usando a fórmula do ponto médio temos f (x ) + f ( y ) x+ y . Isolando y na primeira equação e substituindo na segunda equação, a= e b= 2 2 obtemos f (2a − x ) = 2b − f ( x ) . Trocando x por a − x na última equação, temos f (2a − ( a − x )) = 2b − f ( a − x ) , então f ( a + x ) − b = b − f ( a − x ) . Segue dessa última equação que g ( x ) = f ( a + x ) − b = b − f ( a − x ) = − g ( − x ) , e assim, por definição g é impar. Solução 2: Por hipótese y = f ( x ) e 2b − y = f (2a − x ) . Daí, 2b − f ( x ) = f (2a − x ) . Assim, f ( x ) = 2b − f (2a − x ) . Como g ( x ) = f ( x + a ) − b = 2b − f (2a − ( x + a )) = b − f ( a − x ) = = −[ f ( − x + a ) − b ] = − g ( − x ) , temos por definição que g é uma função par. Exercício 38. Esboce o gráfico de cada uma das funções f definidas a seguir e esboce, no mesmo sistema de eixos, os gráficos das seguintes translações: f ( x + 3) , f ( x ) + 2 , f ( x − 1) , f ( x ) − 2 e f ( x + 2) − 1 : b) f ( x ) = x 2 ; a) f ( x ) = x ; c) f ( x ) = x 3 ; d) f ( x ) = 3x − 1 . Solução: y f ( x + 3) f ( x + 2) − 1 4 6 f ( x + 3) 3 –1 3 2 1 0 3 2 4 x 1 –1 –2 f (x ) + 2 f (x ) f (x ) − 2 –3 0 1 –1 –4 –2 –4 a) –3 –2 –1 y f (x ) y f ( x − 1) f ( x + 3) f (x ) + 2 3 4 x f (x ) − 2 4 3 f ( x − 1) 3 2 2 1 1 –3 0 –2 –1 f ( x + 3) 2 b) f (x ) + 2 4 –4 f ( x − 1) 4 f (x ) − 2 1 –3 –2 f (x ) 5 f ( x + 2) − 1 2 –4 f (x ) + 2 y f ( x − 1) f ( x + 2) − 1 0 1 2 3 4 x –4 –3 –2 1 –1 –1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 f (x ) − 2 c) f ( x + 2) − 1 2 3 4 x –4 f (x ) d) Exercício 39. Seja f uma função limitada. Responda as perguntas a seguir, justificando sua resposta. a) A função g ( x ) = a f ( x ) é limitada para todo a real? b) A função g ( x ) = f ( x + m ) é limitada para todo m real? c) A função g ( x ) = f ( b x ) é limitada para todo b real? Solução: Como por hipótese a função f é uma função limitada, então existe M > 0 tal que para todo x ∈ Dom f , f ( x ) ≤ M . a) Temos que g ( x ) = a f ( x ) = a f ( x ) ≤ a M , ∀x ∈ Dom g . Como a M > 0 , temos que g é limitada. b) Temos que g ( x ) = f ( x + m ) ≤ M , ∀x ∈ Dom g . Assim, temos que g é limitada. c) Temos que g ( x ) = f ( b x ) ≤ M , ∀x ∈ Dom g . Assim, temos que g é limitada. Exercício 40. Sejam f e g funções limitadas. Responda as perguntas a seguir, justificando sua resposta. b) A função f ⋅ g é limitada? a) A função f + g é limitada? Solução: Como por hipótese f e g são funções limitadas, então existem M > 0 e N > 0 tais que f ( x ) ≤ M , ∀x ∈ Dom f e g ( x ) ≤ N , ∀x ∈ Dom g . a) Sim, pois segue da desigualdade triangular que ( f + g )( x ) = f ( x ) + g ( x ) ≤ f ( x ) + g ( x ) ≤ M + N , ∀x ∈ Dom f ∩ Dom g . b) Sim, pois ( f ⋅ g )( x ) = f ( x ) ⋅ g ( x ) = f ( x ) ⋅ g ( x ) ≤ M ⋅ N , ∀x ∈ Dom f ∩ Dom g . Exercício 41: Verifique se as funções a seguir são monótonas, classificando-as em crescente, decrescente, não-decrescente e não-crescente. Caso a função não seja monótona, encontre, caso exista(m), intervalo(s) do seu domínio, de modo a se obter função(ões) monótona(s). Solução: a) f ( x ) = 2 x − 1 Dom f = . Sejam x 1 , x 2 ∈ Dom f tais que x 1 < x 2 . Logo, f ( x 1 ) = 2 x 1 − 1 < 2 x 2 − 1 = f ( x 2 ) . Assim, por definição, concluímos que f é crescente em . b) f ( x ) = 3 − x Dom f = . Sejam x 1 , x 2 ∈ Dom f tais que x 1 < x 2 . Logo, f ( x 1 ) = 3 − x 1 > 3 − x 2 = f ( x 2 ) . Assim, por definição, concluímos que f é decrescente em . c) f ( x ) = 1 − x 2 Dom f = . Sejam x 1 , x 2 ∈ Dom f tais que x 1 < x 2 . Se x 1 , x 2 ∈ + , temos que x 1 < x 2 ⇒ x 12 < x 2 2 . Neste caso, f ( x 1 ) = 1 − x 12 > 1 − x 2 2 = f ( x 2 ) e, portanto, f é decrescente em + . Se x 1 , x 2 ∈ − , temos que x 1 < x 2 ⇒ x 12 > x 2 2 . Neste caso, f ( x 1 ) = 1 − x 12 < 1 − x 2 2 = f ( x 2 ) e, portanto, f é crescente em − . Como f é crescente em − e decrescente em + , f não é monótona em . d) f ( x ) = x 5 Dom f = . Sejam x 1 , x 2 ∈ Dom f tais que x 1 < x 2 . Logo, f ( x 1 ) = x 15 < x 25 = f ( x 2 ) . Assim, por definição, concluímos que f é crescente em e) f ( x ) = x . Dom f = + . Sejam x 1 , x 2 ∈ + tais que x 1 < x 2 . Logo, f ( x 1 ) = x 1 < x 2 = f ( x 2 ) . Assim, por definição, concluímos que f é crescente em + . 1 , x <0 f) f ( x ) = x 2, x ≥ 0 1 . Como f ( −2) = − , f ( −1) = −1 e f (2) = 2 , temos que f ( −2) > f ( −1) e f ( −1) < f (2) . 2 Logo f não é monótona em . 1 1 1 1 . Assim temos que f ( x 1 ) = Sejam x 1 , x 2 ∈ *− tais que x 1 < x 2 . Logo > > = f ( x 2 ) e, x1 x 2 x1 x 2 Dom f = portanto, f é decrescente em * − . Sejam x 1 , x 2 ∈ + tais que x 1 < x 2 . Temos que f ( x 1 ) = 2 = f ( x 2 ) e, portanto, f é não-crescente e não-decrescente em + . Exercício 42: Verifique se as funções são bijetoras, justificando sua resposta. Solução: a) f ( x ) = x 3 Dom f = . Mostremos inicialmente que f é injetora. De fato, sejam x 1 , x 2 ∈ x 13 , tais que x 1 ≠ x 2 . 3 ≠ x 2 = f ( x 2 ) , e assim, por definição, temos que f é injetora. Logo, f ( x 1 ) = Verifiquemos se f é sobrejetora. Dado y ∈ , se tomarmos x = 3 y teremos f ( x ) = f (3 y ) =(3 y) 3 = y , e portanto, por definição f é sobrejetora. Assim f é injetora e sobrejetora, logo bijetora. b) f ( x ) = 3x − 1 Dom f = . Mostremos inicialmente que f é injetora. De fato, sejam x 1 , x 2 ∈ , tais que x 1 ≠ x 2 . Logo, f ( x 1 ) = 3x 1 − 1 ≠ 3x 2 − 1 = f ( x 2 ) , e assim, por definição, temos que f é injetora. Verifiquemos se f é sobrejetora. y +1 y +1 y + 1 teremos f ( x ) = f Dado y ∈ , se tomarmos x = = 3 − 1 = y + 1 − 1 = y e, 3 3 3 portanto, f é sobrejetora. Assim f é injetora e sobrejetora, logo bijetora. c) f ( x ) = x 4 Dom f = . Afirmamos que a função não é injetora. De fato, se tomarmos, por exemplo, x 1 = −1 e x 2 = 1 , teremos f ( x 1 ) = f ( x 2 ) = 1 e x 1 ≠ x 2 . Desta forma, f não é injetora e, portanto, não é bijetora. Observe que f também não é sobrejetora, pois dado, por exemplo, y = −1 , não existe x ∈ tal que x 4 = −1 . d) f ( x ) = x Dom f = . A função f não é bijetora, pois não é injetora, uma vez que existem x 1 , x 2 ∈ , x 1 ≠ x 2 tais que f ( x 1 ) = f ( x 2 ) . Basta tomar, por exemplo, x 1 = −1 e x 2 = 1 . Observe que f também não é sobrejetora, pois dado, por exemplo, y = −1 , não existe x ∈ tal que x = −1 . Exercício 43: Nos itens a seguir, encontre f g , f f , g Solução: 2 a) f ( x ) = x + 5 e g ( x ) = 2x − 4 Dom f = e Dom g = − {2} . 2 5x − 9 +5= . ( f g ) ( x ) = f ( g ( x )) = g ( x ) + 5 = 2x − 4 x −2 Dom f g = {x ∈ Dom g ; g ( x ) ∈ Dom f } = Dom g = − {2} . f e g g e seus respectivos domínios. (f f ) ( x ) = f ( f ( x )) = f ( x ) + 5 = x + 5 + 5 = x + 10 . Dom f f = . (g 2 2 1 = = . 2 f ( x ) − 4 2( x + 5) − 4 x + 3 f = {x ∈ Dom f ; f ( x ) ∈ Dom g } = {x ∈ ; x + 5 ∈ − {2}} = f ) ( x ) = g ( f ( x )) = Dom g x −2 2 2 . = = 2 g( x ) − 4 −2x + 5 2 2 −4 2x − 4 2 Dom g g = {x ∈ Dom g ; g ( x ) ∈ Dom g } = {x ∈ − {2}; ∈ 2x − 4 5 = − {2, }. 2 (g − {−3} . g ) ( x ) = g ( g ( x )) = − {2}} Exercício 44: Encontre funções f e g distintas da função identidade, tal que y = ( f Solução: a) y = 2 x − 1 Se considerarmos f : (f → , f (x ) = x e g : → , g ( x ) = 2 x − 1 teremos: g ) ( x ) = f ( g ( x )) = g ( x ) = 2x − 1 . b) y = 2 x − 1 Se considerarmos f : (f → , f (x ) = x − 1 e g : → , g ( x ) = 2 x teremos: g ) ( x ) = f ( g ( x )) = g ( x ) − 1 = 2x − 1 . c) y = 2 3+ x2 Se considerarmos f : → , f ( x ) = 2x e g : → , g( x ) = 1 teremos: x +3 2 g )( x ) . (f g ) ( x ) = f ( g ( x )) = 2 g ( x ) = 2 . x +3 2 d) y = 9 − x Se considerarmos f : (f + g ) ( x ) = f ( g ( x )) = → , f (x ) = x e g : → , g ( x ) = 9 − x , teremos: g( x ) = 9 − x . As funções exibidas em cada um dos itens acima não são únicas. Encontre outras. Exercício 45: Sejam f e g duas funções. Mostre que: Solução: a) se f e g são pares, então f g é par. Se f e g são pares, então por definição, f ( −x ) = f ( x ), ∀x ∈ Dom f e g ( −x ) = g ( x ), ∀x ∈ Dom g . Assim, ( f g ) ( −x ) = f ( g ( − x )) = f ( g ( x )) = ( f Portanto f g é par. g ) ( x ), ∀x ∈ Dom f g. b) se f e g são ímpares então f g é ímpar. Se f e g são ímpares, então por definição, f ( −x ) = − f ( x ), ∀x ∈ Dom f e g ( −x ) = − g ( x ), ∀x ∈ Dom g . Assim, ( f g ) ( −x ) = f ( g ( − x )) = f ( − g ( x )) = − f ( g ( x )) = − ( f Portanto f g é ímpar. g ) ( x ), ∀x ∈ Dom f c) se f é par e g é ímpar, então f g e g f são pares. Se f é par então f ( −x ) = f ( x ), ∀x ∈ Dom f . Se g é ímpar g ( −x ) = − g ( x ), ∀x ∈ Dom g . Assim ( f g ) ( −x ) = f ( g ( −x )) = f ( − g ( x )) = f ( g ( x )) = ( f g ) ( x ), ∀x ∈ Dom f Portanto f g é par. E também temos ( g f ) ( −x ) = g ( f ( −x )) = g ( f ( x )) = ( g f ) ( x ), ∀x ∈ Dom g f . Portanto g f é par. g. Exercício 46: Dadas as funções f , definidas a seguir, determine f −1 , caso exista. Solução: a) f ( x ) = 2 x − 1 A função é bijetora e, portanto, admite inversa. y +1 Fazendo y = 2 x − 1 , teremos x = 2 x + 1 Portanto, f −1 ( x ) = . 2 b) f ( x ) = x 2 para x ≤ 0 A função é monótona decrescente em − , logo admite inversa. g. Fazendo y = x 2 , teremos x = − y ; y ≥ 0 . Portanto, f −1 ( x ) = − x ; x ≥ 0 , pois Dom f −1 = Im f . c) f ( x ) = x 2 − 2 , para x ≥ 0 Im f = [ −2, +∞ ) f é monótona crescente em + e, y = x2 − 2 ⇔ x2 = y + 2 ⇔ x = Assim, f −1 portanto, admite inversa. y + 2; y ≥ −2 . ( x ) = x + 2 , com x ≥ −2 , pois Dom f −1 = Im f . d) f ( x ) = 1 − x 2 , para 0 ≤ x ≤ 1 Im f = [0,1] . f é monótona decrescente em [0,1] e, portanto, admite inversa. y = 1− x 2 ⇔ y2 = 1− x 2 ⇔ x 2 = 1− y2 ⇔ x = 1− y2 . Logo, f −1 ( x ) = 1 − x 2 ; 0 ≤ x ≤ 1 , pois Dom f −1 = Im f . 1 para x > 0 x A função f é monótona decrescente em e) f ( x ) = * + , logo admite inversa. 1 1 ⇔ x = ; y > 0. x y 1 Portanto, f −1 ( x ) = ; x > 0 , pois Dom f −1 = Im f . x y= f) f ( x ) = x 2 + 2 x − 1 , para x ≤ −1 Como f ( x ) = x 2 + 2x + 1 − 1 − 1 = ( x 2 + 2 x + 1) − 2 = ( x + 1)2 − 2 , temos que f é monótona decrescente em ( −∞, −1] e Im( f ) = [ −2, +∞ ) . Portanto, f admite inversa. y = ( x + 1)2 − 2 ⇔ ( x + 1)2 = y + 2 ⇔ x + 1 = Portanto, f −1 y + 2 , como x ≤ −1 , segue que x = − y + 2 − 1 . ( x ) = − x + 2 − 1 , com x ≥ −2 , pois Domf −1 = Im f . Exercício 47: Esboce num mesmo sistema de coordenadas os gráficos das funções m( x ) = − x 4 e n( x ) = − x 5 . Solução: Graf n y x Graf m Exercício 48: Determine os zeros das seguintes funções: Solução: a) p( x ) = x 4 − x 3 − 4 x 2 + 4 x p( x ) = x ( x 3 − x 2 − 4 x + 4) = x ( x − 1)( x 2 − 4) . p( x ) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 1 ou x = 2 ou x = −2 . Portanto, os zeros da função são −2, 0,1 e 2. b) p( x ) = x 3 − 3x 2 + 2 p( x ) = ( x − 1)( x 2 − 2 x − 2) = ( x − 1)( x − 1 − 3 )( x − 1 + 3 ) . p( x ) = 0 ⇔ x = 1 ou x = 1 + 3 ou x = 1 − 3 . Portanto, os zeros da função são 1, 1 + 3 e 1 − 3 . Exercício 49: Seja p(x) um polinômio. Prove que a é raiz de p(x) se, e somente se, p( x ) = ( x − a )q( x ) , para algum polinômio q(x). Solução: Sabemos que: a é raiz de p(x) ⇔ p( a ) = 0 . Mas, pelo teorema do resto, " p( x ) = ( x − a )q( x ) + r " . Como a é raiz de p( x ) , temos que p(a) é o resto da divisão de p(x) por ( x − a ) . Concluímos assim que: a é raiz de p(x) ⇔ r = 0 . Ou seja, a é raíz de p(x) ⇔ p(x) é divisível por ( x − a ) . O que equivale a dizer que a é raíz de p(x) ⇔ p( x ) = ( x − a )q( x ) , para algum polinômio q(x). Exercício 50: Determine o domínio das seguintes funções: Solução: x −2 a) f ( x ) = 2 x +1 Dom f = , pois x 2 + 1 ≠ 0, ∀x ∈ . 2x 2 − 1 x +1 Devemos ter x + 1 ≠ 0 , ou seja, x ≠ −1 . Portanto, Dom f = b) f ( x ) = − {−1} . x ( x − 1)( x + 2) ( x + 1)( x − 2) Devemos ter ( x + 1)( x − 2) ≠ 0 , ou seja, x ≠ −1 e x ≠ 2 . Portanto, Dom f = − {−1, 2} . c) f ( x ) = ( x − 1)( x + 2) x ( x + 1)( x − 2) Devemos ter x ( x + 1)( x − 2) ≠ 0 , ou seja, x ≠ 0 e x ≠ −1 e x ≠ 2 . Portanto, Dom f = − {0, −1, 2} . d) f ( x ) = Exercício 51: Use um sistema de computação algébrica para esboçar o gráfico das funções racionais do exercício anterior. Solução: a) b) c) d) Exercício 52: Solução: a) Em uma circunferência unitária, construa o ângulo de 1 radiano. Processo construtivo. Coloque de uma maneira aproximada o comprimento do raio sobre a circunferência. b) Construa o ângulo de 1 radiano em circunferências de raios distintos. O que você pode concluir com esse exercício? O arco de comprimento igual a 1 radiano determina sempre a mesma variação angular, independendo do tamanho do raio da circunferência. Exercício 53: Sejam X o ponto em S 1 correspondente ao número real t e Y o ponto em S 1 correspondente a t + 2kπ , para todo k inteiro. Qual a relação entre X e Y ? Solução: Em S 1 , temos que o comprimento da circunferência é 2π . Logo, os pontos X e Y são iguais. Exercício 54: Utilizando as propriedades anteriores, complete a tabela: t 0 cost sen t π π π π 6 4 3 2 2π 3 3π 4 π a) t = 0 Neste caso, temos em S 1 , P (0) = (1, 0) . Logo cos 0 = 1 e sen 0 = 0 . b) t = π 6 Pelo exemplo 57 temos cos c) t = π π 6 = 3 π 1 e sen = . 2 6 2 4 Neste caso, temos em S 1 , P ( t ) = ( x , y ) onde x = y . Logo, sen 4 = cos π 4 . 1 π ⇒ sen = ± 4 2 4 4 4 π 2 π π temos, seno e cosseno positivos, sen = e cos = Como para o ângulo 4 2 4 4 Pela propriedade (b) temos sen 2 d) t = π + cos 2 π = 1 . Assim, sen 2 π 3 Como sen(2a ) = 2sen a cos a temos π π π 1 3 3 . = sen 2 = 2sen cos = 2 = 3 6 6 6 2 2 2 Como cos(2a ) = cos2 a − sen 2 a temos π π π π 3 1 2 1 cos = cos 2 = cos2 − sen 2 = − = = . 3 6 6 6 4 4 4 2 sen π e) t = π 2 Pela propriedade (f) da página 45, temos sen π 2 = sen(0 + Logo cos π 2 π 2 ) = cos 0 = 1 . =1. 2π 3 Como sen(2a ) = 2sen a cos a temos f) t = π π = 2 . 2 2 . 2 2π π π 31 3 . = 2sen cos = 2 = 3 3 3 2 2 2 Como cos(2a ) = cos 2 a − sen 2 a temos 2π π π 1 3 2 1 cos = cos 2 − sen 2 = − = − = − . 3 3 3 4 4 4 2 sen 3π 4 Pela propriedade (e) temos 3π π π π π 2 2 2 π π . sen = sen + = sen cos + cos sen = 1 +0 = 4 2 4 2 4 2 2 2 2 4 g) t = cos 3π π π π π 2 2 2 π π . = cos + = cos cos − sen sen = 0 −1 =− 4 2 4 2 4 2 2 2 2 4 h) t = π Pela propriedade (f) temos π π π sen π = sen + = cos = 0 . Assim, segue da identidade trigonométrica fundamental que 2 2 2 cos π = ±1 . Mas, pela definição, de cosseno, cos π = −1 . Vamos então completar a tabela. t 0 cos t 1 sen t 0 π π π π 6 3 2 1 2 4 2 2 2 2 3 1 2 2 3 2 0 1 2π 3 1 − 2 3 2 3π 4 2 2 2 − 2 − π −1 0 Exercício 55: Mostre que as funções secante e cossecante são periódicas de período 2π . Solução: Temos 1 1 1 sec( x + 2π ) = = = = cos( x + 2π ) cos x cos(2π ) − sen x sen(2π ) cos x ⋅ 1 − sen x ⋅ 0 1 = = sec x . cos x 1 1 1 = = sen( x + 2π ) sen x cos(2π ) + sen(2π )cos x sen x ⋅ 1 + 0 ⋅ cos x 1 = = cossec x . sen x cossec( x + 2π ) = Exercício 56: Verifique se as funções tangente, cotangente, secante e cossecante são pares ou ímpares. Solução: As funções tangente e cotangente são ímpares, pois são quocientes de funções onde uma é par e outra é ímpar. A função secante é par por ser quociente de funções pares, e a função cossecante é ímpar por ser quociente de uma função par com uma função ímpar. Exercício 57: Mostre que tg( a ± b ) = tg a ± tg b cotg a cotg b ∓ 1 e cotg( a ± b ) = . 1 ∓ tg a tg b cotg b ± cotg a Solução: sen( a ± b ) sen a cos b ± sen b cos a = cos( a ± b ) cos a cos b ∓ sen a sen b sen a cos b sen b cos a ± cos a cos b cos a cos b = tg a ± tg b . = cos a cos b sen a sen b 1 ∓ tg a tg b ∓ cos a cos b cos a cos b tg( a ± b ) = cos( a ± b ) cos a cos b ∓ sen a sen b = sen( a ± b ) sen a cos b ± sen b cos a cos a cos b sen a sen b ∓ cotg a cotg b ∓ 1 . = sen a sen b sen a sen b = sen a cos b sen b cos a cotg b ± cotg a ± sen a sen b sen a sen b cotg( a ± b ) = Exercício 58: Utilizando os resultados anteriores, complete a tabela, quando possível: π π π π 2π 3π t 0 π 3 4 6 4 3 2 tg t cotg t sect cossect Solução: a) t = 0 sen 0 0 tg 0 = = = 0 e cotg 0 não existe. cos 0 1 1 1 sec 0 = = = 1 e cossec 0 não existe. cos 0 1 b) t = π 6 π 1 6 = 2 = 1 = 3 e cotg π = 1 = 1 = 3 = 3 . tg = π 6 cos 3 6 tg π 3 3 3 3 6 6 2 3 π sec π 6 sen = 1 cos π 6 = 1 2 2 3 π 1 1 e cossec = = = = =2. 6 sen π 1 3 3 3 6 2 2 c) t = π 4 π 2 π 1 1 4 2 tg = = = 1 e cotg = = =1. π π 4 cos 4 tg 1 2 4 4 2 π 1 1 2 π 1 1 2 = = = 2 e cossec = = = = 2. sec = π π 4 cos 4 sen 2 2 2 2 4 4 2 2 π d) t = sen π 3 π 3 3 = 2 = 3 e cotg π = 1 = tg = π 1 3 cos 3 tg π 3 2 3 π 1 π 1 1 = = = 2 e cossec = sec = π 1 3 sen π 3 cos 3 3 2 π e) t = sen 1 3 . = 3 3 1 2 2 3 . = = 3 3 3 2 π 2 π cos π π 2 = 0 = 0. tg não existe e cotg = 2 sen π 1 2 2 π π 1 1 1 sec não existe e cossec = = = =1. 2 2 sen π sen π 1 2 2 f) t = 2π 3 2π 3 sen 2π 3 = 2 = − 3 e cotg 2π = 1 = 1 = − 3 . tg = 3 tg 2π − 3 3 3 cos 2π − 1 3 2 3 2π 1 1 1 2π 1 1 2 2 3 . = = = = = = = = −2 e cossec sec 3 sen 2π 3 3 cos 2π cos 2π − 1 3 3 3 3 3 2 2 g) t = 3π 4 3π 2 sen 3π 3π 1 1 4 2 = = = −1 . = = = −1 e cotg tg π 3 π 3 4 cos −1 4 tg 2 − 4 4 2 3π 1 1 2 3π 1 1 2 = = =− = − 2 e cossec = = = = 2. sec 3 π 4 cos 3π 4 2 2 2 2 sen − 4 4 2 2 h) t = π sen π 0 tg π = = = 0 e cotg π não existe. cos π 1 1 1 sec π = = = −1 e cossec π não existe. cos π −1 Completando agora a tabela, obtemos: t 0 π π π π 2 2π 3 3π 4 6 3 3 4 3 π 1 3 ∃/ − 3 −1 0 1 3 3 0 − 3 3 −1 ∃/ tg t 0 cotg t ∃/ 3 sec t 1 2 3 3 2 2 ∃/ −2 − 2 −1 cossec t ∃/ 2 2 2 3 3 1 2 3 3 2 ∃/ Exercício 59: Calcule, se possível: 1 − 3 a) arcsen ; ; b) arccos1 ; c) arcsen 2 2 Solução: 1 1 π a) arcsen = x ⇔ sen x = ⇔ x = . 2 2 6 d) arccos 3 . b) arccos1 = x ⇔ cos x = 1 ⇔ x = 0 . 3 3 π c) arcsen − ⇔x=− . = x ⇔ sen x = − 2 3 2 d) arccos 3 = x ⇔ cos x = 3 . Neste caso não existe x tal que cos x > 1 . Exercício 60: Defina: a) arco tangente de x; c) arco secante de x; b) arco cotangente de x; d) arco cossecante de x. Solução: π π a) Seja T a restrição da função tangente ao intervalo − , , sua inversa T −1 é chamada de arco 2 2 −1 tangente é denotada por arctg ou tg . Dessa forma, temos que y = arctg x, x ∈ ⇔ x = tg y , para π π y ∈ − , . 2 2 b) Seja C ot g a restrição da função cotangente ao intervalo ( 0, π ) , sua inversa C ot g −1 é chamada de arco cotangente é denotada por arc cotg y = arc cotg x, x ∈ ⇔ x = cotg y para y ∈ ( 0, π ) . ou cotg −1 . Dessa forma, temos que π π c) Seja Sec a restrição da função secante ao intervalo 0, ∪ , π , sua inversa Sec −1 é chamada 2 2 de arco secante é denotada por arcsec ou sec −1 . Dessa forma, temos que π π ∪ , π . 2 2 y = arcsec x, x ∈ ( −∞, −1] ∪ [1, +∞ ) ⇔ x = sec y para y ∈ 0, π π d) Seja Cossec a restrição da função cossecante ao intervalo − , 0 ∪ 0, , sua inversa 2 2 −1 Cossec é chamada de arco cossecante é denotada por arccossec ou cossec −1 . Dessa forma, temos π π que y = arccossec x, x ∈ ( −∞, −1] ∪ [1, +∞ ) ⇔ x = cossec y , para y ∈ − , 0 ∪ 0, . 2 2 Exercício 61: Mostre que arccos x = Solução: π π − arcsen x . Sugestão: utilize a identidade cost = sen( − t) . 2 2 π π arccos x = y ⇔ cos y = x . Como cos y = sen − y temos sen − y = x , ou seja, 2 2 π π arcsen x = − y . Portanto arccos x = y = − arcsen x . 2 2 Temos Exercício 62: Esboce o gráfico de cada função dada a seguir: Solução: y y x x b) f(x) = 4 − x a) f(x) = 2 x . y y x x c) f(x) = 5x 1 d) f(x) = 3 x Exercício 63: Por que é praticamente impossível dobrar ao meio uma folha de papel mais do que 9 vezes? Solução: A cada dobra teremos o dobro do número de folhas. (Por isso é que se chama dobra!) Começando por uma folha: Na primeira dobra teremos a espessura de 2 folhas. Na segunda dobra teremos a espessura de 4 = 22 folhas. Na terceira dobre teremos a espessura de 8 = 23 folhas. ... Na nona dobra teremos a espessura de 512 = 29 folhas. Alguém consegue dobrar um livro de 512 páginas? Exercício 64: Trace um esboço dos gráficos das funções definidas a seguir: Solução: y y x x a) f(x) = log 2 x b) f(x) = log 3 (x − 1) y y x x c) f(x) = log 1 x 2 d) f(x) = log 5 (x + 4) Exercício 65: Mostre que se os números positivos a1 ,a 2 ,a 3 ,...,a n são termos de uma progressão geométrica, então log b a1 ,log b a 2 ,log b a 3 ,...,log b a n formam uma progressão aritmética. Solução: Se a1 ,a 2 ,a 3 ,...,a n são termos de uma progressão geométrica de razão q então: a 2 = a1q ⇒ log b a 2 = log b a1q = log b a1 + log b q . a 3 = a 2 q ⇒ log b a 3 = log b a 2 q = log b a 2 + log b q . ... a n = a n −1q ⇒ log b a n = log b a n −1q = log b a n −1 + log q . Portanto, log b a1 ,log b a 2 ,log b a 3 ,...,log b a n é uma progressão aritmética de razão log b q .