Asset Management www.credit-suisse.com Credit Suisse Invest Abril de 2009 Fundos Credit Suisse Asset Management é premiado pela revista Gazeta Investe O time de Asset Management do Credit Suisse Brasil foi premiado como melhor gestor de fundos de curto prazo, pela revista Gazeta Investe em parceria com a consultoria Austin Rating. Nessa publicação, o fundo Credit Suisse DI Curto Prazo foi classificado como o melhor fundo curto prazo. Em momentos de maior incerteza, a consistência de resultados e a baixa volatilidade do CS DI o tornam uma ótima opção de investimento. Sua carteira é composta somente por títulos públicos federais com prazo de vencimento bastante reduzido. Foco Esperamos corte adicional de juros de 300pb Elevamos nossa expectativa de corte adicional de juros de 200pb para 300pb nas reuniões de abril e junho do Copom. Mantemos nossa expectativa de corte de juros de 150pb, na reunião de 28-29 de abril do Copom, e aumentamos a projeção para 150pb na reunião de 9-10 de junho, com os juros permanecendo estáveis em 8,25% até o fim de 2010. Revisamos nossa projeção de contração do PIB no 1T09 ante o 1T08 de 2,0% para 3,0%. Essa trajetória corresponde a uma retração do PIB de 2,0% ante o 4T08 (com ajuste sazonal), totalizando uma contração acumulada de 5,5% no 4T08 e no 1T09. Essa recessão será a mais forte da série iniciada em 1991. Revisamos a projeção de contração do PIB em 2009 de 1,0% para 2,0%. A revisão reflete uma avaliação mais desfavorável sobre o crescimento do PIB no 1T09, as condições de crédito doméstico e as exportações. Projetamos certa estabilidade da atividade econômica no 2T09, comparado com o trimestre anterior, com retomada no 2S09. O Credit Suisse Invest de abril reflete as rentabilidades de março de 2009 Análise de mercado Panorama: Ajuste técnico ou recuperação consistente? Fundos Multimercado Em março, um cenário mais baixista de inflação para curto e médio prazos levou à redução da curva doméstica de juros. Os fundos multimercados se posicionaram na expectativa de aumento da inclinação da curva. À medida que a autoridade monetária concentra o corte de juros no início do ciclo, como uma resposta a uma desaceleração abrupta da atividade econômica, aumenta a probabilidade de elevação dos juros no médio prazo. Já a renda variável pareceu precificar a expectativa de recuperação rápida da atividade econômica, cuja crença entendemos não ter ainda subsídios fortes o suficiente. Em março, o desempenho dos mercados financeiros registrou significativa recuperação, com destaque para as bolsas de valores. O anúncio de um novo pacote de ajuda aos bancos nos EUA, associado a alguns dados macroeconômicos ligeiramente melhores do que o esperado, reforçou a visão de parte do mercado, de que o pior da crise passara, em particular no setor imobiliário. No entanto, apesar de alguns dados macroeconômicos mais positivos nas economias centrais, entendemos que a situação financeira global ainda se apresenta bastante frágil e incerta. No nosso entender, a modesta recuperação observada não seria suficiente para reverter a tendência de queda do ritmo de atividade econômica. Os indicadores de atividade econômica dos EUA ainda estão em patamar historicamente muito baixo. Nessa linha, o mercado de trabalho nos EUA continua a se deteriorar e mantém negativas as perspectivas para o consumo e o crescimento do país no curto/médio prazo. Nesse contexto, parece-nos que a forte alta das bolsas ao redor do mundo pode ser entendida como um ajuste técnico dos mercados. Por um lado, parte relevante dos investidores priorizaram manter recursos em caixa, em razão da maior aversão ao risco. Por outro, as economias centrais reduziram suas taxas de juros para níveis próximos a zero, o que diminui o custo de oportunidade para a alocação dos recursos. Dessa forma, os movimentos exagerados de alta nem sempre refletem uma mudança consistente nos fundamentos. Entendemos que ainda são necessários dados mais consistentes de melhora nas economias centrais e em seus sistemas financeiros para que se configure uma recuperação mais sólida da economia global. 2 No Brasil, o desempenho dos mercados também acompanhou o movimento global. A percepção do mercado em relação às perspectivas sobre a economia brasileira migrou para um cenário mais desafiador para a atividade econômica. Ao longo do mês, com a divulgação de índices de inflação corrente mais fracos e com a piora da percepção sobre o cenário de atividade econômica no Brasil, os fundos multimercados assumiram também uma posição aplicada em juros. Em razão da baixa previsibilidade ainda presente, os contratos mais curtos foram privilegiados. Muitos analistas revisaram suas projeções de crescimento para zero ou mesmo para variações negativas. O Real teve valorização significativa no mês, de R$ 2,39/US$ no fim de fevereiro para R$ 2,32 no fim de março. Em câmbio, os fundos se mantiveram sem posição ao longo do mês. O movimento de moedas tem respondido tanto a questões específicas de cada país, quanto a dúvidas em relação ao impacto dos pacotes de ajuda nas economias centrais. A curva de juros voltou a ceder devido aos dados bastante fracos da atividade econômica e à inflação corrente abaixo do esperado. Ao longo dos últimos meses, o cerne da política monetária ao redor do mundo migrou de inflação para atividade econômica. Paradoxalmente, a bolsa de valores registrou significativa alta, acompanhando os mercados externos. O movimento altista da bolsa brasileira pôde revelar uma expectativa do mercado de pronta recuperação dos resultados das empresas, embora o cenário mais desafiador corrente tenha levado o Banco Central a cortar os juros de forma significativa. Com relação ao mercado acionário, os fundos conseguiram aproveitar posicionamentos oportunísticos de curto prazo. Embora a análise fundamentalista aponte para uma deterioração ainda mais acentuada dos resultados das empresas, respeitamos as questões técnicas apresentadas, as quais podem suportar um movimento altista de curto prazo. Contudo, com a informação disponível, não há sinais que permitam uma previsão mais precisa da magnitude ou do cronograma para uma eventual recuperação da atividade econômica. A nosso ver, a resiliência do Ibovespa pode continuar, a menos que haja deterioração da atividade econômica no Brasil muito mais forte do que o esperado atualmente, ou que a recuperação da situação atual não aconteça em 2009. Em ambos os casos, o valor das empresas negociadas em bolsa ficaria demasiadamente alto para os resultados esperados nos próximos semestres, o que torna necessário um ajuste para acomodar a nova realidade. A carteira de arbitragem de ações continuou a se posicionar de forma a se beneficiar de setores ditos mais defensivos. A exposição a commodities foi neutralizada, em razão de menor previsibilidade. Os fundos mantêm ainda posições mais relacionadas a eventos específicos, o que ajuda a compor a carteira nesse cenário mais desafiador. Credit Suisse Invest - Abril de 2009 Fundos Renda Variável Março foi mais um mês histórico para as bolsas mundiais. O índice S&P chegou à mínima de 676 pontos no dia 9 e, a partir de então, assistimos à maior alta da história do índice, com retorno de 17% em apenas 9 dias. Parte dessa alta deveuse à cobertura de posições vendidas e a uma percepção de que novas situações de risco sistêmico não se repetiriam. As ações dos grandes bancos americanos chegaram a níveis tão baixos que o fantasma da nacionalização chegou a parecer real. Os anúncios de resultados positivos dos bancos, no primeiro trimestre, marcaram o início da recuperação, aliados a números de atividade ligeiramente melhores do que o consenso do mercado e à divulgação do plano de limpeza de ativos tóxicos dos bancos americanos com a ajuda de investidores privados. No Brasil, o descolamento de fundamentos e preços continuou relacionado às economias desenvolvidas e emergentes. Isso levou o Brasil a se beneficiar do ingresso de recursos de investidores estrangeiros, com destaque para investidores globais focados em ativos de maior liquidez, e o Ibovespa registrou alta de 7,18% no mês. Acreditamos que, mesmo em um cenário de queda do PIB em 2009, os investidores estarão dispostos a comprar ações com projeção de resultados ainda fracos, o que eleva a relação preço / lucro dos ativos. Com relação à carteira, diminuímos marginalmente nosso risco ativo em março. Tornamos neutras as nossas exposições em Mineração, em Petróleo e em Siderurgia. Inauguramos uma posição comprada em Construção Civil e reduzimos nossa posição em Bancos e em Elétricas. Foco Esperamos corte adicional de juros de 300pb Elevamos nossa expectativa de corte adicional de juros de 200pb para 300pb nas reuniões de abril e junho do Copom Mantemos nossa avaliação de que a resposta de política monetária mais apropriada é concentrar o ciclo de corte de juros em poucas reuniões. Entendemos que as recorrentes revisões para baixo das projeções para o desempenho da atividade econômica na comparação com o período anterior reforçam essa avaliação. Não obstante, julgamos que o Comitê de Política Monetária (Copom) provavelmente não elevará o ritmo de redução dos juros na próxima reunião. Em função disso, mantemos nossa projeção de corte de 150pb na reunião de 28-29 de abril e, diante do aumento dos riscos de retração ainda mais expressiva da atividade econômica no curto prazo, elevamos nossa projeção para corte de juros de 50pb para 150pb na reunião de 9-10 de junho. Com isso, reduzimos nossa projeção para a taxa Selic de 9,25% para 8,25% no fim de 2009 e estabilidade até o fim de 2010. implementar afrouxamento monetário, julgamos que a estratégia correta a ser implantada no Brasil é a de reduzir os riscos de maior contaminação adicional da crise global sobre a atividade econômica doméstica, fundamentalmente via redução da taxa de juros. Estimamos contração do PIB de 2,0% no 1T09 ante o 4T08 Revisamos nossa projeção de contração do PIB no 1T09 ante o mesmo trimestre do ano anterior de 2,0% para 3,0%, correspondendo a uma contração de 2,0% ante o 4T08, com ajuste sazonal. Assim como no 4T08, esperamos que a redução do produto da indústria responda por parte expressiva da retração do PIB. Entendemos que a forte redução do produto da indústria também promoverá contração do produto de alguns subsetores de serviços (e.g., comércio e transportes) no 1T09. Sob a ótica da demanda, nossas projeções sugerem que os investimentos serão o componente com a maior contribuição na contração do PIB do 1T09. Mantemos a avaliação de que não seria apropriado reduzir o ritmo de corte de juros diante de um cenário em que os riscos de retração mais expressiva da atividade superam, em muito, os riscos de aceleração inflacionária no horizonte de cumprimento das metas de inflação. Reafirmamos nossa opinião de que a conjuntura atual requer uma resposta mais ativa da política monetária. No nosso entender, o ajuste mais concentrado no curto prazo teria o benefício de evitar reduções ainda mais abruptas dos juros no futuro, o que poderia ser interpretado como uma resposta tardia de política monetária. A manutenção do quadro atual sugere que há risco de a retração ser mais prolongada e ampla nos próximos trimestres. Ao contrário de vários outros países que não têm mais espaço, atualmente, para Projetamos contração do PIB de 2,0% em 2009 Revisamos nossa projeção de contração do PIB em 2009 de 1,0% para 2,0%, mantendo o crescimento de 2010 em 4,0. A expectativa de maior contração do PIB em 2009 reflete a revisão das nossas projeções para o 1T09 e também a expectativa de uma retração ainda mais expressiva da economia global, com redução significativa do quantum exportado e deterioração das condições de crédito doméstico. Nossa projeção de contração do PIB de 2,0% em 2009 assume: • relativa estabilidade do consumo das famílias em 2009; • manutenção da nossa expectativa de crescimento da despesa de consumo do governo nos próximos trimestres, em parte compensando a desaceleração do consumo das famílias e dos investimentos privados; • contração dos investimentos, que será uma das principais causas da retração do PIB em 2009. Embora a contração dos investimentos seja expressiva, entendemos que essa redução será atenuada pela expansão dos investimentos do setor público, em particular nos projetos do setor de petróleo e infra-estrutura, e pelo aumento da disponibilidade de recursos para financiamento de longo prazo nos bancos públicos; • forte retração da corrente de comércio em 2009, com recuo das exportações e importações. Nossa projeção para o PIB no 1T09 resulta em uma contração total de 5,5% no acumulado dos 4T08 e no 1T09. Essa será a recessão mais forte da série iniciada em 1991. A nossa incerteza sobre a precisão das projeções permanece bastante elevada. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, esperamos que o PIB continue se contraindo no 2T09 e no 3T09, com crescimento apenas no 4T09. Nilson Teixeira, Ph.D. em economia pela Universidade da Pensilvânia, economista-chefe do Credit Suisse. 3 Tabela de Rentabilidades e Índices Credit Suisse (Brasil) Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. - Av. Brig. Faria Lima, 3064 - 13º andar - São Paulo (SP) 01451 000 - CNPJ 30.121.792/0001-13 - Tel (11) 3842 9700 - Outras cidades: Fax (11) 3842 9747 - Ouvidoria (0800 17 36 83)