Sistemas de Produção
Enxuta
Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
O que é Sistema de Produção Enxuta?
•
Produção “Enxuta” ( do original em inglês, “lean”)
é um termo cunhado no final dos anos 80 pelos
pesquisadores do IMVP (International Motor
Vehicle Program), um programa de pesquisas
ligado ao MIT, para definir um sistema de produção
mais eficiente, flexível, ágil e inovador do que a
produção em massa; um sistema habilitado a
enfrentar um mercado em constante mudança.
2
Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Três Abordagens para a Explicação do Sucesso
Japonês:
•
A abordagem cultural;
•
A abordagem centrada nas relações humanas;
•
A abordagem do ponto de vista do controle da
produção.
•
Os autores ocidentais tendem a apresentar o
modelo através do ponto de vista do controle da
produção em detrimento dos fatores culturais e
relações humanas.
3
Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Mas afinal, existe mesmo um “Modelo” Japonês?
•
“pode-se falar de um modelo, ou trata-se
simplesmente de um conjunto de técnicas e
métodos?”
•
A maioria acredita que o “modelo japones”
apresenta-se como alternativa de organização
industrial aos países ocidentais.
4
Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Analisando o modelo do ponto de vista do
controle da produção
•
Uma abordagem muito difundida: utilização do
“fordismo” como contra-ponto.
•
Daí surgem definições tais como pré-fordismo,
ultra-fordismo, pós-fordismo, neo-fordismo e
outras tantas.
•
O tema ainda está cercado de muita polêmica.
Existe uma grande distância separando-nos de
uma interpretação e definição clara e única do
sistema japonês.
5
Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Modelo Japonês: Continuismo ou Inovação?
•
O modelo japonês não se contrapões ao princípio
de produção em massa, mas sim, à necessidade
de produzir em grandes lotes.
•
Esta idéia de continuidade é reforçada pelas
inúmeras declarações de Ohno, reconhecendo que
o Sistema Toyota de Produção foi constituído,
inspirado em vários aspectos da organização das
fábricas de Ford.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
A Ford como modelo para a Toyota
•
Ohno gosta de se apresentar como um
continuador de Ford, indo além das aplicações
redutoras que os herdeiros e sucessores de Ford
teriam feito, os quais se apegaram muito mais à
letra do que ao espírito das recomendações
fordistas.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Uma mudança fundamental
•
No Sistema Toyota de Produção, o princípio dos
tempos alocados ou impostos, característica da
escola Taylorista, é substituído por tarefas
múltiplas em padrões de tempo e trabalho
flexíveis, definindo o que se pode chamar de
princípio do trabalho em tempos partilhados.
•
Esta deve ser considerada como uma mudança de
tremendo impacto sobre a teoria de gestão da
produção, muito embora os estudos de tempos e
movimentos estejam mais presentes do que
nunca.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
O Modelo Japonês: Um Modelo Híbrido?
•
Cresce o número de adeptos da definição do
sistema de gerenciamento japonês como um
modelo “híbrido”, que alia algumas das velhas
práticas fordistas (estudo de tempos e
movimentos, linhas de montagem, ...) a novas
técnicas (JIT, autonomação, Kanban, ...)
genuinamente japonesas.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Sistema Toyota de Produção Um novo marco na
organização da produção
•
O sucesso do sistema de produção em massa
Fordista inspirou diversas iniciativas em todo o
mundo.
•
A Toyota Motor Company tentou, sem sucesso, por
vários anos desde a sua fundação em 1937,
reproduzir a organização e os resultados obtidos
nas linhas de produção da Ford.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
Alguns Obstáculos Enfrentados
•
Interferência governamental;
•
Discreto mercado doméstico (produção de 25mil
veículos em 1949 – 1008 carros de passeio);
•
Disputas trabalhistas (demissões em massa e
greves);
•
Leis trabalhistas introduzidas pela ocupação
americana;
•
A economia japonesa, devastada pela guerra,
estava ávida por capitais e trocas comerciais. A
compra de tecnologia de produção ocidental era
quase impossível .
•
Ameaça de entrada dos grandes fabricantes
mundiais no mercado japonês e dificuldade de
exportações japonesas.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
A Motivação da Toyota
•
A motivação da Toyota: Alcançar a América em 3
anos (Kiichiro Toyoda, 1945).
•
Nesta época, a produtividade dos trabalhadores na
fábricas americanas era muitas vezes superior a
produtividade japonesa (aprox. 10x).
•
A diferença só poderia ser explicada pelas perdas
do sistema de produção japonês.
•
Deu-se início a um sistemático processo de
perseguição às perdas.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
O sistema de Produção Enxuta
•
Um robusto sistema de gerenciamentoda
produção, benchmark para operações industriais
no mundo inteiro.
•
Resultado de um profundo estudo dos sistemas de
produção que retomou as idéias de Taylor e dos
Gilbreths sobre tempos e movimentos e os
conceitos de Ford.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
A Essência da Produção
•
É um poderoso sistema de gerenciamento da
produção cujo objetivo é o aumento do lucro
através da redução dos custos. Este objetivo, por
sua vez, só pode ser alcançado através da
identificação e eliminação das perdas, isto é,
atividades que não agregam valor ao produto.
•
Perdas: São atividades completamente
desnecessárias que geram custo, não agregam
valor e que, portanto, devem ser imediatamente
eliminadas.
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Ricardo Oliveira
Produção Enxuta
As Sete Perdas Fundamentais
1. Perdas por superprodução (quantidade e
antecipada);
2. Perdas por espera;
3. Perdas por transporte;
4. Perdas no próprio processamento;
5. Perdas por estoque;
6. Perdas por movimentação;
7. Perdas por fabricação de produtos defeituosos.
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Ricardo Oliveira
Características dos sistemas de
produção enxuta: just-in-time










Método de puxar o fluxo de materiais
Qualidade alta e consistente
Lotes de pequeno tamanho
Cargas uniformes das estações de trabalho
Componentes padronizados e métodos
de trabalho
Relações próximas com os fornecedores
Força de trabalho flexível
Fluxos em linha
Produção automatizada
Manutenção preventiva
Ricardo Oliveira
Tamanho do lote e estoque cíclico
Ricardo Oliveira
Tamanho do lote e estoque cíclico
Estoque disponível
100 –
Estoque cíclico
médio
75 –
Tamanho do lote = 100
50 –
25 –
0–
5
10
15
20
25
30
Tempo (horas)
Ricardo Oliveira
Tamanho do lote e estoque cíclico
Estoque disponível
100 –
Estoque cíclico
médio
75 –
Tamanho do lote = 100
50 –
25 –
0–
5
10
15
20
25
30
Tempo (horas)
Ricardo Oliveira
Tamanho do lote e estoque cíclico
Estoque disponível
100 –
Estoque cíclico
médio
75 –
50 –
Tamanho do lote = 100
25 –
Tamanho do lote = 50
0–
5
10
15
20
25
30
Tempo (horas)
Ricardo Oliveira
Tamanho do lote e estoque cíclico
Estoque disponível
100 –
Estoque cíclico
médio
75 –
50 –
Tamanho do lote = 100
25 –
Tamanho do lote = 50
0–
5
10
15
20
25
30
Tempo (horas)
Ricardo Oliveira
Tamanho do lote e estoque cíclico
Estoque disponível
100 –
Estoque cíclico
médio
75 –
50 –
Tamanho do lote = 100
25 –
Tamanho do lote = 50
0–
5
10
15
20
25
30
Tempo (horas)
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Área de
armazenagem
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Cartão kanban
para o produto 2
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Área de
armazenagem
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Cartão kanban
para o produto 2
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Área de
armazenagem
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Cartão kanban
para o produto 2
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Área de
armazenagem
Cartão kanban
para o produto 2
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Área de
armazenagem
Cartão kanban
para o produto 2
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de único cartão
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Cartão kanban
para o produto 2
Área de
armazenagem
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Painel
Cartão kanban
para o produto 1
Área de
armazenagem
Cartão kanban
para o produto 2
Contentores vazios
Linha de montagem 1
O2
Célula de
produção
O3
O1
O2
Linha de montagem 2
Contentores
cheios
Figura 13.3
Ricardo Oliveira
O sistema kanban de um único cartão
Localização:
6
Ala: 5
Caixa 47
Número da peça: 1234567Z
Quant. do lote:
WS 83
da célula de produção (método de puxar
o fluxo de materiais)
Os contentores não podem ser
movimentados sem um kanban
Os contentores devem conter o mesmo
número de peças
Somente peças sem defeito são transferidas
A produção total não deve ultrapassar a
quantidade autorizada
KANBAN


Fornecedor:

WS 116

Cliente:
 Cada caixa precisa ter um cartão
 A linha de montagem sempre retira materiais
Ricardo Oliveira
Sistemas de produção
enxuta em serviços









Alta qualidade consistente
Nível de ocupação uniforme das instalações
Métodos de trabalho padronizados
Relações próximas com os fornecedores
Equipe de trabalho flexível
Automação
Manutenção preventiva
Método de puxar o fluxo de materiais
Fluxos em linha
Ricardo Oliveira
Vantagens operacionais









Reduzem a necessidade de espaço
Diminuem o investimento em estoques
Reduzem os prazos de entrega
Aumentam a produtividade da
mão-de-obra
Aumentam a utilização do equipamento
Reduzem a papelada e requerem sistemas
de planejamento simples
Determinam prioridades válidas para
a programação
Participação da equipe de trabalho
Aumentam a qualidade do produto
Ricardo Oliveira
Questões de implementação
•
•
•
Considerações organizacionais
–
–
–
Custos humanos dos sistemas JIT
Cooperação e confiança
Sistemas de remuneração e
classificação de cargos
Considerações sobre o processo
Estoque e programação
–
–
Preparações de máquinas
Compras e logísticas
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