ÉVORA - ROTEIRO HISTÓRICO Centro Histórico PRAÇA DE GIRALDO. Praça central da cidade histórica. Arcadas, fonte e Igreja de Santo Antão (Séc. XVI). Posto de Turismo. Comércio, serviços e restauração. Rua Cinco de Outubro (artesanato, restauração e alojamento). CATEDRAL DE SANTA MARIA. Edifício monumental românico-gótico (Séculos XIII-XIV). Claustro e Museu de Arte Sacra. LARGO CONDE VILA FLOR. Ruínas do templo romano (Séc. I). Museu de Évora. Biblioteca Pública de Évora. Igreja e Convento do Lóios (Pousada) (séc. XV-XVII). Palácio dos Duques de Cadaval (Séc. XVI). Serviço de trens puxado por cavalos. CASTELO VELHO. Muralha tardo-romana (Cerca Velha). Ermida de S. Miguel. Palácio dos Condes de Basto (particular). Ruas Freiria de Cima e de Baixo. Museu das Carruagens. Solar dos Condes de Portalegre. Cabeceira da Catedral (Séc. XVIII). UNIVERSIDADE ÉVORA/COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO. Igreja do Espírito Santo (Séc. XVI). Claustro dos Gerais e salas de aula (Séc. XVIII). LARGO DA PORTA DE MOURA. Torres da porta tardo-romana. Janela manuelina-mudéjar da Casa de Garcia de Resende (Séc. XVI). Fonte e chafariz (Séc. XVI). Casa Cordovil com mirante mudéjar (Séc. XV-XVI). Rua da Misericórdia. Mirante mudéjar da Casa Soure (Séc. XVI). Igreja do Carmo (séc. XVI - XIII). Comércio, serviços e restauração. PRAÇA DE SERTÓRIO. Edifício da Câmara Municipal de Évora (Séc. XIX). Termas romanas (Séc. II-III). Igreja e Convento do Salvador. Arco de D. Isabel (porta tardo-romana). Artesanato, restauração, alojamento e serviços. IGREJA DA GRAÇA. Fachada renascentista (Séc. XVI). Claustro conventual (particular). Travessa da Caraça. LARGO DE S. FRANCISCO. Igreja real de S. Francisco (Séc. XV-XVI). Claustro gótico. Capela dos Ossos (Séc. XVII). Palácio de D. Manuel (Séc. XVI). Mercado Municipal (Séc. XIX-XX). Centro de Artes Tradicionais (antigo Museu do Artesanato). JARDIM PÚBLICO (Séc. XIX). Palácio de D. Manuel (pavilhão sobrevivente do conjunto monumental do palácio dos reis portugueses) (Séc. XVI). Ruínas Fingidas (Séc. XIX) com elementos arquitectónicos mudéjares (Séc. XVI). Muralha medieval (Séc. XIV). Baluartes seiscentistas. AQUEDUTO DA ÁGUA DA PRATA (Séc. XVI). Troço monumental da época de D. João III (153337). Rua do Cano, Porta Nova, Rua do Salvador e Rua Nova. Fontes e chafarizes da Praça de Giraldo, Largo da Porta de Moura, Largo de Avis e Rossio de S. Brás. Caixa de Água renascentista na Rua Nova. PERCURSOS URBANOS. JUDIARIA: Rua dos Mercadores, Rua da Moeda e Travessa do Barão. MOURARIA: Rua da Mouraria, Igreja de S. Mamede, Rua das Alcaçarias. PRAÇA JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR:Teatro Municipal Garcia de Resende. MURALHAS MEDIEVAIS: Porta do Raimundo, Porta de Alconchel e Porta da Lagoa. Igreja e Convento dos Remédios, sala de exposições periódicas. Ao longo do percurso: comércio, serviços, restauração e alojamento. ÉVORA ESPAÇO RURAL RECINTO MEGALÍTICO DOS ALMENDRES. Maior conjunto de menires estruturados da península Ibérica e monumento megalítico europeu mais antigo (V milénio a. C.). Cerca de 13 Km a Oeste de Évora. PERCURSOS AMBIENTAIS: Percurso Ambiental de Montemuro, Ecopista e Aqueduto da Água da Prata. Veja mais em http://www.evora.net/percursos ÉVORA MEGALÍTICA ÉVORA: CAPITAL DO MEGALITISMO IBÉRICO Os arredores de Évora, e sobretudo o território a Oeste da cidade, constituem, em termos peninsulares, a paisagem megalítica mais diversificada e monumental. A quantidade e as dimensões dos monumentos megalíticos de Évora relacionam-se, antes de mais, com a posição privilegiada deste território, em termos de transitabilidade natural: de facto, nos arredores da cidade, encontramos o único ponto em que as bacias hidrográficas dos três maiores rios do Sul - o Tejo, o Sado e o Guadiana - se tocam. O papel estruturante, nas redes viárias primitivas, desempenhado pelos cursos de água e pelos festos - as linhas divisórias das bacias hidrográficas - foi certamente determinante na excepcionalidade do megalitismo eborense. Por outro lado, se considerarmos o megalitismo como um fenómeno enraizado nas práticas culturais das últimas comunidades de caçadores-recolectores, em face de profundas transformações, vindas do Mediterrâneo oriental, juntamente com o modo de vida agro-pastoril, o carácter específico da área de Évora parece ser uma consequência das dinâmicas dessas comunidades que tiveram, nos estuários do Tejo e do Sado, tal como na Bretanha, dois dos núcleos mais importantes da fachada atlântica europeia. Os monumentos/sítios, propostos neste Roteiro, não estão isolados. Só no distrito de Évora, conhecemse, actualmente, mais de uma dezena de recintos megalíticos, quase uma centena de menires isolados (ou associados em pequenos grupos), perto de oitocentas antas e cerca de quatrocentos e cinquenta povoados "megalíticos". Existem ainda alguns raros exemplares de monumentos aparentados, os tholoi, e, na área da Barragem do Alqueva, foi recentemente descoberto um extraordinário santuário de arte rupestre, actualmente submerso. Conhecem-se igualmente cerca de uma centena de pedras com covinhas, monumentos misteriosos certamente relacionados com o megalitismo; com efeito, as covinhas surgem, frequentemente, gravadas nos próprios monumentos megalíticos. 2000 anos antes de Stonehenge: o recinto megalítico dos Almendres As pedras solitárias: o menir do Monte dos Almendres O maior monumento megalítico da Península Ibérica e um dos mais antigos monumentos da Humanidade. Foi construído há cerca de 7000 anos, nos alvores do Neolítico, a época em que surgiram, na Europa ocidental, as primeiras comunidades de pastores e agricultores, no contexto de profundas transformações culturais. O recinto dos Almendres cuja planta original era, muito provavelmente, em forma de ferradura, aberta a nascente, parece ter sofrido acrescentos e remodelações: a forma actual do monumento, relativamente complexa, resulta, por um lado, dessas intervenções antigas e, por outro, de amputações e perturbações muito recentes. Actualmente, conta com cerca de uma centena de monólito, alguns deles decorados. Como na maioria das regiões megalíticas europeias, existe, na região, um número elevado de menires isolados, alguns deles em aparente articulação espacial com os recintos e genericamente contemporâneos. A escolha dos lugares em que estes monumentos foram erigidos, teve seguramente em conta a estrutura física da paisagem, nomeadamente a rede hidrográfica, mas também os fenómenos astronómicos mais notórios, relacionados com os movimentos anuais do Sol e da Lua, no horizonte. Nos arredores de Évora, numa área restrita, a Oeste da cidade, localizam-se outros dois recintos do mesmo tipo - Portela de Mogos e Vale Maria do Meio. Este conjunto constitui a maior concentração de menires da Península, demonstrando o papel especial que esta região desempenhou na génese do megalitismo europeu. O menir do Monte dos Almendres é um exemplar de forma ovóide alongada, característica dos menires da área de Évora e exibe um báculo, gravado em baixo-relevo, na parte superior. O báculo é o tema mais frequente nos menires alentejanos (e igualmente muito bem representado, nos menires bretões); trata-se de um tema que evoca certamente a economia neolítica, em que a pastorícia desempenhou um papel central; reflecte igualmente os fundamentos da ideologia neolítica, em que o domínio da natureza, a domesticação de animais e plantas, constituiu um dos temas dominantes. Alguns dos menires foram decorados com motivos que reforçam, de um modo geral, o respectivo carácter antropomórfico: estamos, na verdade, perante as primeiras estátuas representações tridimensionais e em grande escala, da figura humana. O nascimento da estatuária. A localização do monumento relaciona-se claramente com a do recinto dos Almendres, uma vez que corresponde a uma direcção astronómica elementar: o menir, visto a partir do recinto, indica a posição do nascer do Sol, no dia maior do ano, o dia do Solstício de Verão. A catedral megalítica: anta Grande do Zambujeiro As antas são monumentos funerários colectivos que correspondem, de uma forma geral, a uma segunda fase do megalitismo regional; foram construídas, na sua maioria, nos finais do Neolítico, há menos de seis mil anos. Os monumentos megalíticos funerários mais antigos eram formalmente semelhantes, embora de pequenas dimensões e sem corredor, correspondendo geralmente a enterramentos individuais. A Anta Grande do Zambujeiro é, provavelmente, a mais alta do mundo, com grandes esteios de granito que atingem cerca de 6 m de altura. A estrutura pétrea do monumento é constituída por uma câmara definida por sete esteios (mais uma pedra de fecho, por cima da entrada da câmara) e um corredor longo. O conjunto era coberto com tampas monolíticas; a laje de cobertura da câmara jaz actualmente sobre a mamoa, no lado poente. O monumento conserva ainda uma boa parte da mamoa, o montículo de terra e pedras que cobria e ocultava originalmente, pelo exterior, a estrutura pétrea. Na periferia da mamoa, foi construído um anel de contenção, com esteios fincados. O estado actual do monumento, relativamente periclitante, resultou de uma intervenção antiga que, por ter retirado parte da mamoa, reduziu drasticamente a estabilidade do conjunto; foi, por isso, necessário, construir uma cobertura provisória e estabilizar alguns pontos mais sensíveis da estrutura, enquanto não é possível As origens pré-históricas da cidade de Évora: o povoado do Alto de S. Bento O Alto de S. Bento é o grande miradouro natural sobre a cidade, a nascente, e sobre uma das paisagens melhor conservadas dos arredores de Évora, a poente. Em todo o cimo do cabeço, têm sido recolhidas, desde o século XIX, evidências de um povoado pré-histórico, cuja fase mais antiga remonta aos inícios do Neolítico regional (há cerca de 7000 anos) e cuja ocupação se prolongou, pelo menos, até aos inícios do Calcolítico (há cerca de 5000 anos). Trata-se de um verdadeiro povoado "megalítico", no sentido em que foi ocupado durante todo o período em que, na região, foram construídos os menires e as antas, e também porque, originalmente, no local, existiam, muito provavelmente, grandes afloramentos graníticos, entretanto muito reduzidos pela exploração de pedreiras. Na verdade, conhecem-se hoje, no Alentejo Central, inúmeros locais de povoamento dessas épocas, em que a característica mais notória é, precisamente, a presença de grandes rochedos graníticos que evocam, naturalmente, os verdadeiros monumentos megalíticos. No caso do Alto de S. Bento podemos, com propriedade, falar nas origens mais antigas da cidade de Évora. Na verdade, o povoado expandiu-se, sobretudo a partir dos finais do Neolítico, para áreas limítrofes, com destaque para o povoado de S. Caetano, a Sudoeste, e da Quinta do Chantre, a Nascente; se considerarmos, no seu conjunto, os vários uma recuperação mais definitiva do monumento. Para além da anta propriamente dita, existem, junto ao monumento, dois enigmáticos blocos graníticos, de grandes dimensões; um deles, de forma paralelepipédica, à entrada do corredor, e outro, nas imediações, com a face exposta crivada de covinhas. núcleos conhecidos, estamos, sem dúvida, perante o maior povoado pré-histórico conhecido no concelho, e um dos maiores da região. ÉVORA MONUMENTAL 1. PORTA DE D. ISABEL A Porta de D. Isabel fazia parte da muralha tardo romana, hoje conhecida por Cerca Velha. Esta porta, constituída por um arco perfeito de cantaria é a única sobrevivente em todo o recinto amuralhado da Cerca Velha. Marca a passagem da principal rua da cidade romana na direcção esteoeste - o Cardo Máximo -, da qual resta um troço de calçada bem conservado, sob o arco. A muralha tardo romana, na qual esta Porta se insere, tinha cerca de 1.200m de extensão, e abrangia uma área de cerca 10ha. Estava protegida por fortes torres de cantaria, das quais ainda subsistem algumas, como as que defendiam as portas das Rua da Selaria (actual Rua 5 de Outubro) e da Porta de Moura. O seu nome remonta ao séc. XVII, já que na Idade Média era conhecida pela Porta do Talho do Mouro. De facto, o arrabalde da Mouraria nova, era ali a dois passos. 2. TERMAS ROMANAS Em 1987, na sequência de obras nos Paços do Concelho, descobriram-se as termas romanas da cidade. O complexo até agora estudado tem cerca de 300m2, orientando-se no sentido sul/norte e obedecendo aos cânones vitruvianos. Os espaços já conhecidos constam de: Laconicum - Sala circular de 9m de diâmetro, destinada a banhos quentes e de vapor. No centro encontra-se um tanque circular de 5m de diâmetro, embutido no solo, com três degraus. O fundo do tanque é de opus signinum (argamassa feita de cal hidráulica, areia e tijolo míudo) e possui uma profundidade de 1.30 m. O laconicum está rodeado do seu sistema de aquecimento. Praefurnium - Espaço visitável ao lado direito, que contém a fornalha, serviria de sistema central de aquecimento das salas adjacentes. Daqui o Laconicum era aquecido mediante combustão de madeira. Natatio - Piscina rectangular de ar livre, rodeada de pórticos, com uma largura de 14.40 m e comprimento de 43.20 m. No lado leste da piscina eram lançadas as águas das termas, segundo se crê trazidas por aqueduto próprio que teria sido o antecessor do aqueduto de Água de Prata. Esta área não é visitável. 3. TEMPLO ROMANO O templo fazia parte integrante do fórum de que se conhece a praça lajeada a mármore e uma estrutura porticada envolvente, onde provavelmente estariam lojas (tabernae). Foi este templo edificado em meados do século I, consagrando-se provavelmente ao culto imperial. Possuía uma planta rectangular do tipo hexastilo-períptero, medindo 24.60 m por 14.19 m, assentando num podium de 4 m de altura. Na sua construção foi usado granito local, bem como mármore de Estremoz nos capitéis coríntios e na base. Um espelho de água em forma de U circundava-o. A história do Templo confunde-se com a história de Évora. Na Idade Média foi utilizado como "açougue das carnes" (talho), sendo aí o principal ponto a retalho de venda de carne da cidade. Em 1870, decidiu-se repor a traça original disponível. Assim, e sob a orientação do italiano G. Cinatti, foi restaurado como hoje se exibe, ainda que sem cela, arquitrave, friso e muitas das suas colunas. Nesse processo colaboraram muitos nomes ilustres do tempo, entre eles Alexandre Herculano. Em ex-líbris da cidade se tornou, ainda que nunca tivesse sido consagrado à deusa Diana, como popularmente se afirma. 4. CATEDRAL DE ÉVORA A catedral de Évora, consagrada a Santa Maria, foi edificada entre 1283 e 1308, num período já de afirmação do gótico, mas onde ainda se assiste à permanência da linguagem decorativa românica. A catedral foi construída em terreno difícil, de forte inclinação, onde o engenho de arquitectos e o saber dos canteiros foi duramente posto à prova. A Catedral tem três naves. Na central, podemos ver a imagem medieval da Nossa Senhora do Ó; defronte, o Anjo da Anunciação, obra posterior do flamengo Olivier de Gand. Se aí pararmos poderemos ver, em cima à direita, entre os arcos do trifório, um busto. É o arquitecto da catedral, que assim posa para a posteridade; as iniciais que exibe (C. E.), definem-no: Constructor Edit. Estilos vários e épocas diversas caracterizam a catedral, dando-lhe todavia uma unidade particular. O claustro gótico é da primeira metade do século XIV. Aí está sepultado o bispo fundador - D. Pedro -; aí funcionou o primeiro concilium (concelho) da cidade, de que resta memória na pedra de armas mais antiga da cidade. O arco da capela do Esporão é a primeira manifestação do Renascimento em Évora; a capela-mor é barroca (substituiu a abside gótica em 1717), obra de D. João V, com mármores alentejanos engalanando-a; já o cadeiral do coro é quinhentista, com desenhos flamengos. Saliente-se ainda o museu de Arte Sacra, com rico espólio. Aqui também funcionou a Escola Polifónica da Sé de Évora, que, sobretudo em Quinhentos, teve grande projecção, sob a protecção do Cardeal-Rei D. Henrique. No portal, por entre marcas de canteiros medievais que na pedra deixaram a sua memória, salientam-se o apostolado, obra de grande sensibilidade artística, reflectindo no mármore a visão medieva da palavra divina, transmitida sob a forma de recado, de conselho, de aviso. 5. PRAÇA DE GIRALDO A meio do percurso deste roteiro, eis que o visitante chega à Praça Grande, a actual Praça do Giraldo, herdeira do "chão" onde se fez a primeira feira franca eborense, ainda em tempo de D. Dinis. Era a confluência de percursos urbanos polarizados pelos mosteiros mendicantes de S. Francisco e S. Domingos. Rompida a Cerca Velha, Évora crescia rumo à muralha fernandina do séc. XIV. Aqui estava o centro político e o centro religioso: de um lado os paços do concelho, do outro a igreja de Stº. Antão, que iniciou o estilo "chão" alentejano, e que foi erguida sobre a primitiva igreja gótica de Antoninho. Espaço também de quotidianos. Nas arcadas a toda a volta se fazia (e faz) o comércio. Aqui se fizeram autos-de-fé, torneios, justas e touradas. Aqui estava o pelourinho e a Casa de Ver o Peso; aqui ficavam os antigos Estáus da Coroa, que ocupavam o quarteirão entre a antiga Rua da Cadeia e a Rua do Raimundo. Aqui está a fonte henriquina, construída sobre um antigo chafariz incluso num pórtico, e onde terminava a água trazida ao longo de 18km, desde as fontes da Prata. 6. IGREJA REAL DE S. FRANCISCO Com o triunfo da dinastia de Avis, em 1385, com a chegada das riquezas do Oriente, Évora assumese cada vez mais como centro político e vila cortesã. Muitos foram os reis que aqui passaram, tornando-se cidade preferida de monarcas. Aqui começaram a surgir edificações que a enobrecem. A igreja conventual e palatina de S. Francisco, edificada por D. João II e concluída no reinado de D. Manuel I, foi construída sobre uma primitiva igreja gótica do século XIII. A fachada destaca-se pela volumetria dos coroamentos, constituídos por coruchés cónicos, por gárgulas de cariz zoomórfico, por ameias chanfradas e por um pórtico onde se exibem os emblemas régios dos dois monarcas seus mecenas. Exemplar notável do tardo-gótico alentejano, a igreja tem uma só nave (uma das maiores de Portugal), ladeada por capelas comunicantes. Na abóbada ogival estão de novo patentes os símbolos que a ligam à expansão e aos seus fundadores: a Cruz de Cristo, o pelicano de D. João II, a esfera armilar de D. Manuel I. À direita do altar-mor, as janelas serviam para que os reis assistissem à missa, vendo assim o padre de frente, numa época em que o sacerdote oficiava sempre de costas para os fiéis. 7. IGREJA E CONVENTO DA GRAÇA Em plena expansão portuguesa, as ambições imperiais gravaram-se nas pedras da Igreja da Graça. Edificada em formas clássicas tão ao gosto do Renascimento, a Igreja foi feita talvez para servir de túmulo ao seu mentor: D. João III. O arquitecto foi Miguel de Arruda. Também aqui trabalhou Nicolau de Chanterene, o mais notável escultor francês que entre nós, no século XVI, desenvolveu a sua arte; são da sua autoria, além da fachada da igreja e janelas da capela-mor, os túmulos dos patronos - D. Francisco de Portugal e esposa - hoje expostos no Museu de Évora. É uma das mais significativas obras do nosso Renascimento, para o que contribuiu a cultura humanista de D. João III. Ele mesmo mandou gravar na fachada um título de pendor romano: "Pai da Pátria". No pórtico, em cima, temos então as marcas do sonho do Império: os "quatro meninos da Graça", as estátuas dos gigantes (ou atlantes) que carregam as quatro partes do mundo onde os portugueses aportaram. 8. LARGO DA PORTA DA MOURA Em pleno Renascimento, Évora cobre-se de monumentos. Grandiosos uns, mais utilitários outros, mas todos dignos de realce. Como a fonte renascentista de 1556, obra de Diogo de Torralva, mandada erigir pelo maior mecenas da cidade, o Cardeal-Rei D. Henrique. O seu chafariz era um dos principais pontos de abastecimento de água na cidade antiga. Esta fonte foi construída com donativos públicos dos vizinhos do largo; um dos que participou foi o mais afamado tipógrafo da cidade, André de Burgos. Outros motivos de interesse tem este Largo da Porta da Moura. Defronte da fonte, a casa Cordovil, com o seu mirante em manuelino-mudejar, mescla do estilo próprio da expansão (o manuelino), com o estilo de inspiração mourisca (o mudéjar). Entre as torres que guardam a antiga Porta de Moura, situa-se a janela manuelina chamada de Garcia de Resende, poeta e cronista eborense do Renascimento português, e autor do Cancioneiro Geral, (compilação de toda a tradição poética portuguesa do século XV e XVI). 9. UNIVERSIDADE DE ÉVORA / COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO Em 1551, com o patrocínio do Cardeal-Rei D. Henrique, foi instituída a Universidade de Évora, sob orientação jesuíta. Sete anos mais tarde, o papa Paulo IV, deu-lhe concede-lhe a necessária bula. Aqui se leccionavam os cursos de Teologia, Filosofia, Matemática e Retórica. Cedo a universidade eborense se assumiu como um bastião do saber, apesar do controle inquisitorial. As suas instalações, de raiz, eram consideradas modelares, melhores de resto que as da sua congénere coimbrã. No seu conjunto monumental salientam-se o Claustro dos Gerais com dupla galeria de ordem toscana; a Sala dos Actos, em estilo barroco; os azulejos historiados com alusões a autores clássicos (Platão, Virgílio, Aristóteles, Arquimedes); a igreja maneirista do Espírito Santo (séc. XVI); a capela seiscentista de Nossa Sª. da Conceição; a antiga livraria. Numa galeria do andar cimeiro, uma estátua do historiador eborense Túlio Espanca - autodidacta aqui sagrado Doutor Honoris Causa - vela por este templo do saber. Extinta no século XVIII (1759), a Universidade retornou à cidade em 1979. 10. PORTA DO MOINHO DE VENTO O fim deste percurso não é isento de simbolismo. Aqui, na Porta do Moinho de Vento, chegámos ao local onde as cercas se tocam: a velha e a nova, isto é, onde muralha nova medieval se encontra com a velha muralha romana. Na verdade, a poucos metros, à esquerda, temos a Porta de D. Isabel, onde começámos esta viagem pelo tempo e pela História de Évora. Para trás deixámos a soberba vista do Palácio dos Condes de Basto, obra quinhentista edificada sobre o antigo castelo da cidade (Alcáçova Velha); para trás deixámos o troço de muralha romana onde assentam a actual pousada e a Igreja dos Lóios. O topónimo "Porta do "Moinho de Vento", remonta ao séc. XIII, mas o local certo levantou dúvidas durante muito tempo. Este topónimo referiu-se, até ao século XV, a uma outra porta já desaparecida, passando, depois, a designar a actual. Aqui nasce a cerca fernandina (a "cerca nova"), que se estende por 3 km, e onde originalmente se abriam 10 portas. Neste local, reencontram-se as idades Évora. O ciclo fecha-se. Ou volta a abrir-se, na cidade Património da Humanidade. ÉVORA MONUMENTAL PARA CRIANÇAS INTRODUÇÃO Estamos à vossa espera. Vamos gostar de vos receber nesta cidade antiga que um dia, há muito tempo, se chamou Ebora Liberalitas Iulia. Hoje chama-se Évora. Se quiserem acompanhar-nos neste roteiro, vão ver antigas ruas, antigos palácios, antigos monumentos que falam da nossa História. Assim, estamos a convidar-vos para uma viagem no tempo. Uma viagem a outros épocas, em que pessoas como vocês aqui trabalharam, aqui viveram, aqui construíram as casas onde moravam e os monumentos de que se orgulhavam. Romanos, árabes e portugueses fizeram desta cidade o que ela é hoje. Assim, vamos convidá-los a acompanharem 1500 anos da História de Évora. E estamos convencidos de que vão gostar… Período Romano PORTA DE D. ISABEL Nestas coisas o melhor é começar pelo princípio. Vamos passar então por esta velha porta onde vocês agora estão. Chama-se Porta de D. Isabel, mas esse nome só foi dado há 400 anos, pois antes chamavase “Porta do Talho do Mouro”. Esta porta é mais antiga. Foi construída pelos romanos há cerca 1800 anos. Era uma das principais portas da cidade, e situa-se nas muralhas que os romanos construíram para proteger Évora: a Cerca Velha. Havia, nessa muralha, quatro portas, de que hoje só resta esta. Diga-se que a muralha romana, construída no século III, era grande, para aquele tempo. Tinha cerca de 1200 metros de extensão, e tinha ainda várias torres para defesa. Por vezes, a muralha não resistia a ataques mais fortes. A meio do século XII, tropas árabes venceram a resistência destes muros, e invadiram a cidade. Porém, Évora recompôs-se. Observem agora o resto de empedrado logo após a entrada. Era uma estrada romana. Quantas pessoas terão pisado estas pedras e passado por baixo desta porta? TERMAS ROMANAS As cidades onde os romanos moravam tinham vários serviços para garantir a higiene, a limpeza e o conforto dos seus habitantes. Por isso os romanos se preocuparam tanto com o abastecimento de água. Construíam aquedutos para levar a água e tinham termas onde os cidadãos podiam tomar banho, conversar, conviver. As termas que aqui estão são a prova dessa preocupação com a higiene. Em latim designavam-se “Therma”, daí provindo a palavra portuguesa “Termas”. Em 1987 os trabalhadores que faziam obras neste edifício - que é a Câmara Municipal (Paços do Concelho) - descobriram alguns vestígios antigos. Após vários estudos, os investigadores concluíram que se tratava das termas romanas. Com o passar dos anos, mais estudos e escavações foram sendo feitos, até se pôr a descoberto o que está presente. Mas como eram estas termas? As termas tinham vários espaços diferentes sempre organizados em 3 áreas diferentes: quente, tépida e fria. Os romanos tomavam os seus banhos quentes nesta sala circular a que chamavam Laconicum. O espaço ao lado era o Praefurnium. Aqui estava a fornalha que aquecia todos as outras salas. O terceiro espaço chamava-se Natatio, constituído por uma piscina rectangular de ar livre. Esta é uma área que não pode ser visitada. Nestas termas os romanos, além de se banharem, conviviam, conversavam, negociavam. Era por isso um local de higiene e convívio. TEMPLO ROMANO O centro da cidade romana, o seu espaço mais importante, chamava-se Forum. Era aí que os romanos tinham o seu principal templo, bem como os locais onde se exercia a administração e justiça. Este é o lugar mais alto da Ebora Liberalitas Iulia, como lhe chamavam os romanos. Vejamos então este templo que aqui temos perante nós. Durante muitos anos foi chamado de “Templo de Diana”, pois dizia-se que era dedicado à deusa romana da caça, Diana. Pensa-se hoje, todavia, que este templo foi construído há quase dois mil anos para servir de culto ao imperador. Recorde-se que os romanos, nessa época, adoravam vários deuses e também prestavam culto aos seus imperadores. Este templo estava rodeado de lojas e o chão da praça era de mármore. Envolvendo o templo romano, havia um bonito espelho de água. Claro que o templo que aqui vemos, mais não é que as ruínas do que os romanos construíram no século I, e os vestígios do pequeno lago em forma U que o rodeava estão enterrados debaixo da calçada. Ao longo dos tempos, este templo serviu de torre militar e até de talho. Em 1870, os eborenses decidiram limpar o templo de tudo o que não lhe pertencesse de origem. Fizeram-se obras, e surgiu então o que aqui vemos, sendo hoje o monumento mais conhecido da cidade de Évora. A Idade Média A CATEDRAL DE ÉVORA Quando o Império Romano desapareceu, há cerca de 1600 anos, os povos “bárbaros” ocuparam grande parte da Europa. Na Península Ibérica foram os Visigodos que se instalaram. O seu reinado durou quase trezentos anos. No século VIII, vieram os Árabes e, no século XII, formou-se o reino de Portugal. Évora foi conquistada por Giraldo Sem Pavor, e entregue ao nosso primeiro rei. D. Afonso Henriques. Assim se tornou-se uma cidade cristã. Ora o monumento principal e central de uma cidade cristã, nessa época, era a catedral. A catedral de Évora foi construída entre 1283 e 1308. Se pensarmos que naquele tempo todo o trabalho era feito sobretudo à força de braços, podemos dizer que esta catedral foi construída em relativamente pouco tempo. No exterior Observem as estátuas dos homens que enfeitam o portal. Quem são? São os apóstolos. Com livros sagrados nas mãos, recebem quem entra. E na base de cada apóstolo pequenas esculturas contam histórias. Naquele tempo, a grande maioria das pessoas não sabia ler. Por isso a Igreja educava a população mandando esculpir histórias nas pedras dos templos, como se fossem lições. No interior da igreja, em cima, à direita, entre os pequenos arcos, podemos observar uma estátua. É um busto do arquitecto da catedral, que exibe duas letras, C E. O que significam? São as iniciais da expressão latina Constructor Edit, isto é “o Construtor que Fez”. A catedral de Évora tem vários estilos e muitos espaços, sinal de muitas obras ao longo dos tempos. Podes visitar o “Tesouro da Sé” que contém pinturas e jóias em prata e ouro, e o claustro, onde está sepultado o bispo fundador, D. Pedro. PRAÇA DE GIRALDO Ao longo da Idade Média, Évora cresce. A muralha romana já não protege toda a cidade. Torna-se necessário construir uma nova muralha que defenda os novos bairros (arrabaldes). A nova muralha será construída no tempo do rei D. Fernando, no século XIV. É nesta época que surge a Praça de Giraldo. Inicialmente aqui se fazia a primeira feira da cidade, ainda no tempo do rei D. Dinis (fim do século XIII, principio do século XIV). Com o passar dos anos, a Praça de Giraldo tornar-se-á na praça principal da cidade, conhecida então por Praça Grande. De um lado situavam-se os Paços do Concelho (Câmara Municipal), do outro lado, a igreja de Stª. Antão. Aqui havia o pelourinho, a “Casa de Ver o Peso” (instituição que verificava se os pesos e medidas não eram falsificados), os Estáus da Coroa (estalagem real) e a fonte. A toda a volta, as lojas serviam os habitantes. Esta praça assistiu a muitos acontecimentos da História de Évora. Foi aqui que se fizeram festas, torneios de cavaleiros - as justas - e touradas; e foi aqui que se fizeram os tristemente célebres autos-de-fé. Ainda hoje, esta praça é a principal Praça da cidade de Évora. Como o era há vários séculos, quando a cidade começou a crescer. No fim da Idade Média IGREJA REAL DE S. FRANCISCO A igreja e de S. Francisco, foi construída há cerca de 500 anos no local onde antes havia uma pequena igreja gótica. Nessa altura, o nosso país estava lançado nos Descobrimentos. Por isso podemos ver à entrada da igreja um dos símbolos da nossa expansão, a esfera armilar (emblema do rei D. Manuel I). Como igreja real, era aqui que os reis portugueses e a sua família assistiam à missa quando estavam em Évora. Para isso existem duas janelinhas à direita do altar. Mas onde ficavam os reis quando vinham a Évora? Ora ao lado desta igreja, na zona do claustro foi construído um palácio real: os Paços Reais. Durante muitos anos os reis portugueses aqui passaram largas temporadas, e aqui se fizeram importantes cerimónias. Como, em 1490, o casamento entre o príncipe Afonso, filho de D. João II e uma princesa espanhola, celebrado num pavilhão de madeira em frente à igreja. Poucos anos depois, Vasco da Gama terá recebido aqui o cargo de comandante da frota que descobriu o caminho marítimo para a Índia. Foi ainda nestes paços que Gil Vicente apresentou algumas das suas peças de teatro - os autos -, que estão na origem do teatro em Portugal. O Renascimento IGREJA E CONVENTO DA GRAÇA Continuemos o nosso caminho pela História e Património de Évora. Continuemos a ver os locais preferidos dos nossos reis, quando aqui ficavam. Em 1540, o rei D. João III ordenou ao arquitecto Miguel de Arruda que construísse esta igreja. Aqui também trabalhou o célebre escultor francês Nicolau de Chanterene. Assim se fez. A Igreja foi feita num estilo novo para a época, dedicando-se a Nossa Senhora da Graça. Hoje é considerada é um dos mais importantes monumentos do Renascimento em Portugal. Mas reparem nas quatro estátuas que estão logo acima da porta. Chamam-se os “meninos da Graça” e carregam às costas as “quatro partes do mundo” onde os portugueses chegaram. De resto, orgulhoso pelo império português, o rei D. João III mandou escrever na fachada o título de “Pai da Pátria”, à imitação dos antigos romanos. LARGO DA PORTA DA MOURA Mas não pensem que em Évora só há palácios e igrejas. Por toda a cidade há outros monumentos que nos foram deixados e que ajudavam as pessoas no seu dia-a-dia. Como aqui, no largo da Porta da Moura, onde podemos ver esta bonita fonte de 1556. Num tempo em que a água pública era escassa, fontes como esta eram muito importantes para as populações. Esta fonte de forma esférica foi mandada erguer pelo cardeal e futuro rei D. Henrique, e foi construída pelo arquitecto Diogo de Torralva, com donativos dos vizinhos do largo. Agora olhemos em torno. Casas e pequenos palacetes rodeiam este largo, como a casa Cordovil com o seu belo mirante. Ao lado, temos a casa de foi de um célebre estudioso do século XVIII, Severim de Faria. Aí funcionou uma academia, onde grupos de amigos falavam de História e Literatura. E entre as torres que guardam a antiga Porta da Moura, vemos uma janela num estilo artístico tipicamente português, o “manuelino”. Chama-se “Janela de Garcia de Resende”, como homenagem ao célebre poeta português do século XVI, que em Évora nasceu e viveu, e que foi o autor do „Cancioneiro Geral‟, livro onde se reúne poesia portuguesa dos séculos XV e XVI. UNIVERSIDADE DE ÉVORA / COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO Durante muitos séculos, os jovens estudavam em escolas que pertenciam à Igreja. Se quizessem depois continuar estudos, podiam ir para a Universidade. Em Portugal só existiam duas: a de Coimbra e a de Évora. A Universidade de Évora, onde agora estamos, foi construída em 1551, por ordem do cardeal D. Henrique, futuro rei de Portugal (1578-80). Mas o que é que se estudava nesta universidade? Os jovens estudantes podiam aqui frequentar cursos de Filosofia, Matemática, Teologia (estudos religiosos) e Retórica (artes ligadas à linguagem. A Universidade de Évora aqui se manteve durante cerca de 200 anos, sendo depois extinta. Só em 1979 é que regressou a Évora, onde ainda hoje se mantém usando estas e outras instalações. PORTA DO MOINHO DE VENTO Estamos perto do fim do nosso percurso. Estamos na chamada porta do Moinho de Vento cujo nome tem cerca de 800 anos. Sabemos que por aqui perto existia um moinho de vento, que deu o nome a uma outra porta. Com o passar do tempo essa „antiga porta‟ desapareceu, e o nome foi dado a esta porta onde agora nós estamos. Não foi por acaso que se escolheu este local para terminar a nossa viagem pela História de Évora. Lembram-se por onde começámos? Foi aqui perto, na Porta do Arco de D. Isabel, ali à frente, uns metros à esquerda. Ora sucede que é neste local que se cruzam as duas portas das velhas muralhas: a Porta de D. Isabel, da muralha romana (a Cerca Velha); a Porta do Moinho de Vento, da muralha construída pelo rei D. Fernando no século XIV . Esta nova muralha - a Cerca Nova- tinha 3 km de extensão, e possuía 10 portas. Neste ponto de encontro, a nossa viagem chega ao fim. Uma viagem ao passado de Évora, ao passado de Portugal. Évora, cidade Património da Humanidade, não se despede dos seus amigos. Apenas lhes diz: “Até breve.” ÉVORA – A VISITAR Aqueduto da Água de Prata. Arco Romano de D. Isabel. Capela dos Ossos. Casa de Garcia de Resende. Casa Vasco da Gama (Casas Pintadas). Castelo de Giraldo. Igreja da Cartuxa; Igreja da Graça; Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro; Igreja de S. Manços; Igreja de São Francisco; Igreja dos Lóios. Catedral de Santa Maria (Sé de Évora). Centro Histórico (Património da Humanidade): conjunto urbano (ruas, fonte e praças). Paços de Évora (restos) do Palácio D. Manuel. Ruínas romanas da Casa de Burgos. Templo Romano. Termas Romanas dos Paços do Concelho. Muralhas de Évora -Cerca Medieval ou Cerca Nova. Muralhas de Évora - Cerca Romana e Árabe ou Cerca Velha. Palácio de D. Manuel. Sé de Évora. Templo romano. Torre pentagonal. Torre quadrangular. Azulejos da Igreja de São Tiago. Convento de Santa Clara. Convento dos Lóios, ou de São João Evangelista. No concelho: Cromeleque e menir dos Almendres. Anta do Barrocal Anta Grande do Zambujeiro de Valverde Ermida de S. Brás. Graça do Divor - Conjunto urbano. Igreja da Graça. Nossa senhora de Machede - Castelo de Valongo. Termas da vila romana da Tourega. ALGUNS RESTAURANTES EM ÉVORA Cerca Nova Travessa da Palmeira, 4 Évora Telefone: (+351) 266 739 300 E-mail:[email protected] www.hoteldacartuxa.com Pratos: Criativa, Internacional, Vegetariana Fialho Travessa das Mascarenhas, 16 Évora Telefone: (+351) 266 703 079 Pratos: Poejada de bacalhau, ensopado de borrego, carne de porco com amêijoas, pézinhos de coentrada e arroz de Lebre. Cozinha de Santo Humberto Rua da Moeda, 39 Évora Telefone: (+351) 266 704 251 Pratos: Sopa de peixe à alentejana. Sopa de cação. Sopa de cherne. Poejada de bacalhau. Carne de porco com ameijoas. Migas de carne de porco. Ensopado de borrego. Carne de alguidar. Arroz de pato no forno. Pézinhos de coentrada. Chispe assado no forno. Perdiz à Convento da Cartuxa. Doces conventuais. Luar de Janeiro Travessa de Janeiro, 13 Évora Telefone: (+351) 266 749 114 Pratos: Cabeça de xara, sopa de cação, pézinhos de coentrada, arroz de lebre, perdiz em repolho e sargalheta de batata com bacalhau. O Aqueduto Rua do Cano, 13-A Évora Telefone: (+351) 266 706 373 Pratos: sopa de cação, tornedó no barro à antiga, migas com carne de porco, feijoada de lebre. O Grémio Rua da Álcarcova de Cima, 10 Évora Telefone: (+351) 266 742 931 Pratos: cogumelos assados com gambas. Espargos salteados. Sopa de cação. Sopa de peixe com hortelã da ribeira. Chispe assado no forno. Entrecosto com vinho tinto e mel. Poejada de borrego. Ensopado de borrego. Borrego assado no forno. Coelho estufado. Perdiz estufada. Ensopado de lebre com feijão. Empada de lebre. O Lampião Rua Mercadores, 72 Évora Telefone: (+351) 266 706 495 O Moinho Rua de Santo André, 2-A Bairro Nossa Senhora do Carmo Évora Telefone: (+351) 266 771 600 Pratos: Cabeça de porco com feijão branco. Sopa de cação. Sopa de tomate. Gaspacho. Sopa de beldroegas. Sopa da panela. Açorda de bacalhau. Cação com ameijoas. Lombinhos de porco. Costeletas de borrego grelhadas. Borrego assado no forno. Migas com carne de porco. Pousada dos Lóios Évora Pratos: Migas com carne de porco. Migas de espargos com carne de alguidar. Borrego com poejos. Mousse de pato bravo. Perdiz estufada com cebolinhas. Lebre com feijão e couve lombarda. Quintal D. Quixote Estrada da Igrejinha, Km 5 - Louredo Évora Telefone: (+351) 266 746 145 Pratos: Sopa de tomate. Caldo de aves. Borrego assado no forno. Ensopado de borrego. Lombo à quintal. Perna de porco. Perdiz estufada. Coelho bravo. Javali à casa. Restaurante Taverna Travessa Santa Marta, nº 5 Évora Telefone: (+351) 266 700 747 E-mail:[email protected] Pratos: Sopa de Cação. Migas de Espargos e de Coentros. Bacalhau Espiritual. Esparregado com carne do alguidar. Tasquinha do Oliveira Rua Cândido dos Reis, 45-A Évora Telefone: (+351) 266 744 841 Pratos: Salada de Orelha de Porco, Favas com Chouriço, Pimentos assados, Cação de coentrada e Migas com Carne de Porco. CASTELOS NO ALENTEJO 1 - Nisa 2 - Belver 3 - Castelo de Vide 4 - Marvão 5 - Portalegre 6 - Alter do Chão 7 - Alegrete 8 - Avis 9 - Monforte 10 - Campo Maior 11 - Elvas 12 - Estremoz 13 - Vila Viçosa 14 - Juromenha 15 - Alandroal 16 - Évoramonte 17 - Arraiolos 18 - Terena 19 - Montemor-o-Novo 20 - Monsaraz 21 - Mourão 22 - Viana do Alentejo 23 - Portel 24 - Alcácer do Sal 25 - Alvito 26 - Moura 27 - Noudar 28 - Beja 30 - Santiago do Cacém 31 - Sines 32 - Mértola Alguns monumentos e património histórico: A - Ponte de Villa Formosa (Alter do Chão). B - Lapa dos Gaivões (Arronches). C - Ruínas de Torre de Palma (Monforte). D - Povoado de Santa Vitória (Campo Maior). E - Vila Lusitano - Romana de Santa Vitória do Ameixial (Estremoz). F - Aqueduto da Amoreira (Elvas). G - Monumentos megalíticos de Elvas (Elvas). H - Gruta do Escoural (Montemor-o-Novo). I - Templo romano de Évora (Évora). J - Ruínas romanas de Tróia (Carvalhal). L - Ruínas e convento de S. Cucufate (Vila de Frades - Vidigueira). M - Ponte Romana de Villa Ruiva (Cuba). N - Ruínas romanas de Miróbriga (Santiago do Cacém). O - Vila romana de Pisões (Santiago Maior Cacém). P - Circuito arqueológico da Cola (Castro da Cola - Ourique). ÉVORA – GALERIAS DE ARTE Eborensia Galeria Endereço: Rua da Misericórdia, 9 - 1.º Telefone: 266750550 Fax: 266750559 E-mail: [email protected] Espaço Aberto (Associação de Estudantes da Universidade de Évora) Endereço: Rua de Diogo Cão, 21 Telefone: 266748950 / 266748952 Fax: 266748951 E-mail: [email protected] Web: www.aaue.pt Fórum Eugénio de Almeida - Exposições Endereço: Rua Vasco da Gama Telefone: 266748350 E-mail: [email protected] / [email protected] Web: www.forumea.com.pt Galeria - Há Arte no Giraldo Endereço: Rua do Raimundo, n.º 49 Telefone: 266771243 E-mail: [email protected] Web: http://haartenogiraldo.pt Galeria 21 Endereço: Rua de Santa Maria, 21 Telefone: 266743616 Galeria Évora Arte Endereço: Rua Manuel d´Olival, 22 Telefone: 266701898 E-mail: [email protected] Web: http://www.evora.net/evoraarte Galeria Teoartis Endereço: Rua 5 de Outubro, 78 - 1.º Telefone: 266702736 Fax: 266702736 E-mail: [email protected] ROTA DOS VINHOS – REGIÃO DE ÉVORA ROTA HISTÓRICA (Arraiolos - Borba - Estremoz - Évora - Monsaraz - Montemor-o-Novo - Redondo - Reguengos de Monsaraz - Vila Viçosa) Os vestígios do passado, reflexo de diferentes épocas e diferentes povos que aqui viveram, são bem evidentes e um bom motivo para percorrer o itinerário "ROTA HISTÓRICA". Destaque para Évora, património mundial e toda a sua riqueza histórico-monumental. A vinha encontra-se dispersa por toda esta região, onde se concentra a maior parte da produção vinícola do Alentejo. Os vinhos brancos frutados, ligeiramente acídulos e com algum corpo. Os vinhos tintos evoluem rapidamente e enquanto jovens são de cor granada, aroma a frutos vermelhos maduros, com pouca acidez, macios e equilibrados. 1 - Fundação Eugénio de Almeida - Adega da Cartuxa Estrada da Igrejinha - Évora Telefone: (+351) 266 748 300 A adega da Cartuxa foi antigo posto de Jesuíta integrado nos bens nacionais em 1775 e nela funcionou já no ano de 1776 um importante lagar de vinho. 2 - Jorge Manuel Ferreira Martins 3 - Sociedade Agrícola Gabriel Francisco Dias & Irmãs, LDA. Courela da Guita - Monte Estoril - Montemor-o-Novo Telefone: (+351) 266 892 882 Desde 1970 que esta Sociedade se dedica à actividade agrícola, donde sobressai a viticultura que ocupa hoje cerca de 100 hectares. Possui uma adega tecnologicamente bem equipada. 4 - Sociedade Agrícola D. Diniz, SA 5 - Bacalhôa, Vinhos de Portugal, SA 6 - Sociedade Agrícola Herdade dos Coelheiros, SA 7 - Sociedade Agrícola de Sossega, lda. 8 - Monte da Comenda Grande 9 - B.C.H. Comércio de Vinhos, SA. 10 - Serrano Mira - Sociedade Agrícola Vinícola, Lda. 11 - J. Portugal Ramos - Vinhos SA 12 - Sociedade Agrícola da Capareira, Lda (Monte Seis Reis) 13 - Marcolino Inácio Chicharro Sêbo 14 - Sociedade Agrícola Quinta do Carmo, Lda. Quinta do Carmo - Estremoz Quinta centenária, mandada construir por D. João V, no início do século XIX. A tradição vitivinícola da Quinta do Carmo liga-se à produção de vinhos tintos, sendo de realçar alguma evolução tecnológica. Vinho recomendado "Quinta do Carmo" Contacto: Arnaud Warnery 15 - Quinta do Zambujeiro Prod. Comércio Vinhos Unipessoal, Lda 16 -Adega Cooperativa de Borba Rossio de Cima- Borba Embora seja uma das mais antigas adegas cooperativas do Alentejo, tem acompanhado a evolução tecnológica e dispõe actualmente dos mais modernos equipamentos. Vinho recomendado: "Borba" Reserva VQPRD Contacto: Maria João Rosado 17 - SOVIBOR, Lda. Rua de S. Bartolomeu - Borba Sociedade constituída em 1968, está equipada da mais moderna tecnologia com vista à produção de vinhos de qualidade. Vinho recomendado: "Adega do Passo" Garrafeira Contacto: João Lopes 18 - Quintas Aliança Alentejo, Soc. Agrícola, SA. 19 - Roquevale, Lda. Adega do Monte Branco - Estrada da Serra d'Ossa - Redondo Possui uma área de vinha que ronda os 150 hectares. Construiu adega própria em 1989, sendo o único produtor engarrafador da região vitivinícola de Redondo. Vinho recomendado "Tinto da Talha" Contacto: Carlos Roque do Vale 20 - Adega Cooperativa de Redondo Estrada de Évora - Redondo Possui uma da mais modernas e melhor equipada adegas do Alentejo. A sua área de incidência distribui-se pelos concelhos de Redondo, Alandroal e Évora. Vinho recomendado: "Porta da Ravessa" Garrafeira VQPRD Contacto: Vieira de Carvalho 21 - Casa Agrícola Santana Ramalho, Lda. 22 - Adega do Calisto 23 - CARMIM - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz Estrada de Monsaraz - Reguengos de Monsaraz Fundada era 1971 por iniciativa de 60 agricultores, esta cooperativa tem conseguido, desde o início uma evolução notável tendo actualmente 576 associados, sendo os seus vinhos apreciados por um elevado número de consumidores. Vinho recomendado VQPRD "Garrafeira dos Sócios" Contacto: Joaquim Murteira Fernandes Tel.: (066)52254 24 - José Maria da Fonseca, Vinhos SA (Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes). 25 - Herdade do Esporão - Reguengos de Monsaraz 26 - Ribeira da Ervideira, Soc. A Herdade do Esporão é a maior e mais antiga "defesa" da Agrícola, Lda. região Com uma área superior a 350 hectares de vinha produz o vinho do Esporão. Vinho recomendado: Esporão" VQPRD Reserva Contacto: Alice Chalita Quinta Textos retirados da "Rota dos Vinhos do Alentejo". Pode ver mais em http://www.vinhosdoalentejo.pt PARQUES TEMÁTICOS PERTO DE ÉVORA Badoca Park Parque temático cujo tema central é África. O Badoca Park dispõe de mais de 200 animais: búfalos, lamas, javalis, avestruzes, girafas, tigres, zebras, etc. Um dos passeios mais requisitados são os safaris, podendo observar os animais em plena liberdade. Dispõe ainda de restaurante, parque infantil, parque Zoológico. Herdade da Badoca Vila Nova de Santo André Tel.: (+351) 269 708 850 www.badoca.com Monte Selvagem -Reserva Animal Num montado típico alentejano de sobreiros e azinheiras, poderão ser observados várias espécies de plantas e animais selvagens e domésticos: avestruzes, lémures, macacos, iguanas, crocodilos, cabras, porcos, cangurus, lamas. Monte do Azinhal Lavre Montemor-o-Novo Tel.: (+351) 265 894 377 www.monteselvagem.pt Fluviário de Mora Constituído por um conjunto de aquário e espaços envolventes que permite observar diferentes espécies de peixes nas representações dos seus habitats naturais, aquáticos e terrestres. Com uma grande variedade de peixes, oriundas de África e da América do Sul e de Portugal. Açude Mora www.fluviariomora.pt Zoo Natura Monte e Moinhos do Vento Monte alentejano que dispõe de um parque com Gomes Aire - Almodôvar vários animais como avestruzes, veados e animais Tel.: (+351) 286 474 359 que habitualmente encontramos numa quinta: vacas, www.zoonatura.com porcos, patos, burros, ovelhas e galinhas. Parque de Diversões Aquático de Elxadai Dispõe de parque infantil, piscinas com escorregas, restaurante e capela para baptizados e casamentos. Quinta do Barbalagão Vache - Elvas www.elxadai.com OUTRAS OPÇÕES DE LAZER http://www.gescruzeiros.com/index.php - Cruzeiros no Alqueva Visitas a Arraiolos e ver os seus tradicionais tapetes de Arraiolos, São Pedro do Corval ( Reguengos de Monsaraz ), a povoação com a maior concentração de artesãos do barro de todo o País, Vilas históricas nas redondezas ( Monsaraz, Estremoz, Borba, Vila Viçosa, … ), Actividades aquáticas no Alqueva, Montargil ou Maranhão, Várias actividades – passeios de cavalo ou charret, balonismo, kart, moto4, todo o terreno, paintball, piscinas, artesanato, gastronomia, etc … Na página inicial do www.estadias.net temos algumas informações mais detalhadas sobre monumentos e gastronomia em Évora, assim como link´s directos para várias opções de lazer. Também poderemos ajudá-lo pessoalmente a programar as suas férias, basta falar connosco. www.estadias.net