Livro de receitas MARPROF de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia Livro de receitas MARPROF de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia Entidades colaboradoras ESCOLA PROFISSIONAL DE HOTELARIA E TURISMO DA MADEIRA www.hecansa.com www.marprof.org Ficha técnica AUTORIA DA INFORMAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA Mafalda Freitas, João Delgado, Eduardo Isidro, Manuel Biscoito, José I. Santana & José A. González AUTORIA DAS RECEITAS GASTRONÓMICAS Madeira Chefe Miguel Rodrigues (EPHTM) Açores Chefes Sandro Meireles, Pedro Oliveira & Hugo Ferreira (EFTH) Canárias Chefes Samuel López Peña, Benito Benítez Benítez, Cristo Sánchez Domínguez, Mario Otegui Arrezabalaga & Iñaki González Ateka (HECANSA) Chefe Benito Benítez Benítez (Sociedad Gastronómica Cocina de Maestros & Asociación socio-cultural de Cocineros, Reposteros y Panaderos “Mojo Picón”) 4 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia QUADRO DE COLABORAÇÃO Madeira Colaboração entre a Estação de Biologia Marinha do Funchal e a Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, com o apoio da Direção de Serviços de Investigação e Desenvolvimento da Pesca no fornecimento de matéria-prima Coordenação João Pedro Entrudo, Administrador da EPHTM e Mafalda Freitas (EBMF), Coordenadora do projeto na Madeira Açores Colaboração entre a Universidade dos Açores e a Escola de Formação Turística e Hoteleira Coordenação Filipe Rocha, Diretor Executivo da EFTH e Eduardo Isidro (DOP – UAç), Coordenador do projeto nos Açores Canárias ENTIDADES COLABORADORAS Protocolo de colaboração entre a Consejería de Turismo através da HECANSA e da Agencia Canaria de Investigación, Innovación y Sociedad de la Información (ACIISI) através do ICCM Coordenação Juan Miguel Arouni, Diretor de Operações da HECANSA José Antonio González (ACIISI-ICCM), Coordenador do projeto em Canárias Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira (EPHTM), www.ephtm.com Escola de Formação Turística e Hoteleira (EFTH), Açores, www.efth.com.pt Hoteles Escuela de Canarias S.A. (HECANSA), www.hecansa.com ISBN 978-84-695-9809-2 DEPÓSITO LEGAL GC 263-2014 COMPOSIÇÃO E DESENHO GRÁFICO Ficha técnica do PROJETO Oceanográfica: Divulgación, Educación y Ciencia - oceanografica.com FOTOGRAFÍA Oceanográfica: Divulgación, Educación y Ciencia - oceanografica.com Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira (Chefe Miguel Rodrigues), Estação de Biologia Marinha do Funchal (Manuel Biscoito, Mafalda Freitas e Luísa Costa) e Rui São Marcos Direção de Serviços de Investigação e Desenvolvimento da Pesca (Ricardo Sousa e Viriato Timóteo) Escola de Formação Turística e Hoteleira dos Açores MARPROF (MAC/2/M065), “Bases para a Gestão e Valorização Gastronómica de Espécies Pesqueiras Profundas da Macaronésia” FINANCIAMENTO Programa de Cooperação Transnacional (PCT) Madeira-Açores-Canárias (MAC) 2007-2013, cofinanciado pelos fundos FEDER da União Europeia e pelos parceiros PARCEIROS Oceanográfica: Divulgación, Educación y Ciencia - oceanografica.com Projetos PESCPROF3 (05/MAC/4.2/M11) & MARPROF Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais / Direção Regional de Pescas de Madeira Câmara Municipal do Funchal Universidade dos Açores, com o apoio do Governo Regional dos Açores Gobierno de Canarias / Agencia Canaria de Investigación, Innovación y Sociedad de la Información Referência bibliográfica EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO ILUSTRAÇÃO Freitas, M., J. Delgado, E. Isidro, M. Biscoito, J.I. Santana, J.A. González, M. Rodrigues, S. Meireles, P. Oliveira, H. Ferreira, S. López, B. Benítez, C. Sánchez, M. Otegui & I. González (2014) Livro de receitas MARPROF de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia. Programa de Cooperação Transnacional MadeiraAçores-Canárias, projeto MARPROF (MAC/2/M065). Funchal, 200 p. Direção de Serviços de Investigação e Desenvolvimento da Pesca (SRA/DRP/DSIDP) Estação de Biologia Marinha do Funchal (CMF/MMF/EBMF) Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP - UAç) Instituto Canario de Ciencias Marinas (ICCM - ACIISI) 5 Livro de receitas Prólogo de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia * Este não é apenas um livro de receitas. Ele constitui, a um tempo, um epílogo e um alvor. Por um lado, culmina o trabalho desenvolvido no âmbito do Projecto MARPROF (2009-2012), que tem por finalidade a gestão sustentável dos recursos da pesca em profundidade nas águas das ilhas que integram a Macaronésia (arquipélagos dos Açores, da Madeira e Porto Santo, das Canárias e de Cabo Verde), projecto esse suportado por fundos financeiros nacionais, de Portugal e de Espanha, e da União Europeia (FEDER). Por outro lado, lança as bases de uma nova vertente de exploração turística de qualidade superior, colocando no roteiro já tão procurado, porque muito apreciado, das ilhas atlânticas a sofisticação de uma culinária especializada nos produtos ímpares destas águas profundas, o que vem conferir uma nota de singularidade à bem conhecida tradição gastronómica insular. 6 O Projecto MARPROF, que é, antes de tudo e sobretudo, um projecto científico, envolvendo instituições de elevado prestígio no campo da investigação marinha, como o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, a Direção de Serviços de Investigação e Desenvolvimento da Pesca da Direção Regional das Pescas da Madeira, a Estação de Biologia Marinha do Funchal e o Instituto Canario de Ciencias Marinas, apoiadas pelos respectivos executivos municipais e governos regionais, pôde demonstrar como a cooperação internacional é sempre uma aposta certa quando se visa o progresso no conhecimento. O Programa de Cooperação Transnacional Madeira-Açores-Canárias (MAC) 2007-2013 cumpriu, nesta vertente, os seus objectivos, chegando ainda mais longe, ao abrir-se ao outro arquipélago macaronésio, Cabo Verde (MARPROF-CV, envolvendo o INDP – Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas de Cabo Verde), e à área contígua de Marrocos. Por isso, muito me honra o convite que me foi endereçado para escrever estas breves palavras, que mais não podem do que salientar o mérito intrínseco do trabalho realizado e a proficiência dos seus autores nas artes gastronómicas. Felicito os autores e o editor e formulo os votos de que o êxito desta obra faça justiça ao labor dos que a pensaram e escreveram. Não tenho dúvidas de que o prazer de a ler só será superado pelo prazer de experimentar as receitas que nela se ensinam. Manuel Pinto de Abreu Secretário de Estado do Mar do Governo de Portugal * Não está redigido segundo o acordo ortográfico. 7 Marprof CIÊNCIAS MARINHAS, GASTRONOMIA E SOCIEDADE O projeto MARPROF (2009-2013) visa o estabelecimento de bases científicas e tecnológicas para a gestão e a utilização sustentável de novos recursos pesqueiros de profundidade na área Macaronésica (Madeira, Açores e Canárias) e a sua valorização gastronómica. As principais espécies alvo, nos três arquipélagos, são a gamba-da-Madeira ou camarão-eduardo (Plesionika edwardsii), o caranguejo-da-fundura ou real (Chaceon affinis) e o peixe-espada preto (Aphanopus carbo e A. intermedius), bem como várias espécies acessórias. Atuando através do incremento do conhecimento e conservação da vida marinha de profundidade, o projeto pretende contribuir para a criação de um mercado para novos produtos pesqueiros, partindo de uma base sólida de sustentabilidade na exploração dos recursos. 8 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia O consórcio MARPROF, que conta já com 19 anos de experiência (existe desde 1995), fortaleceuse como rede de excelência e boas práticas em Ciências Marinhas e Pescas, na área Macaronésica, e estendeu as suas atividades para desenvolvimento das áreas vizinhas de Marrocos e Cabo Verde. Este projeto culminou os estudos oceanográficos, biológicos e pesqueiros de dois novos recursos de águas profundas, nos três arquipélagos, respetivamente a gamba-da-Madeira (camarão-eduardo) e o caranguejo-da-fundura (caranguejo-real). P. edwardsii forma agregados densos e contínuos em todos os tipos de fundos, com algumas diferenças na sua distribuição vertical nas ilhas estudadas, distribuindo-se preferencialmente entre os 150 e 400 metros de profundidade. Nos arquipélagos da Madeira, Açores e Canárias foram estimadas biomassas mínimas, respetivamente, de 40, 350 e 300 toneladas, que permitem uma expetativa de exploração anual sustentável de 10, 88 e 80 toneladas com uma arte de pesca, inovadora nestas áreas (covos semiflutuantes) e com pouco impacto no meio ambiente e recursos marinhos, dado o caráter seletivo das capturas efetuadas e a redução da pesca fantasma associada às perdas de covos, através da incorporação de materiais biodegradáveis na estrutura da arte. O MARPROF (MAC/2/M065), cujo acrónimo deriva dos termos “mar” e “profundo”, é cofinanciado pelos fundos FEDER da União Europeia e pelas entidades públicas participantes, no âmbito do Programa de Cooperação Transnacional (PCT) Madeira, Açores e Canárias (MAC) 2007-2013. 9 O consórcio é formado pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais / Direção Regional de Pescas da Madeira, Câmara Municipal do Funchal, Universidade dos Açores e Governo de Canárias / Agência Canária de Investigação, Inovação e Sociedade da Informação (ACIISI). Os grupos de investigação envolvidos são: a Direção de Serviços de Investigação e Desenvolvimento da Pesca (DSIDP), a Estação de Biologia Marinha do Funchal (EBMF), o Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) e o Instituto Canário de Ciências Marinhas (ICCM), com a alocação de recursos humanos destas entidades, perfazendo mais de 40 pessoas entre investigadores, pessoal técnico de apoio, marinheiros e outros especialistas. O projeto MARPROF criou assim condições para o desenvolvimento de frotas artesanais, com capturas máximas admissivéis, controle do esforço de pesca e acompanhamento científico da atividade. A título de exemplo, só em Canárias, as receitas brutas resultantes da exploração deste recurso originariam a criação de emprego, cerca de dois milhões de euros anuais na primeira venda e outros benefícios económicos. C. affinis forma colónias descontínuas em fundos com lama e rochas. O projeto ensaiou uma nova metodologia (geo-estatística) de prospeção e avaliação das populações utilizando covos inovadores. Em Canárias foi efetuado um estudo piloto que quantificou uma área útil de pesca de 462 km2 entre os 600 e 1000 metros de profundidade. Dados preliminares indicam uma grande variabilidade no tamanho das colónias (manchas) de caranguejo-da-fundura ou real (estendendo-se por distâncias entre 0,3 e 6,5 km) e suas biomassas (entre 1 e 27 toneladas). Atlântico” e as colaborações estabelecidas, na Madeira, com a Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira (EPHTM), nos Açores, com a Escola de Formação Turística e Hoteleira (EFTH) e, em Canárias, o convénio de colaboração entre a Secretaria de Turismo, através dos Hotéis-Escola de Canárias S.A. (HECANSA) e a Agência Canária de Investigação, Inovação e Sociedade da Informação, através do ICCM. O MARPROF recomenda que a futura frota combine as capturas de gamba-da-Madeira (camarãoeduardo) com caranguejo-da-fundura ou real, num cenário de pesca sustentável e responsável com acompanhamento científico e técnico. A pesca com covos semi-flutuantes captura também quantidades apreciáveis de outros camarões (Plesionika narval) e sapateira-das-ilhas (Heterocarpus ensifer), sendo este último recurso pontualmente acompanhado por capturas acessórias de sapateira das ilhas ou denteada (Cancer bellianus) e caranguejola (Paromola cuvieri), que podem contribuir para a viabilidade económica das pescarias a desenvolver. 10 Efetuaram-se ainda análises das propriedades nutricionais e fomentou-se o desenvolvimento de aplicações culinárias de um conjunto de crustáceos e peixes de profundidade com interesse comercial para estudo da qualidade alimentar e benefícios para a saúde do consumidor. O projeto MARPROF efetuou, também, a divulgação dos resultados obtidos e a promoção dos novos produtos de pesca dirigida ao sector da pesca artesanal e à restauração, incluindo futuros cozinheiros e chefes. Desenvolveram-se ainda diversas jornadas técnicas para a transferência de tecnologias e informação. Neste domínio importa destacar a criação do sítio web: www.marprof.org. Foram ainda produzidos folhetos, cartazes, publicações e efetuadas diversas apresentações públicas. Outras ferramentas de promoção e divulgação significativas do projeto são a exposição itinerante: “Tesouros profundos do Na perspetiva do consórcio, a exposição itinerante MARPROF foi a ferramenta de promoção e difusão com maior impacto social, desempenhando uma dupla função de informação e de sensibilização pública para a sustentabilidade. Composta por 8 painéis de mais de 2x2 m cada, e incluindo uma banda desenhada, desvenda as profundidades marinhas da Macaronésia e incentiva a sociedade a descobrir, usufruir e valorizar os recursos pesqueiros que as habitam. A exposição conta ainda com materiais complementares (covos inovadores com esquema informativo do seu funcionamento, maquetes e folhetos divulgativos, incluindo um convite à participação num jogo educativo para os mais pequenos). Esta mostra multimédia contou com monitores que orientaram visitas didáticas, adequadas às caraterísticas de cada grupo. Foram desenvolvidas versões em língua portuguesa e espanhola que receberam, no seu conjunto, mais de 15.000 visitantes nos Açores, mais de 226.000 na Madeira e mais de 500.000 em Canárias. Em Canárias, o estudo culinário e a promoção gastronómica dos “novos” produtos pesqueiros de águas profundas foram encomendados ao convénio entre o ICCM e HECANSA: www.hecansa.com. As principais atividades desenvolvidas foram conferências, colóquios, laboratórios culinários, ateliers e receitas e diversos outros eventos gastronómicos tais como: degustações, jornadas, almoços-tertúlia e jantares temáticos dirigidos aos meios de comunicação social, setores envolvidos e público em geral. Colaborações similares foram efetuadas na Madeira (EBMF e DSIDP) com a EPHTM (www.ephtm.com) e nos Açores (DOP) com a EFTH, (www.efth.com.pt). Foram estas diversas colaborações com as escolas hoteleiras dos três arquipélagos e outras entidades privadas socio-culturais e gastronómicas, conjuntamente à síntese de informação relevante de natureza pesqueira, biológica, organolética e culinária, que tornou possível a elaboração deste livro de receitas gastronómicas. O peixe-espada preto, já consolidado como recurso pesqueiro e gastronómico imprescindível na Madeira, necessita de ser avaliado e promovido nos Açores e, 11 sobretudo, nas Canárias. A gamba-da-Madeira (camarãoeduardo), o caranguejo-da-fundura ou real e, em menor escala, a sapateira das ilhas ou denteada, a caranguejola e outros camarões e peixes de águas profundas poderão constituir, a médio prazo, espécies identificáveis com a gastronomia da Madeira, Açores e Canárias, integrando o grupo de produtos, com marca regional, disponibilizados aos consumidores locais e aos turistas. 12 Este livro de receitas MARPROF pretendeu gerar uma sinergia entre três ingredientes básicos: a ciência marinha, a gastronomia de qualidade e uma sociedade recetiva a novos produtos de excelência, sobretudo quando originários dos recursos e pesca regionais. No entanto, este representa apenas o início de um longo caminho a percorrer pelo consórcio, no sentido das etapas necessárias, no atual contexto socioeconómico, para gerar conhecimento, emprego e oportunidades de negócio. No campo da investigação, tecnologia e inovação marinhas, serão desenvolvidos novos estudos, para além da determinação dos parâmetros biológicos das diferentes espécies, para conhecer e divulgar a biodiversidade de águas profundas da Macaronésia e garantir a sua conservação e aproveitamento sustentável e responsável. A título exemplificativo, alguns produtos derivados de camarões e caranguejos (e.g. carapaças) são uma excelente fonte de quitosano, polissacarídeo suscetível de aproveitamento biomédico ou pela indústria farmacêutica, pigmentos (sobretudo carotenoides para uso em piscicultura e alimentação humana) ou farinhas de crustáceos (com possíveis aplicações culinárias como corantes naturais e para preparações gastronómicas). De referir ainda a possível utilização de vísceras, na preparação de fertilizantes para uso agrícola. Assim, num cenário futuro desejável de exploração sustentável destes recursos, disporíamos de matérias-primas, suficientemente abundantes, para o funcionamento de uma bio-fábrica e gerar sinergias e oportunidades de negócio com a indústria transformadora local. Permanecendo no domínio da biotecnologia marinha, um objetivo importante para a I+D+i Macaronésica reside na obtenção de fármacos e enzimas a partir de organismos que habitam em condições vitais extremas de temperatura, luz e pressão. Já existem companhias farmacêuticas que procuram, em organismos aquáticos, moléculas com o propósito da sua utilização como substâncias ou princípios ativos. Podendo alguns dos recursos pesqueiros aqui estudados constituir a base biológica para novas atividades de pesca, torna-se necessário, no campo da regulação e gestão pesqueira, que as administrações regionais adaptem, atualizem e desenvolvam normativa adequada em cada caso específico, procurando garantir a sustentabilidade dos “novos” recursos pesqueiros, promovendo a utilização de artes de pesca com impacto limitado sobre os ecossistemas profundos e os recursos explorados, fomentando o consumo responsável e tendo em conta a necessidade de melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida dos nossos pescadores. O consórcio MARPROF permanece aberto a novas incorporações e colaborações, visando abordar os objetivos enunciados e alcançar as metas que os arquipélagos da Madeira, Açores e Canárias necessitam, as quais poderão ser mais facilmente alcançadas através de especialização estratégica e internacionalização, num cenário de coesão e cooperação entre os três arquipélagos ultraperiféricos atlânticos e os países vizinhos. 13 Do mar ao laboratório e ao prato Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia Covos semi-flutuantes de camarão Teias de 50 a 75 covos semi-flutuantes ou arvorados de camarão com balões de flutuação individuais, separados 15 m entre si, lançados com duas cabeceiras e boias de sinalização. Boia de sinalização Linha de correr Direção da corrente Boia rígida 14 Covos Foram efetuadas, nos três arquipélagos, campanhas para obtenção de matérias-primas, crustáceos e peixes de águas profundas, para elaboração do presente livro de receitas. Foram utilizados três tipos de covos (semi-flutuantes para camarão e bentónicos para peixe e caranguejo), pescando em estações situadas entre aproximadamente 200 e 1400 metros de profundidade. Ao longo do projeto MARPROF, foram efetuadas, na Madeira, três campanhas experimentais (2011, 2012 e 2013) para recolha de matéria-prima (camarões, caranguejo-da-fundura ou real e outras espécies de crustáceos e peixes), visando a elaboração do livro de receitas e a realização de jornadas de divulgação do projeto. As campanhas recorreram, na sua maioria, à utilização de uma embarcação de pesca comercial (Baía de Câmara de Lobos), e foram efetuadas, em sinergia, pelas duas instituições da Madeira ligadas a este projeto (DSIDP e EBMF), utilizando-se de forma complementar os vários tipos de artes de pesca, em estações efetuadas na costa sul da Madeira (Cabo Girão e Baía do Funchal) às profundidades adequadas em função das espécies alvo (200-350 m para o camarão e 600-800 m para o caranguejo). Linha madre Cabeceira fundeada 15 Covos bentónicos de caranguejo Teias de covos bentónicos de caranguejo, separados 50 m entre si, lançados com duas cabeceiras e boias de sinalização. Boia de sinalização Linha de correr Entrada no covo Cabeceira fundeada Relativamente a outras espécies de pescado utilizadas na elaboração do livro de receitas, não capturadas nas campanhas experimentais realizadas, especialmente peixes, estes foram maioritariamente provenientes da pesca comercial e adquiridos em lota pela DSIDP. De referir que as amostras de peixeespada preto foram procedentes das capturas da frota artesanal, utilizando uma arte de pesca seletiva, caraterística da frota espadeira madeirense (palangre de meia água), desenhada especificamente para a captura deste recurso e aprimorada, ao longo dos vários séculos que este tipo de pesca conta nos nossos mares, o que torna que tornam esta pescaria uma das mais antigas explorações de um recurso abissal a nível mundial. 16 Nos Açores, os camarões utilizados na elaboração culinária foram obtidos na campanha de mar PANDAÇO-IV do N/I “Arquipélago”, pertencente ao Governo Regional dos Açores. Esta campanha foi realizada em julho/agosto de 2010, em torno da ilha de S. Miguel, onde se efetuaram cerca de 34 lances de pesca, com teias de covos arvorados, para determinação do potencial do recurso, entre os 150 e os 350 m de profundidade. Em agosto de 2011, seguindo-se a metodologia estipulada para o projeto, i.e. teias de covos fundeados, foi também efetuado um cruzeiro para a prospeção e eventual avaliação de caranguejo-real, em torno da ilha do Faial. Os exemplares das restantes espécies (crustáceos e peixes) foram provenientes da frota comercial dos Açores e adquiridos nos mercados locais da Horta e Ponta Delgada. As artes de pesca utilizadas por esta frota, num intervalo de profundidade de 200-1100 m, foram as seguintes: covos de fundo para o caranguejo-da-fundura, aparelhos de anzol (linhas e palangre pedra-boia) para peixes de fundo, e palangre “aparelho de espada” madeirense, no caso do peixe-espada preto. Em Canárias, realizaram-se quatro campanhas visando este objetivo. As mesmas foram efetuadas com recurso ao N/I “Profesor Ignacio Lozano”, pertencente ao Governo de Canárias. As campanhas designaram-se por: CHACE-GC (junho-julho de 2010), CHACE-GC2 (setembro de 2010), COL-C1T (fevereiro de 2011) e COL-C4T (outubro-novembro de 2011), concretizadas no setor compreendido entre Telde e Arguineguín, na ilha de Gran-Canária. Em Canárias, a pesca experimental proporcionou exemplares suficientes —dos três grupos de pescado mencionados— para os propósitos do projeto e, em particular, para a atividade de realização deste livro de receitas. 17 PEIXES Apresenta-se seguidamente a lista dos mariscos e peixes, recolhidos nas ações de pesca experimental do projeto, ou provenientes da pesca comercial, empregues na elaboração deste livro de receitas, com os nomes comuns utilizados nos três arquipélagos, denominação científica e profundidade de maior abundância. Para ilustrar a procedência (águas profundas) das matérias-primas utilizadas nesta publicação, as diferentes espécies de camarão, caranguejo e peixe são apresentadas por ordem crescente do intervalo batimétrico do respetivo habitat. Nome científico Nome comum MADEIRA AÇORES Profundidade de abundância máxima (m) 18 camarãocabeçudo camarãoeduardo camarãocabeçudo abrótea brota, agriote Phycis phycis 100-300 cachucho cachucho antoñito Dentex macrophthalmus 115-300 dentão dentão dentón, calé Dentex maroccanus 115-430 congro congro congrio Conger conger 150-300 requeme bagre, cântaro peje obispo Pontinus kuhlii 175-270 cherne cherne cherne romerete Polyprion americanus 200-300 goraz goraz goraz Pagellus bogaraveo 250-450 boca-negra boca-negra bocanegra Helicolenus dactylopterus 350-500 pescada pescada pescada, merluza Merluccius merluccius 350-650 CANÁRIAS CAMARÕES gamba-daMadeira abrótea camarón soldado camarón cabezudo Plesionika edwardsii Heterocarpus ensifer camarãocabeçudo-doalto camarãocabeçudo-doalto camarón cabezudo gigante Heterocarpus laevigatus camarãocabeçudo-doalto camarãocabeçudo-doalto camarón cabezudo del alto Heterocarpus grimaldii 150-400 19 400-600 700-1300 1300-1700 CARANGUEJOS sapateira-dasilhas sapateiradenteada cangrejo buey canario Cancer bellianus 200-650 alfonsim-dacosta-larga imperador alfonsiño pachón, tableta Beryx decadactylus 400-600 caranguejola caranguejola centollo de fondo Paromola cuvieri 200-750 alfonsim-dacosta-estreita alfonsim alfonsiño, fula de altura Beryx splendens 400-700 caranguejo-dafundura caranguejo-real cangrejo rey Chaceon affinis 600-1000 abrótea-do-alto melga, juliana merluza canaria o del país Mora moro 600-1100 peixe-espada preto peixe-espada preto pejesable negro Aphanopus carbo / A. intermedius 700-1500 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia sazonal dos parâmetros, em resultado da variação natural de fatores ambientais (temperatura, entre outros), dieta ou fisiológicos (por exemplo reprodução, ou muda no caso dos crustáceos). 20 Todos os exemplares recolhidos ou adquiridos foram estudados em laboratório, para obtenção de toda a informação possível acerca da biologia e distribuição vertical das distintas espécies. A equipa de investigação MARPROF compilou a informação biológica e pesqueira e efetuou o seu tratamento estatístico, com utilização complementar das bases de dados previamente existentes nos diferentes centros de investigação participantes. Foram também revistas as fontes de informação bibliográfica existentes nos três arquipélagos. Em resultado do processamento dos dados e informação complementar foram estimados parâmetros biológicos e pesqueiros básicos com interesse para os propósitos deste livro de receitas. Uma síntese desta informação útil, com referência ao contexto geográfico da Macaronésia, foi incluída nesta publicação, a qual contém para cada espécie ou matéria-prima: o tamanho ou peso máximo alcançado, a profundidade de máxima abundância, a época reprodutora, o tamanho mínimo de captura, o sistema de pesca mais adequado, o nível de exploração e a preferência do consumidor. O tamanho máximo atingido pelas espécies nos três arquipélagos refere-se ao comprimento total dos peixes, ao comprimento total da carapaça dos camarões e à largura total da carapaça dos caranguejos, expressos em centímetros. O peso máximo refere-se ao peso fresco total dos peixes e caranguejos (em quilogramas ou gramas) ou dos camarões (em gramas). O tamanho mínimo de captura (TMC) indicado para todas as espécies é proveniente da regulamentação vigente (TMC legal, quando existente) ou das publicações científicas existentes (TMC recomendado). Diversas subamostras dos peixes e crustáceos utilizados na elaboração das receitas foram objeto de análises bioquímicas para determinar as suas propriedades nutricionais. Quando possível, estas incluíram exemplares capturados em diferentes estações do ano para ponderar o efeito da hipotética alteração A responsabilidade pela realização das análises nutricionais foi entregue, pelo consórcio MARPROF, ao “Instituto Universitario de Sanidad Animal y Seguridad Alimentaria (IUSA), Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (ULPGC)”. Lotes periódicos de exemplares foram registados e congelados em alto mar e entregues de forma imediata ao IUSA para análise, estudo e relatório. Outras subamostras de gamba-da-Madeira ou camarão-eduardo foram igualmente enviadas pelo MARPROF àquela instituição, para efetuar uma caracterização organolética da espécie principal do projeto. Foi efetuada uma análise sensorial descritiva por um painel de prova. Oito avaliadores experientes participaram na definição dos atributos, descrição do perfil sensorial e valoração das caraterísticas organoléticas, do produto cozinhado inteiro (com carapaça) ou apenas da porção edível. Os resultados desta caracterização organolética são apresentados em tabela, assim como a classificação final acerca da apreciação e aceitação global do produto. No âmbito do projeto, foram efetuados convénios na Madeira, Açores e Canárias, com escolas profissionais na área da hotelaria. Na Madeira, num processo coordenado pela EBMF com apoio da DSIDP, foi estabelecida uma frutuosa colaboração com a Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, que culmina no presente livro de receitas. Para além desta colaboração, foram efetuadas diversas ações e jornadas de divulgação do projeto e da qualidade dos recursos marinhos profundos da Macaronésia. Salientamos neste particular, a realização da noite aberta MARPROF, na EBMF, em agosto de 2012, com degustação de receitas originais preparadas com camarão e caranguejo de profundidade, bem como de outros produtos pesqueiros, e apresentação ao público de resultados do projeto. Referimos ainda a presença da DSIDP e EBMF na semana Bio, em 2011, e no Food Revolution Day, em 2012, com o fornecimento de espécies de profundidade, que constituiram a base para a confeção de pratos sofisticados por chefes conceituados, cuja qualidade esteve patente em várias atividades associadas àqueles eventos (destinados à promoção da produção biológica regional), organizados pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira (SRA). 21 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia Nos Açores, estabeleceu-se uma colaboração estreita entre o DOP/Uaç, responsável pelo projeto, e a Escola de Formação Turística e Hoteleira (EFTH). Em Canárias, foi estabelecido um convénio de colaboração entre a Secretaria de Turismo, através dos Hotéis-Escola de Canárias S.A. (HECANSA) e a Agência Canária de Investigação, Inovação e Sociedade da Informação (ACIISI) adscrita à Presidência do Governo, através do ICCM, responsável pelo projeto em Canárias. Este convénio abrangeu os compromissos de gestão, publicidade, marketing e coordenação das partes envolvidas. 22 O estudo culinário e a promoção gastronómica destes produtos pesqueiros de águas profundas foram realizados, em Canárias, ao abrigo do mencionado convénio. As principais atividades desenvolvidas durante o biénio 2009-2011, dirigidas aos meios de comunicação social, setores relevantes e público em geral, foram: - Laboratórios culinários e ateliers de receitas, para a realização de estudos de desperdícios (rendimento comercial) e sobre aplicações culinárias com distintos tratamentos em camarões e caranguejos em particular, assim como para a confeção das diferentes preparações gastronómicas presentes neste livro. - Eventos gastronómicos, como: degustações e coquetéis, almoços-tertúlia, com os meios de comunicação social, jantares temáticos e jornadas gastronómicas para promoção dos “novos” produtos, apresentação pública de resultados e publicidade do projeto. - Conferências-colóquio, como atividades didáticas, dirigidas a professores e alunos de HECANSA, em Gran-Canária e Tenerife. No seu conjunto, a presente versão do livro de receitas MARPROF, em língua portuguesa, contém um total de 50 receitas, das quais 20 foram desenvolvidas na Madeira, 10 nos Açores e 20 em Canárias. As duas versões (incluindo a versão espanhola) são complementadas pela publicação no sítio Internet do projeto (www.marprof.org), onde serão divulgadas todas as receitas desenvolvidas pelas escolas de hotelaria e outras entidades ou estabelecimentos de restauração destes arquipélagos que colaboraram dinamicamente com o projeto. De referir ainda que a versão em língua espanhola, publicada em dezembro de 2012, contém um total de 60 receitas, das quais 36 foram desenvolvidas em Canárias, 12 na Madeira e 12 nos Açores. Esta primeira versão do livro de receitas, intitulada “Recetario MARPROF de mariscos y pescados de profundidad de la Macaronesia”, recebeu em 2013, o Prémio Gourmand do Melhor Livro de Pescados e Mariscos (Best Fish and Seafood Book) de Espanha. A obtenção deste prémio de prestígio internacional é, sem dúvida, o reconhecimento do bom trabalho da equipa MARPROF, o que muito nos orgulha e nos incentiva a continuar nesta linha inovadora, procurando sinergias entre a Ciência Marinha e a Gastronomia de qualidade. 23 Lista de Receitas 24 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia LISTA DAS RECEITAS GASTRONÓMICAS INCLUÍDAS NO LIVRO DE RECEITAS Madeira Camarão-cabeçudo A ç o r e s Camarão-cabeçudo Canárias Camarón cabezudo Madeira Gamba-da-Madeira A ç o r e s Camarão-eduardo Canárias Camarón soldado Nº Receita Ilhas Chefe 11 Arroz meloso de camarões com queijo majorero Canárias HECANSA 12 Raviolis de cogumelos e camarão-cabeçudo Canárias HECANSA Nº Receita Ilhas Chefe 1 Gamba-da-Madeira salteada com chutney de abacate Madeira EPHTM 2 Gamba-da-Madeira cozida com dióspiro e molho de abacate Madeira EPHTM 3 Gamba-da-Madeira cozida ao natural com aroma de limão Madeira EPHTM 4 Gamba-da-Madeira salteada sobre crotões de bolo do caco ao perfume de Grand Marnier Madeira EPHTM 5 Crème brûllée de camarão-eduardo e espuma de funcho Açores EFTH 6 Gamba-da-Madeira com véu de presunto e molho de açafrão das Canárias Canárias HECANSA 7 Salada de rebentos com gambas-da-Madeira marinadas em vinagre de framboesa Canárias 8 Gamba-da-Madeira salteada com batatas ao pimentão e vinagreta de pistácio 9 10 25 Madeira Açores Canárias Camarão-cabeçudo-do-alto Camarão-cabeçudo-do-alto Camarón cabezudo gigante / del alto Nº Receita Ilhas Chefe HECANSA 13 Camarão-cabeçudo-do-alto com côco e pequena salada de frutas Canárias HECANSA Canárias HECANSA 14 Cebola escalfada com batatas cristalizadas e bocados de camarão-cabeçudo-do-alto e costeletas de coelho Canárias HECANSA Coquetel de gambas-da-Madeira com mango, abacate, sorvete de azeitona verde e água de tomate Canárias HECANSA Batatas recheadas com gamba-da-Madeira e ovo de codorniz Canárias HECANSA Madeira Caranguejo-da-fundura A ç o r e s Caranguejo-real Canárias Cangrejo rey Madeira Sapateira-das-ilhas A ç o r e s Sapateira-denteada Canárias Cangrejo buey canario Nº Receita Ilhas Chefe Nº Receita Ilhas Chefe 15 Aveludado de sapateira com mel-de-cana da Madeira, aroma de funcho e gengibre Madeira EPHTM 20 Caranguejo-da-fundura com aroma de manga ao perfume de vinho da Madeira Madeira EPHTM 16 Canelone de sapateira e maçã, com ar de açafroa e fennel martini Açores EFTH 21 Salada de caranguejo-da-fundura com aroma de cerveja e picles Madeira EPHTM 17 Salada de sapateira-das-ilhas, abacate, vinagreta das suas ovas e queijo Canárias HECANSA 22 Caranguejo com ratatouille de vegetais perfumados com coentros e espumante Madeira EPHTM 23 Coquetel de caranguejo com pera abacate e aroma de anis Madeira EPHTM 24 Aveludado de caranguejo-real Açores EFTH 25 Terrina de caranguejo-da-fundura com queijo frito e doce de tomate Canárias HECANSA 26 Guisado de caranguejo-da-fundura, feijões e amêijoas com coentros Canárias HECANSA 27 Carpaccio de caranguejo-da-fundura com veludo de abacate e pequena salada de folhas Canárias HECANSA 28 Wonton frito de caranguejo-da-fundura com chutney de mango Canárias HECANSA 26 Madeira Caranguejola A ç o r e s Caranguejola Canárias Centollo de fondo Nº Receita Ilhas Chefe 18 Caranguejola com requeijão e vinagreta de abacate e balsâmico de anis da Madeira Madeira EPHTM 19 Cuscuz de caranguejola à hortelã e verduras da ilha Canárias HECANSA 27 Madeira Abrótea A ç o r e s Abrótea Canárias Brota, agriote 28 Nº Receita Ilhas Chefe 29 Abrótea frita com brás de azeitonas de Porto Martins e aioli de pimenta da terra Açores EFTH Madeira Cachucho / dentão A ç o r e s Cachucho / dentão Canárias Antoñito / dentón, calé Madeira Requeme A ç o r e s Bagre, cântaro Canárias Peje obispo Nº Receita Ilhas Chefe 34 Filete de requeme grelhado com ratatouille de legumes da Pérola do Atlântico Madeira EPHTM 35 Torta de requeme com pasta crocante e aioli de tomate canário Canárias HECANSA 36 Lombos de requeme e polvo grelhados com alcachofra em texturas Canárias HECANSA 29 Nº Receita Ilhas Chefe 30 Dentão frito em azeite de Temisas com salteado de gamba-da-Madeira e amêijoas ao limão Canárias CM - Mojo Picón Madeira Cherne A ç o r e s Cherne Canárias Cherne romerete Madeira Congro A ç o r e s Congro Canárias Congrio Nº Receita Ilhas Chefe Nº Receita Ilhas Chefe 31 Fragateira de congro à moda de Câmara de Lobos Madeira EPHTM 37 Carpaccio de cherne com rosácea de ananás, parfait de queijo São Jorge e milho crocante Açores EFTH 32 Nacos de congro confitados com figos e palha de batata doce Madeira EPHTM 33 Medalhão de congro escalfado, com camarão-eduardo sauté sobre chutney de frutas com açafroa Açores EFTH Madeira Goraz A ç o r e s Goraz Canárias Goraz Madeira Pescada A ç o r e s Pescada Canárias Pescada, merluza Nº Receita Ilhas Chefe Nº Receita Ilhas Chefe 38 Rolinho de goraz recheado com lapas e espinafres Madeira EPHTM 42 Pescada do Atlântico com cobertura ao wok de verduras com sal de Tenefé Canárias CM - Mojo Picón 39 Goraz em duas texturas com estaladiço de batata Açores EFTH 30 31 Madeira Alfonsim-da-costa-larga A ç o r e s Imperador Canárias Alfonsiño pachón, tableta Madeira Boca-negra A ç o r e s Boca-negra Canárias Bocanegra Nº Receita Ilhas Chefe Nº Receita Ilhas Chefe 40 Filetinhos de boca-negra grelhados sobre favas estufadas com manteiga e manjerona selvagem Madeira EPHTM 43 Imperador no forno com puré de feijão preto e salada fresca Açores EFTH 41 Massa folhada de boca-negra e alho-porro com molho verde de amêijoas Canárias HECANSA Madeira Alfonsim-da-costa-estreita A ç o r e s Alfonsim Canárias Alfonsiño, fula de altura Madeira Peixe-espada preto A ç o r e s Peixe-espada preto Canárias Pejesable negro Nº Receita Ilhas Chefe Nº Receita Ilhas Chefe 44 Alfonsim corado com miga de pão de milho, ovo a baixa temperatura e creme de ervilha Açores EFTH 46 Filete de espada-preto com banana caramelizada e molho de maracujá Madeira EPHTM 47 Rolinhos de espada-preto em crosta de ervas aromáticas da Pérola do Atlântico Madeira EPHTM 48 Filete de espada-preto no sauté com molho à moda de Câmara de Lobos com aroma de lapas da Madeira salteadas Madeira EPHTM 49 Filete de espada-preto com molho de vilão e lapas da Madeira perfumadas com alho seco e aroma de segurelha Madeira EPHTM 50 Strudel de espada-preto com compota de cebola de curtume Açores EFTH 32 Madeira Abrótea-do-alto A ç o r e s Melga, juliana Canárias Merluza canaria o del país Nº Receita Ilhas Chefe 45 Abrótea-do-alto em crosta de sal marinho Madeira EPHTM 33 Camarões 34 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia 35 Matérias-primas Camarões Gamba-da-Madeira PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Plesionika edwardsii Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 22,49 Gorduras totais 1,31 Ácidos gordos saturados SAT 0,33 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,38 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,47 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,46 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,07 Hidratos de carbono 0,39 Água 75,28 Valor proteico (g/kcal) 16,02 Energia (kcal/100 g) 140,38 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 36 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne firme e ligeiramente doce, com baixo conteúdo em gordura e alto em proteínas, ómega-3 e 6. Cerca de 40 peças grandes em 1 kg. Fêmeas maduras durante todo o ano, distinguíveis pelo azul intenso dos seus ovos. Abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com covos de camarão. Muito apreciada no Mediterrâneo espanhol, ao nível das gambas vermelhas e brancas. Peso máximo 26,2 g Época de reprodução Abril - outubro TMC 16 mm Sistema de pesca Covos semi-flutuantes de camarão Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total da carapaça Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 16,89 Ácido araquidónico AA 3,00 Ácido eicosapentaenóico EPA 14,46 Ácido docosapentaenóico DPA 0,53 Ácido docosahexaenóico DHA 19,83 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,55 EPA + DHA 34,29 AA / EPA 0,21 EPA / DHA 0,73 Ácido oleico / DHA 0,86 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,49 n-3 / n-6 6,80 n-6 / n-3 0,16 37 CARACTERIZAÇÃO ORGANOLÉTICA DA GAMBA-DA-MADEIRA IUSA - ULPGC, painel de 8 avaliadores treinados Perfil (P) e características (C) Atributos sensoriais Produto cozinhado sem pele (porção comestível) Cor Aparência Marisco Firmeza Elasticidade P Predominância da cor branca C Intensa cor branca da carne P Brilho após o corte transversal da peça C Aspeto brilhante P Requer força para alterar a forma da carne C Carne firme, determinada pela sua estrutura muscular P C Textura Suculência 38 Rugosidade Marisco Sabor Doce Amargo Gosto posterior P Sensação líquida depois de mastigar a carne C Elevada suculência, mastigabilidade ótima, não se desfaz na boca ainda que sem gomosidade relevante P Sensação de rugosidade ao introduzir a peça na boca C Ausência de rugosidade P Sensação de estrutura fibrosa na mastigação C Fibrosidade baixa, sensação tátil suave da peça na boca P Sabor intenso a marisco C Sabor próprio, claramente apreciável, não muito intenso P Intensidade do sabor doce C Mais relevante e com maior perceção suculenta que em outros produtos de características semelhantes P Intensidade do sabor amargo C Não se detetaram traços de sabor amargo P Intensidade e tempo de permanência do sabor a marisco na boca depois da degustação C Gosto pouco rico, devido à carne que contém baixo nível de componentes gordurosos Persistência Produto cozinhado inteiro (com pele) Marinho Odor Marisco Terroso Cor Grau de recuperação após a recuperação da carne Carne pouco elástica Perfil (P) e características (C) Atributos sensoriais Aparência Integridade P Odor a mar, associado ao cheiro fresco de algas C Moderadamente intenso P Odor característico de marisco cozinhado C Intenso odor a marisco P Odor associado a terra húmida C Apenas se deteta a sensação terrosa P Intensidade da cor vermelha C Coloração avermelhada ao longo de toda a peça P Homogeneidade na coloração C Coloração homogénea ao longo de toda a peça 39 CLASSIFICAÇÃO FINAL SOBRE APRECIAÇÃO E ACEITAÇÃO GLOBAL DO PRODUTO Todos os avaliadores do painel concederam a máxima pontuação, pelo que a gamba-daMadeira deve ser considerada como um produto para competir ao mais alto nível, destacando-se fundamentalmente os cinco atributos de textura da fração comestível. ESTUDO DE RENDIMENTO COMERCIAL EM CAMARÕES DE PROFUNDIDADE Laboratórios culinários HECANSA - ICCM Nome científico Subproduto Carne limpa Aproveitamento médio Gamba-da-Madeira Plesionika edwardsii 17,9 - 14,0 % 82,1 - 86,0 % 84,1 % Camarão-cabeçudo Heterocarpus ensifer 20,0 - 17,8 % 80,0 - 82,2 % 81,1 % Matéria-prima Composição e aplicações dos excedentes ou subprodutos aproveitáveis na cozinha “Cabeças” com vísceras e carapaça: desidratadas no forno e posteriormente trituradas ou moídas proporcionam uma farinha de camarão. Este extrato (pó) apresenta um elevado conteúdo em hidratos de carbono, e a sua intensidade aumenta com o passar do tempo; depois de 48h, à temperatura ambiente, mantém a cor e o sabor intensos. Possíveis aplicações culinárias: base para croquetes, queques, bechamel, pão, arroz, risotto e fideuá. 40 Ovas (“caviar”): doces, com sabor a marisco. Depois de 24h não apresentam decréscimo apreciável nem perda de cor excessiva. Possíveis aplicações culinárias: cru, para melhorar o sabor e/ou decorar preparações com os próprios camarões como matéria-prima. 41 Camarão-cabeçudo PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Heterocarpus ensifer Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) 42 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne firme e ligeiramente doce, com baixo conteúdo em gorduras, alto em proteínas e relativamente elevado em ómega-3 e 6. Cerca de 47 peças grandes em 1 kg. Fêmeas maduras durante todo o ano, distinguíveis pelo azul intenso dos seus ovos. Abundância moderada nos nossos mares, pouco disponível na atual pesca artesanal com covos. Peso máximo 21,6 g Época de reprodução Janeiro - dezembro TMC 18 mm Sistema de pesca Covos bentónicos e covos semi-flutuantes de camarão Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total da carapaça Valor Médio Proteínas 19,66 Gorduras totais 1,54 Ácidos gordos saturados SAT 0,39 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,50 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,53 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,51 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,09 Hidratos de carbono 0,39 Água 77,81 Valor proteico (g/kcal) 15,59 Energia (kcal/100 g) Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 126,32 Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 14,89 Ácido araquidónico AA 2,95 Ácido eicosapentaenóico EPA 13,98 Ácido docosapentaenóico DPA 0,48 Ácido docosahexaenóico DHA 18,37 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,62 EPA + DHA 32,35 AA / EPA 0,21 EPA / DHA 0,76 Ácido oleico / DHA 0,81 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,46 n-3 / n-6 5,91 n-6 / n-3 0,17 43 Camarão-cabeçudodo-alto (gigante) PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Heterocarpus laevigatus Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 17,32 Gorduras totais 1,12 Ácidos gordos saturados SAT 0,28 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,42 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,32 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,31 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,08 Hidratos de carbono 1,11 Água 79,10 Valor proteico (g/kcal) 15,10 Energia (kcal/100 g) 114,79 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 44 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne firme e bastante doce, com baixo conteúdo em gorduras, moderado em proteínas e elevado em ómega-6. Cerca de 12 peças grandes em 1 kg. Fêmeas maduras durante todo o ano, distinguíveis pelo azul intenso dos seus ovos. Abundância baixa a moderada nos nossos mares, ocasionalmente disponível na incipiente pesca artesanal, com covos para caranguejo-da-fundura ou real. Peso máximo 86,8 g Época de reprodução Maio - novembro TMC 41 mm Sistema de pesca Covos bentónicos e covos de caranguejo Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total da carapaça Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 23,45 Ácido araquidónico AA 4,17 Ácido eicosapentaenóico EPA 11,79 Ácido docosapentaenóico DPA 0,83 Ácido docosahexaenóico DHA 13,83 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,40 EPA + DHA 25,62 AA / EPA 0,35 EPA / DHA 0,89 Ácido oleico / DHA 1,76 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,93 n-3 / n-6 4,00 n-6 / n-3 0,25 45 Camarão-cabeçudo-do-alto PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Heterocarpus grimaldii Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 18,14 Gorduras totais 0,73 Ácidos gordos saturados SAT 0,22 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,30 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,15 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,13 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,05 Hidratos de carbono 1,04 Água 79,16 Valor proteico (g/kcal) 15,72 Energia (kcal/100 g) 115,40 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 46 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne tenra e bastante doce, com baixo conteúdo em gorduras, moderado em proteínas e relativamente elevado em ómega-6. Cerca de 27 peças grandes em 1 kg. Fêmeas maduras durante todo o ano, distinguíveis pelo azul intenso dos seus ovos. Abundância moderada a baixa nos nossos mares, apenas disponível a partir de pescas experimentais com covos a grandes profundidades. Peso máximo 37,6 g Época de reprodução Maio - dezembro TMC 27 mm Sistema de pesca Covos bentónicos e covos de caranguejo Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total da carapaça Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 23,40 Ácido araquidónico AA 3,88 Ácido eicosapentaenóico EPA 10,57 Ácido docosapentaenóico DPA 0,84 Ácido docosahexaenóico DHA 7,13 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,20 EPA + DHA 17,70 AA / EPA 0,38 EPA / DHA 1,50 Ácido oleico / DHA 3,38 Ácido oleico / (EPA + DHA) 1,35 n-3 / n-6 3,32 n-6 / n-3 0,31 47 Caranguejos Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia 48 49 Matérias-primas Caranguejos Sapateira-dasilhas ou denteada PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Cancer bellianus Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 15,74 Gorduras totais 0,48 Ácidos gordos saturados SAT 0,09 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,14 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,17 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,14 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,07 Hidratos de carbono 1,16 Água 81,45 Valor proteico (g/kcal) 15,42 Energia (kcal/100 g) 101,17 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 50 De carne mais ou menos firme e certamente bastante doce, com nível muito baixo em gorduras e elevado em proteínas e ómega-6. Não possui tanta carne como a sua “prima” tão apreciada, a sapateira europeia Cancer pagurus, de águas mais frias, ainda que alcance quase 2 kg de peso. As fêmeas maduras não se deixam capturar. Abundância moderada nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com covos bentónicos de caranguejo. DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS Tamanho máximo 22,1 cm Peso máximo 1,92 kg Época de reprodução Novembro - março TMC 19 cm Sistema de pesca Covos bentónicos e covos de caranguejo Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em largura total da carapaça Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 13,72 Ácido araquidónico AA 10,82 Ácido eicosapentaenóico EPA 17,21 Ácido docosapentaenóico DPA 1,49 Ácido docosahexaenóico DHA 8,66 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,24 EPA + DHA 25,87 AA / EPA 0,71 EPA / DHA 2,07 Ácido oleico / DHA 1,80 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,60 n-3 / n-6 2,83 n-6 / n-3 0,50 51 ESTUDO DE RENDIMENTO COMERCIAL EM CARANGUEJOS DE PROFUNDIDADE Laboratórios culinários HECANSA - ICCM Matéria-prima Nome científico Subproduto Carne limpa Aproveitamento médio Sapateira-das-ilhas ou denteada Cancer bellianus 82 - 80% 18 - 20% 19,0% Caranguejo-da-fundura ou real Chaceon affinis 88 - 85% 12 - 15% 13,5% Composição e aplicações do subproduto aproveitável na cozinha Carapaças limpas: servem de base para a apresentação de preparados efetuados, utilizando os próprios caranguejos como matéria-prima. 52 53 Caranguejola PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Paromola cuvieri Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 15,91 Gorduras totais 0,48 Ácidos gordos saturados SAT 0,08 Ácidos gordos monoinssaturados MUFA 0,11 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,19 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,17 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,08 Hidratos de carbono 1,08 Água 82,55 Valor proteico (g/kcal) 15,76 Energia (kcal/100 g) 95,93 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 54 De carne fina e bastante doce, com nível muito DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS baixo em gorduras, moderado em proteínas Tamanho máximo 15 cm e ómega-6. Não possui muita carne e é difícil Peso máximo 2,7 kg de limpar (devido aos espinhos), ainda assim Época de reprodução Janeiro - dezembro alcança os 2,7 kg. Fêmeas maduras durante todo o ano, distinguíveis pelo vermelho intenso dos seus ovos. Relativamente abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com covos bentónicos de caranguejo. TMC 7,4 cm Sistema de pesca Covos bentónicos e covos de caranguejo Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em largura total da carapaça Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 15,49 Ácido araquidónico AA 12,18 Ácido eicosapentaenóico EPA 23,14 Ácido docosapentaenóico DPA 0,81 Ácido docosahexaenóico DHA 12,09 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,27 EPA + DHA 35,33 AA / EPA 0,57 EPA / DHA 1,98 Ácido oleico / DHA 1,33 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,44 n-3 / n-6 2,34 n-6 / n-3 0,34 55 Caranguejo-da-fundura ou real PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Chaceon affinis Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 18,23 Gorduras totais 0,73 Ácidos gordos saturados SAT 0,13 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,20 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,25 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,23 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,13 Hidratos de carbono 0,84 Água 79,55 Valor proteico (g/kcal) 16,04 Energia (kcal/100 g) 113,47 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 56 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne muito fina e bastante doce, com nível muito baixo em gorduras, moderado em Tamanho máximo 18,6 cm proteínas e elevado em ómega-6. Não possui Peso máximo 2,5 kg muita carne, ainda assim alcança os 2,5 kg. Época de reprodução Dezembro - maio Qualidade superior à famosa navalheira. Fêmeas maduras durante quase todo o ano, distinguíveis pelos seus ovos, com cores que variam entre o vermelho, laranja ou púrpura claro até preto cinza. Relativamente abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com covos bentónicos de caranguejo. TMC 13 cm Sistema de pesca Covos bentónicos e covos de caranguejo Nível de exploração Incipiente Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em largura total da carapaça Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 15,45 Ácido araquidónico AA 13,98 Ácido eicosapentaenóico EPA 15,49 Ácido docosapentaenóico DPA 1,38 Ácido docosahexaenóico DHA 13,67 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,38 EPA + DHA 29,16 AA / EPA 0,94 EPA / DHA 1,17 Ácido oleico / DHA 1,16 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,53 n-3 / n-6 1,89 n-6 / n-3 0,56 57 Peixes Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia 58 59 Matérias-primas Peixes Abrótea PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Phycis phycis Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 22,26 Gorduras totais 0,73 Ácidos gordos saturados SAT 0,19 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,09 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,39 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,37 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,05 Hidratos de carbono 0,38 Água 76,15 Valor proteico (g/kcal) 16,61 Energia (kcal/100 g) 133,90 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 60 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne macia e fácil de esfoliar, com muito poucas espinhas, com nível baixo em gorduras e elevado em proteínas. Pode superar os 3,6 kg. Altamente apreciado nas Canárias ocidentais e na Madeira. Fêmeas com ovas desenvolvidas no outono e princípios de inverno. Atualmente de abundância moderada nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com anzol, covos bentónicos de caranguejo e rede de emalhar. Tamanho máximo 65 cm Peso máximo 3,635 kg Época de reprodução Outubro - janeiro TMC 37 cm Sistema de pesca Anzol, covos bentónicos de caranguejo Nível de exploração Elevado Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 8,74 Ácido araquidónico AA 2,41 Ácido eicosapentaenóico EPA 4,21 Ácido docosapentaenóico DPA 2,19 Ácido docosahexaenóico DHA 45,25 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,43 EPA + DHA 49,45 AA / EPA 0,58 EPA / DHA 0,09 Ácido oleico / DHA 0,20 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,18 n-3 / n-6 8,60 n-6 / n-3 0,12 61 Cachucho / dentão PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Dentex macrophthalmus / maroccanus Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) 62 Proteínas 20,18 Gorduras totais 0,85 Ácidos gordos saturados SAT 0,27 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,17 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,35 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,34 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,05 Hidratos de carbono 0,39 Água 78,34 Valor proteico (g/kcal) 16,53 Energia (kcal/100 g) 123,25 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) De carne firme, com nível baixo em gorduras e elevado em proteínas e ómega-6. Pode alcançar um peso de 420 g (cachucho) e 700 g (dentão). Fêmeas com ovas quase todo o ano (cachucho) ou de maio a agosto (dentão). Relativamente abundantes em Canárias e águas africanas adjacentes, disponíveis na pesca artesanal com anzol e covos bentónicos de caranguejo. Ausentes na Madeira e nos Açores. DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEROS Tamanho máximo 31 cm 39 cm Peso máximo 420 g 700 g Época de reprodução fevereiro - novembro maio – agosto TMC 18 cm 20 cm Sistema de pesca Anzol, covos bentónicos de caranguejo Anzol, covos bentónicos de caranguejo Elevado Médio Nível de exploração Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 13,57 Ácido araquidónico AA 2,52 Ácido eicosapentaenóico EPA 4,74 Ácido docosapentaenóico DPA 2,31 Ácido docosahexaenóico DHA 32,44 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,40 EPA + DHA 37,17 AA / EPA 0,53 EPA / DHA 0,15 Ácido oleico / DHA 0,42 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,36 n-3 / n-6 6,88 n-6 / n-3 0,15 63 Congro PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Conger conger Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 18,85 Gorduras totais 0,73 Ácidos gordos saturados SAT 0,28 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,17 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,29 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,28 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,05 Hidratos de carbono 0,39 Água 79,36 Valor proteico (g/kcal) 16,43 Energia (kcal/100 g) 114,77 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 64 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne firme, de sabor peculiar algo gelatinoso. Com nível muito baixo em gorduras, moderado em proteínas e relativamente elevado em ómega-6. Pode ultrapassar os 100 kg de peso. Machos não vulneráveis às artes utilizadas; apenas se capturam fêmeas, que se reproduzem no verão. Relativamente abundantes nos nossos mares, capturados na pesca artesanal com covos bentónicos e aparelhos de anzol. Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 13,72 Ácido araquidónico AA 3,71 Ácido eicosapentaenóico EPA 3,44 Ácido docosapentaenóico DPA 1,94 Ácido docosahexaenóico DHA 33,29 Tamanho máximo 300 cm Índices nutricionais Peso máximo 110 kg (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,34 Época de reprodução Verão EPA + DHA 36,73 TMC — AA / EPA 1,08 Covos bentónicos e aparelhos de anzol EPA / DHA 0,10 Sistema de pesca Ácido oleico / DHA 0,43 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,39 n-3 / n-6 6,35 n-6 / n-3 0,16 Nível de exploração Médio Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio 65 Requeme ou bagre / cântaro PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Pontinus kuhlii Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 19,93 Gorduras totais 0,48 Ácidos gordos saturados SAT 0,09 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,11 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,26 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,23 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,04 Hidratos de carbono 0,30 Água 79,00 Valor proteico (g/kcal) 16,85 Energia (kcal/100 g) 118,28 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 66 De carne branca e firme, com nível muito baixo em gorduras e elevado em proteínas. Pode alcançar os 2,2 kg de peso. Altamente apreciado na Macaronésia. Fêmeas com ovas desenvolvidas entre junho e outubro. Moderadamente abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com covos bentónicos e anzol. DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS Tamanho máximo 49 cm Peso máximo 2,2 kg Época de reprodução Junho - outubro TMC 32 cm Sistema de pesca Covos bentónicos, anzol Nível de exploração Médio Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 7,67 Ácido araquidónico AA 2,12 Ácido eicosapentaenóico EPA 22,09 Ácido docosapentaenóico DPA 3,11 Ácido docosahexaenóico DHA 21,34 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,30 EPA + DHA 43,43 AA / EPA 0,10 EPA / DHA 1,06 Ácido oleico / DHA 0,36 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,18 n-3 / n-6 7,50 n-6 / n-3 0,13 67 Cherne PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Polyprion americanus Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 20,87 Gorduras totais 2,75 Ácidos gordos saturados SAT 0,75 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,88 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,91 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,88 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,17 Hidratos de carbono 0,43 Água 74,82 Valor proteico (g/kcal) 14,50 Energia (kcal/100 g) 143,88 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 68 De carne esbranquiçada e saborosa (ligeiramente gordurosa), identificável pela cor da pele que permanece aderida. Produto semi-gorduroso, com nível elevado em proteínas, ómega-3 e 6. Alcança um peso de 100 kg. Muito apreciado na Macaronésia, principalmente nos Açores e na Madeira. Fêmeas com ovas desenvolvidas no verão. Moderadamente abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com anzol. DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 17,58 Ácido araquidónico AA 2,68 Ácido eicosapentaenóico EPA 4,61 Ácido docosapentaenóico DPA 2,56 Ácido docosahexaenóico DHA 24,20 Índices nutricionais Valor Médio Tamanho máximo 210 cm (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 1,08 Peso máximo 100 kg EPA + DHA 28,81 Época de reprodução Verão AA / EPA 0,60 TMC 78 cm EPA / DHA 0,20 Sistema de pesca Anzol Ácido oleico / DHA 0,82 Nível de exploração Médio - alto Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,67 n-3 / n-6 5,42 n-6 / n-3 0,19 Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total 69 Goraz PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Pagellus bogaraveo Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 19,16 Gorduras totais 0,63 Ácidos gordos saturados SAT 0,20 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,10 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,26 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,25 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,15 Hidratos de carbono 0,30 Água 78,99 Valor proteico (g/kcal) 16,64 Energia (kcal/100 g) 116,27 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 70 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne branca e firme, com nível muito baixo em gorduras, moderado em proteínas Tamanho máximo 54 cm e elevado em ómega-6. Pode atingir um peso Peso máximo 2,275 kg superior a 2,2 kg. Muito apreciado nos Açores, Época de reprodução dezembro - março Madeira, Cantábrico e Andaluzia ocidental. Fêmeas com ovas desenvolvidas entre dezembro e março. Moderadamente abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com anzol e covos bentónicos. TMC 36 cm Sistema de pesca Anzol, covos bentónicos Nível de exploração Médio - alto Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 8,47 Ácido araquidónico AA 4,14 Ácido eicosapentaenóico EPA 3,06 Ácido docosapentaenóico DPA 2,41 Ácido docosahexaenóico DHA 35,75 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,42 EPA + DHA 38,81 AA / EPA 1,37 EPA / DHA 0,09 Ácido oleico / DHA 0,27 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,24 n-3 / n-6 3,62 n-6 / n-3 0,55 71 Boca-negra PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Helicolenus dactylopterus Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 19,10 Gorduras totais 0,74 Ácidos gordos saturados SAT 0,20 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,18 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,29 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,28 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,06 Hidratos de carbono 0,65 Água 79,22 Valor proteico (g/kcal) 16,32 Energia (kcal/100 g) 117,08 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 72 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne branca, firme e ligeiramente doce. Com nível muito baixo em gorduras e moderado em proteínas e ómega-6. Pode atingir um peso superior a1,6 kg. Altamente apreciado na Macaronésia e no Mediterrâneo espanhol. Fêmeas com ovas desenvolvidas quase todo o ano. Moderadamente abundante nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com covos bentónicos e anzol. Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 13,60 Ácido araquidónico AA 3,99 Ácido eicosapentaenóico EPA 3,82 Ácido docosapentaenóico DPA 2,09 Ácido docosahexaenóico DHA 32,90 Tamanho máximo 45 cm Índices nutricionais Peso máximo 1,63 kg (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,35 Época de reprodução Todo o ano EPA + DHA 36,72 TMC 24 cm AA / EPA 1,06 Sistema de pesca Covos bentónicos, anzol EPA / DHA 0,12 Nível de exploração Madeira e Açores, médio Canárias, incipiente Ácido oleico / DHA 0,45 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,39 n-3 / n-6 4,66 n-6 / n-3 0,22 Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio 73 Pescada PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Merluccius merluccius Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas Gorduras totais DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne branca e pouco firme, com nível de gorduras muito variável segundo a época Tamanho máximo 140 cm (desde extraordinariamente baixo até Peso máximo 15 kg moderadamente semi-gorduroso), e elevado Dezembro - abril em proteínas. Alcança os 15 kg; os exemplares Época de reprodução capturados em Canárias superam os 4,5 kg de TMC 46 cm peso. Altamente apreciado nos mercados de Sistema de pesca Anzol Portugal e Espanha. Nível de exploração Fêmeas com ovas desenvolvidas entre dezembro e abril, muito apreciadas. Médio - elevado Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total 20,40 0,41 - 1,50 Ácidos gordos saturados SAT 0,14 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,07 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,24 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,23 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0.04 Hidratos de carbono 0,24 Água 78,30 Valor proteico (g/kcal) 16,99 Energia (kcal/100 g) 120,07 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 74 Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 9,66 Ácido araquidónico AA 5,12 Ácido eicosapentaenóico EPA 5,06 Ácido docosapentaenóico DPA 1,48 Ácido docosahexaenóico DHA 39,68 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,28 EPA + DHA 44,74 AA / EPA 1,03 EPA / DHA 0,13 Ácido oleico / DHA 0,24 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,22 n-3 / n-6 5,79 n-6 / n-3 0,17 75 Alfonsim-da-costa-larga ou imperador PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Beryx decadactylus Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 18,03 Gorduras totais 5,42 Ácidos gordos saturados SAT 0,28 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,53 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,18 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,00 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,01 Hidratos de carbono 1,44 Água 72,73 Valor proteico (g/kcal) 14,23 Energia (kcal/100 g) 126,69 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 76 De carne branca, delicada e muito saborosa (ligeiramente gordurosa). Produto gorduroso (ainda que muito menos do que a sardinha), com nível moderado em proteínas. Alcança os 3 kg. Altamente apreciado na Macaronésia. Fêmeas com ovas desenvolvidas entre agosto e março. Pouco abundante nos nossos mares. Disponível na pesca artesanal com anzol dirigida ao alfonsim-da-costa-estreita ou alfonsim. DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS Tamanho máximo 64 cm Peso máximo 3 kg Época de reprodução Agosto - março TMC 39 cm Sistema de pesca Anzol Nível de exploração Médio - elevado Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 40,73 Ácido araquidónico AA 0,23 Ácido eicosapentaenóico EPA 2,58 Ácido docosapentaenóico DPA 1,60 Ácido docosahexaenóico DHA 13,10 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,19 EPA + DHA 15,68 AA / EPA 0,09 EPA / DHA 0,20 Ácido oleico / DHA 3,11 Ácido oleico / (EPA + DHA) 2,60 n-3 / n-6 18,30 n-6 / n-3 0,05 77 Alfonsim-da-costa-estreita ou alfonsim PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Beryx splendens Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 20,79 Gorduras totais 1,73 Ácidos gordos saturados SAT 0,51 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,61 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,51 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,50 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,07 Hidratos de carbono 0,05 Água 76,96 Valor proteico (g/kcal) 15,18 Energia (kcal/100 g) 133,17 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 78 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne branca, delicada e saborosa (ligeiramente gordurosa). Produto semiTamanho máximo 46,5 cm gorduroso (ainda que muito menos de que Peso máximo 1,4 kg o cherne), com nível elevado em proteínas e Época de reprodução Julho – agosto ómega-6, e relativamente elevado em ómega-3. TMC 37 cm Alcança 1,4 kg de peso. Muito apreciado na Macaronésia e regiões do NO de Espanha. Sistema de pesca Anzol Fêmeas com ovas desenvolvidas no verão. Moderadamente abundante nos nossos mares, principalmente em montes submarinos sazonalmente. Disponível na pesca artesanal com anzol dirigido a este recurso. Nível de exploração Médio – elevado Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 22,40 Ácido araquidónico AA 1,85 Ácido eicosapentaenóico EPA 3,68 Ácido docosapentaenóico DPA 1,60 Ácido docosahexaenóico DHA 26,37 Índices nutricionais Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,58 EPA + DHA 15,68 AA / EPA 2,18 EPA / DHA 0,15 Ácido oleico / DHA 1,02 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,88 n-3 / n-6 743 n-6 / n-3 0,14 79 Abrótea-do-alto ou melga / juliana PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Mora moro Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 21,35 Gorduras totais 1,34 Ácidos gordos saturados SAT 0,34 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,20 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,45 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,45 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,01 Hidratos de carbono 0,04 Água 75,34 Valor proteico (g/kcal) 21,91 Energia (kcal/100 g) 97,46 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 80 De carne branca, moderadamente firme e saborosa. Produto semi-gorduroso (ainda que menos do que o cherne ou o alfonsim-da-costaestreita), com nível alto em proteínas e ómega-3. Pode atingir um peso superior a 4,7 kg. Fêmeas com ovas desenvolvidas entre outubro e dezembro. Abundância moderada nos nossos mares, disponível na pesca artesanal com anzol. DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS Tamanho máximo 73 cm Peso máximo 4,75 kg Época de reprodução Outubro - dezembro TMC 51 cm Sistema de pesca Anzol Nível de exploração Madeira e Açores, médio Canárias, baixo Apreciação pelo consumidor TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 14,92 Ácido araquidónico AA 0,13 Ácido eicosapentaenóico EPA 6,34 Ácido docosapentaenóico DPA 2,49 Ácido docosahexaenóico DHA Índices nutricionais 36,18 Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,46 EPA + DHA 42,52 AA / EPA 0,02 EPA / DHA 0,18 Ácido oleico / DHA 0,41 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,35 n-3 / n-6 45,25 n-6 / n-3 0,02 81 Peixe-espada preto PROPRIEDADES NUTRICIONAIS Aphanopus carbo / Aphanopus intermedius Composição bioquímica (gramas/100 gramas de porção comestível) Proteínas 18,54 Gorduras totais 0,70 Ácidos gordos saturados SAT 0,19 Ácidos gordos monoinsaturados MUFA 0,16 Ácidos gordos ω-3 (ómega-3) 0,29 Ácidos gordos ω-3 HUFA (ómega-3 HUFA) 0,28 Ácidos gordos ω-6 (ómega-6) 0,05 Hidratos de carbono 0,42 Água 80,07 Valor proteico (g/kcal) 16,44 Energia (kcal/100 g) 112,85 Perfil lipídico (gramas/100 gramas de ácido gordo identificado) 82 DADOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS De carne branca (ainda que a sua pele seja negra) e firme. Com nível muito baixo em gorduras, moderado em proteínas e relativamente elevado em ómega-6. Pode superar os 4 kg. Muito apreciado na Madeira e, em menor escala, nos Açores e Portugal continental. Fêmeas com ovas desenvolvidas entre novembro e março. Abundante, mas em acentuado declínio na Madeira e bancos submarinos adjacentes (A. carbo). A sua pesca expandiu-se, na última década, para os mares dos Açores e Canárias. Tamanho máximo 141 / 151 cm Peso máximo 4,3 / 4,5 kg Época de reprodução Novembro - março TMC 110 cm (em Canárias) Sistema de pesca Espinhel (palangre horizontal derivante a meia-água) Nível de exploração Canárias Madeira Açores Médio Alto Médio Apreciação pelo consumidor Canárias Madeira Açores TMC, Tamanho mínimo de captura (legal ou recomendado), em comprimento total Valor Médio Valor Médio Ácido oleico (MUFA) 13,34 Ácido araquidónico AA 5,38 Ácido eicosapentaenóico EPA 4,66 Ácido docosapentaenóico DPA 1,54 Ácido docosahexaenóico DHA Índices nutricionais 32,91 Valor Médio (n-3+n-6) poliinsaturados (PUFA) totais 0,34 EPA + DHA 37,57 AA / EPA 1,18 EPA / DHA 0,14 Ácido oleico / DHA 0,44 Ácido oleico / (EPA + DHA) 0,39 n-3 / n-6 5,54 n-6 / n-3 0,19 83 Camarões 84 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia 85 Receitas Camarões Gamba-da-Madeira EPHTM GAMBA-DA-MADEIRA SALTEADA COM CHUTNEY DE ABACATE 1 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CAMARÓN SALTEADO CON CHUTNEY DE AGUACATE Ingredientes 500 g de gamba-da-Madeira 2 -3 g de salsa 200 g de abacate q.b. (quanto baste) de limão 2dl de vinho da Madeira 3dl de azeite q.b. de canela em pau 50 g de açúcar 15 - 20 g de alho seco 86 87 Modo de preparação • Descascar a gamba-da-Madeira e saltear com azeite e alho seco. Juntar o vinho da Madeira, dispor no prato e, à parte, servir o chutney de abacate. Molho chutney de abacate • Descascar o abacate e pôr num tacho com açúcar, canela e vinho da Madeira a ferver. • Em seguida, adicionar o abacate cortado em cubos e deixar cozer até esmagar, arrefecer e servir à parte da gamba-da-Madeira. Dicas do chefe Sempre que usarmos abacate, devemos salpicar com sumo de limão para não escurecer ou perder algumas das suas características. Gamba-da-Madeira EPHTM 2 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GAMBA-DA-MADEIRA COZIDA COM DIÓSPIRO E MOLHO DE ABACATE CAMARÓN COCIDO CON CAQUI Y SALSA DE AGUACATE Ingredientes 500 g de gamba-da-Madeira 4 dióspiros 3 dl de maionese 2 abacates 150 g de alface 2 limões 50 g salsa 4 azeitonas pretas 1 dl de vinho da Madeira 1 dl brandy 30 g de rama de funcho 30 g rama de cebolinho 88 89 Modo de preparação • Cozer a gamba-da-Madeira em água abundante. Depois de cozida, deixar arrefecer e descascar. Cortar os dióspiros a meio e retirar a polpa. Rechear o dióspiro com as gambas. • Cobrir as gambas da Madeira com o molho e guarnecer com os restantes ingredientes. Servir com o limão em gomos. • Servir sempre frio e acompanhar com crotões de pão diversos. Molho de abacate • Retirar a polpa da abacate e salpicar com limão. Passar a abacate pelo passador o mais fino possível. Adicionar ao abacate a maionese e envolver muito bem. Aromatizar com vinho da Madeira e brandy. • Polvilhar com rama de cebolinho e rama de funcho picada, o mais fino possível, e retificar os temperos. Dicas do chefe Este prato também poderá ser servido com outros molhos feitos à base de frutos tropicais ou simplesmente frutos vermelhos. Gamba-da-Madeira EPHTM 3 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GAMBA-DA-MADEIRA COZIDA AO NATURAL COM AROMA DE LIMÃO CAMARÓN COCIDO AL NATURAL CON AROMA DE LIMÓN Ingredientes 500 g de gamba-da-Madeira 2 limões 50 g de salsa 30 g de alho seco 1 pimenta da terra pequena 3 folhas de louro q.b. de sal grosso 90 91 Modo de preparação • Num tacho com água abundante, temperar com salsa, alho seco esmagado, pimenta da terra, louro e sal grosso abundante, deixar ferver. • Logo que esteja em ebulição colocar a gamba-da-Madeira e deixar ferver durante três a quatro minutos. Retirar do lume e colocar debaixo de água fria corrente. Adicionar um pouco de gelo, para parar a cozedura o mais rapidamente possível. Retirar a gamba da água e colocar num recipiente. • Na hora de servir, espremer alguns gomos de limão por cima da gamba-daMadeira e salpicar com sal marinho. Servir logo de seguida. Dicas do chefe Podemos servir, à parte, alguns molhos frios. Exemplo: maionese e seus derivados, molho vinagreta e seus derivados e ainda molhos feitos com frutas tropicais. Gamba-da-Madeira EPHTM 4 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GAMBA-DA-MADEIRA SALTEADO SOBRE CROTÕES DE BOLO DO CACO AO PERFUME DE GRAND MARNIER CAMARÓN SALTEADO SOBRE REBANADAS DE BOLO DO CACO AL PERFUME DE GRAND MARNIER Ingredientes 92 500 g de gamba-da-Madeira 300 g de bolo do caco 40 g de manteiga 100 g de cebola picada 100 g de alho seco picado 50 g de rama de cebolinho 1 queijo fresco do Santo da Serra 4 dl de Grand Marnier 3 dl de natas 3 dl de azeite 2 folhas de louro 3 dl de vinho branco 30 g de coentros Modo de preparação • Descascar a gamba-da-Madeira e temperar com sal, pimenta e sumo de limão. À parte cortar o bolo do caco a meio e barrar com a manteiga de alho. Levar à salamandra a gratinar. • Num sauté, alourar em azeite a cebola e o alho seco, e juntar a gamba-daMadeira. Saltear e, em seguida, refrescar com o vinho branco. Adicionar as natas e deixar reduzir, adicionar o Grand Marnier e deixar novamente reduzir. Amaciar com manteiga clarificada e juntar a salsa e os coentros picados, retificar de sal e pimenta. • Cobrir os crotões do bolo do caco com a gamba-da-Madeira e o respetivo molho, polvilhar com o queijo fresco e levar a gratinar. Dicas do chefe Para acompanhar, podemos servir uma salada de rúcula com tomate cherry salteada com orégãos e azeite virgem. Também podemos servi-lo sem ser gratinado. Em substituição do bolo do caco, podemos servir o famoso inhame frito em mel-decana da Madeira. 93 Gamba-da-Madeira EFTH CRÈME BRÛLÉE DE CAMARÃOEDUARDO E ESPUMA DE FUNCHO 5 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CREMA QUEMADA (CATALANA) DE CAMARÓN SOLDADO Y ESPUMA DE HINOJO Ingredientes 94 Crème brûlée 200 g de camarão-eduardo 5 gemas de ovo 400 ml de natas 100 ml de leite 1/2 vagem de baunilha Espuma de funcho 10 g de funcho 4 folhas de gelatina 500 ml de natas 50 ml de azeite 20 ml de vinho branco 10 g de alho 5 g de sal 5 g de pimenta em pó Modo de preparação Crème brûlée • Bater as gemas. • Ferver o leite com as natas e a baunilha. Deixar reduzir. Adicionar as gemas com cuidado, evitando que cozam. Temperar com sal e pimenta e reservar. • Temperar o camarão com sal, pimenta e azeite e saltear em azeite. Separar dois camarões para a decoração. Cortar os restantes em brunesa e adicionar ao preparado anterior. Levar a cozer em banho-maria, durante 70 minutos, a 140 graus, no recipiente em que se deseja empratar. Deixar arrefecer. Espuma de funcho • Ferver água e adicionar o funcho. Triturar e passar por um passador. Bater as natas ligeiramente em relevo, adicionar as folhas de gelatina e um pouco da infusão de funcho para que as natas fixem o sabor. Colocar num sifão e reservar no frio. • Servir o crème brulée com a espuma de funcho. • Colocar num sifão e reservar no frio. Servir o crème brûlée e adicionar a espuma de funcho por cima. 95 Gamba-da-Madeira HECANSA 6 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GAMBA-DA-MADEIRA COM VÉU DE PRESUNTO E MOLHO DE AÇAFRÃO DAS CANÁRIAS CAMARONES CON VELO DE JAMÓN Y AJADA DE AZAFRANILLO CANARIO Ingredientes 96 800 g de gamba-da-Madeira 125 g de presunto ibérico 500 g de batata 10 ml de azeite q.b. de pimenta-preta 10 g de sal 4 dentes de alho q.b. de açafrão das Canárias Modo de preparação • Cozer as gambas-da-Madeira, deixar esfriar e pelar. Envolver com umas fatias finíssimas de presunto ibérico e colocar no forno. • Cozer as batatas e fazer um puré, aligeirar com um pouco de azeite. Retificar de sal e pimenta. Molho de açafrão das Canárias • Dourar o alho esmagado em azeite, retirar do fogo e adicionar açafrão. Adicionar este molho ao puré e misturar. • Colocar num prato o puré com o molho e, em cima, as gambas com o véu de presunto ibérico. 97 Gamba-da-Madeira HECANSA 7 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia SALADA DE REBENTOS COM GAMBASDA-MADEIRA MARINADAS EM VINAGRE DE FRAMBOESA ENSALADA DE GERMINADOS CON CAMARÓN SOLDADO MACERADO EN VINAGRE DE FRAMBUESA Ingredientes 200 g de gamba-da-Madeira 10 g de pimenta rosa 20 g de rebentos de soja 30 g de rebentos de grãos de bico 10 g de flôr de sal 40 g de framboesas 20 g de lentilhas 10 g de endívia 98 Uma fatia de pão de baguete 60 g de tomate cherry 10 g de agrião 100 ml de azeite virgem 150 g de beringelas 200 g de alfaces frisadas 200 ml de vinagre de framboesa Modo de preparação Salada de verduras • Lavar e deixar escorrer todas as verduras. Misturar, temperar e reservar. Rebentos • Pôr de molho as lentilhas, a soja e os grãos-de-bico durante aproximadamente 12 horas. Deixar escorrer e tapar com panos húmidos até germinarem totalmente. Conservar no frio. Gambas marinadas • Descascar as gambas-da-Madeira e cobrir com vinagre de framboesa. Tapar e deixar a marinar durante aproximadamente 12 horas. Puré de beringelas • Lavar e cortar a beringela em cubos grandes. Fritar com grande quantidade de azeite. Temperar e esmagar com o auxílio de um garfo. Conservar no frio. Empratamento • Colocar no centro do prato um pouco do puré de beringelas, colocar um molde redondo de aço inoxidável e preencher com a mistura de verduras. Retirar e dividir os germinados, as framboesas e as gambas marinadas. Acompanhar com dois tomates cherry partidos a meio. Temperar e decorar com pão torrado com azeite e pimenta rosa. 99 Gamba-da-Madeira HECANSA 8 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GAMBA-DA-MADEIRA SALTEADA COM BATATAS AO PIMENTÃO E VINAGRETA DE PISTÁCIO CAMARÓN SOLDADO SALTEADO CON PAPAS AL PIMENTÓN Y VINAGRETA DE PISTACHOS Ingredientes 100 500 g de gamba-da-Madeira 1 kg de batata salteadas 250 g de pistácio pelado e picado q.b. de mostarda 2 gemas de ovo cozido q.b. de azeite q.b. de sal q.b. de pimentão q.b. de vinagre balsâmico Modo de preparação Batatas com pimentão Cozer as batatas com casca. Quando estiverem tenras, cortar em fatias e saltear em azeite. Quando tiverem cor, retirar do fogo e adicionar o pimentão, procurando que as cubra bem. Vinagreta Misturar os ingredientes numa tigela e adicionar os pistácios picados. Salteado Saltear as gambas em azeite quente até que estejam cozinhadas.Temperar com sal. Num prato, colocar as batatas, por cima, as gambas e regar com a vinagreta de pistácios. 101 Gamba-da-Madeira HECANSA 9 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia COQUETEL DE GAMBA-DA-MADEIRA COM MANGO, ABACATE, SORVETE DE AZEITONA VERDE E ÁGUA DE TOMATE CÓCTEL DE CAMARONES CON MANGO, AGUACATE, SORBETE DE ACEITUNA VERDE Y AGUA DE TOMATE Ingredientes 800 g de gamba-da-Madeira 200 g de alface 400 g de abacate 3 dl de azeite virgem 40 g de cebola fresca 800 g de tomate maduro 102 gelatina 400 g de azeitona verde sem caroço 200 g de glucose q.b. de sal Maldon 400 g de mango Modo de preparação • Escaldar as gambas em água a ferver e pelar, guardando as cabeças. Moer as cabeças com azeite virgem e passar por uma peneira. • Com uma liquidificadora triturar as azeitonas verdes e ao sumo resultante adicionar a glucose atomizada. Deixar repousar 12 horas e passar por uma sorveteira. • Triturar os tomates na picadora e deixar coar o molho por uma peneira por 5 horas, e depois passar por um tamis durante 12 horas. Daqui tirar 75 cl de água de tomate. Embeber a gelatina em água com gelo e secar muito bem. Aquecer 1/5 da água com a gelatina e, quando estiver fundido, misturar com o resto da água de tomate. Colocar um pouco em taças tipo Martini e deixar repousar no frio por 2 horas. • Cortar a cebola fresca em juliana muito fina e macerar 3 horas com vinagre e sal. • Cortar os abacates e os mangos em lâminas muito finas e a alface em juliana. • Na taça, com o sumo de tomate, colocar a alface e, por cima, as lâminas de mango e abacate e os camarões. Cobrir com o azeite das cabeças e terminar com uma colher de sorvete de azeitonas. * Nota: Um tamis é um pano para passar creme ou molho e, desta maneira, obter um produto mais ligeiro 103 Gamba-da-Madeira HECANSA 10 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia BATATAS RECHEADAS COM GAMBADA-MADEIRA E OVO DE CODORNIZ PAPAS RELLENAS DE CAMARÓN SOLDADO CON HUEVO DE CODORNIZ Ingredientes 104 130 g de gamba-da-Madeira 2 batatas médias 130 g de manteiga 70 g de cebola Guayonge (de Tenerife) 70 g de cenoura 70 g de aipo 130 ml de leite 40 g de farinha 10 g de sal fino q.b. de pimenta branca moída 10 g de queijo ralado 70 ml de azeite virgem 2 ovos de codorniz Modo de preparação • Descascar as batatas, dar-lhes forma e esvaziar, fazendo um buraco. • Pelar e picar muito fino a cebola, a cenoura e o aipo. Colocar uma panela ao lume com manteiga e adicionar a cebola, cenoura e o aipo. Refogar e adicionar a farinha, fazer um roux e adicionar o leite lentamente até conseguir uma massa cremosa. Terminar, juntando a carne das gambas picada, e temperar com sal e pimenta. • Cozer as batatas em água abundante durante 5 minutos, e fritar em azeite, lentamente, até que estejam douradas. Polvilhar com queijo ralado na salamandra. Empratamento • Colocar as batatas e, no momento de servir, fritar os ovos de codorniz e colocar sobre as batatas. Decorar com ramos de alecrim. * NOTA Um roux é uma mistura de farinha e gordura usada para ligar muitos dos molhos básicos: molho bechamel, molho espanhola, molho velouté e outras preparações. 105 Camarão-cabeçudo HECANSA 11 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia ARROZ MELOSO DE CAMARÕES COM QUEIJO MAJORERO ARROZ MELOSO DE CAMARONES CON QUESO MAJORERO Ingredientes 106 400 g de camarão-cabeçudo 100 g de cebola tenra (cebolleta) 20 g de alho 240 g de arroz bomba 20 g de sal grosso q.b. de extrato de camarão 120 g de queijo majorero (de Fuerteventura) 4 dl de natas 60 g de manteiga q.b. de crocante de camarão 20 g de cebolinho 8 dl de fumet Modo de preparação Arroz meloso Cortar a cebola tenra e o alho em brunesa. Alourar com azeite e manteiga. Adicionar os camarões e temperar com sal e pimenta. Incorporar o arroz com o extrato de camarão e molhar com o fumet. Deixar cozer até que quase se evapore o líquido. Adicionar o queijo ralado e as natas. Tapar e cozer uns minutos até que o arroz termine a sua cozedura. Servir imediatamente e decorar com salsa. Camarão crocante Desidratar as cabeças dos camarões e triturar (extrato). Cozer um pouco de arroz bomba, retirar do fogo e triturar com a farinha de camarão, estender sobre papel sulfurizado e secar na estufa. Fritar em azeite abundante muito quente, temperar e reservar. Empratamento Servir o arroz num prato de sopa grande com o camarão crocante e um pouco de cebolinho picado muito fino. 107 Camarão-cabeçudo HECANSA RAVIOLIS DE COGUMELOS E CAMARÃO-CABEÇUDO 12 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia RAVIOLIS DE CHAMPIÑONES Y CAMARÓN CABEZUDO Ingredientes 108 400 g de camarão-cabeçudo 60 ml de azeite virgem extra 100 g de lascas de cogumelos boletos 1 e ½ de ovo 100 g de farinha 4 dl de natas líquidas q.b. de açafrão das Canárias 100 g de cebola 100 g de tomate muito maduro 40 g de alho 1 dl de armagnac 20 g de salsa Modo de preparação • Colocar 1 dl de água a ferver com os dentes de alho, tapando a panela, na qual se tosta o açafrão das Canárias envolto em papel de alumínio. Deixar infundir o açafrão e triturar. Esfriar na água. • Fazer um buraco com a farinha, misturada com 10 gramas de sal, e adicionar os ovos e a água de açafrão. Formar uma pasta, e deixar repousar 1 hora à temperatura ambiente tapada com uma película de plástico, para que não se altere. • Descascar os camarões e saltear os boletos com um pouco de cebola picada, alho e salsa. Refogar o resto com cebola e alho, adicionar as cabeças e o tomate pelado (sem sementes) e flambear com o armagnac. Adicionar um litro de água mineral e deixar cozer uma hora em lume brando. Verificar o sal, esmagar, filtrar e adicionar as natas e voltar a ferver. • Estender a pasta com 1 milímetro de espessura e cortar em dois. Numa das camadas colocar os boletos e dois ou três camarões em pilhas de 3 cm e tapar com a outra camada de pasta. Esmagar ligeiramente as bordas e recortar com uma roda dentada. Deixar secar em câmara 1 hora aproximadamente e cozer em água com sal 2 ou 3 minutos. • Colocar os raviolis num prato. Decorar com azeite de salsa e folhas de salsa. 109 Camarão-cabeçudodo-alto HECANSA 13 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CAMARÃO-CABEÇUDO-DOALTO COM CÔCO E PEQUENA SALADA DE FRUTAS CAMARÓN CABEZUDO DE PROFUNDIDAD CON COCO Y PEQUEÑA ENSALADA DE FRUTAS Ingredientes 110 16 camarões-cabeçudos-do-alto q.b. de côco ralado 2 ovos 50 g de alface folha de carvalho 50 g de endívia q.b. de tomates cherry 200g de laranja 200 g de ananás 200 g de uvas 200 g de mango 200 g de cenoura golden q.b. de cebolinho q.b. de vinagre de arroz q.b. de azeite virgem Modo de preparação • Descascar os camarões deixando a cabeça, passar por ovo batido, mergulhar no côco ralado e reservar. Cortar todos os ingredientes da salada de frutas, misturar numa tigela e repartir em 4 pratos. • Fritar os camarões em azeite suficiente para os submergir a uns 150 graus, até que o côco tenha uma cor dourada. Eliminar o excesso de azeite com papel absorvente. • Dispor 4 camarões em cada um dos 4 pratos com a salada preparada anteriormente. Temperar com azeite virgem e vinagre de arroz. Empratamento • Uma mistura de alface folha de carvalho e endívia serve de base para a salada de frutas. Decorar com um ou dois ramos de cebolinho, colocado na parte superior das frutas. 111 Camarão-cabeçudodo-alto HECANSA 14 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CEBOLA ESCALFADA COM BATATAS CRISTALIZADAS E BOCADOS DE CAMARÃO-CABEÇUDO-DO-ALTO E COSTELETAS DE COELHO CEBOLLA CAÍDA CON PAPAS CONFITADAS, CAMARÓN Y CHULETITAS DE CONEJO Ingredientes 4 camarões-cabeçudos-do-alto 250 g de costeletas de coelho 40 g de batatas 2 dl de azeite 112 10 g de cebolinho 10 g de sal em flocos 10 g de pimenta-negra 1 dl de xerez oloroso 500 g de cebola roxa Modo de preparação Cebola escalfada Descascar e cortar a cebola em juliana. Colocar em lume brando e tapar até obter um melaço ligeiro. Batatas cristalizadas Descascar as batatas e tirar bolas pequenas.Temperar e cobrir de azeite e confitar no forno a 90 graus até cozer. Camarões-cabeçudos-do-alto salteados Pelar os camarões e cortar em grandes pedaços. Temperar e saltear com um pouco de xerez oloroso. Costeletas de coelho Temperar as costeletas e grelha-las. Empratamento Juntar as batatas cristalizadas com os camarões e as costeletas e misturar. Num prato de sopa colocar a cebola escalfada no centro do prato e ao redor repartir os camarões, as batatas e as costeletas de coelho. Decorar com cebolinho picado finamente. Dicas do chefe Cebola escalfada: ferva a cebola coberta, sem adquirir cor. 113 Caranguejos 114 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia 115 Receitas Caranguejos Sapateira-das-ilhas EPHTM 15 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia AVELUDADO DE SAPATEIRA COM MEL-DE-CANA DA MADEIRA, AROMA DE FUNCHO E GENGIBRE TERCIOPELO DE CANGREJO BUEY CON MIEL DE CAÑA DE MADEIRA, AROMA DE HINOJO Y JENGIBRE Ingredientes 2 sapateiras 40 g de cebola 40 g de aipo 40 g de alho-porro 30 g de salsa 40 g de cenoura 20 g de alho seco 4 dl de azeite 200 g de tomate fresco 30 g de farinha 116 Modo de preparação 30 g de manteiga 1 dl de natas 1 gema de ovo 20 g de gengibre 60 g de rama de funcho 30 g de segurelha louro 1 dl de mel-de-cana da Madeira 3 dl de vinho branco da Madeira q.b. de pimenta da terra q.b. de flor de sal • Preparar um caldo aromatizado com cebola, salsa, aipo, alho-porro, cenoura, alho seco e segurelha. Após a fervura, adicionar as sapateiras e deixar cozer durante 45 min. Retirar as sapateiras e passar o caldo da sapateira por um tamis ou passador fino (fumet de peixe). • Separar a carne da sapateira da sua carapaça. • Num tacho à parte, colocar azeite e deixar aquecer. Em seguida, juntar cebola, aipo, alho-porro, louro, cenoura, alho seco, salsa, pimenta da terra e deixar alourar. Juntar as carapaças da sapateira e deixar suar para sair o aroma. Refrescar com o vinho branco e deixar reduzir. Juntar o tomate cortado em cubos, polvilhar com a farinha desidratada e, em seguida, juntar o caldo da sapateira, mexer e deixar ferver durante 45 min. Triturar ligeiramente com uma varinha e passar pelo passador fino. • Voltar a ferver o aveludado e retificar os temperos. • Amaciar as gemas do ovo e as natas, para que o aveludado fique mais brilhante. Por fim, guarnecer com a rama do funcho picada, gengibre raspado e decorar com um fio de mel-de-cana da Madeira. Dicas do chefe Este aveludado deve ser servido bem quente e só devemos adicionar o mel na hora de ser servido. Podemos substituir o mel-de-cana pelo mel-de-abelha. Em vez do funcho, podemos servir com salsa. 117 Sapateira-das-ilhas EFTH 16 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CANELONE DE SAPATEIRA E MAÇÃ, COM AR DE AÇAFROA* E FENNEL MARTINI CANELONES DE CANGREJO BUEY Y MANZANA, CON ESPUMA DE CÁRTAMO Y FENNEL MARTINI Canelone de sapateira ou caranguejo 200 g de carne de sapateira 150 g de queijo fresco pasteurizado 100 g de maçã verde 30 g de alcaparras 40 g de pepino em picles 1 pepino 118 Ar de açafroa 100 ml de caldo de marisco 5 g de lecitina de soja q.b. de açafroa q.b. de sal e pimenta Ingredientes Fennel Martini 40 ml de infusão de vodka com funcho 15 ml de sumo de limão galego 15 ml de Cointreau 15 ml de melaço simples Gelatina de pepino 250 ml de sumo de pepino 5 folhas de gelatina q.b. de sal e pimenta Modo de preparação Canelones Cozer a sapateira e extrair a carne. Cortar a maçã verde, as alcaparras e o pepino em brunesa e misturar com a carne do crustáceo e com o queijo fresco pasteurizado.Temperar com sal e pimenta branca. Laminar o pepino finamente, colocar o recheio e enrolar de forma a moldar os canelones. Ar de açafroa Misturar todos os ingredientes e, com a ajuda de uma varinha mágica, fazer espuma. Gelatina de pepino Demolhar a gelatina em água com gelo, colocar num recipiente e levar ao micro-ondas até que esta se torne líquida. Depois, incorporar a gelatina líquida ao sumo de pepino, temperar com sal e pimenta e refrigerar. Fennel Martini Misturar todos os ingredientes num shaker, coar e colocar a bebida num copo de Martini. Decorar com funcho. * NOTA A açafroa também é conhecida por cártamo. 119 Sapateira-das-ilhas HECANSA 17 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia SALADA DE SAPATEIRA-DAS-ILHAS, ABACATE,VINAGRETA DAS SUAS OVAS E QUEIJO ENSALADA DE CANGREJO BUEY, AGUACATE, VINAGRETA DE SUS CORALES Y QUESO Ingredientes 120 2 kg de sapateira-das-ilhas 500 g de alface 1 kg de abacate 750 ml de azeite virgem 50 ml de vinagre de xerez 20 g de endívia 20 g de canónigos (alface-da-terra) 20 g de acelga de cores 100 g de cebola fresca 2 kg de tomate maduro 10 g de sal Maldon 30 g de mango Modo de preparação • Cozer a sapateira durante 20 minutos e, quando estiver fria, limpar. Lavar a alface, e preparar, num pequeno frasco, à parte, umas fatias de tomate e abacate limpo. • Para a vinagreta, utilizar as ovas que extraímos da carapaça do caranguejo, e com sal Maldon, o azeite e o vinagre emulsionar e preparar a vinagreta. • Colocar um aro num prato quadrado e começar a dispor, em forma de mil folhas, tomate, abacate e a carne do caranguejo, o bouquet da salada. Em redor da salada, verter a vinagreta e, por último, com um ralador, ralar o queijo, delicadamente, em cima da salada. 121 Caranguejola EPHTM 18 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CARANGUEJOLA COM REQUEIJÃO E VINAGRETA DE ABACATE E BALSÂMICO DE ANIS DA MADEIRA CENTOLLO DE FONDO CON REQUESÓN Y VINAGRETA DE AGUACATE Y BALSÁMICO DE ANÍS DE MADEIRA Ingredientes 122 4 caranguejolas 200 g de requeijão 2 abacates q.b. de azeite q.b. de vinagre Modo de preparação 60 g de salsa 80 g de cebolinho fresco q.b. de sal q.b. de pimenta-preta q.b. de sumo de limão q.b. de licor de anis da Madeira • Cozer as caranguejolas num caldo abundante e bem aromatizado. Após a cozedura, deixar arrefecer e separar a carne das patas e da carapaça. • Numa taça, com a ajuda de uma vara, tempere o requeijão com sal, pimenta, limão e o anis. Envolver tudo muito bem. Lavar muito bem a carapaça e secar. Untar com o licor de anis e levar ao forno a secar. Laminar o abacate e colocar dentro da carapaça, sobrepor o requeijão com o preparado e salpicar com a carne da caranguejola. • Regar com a vinagreta de abacate. Voltar a salpicar com umas gotas de anis e servir. Confeção do molho vinagreta • Esmagar a polpa de abacate e passar por um passador o mais fino possível, adicionar umas gotas de limão e voltar a mexer a polpa de abacate. • Colocar num recipiente o azeite, o vinagre de frutas, de preferência; adicionar a cebola bem picada, alho seco picado, louro, salsa e temperar com sal e pimenta da terra. No final, juntar o puré de abacate e envolver tudo muito bem. Dicas do chefe Ao trabalhar com frutas delicadas como a abacate e outras, devemos sempre adicionar umas gotas de sumo de limão para manter a cor e aguçar um pouco mais os ricos e saborosos aromas do fruto. 123 Caranguejola HECANSA 19 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CUSCUZ DE CARANGUEJOLA À HORTELÃ E VERDURAS DA ILHA CUSCÚS DE CENTOLLA DE FONDO A LA HIERBABUENA Y VERDURITAS ISLEÑAS Ingredientes 124 320 g de cuscuz 4 caranguejolas 40 g de hortelã 160 g de bróculos 40 g de sal grosso 160 g de couve-flor 60 g de feijões q.b. de pimenta q.b. de azeite virgem 240 g de cenoura 120 g de curgete 60 g de manteiga 100 g de cebola tenra 80 g de pimentão vermelho 80 g de pimentão verde 20 g de alho q.b. de louro q.b. de grãos de pimenta-preta 80 g de alho-porro 60 g de cebola 60 g de aipo 120 g de abóbora Modo de preparação Caranguejola Cozer as caranguejolas em água quente com um pouco de sal grosso, louro, cenoura, alho-porro, cebola, aipo e grãos de pimenta-preta, entre 10 a 18 min. aproximadamente, dependendo do tamanho. Refrescar e escolher toda a carne com a ajuda de umas pinças. Reservar. Cuscuz Cortar a cebola tenra, o alho e os pimentos em brunesa. Alourar em lume brando um pouco de azeite e incorporar toda a verdura previamente cozinhada muito al dente (couve-flor, cenoura, feijões, bróculos, curgete). Adicionar a carne e temperar com sal e pimenta. Cozer o cuscuz com sal grosso, azeite virgem, manteiga e um pouco de água da cozedura. Misturar com o preparado anterior e adicionar hortelã picada muito finamente. Empratamento Servir o cuscuz num prato de sopa e acompanhar com um pouco de caldo da cozedura. Decorar com umas folhas de hortelã. 125 Caranguejo-dafundura EPHTM 20 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CARANGUEJO-DA-FUNDURA COM AROMA DE MANGA AO PERFUME DE VINHO DA MADEIRA CANGREJO AL AROMA DE MANGO Y PERFUME DE VINO DE MADEIRA Ingredientes 126 4 caranguejos-da-fundura 300 g de mangos 4 dl de vinho da Madeira 4 dl de natas 100 g de salsa 150 g de cebola 1 folha de louro 100 g de cogumelos picados 100 g de queijo mozzarella 2 dl de azeite 50 g de coentros picados brandy q.b. de sal q.b. de pimenta q.b. de mostarda Modo de preparação • Cozer os caranguejos num caldo aromatizado (com sal, pimenta e salsa). Depois de cozidos, esfriá-los e separar a parte carnuda das carapaças. • À parte, num sauté, alourar em azeite a cebola e o louro, flambear com vinho da Madeira e brandy, em seguida adicionar o manga em cubos com um centímetro de lado e saltear, seguidamente, adicionar as natas e deixar reduzir. Juntar o caranguejo e, por fim, adicionar a salsa e os coentros, deixar reduzir e retificar os temperos. • Colocar o recheio dentro da carapaça que antes foi untada com mostarda, cobrir com o queijo mozzarella às rodelas e levar a gratinar. Dicas do chefe Servir com pequenas torradas, se possível um misto de pão ou bolachas de água e sal. Também poderá acompanhar com arroz pilaf ou com uma simples salada mista. 127 Caranguejo-dafundura EPHTM 21 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia SALADA DE CARANGUEJO-DAFUNDURA COM AROMA DE CERVEJA E PICLES ENSALADA DE CANGREJO CON AROMA DE CERVEZA Y ENCURTIDOS Ingredientes 128 4 caranguejos-da-fundura 5 dl de cerveja 150 g de picles picados 100 g de cebola picada 60 g de pepinos cornichons ½ l de maionese 80 g de salsa 4 fatias de pão de forma 10 g de mostarda de Dijon q.b. de sal q.b. de pimenta 2 dl de brandy Modo de preparação • Cozer os caranguejos em água aromatizada (com sal, pimenta e salsa). Em seguida separar a carne das carapaças e desfiá-la o mais fino possível. Colocar o caranguejo numa tigela e adicionar a cebola, picles, cornichons e a salsa, tudo bem picado. • Colocar o pão de molho em leite, durante cinco minutos. Retirar do leite e espremer muito bem, adicionar também ao recheio e adicionar a cerveja e o brandy. • Envolver novamente tudo muito bem e adicionar a mostarda e a maionese. Retificar os temperos e servir dentro da própria carapaça. Dicas do chefe Este prato deve ser servido frio, poderá ser acompanhado de torradas diversas e bolachas de água e sal. 129 Caranguejo-dafundura EPHTM 22 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CARANGUEJO COM RATATOUILLE DE VEGETAIS PERFUMADOS COM COENTROS E ESPUMANTE CANGREJO REY CON PISTO DE VEGETALES PERFUMADOS CON CILANTRO Y VINO ESPUMOSO Ingredientes 130 4 caranguejos-da-fundura grandes 4 dl de espumante 60 g de cebola 50 g de pepinos 60 g de pimentos às cores 100 g de beringelas 20 g de alho seco 1 folha de louro Modo de preparação 60 g de azeitonas pretas 10 g de orégãos 40 g de coentros 4 dl de azeite 60 g de tomate em cubos 2 dl de vinho branco q.b. de sal q.b. de pimenta q.b. de mostarda • Cozer os caranguejos em água aromatizada (com sal, pimenta e cebola). Depois de frios, separar a carne das carapaças e desfiar o mais fino possível. • Cortar todos os ingredientes da ratatouille em brunesa fina e temperar com azeite, espumante, orégãos, sal e pimenta. • Levar ao forno, durante 40 minutos, à temperatura de 180 graus. • Num sauté, colocar um pouco de azeite e alourar um pouco de cebola, adicionar o caranguejo e saltear, seguidamente, juntar o espumante e deixar reduzir. Depois, juntar a ratatouille e saltear, retificar os temperos e servir dentro da própria carapaça, que antes foi ao forno a secar com mostarda. Dicas do chefe Servir com uma salada mista e frutas exóticas.Também poderá ser acompanhado de arroz pilaf ou inhame caramelizado com aroma de mel-de-cana da Madeira. 131 Caranguejo-dafundura EPHTM 2 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia COQUETEL DE CARANGUEJO COM PERA ABACATE E AROMA DE ANIS CÓCTEL DE CANGREJO CON PERA, AGUACATE Y AROMA DE ANÍS Ingredientes 132 3 caranguejos-da-fundura grandes 3 abacates 3 dl de anis 4 dl de molho de coquetel 1 limão 60 g de salsa 200 g de alface verde 50 g de rúcula 30 g de endivia q.b. de sal q.b. de pimenta 40 g de ananás q.b. de licor de anis da Madeira Modo de preparação • Cozer o caranguejo em água aromatizada (com sal, pimenta, cebola e salsa). Depois de frio, separar a carne das carapaças e desfiar o mais fino possível. • Retirar a casca e o caroço da pera abacate e salpicar com o sumo de limão. Lavar as alfaces muito bem e cortar em juliana grossa. Colocar as alfaces no prato ou numa taça e sobrepor a pera abacate laminada ou cortada em cubos. Em seguida, colocar o caranguejo, regar com anis e com o molho coquetel. • Guarnecer com ananás em cubos, que poderá ou não ser salteado com melde-abelha e salpicado com sumo de limão. • Servir o mais frio possível. Dicas do chefe Sempre que usamos a pera abacate devemos regá-la com o sumo de limão para que não escureça. O limão tem a função de ativar os aromas da abacate ou de outras frutas. 133 24 Caranguejo-dafundura EFTH Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia AVELUDADO DE CARANGUEJO-REAL ATERCIOPELADO DE CANGREJO REY Ingredientes 134 2 caranguejos-reais 200 g de camarão-eduardo 500 ml de natas 250 ml de leite 250 ml de água 40 g de polpa de tomate 100 ml de brandy 100 g de cebola 150 g de alho francês 20 g de alho seco 150 ml de azeite q.b. de sal q.b. de tabasco q.b. de cebolinho Modo de preparação • Alourar com azeite, alho, alho francês e cebola. Deixar refogar. • Adicionar o camarão e o caranguejo. Posteriormente, adicionar a polpa de tomate. Flambear com o brandy. • Juntar as natas, o leite e a água e deixar ferver em lume brando, até se obter uma textura cremosa e ligada, deixar reduzir. • Empratar o aveludado com um pouco de natas batidas e um ramo de cebolinho. 135 Caranguejo-dafundura HECANSA 25 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia TERRINA DE CARANGUEJO-DAFUNDURA COM QUEIJO FRITO E DOCE DE TOMATE TERRINA DE CANGREJO REY CON QUESO FRITO Y DULCE DE TOMATE Ingredientes 136 375 g de caranguejo-da-fundura cozido 33 g de manteiga 66 g de alho-porro branco 66 g de aipo 3,75 dl de natas 4 ovos 66 g de farinha de pastelaria 66 g de azeite virgem 375 g de queijo fresco fumado 330 g de tomate maduro 133 g de açúcar 1 pau de canela 1 casca de limão 13 g de sal marinho Modo de preparação • Lavar e picar o alho-porro e o aipo, adicionar numa panela com a manteiga e refogar, tirar do lume e adicionar as natas e 3 ovos, temperar e triturar. Misturar o caranguejo (limpo, previamente cozido em abundante água com sal, ramos de salsa, louro, alho-porro e tomate) e colocar em terrinas de porcelana untadas com manteiga. Colocar num recipiente com água em banho-maria e cozinhar no forno, durante 22 minutos, a 180 graus. • Cortar o queijo de forma retangular. Untar com farinha e ovos batidos, fritar em azeite quente. Doce de tomate • Escalfar os tomates pelados, separar as sementes e picar em pequenos cubos. Colocar a cozer com o açúcar, canela e casca de limão, durante 60 minutos, lentamente. Empratamento • Colocar num prato de 32 cm, desenformar a terrina, num dos lados do prato, de forma a colocar o queijo e o doce de tomate. Decorar com pau de canela. 137 Caranguejo-dafundura HECANSA 26 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GUISADO DE CARANGUEJO-DAFUNDURA, FEIJÕES E AMÊIJOAS COM COENTROS GUISO DE CANGREJO REY, JUDIONES Y ALMEJAS AL CILANTRO Ingredientes 138 400 g de caranguejo-da-fundura 66 g de alho-porro grande 330 g de tomate maduro 7 g de salsa 1 folha de louro 7 g de sal grosso 270 g de feijões grandes cozidos 270 g de amêijoas frescas 33 g de alhos 133 g de cebolas 33 g de coentros frescos 1 malagueta picante 100 g de sal fino 0,66 dl de azeite Modo de preparação • Cozer o caranguejo em água abundante com o alho-porro, tomate, salsa, folha de louro e sal. Cozer durante 18 min., deixar arrefecer e separar a carne das patas e da carapaça. • Cozer os feijões grandes em abundante água com sal. • Pelar os alhos e a cebola e picar muito finamente. • Escalfar o tomate, tirar a pele e as sementes e picar em cubos. • Colocar uma panela ao lume com azeite e, quando estiver quente, adicionar os alhos, alourar e saltear as amêijoas. Quando estiverem abertas, adicionar o tomate, o louro, a malagueta, os feijões e a carne de caranguejo com os coentros, adicionando uma pitada de sal. Empratamento • Numa caçarola, colocar os feijões grandes e as amêijoas, decorar com os coentros picados muito finamente. 139 Caranguejo-dafundura HECANSA 27 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CARPACCIO DE CARANGUEJO-DAFUNDURA COM VELUDO DE ABACATE E PEQUENA SALADA DE FOLHAS CARPACCIO DE CANGREJO REY CON TERCIOPELO DE AGUACATE Y PEQUEÑA ENSALADA DE HOJAS Ingredientes 140 1 kg de caranguejo-da-fundura (carne) 5 ml de azeite 2 g de cebolinho picado 50 g de pinhões 75 g de rúcula 100 g de alface folha de carvalho 50 g de canónigos (alface-da-terra) 100 g de lollo rosso 1 kg de abacate 5 ml de sumo de limão 3 g de sal 5 gotas de tabasco Modo de preparação • Triturar os abacates pelados com o resto dos ingredientes até obter um creme fino e aveludado. • Dispor a carne de caranguejo num prato, verter o aveludado de abacate por cima e decorar com folhas, pinhões e cebolinho. • Polvilhar com azeite e sal. * NOTA Lollo rosso: alface frisada, avermelhada e amarga. É de origem italiana. 141 Caranguejo-dafundura HECANSA 28 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia WONTON FRITO DE CARANGUEJO-DAFUNDURA COM CHUTNEY DE MANGO WANTÓN FRITO DE CANGREJO REY CON CHUTNEY DE MANGO Ingredientes 142 400 g de caranguejo-da-fundura 100 g de cebola tenra 20 g de alho 80 g de maçã 20 g de sal grosso q.b. de pimenta 30 g de alho-porro 40 ml de azeite 24 g massa wonton 120 g de pimentão verde 20 g de coentros 120 g de pimentão vermelho 120 g de pimentão amarelo 200 g de mango 20 ml de vinagre de vinho 24 g de gengibre q.b. de curcuma 20 g de coentros Modo de preparação Wonton frito Cortar a cebola tenra, o alho, o alho-porro e os três pimentões muito finos em brunesa e alourar com um pouco de azeite. Adicionar a carne de caranguejo e os coentros picados muito finamente. Refogar e temperar com sal e pimenta. Deixar arrefecer e depositar no centro da massa wonton um pouco de recheio e, com ajuda das mãos, formar um mini saco. Fritar em azeite abundante muito quente. Chutney de mango Descascar as maçãs e o mango. Cortar em cubos e cozer com as especiarias, o açúcar, o vinagre e o gengibre até formar uma geleia suave. Deixar arrefecer para que fique pronto. Empratamento Repartir o wonton pelo prato, temperar com o chutney de mango e decorar com legumes refogados. * NOTA O wonton é uma massa muito fina (geralmente recheada com carne de porco picada) muito comum na culinária chinesa. É consumido cozido em sopas ou fritos. 143 Peixes 144 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia 145 Receitas Peixes 29 Abrótea EFTH Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia ABRÓTEA FRITA COM BRÁS DE AZEITONAS DE PORTO MARTINS E AIOLI DE PIMENTA DA TERRA BROTA (AGRIOTE) FRITA CON BRÁS DE ACEITUNAS DE PORTO MARTINS Y ALIOLI DE PIMIENTA DE LA TIERRA Ingredientes 146 Aioli de pimenta da terra 4 gemas de ovo 100 ml de óleo 100 ml de azeite 10 g de alho q.b. de sal q.b. de pimenta da terra Brás de azeitonas 600 g de batatas 200 g de cebolas 40 g de alho 80 ml de azeite 100 g de azeitonas de Porto Martins 200 g de ovo Abrótea frita 720 g de filetes de abrótea 200 g de farinha de milho q.b. de óleo para fritar Modo de preparação Filetes de abrótea Começar por cortar os filetes de abrótea e temperar com sal e pimenta. Passar os filetes por farinha de milho e fritar, pelo lado da pele, em óleo bem quente. Aioli Juntar todos os ingredientes e triturá-los com a varinha mágica até a mistura ficar cremosa. Temperar com sal e pimenta da terra. Brás Cortar as batatas em juliana e fritá-las. Alourar a cebola, o alho e as azeitonas em azeite. Juntar as batatas fritas e ligar com o ovo batido até atingir uma consistência cremosa. Temperar com sal e pimenta. Empratar a gosto. 147 Cachucho / dentão Cocina de Maestros - Mojo Picón 0 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia DENTÃO FRITO EM AZEITE DE TEMISAS COM SALTEADO DE GAMBA-DA-MADEIRA E AMÊIJOAS AO LIMÃO ANTOÑITO FRITO EN ACEITE DE TEMISAS CON SALTEADO DE CAMARÓN SOLDADO Y ALMEJAS AL LIMÓN 148 2 dentões (de 400-500 g) folhas de manjericão 200 g de gamba-da-Madeira sumo de um limão 200 g de amêijoas 100 g de manteiga 100 ml de azeite de Temisas 2 tomates q.b. de flor de sal de Tenefé (Sta. Lucía, Gran-Canária) shot de rum de Canárias (rum amarelo) Modo de preparação Ingredientes Molho de tomate 200 g de tomate frito ou assado inteiro 50 ml de azeite de Temisas (Agüimes, Gran-Canária) 25 ml de vinagre de vinho 20 g de flor de sal de Tenefé 10 g de cominhos 3 dentes de alho 10 g de pimentão de La Vera (Cáceres) Guarnição 250 g de batata nova Molho de tomate Colocar todos os ingredientes num robot de cozinha, temperar a gosto, moer e misturar. Guarnição Cozer as batatas ao vapor e levar ao forno para alourar. Embeber as batatas no molho de tomate. Dentão ou cachucho Obter os lombos de dentão e retirar as espinhas uma a uma. Saltear as amêijoas e os camarões no azeite e flambear com rum de Canárias. Juntar um pouco de sumo de limão e dar um toque com a manteiga. Marcar o peixe na panela com o azeite de Temisas em fogo alto. Empratamento Empratar os lombos do dentão, as amêijoas e as gambas (estas são colocadas em cima das amêijoas) com a guarnição. Decorar o prato com folhas de manjericão fresco. Pode-se usar o molho de tomate que sobrou para servir e acompanhar o peixe à parte. Dicas do chefe Trata-se de uma receita simples, recomendada para qualquer cozinheiro. O tempo total de elaboração é de 30 minutos. 149 1 Congro EPHTM Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia FRAGATEIRA DE CONGRO À MODA DE CÂMARA DE LOBOS CAZUELA (CALDERETA) DE CONGRIO AL ESTILO DE CÂMARA DE LOBOS Ingredientes 150 600 g de congro 250 g de cebola 100 g de alho seco 250 g de tomate 80 g de aipo 40 g de salsa 1,5 l de caldo de peixe 400 g de batata 200 g de lapas 2 dl de vinho branco 3 dl azeite q.b. de louro q.b. de sal q.b. de pimenta da terra Modo de preparação • Cortar o congro em filetes e branquear*. Em seguida cortar o peixe em cubos e temperar com sal 5 minutos antes de usar. • Num sauté, alourar a cebola, o aipo, os pimentos, o alho e o louro. Refrescar com o vinho branco e deixar reduzir, adicionar o tomate em cubos e deixar reduzir novamente. • Juntar o caldo de peixe e, quando estiver a ferver, juntar a batata às rodelas. • Quando a batata estiver a meia cozedura, adicionar o congro e as lapas e deixar cozer. Após a sua cozedura retificar os temperos e juntar a salsa. Dicas do chefe Depois de cozida a fragateira de congro, devemos deixar repousar durante 5 minutos ficar mais macia e incorporar os aromas. * Nota: O termo “branquear” consiste em tornar peixe mais branco, retirandose algumas das impurezas. O congro é um peixe firme e consistente que se adapta muito bem a cozeduras longa. 151 2 Congro EPHTM Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia NACOS DE CONGRO CONFITADOS COM FIGOS E PALHA DE BATATA DOCE TACOS DE CONGRIO CONFITADOS CON HIGOS Y PAJA DE BATATA Ingredientes 600 g de congro 350 g de batata doce da Madeira 4 unid. de figo 100 g de cebola 100 g de alho seco 30 g de salsa 2 unid. de limão 2 dl de mel-de-abelha 5 dl de caldo de peixe 152 60 g de manteiga 3 dl de azeite 2 dl de vinho branco 80 g de azeitonas 30 g de rama de cebolinho 30 g de segurelha q.b. de sal q.b. de pimenta q.b. de pimentos às cores Modo de preparação • Cortar o congro em filetes e, de seguida, cortar-los em nacos. Marinar com sal, pimenta, sumo de limão e segurelha. • À parte, cortar a batata doce em juliana fina, deitar a batata na água com açúcar, durante 10 minutos. Retirar da água e fritar em gordura abundante. • Levar os nacos de congro, em azeite abundante, ao forno, para finalizar a sua cozedura. • Quanto aos figos, pelar e salteá-los com manteiga e mel-de-abelha. No final salpicar com o ramo de cebolinho. Colocar a batata doce em palha por cima. Preparação do molho • Com as espinhas faça um bom caldo de peixe e em seguida clarificar a manteiga e polvilhar com a farinha. À parte, alourar um fundo de cebola, alho seco e aipo e adicionar o vinho branco, deixar reduzir. Juntar o aveludado de peixe e retificar os temperos. Por fim, juntar os pimentos picados. Dicas do chefe Este prato também pode ser preparado grelhado ou escalfado. Em vez da fruta, pode-se usar, como acompanhamento, os famosos frutos do mar, ou as maravilhosas ervas aromáticas da ilha da Madeira. 153 Livro de receitas Congro de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia EFTH MEDALHÃO DE CONGRO ESCALFADO, COM CAMARÃO-EDUARDO SAUTÉ SOBRE CHUTNEY DE FRUTAS COM AÇAFROA MEDALLÓN DE CONGRIO GUISADO, CON CAMARÓN SOLDADO SALTEADO SOBRE CHUTNEY DE FRUTAS CON CÁRTAMO Ingredientes 100 g de congro 6 camarões-eduardo 150 g de cebola q.b. de salsa q.b. de funcho q.b. de sultanas 100 g de cebola 1 pêra 154 2 rodelas de ananás 1 colher de chá de açafroa 1 cenoura 2 laranjas ½ pimento vermelho q.b. de vinho branco q.b. de caldo de peixe q.b. de azeite q.b. de sal q.b. de pimenta Modo de preparação • Descascar o camarão e reservar. • Cortar o congro em medalhões pequenos. • Colocar num tacho um pouco de azeite, a cebola cortada em meia-lua, salsa, as cascas de camarão e deixar refogar. Refrescar com vinho branco, adicionar um pouco de caldo de peixe e deixar apurar. • Colocar o congro num tabuleiro, regar com o caldo, tapar com papel vegetal, previamente untado com manteiga, e levar a escalfar ao forno, a 150 graus. Retirar o congro, reservar e aproveitar o caldo. Ao caldo da confeção juntar as natas e levar a ferver até reduzir a 1/3 do volume inicial. • Para o chutney, colocar num tacho a cebola picada, a cenoura, o pimento, o ananás e a pera, cortados em brunesa e deixar suar. Refrescar com o sumo de laranja. Adicionar as sultanas e aromatizar com funcho. Temperar com açafroa, sal e pimenta. Deixar cozer um pouco. • Para finalizar, saltear o camarão num pouco de azeite. • Verter o molho obtido na redução, dispor o chutney numa linha grossa, colocar sobre este os medalhões de congro e os camarões salteados. 155 Requeme ou bagre / cântaro EPHTM FILETE DE REQUEME GRELHADO COM RATATOUILLE DE LEGUMES DA PÉROLA DO ATLÂNTICO 4 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia FILETE DE PEJE OBISPO CON PISTO DE VERDURAS DE MADEIRA Ingredientes 156 800 g de filete de requeme 200 g de beringela 150 g de cenoura 100 g de cebola 150 g de alho francês 100 g de tomate cherry 80 g de segurelha 60 g de salsa 60 g de funcho 30 g de azeitonas pretas 60 g de manteiga 2 dl de azeite 2 dl de nata 60 g de coentros 10 g de orégãos q.b. de limão q.b. de sal q.b. de pimenta da terra q.b. de vinho branco Modo de preparação • Preparar o peixe e cortar em filetes. Branquear em água fria e limão. Em seguida, temperar. • Grelhar os filetes de requeme. À parte, preparar os legumes em brunesa miúda e temperar com azeite, sal, pimenta, orégãos e vinho branco. Levar ao forno à temperatura de 180 graus. • Em seguida, colocar o ratatouille no prato e sobrepor os filetes grelhados. • Regar à volta com os sucos do ratatouille e guarnecer com salsa frita. Dicas do chefe Para acompanhar pode servir com inhame da Madeira, ou com batata doce glacé com mel-de-cana da Madeira. 157 Requeme ou bagre / cântaro HECANSA 5 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia TORTA DE REQUEME COM PASTA CROCANTE E AIOLI DE TOMATE CANÁRIO PASTEL DE PEJE OBISPO CON PASTA CRUJIENTE Y ALIOLI DE TOMATE CANARIO Ingredientes 800 g de requeme 240 g de tomate cherry 24 g de alho 300 g de cebola 4 lâminas de massa philo 100 g de alho-porro 158 80 g de pimentão vermelho 8 ovos 4 dl de natas 12 g de pimenta em grão 160 g de cenoura 400 g de tomate 1 dl de leite 100 g de manteiga Modo de preparação Torta de requeme Cortar toda a verdura em mirepoix. Escalfar e incorporar o peixe cozido, previamente, e temperar. Adicionar os ovos e as natas. Triturar tudo muito bem e incorporar numa forma de plum-cake. Cozer em banho-maria durante 1 hora a 180 graus aproximadamente. Uma vez frio, desenformar e cortar em pedaços retangulares pequenos e estreitos. Pasta crocante Cortar a massa philo em quadrados de 5 ou 6 cm e fritar em azeite abundante. Reservar. Aioli de tomate cherry Emulsionar o leite com um pouco de sal, alhos e os tomates picadinhos. Adicionar, pouco a pouco, o azeite até que fique espesso. Retificar de sal e reservar. Empratamento Servir a torta num prato de 31 cm. Envolver a torta com duas lâminas de massa philo e salsear com o aioli de tomate cherry. Decorar com um tomate cherry frito. * NOTA O mirepoix é uma combinação de legumes cortados em pequenos cubos de cerca de 1 cm, utilizado para temperar molhos, assados, caldos e sopas. 159 Requeme ou bagre / cântaro HECANSA LOMBOS DE REQUEME E POLVO GRELHADOS COM ALCACHOFRA EM TEXTURAS 6 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia LOMOS DE PEJE OBISPO Y PULPO A LA PLANCHA CON ALCACHOFAS EN TEXTURAS Ingredientes 160 8 alcachofras 80 g de azeite extra virgem q.b. de azeite para fritar 200 g de osso de presunto 600 g de polvo pequeno 4 g de sal Maldon q.b. de limão Modo de preparação • Limpar o peixe e tirar os lombos. Cozer os polvos, em lume brando, numa panela sem água, com tampa, durante 20 minutos. • Reservar as 5 alcachofras melhores. Cozer o resto das alcachofras inteiras com sal, um pouco de azeite e limão, com água pela metade, até que estejam al dente (espetar a ponta de uma faca e a alcachofra desce pelo seu próprio peso) e tirar da água. Deixar arrefecer à temperatura ambiente. • Num litro de caldo de ferver as alcachofras, cozer o osso de presunto, durante 2 horas em lume brando; adicionar água à cozedura, se for necessário. Descascar as alcachofras e reservar as 5 melhores. Triturar as restantes com a água da cozedura do presunto e fazer um puré. Esperar pela redução, se necessário. • Cortar as 5 alcachofras que não foram cozidas em lâminas muito finas e fritar em azeite abundante. As alcachofras que foram anteriormente preservadas devem ser partidas pela metade e marcadas, na grelha, juntamente com o peixe e os tentáculos de polvo. • Num prato de sopa, colocar um pouco de puré de alcachofras, no fundo, em cima as alcachofras grelhadas, o peixe, o polvo e terminar com as alcachofras fritas. 161 7 Cherne EFTH Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia CARPACCIO DE CHERNE COM ROSÁCEA DE ANANÁS, PARFAIT DE QUEIJO SÃO JORGE E MILHO CROCANTE CARPACCIO DE CHERNE CON PIÑA TROPICAL, PARFAIT DE QUESO DE SAN JORGE Y CRUJIENTE DE MILLO Ingredientes 162 Parfait 100 ml de natas 50 g de queijo de São Jorge 1 folha de gelatina q.b. de sal q.b. de salsa q.b. de pimenta Crocante de milho 60 g de farinha de milho amarelo 1 clara de ovo 20 g de maizena q.b. de sal q.b. de pimenta Modo de preparação Carpaccio 100 g de cherne 20 g de alcaparras 3 rodelas de ananás 1 ramo de salsa q.b. de pimenta rosa q.b. de sal q.b. de pimenta 250 ml de azeite Carpaccio Preparar o cherne, aparando-o em pequenos lombos. Envolvê-los em película e enrolar, conferindo-lhes uma forma cilíndrica. Levar a congelar durante 2 horas. Temperar as alcaparras com azeite e sumo de limão, triturar e reservar no frigorífico. Parfait Bater as natas e adicionar o queijo de S. Jorge ralado. Temperar a gosto com sal e pimenta e adicionar a folha de gelatina previamente derretida. Levar ao frio e reservar. Crocante de milho Misturar a farinha de milho com a clara de ovo e a maizena. Temperar com sal e pimenta. Com a ajuda de uma espátula, fazer três triângulos muito finos de massa e cozer em forno médio. Empratamento Cortar finamente o cherne numa laminadora. Dispor no prato e regar com o molho de alcaparras, azeite e limão. Sobre o cherne colocar o parfait de queijo e o crocante de milho. Finalmente, colocar a rodela de ananás. 163 Goraz EPHTM ROLINHO DE GORAZ RECHEADO COM LAPAS E ESPINAFRES 8 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia ROLLITO DE GORAZ RELLENO DE LAPAS Y ESPINACAS Ingredientes 2 unid. de goraz 150 g de espinafres 200 g de lapas 100 g de farinha 4 dl de azeite 80 g de rama de cebolinho 164 3 dl de vinho branco 100 g de cebola 100 g de cogumelos 40 g de segurelha 100 g de tomate cherry q.b. de sumo de limão q.b. de pimenta branca Modo de preparação • Preparar o peixe e cortar em filetes, rechear com os espinafres e com as lapas e enrolar. Temperar e deixar na marinada durante 4 horas. • Alourar no sauté e levar ao forno a cozer. • Preparar o molho aveludado de peixe e passar pelo passador. • Num sauté, alourar o fundo de cebola e cogumelos, o mais fino possível. Refrescase com o vinho branco. • Retificar os temperos e salpicar com a rama de cebolinho. • Colocar o molho no fundo do prato e sobrepor os paupiettes (filetes finos e enrolhados). • Guarnecer com a infusão de tomate cherry. Dicas do chefe Para servir o peixe o mais branco e macio possível, pode branquear com água fria e sumo de limão. 165 Goraz EFTH GORAZ EM DUAS TEXTURAS COM ESTALADIÇO DE BATATA 9 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia GORAZ EN DOS TEXTURAS CON CRUJIENTE DE PAPA Ingredientes 15 g de chalotas 1 g de folhas de tomilho fresco 1 folha de massa philo 10 g de manteiga q.b. de azeite q.b. de sal q.b. de sementes de wasabi q.b. de orégãos 166 Modo de preparação 150 g de goraz 1 pepino tamanho médio 1 e 1/2 pimento vermelho 2 g de coentros 1 unid. de pão caseiro pequeno 200 ml de azeite 2 g de alho 200 g de batata q.b. de tomate seco 1 folha de manjericão Canelones de pepino com goraz Cortar o pepino com uma laminadora ou fiambreira. À parte, misturar bem cubos de goraz já cozido com meio pimento vermelho em brunesa e coentros picados. Temperar com sal e azeite e colocar num saco de pasteleiro. Rechear as lâminas de pepino, enrolando-as e mantendo a forma com a ajuda de uma película. Reservar no frigorífico até servir. Goraz com wasabi e tosta com azeite de alho e oregãos Cortar o peixe em supremo deixando a pele. Temperar com sal e um fio de azeite. Numa frigideira bem quente, com um pouco de azeite, dourar os supremos de ambos os lados, começando com o lado da pele voltado para cima. Depois de dourados, passar por sementes de wasabi. Cortar o pão em fatias finas, pincelar com azeite de alho e orégãos e levar ao forno a tostar. Reservar. Estaladiço de batata Cozinhar as batatas, com a pele, em água temperada com sal. Descascar e esmagar com garfo até obter puré. Juntar a chalota picada, o alho picado e as folhas de tomilho fresco. Colocar em saco de pasteleiro. Cortar a folha de massa philo a meio, pincelar com manteiga e sobrepor as metades. Colocar o puré em forma de cilindro sobre a massa e enrolar em forma de canelone. Cortar em quatro partes. Levar ao forno a 200 graus, durante 5 minutos, até ficar dourado. Couli de pimento vermelho Assar o pimento e retirar a pele e as sementes. Secar bem o pimento e triturar num copo misturador, acrescentando azeite, a pouco e pouco, até se obter a textura desejada. Temperar com sal. Empratamento Dispor os três elementos de forma hormoniosa no prato e decorar com folha de manjericão, tomate seco e polvilhar com sementes de wasabi. 167 Boca-negra EPHTM 40 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia FILETINHOS DE BOCA-NEGRA GRELHADOS SOBRE FAVAS ESTUFADAS COM MANTEIGA E MANJERONA SELVAGEM FILETITOS DE BOCANEGRA A LA PLANCHA SOBRE HABAS GUISADAS CON MANTEQUILLA Y MEJORANA SALVAJE Ingredientes 168 650 g de filetinhos de boca-negra 300 g de favas 100 g de manjerona selvagem 60 g de manteiga 1 unid. de limão 80 g de cebola 30 g de alho seco 2 folhas de louro 10 g de orégãos 2 colheres de sopa de mel-de-cana q.b. de azeite q.b. de flor de sal q.b. de pimenta da terra Modo de preparação • Preparar a boca-negra e cortar em filetes. Temperar a seu gosto com sal, pimenta e limão. Untar o peixe com o azeite e levar a grelhar. • Dar uma breve cozedura nas favas, passar pela água fria para parar a cozedura e descascar. • Saltear as favas com o azeite, alho seco picado e louro. Temperar com sal, pimenta e os orégãos. • Colocar as favas no centro do prato e sobrepor os filetinhos de boca-negra. • Guarnecer com a manjerona e regar com o molho de manteiga clarificado e perfumado com a manjerona. Preparação do molho • Colocar a manteiga a derreter em banho-maria. Depois de derretida, separar o soro da manteiga e temperar a manteiga com sumo de limão e manjerona. Dicas do chefe Pode-se acompanhar este prato com brócolos e tomate cherry. As favas devem ser cozidas (al dente) para manter o aspeto crocante, bem como a quantidade de nutrientes. 169 Boca-negra HECANSA MASSA FOLHADA DE BOCANEGRA E ALHO-PORRO COM MOLHO VERDE DE AMÊIJOAS 41 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia MILHOJAS DE BOCANEGRA Y PUERROS CON SALSA VERDE DE ALMEJAS Ingredientes 170 1,8 kg de boca-negra 400 g amêijoas 40 g de alho 2 dl de azeite virgem 0,4 g de salsa 80 ml de vinho branco seco 800 g de alho-porro grande 12 espargos grandes q.b. de sal grosso 200 g de ervilhas frescas Modo de preparação • Limpar o boca-negra, tirar os lombos e as espinhas com pinças, temperar com sal. Fazer um litro de fumet com as cabeças e a parte verde dos alhos-porros. Introduzir as amêijoas em água quente com sal, durante meia hora, e lavar bem. • Limpar bem os alhos-porros, e cortar do tamanho dos filetes de boca-negra, fazer um corte ao lado e tirar lâminas. Escaldar, 10 segundos, em água a ferver com sal e secar com papel absorvente. Na água de fervura dos alhos-porros, cozer os espargos (3 por pessoa) e fazer um pequeno pacote com tiras verdes de alho-porro e as ervilhas peladas, al dente. • Fazer um molho, colocando os alhos em lume brando com o azeite, e, quando estiverem alourados, adicionar vinho branco e reduzir. Adicionar ao fumet e deixar cozer até que o molho esteja pronto e misturar com um pil-pil. Marcar os lombos de boca-negra na grelha no lado da pele. Ir fazendo peças de massa folhada com os alhos-porros e os bocas-negras. Colocar numa bandeja de forno. • Abrir as amêijoas no molho e adicionar salsa picada, de forma muito fina. Deixar ferver os espargos e as ervilhas. • Dar um golpe de forno à massa folhada e colocar num prato, ao centro. Colocar, num dos lados, os espargos atados, as ervilhas, em redor, e as amêijoas, por cima da massa folhada. Temperar com o molho o conjunto e decorar com uns ramos de salsa. 171 42 Pescada Cocina de Maestros - Mojo Picón Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia PESCADA DO ATLÂNTICO COM COBERTURA DE VERDURAS SALTEADAS NA WOK, COM SAL DE TENEFÉ MERLUZA DEL ATLÁNTICO GLASEADA AL WOK DE VERDURAS CON SAL DE TENEFÉ Ingredientes 1 kg de lombos de pescada 40 g de flocos de sal de Tenefé (Sta. Lucía) 2 gemas de ovo 200 g de manteiga 172 Modo de preparação 200 g de natas para bater sumo de limão 1 dl de azeite virgem 8 espargos 200 g de feijão verde tenro 200 g de cogumelos 8 tomates cherry 200 g de brócolos Guarnição Colocar a wok ao lume com um pouco de azeite. Adicionar, primeiro, os feijões verdes e os espargos (os componentes mais duros). Saltear, e por último, adicionar os cogumelos, os tomates cherry e os brócolos. Saltear. Molho holandês Bater as duas gemas, muito bem batidas, em banho-maria, numa tigela, com umas gotas de limão, em lume brando (a uma temperatura máxima de 35 graus para que as gemas não coalhem). Bater as natas, muito bem batidas numa tigela de cristal ou de aço inoxidável. Juntar as gemas batidos com as natas e adicionar a manteiga (com cuidado para não talhar a mistura). Pescada Limpar a pescada e obter os lombos. Levar os lombos ao forno com azeite e sal de Tenefé, durante 3 a 4 minutos. Cobrir os lombos com o molho holandês. Levar à salamandra a 200 ºC, durante 2 a 3 minutos ou numa panela de resistência, durante 3 a 5 minutos. Empratamento Colocar a pescada no centro do prato e, à volta, dispor a guarnição de verduras. Decorar com orégãos, tomilho e manjericão. Poderá utilizar o molho holandês que sobrou para servir à parte como acompanhamento do peixe. Dicas do chefe Trata-se de um prato completo, de luxo, recomendado para profissionais. O tempo de elaboração é de cerca de 60 minutos. 173 Alfonsim-da-costa-larga ou imperador EFTH 4 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia IMPERADOR NO FORNO COM PURÉ DE FEIJÃO PRETO E SALADA FRESCA ALFONSIÑO PACHÓN AL HORNO CON PURÉ DE JUDIAS NEGRAS Y ENSALADA FRESCA Ingredientes 174 150 g de imperador 100 g de couve-galega 200 ml de azeite 200 g de feijão preto cozido 10 ml de óleo 10 g de pimenta da terra 50 g de toucinho fumado em cubos 10 g de sal grosso 2 cebolas 2 alhos picados 2 folhas de louro 5 g de pimenta preta moída q. b. de coentros q. b. de hortelã q. b. de funcho q. b. de salsa q. b. de alface q. b. de manjericão Modo de preparação • Cortar o peixe em filetes e retirar as espinhas. Temperar com sal, pimenta, alho e azeite e reservar. • Aquecer o óleo e fritar o toucinho fumado com uma cebola picada. Juntar o feijão preto e cozinhar, lentamente, durante 30 minutos. Passar tudo a puré. • Fazer uma cebolada com a cebola cortada em meia-lua e adicionar azeite, sal e louro. • Fritar a couve-galega, em óleo bem quente, durante 10 segundos. Retirar e colocar sobre papel absorvente para eliminar o excesso de gordura. • Levar o imperador ao forno, a 220 graus, regado com a marinada, durante 8 minutos. • Triturar a pimenta da terra com um pouco de azeite até obter um creme. Empratamento • Pincelar o prato com o creme de pimenta. Colocar, num lado, o puré de feijão preto, o peixe, um pouco de cebolada e, por fim, o crocante de couve-galega. No outro lado, colocar a salada e as ervas aromáticas. Regar com o azeite de assar o imperador. 175 Alfonsim-da costa-estreita EFTH 44 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia ALFONSIM CORADO COM MIGA DE PÃO DE MILHO, OVO A BAIXA TEMPERATURA E CREME DE ERVILHA ALFONSIÑO DORADO CON MIGA DE PAN DE MILLO, HUEVO A BAJA TEMPERATURA Y CREMA DE GUISANTES Ingredientes 176 150 g de alfonsim q.b. de sal 100 ml de azeite 1 ovo 250 g de cebola de curtume 100 ml de vinho tinto 25 g de mel Modo de preparação Alfonsim 25 ml de azeite 30 g de manteiga 100 ml de caldo de peixe 150 g de pão de milho 50 g de cebola 0,5 dl de azeite 50 g de tomate confitado q.b. de pimenta Preparar o alfonsim cortando em supremo, ficando com a pele. Temperar o supremo com sal e fio de azeite. Colocar um sauté ao lume e deixar aquecer bem. Deitar azeite e colocar o supremo de alfonsim e corar de ambos os lados, começando com a pele para cima. Ovo a baixa temperatura Encher um recipiente com água, colocar o ovos e levar a cozer em forno seco, durante 45 minutos, a 63 graus. Creme de cebola de curtume Cortar a cebola em juliana e colocá-la em água a ferver para retirar o excesso de acidez. Passar por água fria para parar a cozedura. Numa caçarola, colocar o azeite e o mel, juntar a cebola e deixar refogar. A meio da cozedura, colocar o vinho tinto, deixar cozer. Triturar a cebola até obter um puré. Levar novamente ao lume, ligando com manteiga, e temperar com sal e pimenta. Migas de pão de milho Desfazer o pão. À parte, fazer um refogado de cebola picada com azeite. Juntar o tomate confitado, cortado em cubos pequenos, e deixar refogar. Juntar o pão e mexer bem. Retificar de sal e pimenta. Empratamento Colocar, no centro do prato, o puré de cebola de curtume. Sobre este colocar o ovo a baixa temperatura. Ao lado, dispor o peixe e as migas de pão de milho. Decorar com flores comestíveis a gosto. 177 Abrótea-do-alto ou melga / juliana EPHTM ABRÓTEA-DO-ALTO EM CROSTA DE SAL MARINHO 45 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia MERLUZA DEL PAÍS A LA SAL Ingredientes 800 g de abrótea do alto 2 unid. de limão 1 clara de ovo 30 g de salsa 30 g de segurelha 60 g de alho seco q.b. de pimenta da terra 178 179 Modo de preparação • Arranjar a abrótea do alto, lavá-la muito bem, temperar com o sumo de limão e, dentro da barriga do peixe, colocar as ervas aromáticas e o alho seco. • Num tabuleiro bem seco, cobrir o fundo com o sal marinho e sobrepor o peixe. Envolver o restante sal com as claras e, logo de seguida, cobrir novamente a abrótea-do-alto com o sal marinho até ficar tudo muito bem tapado. • Levar ao forno a assar a uma temperatura de 180 graus, durante 80 minutos, dependendo do tamanho do peixe. Dicas do chefe Como farináceo, poderá servir a famosa batata doce glacé com mel-de-cana da Madeira ou ainda a batata murcha cozida no sal. Em vez das claras de ovo, que têm a finalidade de manter o sal sólido, podemos salpicar com umas gotas de água, que terá o mesmo efeito. Peixe-espada preto EPHTM 46 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia FILETE DE DE PEIXE-ESPADA PRETO COM BANANA CARAMELIZADA E MOLHO DE MARACUJÁ FILETE DE PEJESABLE NEGRO CON PLÁTANO CARAMELIZADO Y SALSA DE MARACUYÁ Ingredientes 180 800 g de filete de de peixe-espada preto da Madeira 4 unid. de banana pequena 100 g de farinha 3 unid. de ovo 3 dl de óleo 100 g de manteiga 150 g de polpa de maracujá 2 dl de vinho da Madeira 2 dl de natas 60 g de salsa 1 unid. de limão q.b. de sal q.b. de pimenta Modo de preparação • Branquear os filetes de peixe-espada preto em água e limão. Em seguida, marinar só com sal, pimenta e sumo de limão. • Passar os filetes pela farinha e pelo ovo e levar a fritar em abundante gordura. Alourar e colocar, num tabuleiro de rede, para deixar escorrer a gordura. • Descascar a banana e salpicar com sumo de limão, polvilhar com açúcar e levar a gratinar na salamandra. • Colocar a espada no prato e sobrepor a banana, regar com o molho e, por fim, salpicar com a salsa picada. Molho de maracujá • Num sauté, colocar a polpa de maracujá e o açúcar e deixar reduzir. De seguida, adicionar a manteiga* clarificada e, por fim, as natas. Deixar reduzir lentamente e retificar os temperos. Adicionar duas a três gotas de limão. Dicas do chefe Sempre que usamos frutas exóticas em molhos, devemos adicionar algumas gotas de limão para intensificar os aromas. * Nota: Manteiga clarificada é deixar a manteiga derreter em banho-maria para que o soro se separe e, em seguida, retirar, com cuidado, a manteiga que está por cima do soro. 181 Peixe-espada preto EPHTM 47 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia ROLINHOS DE ESPADA-PRETO EM CROSTA DE ERVAS AROMÁTICAS DA PÉROLA DO ATLÂNTICO ROLLITOS DE PEJESABLE NEGRO A LAS FINAS HIERBAS DE MADEIRA Ingredientes 182 800 g de peixe-espada preto da Madeira 50 g de salsa 50 g de segurelha 40 g de alecrim 60 g de hortelã 30 g de rama de cebolinho 30 g de salva 50 g de farinha 3 unid. de ovo 5 dl de caldo de peixe 30 g de manteiga 2 unid. de limão 2 dl de natas q.b. de sal q.b. de pimenta Modo de preparação • Branquear os filetes de peixe-espada preto em sumo de limão e água. Em seguida temperar com sal, pimenta e sumo de limão. • Picar as diversas ervas aromáticas o mais fino possível. Enrolar a espada e prender com palitos. Passar a espada pela farinha, ovo e pelas ervas picadas. • Levar a fritar em gordura abundante, lentamente. Depois de frito, colocar num tabuleiro de rede para escorrer a gordura. • Colocar, no fundo do prato, o molho e sobrepor os rolinhos de espada fritos. Molho • Deixar a manteiga derreter num tacho e, em seguida, adicionar a farinha, mexer até ficar numa bola e, logo de seguida, diluir com o caldo de peixe. Deixar ferver lentamente e adicionar um pouco de segurelha. Depois de pronto, passar pelo passador e amaciar o molho com natas e algumas gotas de limão. Dicas do chefe Se possível, servir com grelos cozidos temperados abundantemente com alho e azeite. Como farináceo, servir a batata torneada assada no forno com alecrim em abundância. 183 Peixe-espada preto EPHTM 48 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia FILETE DE ESPADA-PRETO NO SAUTÉ COM MOLHO À MODA DE CÂMARA DE LOBOS COM AROMA DE LAPAS SALTEADAS FILETE DE PEJESABLE NEGRO A LA SARTÉN CON SALSA AL ESTILO DE CÂMARA DE LOBOS CON AROMA DE LAPAS SALTEADAS Ingredientes 184 800 g de peixe-espada preto da Madeira 200 g de lapas da Madeira 250 g de cebolas 100 g de pimentos 80 g de alho seco 250 g de tomate em cubos 3 dl de azeite 60 g de salsa 3 dl de vinho branco 2 dl de caldo de peixe 3 folhas de louro 40 g de farinha 40 g de segurelha 50 g de azeitonas verdes ou pretas q.b. de sal q.b. de pimenta Modo de preparação • Alourar os filetes de peixe-espada preto num sauté e, em seguida, colocar num tabuleiro. À parte, picar em juliana a cebola, pimentos e alho seco, alourar num sauté em azeite abundante, adicionar o louro e refrescar com o vinho branco. Deixar reduzir. • Logo de seguida, adicionar o tomate em cubos e alourar uma vez mais. Juntar o caldo de peixe e novamente deixar reduzir. Retificar os temperos e deitar o molho por cima dos filetes, colocar as azeitonas e levar ao forno para acabar de cozer. • Saltear as lapas, em azeite abundante, com alho seco e salsa picada. Dicas do chefe Para acompanhar podemos usar batata doce salteada com mel-de-cana da Madeira e manteiga. 185 Peixe-espada preto EPHTM 49 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia FILETE DE ESPADA-PRETO COM MOLHO DE VILÃO E LAPAS DA MADEIRA PERFUMADAS COM ALHO SECO E AROMA DE SEGURELHA FFILETE DE PEJESABLE NEGRO CON SALSA “VILÃO” Y LAPAS PERFUMADAS CON AJO SECO Y AROMA DE AJEDREA Ingredientes 186 800 g de filete ou posta peixe-espada preto da Madeira 300 g de lapas da Madeira 300 g de cebolas 150 g de alho seco 100 g de segurelha 3 folhas de louro 4 dl de vinho branco 4 dl de azeite 2 unid. de limão q.b. de sal q.b. de pimenta Modo de preparação • Cortar o peixe-espada preto, em filetes ou em rolo, e pôr a branquear durante 5 minutos. Em seguida, retirar da água e temperar com sal, pimenta e sumo de limão. Deixar nessa marinada no mínimo 30 minutos. • Seguidamente, alourar a espada num sauté com azeite. • Retirar a espada e, no mesmo sauté, alourar a cebola, alho seco e o louro. Refrescar com vinho branco e adicionar segurelha, deixando reduzir um pouco. • Adicionar novamente a espada e deixar-la cozer um pouco nesse molho. Retificar de sal e pimenta e salpicar com as lapas. Lapas • Dar uma breve fervura nas lapas em água bem quente para separar a carne das conchas. Logo de seguida, num sauté, saltear as lapas com azeite abundante e alho picado, o mais fino possível, e adicionar a segurelha picada. Temperar com sal pimenta e sumo de limão. Dicas do chefe Para acompanhar este prato podemos servir a batata doce em crosta de mel-decana da Madeira. 187 Peixe-espada preto EFTH 50 Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia STRUDEL DE ESPADA-PRETO COM COMPOTA DE CEBOLA DE CURTUME STRUDEL DE PEJESABLE NEGRO CON COMPOTA DE CEBOLLA DE ENCURTIDO Ingredientes 188 strudel de pejesable 100 g de filete de peixe-espada preto 2 folhas de massa philo q.b. de manteiga q.b. de sal q.b. de pimenta preta em grão Compota de cebola de curtume 250 g de cebola de curtume 25 ml de azeite 25 g de mel 50 ml de vinho do Porto 25 ml de vinagre balsâmico Modo de preparação Strudel de espada-preto • Cortar o filete de espada-preto em três partes. Temperar com azeite, sal e pimenta preta em grão e deixar marinar. • Pincelar as folhas de massa philo com manteiga e cortar cada uma delas em 3 partes. • Em cada parte, colocar compota de cebola de curtume, um filete de espadapreto e enrolar em cilindro. Levar ao forno a 200 graus, durante 10 minutos. Compota de cebola de curtume • Refogar, em lume brando, a cebola de curtume com o azeite e o mel, até começar a caramelizar. • Juntar o vinagre e deixar caramelizar. Adicionar o vinho do Porto, aos poucos, até caramelizar. Este processo leva cerca de 30 minutos. Temperar com sal e pimenta preta, moída fresca, e reservar. Empratamento • No centro do prato dispor a compota de cebola roxa. • Por cima desta, o strudel de chicharro e, nas laterais, colocar pétalas de tomate e a emulsão de agrião. 189 As minhas receitas novas Dificuldade Baixa Média Chefe Chefe Título da receita Título da receita Alta Dificuldade Baixa Média Alta Preço Ingredientes Ingredientes Preço Nº de pessoas Nº de pessoas X X Sugestão Sugestão Branco Rosé Tinto Tipo de cozedura Branco Rosé Tinto Modo de preparação Modo de preparação Tipo de cozedura Tempo aprox. Tempo aprox. Notas Notas As minhas receitas novas Dificuldade Baixa Média Chefe Chefe Título da receita Título da receita Alta Dificuldade Baixa Média Alta Preço Ingredientes Ingredientes Preço Nº de pessoas Nº de pessoas X X Sugestão Sugestão Branco Rosé Tinto Tipo de cozedura Branco Rosé Tinto Modo de preparação Modo de preparação Tipo de cozedura Tempo aprox. Tempo aprox. Notas Notas As minhas receitas novas Dificuldade Baixa Média Chefe Chefe Título da receita Título da receita Alta Dificuldade Baixa Média Alta Preço Ingredientes Ingredientes Preço Nº de pessoas Nº de pessoas X X Sugestão Sugestão Branco Rosé Tinto Tipo de cozedura Branco Rosé Tinto Modo de preparação Modo de preparação Tipo de cozedura Tempo aprox. Tempo aprox. Notas Notas Agradecimentos Os autores dos textos e a coordenadora deste livro de receitas desejam expressar o seu mais sincero agradecimento e reconhecimento: Livro de receitas de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia Um agradecimento especial ao chefe Benito Benítez pela dedicação e inestimável colaboração. À Sociedad Gastronómica Cocina de Maestros e à Asociación socio-cultural de Cocineros, Reposteros y Panaderos “Mojo Picón”, pelo apoio. Ao Secretário de Estado do Mar por ter aceitado escrever o prólogo do livro. Aos Governos Regionais da Madeira, Açores e Canárias, à Câmara Municipal do Funchal, às equipas de investigadores, ao pessoal de apoio e demais colaboradores do projeto MARPROF na Madeira, Açores e Canárias. Ao Secretariado Técnico Comum do Programa de Cooperação Transnacional MAC 2007-2013, pelo seu profissionalismo e dedicação. 196 À Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, a toda a sua equipa, em especial ao seu Administrador, Dr. João Pedro Entrudo, e ao Diretor Pedagógico, Dr. Fernando Figueiredo. Um agradecimento especial ao chefe Miguel Rodrigues e a toda a sua equipa pelo empenho, dedicação e inestimável colaboração. À Escola de Formação Turística e Hoteleira de Açores e, em especial, ao seu Diretor Executivo, Dr. Filipe Rocha. A nossa gratidão também é para chefes Sandro Meireles, Pedro Oliveira e Hugo Ferreira, pelo empenho, dedicação e inestimável colaboração. À Hoteles Escuela de Canarias S.A. (Hecansa) e, em especial, aos seus chefes e equipas de cozinha, pelo empenho, dedicação e inestimável colaboração. A nossa gratidão também é para Juan Miguel Arouni, Diretor de Operações, Sandra León, Subdiretora, Luis Benítez. Ao Diretor do Hotel Escuela Santa Brígida, Miguel Melián e equipa (Pilar e Francisco Melián), à Diretora do Hotel Rural Casa de los Camellos, María Valerón, e à Directora do Hotel Escuela Santa Cruz, Lucía García, pela estimável colaboração. Às tripulações dos navios de investigação, “Profesor Ignacio Lozano” (Canárias) e “Arquipélago” (Açores) bem como à tripulação da embarcação comercial “Baía de Câmara de Lobos”. À Direção de Serviços de Agricultura Biológica, da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, em especial, ao seu Diretor de Serviços, Engº José Carlos Marques, pelo apoio ao projeto MARPROF, incluindo-o em eventos como a Semana Bio e Food Revolution Day, na Madeira. Ao Instituto Universitario de Sanidad Animal y Seguridad Alimentaria (IUSA) da Universidad de Las Palmas de Gran Canaria, em especial ao Prof. Doutor Daniel Montero (bioquímica nutricional) e ao Prof. Doutor Rafael Ginés (caracterização organolética). Ao grupo de investigação EMAP da ULPGC, em especial, ao Prof. Doutor José G. Pajuelo (biologia e pesca). Ao comandante Rui São Marcos pelas fotografias, à Catia Freitas pela ajuda na tradução e à Celeste Ferreira pela revisão final do texto. À Oceanográfica: Divulgación, Educación y Ciencia, pelo seu excelente trabalho de composição, desenho gráfico, fotografia e ilustração deste livro de receitas inovador e multidisciplinar. 197 Livro de receitas MARPROF de mariscos e peixes de profundidade da Macaronésia www.marprof.org