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ANO XII -
ESPECIAL 1 a 15 de Agosto de 2015
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Conjuntura adversa será o desafio
das próximas campanhas salariais
A maioria dos Sindicatos Locais está
iniciando as campanhas salariais deste ano, Um
número significativo de papeleiros têm neste
segundo semestre, sobretudo, no mês de
outubro a data-base.
Nos últimos anos, com raras exceções, a
categoria vem obtendo aumento real de salário
e avanços econômicos e sociais.
No entanto, com as turbulências políticas
e econômicas dos últimos tempos, há uma
inegável preocupação em todos.
O dirigente do Sindicato Local de
Sorocaba e Região, o companheiro Karioka ,
analisa o cenário da Campanha Salarial 2015.
“A expectativa para a Campanha Salarial
é a melhor possível. Já houve vários momentos
difíceis de campanha salarial, como a de 2008,
Temos que ir pra cima, diz o sindicalista Karioka
em que em que os trabalhadores e
trabalhadoras da base papeleira conseguiram
aumento real e outras conquistas”, diz ele.
Papeleiros de Coelho Neto foram à luta
Mariano Crateús, presidente do Sindicato
– Ministério Público do Trabalho na
dos Papeleiros de Coelho Neto, no Maranhão,
tentativa de fazer um TAC – Termo de Ajuste
organizou uma vitoriosa paralisação dos
de Conduta, sem sucesso.
trabalhadores nas empresas ITAPAGÉ S/A No final da tarde do dia 21/07 . em
Celulose, Papéis e Artefatos, e AGRIMEX assembleias, os trabalhadores das duas
empresas decidiram encerrar a paralisação,
Agro Industrial Mercantil Excelsior S/A (ambas
aprovando um cronograma de pagamento
pertencente ao Grupo Industrial Joao Santos,
de salários e férias atrasados até o final de
atualmente Grupo NASSAU),
agosto.
A greve começou na manhã da segundafeira, dia 20 de julho. Ela
ocorreu por causa do
atraso no pagamento de
salários e férias dos
trabalhadores.
Desde
janeiro de 2014 as duas
empresas vêm atrasando os
pagamentos de salário e
férias. No período entre
janeiro de 2014 a fevereiro
de 2015, a partir das
denúncias do Sindicato
Local, foram realizadas
Paralisação obrigou o Grupo Nassau a negociar o pagamento atrasado
quatro audiências no MPT
Em relação à crise, Karioka destaca:
”Entendemos que, no momento, vivemos
numa crise política. Como no Brasil acaba se
tornando crise econômica, temos que separar
esses momentos. Temos que ir pra cima por
que acreditamos que é sim possível conseguir
conquistas aos trabalhadores. Os empresários
do setor de papel, papelão e artefatos virão com
choradeiras, para eles nenhum momento está
bom nas mesas de negociações. Sempre
inventam várias desculpas, mas não iremos
acreditar em conversa furada”.
Essa é, aliás, a tônica geral dos sindicatos:
lutar, mobilizar, tendo claro que os patrões
tentarão utilizar-se da crise como desculpa, mas
que há condições sim de avanços sociais. Isso
depende da mobilização da categoria.
Fechado acordo de PPR
em Montes Claros
O companheiro Miron, presidente do
Sindicato Local de Mon-tes Claros, em
Minas Gerais, informa que foi fechado
acordo do Programa de Participa-ção nos
Resultados (PPR) com a empresa Sanovo.
O valor foi de R$ 1.050,00, sendo a primeira
parcela de 50% paga em 30 de julho.
Campanha Salarial
O Sindicato também já está organizando
os preparativos da Campanha Salarial 2015.
Miron pretende mobilizar os cerca de 120
trabalhadores da empresa, para que possam
garantir as conquistas e obter avanços
econômicos.
Sindicato Local de Octacílio Costa
em negociação com a Klabin
O Sindicato Local de Octacílio Costa está
negociando um acordo com a empresa Klabin,
relativo ao Processo de Periculosidade e
Insalubridade , que está Justiça desde 2004.
Segundo o presidente do Sindicato Local, o
companheiro Edilberto, o processo agora esta
prestes a ser fechado via acordo. “Serão cerca
de 150 trabalhadores beneficiados. Eles, além
de receber os valores em atraso, também terão
um aumento em sua renda mensal”, explica o
sindicalista.
Data-base em outubro
O Sindicato t ambém
realizou a
assembleia de aprovação da paut a de
reivindicação na quarta-feira, dia 5 de agosto
de 2015 , em dois horários: às 9 e às 18 horas.
Esta campanha está sendo realizada de forma
unificada entre os Sindicatos Papeleiros do
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Reuniões mensais
O Sindicato vem realizando reuniões
mensais com gerentes e coordenadores de
setor. Assim, são encaminhados os problemas
do dia-a-dia dos trabalhadores, sendo , muitos
deles, resolvidos, a partir desses encontros. De
acordo com Edilberto, essas reuniões tem
eliminado as ações autoritárias de chefes
intermediários que, muitas vezes, abusam da
autoridade diante dos funcionários.
“Esse diálogo tem trazido vantagens e
melhorado o relacionamento”, conclui
Edilberto.
Incentivo à prática esportiva
O Sindicato Local realiza anualmente um
torneio de futsal entres setores. E esse torneio
movimenta toda a fabrica, com finais que são
de tirar o fôlego , pois cada ano surge um novo
time com jogadores de alto nível, fazendo
jogadas e gols que levam as torcidas ao delírio.
Já nas ferias escolares de inverno , o
Sindicato organiza um torneio que envolve toda
a comunidade, pois é voltado para as crianças
e jovens com várias modalidades, tais como:
futsal feminino, voleibol, futsal masculino.
Participam nas diversas modalidades crianças
da faxia etária que vai dos 7 aos 17 na o de
idade.
“O legal de tudo isso é ver as famílias no
ginásio torcendo pelos filhos.Neste ano
participaram algo em torno de 440 atletas”,
diz Edilberto.
Material unificado da Campanha Salarial dos
Papeleiros da Região Sul
Negociações salariais emperradas em Piraí
O Sindicato Local de Piraí – RJ está em negociações com a empresa SchweitzerMauduit do Brasil AS para fechar o Acordo Coletivo 2015/2016. Isabel Cristina,
presidenta do Sindicato, explica: *Assim que iniciamos as negociações após algumas
reuniões conseguimos levar para assembleia a proposta de 7% de reajuste e
manutenção das cláusulas , as essa proposta foi rejeitada pela maioria”.
Numa segunda assembleia , segundo Isabel, foi debatida uma nova
contraproposta que previa 7,5% de reajuste salarial, para salários de até R$ 2.700,00
e de 6% de reajuste salarial para salários acima de R$ 2.700,00, isso a partir de
maio de 2015, além da manutenção das demais cláusulas do último Acordo. Essa
proposta também foi rejeitada.
Houve ainda uma nova reunião com a empresa que propôs 7,5% de reajuste
para salários de até R$ 2.700,00 e 6% de reajuste salarial para salários acima de R$
2.700,00, retroativos a maio de 2015, mas com a diminuição do valor pago pela
hora- extra, que passaria de150% para 125% - 100% para 75% e do adicional
noturno que passaria de 70% para 50% e de 50% para 25%
“ Essa contraproposta foi rejeitada na mesa pelos diretores sindicais e ainda
estamos em negociação com a empresa para melhores resultados”, conclui Isabel.
Os dirigentes do Sinap, Jukão e Adérito, acompanhados de Mário Ventura,
visitaram o Sindicato Local de Piraí
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