EXEMPLAR GRATUITO Edição: 359 Jornal da Universidade Bandeirante de São Paulo • UNIBAN • Ano 11 • 03 de dezembro de 2007 INTOLERÂNCIA Foto: Mariana de Alencar Como pessoas ligadas às comunidades gay, negra e boliviana enxergam a questão da intolerância, sentimento tão presente na sociedade atual. (págs. 10 e 11) ENTREVISTA A jornalista Helle Alves (págs. 4 e 5) AN B I N U I L IA XXX C FI o C O ã O diç I R E IÁ D 02 EDITORIAL EDITORIAL A reta final chegou para a comunidade acadêmica UNIBAN. Provas da Coordenação, entrega de trabalhos e demais obrigações acadêmicas enchem de responsabilidade a cabeça de todos. Com isso, toda a atenção está focada para o êxito e, depois, para as tão sonhadas férias! Diante disso, a Folha Universitária também chega ao fim do ano letivo e apresenta a sua última edição do ano. E, para acabar o ano, esta edição apresenta um tema para a reflexão de todos: Intolerância. A repórter Vivian Costa, para a editoria Matéria de Capa, conversou com uma antropóloga representante do Movimento GLBT, com a delegada da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, com o presidente da ONG Afrobras, com um deputado estadual e com o coordenador do Centro Pastoral do Migrante. Todos foram unânimes: existe muita intolerância no Brasil. Para a editoria Entrevista, em virtude do quadragésimo aniversário do assassinato do líder revolucionário, que juntamente com Fidel Castro libertou Cuba dos EUA, o argentino Ernesto Che Guevara, o jornalista Jairo Giovenardi entrevistou a primeira repórter estrangeira presente em Valle Grande, cidade boliviana onde se encontrava o corpo de Che Guevara, morto a mando da CIA pelo exército da Bolívia, a brasileira Helle Alves. Aos 80 anos, ela se lembra claramente do fatídico dia e da repercussão do fato, que lhe trouxe constrangimentos advindos do governo ditatorial brasileiro. Por fim, para a editoria Cidade, o jornalista Manuel Marques visitou dois lugares que valem a pena: o Instituto Butantan e o Museu de Zoologia da USP. Para quem for ficar em São Paulo nas férias de final de ano, vale a pena conferir o que os dois lugares oferecem aos visitantes, pois o programa é para toda a família. Obrigado por acompanharem a Folha Universitária durante este ano de 2007, esperamos que tenham gostado do teor das entrevistas, das matérias, dos editoriais, das charges, das fotos, do Diário Oficial UNIBAN, enfim, do jornal como um todo. Fizemos o impossível para que vocês, leitores, tivessem informação de qualidade. Até 2008! Tenham uma ótima leitura! A Redação ÍNDICE EDITORIAL EDITORIAL político político Ação Social ................................. 3 ONG defende o direito dos animais à vida Mais um processo aberto contra o presidente licenciado do Senado Federal, o senador Renan Calheiros (PMDB- AL), por quebra de decoro parlamentar, terá um desfecho nesta semana. É que o peemedebista terá de passar pela prova de fogo: seus pares votarão pela sua absolvição, ou cassação no plenário. Em sessão aberta, mas com voto secreto. A acusação agora se dá pelo fato dele ter adquirido duas emissoras de rádio e um jornal em sua terra natal em nome de “laranjas”, em parceria com o usineiro João Lyra. O parecer do relator do Conselho de Ética, Jefferson Péres (PDT-AM), pede sua cassação. Até aí, tudo bem, pois o artigo 54 da Constituição da República Federativa do Brasil e o artigo 4º do Código de Ética do Senado Federal rechaçam a prática. Entretanto, como no País do “tudo pode quando se tem dinheiro e poder”, segundo um levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo e publicado no dia 23 de novembro último, página A12, dos 81 senadores, 23 parlamentares (incluindo o senador alagoano) figuram como sócios em empresas de comunicação, segundo o Sistema de Acompanhamento de Controle Societário (Siacco), do Ministério das Comunicações. Entre eles, 17 têm parentes na sociedade do negócio, ou na direção do mesmo. Pergunto: como é possível votarem pela cassação de Renan Calheiros se outros 22 estão na mesma situação? Os nomes publicados no jornal são: Mão Santa (PMDBPI); Maria do Carmo Alves (DEM-SE); Tasso Jereissati (PSDB-CE); Edison Lobão (PMDBMA); Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEMBA); José Sarney (PMDB-AP); João Raimundo Colombo (DEM-SC); João Vicente Claudino (PTB-PI); César Borges (DEM-BA); José Agripino Maia (DEM-RN); Roseana Sarney (PMDB-MA); Romero Jucá (PMDBRR); Efraim Morais (DEM-PB); José Maranhão (PMDB-PB); Gilvan Borges (PMDB-AP); Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN); Jayme Campos (DEM-MT); Wellington Salgado (PMDB-MG); Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR); João Tenório (PSDB-AL); Neuto de Conto (PMDB-SC) e Fernando Collor (PTB-AL), este último licenciado no momento. Entrevista ............ 4 Testemunha da história E 5 TURISMO ......................... 6 Passeios oferecem entretenimento e cultura CIDADE .............................................. 7 Patinho feio da Luz saúde ............................... 8 Vantagens e desvantagens da fitoterapia Matéria de Capa ........... 10 Diferentes sim, mas não desiguais por dentro da uniban ............ 12 Alunos visitam a Usina Nuclear de Angra dos Reis Discentes conquistaram troféu de Bossa Ball E E 11 13 Educação .................................... 1 4 Educação que inova e eleva o conhecimento meio ambiente ....... 1 5 A onda agora é preservar CULTURA ....................... 1 6 Juventude sem limites Guia Universitário .............. 1 7 ESTÁGIOS e CLASSIFICADOS .. 1 8 HORÓSCOPO E preliminares ........ 1 9 ENTRETENIMENTO .................. 2 0 Diário Oficial UNIBAN (encartado) Nilson Hernandes EXPEDIENTE: Folha Universitária é uma publicação semanal da Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN - Ano 11. Edição nº 359 - 03 de dezembro 2007. Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho ([email protected]). Vice-Reitores: Prof. MS Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Pró-Reitor Acadêmico: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (interino). Vice-presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Presidente do Conselho de Comunicação: Eduardo Fonseca.Diretora e Jornalista responsável: Mariana de Alencar (Mtb 39.663). Direção de Arte, ilustrações, produções gráfica e editorial: Ronaldo Paes e Ricardo Neves. Editor-chefe: Nilson Hernandes. Editor de Ação Social, Cidades, Mutável - Economia, Sociedade, Mercado de Trabalho e Educação: Cleber Eufrasio. Editor de Entrevista, Capa, Cultura e Saúde: Renato Góes. Repórteres: Jairo Giovenardi, Karen Rodrigues, Manuel Marques e Vivian Costa. Fotos: Mariana de Alencar. Estagiário: Bruno Souza. Diário Oficial UNIBAN: Coordenação: Francielli Abreu. Colaboradora: Marisa De Lucia. Impressão: Folha Gráfica. Cartas para a redação: Av. Braz Leme, 3029, Santana, São Paulo, CEP 02022-011. Tel. (11) 6972-9034. e-mail: [email protected] - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000. AÇÃO SOCIAL SOCIAL AÇÃO Por Bruno Souza ONG defende o direito dos animais à vida Mais de 80 mil pessoas já se familiarizaram com a luta contra maus-tratos e descaso com os animais. O Projeto Esperança Animal (PEA), fundado em 2003 por Ana Gabriela Toledo, é um exemplo de dedicação à causa. Prova disso, foi o seu reconhecimento como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), dada pelo Ministério Público em 2005, devido à qualidade e responsabilidade com a fauna e o meio ambiente. Atualmente, a ONG conta com o projeto Quero um bicho, que tem feito sucesso. Ele é uma união entre o poder público e a sociedade, onde, por meio do site (www.queroumbicho.com.br), divulga os animais resgatados pelas prefeituras. Assim, possibilita que o cidadão adote cães e gatos. Ao acessar, a pessoa pode visualizar as características principais e obter um perfil detalhado do animal como: raça, peso, sexo, temperamento e endereço. Hoje, o Quero um Bicho acontece em Florianópolis, Santa Catariana, e em algumas cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. “Algumas prefeituras matam animais de rua por não terem Divulgação PEA trabalha em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina promovendo a conscientização PEA Protesto em Campos do Jordão em julho de 2004 estrutura e eficiência para lidar com isso. Nós montamos o site há muito tempo, e ele apresentou uma eficácia muito grande com pouco esforço, então nós conseguimos recolocar grande número de animais pegos na rua com baixo custo operacional”, afirmou Carlos Rosolen, atual presidente da ONG. As atividades realizadas pelo Projeto Esperança Animal são coordenadas por sete diretores, profissionais especializados que doam parte de seu tempo livre. O trabalho é viabilizado na Internet como meio de divulgação. Ele é hoje considerado um dos mais ricos em conteúdo sobre o assunto e uma referência em pesquisa. Atualmente já alcançou um público de 82 mil pessoas, entre simpatizantes cadastrados, ativistas e colaboradores, dentro e fora do País. Conta ainda com uma organização de eventos próprio da PEA, que realiza palestras em instituições de ensino. Nesse canal de informação que respeita a vida animal vemos denúncias e campanhas mais sérias contra, por exemplo, a exploração de animais em circos e rodeios. Uma forma de entretenimento desnecessária, segundo a ONG. “Se é bicho vivo a gente está preocupado em mantê-lo vivo e com direito de subsistência”, finalizou Rosolen. Mais informações, acesse o site: www.pea.org.br. FORMANDOS 2007 NÃO FIQUE FORA DESSA.... PREÇO E QUALIDADE SÓ COM A PARALUPPI!!! COMEMORE CONOSCO EM GRANDE ESTILO SUA FORMATURA!!! BAILE DE GALA COM COQUETEL E JANTAR POR APENAS R$ 500,00 PARCELADOS EM ATÉ 5 VEZES SOLICITE SUA ADESÃO ATRAVÉS DO E-MAIL * O FORMANDO TERÁ DIREITO À 5 CONVITES E 1 MESA COM 6 LUGARES [email protected] DATA: MARÇO DE 2008 MAIS INFORMAÇÕES: 6198-0964 www.paraluppi.com.br OPÇÕES DE LOCAL: CLUBE ATLÉTICO JUVENTUS CLUBE BANESPA CLUBE ESPÉRIA 03 ENTREVISTA ENTREVISTA Testemunha da história A jornalista Helle Alves, única repórter estrangeira a relatar a chegada do corpo do guerrilheiro Che Guevara na Bolívia, contou detalhes da mais importante matéria de sua vida querendo saber o motivo de eu ter sido a primeira a dar a notícia, já que havia muitos jornalistas, cerca de 200 do mundo inteiro, a cerca de 200 km de distância de onde o corpo do Che Guevara foi levado, na cidade boliviana de Valle Grande, e o pessoal estava em Camiri fazendo a cobertura do julgamento do jornalista francês Regis Debray (acusado de participar da guerrilha naquele país). O Exército queria saber porque eu estava lá, e não em Camiri, e quais eram as minhas ligações com Guevara, Fidel e com Cuba, para termos informações privilegiadas. O ano de 2007 ficou marcado por lembrar os 40 anos da morte de Ernesto Che Guevara. A imprensa brasileira produziu inúmeras reportagens especiais e a Folha Universitária buscou, em Santos, um personagem para contar um pouco sobre o mito Che. A jornalista Helle Alves era, em 1967, a única repórter estrangeira presente em Valle Grande, cidade boliviana onde se encontrava o corpo de Che Guevara. Helle, agora com 80 anos, ministra um curso de Comunicação e Criatividade para um grupo de idosos, num Centro de Convivência de Santos, onde mora há 15 anos. Nesta entrevista exclusiva, ela contou detalhes da cobertura jornalística que marcou sua vida. Confira: “Ele foi capturado vivo e levado para uma escolinha, onde permaneceu amarrado numa cadeira e foi morto pela manhã. Isso, os soldados bolivianos me contaram. E a ordem para matá-lo veio da CIA. Eles ajudaram a criar o mito com toda essa confusão. A juventude, principalmente oprimida pela ditadura, se soltou por meio da imagem do Che Guevara” Folha Universitária – A senhora é jornalista há quanto tempo? Helle Alves – Estou no jornalismo desde os 15 anos. Comecei ainda menina, escrevendo poemas e fui trabalhar num jornal semanal, que informava tudo sobre o rádio. F.U. – Ficou muito tempo no jornal? H.A. – Sou uma mulher de grandes paixões e me apaixonei pela democracia, quando ela chegou em 1945, algo que não tínhamos no regime do Getúlio Vargas. Fui, então, trabalhar na Assembléia Legislativa, onde fiquei por dez anos como redatora de ata e da Ordem do Dia. Naquela época se trabalhava até 20 horas por dia e não consegui mais fazer jornal. F.U. – Sentiu vontade de retornar à vida de repórter? H.A. – Sim. Depois desses dez anos, bateu aquela coceira e fui ser assessora parlamentar para ter horário livre e, desta forma, retornar ao jornal. Isso na década de 50. Eu ficava na redação, fazendo requerimentos e discursos. Isso me fez voltar à reportagem, no grupo Diários Associados. Aí, sim, passei a ser repórter de Geral até 1964, quando chegou a Revolução Militar. F.U. – Um período difícil para os jornalistas... H.A. – Muito. Havia censura dentro do jornal, o que limitava os jornalistas. Passei até por processo militar, por dar o furo da morte do Che Guevara, em outubro de 1967. Eles me interpelaram, por sorte, apenas por escrito, Fotos: Mariana de Alencar 04 F.U. – Qual foi sua resposta? H.A. – Respondi que estava apenas exercendo minha função de repórter. Nunca entrevistei o Che Guevara, apesar de ter entrevistado outras personalidades como Pablo Neruda e a Rainha Elizabeth. Você sabe que o assunto é distribuído pela chefia, mas quando o Che esteve no Brasil, não fui chamada para fazer a cobertura. Respondi por escrito que fomos para Valle Grande por intuição. A Bolívia dava apenas um visto de entrada em Camiri e La Paz. Se o jornalista entrasse em Camiri não poderia sair mais. Eu estava com esse visto, mas percebendo, ao mesmo tempo, que o negócio importante era outro. Adiamos, desta forma, a ida a Camiri e fomos a Valle Grande. Uma vez fomos eu, o cinegrafista Walter Gianello e o repórter fotográfico Antônio Moura, dos Diários Associados, para ver a chegada dos corpos de quatro argentinos e, conversando com as pessoas, percebemos que a guerrilha estava no fim. Pelo caminho havia os cartazes com as recompensas oferecidas para quem pegasse o assassino dos “soldadinhos bolivianos”, aquele negócio estilo americano de caça aos bandidos. Nos cartazes o Che era visto como bandido, mas a população tinha boas informações sobre ele: pagava tudo que consumia, atendia crianças, principalmente com bronquite, dando remédios. Mas os cartazes eram do Exército americano e guerrilha é guerrilha, sempre há baixas em todos os lados. Você leu a reportagem da revista Veja? F.U. – Li, e gostaria de saber qual sua opinião sobre a reportagem especial sobre o Che. H.A. – Não acredito em nada daquela reportagem. É o início da demolição da imagem do Che. Ele é um ícone para a juventude e estão querendo demolir a imagem dele. 05 Por Jairo Giovenardi desfiles de moda, inauguração de restaurantes, como se fosse um boicote. Não sei se foi ciumeira interna ou se eles não queriam que eu me sobressaísse e chamasse a atenção do Exército. O próprio jornal tinha medo, pois os Diários Associados estavam mal das pernas. Era a maior cadeia jornalística do Brasil, composta por jornais, rádio e TVs, criada pelo Chateaubriand. Havia uns 300 órgãos de imprensa em todo o Brasil. Nosso material foi vendido, inclusive, para fora do País. Nós não ganhamos nada, nem sabíamos o que eles estavam fazendo, mas eles faturaram. Porém, estavam mais vulneráveis que o Estadão, por exemplo, que ousava publicar receitas de bolo em cada trecho riscado. F.U. – A senhora encaminhou uma carta à revista Veja. Pode nos revelar o conteúdo? H.A. – Percebi algumas inverdades na matéria, principalmente pelas entrevistas que fiz com os militares que participaram do confronto e com a população boliviana. Mas eu sabia qual era a intenção da matéria, acabar com o mito. Enfim, eles só queriam dizer que eu estava lá. F.U. – Como foi a chegada do corpo do Che em Valle Grande? H.A. – Havia um campo de aviação, na verdade, só dava para pousar helicóptero. Era um terreno do tamanho de um campo de futebol. Estava cercado com cordas e éramos vigiados por soldados. Nós, eu, Moura e Gianello estávamos atrás das cordas, e o oficial que apareceu na revista Veja tirou as impressões digitais, examinou bem o Che e vimos quando ele confirmou a morte balançando a cabeça. Depois, prepararam o corpo para levar até a ambulância. Nos posicionamos num Jipe contratado, que nos levou de Santa Cruz de La Sierra para lá, e colamos na ambulância, que ia direto para o hospital. Assim que ela entrou no hospital, pela lateral, depositando o corpo numa mesa de pedra da lavanderia, estávamos juntos, mas eles fecharam a porta e esperaram a chegada dos médicos legistas. Enquanto isso, estávamos trabalhando. Havia uma porção de ministros e generais, que conversavam conosco sobre como foi o último encontro do Exército com a guerrilha. O povo, que foi a pé, do campo de aviação até o hospital, subiu uma rampa de 1 km e começou a bater no portão de madeira do hospital, gritando: “Somos bolivianos, queremos ver o assassino dos nossos soldadinhos, nos deixem entrar”. Tanto fizeram, que derrubaram o portão. Corriam gritando a palavra “assassino” até chegarem a uns quatro metros de distância do corpo. Quando viram o cadáver do Che, que transmitia uma serenidade, um carisma tão grande, eles pararam e começaram a dizer com as mesmas vozes que ouvimos gritar assassino, que ele era lindo, “parece Cristo, como está magro, como sofreu”. Ele estava em frangalhos, mulambento, sujo e destruído. E nós que temíamos que o cadáver fosse barbarizado, percebemos que todo mundo parou, um querendo passar na frente do outro. O Exército organizou o povo em fila, o que ficou parecendo um cortejo fúnebre, porque eles passavam em volta da mesa onde estava o corpo do Che Guevara, em silêncio, como se prestassem uma homenagem. Essa mudança de atitude foi impressionante, principalmente pelo ligeiro sorriso, os olhos entreabertos e o rosto de serenidade de Ernesto Che Guevara. F.U. – Saindo de lá, para onde foi? H.A. – Quando o povo terminou, o legista já tinha chegado e até contado o número de balas no tórax dele. A bala que o matou entrou pela nuca e saiu pelo pescoço. Foram umas dez balas ou mais, mas a primeira foi dada pelas costas, por um tenente e não por um soldado. Enfim, quando o povo se acalmou e foi embora do hospital, nos mandaram embora também, pois o legista acabaria de despir o corpo. Fomos direto para o hotel para passar o telegrama para os Diários. Mas foi uma confusão e tanto, pois os telefones e o Telégrafo estavam bloqueados, a serviço do Exército, e depois liberaram apenas o Telégrafo para o público. Eu peguei todo o dinheiro dos meus colegas e dei para o pessoal que estava na fila dos Correios para passar telegramas. Assim, se abria uma porta. Quando cheguei nos telegrafistas, coloquei US$ 50,00 na mesa de cada um, coloquei o meu telegrama e pedi para passarem. F.U. – A senhora nunca pensou em publicar um livro sobre esta cobertura? H.A. – Não, porque eu era muito pouco informada sobre Che Guevara e quando fui interpelada pelo Exército, achei melhor deixar por isso mesmo, pois qualquer coisa que eu fizesse, seria complicado. Não dá para imaginar o que é trabalhar sob a ditadura, com um censor dentro da redação, riscando com lápis vermelho, rasgando e jogando fora as matérias que não eram interessantes. F.U. – Foi um período de pressão total... H.A. – Sim, inclusive, pressão interna. Durante algum tempo, depois da morte de Guevara, me deram apenas coberturas como F.U. – A cobertura na Bolívia foi a mais marcante de sua vida? H.A. – Sim. A matéria do telegrama que enviei em 1967 foi curta, mas em três dias cheguei com o material completo, com entrevistas com o povo boliviano em estradas de terra, matérias sobre a guerrilha. Falei, inclusive, com alguns soldados remanescentes da guerrilha, que continuou por mais um tempo, após a morte do Che. Morreram outros guerrilheiros e soldados, o Che não morreu sozinho. Ele foi capturado vivo e levado para uma escolinha, onde permaneceu amarrado numa cadeira e foi morto pela manhã. Isso, os soldados bolivianos me contaram. E a ordem para matá-lo veio da CIA. Eles ajudaram a criar o mito com toda essa confusão. A juventude, principalmente oprimida pela ditadura, se soltou por meio da imagem do Che Guevara. F.U. – A senhora viu muitas mudanças no mundo como jornalista? H.A. – Sim, muitas. Lembro-me que comemoramos a primeira viagem de um fotógrafo com o aparelhamento para revelar o filme e passar por telegrama. Não me pergunte em que ano (risos), mas deve ter sido na década de 1970. F.U. – 40 anos depois da morte de Che, como analisa a cobertura da mídia? H.A. – Fidel está doente e os cubanos de Miami começam a crescer, a ganhar fôlego. É a elite de Cuba, exilada em Miami, que pressiona, dá notícias de Cuba a favor dos americanos. Estive em Cuba e, na verdade, o que ocorre é que o país era o bordel dos americanos, quando o ex-presidente era o Batista. Ele tinha várias ligações com drogas e prostituição e os americanos adoravam passar férias lá e enriqueciam com seu governo. Com Fidel tudo mudou. turismo Por Manuel Marques Passeios oferecem entretenimento e cultura Dois imperdíveis são o Instituto Butantan e o Museu de Zoologia da USP As férias estão chegando e com elas uma pergunta quase tão antiga quanto o descanso anual. O que fazer? Que lugares visitar? Em São Paulo há muitas alternativas, afinal a Capital é conhecida não só como a terra da garoa, mas também como a cidade que não pára nunca e como selva de pedra. Falando em selva há duas belas alternativas de passeio para quem quer ter uma idéia da vida animal numa mata de verdade. E isso o leitor encontrará no Instituto Butantan e no Museu de Zoologia da USP. Este último mantém e conserva coleções zoológicas, realiza pesquisas científicas e faz estudos sobre animais, especialmente sobre a fauna da região Neotropical, que abrange a América do Sul e a América Central. “O Museu de Zoologia é uma instituição de pesquisa da Universidade de São Paulo. Elas se baseiam nas grandes coleções de animais, hoje com cerca de oito milhões de exemplares conservados em meio líquido ou a seco, uma boa parte disponível ao público”, disse a diretora da Divisão de Difusão Cultural do museu, dra. Elisabeth Zolcsak. E concluiu: “Temos exposição de longa duração temporária. Recebemos cerca de 60 mil visitantes por ano”. Quem visitar o museu encontrará equipamentos multimídia para exibição de imagens captadas por microscópio eletrônico para projeção de filmes sobre a origem e Fotos: Giuseppe Puorto da Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo, que tem várias funções, desde pesquisa com animais venenosos à produção de soros e vacinas”, explicou o biólogo Acima, a temida sucuri, e à esq., a venenosa cascavel, cobras que geram medo e curiosidade dos visitantes “Por incrível que pareça, desde a época de Vital Brasil (criador do Instituto), as pessoas vêm aqui pra ver a cobra. Isto porque o visitante tem a chance de ficar de frente para o mito”, disse Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Butantan Fotos: Guilherme Ide 06 Acima, Esperança. E ao lado, Aquarinho, também conhecido como Mané-Magro, insetos que são atrações do Museu de Zoologia Divulgação evolução dos animais e sobre os vários ambientes encontrados no Brasil. Também encontrará fotos e objetos, marcando as várias fases pelas quais passou a instituição. Estão expostas reproduções fósseis da fauna brasileira e réplicas de animais extintos. Por meio de fotos, o visitante verá distribuição das espécies nos mares e oceanos. “Há muita coisa a ser vista, mas quem nos visita parece gostar mais dos animais extintos e do esqueleto de preguiça gigante com os dois tigres”, afirmou a diretora do museu. Já o Instituto Butantan é gigante. O leitor precisa de tempo para visitar o local. O próprio espaço vale uma visita, mas lá dentro as alternativas são muitas. A começar pelo parque, que é imenso, com uma mata bem cuidada e construções que datam de meados do século passado. “Butantan é um instituto de pesquisa Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Butantan. Ele contou ainda que trabalha com cerca de 60 espécies, expondo muitos desses animais no museu. “Nós temos um público bem definido. De terça a sexta recebemos uma média de 900 visitas, a maioria crianças, estudantes e turistas estrangeiros. Nos finais de semana e nos feriados recebemos a visita da família, geralmente pais, mães e filhos. Uma média de dois a três mil pessoas por dia”. O belo prédio no qual está localizado o Museu Biológico passou por uma grande reforma em 2001. Mas o maior atrativo está no seu interior, onde vemos uma imensa quantidade de animais, quase todos peçonhentos. Logo na entradanos deparamos com uma jibóia, separada do público por um vidro. Em seguida, uma cobra gigante, intitulada Píton Albinio da Birmânia. Quase que ao lado dela, uma cobra verde, que se confunde com galhos de árvores. São muitos animais: sapos, lagartos e aranhas. Uma surpresa em cima da outra e reações que podem ser de medo, petrificação, êxtase ou admiração. Impossível ficar indiferente. “Por incrível que pareça, desde a época de Vital Brasil (criador do Instituto), as pessoas vêm aqui pra ver a cobra. Isto porque o visitante tem a chance de ficar de frente para o mito. E elas ficam distantes do mito por apenas cinco milímetros, que é a espessura do vidro”, finalizou Giusepe. Mais informações, acesse www.butantan.gov.br e www.usp.br/mz cidade cidade Por Renato Góes Patinho feio da Luz Há alguns anos, tem acontecido na região da Luz um processo de revitalização urbana com o objetivo de mudar o visual de parte do bairro e transformá-lo num importante pólo cultural da cidade. As reformas na Estação da Luz, que agora abriga o Museu da Língua Portuguesa, da Estação Júlio Prestes, referência na música erudita no País, do antigo prédio do DOPS, que hoje é uma extensão da Pinacoteca que, por sua vez se consolida como um dos mais importantes espaços dedicado à arte na Capital, são bons exemplos. Para ratificar a relevância do bairro, temos o efervescente comércio das ruas José Paulino e Santa Ifigênia e as obras da polêmica Linha Amarela do Metrô. No entanto, uma área que recebe o nome de Cracolândia era tida como o “patinho feio” do bairro. No dia 26 de outubro foi iniciada a demolição de imóveis abandonados entre as ruas General Couto de Magalhães, dos Protestantes e Mauá que, muitas vezes, eram utilizados como abrigos de viciados em crack. Uma área de aproximadamente 4.359 m2 veio abaixo e a região foi rebatizada como Nova Luz. No lugar serão instalados imóveis que abrigarão o Prodam Renato Góes A região da Cracolândia passa por revitalização, mas os problemas ainda são bem aparentes Área da Cracolândia demolida pela Prefeitura e que passará por revitalização e a Subprefeitura da Sé, além de empresas privadas que receberão incentivos fiscais para se transferirem ao local. No dia do lançamento do projeto, o prefeito Gilberto Kassab afirmou que “não existe mais a velha Cracolândia, a serviço da droga, a serviço do crime. É uma nova história, uma página virada”. Pode até ser que a página tenha sido virada, mas pelo menos ainda não começou a ser escrita. Numa rápida visita ao bairro, uma semana após o início das demolições, o que se testemunhou foi a seguinte cena. No local demolido, funcionários da Prefeitura instalavam cercas em torno do terreno para impedir invasões. No entanto, um grupo de seis pessoas arrancava fios e cabos do antigo imóvel em plena luz do dia. Na hora de ver quem levava o quê, dois deles discutiram rispidamente, até que um puxou uma faca ameaçando o colega. Os operários testemunhavam o ocorrido sem nada poder fazer. Comerciantes da região, que não quiseram se identificar, dizem que cenas como essa são comuns e que os viciados da região sempre acham algum lugar para ficar. O fato é que expulsar simplesmente essas pessoas da região não é a melhor das soluções. Moradores de bairros vizinhos como Campos Elíseos e Santa Cecília afirmam que muitos deles apenas migraram de local com a ação ostensiva da polícia na região da Cracolândia. O trabalho conjunto entre várias esferas municipais pode até mudar o visual da Nova Luz, mas não pode simplesmente jogar o problema do consumo de crack para debaixo do tapete. Ou para a próxima administração. 07 saúde Por Karen Rodrigues Vantagens e desvantagens da fitoterapia Especialistas alertam que, apesar de provenientes de vegetais, os medicamentos fitoterápicos também trazem efeitos colaterais e devem ser usados com responsabilidade O uso de plantas para o tratamento de diversas doenças é uma alternativa eficaz utilizada por diferentes culturas desde os tempos mais remotos. Com o avanço dos estudos ao longo dos anos, as teorias foram aprimoradas e, hoje em dia, tal medicina que foge do convencional é conhecida como fitoterapia. Trata-se da ciência que estuda os vegetais (parte deles ou seus extratos) com o objetivo de produzir medicamentos fitoterápicos, com finalidade terapêutica, ou seja, tratamento ou cura de doenças. De acordo com a dra. Célia Aparecida Paulino, profa. de Farmacologia e Toxicologia na Graduação e pesquisadora e orientadora do Mestrado da UNIBAN, o medicamento é indicado para diferentes tratamentos. “Em razão da nossa grande disponibilidade de plantas medicinais são várias as indicações clínicas dos fitoterápicos. Existem produtos para o tratamento de distúrbios: gastrintestinais (náuseas, diarréia ou constipação), sistema nervoso central (calmantes, sedativos e antidepressivos), respiratórios (tosse e congestão nasal), cardiovasculares (hipertensão, insuficiência cardíaca e com efeitos diuréticos) e muitos outros distúrbios como diabetes, infecções, certos tipos de tumores etc”. Segundo a farmacêutica Faine Moreira Lopes as plantas mais utilizadas na Farmácia de Manipulação na qual é responsável são aquelas em que seu efeito acarreta no emagrecimento. “Os mais utilizados são os diuréticos (Cana do brejo, Cavalinha, Chá verde, Chapéu de couro), os laxativos (Cascara sagrada, Sene, Fucus) e os de efeito antiinflamatório (Arnica, Alecrim)”, disse. A jovem Danielly Costa e Silva, 25 anos, fez o uso de fitoterápicos para emagrecer durante três meses. Ela contou que durante o tratamento sentia-se menos ansiosa, além da redução do apetite. Após esse período conseguiu eliminar dez quilos e só parou de usar o medicamento porque conseguiu manter o peso que queria. “Optei pelo fitoterápico porque ele é mais barato que os remédios controlados indicados pelos médicos. Tinha medo de passar mal e viciar nos remédios, já esse fitoterápico era tudo natural o que foi bem melhor”, contou. Fotos: Karen Rodrigues 08 “A enorme biodiversidade da flora brasileira tem garantido cada vez mais o grande potencial dos fitomedicamentos tanto para consumo interno como para exportação”, disse a profa. dra. Célia Aparecida Paulino Contudo, muitas pessoas pensam que pelo fato da terapia ser proveniente de plantas, ela é natural e não causa contra-indicação. Isto é um grande engano, pois antes de tudo é um medicamento e, como qualquer outro, pode ter sim efeitos colaterais e também deve ser usado sob orientação médica. “Apesar de serem feitos de plantas, não deixam de ser medicamentos, e podem se tornar tóxicos se não forem administrados de modo correto”, alertou a farmacêutica Faine. Na opinião da profa. Célia as contra-indicações são mais comuns para mulheres gestantes e lactantes, em função da contaminação do bebê por resíduos excretados no leite materno. Também deve ser cuidadosamente utilizados por usuários imunologicamente hipersensíveis e que podem “Apesar de serem feitos de plantas, não deixam de ser medicamentos, e podem se tornar tóxicos se não forem administrados de modo correto”, contou a farmacêutica Faine Moreira Lopes apresentar reações alérgicas a certos princípios ativos vegetais ou, principalmente, a certos componentes das formulações de fitoterápicos. Ainda de acordo com a professora, a procura por esta medicina tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, um dos motivos é devido ao baixo custo financeiro. “O uso de outros recursos terapêuticos, além da alopatia, tem aumentado no mundo todo, e o mesmo acontece com a fitoterapia. A enorme biodiversidade da flora brasileira tem garantido cada vez mais o grande potencial dos fitomedicamentos tanto para consumo interno como para exportação”. Geralmente há muitas dúvidas entre a diferença de homeopatia e fitoterapia. Segundo a dra. Célia Paulino, a homeopatia é uma forma de tratamento baseada no princípio da cura pelos semelhantes, em que são utilizados medicamentos preparados a partir de princípios ativos de origens vegetal, mineral ou animal, os quais são diluídos e dinamizados para a preparação do produto final. Já a fitoterapia usa quantidades expressivas dos princípios ativos de origem vegetal, geralmente na forma de extratos, pomadas, gotas, entre outros. A homeopatia pode usar os mesmos componentes, porém diluídos em escalas decimal, centesimal ou milesimal, geralmente apresentados na forma de glóbulos ou gotas homeopáticos. Apesar da grande procura é preciso ter cautela ao adquirir um fitoterápico, já que muitos destes produtos são vendidos livremente no Brasil e sem o devido controle do sistema nacional de vigilância. O ideal é adquirir em um local onde sua origem seja confiável, sem o risco de adulterações na sua formulação e tampouco de contaminações químicas e biológicas das plantas medicinais utilizadas. 09 10 MATÉRIA DE CAPA Diferentes sim, mas não desiguais A igualdade e o respeito só virão se tivermos uma legislação efetiva, é o que acreditam pessoas ligadas a entidades que lutam para o fim da intolerância Fotos: Divulgação Nos últimos meses foram registrados em São Paulo vários ataques contra homossexuais atribuídos a grupos como skinheads e punks. Diante de um cenário tão cruel, onde qualquer um pode ser vítima, a Folha Universitária resolveu fazer uma matéria sobre intolerância e conversou com pessoas ligadas a entidades que lutam pela igualdade e respeito. A esperança de todos é que haja uma legislação efetiva e que funcione para que todos saibam que o Estado não é conivente com ataques homofóbicos e racistas. Para Regina Facchini, antropóloga e integrante do movimento GLBT, para que esse cenário mude é preciso forçar bastante na educação. Na opinião dela, a mídia tem ajudado bastante ao abordar matérias de vários assuntos. “Hoje em dia vira pauta a questão dos direitos dos homossexuais e não só tragédia”. Para ela, outro fator que pode mudar o comportamento das pessoas é a denúncia das agressões. Ela lembrou que há vários projetos que incentivam as denúncias como o Centro de Referência de Direitos Humanos e Combate contra a Homofobia da cidade de São Paulo, que surgiu por causa de uma parceria estabelecida com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (Programa Brasil Sem Homofobia). Ainda segundo Fachinni, estes centros visam dar aparato psicológico, jurídico e social ao público GLBT. Ela ainda cita que no site da organização da parada há uma cartilha titulada “Não se cale”, que mostra todos os endereços onde as pessoas podem denunciar. Na opinião da antropóloga, falta legislação para que as pessoas tenham ciência de que o Estado não é conivente com agressões violentas. “Existe o projeto de Lei 122/06 que coloca como crimes, passíveis de punição, tanto a questão de discriminação de gênero e orientação sexual. O projeto já passou pela Câmara, mas está sofrendo resistência no Senado porque muitos dizem que se ele for aprovado, as pessoas não poderão se proteger da presença ou convivência de um homossexual”, afir- “Quando se convive em sociedade e tudo está muito bem, a pessoa consegue esconder o preconceito. Mas numa briga de trânsito, por exemplo, os preconceitos são sempre colocados para fora. Por isso tem tanta injúria racial e não crime de racismo”, afirmou a delegada Margarette Barreto mou. A ausência de denúncias dificulta a construção de políticas visando o controle da violência contra GLBT. De acordo com a Pesquisa Política, Direitos, Violência e Homossexualidade realizada na Parada de 2005, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, entre os 721 GLBTs entrevistados, 72,1% já haviam sofrido uma ou mais situações de discriminação e 65,7% já haviam sofrido uma ou mais situações de agressão motivadas pela sexualidade. Mesmo com os altos índices de vítimas, apenas 58,7% dos agredidos chegaram a relatar a alguém a situação pela qual passaram, sendo que destes, 57,2% relataram apenas para familiares ou amigos. De 474 entrevistados que sofreram algum tipo de agressão, apenas 63 (13,4%) chegaram a denunciar na polícia e 24 (5,1%) denunciaram a grupos GLBT ou à Defensoria Homossexual. “Existe o projeto de Lei 122/06 que coloca como crimes, passíveis de punição, tanto a questão de discriminação de gênero e orientação sexual. O projeto já passou pela Câmara, mas está sofrendo resistência no Senado”, disse a antropóloga Regina Facchini Negros e homossexuais Fachinni disse ainda que o preconceito entre negros e homossexuais é diferente. Para ela, como existem campanhas contra o racismo como a “Onde vocês guardam o seu racismo?”, as pessoas escondem que são racistas por vergonha. “Todas as pessoas são racistas, em maior ou menor grau, apesar das pessoas tentarem controlar isso”. E completou: “com relação ao homossexual não, chega a ser ‘bem visto’ em alguns grupos, por ser uma forma de auto-afirmação. Por isso não é mal visto socialmente falar mal dos homossexuais”. Para ela, nesse ponto a própria sociedade brasileira, de certa forma, reforça esse tipo de comportamento violento e preconceituoso. Ela explicou que, por vergonha, muitos que são agredidos não denunciam. “Como é que vou chegar em algum lugar e dizer que apanhei porque sou veado?”, indagou. Parte das experiências de violação de diretos de pessoas homossexuais se dá na escola, “pois é na base da brincadeira que muitas crianças crescem sem coragem de se assumir, e quando o fazem, não é para todos, como uma forma de se proteger”, explicou. Ela observou que há várias pesquisas em escolas que mostram que os meninos são mais preconceituosos do que as meninas. “Rejeitar o homossexual é uma forma tradicional de afirmar a masculinidade”. Porém, ela salientou que felizmente algumas coisas estão mudando entre jovens de classe média que contam com outro tipo de discurso, inclusive, feito pela própria escola. Racismo existe sim! Segundo a delegada da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), Margarette Barreto, cerca de 57% das denúncias mais freqüentes são de intolerância étnica ou racial. “A questão racial ainda é muito 11 Por Vivian Costa forte. Quando se convive em sociedade e tudo está muito bem, a pessoa consegue esconder o preconceito. Mas numa briga de trânsito, por exemplo, os preconceitos são sempre colocados para fora. Por isso tem tanta injúria racial e não crime de racismo”. A legislação brasileira que fala de racismo é contra a segregação racial, já que foi baseada na legislação dos EUA. “Como aqui nunca houve um apartheid, há sim uma tolerância com o negro e o índio, porém ele sempre é visto como uma pessoa menor”, completou. A delegada disse ainda que o grande viés de tudo é a questão econômica. “Se o Ronaldinho Gaúcho andar no shopping de chinelo ninguém vai falar nada, agora se for outro qualquer não vão deixar nem entrar”. E completou: “o nosso modelo econômico é culpado pela insatisfação dos jovens, já que tudo é tão caro”. Outro ponto que leva a agressão, muitas vezes físicas, é a transferência de culpa pelo seu fracasso. Segundo Margarette, muitos jovens culpam a presença do negro, do nordestino pela falta de emprego, mas é incapaz de fazer algo para que isso mude. “É muito fácil colocar a culpa no outro do que realmente procurar uma alternativa”. De acordo com a delegada, geralmente esses jovens agressores são pacatos dentro de casa e quando estão em grupos se transformam. Por isso, muitos pais não acreditam que eles sejam agressivos. Quando acontece alguma situação de agressão, a mãe do suspeito ou vítima é chamada para receber orientação. “Mas muitas não aceitam a realidade e jogam a culpa nos outros. Quando acontece isso eu falo que hoje ela foi chamada para conversar, da próxima vez ou seu filho estará machucado ou será suspeito de homicídio. Mas muitas não acreditam, e passa dois, três meses e acontece tudo de novo”. “A intolerância não é coisa só do Brasil. Está cada mais latente, inclusive, na Europa e nos EUA. Temos uma sociedade marginal e doente, onde a cultura e o costume é virar as costas para os velhos, nordestinos, crianças e para os mais pobres”, disse o presidente da ONG Afrobras, José Vicente A delegada afirmou que a repercussão das agressões, inclusive contra homossexuais na mídia, muitas vezes é bem vista pelos jovens agressores. “Eu monitoro o Orkut de algumas pessoas e vejo que eles gostam de aparecer”. O que existe é uma contracultura, já que antigamente era legal ser um cidadão de bem. Hoje, o jovem pensa que quanto mais crime se comete, melhor será visto pelos outros. Ela observou que a maioria dos jovens, envolvidos em brigas, conta com famílias desajustadas, entre 14 e 25 anos, e acabam se afastando da família para se aproximar dos grupos. “Nessas turmas eles ganham uma identidade”. Para o presidente da ONG Afrobras, José Vicente, há muita intolerância no Brasil e no mundo, por causa de deslocamentos de massas em busca de qualidade de vida e emprego. “A intolerância não é coisa só do Brasil. Está cada mais latente, inclusive, na Europa e nos EUA. Temos uma sociedade marginal e doente, onde a cultura e o costume é virar as costas para os velhos, nordestinos, crianças e para os mais pobres”, afirmou o presidente da Afrobras. E mais: “O Brasil continua sendo um país autoritário que despreza um monte de valores e é isso que faz aflorar o preconceito”. Para ele, muitos querem se dar bem e ofender o outro com a intenção de diminuílo. “Levar vantagem vale tudo, até ofender. Muitos precisam disso para confirmar sua qualidade de superior”, disse ele. O belo exemplo desse cenário, “é o que acontece com aquele jovem que bate em prostituta, queima índio, que estamos acostumados a ver na mídia”. Para Vicente, a discriminação contra os negros nem melhorou nem piorou. A estrutura não ajuda, já que não temos uma mídia preocupada com a questão de discriminação social, ou uma ação governamental efetiva que esteja preocupada com isso. O deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) foi acusado pelo também deputado Waldir Agnello (PTB) de quebra de decoro parlamentar por ter levado um transformista no plenário quando lançou uma frente parlamentar, no último dia 24 de outubro, para combater os crimes contra homossexuais. Para o parlamentar do PSOL a apresentação estava dentro do contexto e essa atitude de Agnello foi um ato intolerante. “Isso reforça simplesmente o preconceito e a discriminação. E nós, como deputados, temos que proteger a minoria”, afirmou. Sofrimento calado Em São Paulo, que é a maior metrópole da América Latina, acaba atraindo pessoas de outros países vizinhos e pobres como os bolivianos, que acabam sofrendo discriminação quando aqui estão. Para o padre Mário Geremia, que é coordenador do Centro Pastoral do Migrante, o diferente sempre assusta por gerar insegurança. Mas, ele ressaltou que por outro lado como é semelhante, não deveria ter esse tipo de sentimento. Ainda na opinião dele, esses ataques que estão cada vez mais freqüentes mostram que a sociedade está em crise, com medo de algo que nem ela sabe o que é. “O Brasil foi construído por imigrantes, por isso, quem não aceita as diferenças, não sabe dialogar e é racista, é doente. O ataque não é a saída”. Segundo ele, o que move o preconceito ainda é a classe social ditada pelo capitalismo. “Os imigrantes europeus, norte-americanos são bemvindos aqui porque vêm de países ricos, com educação, enquanto os bolivianos são mal vistos. Os bolivianos são diferentes, mas não desiguais”. Segundo o padre, os bolivianos que estão no Brasil são vítimas por causa da língua, falta de documentos e por isso são explorados em trabalhos desumanos e acabam se sujeitando a ganhar centavos por uma peça feita. “Muitas pessoas chamam os bolivianos de índios. Para eles isso é uma ofensa, porque o termo correto é indígena”. Entre as características desse povo está o silêncio. “Eles são muito silenciosos. Sofrem calados, e quando se abrem é porque estão no limite”. “Muitos quando querem desabafar procuram a pastoral”, finalizou o religioso. POR DENTRO DA UNIBAN Por Karen Rodrigues Alunos visitam a Usina Nuclear de Angra dos Reis A visitação trouxe compreensão sobre a importância da energia nuclear, além dos benefícios que ela pode oferecer ao planeta No último dia 9 de novembro, os alunos do curso de Tecnologia em Gestão de Planejamento Ambiental dos 1º, 2º e 4º semestres, campus Rudge, juntamente com a profa. Telma Urbano da Cunha Salmeron realizaram uma visita técnica na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. A viagem teve como objetivo, segundo a docente, esclarecer o tema Energia Alternativa ou Energia Limpa, já que tal assunto gera muita polêmica, dúvidas e incertezas, principalmente em relação à energia nuclear. “Esta visita proporcionou uma oportunidade única de estar em uma Usina Nuclear e conhecer de perto um reator”, disse a professora. De acordo com a ela, o tema em questão faz parte do plano disciplinar e, por este motivo, o conhecimento prático foi de grande valia para os alunos. “Tudo o que sabíamos era o que líamos e ouvíamos em reportagens. Depois da visita entendemos a importância desse tipo de energia e todos os benefícios que ela pode trazer para o futuro Divulgação 12 Vista geral da usina Nuclear Angra II do nosso planeta. Também esclarecemos as dúvidas sobre o polêmico lixo nuclear que esse tipo de energia gera. Descobrimos que nosso planeta precisa cada dia mais de alternativas limpas para uma melhor qualidade de vida dessa e futuras gerações”. Durante o passeio os alunos visitaram a Usina de Angra II, o Reator Nuclear, o Laboratório de Monitoramento Ambiental, todo o sistema de funcionamento da Usina, sua forma de gerar energia, sua distribuição, os cuidados ambientais e todo o monitoramento da fauna e flora. Além do sistema de emergência de toda região e os cuidados com os moradores. Na opinião da profa. Telma a atividade extraclasse foi fundamental para que os alunos pudessem formar sua própria opinião sobre o assunto. “Hoje eles sabem porque a energia nuclear é considerada alternativa, limpa e necessária para nosso País e, principalmente, para nosso futuro. Não saímos de lá achando que esse tipo de energia é a melhor alternativa, sabemos que novas estão surgindo e talvez mais limpas, já que não geram tanto ou nenhum lixo”. Para o próximo semestre, a turma já tem novas visitas planejadas, nas quais irá buscar mais conhecimentos práticos, com o intuito de complementar a base teórica adquirida em sala de aula. FOTO DA SEMANA Por Mariana de Alencar Alunos do 1o, 2o e 3o semestres do curso Design de Moda, campus MR, organizaram uma exposição com “looks” para a disciplina “Estudo da Imagem e Produção de Moda” 13 Por Marisa De Lucia Discentes conquistaram troféu de Bossa Ball Integrantes de uma das duas únicas equipes de Bossa Ball do Brasil, os alunos fizeram uma turnê por vários países, vencendo na Bélgica Acima, Brasil e Holanda em apresentação no Europeu de Beach Vôlei, realizado na Holanda Ao lado, Brasil e Holanda em um dos jogos do Campeonato, no qual nossos atletas ganharam. Abaixo, Brasil e Bélgica depois da final do Campeonato realizado na Bélgica. O Brasil foi o campeão Fotos: Divulgação Os alunos Rogério Passanha, Milton França e Gustavo Moreno do curso de Educação Física da UNIBAN venceram a I Copa Paulo de Bossa Ball, realizada na Bélgica. Eles integram uma das duas únicas equipes desta modalidade de esporte no Brasil e conquistaram o troféu após uma turnê de 20 dias pela Europa, entre agosto e setembro deste ano. Após muitos treinos diários no São Caetano Esporte Clube, os alunos enfrentaram, também, em jogos amistosos, times da Holanda, Espanha, Inglaterra e Singapura. Na Bélgica, o Campeonato I Copa Paulo de Bossa Ball aconteceu em Wommelgem, município localizado no distrito de Antuérpia. Os trabalhos são coordenados pelas empresas C41 e Dinâmica, mas quem patrocinou a viagem foi o produtor musical belga Filip Eyckmans, criador do esporte. O time brasileiro enfrentou a equipe holandesa em meio a uma platéia de aproximadamente dois mil jovens, com direito a flashes de transmissão em rede nacional e até distribuição de autógrafos. Na Inglaterra, a equipe brasileira foi convidada a participar, juntamente com um mix das equipes belga, espanhola e holandesa, do programa “Do Something Diferent” (Summer Show) da BBC. Nessa ocasião é que foram iniciados os treinamentos dos primeiros jogadores de Bossa Ball naquele país. Os brasileiros só conseguiram aproveitar a viagem como turistas durante as festividades do retorno às aulas das Universidades de Maastricht e de Rotterdan, na Holanda, com direito a comemorar a noite toda. Sobre o Bossa Ball Uma mistura de voleibol, capoeira, ginástica, futebol e música, o Bossa Ball, que já chegou a 15 países, é realizado na praia, em cima de uma quadra inflável e duas camas elásticas separadas por uma rede de vôlei. O esporte é disputado com bola de vôlei de praia e a quadra inflável tem 20x14 metros. Separados por rede de vôlei, cada lado da quadra conta com uma cama elástica e as equipes são compostas por quatro jogadores, podendo ser formadas por homens e mulheres juntos. As partidas são disputadas em melhor de três sets com 15 pontos cada. Para se passar a bola para o lado oposto, o time pode dar até oito toques, sendo que cada jogador apenas um com a mão ou dois com o corpo. É permitido o uso das mãos, dos pés, da cabeça e de qualquer outra parte do corpo, e o saque pode ser feito com acrobacias. Mas, cogita-se que a regra do jogo vai passar a obrigar pelos menos algumas investidas com os pés. Preparar o lance para o atacante que está situado na cama elástica é o objetivo do jogo. Caso este consiga fazer com que a bola caia na cama elástica inimiga, o time somará três pontos. Em qualquer outra parte da quadra o valor é de um ponto. Todos os jogadores estão liberados para atacar e podem somar pontos para suas respectivas equipes. O esporte foi criado na Europa há três anos por Filip Eyckmans, um apaixonado pelo Brasil. Ele decidiu criar um jogo onde predominasse a descontração e a ginga brasileira, mais a música de percussão. O Bossa Ball chegou ao Brasil em novembro do ano passado selecionando atletas. Foi aí que os alunos da UNIBAN passaram nos testes e desde então integram as únicas equipes brasileiras. Sob o patrocínio da Secretaria de Juventude, Esportes e Lazer do Guarujá (Sejel), em parceria com a Nestlé, a primeira apresentação do novo esporte ocorreu na Praia do Boqueirão, na Praia Grande, em janeiro deste ano, seguindo nos outros finais de semana para Santos, Guarujá e Caraguatatuba. Na Europa, existem federações de vôlei que atrelaram a modalidade a seus programas de competição e eventos, o que comprova seu crescimento e credibilidade. Segundo Rogério, os treinos estão previstos para serem reiniciados em dezembro, pois em janeiro de 2008 partirão para mais um campeonato. Dessa vez, para o Sul ou Nordeste, ainda a ser confirmado. O Campeonato Mundial de Bossa Ball, previsto para o ano que vem, também ainda não tem data e local definidos. “Fomos muito bem recebidos em todos os países pelos quais passamos, mas nos apaixonamos pela Bélgica. Lá nos trataram como reis, até demos autógrafos”, disse Rogério, demonstrando satisfação com o resultado obtido. Para saber mais e assistir a um vídeo sobre o Bossa Ball, acesse: www.bossabal.com.br. EDUCAÇÃO Por Francielli Abreu Educação que inova e eleva o conhecimento Tutor Time, metodologia de ensino inspirada em modelo americano, é um dos diferenciais do Colégio Salete UNIBAN professora de inglês. Elas ficavam irritadas ou de braços cruzados, pois não a entendiam. Hoje ela fala, por exemplo, vai colocar seu tênis, pára de bagunçar, tudo em inglês e eles entendem”, lembrou Moretto. A professora de inglês, Carla Regina Accioly, disse que os alunos têm muita facilidade de aprender. “Contamos histórias em inglês, cantamos. Às vezes, misturam as duas línguas, como: ‘eu quero water”. Professoras e alunos têm aulas na cozinha experimental do Colégio Salete “O ensino é compatível com o referencial curricular brasileiro. Os alunos têm toda a estimulação dos eixos pedagógicos exigidos nas linguagens oral e escrita, no raciocínio lógico, na matemática, ciência, na natureza, entre outros”, disse Maria Cláudia Babuto Moretto, do Colégio Salete UNIBAN cada nível. O vermelho - Twaddler (2 e 3 anos), oferece um processo de aprendizagem no idioma materno; o azul - Preschool (4 anos), engloba as vivências, descobertas e crescimento em parceria com as famílias; e o amarelo - Kindergarten (5 anos), trabalha atividades orais e lúdicas no segundo idioma, estimulando a aquisição do mesmo. Um dos diferenciais do Tutor Time é que os alunos experimentam situações bilíngües de aprendizagem desde pequenos, de forma natural. Não há um horário específico para falar o inglês, e outro para o português. “Acreditamos que o bilingüismo deve ser aplicado no cotidiano, como se fosse em uma família, na qual o pai fala português e a mãe inglês. A princípio, as crianças odiavam a Da esq. para a dir., as professoras Carla Regina Accioly e Daniela Benassi. As duas acreditam que o método Tutor Time colabora para um aprendizado eficiente Fotos: Francielli Abreu Dar o melhor cuidado aos filhos é uma característica inerente aos pais. Mas, e quando chega a hora de mandar a prole para a escola? Esta é uma preocupação que aflige os genitores. Imagine então se houvesse um local no qual as crianças recebessem cuidados iguais aos da vovó. Isso é o que ocorre no Tutor Time, metodologia de ensino infantil americana, que foi adaptada ao Brasil e patenteada pelo Colégio Salete UNIBAN. Só que não é a vovó que fará o papel de instrutora, mas profissionais de pedagogia, que são treinadas para educar os pequenos nos moldes do ambiente familiar. O projeto considera o desenvolvimento natural das crianças, além de ensinar de forma bilíngüe: português e inglês. O método de ensino do Tutor Time, que já existe em diversos países, como Portugal, não era adequado aos padrões da educação infantil brasileira, uma vez que a proposta original é de um Child Care Center (Centro de Cuidados à Criança), no qual elas podem ficar apenas um dia, de acordo com a necessidade dos pais. Além disso, são senhoras aposentadas que se revezam no cuidado com os meninos. Muitos tentaram ajustar ao Brasil, mas o sentido se perdia. Foi aí, que este ano, o Salete fez um processo de adaptação e conseguiu aprovar a proposta. “O ensino é compatível com o referencial curricular brasileiro. Os alunos têm toda a estimulação dos eixos pedagógicos exigidos nas linguagens oral e escrita, no raciocínio lógico, na matemática, ciência, na natureza, entre outros”, explicou Maria Cláudia Babuto Moretto, coordenadora Pedagógica Geral do Colégio Salete UNIBAN. O primeiro passo da metodologia é a imersão no “Eu”, como é a criança, qual a idade, como ela aprende, se sabe trabalhar em grupo; depois, vem o reconhecimento do ambiente educacional; em seguida o aluno é preparado para a vivência; depois experimenta, e, por fim, é feita uma avaliação para saber o que ele gostou, como foram suas trocas de experiências, entre outros aspectos. Tudo com base nos valores tradicional, humanista e progressista. Para isso, a escola segue dez passos pedagógicos ao longo do ano letivo, que dão uma visão ampliada das coisas, do mundo e dos outros. Cada faixa etária desenvolve um tipo de conteúdo programático, que engloba português, matemática, história, geografia, ciências, e outras atividades. O logotipo do Colégio, o ursinho Pookie, carrega nas mãos três bexigas nas cores vermelho, amarelo e azul. Elas simbolizam o currículo aplicado em Divulgação 14 No período, que começa às 7h40, e termina às 16h30, outro diferencial da escola é o sistema de ensino rotativo, no qual as crianças aprendem em diversos ambientes: salas de aulas; learning center, com equipamentos para atividades de arte, tecnologia, música, entre outras; village, uma pequena cidade para que vivenciem realidades sociais; cozinha experimental e playground. A docente do Kindergarten, Daniela Benassi, acredita que “é mais fácil eles aprenderem deste jeito. Trazendo para a prática eles se interessam bem mais”. O Tutor Time disponibiliza ainda flexibilidade de horário, há alunos que ficam das 7h às 18h30, e os pais não pagam nada a mais. Teacher/Professora Todas têm, no mínimo, uma graduação, experiências bilíngüe de pelo menos um mês no exterior e na área pedagógica. Além das pedagogas, as crianças têm outras vivências. “Convidamos pessoas de fora, na maioria estagiários de Pedagogia, Nutrição e Educação Física para aplicarem coisas diferentes, e também as “velhinhas” para contar histórias. Então, é um projeto que vemos resultados, os pais têm gostado, e acredito que possa se estender para os ensinos Fundamental e Médio”, finalizou Moretto. meio ambiente ambiente meio Por Cleber Eufrasio A onda agora é preservar Verão é sinônimo de preservação ambiental nas cidades litorâneas de São Paulo Chegou dezembro, e com ele a estação mais esperada do ano: o verão. O período é de 13º salário, festas de confraternização, férias, dias de descanso, no campo ou no litoral. E foi pensando neste último local que a Folha Universitária decidiu levantar o tema “conscientização ambiental” e saber quais as campanhas de prevenção e edução que serão divulgadas aos turistas neste próximo verão em três cidades litorâneas. Guarujá terá contentores espalhados pelas principais praias da ilha São Sebastião Distante 230 km da Capital, São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo, antes da colonização portuguesa era ocupada por índios tupinambás e tupiniquins. A descoberta da região como destino turístico veio após a construção da Rodovia Rio-Santos, no final da década de 70, o que proporcionou um desenvolvimento baseado no turismo. Com lindas praias, como Maresias, Juquehi, Barra do Sahy e Paúba, o local preserva a Mata Atlântica. Mas, para que isso permaneça, as ações e campanhas de conscientização, principalmente nessa época do ano, são necessárias. Um dos grandes problemas enfrentados são as estações de tratamento de esgoto dos condomínios, hóteis e pousadas nas praias onde ainda não há rede pública de coleta e tratamento. Segundo Teo Baliero, secretário de Meio Ambiente do município, os responsáveis pela operação do sistema são os próprios empreendedores. “A gente fiscaliza como está a operação para que na temporada, quando houver ocupação próxima do limite ou acima dele, o sistema esteja em condições de atuação adequada”, comentou. Começamos pelo Guarujá. Distante 82 km da Capital, numa área de 138 km2 e situado na Ilha de Santo Amaro, a cidade é um balneário com belas praias e opções variadas de passeios e esportes. A Cidade Feliz, assim denominada, gera, aproximadamente, 270 toneladas de lixo por dia. Em época de temporada, chega a quase mil. Segundo Assis Born Muniz, chefe da divisão de Edução da Secretaria de Meio Ambiente do município, “o custo com o lixo chega a R$ 2 milhões por mês, equanto que na temporada se multiplica, dependendo do número de turistas que vêm visitar a cidade”, destacou. A prefeitura luta contra a problemática do lixo antes e durante esta época do ano. Por isso, já estão sendo feitas campanhas de educação ambiental direcionadas aos munícipes e turistas. Pontos estratégicos, como comércios, escolas, repartições públicas e outros locais da cidade abrigam as ações de coleta de lixo, assim como as praias, onde serão colocados contentores de mil litros próximos aos postos de Bombeiros e da Polícia ambiental. Outros dois trabalhos são o armazenamento e recolhimento do óleo de cozinha e a economia de água. Este último precisa de interesse e coerência ainda maior das pessoas. “Tem gente que resolve lavar carro, calçada, tomar banho de meia hora, então o abastecimento de água, infelizmente, não consegue suprir toda a demanda”, lembrou Assis. Fotos: Divulgação Guarujá Outros destaques são: proibição e fiscalização de animais, como cachorros nas praias e, ainda, estimular os freqüentadores em geral no sentido de reduzir o uso de sacos plásticos. Outro projeto é o incentivo ao ecoturismo local, com guias treinados, o que, segundo Baliero, diminuirá a concentração de turistas nas praias e, ainda, possibilitará um outro atrativo turístico pouco explorado. “Temos trilhas, cachoeiras e sítio arqueológico, que foi avaliado por pesquisadores como sendo o grande pratrimônio histórico de São Paulo, no que diz respeito à arqueologia”, lembrou. Peruíbe No litoral Sul de São Paulo temos também Peruíbe, conhecida como uma das mais bonitas cidades da costa da Mata Atlântica, e que possui belas praias, cachoeiras, rios e uma parte desta riqueza está dentro da Estação Ecológica JuréiaItatins (Portal da Juréia), reconhecida pela Unesco como patrimônio da Humanidade. Com 52 mil habitantes e a 128 Km da Capital, o local conta com infra-estrura de grande potencial. Para manter esta riqueza, ações de preservação como o Projeto Verão Limpo farão parte da temporada. Ele consiste em orientar e entregar sacolas aos turistas e frequentadores das praias e áreas verdes, para que não sujem as localidades. Uma parceria da prefeitura com o Ministério do Turismo possibilitará a contratação de 50 monitores, dez coordenadores e dois líderes de equipe e mais material de apoio, como 100 mil sacolinhas estampadas (biodegradáveis); tambores de água; camisetas; tendas, entre outros. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura de Peruíbe, “cada tenda terá uma bandeira identificando os pontos de apoio da operação Verão Limpo”. O incentivo ao ecoturismo será uma das alternativas no Litoral Norte de São Paulo Para este ano será desenvolvido um programa de educação ambiental com informação ao cidadão paulistano, seu principal freqüentador. Um dos pontos é sobre a coleta seletiva em 100% dos bairros e ruas das praias que integram a cidade. Peruíbe contará com uma esquipe treinada e consciente da preservação da natureza 15 cultura Por Renato Góes Juventude sem limites Estrelado por Selton Mello, o longa Meu Nome Não É Johnny retrata a classe média envolvida com o tráfico de drogas Casos de jovens vindos da classe média que se envolvem com o tráfico de drogas se tornaram comuns no cotidiano das grandes cidades. É fácil nos depararmos com notícias sobre a ação de investigadores que desmantelaram grupos de traficantes que fogem do estereótipo do “soldado do morro”, aquele garoto pobre sem perspectiva de vida que, armado até os dentes, comercializa a droga na entrada da favela ou em suas vielas escuras. Esse outro tipo de traficante difere e muito do anteriormente citado. Na maioria das vezes ele vem de bairros nobres, cursa faculdade, sabe falar mais de uma língua, usa roupas de grife, freqüenta as melhores baladas e tem uma família até certo ponto estruturada. Os atores Selton Mello e Cleo Pires interpretam o casal João Estrella e Sofia. Com os negócios em alta, o traficante de classe média vive intensamente uma vida de luxo com a qual sempre sonhara. O problema é quando o sonho acaba na realidade do cárcere Fotos: Divulgação 16 No entanto, se engana quem acha que esse fenômeno do narcotráfico é algo recente. O filme Meu Nome Não É Johnny, dirigido por Mauro Lima e protagonizado por Selton Mello, trata exatamente desse tema e é ambientado no ano de 1995, ou seja, há mais de uma década. O roteiro narra a saga de ascensão e queda de João Guilherme Estrella, um jovem de classe média do Rio de Janeiro que se envolveu com o tráfico de drogas a ponto de ser considerado o principal elo entre a cocaína e a classe média carioca. Com a separação dos pais ainda na infância, ele opta por ficar ao lado do pai, que na época já sofria com um câncer de pulmão. A ausência materna aliada à condescendência paterna moldou um jovem que não tinha limites, que vivia drogado e alienado numa festa que parecia não ter fim. Esta é a tese apresentada no filme, que não deve diferir muito do que acontece na vida real. Dentro deste contexto, João Estrella se torna ao mesmo tempo traficante e consumidor, gastando tudo que ganha de forma rápida e inconseqüente. É quando começa seu envolvimento com a jovem Sofia, interpretada por Cleo Pires, que entra de cabeça na onda de seu namorado. Apesar dos excessos, os negócios vão bem e logo se faz necessária presença de um fornecedor maior, que possa atender tamanha demanda pela droga. Não demora muito para que o protagonista atinja seu auge, pois por meio de um primo de sua namorada, ele começa a exportar cocaína diretamente para a Europa. Nesse momento, o novo contato comenta que tem como objetivo juntar um milhão e cair fora do negócio. Ao perguntar a João qual o seu objetivo, ele responde prontamente que seria “gastar um milhão”. Essa postura arrogante cai por terra quando a polícia bate em sua porta. É aí que começa a derrocada de João Guilherme Estrella. Do glamour das cidades européias à crueldade do sistema carcerário do Rio de Janeiro. O personagem e seus comparsas percebem que a vida de aventuras que levavam até então não tinha como chegar a um final feliz. O que segue é a redenção do protagonista quando percebe o quanto era frágil seu castelo de areia. O longa-metragem se destaca pela atuação competente de Selton Mello, que desde O Cheiro do Ralo se consolida como um dos principais atores do cinema nacional. A alternância de momentos introspectivos e acessos de raiva, além da própria ironia de seu personagem, cria uma empatia quase certa junto ao espectador. A bela presença de Cleo Pires no elenco também depõe a favor do filme, que conta com um elenco composto por nomes como Júlia Lemmertz, Cássia Kiss, André Di Biasi e a veterana Eva Todor. Também se sobressaem a trilha sonora e o roteiro, adaptado do livro Meu Nome Não É Johnny, que apesar de um fim até certo ponto moralista, prende a atenção e prima pelos detalhes ao longo das duas horas de projeção. GUIA UNIVERSITÁRIO Direto do Museu de Arte Reina Sofia, em Madri, a exposição Os Cinéticos chega a São Paulo com obras emprestadas de diversos museus do mundo como MOMA, Whitney Museum e Metropolitan. O conjunto de obras aponta diferentes formas de incorporar a mobilidade ao objeto de arte. Seja pela locomoção física concreta, virtualidades óticas ou mesmo a relação de deslocamento do espectador – as obras compõem um diálogo intenso com as transformações da modernidade; ora advindo destas mudanças, ora esgarçando os próprios limites de suas potências. A mostra não se limita ao cinetismo como corrente artística concreta, mas apresenta obras de movimentos precursores a ele, como trabalhos do construtivismo, dadaísmo, futurismo e do grupo argentino Madi. Estão expostos trabalhos de Alexander Calder, Man Ray, Marcel Duchamp, presente com a emblemática obra Anémic Cinema (1925), vinda do museu Georges Pompidou, e Salvador Dali com três obras, entre as quais Madonna (1958), emprestada do Metropolitan. (V.C.) Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201 - Entrada pela Rua Coropés - Tel.: 2245-1900 – Grátis - De ter. a dom., das 11h às 20h - Até 10 de fevereiro de 2008 Divulgação Os Cinéticos O autor Heberth Bezerril retrata em seu espetáculo uma releitura do último período do poder do imperador romano. Conhecido por sua natureza extravagante e muitas vezes cruel, a vida de Calígula exerce um fascínio pela intensidade de uma trajetória traçada em apenas 29 anos quando, ainda jovem, foi assassinado pela sua própria guarda pessoal. A peça tem como idéia central a relação doentia de Calígula com seu irmão Gemelus, com encontros entre os dois que chegam a cenas quase explícitas, ressaltando o lado erótico vivido intensamente pelo imperador. No pano de fundo, vem à tona os conchavos entre os senadores para encontrar a melhor forma e o momento exato de acabar com seu governo e seus abusos, que culmina com seu assassinato. A nudez e cenas fortes envolvem o público no drama, sob uma visão bem particular do autor sobre o homem e governante Calígula. (K.R.) Casa Café & Teatro - Rua Treze de Maio, 176 - Bela Vista - Até 16 de dezembro Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (estudantes) – Sáb., às 22h30, e dom., às 20h Tel.: 3159-0546/7614-3339 Divulgação A Decadência do Império Romano de Calígula 17 18 estágios Os alunos interessados em alguma das vagas abaixo devem entrar em contato pelo site www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211 Cursos Vagas Menor valor Administração de Empresa ............... 84 ........ R$ Arquitetura e Urbanismo ................... 9 ......... R$ Ciência da Computação .................. 20 ........ R$ Ciências Contábeis .......................... 18 ........ R$ Publicidade Propaganda .................. 7 ......... R$ Jornalismo ......................................... 5 ......... R$ Direito ............................................. 51 ........ R$ Engenharia Civil ............................... 16 ........ R$ Engenharia Elétrica - Eletrônica ......... 3 ......... R$ Engenharia Mecânica ....................... 5 ......... R$ Informática ...................................... 22 ........ R$ Marketing ......................................... 9 ......... R$ Pedagogia ......................................... 8 ......... R$ Turismo ............................................. 4 ......... R$ Maior Valor 400,00 .......... R$ 1.200,00 400,00 .......... R$ 1.200,00 700,00 .......... R$ 1.200,00 600,00 .......... R$ 1.200,00 500,00 .......... R$ 1.200,00 550,00 ............. R$ 850,00 400,00 .......... R$ 1.000,00 500,00 .......... R$ 1.300,00 700,00 .......... R$ 1.300,00 600,00 .......... R$ 1.200,00 400,00 .......... R$ 1.200,00 600,00 .......... R$ 1.100,00 400,00 ............. R$ 800,00 400,00 ............. R$ 900,00 658 oportunidades de estágio para jovens talentos Os serviços para o estudante são GRATUITOS. Caso você tenha interesse em alguma das vagas abaixo ligue para (11) 4082-9360 e informe o código OE. Curso Adm. de Empresas ........ Engenharia Civil ........... Análise de Sistemas ...... Ensino Médio .............. Publ. e Propaganda ... Informática .................. Ciências Contábeis ...... Ensino Médio .............. Turismo ........................ Design Gráfico ........... Direito ......................... Ensino Médio .............. Semestre Bolsa Auxílio OE 1° ao 6° sem. ................ R$ 6,18 p/hora .......... 48301 Concl. 1° sem. 2011 ..... R$ 911,00 ................. 40001 5° ao 7° sem. ................ R$ 5,67 p/hora .......... 48099 1° e 2° ano ................... R$ 330,00 ................. 45305 3° ao 8° sem. ................ R$ 800,00 ................. 48199 1° ao 7° sem. ................ R$ 900,00 ................. 42695 4° ao 6° sem. ................ R$ 800,00 ................. 30735 1° e 2° ano ................... R$ 450,00 ................. 39553 1° ao 6° sem. ................ R$ 1.000,00 .............. 48313 3° ao 6° sem. ................ R$ 9,16 p/hora .......... 48291 1° ao 7° sem. ................ R$ 800,00 ................. 48311 1° e 2° ano ................... R$ 400,00 ................. 48315 Outras oportunidades no site www.nube.com.br clas sific ado s@u niba n.br classificados classificados Vende-se moto Sundown Hunter 125 SE, 2005/ 2005, único dono, c/ 12.000Km e manual. Valor: R$ 3.400,00. Ricardo. Tel.: 7806-3676. Email. [email protected] Vende-se moto CG 150 ks, cor preta, impecável, 2005/ 2006. Valor: R$ 5 mil. Charles. Tel.: 8151-3776 / 59275250. E-mail. [email protected] Vende-se Palio Weekend 1.5 8V, 98, verde escuro, c/ rodas esportivas, completa.Valor: R$ 17.300,00. Marcio. Tel. 9511-3534 / 4043 3762. E-mail. [email protected] Vende-se Estante tripla Germai, cor mógno, na caixa. Valor: R$400,00. Cristiano. 6334-1283. E-mail. [email protected] Vende-se Impressora Deskjet HP, modelo 3420, pouco uso, em ótimo estado, sem cartuchos. Valor: R$ 90,00. Haroldo. Tel: 3721-7886. E-mail. [email protected] Vende-se Palio Fire Flex 1.0, 2006, 2p, c/ 30.000 km, revisado, azul buzios, insul-film, excelente estado. Valor: R$ 22 mil. À vista. Geovano. Tel.: 9439-6532. Vende-se prancheta de desenho, medidas 120x90, c/ suporte p/ material, seminova. Valor: R$ 80,00. Jessica. Tel.: 7287-7601. E-mail. [email protected] Vendem-se lotes em Pirapora do Bom Jesus, 300 m², a 2km do Centro, acesso a Rodov. Castelo Branco. Aceito proposta. Tel.: 7167-1891. Maria. E-mail. [email protected] Vende-se calculadora HP12C Gold. Valor: R$ 200,00. Vanessa. Tel.: 9862-5615. E-mail. [email protected] Vende-se Corsa Wind 2001/2001, 4P, preto, ve, te, cd, insu-filme, kit visibilidade. 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Áries – 21/03 a 20/04 Agite a relação amorosa convidando o seu par a aventurar-se em novas propostas de romance. Preste atenção nos projetos que estão sendo colocados em prática na vida profissional e não deixe de expressar as suas opiniões sinceras. Dica da semana: ajude os familiares no que for necessário pois eles contarão com o seu apoio. Touro – 21/04 a 20/05 Não tenha preconceitos com relação ao amor. Quem ama não se prende ao externo, e sim a essência. Todos os empecilhos que aparecerem na vida profissional serão solucionados dentro do tempo previsto. Não se martirize. Dica da semana: encare as dificuldades da vida com muita disposição. Gêmeos – 21/05 a 20/06 Aproxime-se da pessoa querida, pois ela está sentindo falta dos seus preciosos carinhos. Siga a sua intuição no ambiente de trabalho, para que a tomada de decisões seja precisa. Dica da semana: concentrese em pensamentos positivos visando o equilíbrio da emoções. Câncer – 21/06 a 21/07 Saia. Divirta-se. Conheça lugares e pessoas diferentes e experimente o sabor de uma nova paixão. Divida as suas tarefas rotineiras para não provocar um atraso nos seus projetos de inovação. Dica da semana: quando pedirem a sua opinião sobre problemas familiares, pense na resposta com muito carinho. Leão – 22/07 a 22/08 Invista na conquista daquela pessoa que está paquerando a algum tempo. Não tenha medo de ousar. Os colegas de trabalho pedirão as suas sugestões visando a melhoria da rotina profissional. Exponha as suas idéias com franqueza. Dica da semana: o equilíbrio emocional será alcançado através de muita meditação. Virgem – 23/08 a 22/09 Seja carinhoso com a sua paixão, para revolucionar este romance. A “distância” não leva a nada. O seu Libra – 23/09 a 22/10 Conte com a pessoa querida para realizar os seus segredos mais íntimos. Na vida profissional não desanime diante das dificuldades. Acredite na qualidade dos seus talentos. Dica da semana: aprecie a vida como a um vinho caríssimo. Sinta o seu aroma e valorize cada gota. Escorpião – 23/10 a 21/11 A sua sensualidade irá balançar o coração de alguém muito próximo. Fique atento. Procure direcionar a sua carreira visando as oportunidades que aparecerem. Dica da semana: aproveite o tempo livre para aprimorar os seus conhecimentos ou quem sabe adquirir novas habilidades. Sagitário – 22/11 a 21/12 Aproveite os bons momentos junto da pessoa amada e ajude no que for preciso. Capriche na execução das suas tarefas diárias no ambiente de trabalho, para não atrasar a apresentação de alguns projetos. Dica da semana: mantenha a firmeza em suas decisões para não cair em contradição. Capricórnio – 22/12 a 20/01 Conseguirá agradar a sua paixão com seu jeito amoroso e suas doces palavras. Fará a diferença no setor profissional na exposição de idéias mirabolantes e pela sua grande força de vontade. Dica da semana: esteja próximo dos familiares para dar o suporte necessário em momentos de crise. Aquário – 21/01 a 19/02 Permita que o relacionamento com o seu par fique cada vez mais romântico. Invista nesta paixão que promete ser duradoura. Planeje a sua rotina no setor de trabalho para conseguir colocar os seus planos em prática. Dica da semana: cuide da sua espiritualidade através de muita meditação. Peixes – 20/02 a 20/03 Permaneça ao lado da pessoa amada para entender as suas preocupações com o andamento do romance. Mantenha a mesma postura profissional que demonstra até o momento, pois desta forma irá derrubar barreiras no ambiente de trabalho. Dica da semana: permita que a sua vida seja repleta de felicidade, tendo bons pensamentos. PRELIMINARES Retrospectiva O fim do ano nos convida a fazer um balanço de como foi o ano que passou, como estamos, o que conquistamos e também o que não realizamos. Isso vale para muitos aspectos da vida, inclusive a vida amorosa. Ao fazermos um balanço de como anda o “ibope” da vida amorosa, constatamos um fato curioso: a disponibilidade interna das pessoas, solteiras ou compromissadas, para conquistar ou manter uma relação de casal, perde muito espaço para os projetos individuais de vida. As pessoas se queixam por estarem sozinhas, por não encontrarem o par ideal ou por não receberem atenção suficiente do parceiro, mas ao mesmo tempo, elas mesmas acabam por priorizar exclusivamente suas carreiras, planos e conquistas individuais - o que nem sempre inclui o outro. A frase tão comum “você tem que pensar primeiro em você” ganha ênfase quando o assunto é a relação amorosa versus o percurso de cada um. Parece difícil encontrar um encaixe entre esses dois aspectos da vida, sem que um prejudique ou anule o outro. Ninguém duvida da importância das conquistas profissionais e individuais; mas daí a descartar, sem ponderar, o significado de uma relação amorosa parece ser uma perda de um dos aspectos da vida que também pode trazer muitas realizações. Muitos jovens sequer percebem que dão uma abertura mínima para esse tipo de experiência entre suas prioridades. As conquistas mais valorizadas acabam sendo a carreira, o incremento do salário, os estudos no exterior, os títulos, fazendo com que não se perceba que isso pode ter como preço o impedimento de uma vida a dois. O desafio de nosso tempo é o de poder fazer uma reflexão crítica sobre o que para si é importante, quais são os desejos próprios genuínos e, aí, avaliar se efetivamente se está caminhando nessa direção. Aproveitem o ano novo para fazer essa reflexão! Texto elaborado pelo GAPSI – Grupo de Atendimento Psicológico. Site: www.gapsi.com.br / Central de Atendimento: (11) 3063-5912. Se você tiver alguma questão relacionada a sexo ou relacionamento é só enviar um e-mail para: [email protected] 19 20 entretenimento CHARGE PALAVRAS CRUZADAS Promoção Como ninguém acertou a pergunta da semana passada, decidimos propor outro desafio. Para concorrer ao livro Dona Guidinha do Poço, do escritor cearense Manuel de Oliveira Paiva, basta mandar um e-mail para folha_universitá[email protected] com nome, RA (alunos) ou RGF (funcionários), curso ou ocupação, campus e a resposta correta da seguinte pergunta: A obra Dona Guidinha do Poço foi publicada quantos anos depois da morte do escritor Manuel de Oliveira Paiva? O ganhador(a) será contatado pela equipe de redação da Folha Universitária. Quem quiser receber a Folha Universitária pelo correio, basta enviar nome e endereço completo ao e-mail: [email protected]