ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA – 2º Trimestre 3º ANO DISCIPLINA: Sociologia Observações: 1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar. 2 - Os exercícios devem ser resolvidos em folha timbrada. CONTEÚDO: Atividade 04: - Definição de trabalho; - Meios de produção e forças produtivas; Atividade 05: - Capital e capitalismo; - A mais-valia; Estruturalismo de Claude Lévis-Strauss. Conteúdo do caderno. EXERCÍCIOS: Leia a perspectiva de Karl Marx sobre força de trabalho, salário, mais-valia e lucro: Nesse ponto o raciocínio de Marx deparava-se com a seguinte questão: de onde provinha mesmo o lucro? Se uma mercadoria é vendida pelo seu valor, a força de trabalho, que é uma mercadoria, também é vendida pelo seu valor. E esse valor é determinado, como vimos, pelo tempo de trabalho necessário para produzir a mercadoria. Então o valor da força de trabalho é determinado pelo tempo necessário à sua conservação e reprodução, ou seja, "pelo valor dos artigos de primeira necessidade exigidos para produzir, desenvolver, manter e perpetuar a força de trabalho." (parte VII). Aparentemente, toda a força de trabalho que o operário despendeu é remunerada pelo patrão ao final de uma semana, por exemplo. Mas essa é uma aparência enganadora pois o capitalista, ao comprar a mercadoria força de trabalho, passa a ter direito de servir-se dela fazendo-a funcionar durante todo o dia, sucessivamente. E aqui é preciso entender que o valor da força de trabalho é completamente distinto de seu funcionamento. Acontece que a força de trabalho na sociedade capitalista é uma mercadoria especial. "Tem a propriedade - como disse Engels - de ser uma força que cria valor, uma fonte de valor, e, principalmente, mediante uso apropriado, a fonte de um valor superior ao dela própria." (Introdução de Engels ao Trabalho Assalariado e Capital) Para além da aparência: o operário em sua jornada de trabalho acrescenta valores, produtos que ultrapassam o seu salário, ou seja, uma parte da jornada de trabalho é remunerada, a outra não. A parte pela qual o capitalista não paga equivalente algum, são as horas de sobretrabalho e esse sobretrabalho se traduz em mais-valia e em sobre-produto. Marx diz que "este tipo de intercâmbio entre o capital e o trabalho é o que serve de base à produção capitalista, ou ao sistema do salariado, e tem que conduzir, sem cessar, à constante reprodução do operário como operário e do capitalista como capitalista." (parte VIII) Portanto, toda mercadoria tem sua parte de trabalho remunerado e outra parte não remunerado; logo o capitalista quando vende a mercadoria pelo seu valor está vendendo a quantidade total de trabalho nela cristalizado e forçosamente está vendendo-a com lucro. Como diz Marx: "Vende não só o que lhe custou um equivalente, como também o que não lhe custou nada, embora haja custado o trabalho do seu operário". Responda: a) Extraia do texto um trecho que deixa claro as relações de trabalho. b) Qual a relação, segundo o texto, entre trabalho, salário e mercadoria. c) Como ocorre a alienação para Marx? d) O que é mais-valia? e) Extraia do texto um fragmento em que podemos fazer uma relação entre mais-valia e alienação. f) Qual a relação do sistema de produção com o consumismo? g) O capitalismo tem como uma de suas premissas a possibilidade da ascensão social. Faça uma crítica a essa afirmação a partir da mais-valia. 2) Leia sobre o Estruturalismo de Claude Levi-Strauss: O estruturalismo é, em grande medida, uma criação de Claude Lévi-Strauss (19082009). Lévi-Strauss encara as culturas como sistemas de signos partilhados, estruturados de acordo com princípios que governam o funcionamento do espírito humano que os gera. A etnologia é o estudo da superestrutura psicológica dos sistemas sócioculturais, cabendo a outras disciplinas o estudo da infra-estrutura. Sem pôr em causa o primado incontestável das infra-estruturas, Lévi-Strauss define a etnologia como "uma psicologia": «É para esta teoria das superestruturas, apenas esboçada por Marx, que desejamos contribuir, reservando à história - assistida pela demografia, pela tecnologia, pela geografia histórica e pela etnografia - o cuidado de desenvolver o estudo das infra-estruturas propriamente ditas». Émile Durkheim tinha cunhado a expressão consciência colectiva para designar o conjunto de ideias exterior aos indivíduos, mas dotado de força coercitiva sobre o comportamento e o pensamento individuais. Tal como Durhkeim e Kant, Lévi-Strauss considera que a mente possui moldes - as estruturas - que nos permitem pensar a totalidade das coisas: a tarefa do estruturalismo é tentar explicar a consciência colectiva em função de uma dialéctica mental inconsciente, demonstrando como o conteúdo superficial, na sua modalidade característica, expressa e ajusta-se a estruturas universais subjacentes. Os pensamentos mais díspares escondem significados semelhantes, os quais são redutíveis a pares de categorias opostas ou oposições binárias: descobrir e decifrar as oposições binárias na mente social colectiva constitui a tarefa primordial do estruturalismo que do idealismo hegeliano retém uma dialéctica estacionária, carente de movimento no tempo e no espaço. a) Explique, segundo o texto, o que é o Estruturalismo. b) O que são as estruturas? c) Qual a relação das estruturas pessoais com as sociais. d) Retire do texto um trecho que faz a relação entre o estruturalismo e a psicologia. e) Há uma relação entre consumismo e a estrutura que vivemos hoje em sociedade? Por quê?