ORTOÉPIA E PROSÓDIA
A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras. Quando as palavras são
pronunciadas incorretamente, comete-se cacoépia.
É comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular, mais descuidada e com
tendência natural para a simplificação.
Podemos citar como exemplos de cacoépia:
- “guspe” em vez de cuspe.
- “adevogado” em vez de advogado.
- “estrupo” em vez de estupro.
- “cardeneta” em vez de caderneta.
- “peneu” em vez de pneu.
- “abóbra” em vez de abóbora.
- “prostar” em vez de prostrar.
A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Cometer erro de prosódia é
transformar uma palavra paroxítona em oxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona
etc.
- “rúbrica” em vez de rubrica.
- “sútil” em vez de sutil.
- “côndor” em vez de condor.
Parônimos e Homônimos
Parônimos: são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam
parecidas na grafia ou na pronúncia.
“Estória” é a grafia antiga de “história” e essas palavras possuem significados diferentes.
Quando dizemos que alguém nos contou uma estória, nos referimos a uma exposição
romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos ou fábulas; já quando dizemos que
fizemos prova de história, nos referimos a dados históricos, que se baseiam em
documentos ou testemunhas.
Ambas as palavras constam no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da
Academia Brasileira de Letras. Porém, atualmente, segundo o Novo Dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa, é recomendável usar a grafia “história” para denominar ambos os
sentidos.
Outros exemplos:
Flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)
Mandado (ordem judicial) / mandato (procuração)
Inflação (alta dos preços) / infração (violação)
Eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
WORKNET – 25/02/2009
Arrear (pôr arreios) / arriar (descer, cair)
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
Acender (pôr fogo) / ascender (subir)
Estrato (camada) / extrato (o que se extrai de)
Bucho (estômago) / buxo (arbusto)
Espiar (observar) / expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)
Tachar (atribuir defeito a) / taxar (fixar taxa)
USO DA VÍRGULA
Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão:
sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem
inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:
1. Não se usa vírgula: Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista
sintático, ligam-se diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala
foram advertidos.
Sujeito
Predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou
sacrifício
V.T.D.I.
O.D.
aos realizadores.
O.I.
A Surpreedente
reação
do governo
contra os sonegadores
Adj. Adnominal
Nominal
Nome
Adj. Adnominal
Complemento Nominal
despertou reações entre os empresários.
Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.
2. Usa-se a vírgula:
Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, devido à sua abundância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia,
quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de
suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.
Para marcar inversão.
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