A Química Somando Forças: Ensino e Pesquisa com Empreendedorismo e Inovação EXPERIMENTAÇÃO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL URBANA NO MUNICÍPIO DE PETROLINA/PE. 1* 2 1 1,3 1 H. O. Coelho (IC) ; D. B. Quesado Freire (PG) ; R. R. Faria (PG) ; L. F. Motta (PQ) ; E. F. Franca (PQ) . 1. Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Avenida João Naves de Ávila, 2121, Campus Santa Mônica, 38400-902, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. 2. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IFSP), BR 407, Km 08 - Jardim São Paulo, Campus Petrolina, 56.314-520, Petrolina, Pernambuco, Brasil. 3. Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), Rua Blanche Galassi, 150, Morada da Colina, 38411-104, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. *e-mail: [email protected] Palavras chave: Ensino de Química, Experimentação em Química, Prática Docente, Ensino-Aprendizagem. INTRODUÇÃO O professor não deve ser o “dono do saber” e o aluno jamais ser considerado um “indivíduo vazio” ou “algo a ser preenchido”. A impressão negativa que o aluno possui a respeito da disciplina de química, ocorre em função de diversos fatores, entre eles à presença marcante do “professor informador”, que é um mero transmissor de conteúdos e às vezes não possui capacitação técnica adequada, muito menos para a instrumentalização prática dos conteúdos abordados. Poucos docentes conseguem agregar o conhecimento teórico às atividades experimentais, que podem ser desenvolvidas com a realização de simples experimentos, métodos lúdicos, utilização de modelos químicos, etc. Levando em consideração a proposta do Ministério da Educação1: “Os conhecimentos difundidos no ensino de química permitem a construção de uma visão de mundo mais articulada, menos engessada, menos fragmentada, contribuindo para que o indivíduo se olhe como participante de um processo onde o mundo está em constante transformação.” Segundo Dermeval 2 Saviani : "O processo educativo é a passagem da desigualdade à igualdade”. Portanto, o profissional necessita desenvolver as competências de forma crítica, em níveis mais complexos de estudos. Essas competências: nível cognitivo, cultural, psicomotor e sócioafetivo com referências básicas na epistemologia 3 genética de Jean Piaget . O presente trabalho objetivou correlacionar a experimentação da disciplina de química com as aulas teóricas ministradas, bem como as condições reais da infraestrutura existente nos laboratórios das escolas públicas da rede estadual no município de Petrolina/ PE. A pesquisa ocorreu sob a forma de encontros para a aplicação de questionários, observações diretas e sistemáticas a respeito da estrutura física dos laboratórios das escolas e da capacitação dos professores. As entrevistas apresentaram um intervalo de 30 minutos e foram realizadas em horários reservados com as direções de 17 escolas, entre os meses fevereiro-novembro de 2013. Cada professor foi entrevistado por semana totalizando 24 professores. O diagnóstico deu-se por intermédio de abordagem descritiva. “perceba” a “forma de pensar” do aluno e a “ação” que poderá conduzir na aula por meio de questionamentos orais sustentados no diálogo e/ou instrumentos que sistematizem o “pensar” discente. Através da análise da frequência de aulas práticas, a presença e/ou ausência de laboratórios e a infraestrutura destes, a existência de materiais para realização das aulas práticas, a carga horária letiva da disciplina levando em consideração os tópicos abordados e o perfil do educador, verificou-se uma enorme deficiência de professores na área de exatas, principalmente no que se refere à disciplina de química. Constatou-se um verdadeiro “caos” com relação à concretização das aulas práticas. Os resultados obtidos das 17 escolas (68% do total das escolas estaduais urbanas com Ensino Médio) indicaram a inexistência de aulas experimentais de química. Ressalta-se que 10 escolas não apresentam laboratórios de química. Apenas 4 escolas possuem infraestrutura adequada em termos laboratoriais e, 3 escolas não apresentam infraestrutura (Figura 1a). Constatou-se também que dos 24 docentes que ministram a disciplina de química, 91,5% não possuem capacitação, visto que apenas 8,5% apresentam formação na área, dificultando ainda mais a situação tão delicada no que se refere ao ensino de Química (Figura 1b). Figura 1. a) Percentual dos laboratórios de química; b) Percentual dos graduados em química. CONCLUSÕES Diante das problemáticas mencionadas, o processo ensino-aprendizagem em química está drasticamente afetado no município. A pesquisa realizada indica a necessidade de contratação imediata de docentes qualificados no município de Petrolina – PE, para que se possa adequar teoria-prática no ambiente escolar. AGRADECIMENTOS FAPEMIG e Rede Mineira de Química. RESULTADOS E DISCUSSÕES No discurso atual sobre aprendizagem, é consenso que o discente consegue “aprender” a partir do que “conhece”. Este fator é fundamental para que o educador REFERÊNCIAS 1 http://pdeescola.mec.gov.br/index.php/o-que-e-pde-escola. Saviani, D. Escola e Democracia. 2008, Ed: Autores Associados, Campinas, Brasil, 112. 3 Piaget, J. Psicologia e Epistemologia: Por uma teoria do conhecimento. 1973, Ed: Forense Universitária, Rio de Janeiro, Brasil, 158. 2 XXVIII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química – MG, 10 a 12 de Novembro de 2014, Poços de Caldas - MG