
Fases da industrialização
1ª Revol. Industrial (1750 – 1870)
2ª Revol. Industrial (1870 – II GM)
3ª Revol. Industrial (pós II GM)

Tipos de indústrias
Tipo de indústria
Indústrias de bens de
produção/base/capital
Indústrias de bens
intermediários
Características Gerais
Exemplos
Transforma matérias-primas
brutas (minério e recursos de
origem fóssil e vegetal) em
matérias-primas processadas,
base para outros ramos
industriais.
• Químicas:
Produz máquinas e
equipamentos que serão
utilizados em outros segmentos
da indústria e em diversos
setores da economia.
• Mecânica: motores automotivos, máquinas
Fabrica bens que são
consumidos pela população em
geral. Está dividida em:
indústrias de bens de consumo
duráveis e não-duráveis.
Indústrias de bens de
consumo
pesticidas, fertilizantes, fibras
artificiais, cimento, etc...
• Refinarias: querosene, gasolina, óleo diesel
e lubrificantes.
• Siderúrgicas: ferro-gusa, coque, aço.
• De papel e celulose.
industriais,
tratores,
colheitadeiras
e
semeadeiras mecânicas.
• Autopeças:
pneus,
rodas
bancos
automotivos.
Bens de consumo duráveis
• Eletrodomésticos:
geladeiras, televisores,
condicionadores de ar, aparelhos de som.
• Automobilística: carros e motocicletas.
• Moveleira: móveis comerciais e residenciais.
Bens de consumo não-duráveis
• Têxtil: vestuário, tecidos, toalhas.
• Alimentícia: doces, laticínios e bebidas.
• Cosméticos: cremes dentais, sabonetes e
xampus.

Fatores locacionais:
Indústrias de bens de consumo duráveis e nãoduráveis: proximidade de mercado consumidor
e mão-de-obra.

Fatores locacionais:
Indústrias de bens de capital / bens de produção
/ de base: proximidade dos recursos minerais e
energéticos e de infra-estruturas em
transportes.

Modelos produtivos
Taylorismo
-
Separação do trabalho por tarefas e níveis
hierárquicos.
-
Racionalização da produção.
-
Controle do tempo.
-
Estabelecimentos de níveis mínimos (cotas) de
produtividade.
Fordismo
-
Produção em série (em grandes quantidades)
para consumo em massa.
-
Extrema especialização do trabalho (atividades
ultra-repetitivas) / linha de montagem.
-
Rígida padronização da produção / pouca
variedade de modelos.

Pós-fordismo / toyotismo - (3ª R. Ind.)
-
Estratégias de produção (produção de acordo com a
demanda – redução do estoque).
-
Consumo em escala planetária, obedecendo as
especificidades de cada mercado.
-
Desenvolvimento de novas tecnologias.
-
Flexibilização dos contratos de trabalhos.
-
Células de produção no lugar da linha de montagem.
-
Grande variedade de produtos com marcas e modelos
diferentes.

As novas formas de organização da produção industrial
foram chamadas por alguns autores de pós-fordismo,
para diferenciá-las da produção fordista.
a) Apresente dois aspectos do processo industrial
fordista e dois do pós-fordista.
b) Caracterize o espaço industrial no fordismo e no pós-
fordismo.
a) A era fordista se caracterizava pela existência da linha de
montagem, fabricação em série de produtos padronizados (produção
em escala) e as tarefas dos trabalhadores eram repetitivas, como
mostra o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin; os sindicatos
eram fortes e organizados. Na era pós-fordista, também chamada de
produção flexível, o trabalho é organizado em equipes encarregadas
das tarefas diárias e do controle de qualidade, os Círculos de Controle
de Qualidade (CCQ), os estoques são reduzidos, fabrica-se uma série
bem diversificada de produtos, há crescente terceirização da produção
e enfraquecimento da organização dos trabalhadores.
b) A produção fordista se caracterizava pela existência de grandes
fábricas, enormes almoxarifados exigindo processos de controle
complexos; as fábricas estavam concentradas nos países
desenvolvidos. O pós-fordismo se caracteriza pela desconcentração
espacial das indústrias no mundo, entregas diárias de peças (just-intime), controle simplificado, maior dinamismo.

O papel das transnacionais
As transnacionais se espalharam pelo mundo mais
intensamente após a II G.M. São as principais
responsáveis pela integração econômica global e pela
revolução técnico-científica e, tiveram importante papel
na contenção do socialismo.

Industrialização dos EUA

Principais regiões industriais da Europa
Japão
As reformas socioeconômicas e a
aproximação com o Ocidente (abertura
econômica) no governo Meiji deram início
à industrialização japonesa. A
recuperação da economia japonesa após
a II Guerra Mundial aliada à robotização, à
política de redução de custos, a busca por
novos mercados e a desvalorização do
iene contribuíram para o seu milagre
econômico na segunda metade do século
XX.


Industrialização dos Tigres Asiáticos (fatores
condicionantes): mão-de-obra barata e disciplinada,
incentivos fiscais, creditícios e comerciais
oferecidos pelo governo, regimes políticos
autoritários, com exceção de Hong Kong,
investimentos japoneses, produção voltada para o
mercado externo (plataforma de exportação) e
contexto da Guerra Fria.

1ª etapa: Coréia do Sul, Hong Kong, Taiwan e
Cingapura.

2ª etapa: Malásia, Indonésia, Tailândia e Filipinas.


China
O panorama econômico recente da China começou a
formar-se com as reformas iniciadas por Deng Xiaoping
na década de 1970 com a política das Quatro Grandes
(indústria, agricultura, ciência e tecnologia e forças
armadas) e a criação das ZEEs, abertas a investidores
estrangeiros.

Fatores condicionantes: Mão-de-obra barata, abundante
e disciplinada, legislação trabalhista rigorosa, regime
político autoritário, disponibilidade abundante de energia
e matérias-primas e legislação ambiental flexível.
Industrialização Brasileira

Industrialização no Brasil
dinamismo em função da(o):
•
Permanência de relações escravistas;
Pequeno mercado interno;
Estado alheio à industrialização;
Força de trabalho e infra-estruturas pouco
desenvolvidas.
•
•
•
Império:
pouco

Final do séc. XIX até 1930: surgimento de vários ramos
industriais que exigiam pouco investimento de capitais e
tecnologias e destinavam a atender as necessidades
imediatas da população (indústrias leves).

Década de 1930 até os anos de1950: forte participação
do Estado no economia por meio da criação das indústrias
de base (siderúrgicas, metalúrgicas) e da ampliação da infra-
estrutura energética (keynesianismo). Durante o governo Jk,
período conhecido como desenvolvimentista, o crescimento
industrial foi calcado na forte participação do capital
estrangeiro (internacionalização da economia).
Motivos:





As consequências da 1ª Guerra Mundial;
A crise do café ocasionada pela crise mundial de
1929;
As disponibilidades de capitais e infra-estruturas
criadas pelo ciclo do café;
Aumento da oferta da mão-de-obra e do mercado
consumidor com o êxodo rural e a chegada dos
imigrantes;
Plano de metas do governo JK; etc...

OBS: O capital externo que entrou no Brasil antes de
1930 era reduzido e foi aplicado em infra-estruturas de
energia e transportes e, depois, principalmente após a
2ª Guerra Mundial, o capital externo passou a entrar na
forma de indústrias de bens de consumo duráveis
(eletrodomésticos, automobilística) e indústrias químicofarmacêutico e sídero-metalúrgico.

Governos militares: deram continuidade à política
desenvolvimentista que culminou com o “milagre
econômico”. Isso foi possível graças a uma série de
incentivos para aumentar a exportação, o consumo
interno, principalmente da classe média e alta, a
repressão política e a oferta de dólares no mercado
internacional.

Anos 80 – a década perdida: a má distribuição da
renda e a inflação elevada que impedia o aumento do
consumo interno, o baixo nível de instrução da
população brasileira e o elevado endividamento externo
aliada ao contexto mundial vigente (gastos com a guerra
fria e com o Estado de bem-estar social nos países
desenvolvidos, a crise do petróleo nos anos 70 e o
esgotamento do modelo keynesianista) contribuíram
para por fim ao milagre econômico brasileiro.

Década de 1990:
Plano real;
Neoliberalismo;
Desconcentração industrial;
Terceira revolução industrial brasileira (?).

Em suma: a industrialização brasileira baseou-se
no tripé econômico e caracterizou-se por ser tardia,
invertida e dependente de capitais e tecnologias.
 Desconcentração
industrial.
Até a década de 1990, o Estado colaborava com a
desconcentração industrial por meio das
Superintendências (SUDAM, SUDENE, SUDESUL e
SUDECO). Com a extinção dessas Superintendências, a
desconcentração industrial passa a ser estimulada pela
“guerra fiscal” que é travada entre os Estados da

federação e os municípios.

Região Nordeste: A industrialização da Região Nordeste
foi muito dependente da ação do Estado (através da
SUDENE). Na sua maioria eram empresas sediadas no
Centro-Sul. Muitas dessas empresas que pra lá se
dirigiram possuíam certo nível tecnológico, portanto
eram poupadora de mão-de-obra e seus produtos eram
voltados para mercados extra-regionais. Isso pouco
dinamizava a economia regional.

Região Sul: A industrialização teve forte apoio da mãode-obra imigrante. Capitais e a iniciativa privada eram
direcionadas para as indústrias de bens de consumo
não-duráveis. Assim, a indústria sulista se desenvolveu
de forma integrada à economia regional, utilizando-se
das matérias-primas fornecidas pela agropecuária e
pelos recursos naturais. Recentemente a região Sul vem
recebendo ramos industriais mais modernos.
AS NOVAS REGIÕES INDUSTRIAIS

Vale do Paraíba corresponde a um
corredor de passagem entre São Paulo e
Rio de Janeiro. No caso da indústria bélica
de São José dos Campos seu
desenvolvimento foi favorecido pela
presença de institutos de pesquisa na
região, como o ITA, INPE e CTA.

Cubatão – indústrias químicas,
petroquímicas e metalúrgicas. Esta cidade
situa-se entre a grande São Paulo e o
porto de Santos, no sistema AnchietaImigrantes.

Problemas ambientais graves

Campinas / São Carlos – caracterizada como um
tecnopólo, ou seja, é uma sede de indústrias de alta
tecnologia, destacando-se as de telecomunicações e de
novos materiais, como polímeros e cerâmicas. Os
elementos que mais favorecem este tipo de
industrialização são: a presença de centros de pesquisa
e mão-de-obra qualificada, proximidade da grande São
Paulo e malha de transporte densa e moderna
(Bandeirantes e Anhangüera).

Região Sul: a industrialização dessa região se deu,
principalmente, por investimentos de empresas brasileiras no
setor de bens de consumo não-duráveis. Destacam-se: as
indústrias alimentícias, têxteis, de couros e de louças. Suas
principais regiões industriais são: Vale do Itajaí (SC) nas
cidades de Blumenau e Joinville onde se localizam indústrias
têxteis; Serras Gaúchas, principalmente em Bento Gonçalves
e Caxias do Sul, local de indústrias vinícolas; Novo
Hamburgo e São Leopoldo, próximas a Porto Alegre, tem
forte indústria de couro e calçados.

Zona Franca de Manaus: é uma área de livre
importação de quase todos os produtos estrangeiros,
isto é, é uma região isenta de tarifas alfandegárias.
Assim, a importação de máquinas, matérias-primas e
componentes é facilitada para o desenvolvimento
industrial da região. A maior parte das indústrias é de
capital transnacional, em fábricas que produzem,
principalmente, bens de consumo duráveis, como
eletroeletrônicos e mecânicos. Os mercados
consumidores são extra-regionais, dentro e fora do país.
Os problemas de crescimento desordenado da cidade
de Manaus constituem o elemento negativo desta
tentativa de instalação de um parque industrial no meio
da selva amazônica.





IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA
INDÚSTRIA
Contaminação dos recursos hídricos;
Poluição do ar: chuva ácida, efeito estufa, inversão
térmica, ilhas de calor, buraco na camada de ozônio;
Lixo;
Poluição sonora e visual.
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Indústria Brasileira II