LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Enem - Simulado 6
Profª Fernanda Pessoa
①
QUANDO O SUCESSO É QUASE UMA LEI
No Brasil, nem os médicos são tão “doutores” quanto os
advogados. As origens dessa deferência remontam ao período colonial,
quando os ricos enviavam seus filhos para estudar direito na Universidade de
Coimbra, em Portugal. Entre outras facilidades, o diploma lhes franqueava
acesso aos cargos mais altos da administração pública. Essa tradição
sobreviveu à República.
Mais da metade dos presidentes brasileiros passou pelos bancos do
direito. Um terço dos senadores e deputados federais atuais seguiu esse
caminho. O prestígio do curso continua alto: seus vestibulares recebem 550
000 inscrições por ano, o que o torna o terceiro mais procurado pelos
brasileiros. Para além da tradição, o fato é que novas oportunidades se
abriram para os advogados.
No setor público, os governos voltaram a realizar concursos. Também
se abriram novas frentes para advogados no setor privado. Há dez anos,
assuntos como energia e telecomunicações eram privativos de engenheiros.
Hoje, graças ao processo de privatização e à complexidade dos contratos
dele resultantes, pululam advogados especializados nessas áreas. Quando se
retrocede no tempo, constata-se, ainda, que a Constituição de 1988 foi
determinante para semear outros campos, como o do direito do consumidor,
o previdenciário e o ambiental. Em 1995, a reforma do capítulo econômico
da Constituição abriu uma gama de possibilidades a quem se dedicava ao
direito administrativo, por causa do surgimento das questões regulatórias. E
a estabilização da economia impulsionou o direito comercial internacional e
o societário. Por último, áreas já consagradas, como a do direito penal,
deram filhotes. Formaram-se especialistas em crimes do colarinho-branco,
cuja legislação tem apenas 23 anos. “Tudo isso é fruto do avanço da
sociedade, que ficou mais complexa e, portanto, produz problemas também
mais complexos”, resume Mário Nogueira, do escritório Demarest &
Almeida.
Mário Nogueira, do escritório Demarest & Almeida. (Veja, 11 nov. 2009.
Adaptado)
Entre o primeiro e o segundo parágrafos do texto, estabelece-se uma
relação de
A) contradição de ideias, já que o segundo parágrafo apresenta informações
antagônicas ao primeiro.
B) explicação do tema central, apresentado no parágrafo inicial, que é a
formação dos políticos do país.
C) adição de ideias, pois o segundo parágrafo acrescenta informações que
corroboram o sentido do primeiro parágrafo.
D) conclusão, na medida em que o primeiro parágrafo expõe a opinião de um
advogado e o segundo sumariza esse ponto de vista.
E) temporalidade, pois os dois parágrafos explicitam a cronologia dos cursos
de Direito no país.
ESSA QUE EU HEI DE AMAR...
②
Essa que eu hei de amar perdidamente um dia,
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a esta alma escura e fria.
E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela...
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz... — Tudo isso eu me dizia,
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste...
E falou-me de longe: "Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!
Almeida, Guilherme de. Toda a poesia. São Paulo: Martins, 1952. p. 146-7.
A fala da personagem feminina, na última estrofe do poema, permite
depreender que, segundo ela, o eu-lírico:
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A) Imaginava amar perdidamente um dia uma mulher loura e bela, e
prestava muita atenção às que passavam perto.
B) Embora estivesse absorto, ainda teve condições de estabelecer relações
amorosas com o vulto louro, claro, vagaroso e belo.
C) Estava tão concentrado nos seus pensamentos sobre a mulher de seus
sonhos que nem percebeu que ela, na realidade, estava perto.
D) Disse que estava tão perdido em seu sonho dourado, que nem passou
perto e nem sequer foi percebido por ninguém.
E) Era um sol que vinha, pela janela, trazer luz e calor à alma escura e fria,
sendo loura, clara, vagarosa e bela.
Poema para as questões 3 e 4.
Romanceiro da Inconfidência
Romance LIII ou Das palavras aéreas
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma!
sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
(...)
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Éreis um sopro na aragem...
– sois um homem que se enforca!
(MEIRELES, Cecília. Os melhores poemas de Cecília Meireles /seleção Maria
Fernanda. 11. ed. São Paulo: Global, 1999, p. 143-146).
③
A leitura do poema sugere que as palavras, por serem aéreas,
A) retornam, sempre, com o vento.
B) não mudam jamais.
C) perdem a sua potência.
D) transformam-se ao sabor do vento.
E) nunca chegam ao seu destino.
④
A expressão “Ai, palavras”, em diversos versos do poema,
sugere
I. a alegria do eu-lírico diante da condição aérea das palavras.
II. a admiração do eu-lírico pela rápida existência das palavras.
III. o lamento do eu-lírico diante do estranho poder de transformação das
palavras.
Está(ão) correta(s) apenas:
A) I.
B) III.
C) I e III.
D) II.
E) I e II.
⑤
Certas palavras nos dão a impressão de que voam, ao
saírem da boca. “Sílfide”, por exemplo. É dizer “Sílfide” e ficar
vendo suas evoluções no ar, como as de uma borboleta. Não tem nada a ver
com o que a palavra significa. “Sílfide”, eu sei, é o feminino de “silfo”, o
espírito do ar, e quer mesmo dizer uma coisa diáfana, leve, borboleteante.
Mas experimente dizer “silfo”. Não voou, certo? Ao contrário da sua mulher,
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“silfo” não voa. Tem o alcance máximo de uma cuspida. “Silfo”, zupt, ploft. A
própria palavra “borboleta” não voa, ou voa mal. Bate as asas, tenta se
manter aérea mas choca-se contra a parede. Sempre achei que a palavra
mais bonita da língua portuguesa é “sobrancelha”. Esta não voa mas paira no
ar, como a neblina das manhãs até ser desmanchada pelo sol. Já a terrível
palavra “seborreia” escorre pelos cantos da boca e pinga no tapete. [...]
(VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001, p. 69).
Ao afirmar que “A própria palavra ‘borboleta’ não voa, ou voa mal. Bate as
asas, tenta se manter aérea mas choca-se contra a parede” , o autor
A) observa que a palavra borboleta não voa porque não é da natureza das
borboletas voarem alto.
B) conclui que as palavras, para voarem, precisam estar ligadas ao seu
significado.
C) mostra que a palavra borboleta, ao contrário da palavra “Sílfide”, não
pode voar porque não significa o “espírito do ar”.
D) sugere que o som da palavra borboleta não dá a impressão de um voo,
diferentemente do que ocorre com a palavra “Sílfide”.
E) mostra que a palavra borboleta, ao ser pronunciada, não consegue
manter-se aérea, por ter a borboleta asas frágeis.
⑥
Leia o texto a seguir:
A) Analisando o conteúdo da fala das duas personagens, pode-se afirmar que
o crescimento dos cursos superiores implica consequências práticas
diferentes para cada uma delas.
B) Os detalhes expostos nos cenários em que as personagens se inserem
reforçam o que está afirmado nos respectivos textos verbais.
C) No quadrinho da direita, está pressuposto que a necessidade de trabalhar
da personagem reflete uma situação de desagregação familiar.
D) Embora seja evidente a diferença entre a classe social das duas
personagens, a
variante linguística utilizada por elas não reforça essa oposição.
E) Ao iniciar os dois textos da mesma forma, o autor dos quadrinhos deixa
entrever certo envolvimento dos dois jovens com a família.
Resolução:
⑨
Predomina no texto a função da linguagem
A) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.
B) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.
C) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.
D) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e
fatos reais.
E) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da
estrutura do texto
Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o
começo da sabedoria, então essa verdade é um triste
comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os
méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o
dom de ficar perplexos. Imagine-se que tudo seja conhecido – se não por
nós, por algum especialista, cujo mister seja saber o que não sabemos. De
fato, parece que ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade
intelectual. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos
procuram não demonstrar isso, e, à medida que vamos envelhecendo, aos
poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Saber as respostas certas
parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber
fazer as perguntas certas.
A linguagem esquecida – Erich Fromm
⑦
Marque, dentre as afirmações a seguir, aquela que, mais adequadamente,
resume o texto lido.
A) Cientificamente, perplexidade e sabedoria não se harmonizam.
B) A perplexidade revela a nossa incapacidade de perguntar
convenientemente.
C) Surpreender-se é o início da sabedoria.
D) O intelectualismo dimensiona a inocência até mesmo nas crianças.
E) A cultura moderna tirou-nos a capacidade de nos surpreendermos.
⑧
Assinale a alternativa que não retrata uma interpretação
correta sobre os quadrinhos:
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Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o
fim do trabalho escravo foi seguido pela criação do mito da
democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde então, a falsa ideia de que
haveria no país um convívio cordial entre as diversas etnias.
Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre
brancos e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma
descomunal desigualdade socioeconômica entre os dois grupos e não
advinha de uma suposta divisão igualitária de oportunidades.
O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de
Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91,
o analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre
brancos, e quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia
conseguido ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os
números relativos ao ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta
pelo fator socioeconômico: até aquele ano, 12% dos brancos haviam
concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos negros.
E inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do
século: o analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com
mais de 70 anos do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém,
ainda não se traduziu numa proporcional equalização de oportunidades.
Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas
do país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para
outras regiões a inquietação resultante desses dados.
Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente
rígidas —
como a criação de “cotas raciais” no oferecimento de vagas nas
universidades e no mercado de trabalho, bastante comum nos EUA —, é
fundamental que se destaquem também as desigualdades étnicas, para que
seja possível avaliar, com máximo realismo, as dimensões exatas da brutal
dívida social brasileira.
Folha de S. Paulo, Caderno Brasil, p.2.
Assinale a opção cujo vocábulo sintetiza apropriadamente o tema
discutido:
A) mistificação.
B) desnivelamento.
C) miscigenação.
D) descontentamento.
E) ratificação.
⑩
No texto de divulgação do
Governo Federal,
A) há um aproveitamento de sinais gráficos
próprios da matemática, usados com
intenção icônica de dupla possibilidade
significativa.
B) os sinais gráficos têm interpretação
unívoca.
C) os sinais gráficos, muito usados na
matemática, têm valor
significativo da área exclusiva da informática.
D) a intenção comunicativa leva à interpretação de que só no Brasil há
computador para todos .
E) a linguagem visual entra em choque com o que se pretende comunicar
com a linguagem verbal.
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⑪
Leia:
“Uma manhã, ao despertar de sonhos inquietantes,
Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto.
Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal e, ao
levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido
em rijos segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a
posição e estava a pontos de resvalar completamente. As inúmeras pernas,
que eram miseravelmente finas, comparadas com o resto do corpo,
agitavam-se desamparadamente perante os seus olhos. “Que me
aconteceu?” pensou. Não era nenhum sonho, O quarto, um vulgar quarto
humano, apenas bastante acanhado, ali estava, como de costume, entre as
quatro paredes que lhe eram familiares.”
(Franz Kafka, A metamorfose)
Quanto aos aspectos estruturais do fragmento narrativo, assinale a
alternativa correta:
A) Há oscilação do foco narrativo que ora se configura em 1ª ora em 3ª
pessoa.
B) O narrador é onisciente, visto que tem acesso à mente da personagem.
C) Ocorre discurso indireto livre, porque as falas do narrador e da
personagem não estão devidamente separadas.
D) O tempo da narrativa (os fatos envolvendo a personagem) é simultâneo
ao tempo da escritura (o ato de contar os fatos).
E) Há incoerência quanto à construção da personagem, porque, embora
metamorfoseado em barata, ainda lhe é mantida a consciência humana.
linguagem figurada. Alguns cantores falavam aparentemente de flores e
rouxinóis, quando estavam se referindo à situação político-social brasileira.
RODA-VIVA
Chico Buarque
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá.
Refrão
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração.
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há,
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá.
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda do samba acabou
A gente toma iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá.
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega roda-viva
E carrega a saudade pra lá.
⑫
No texto dos quadrinhos de Galhardo, predomina a função da
linguagem conativa. A predominância dessa função justifica-
se pela:
A) frequente repetição de termos para prolongar o contato com o receptor.
B) preocupação de explicar o significado das palavras usadas.
C) ênfase na elaboração da mensagem expressa no sentido marcadamente
conotativo.
D) influência no comportamento do receptor com o sistemático emprego das
formas verbais no imperativo.
E) subjetividade assinalada nas vozes do texto.
⑬
A relação entre o comentário ao final do texto e a história
corresponde à seguinte máxima popular:
A) “Mais vale um gosto do que três vinténs.”
B) “Quem muito quer, tudo perde.”
C) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.”
D) “Casa de ferreiro, espeto de pau.”
e) “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”
⑭
Esta canção foi escrita nos obscuros anos da ditadura. A
composição de Chico se originou em meio ao turbilhão da
instauração da ditadura militar no Brasil. Ditadura que representava, para a
cultura, simplesmente o fim da liberdade de expressão. Um meio muito
utilizado na época para driblar a censura foi a metáfora, o despistamento, a
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O que é roda-viva? Roda-viva é, conforme os dicionários, movimento
incessante, corrupio, cortado; é ainda confusão, barulho. O texto menciona
ações frustradas pela roda-viva. Na letra, a roda-viva está associada à morte,
ao contrário do que indica a palavra. A roda ceifa, arranca aquilo que ainda
está em desenvolvimento: a gente estancou de repente. A gente parou (de
crescer) de repente. Note-se como é expressivo o uso de estancar, que nos
faz lembrar imediatamente de sangue. Somos abortados na capacidade de
decidir o próprio destino, de adquirir autonomia como um rio é barrado,
como um fluxo de sangue é estagnado.
A vontade que o poeta tem de reagir contra o que está a sua volta é
evidenciada pelo verso:
A) "Faz tempo que a gente cultiva".
B) "A gente quer ter voz ativa".
C) "Faz força pro tempo passar".
D) "A gente estancou de repente".
E) “Até não poder resistir”.
Telegrama ao ministro
Jô Soares
Era sábado. O presidente e seus assessores sentaram-se em volta da
mesa de reuniões. Precisavam encontrar uma forma de demitir o ministro
sem ferir suscetibilidades. Afinal, já era o quarto ministro que o presidente
trocava nessa área em menos de oito meses. Alguém sugeriu um telegrama:
- É a forma mais impessoal, presidente. Assim ninguém fica tão
diretamente envolvido.
- Sim, mas com que texto? Eu gosto muito dele. Sou presidente, mas
não estou aqui para magoar ninguém — disse o presidente.
- Isso é fácil — falou outro assessor. — Basta colocar: VENHA URGENTE
⑮
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BRASÍLIA. SUA DEMISSÃO IMEDIATA.
Todos leram e alguém em volta da mesa, não se sabe ao certo qual dos
assessores, comentou:
- Eu acho que não está bom. Afinal de contas, vocês sabem que o
ministro já está meio estressado com todas as denúncias de favorecimento,
de repente pode ter um enfarte e o governo fica mal.
Foi a vez de outro assessor tentar redigir uma forma mais amena que
não assustasse o ministro em passeio de fim de semana. Sentou-se e
escreveu: INTERROMPA FIM DE SEMANA E VOLTE CORRENDO. Novamente o
telegrama não foi aprovado, Um dos assessores observou:
Não sejamos infantis. Se ele está descansando no fim de semana e
recebe essa notícia, vai sacar imediatamente que se trata de demissão. Se
por acaso tiver algum jornalista com ele, amanhã mesmo a notícia já está nos
jornais.
- Também concordo — falou preocupado o presidente.
Então, um assessor mais intelectual aproximou-se. Pegou no bloco de
papel e rabiscou rapidamente: INTERROMPA FIM DE SEMANA
IMEDIATAMENTE E VOLTE BEM DEVAGAR PARA BRASÍLIA. TUDO MAIS OU
MENOS BEM NO MINISTÉRIO. Um assessor, que até então não tinha se
manifestado, declarou:
- Vocês acham que o ministro é bobo? Se estiver escrito tudo mais ou
menos bem e que ele pode voltar devagar, ele já vai adivinhar que todas
essas precauções são para anunciar sua demissão. Nunca vi uma frase tão
idiota como “tudo mais ou menos bem”. Ele não é bobo. Ninguém trabalha
anos junto a uma grande empreiteira sendo bobo.
- Concordo plenamente. Ele pode ser descuidado, mas não é bobo —
pensou alto o presidente. Mais um assessor, formado em Letras e Filosofia,
resolveu redigir o telegrama:
- AQUI TUDO ÓTIMO. BRASÍLIA TRANQUILA. CLIMA MAGNÍFICO. VOLTE
ASSIM QUE PUDER. SAUDADES. SEMPRE TEU, PRESIDENTE. De todas as
formas apresentadas até então, essa foi a que causou mais revolta.
Um assessor de mais idade, conhecido em Juiz de Fora pela habilidade
com que arbitrava discussões sobre os mais variados temas, sentou-se,
pensou bem, ponderou, molhou a ponta do lápis na língua e caprichou: SE
POSSÍVEL VOLTE. NENHUM MOTIVO PARA APREENSÃO. PRESIDENTE MORTO
DE SAUDADES. PEQUENA SURPRESA AO CHEGAR.
- Realmente, esse bate todos os recordes! —disse um jovem assessor
muito invejoso. — Em primeiro lugar, não é “se possível”, ele tem que voltar
mesmo. Em segundo lugar, é uma total falta de respeito dizer que o
presidente está morto de saudades. Além de ser mentira. E, finalmente, todo
ministro ligado à área econômica conhece muito bem o significado da
palavra “surpresa”. Colocar a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser
um requinte de crueldade.
Abandonaram a ideia rapidamente. Seguiu-se um longo período de
silêncio em que os assessores andavam de lá para cá. Serviu-se mais um
cafezinho. Finalmente o presidente se sentou à mesa e ele mesmo redigiu o
telegrama: APROVEITE BEM O FIM DE SEMANA. AQUI TUDO NA MESMA.
TUDO ÓTIMO. NÃO ESQUENTE. E DIVIRTA-SE.
Considere as afirmativas a seguir a respeito do texto de Jô Soares:
I) O presidente precisa enviar um telegrama a um de seus ministros,
transmitindo-lhe a informação de que está demitido. Contudo, precisa
‘encontrar uma forma de demitir o ministro sem ferir suscetibilidades’. O
que significa que o presidente não quer magoar o ministro.
II) Comparando a primeira tentativa de redação do telegrama à última,
podemos afirmar que a última é o oposto do que se pretendia dizer.
III) Ao ser feita a primeira tentativa, um dos assessores se mostra contrário à
redação do telegrama por achar a mensagem muito direta e ostensiva e
alega que a demissão poderá causar constrangimento entre os membros do
partido.
IV) A clareza e a objetividade do texto foram a principal preocupação do
presidente ao redigir a mensagem.
Assinale a alternativa correta:
A) Somente as afirmativas I e III são corretas.
B) Somente as afirmativas I e II são corretas.
C) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
⑯
O POVO
Há no mundo uma raça de homens com instintos
sagrados e luminosos, com divinas bondades no coração, com uma
inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo
trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, que se lamentam em vão.
Estes homens são o Povo.
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Estes homens estão sob o peso de
calor e de sol, transidos pelas chuvas, roídos
de frio, descalços, malnutridos; lavram a
terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua
força para criar o pão, o alimento de todos.
Estes são o Povo, e são os que nos
alimentam.
Estes homens vivem nas fábricas,
pálidos, doentes, sem família, sem doces
noites, sem um olhar amigo que os console,
sem ter o repouso do corpo e a expansão da
alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o Povo, e são os que nos vestem.
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras
consoladoras da Natureza, respiram mal, comendo pouco, sempre na
véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o
cobre, o ferro e toda a matéria das indústrias.
Estes homens são o Povo, e são os que nos enriquecem.
Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas
armas da Pátria, e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à
chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das
mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso
opulento.
Estes homens são o Povo, e são os que nos defendem.
É por isso que os que têm coração e alma, e amam a justiça, devem
lutar e combater pelo Povo.
E ainda que não sejam escutados, têm na amizade dele uma
consolação suprema.
O povo, José Maria Eça de Queirós. In Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro.
Observando os elementos que constroem o texto, só não se pode afirmar:
A) O autor acredita que o lamento do povo não será em vão, que um dia
todas as reivindicações serão atendidas.
B) No desenvolvimento do texto, o autor se refere a quatro tipos de homens,
com relação a sua profissão: lavradores, operários, mineiros, soldados.
C) Entre esses homens há uma característica comum: a vida muito sofrida.
D) De acordo com o autor, quem deve lutar por esse povo sofrido são
aqueles que têm coração e sentimento (alma) e amam a justiça.
E) Mesmo não sendo ouvidas pelas autoridades, as reivindicações, em nome
do povo, terão uma recompensa: a amizade do povo.
Leia o fragmento abaixo, do conto Capítulo dos chapéus, no
qual Conrado explica a Mariana os motivos de não aceitar a
sugestão da esposa de trocar de chapéu.
“– A escolha do chapéu não é uma ação indiferente, como você pode
supor; é regida por um princípio metafísico. Não cuide que quem compra um
chapéu exerce uma ação voluntária e livre; a verdade é que obedece a um
determinismo obscuro. A ilusão da liberdade existe arraigada nos
compradores, e é mantida pelos chapeleiros que, ao verem um freguês
ensaiar trinta ou quarenta chapéus, e sair sem comprar nenhum, imaginam
que ele está procurando livremente uma combinação elegante. O princípio
metafísico é este: - o chapéu é a integração do homem, um prolongamento
da cabeça, um complemento decretado ab eterno; ninguém o pode trocar
sem mutilação. É uma questão profunda que não ocorreu a ninguém. Os
sábios têm estudado desde o astro até o verme, ou, para exemplificar
bibliograficamente, desde Laplace...Você nunca leu Laplace? Desde Laplace e
a Mecânica Celeste até Darwin e o seu curioso livro das Minhocas, e,
entretanto, não se lembraram
ainda de parar diante do chapéu. Talvez eu escreva uma memória a este
respeito. São nove horas e três quartos; não tenho tempo de dizer mais
nada; mas você reflita consigo, e verá... Quem sabe? Pode ser até que nem
mesmo o chapéu seja complemento do homem, mas o homem do chapéu...”
⑰
Assinale a alternativa correta, com relação ao fragmento:
A) Revela o quanto o trajar, segundo o modelo dominante na
sociedade, é importante para as boas relações sociais e para a
autorrealização pessoal.
b) Sugere a aceitação total pelo escritor dos princípios fundamentais do
naturalismo, ciente de que o homem é fruto da raça e do meio.
c) É exemplificativo da visão ingênua do Romantismo, que creditava valor
especial aos trajes cavaleirescos.
d) Atesta o papel subalterno das mulheres na sociedade brasileira do século
XIX, impedidas de ter qualquer opinião sobre as coisas de seu tempo,
inclusive sobre os trajes dos maridos, como demonstram as demais
personagens femininas do conto Capítulo dos chapéus.
E) Demonstra a aguda ironia machadiana, capaz de expor a retórica
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autoritária da burguesia carioca ao mesmo tempo em que teoriza a respeito
do papel das convenções sociais nos comportamentos humanos.
⑱
Se transpuséssemos estas imagens ao período medieval da Literatura,
identificaríamos os seguintes temas presentes nelas, respectivamente:
A) I – Novelas de cavalaria do ciclo carolíngio; II – Camões no episódio sobre
a morte de Inês de Castro. III – Gil Vicente com seu teatro profano. IV –
Novelas de cavalaria do ciclo bretão.
B) I – Novelas de cavalaria do ciclo bretão; II – Camões no episódio sobre a
morte de Inês de Castro. III – Gil Vicente com seu teatro de tipos populares.
IV – Novelas de cavalaria do ciclo clássico.
C) I – Novelas de cavalaria do ciclo Bretão ou arturiano; II – Fernão Lopes
com suas crônicas sobre a história do povo e dos reis portugueses. III – Gil
Vicente com seu teatro profano e satírico da sociedade portuguesa. IV –
Novelas de cavalaria do ciclo clássico.
D) I – Novelas de cavalaria do Humanismo; II – Fernão Lopes e sua poesia
palaciana. III – Gil Vicente com seu teatro sacro e satírico. IV – Novelas de
cavalaria do ciclo carolíngio.
E) I – Novelas de cavalaria do ciclo clássico; II – Sá de Miranda com sua poesia
palaciana. III – Gil Vicente com seu teatro religioso. IV – Novelas de cavalaria
do ciclo clássico.
Imagem e texto para as próximas duas
questões.
Qualquer idioma contém expressões
idiomáticas, que se caracterizam por não
ser possível identificar seu significado
através de suas palavras individuais ou de
seu sentido literal.
Leia:
I – Observando o texto verbal, o significado dessas placas, de acordo com o
código de trânsito brasileiro, é semelhante.
II - A intenção do jornal ao fazer sua publicação foi mostrar a leitura
equivocada que os brasileiros fazem das leis de trânsito.
III - O subtítulo do quadro é Código de trânsito do motorista brasileiro. A
parte desse subtítulo que mostra a intenção do seu produtor é “do motorista
brasileiro.”
Está(ão) incorreta(s):
A) I. B) II.
C) III. D) I e III. E) I e II.
㉒
Leia:
Um novo caricaturista
polaco está causando
sensação.
Algumas
ilustrações são muito
fortes e nos fazem
refletir sobre o que está
acontecendo à nossa
volta. Seu nome é Pawla
Kuczynskiego.
Nascido
em 1976, em Szczecin, graduou-se na Academia de Belas Artes em Poznan,
especializando-se na arte gráfica.
O tema desta ilustração pode ser definido através:
A) caos social.
B) realidade social.
C) fato social.
D) arrogância social.
E) ganância social.
㉓
O título mais adequado para a charge seria:
⑲
A imagem representa a expressão “descascando o abacaxi”
que pode significar:
A) sentir-se temeroso ao vivenciar uma situação de risco.
B) sentir-se aliviado
C) ter condição de solucionar um problema.
D) discordar de um pressuposto social.
E) sentir-se irritado.
O humor da imagem acima está em
A) subverter a lógica convencional ao unir objetos de universos
culturais diferentes.
B) transformar expressão em linguagem figurada no equivalente fotográfico
em sentido literal.
C) instaurar uma divergência entre sentido figurado e representação
iconográfica.
D) apresentar uma desproporção entre o universo civilizado e o selvagem.
E) utilizar o eufemismo, ou seja, a suavização de expressões chocantes ou
grosseiras
⑳
㉑
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A) Prova de redação do Enem 2013 é motivo de piada.
B) Alunos se preparam cada vez mais para a prova de redação.
C) Fuga ao tema é o que mais chama a atenção nas redações do ENEM.
D) ENEM – MEC aumenta rigor na análise da redação.
E) ENEM – Problemas na correção das avaliações.
㉔
Texto I
Atrás da porta
Quando olhaste bem nos olhos meus
E teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei e me agarrei nos
Teus cabelos
Nos teus pelos
Nos teus pés
Ao pé da cama
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Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta (...)
Só pra mostrar que ainda sou tua (...). (Chico Buarque)
Texto II
Queixa
Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter desprezado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho certeza
Princesa
Surpresa
Você me arrasou (...)
Senhora, e agora
Me diz onde eu vou (...)
(Caetano Veloso. Warner Chappell Edições Musicais)
Texto III
Cantiga da Ribeirinha
(Versão atualizada)
No mundo não conheço quem se compare
A mim enquanto eu viver como vivo,
Pois eu morro por vós – ai!
Pálida senhora da face rosada,
Quereis que vos descreva (retrate)
Quando vos vi sem manto! (saia: roupa íntima)
Infeliz o dia em que acordei,
Que então eu vos vi linda!
(Paio Soares de Taveirós. In: TAVARES, J. P. Antologia de textos medievais .
Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1961)
É evidente a presença da cultura trovadoresca nos nossos dias, haja vista
que:
A) A Cantiga da Ribeirinha é uma cantiga de “ amigo” como “Atrás da porta”,
de Chico Buarque, porque ambas são escritas por um homem que sofre de
amor por uma mulher.
B) “Atrás da porta”, de Chico Buarque, pode ser comparada às “cantigas de
amor”: autor masculino, mas sentimento feminino.
C) A música “Queixa”, de Caetano Veloso, apresenta algumas características
das “cantigas de amigo”: o homem sofre em consequência de um amor não
correspondido.
D) A “Cantiga da Ribeirinha” é uma cantiga de amigo medieval, assim como
“Queixa”, de Caetano Veloso, porque em ambas se manifesta uma postura
servil do homem diante da mulher.
E) Os compositores da Música Popular Brasileira escrevem músicas que se
assemelham a “cantigas de amigo”, como Chico Buarque (“Atrás da porta”),
ou a “cantigas de amor”, como Caetano Veloso (“Queixa).
㉕
O Barroco manifesta-se entre os séculos XVI e XVII, momento
em que os ideais da Reforma entram em confronto com a
Contrarreforma católica, ocasionando no plano das artes uma difícil
conciliação entre o teocentrismo e o antropocentrismo. A arte barroca
originou-se na Itália (séc. XVII), mas não tardou a irradiar-se por outros
países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos
colonizadores portugueses e espanhóis. As obras barrocas romperam o
equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os
artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte
barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a
tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e
Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e
cristianismo; espírito e matéria.; religião e ciência.
B) "Pequei Senhor; mas não
porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me
despido;
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.“ Gregório de Matos
C) "Fábio, que pouco entendes de finezas!
Quem faz só o que pode a pouco obriga:
Quem contra os impossíveis se afadiga,
A esse cede amor em mil ternezas." Gregório de Matos
D) "Luzes qual sol entre astros brilhadores,
Se bem rei mais propício, e mais amado;
Que ele estrelas desterra em régio estado,
Em régio estado não desterras flores." Botelho de Oliveira
E) “Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.” Gregório de Matos
A alternativa que contém os versos e a pintura que melhor expressam
características e esse conflito vivido pelo homem barroco.
A) "Um paiá de Monal, bonzo bramá
Primaz da Cafraria do Pegu,
Que sem ser do Pequim, por ser do Açu,
Quer ser filho do sol, nascendo cá." Gregório de Matos
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㉖
As pessoas se comunicam de diversas formas. A
comunicação verbal oral é a mais comum e refere-se à emissão
de palavras e sons que usamos para nos comunicar. A comunicação verbal
escrita é o registro de observações, ideias, dúvidas, informações e
sentimentos. A comunicação não verbal envolve todas as manifestações de
comportamento não expressas por palavras, tais como: gestos, expressões
faciais, postura e aparência.
Os principais aspectos que naturalmente aparecem durante a
comunicação verbal são: a voz, a dicção (articulação), vocabulário e a
expressão corporal.
A voz é um elemento importante, pois expressa a personalidade e o
estado de espírito de quem fala, interferindo de modo decisivo na eficácia
comunicativa tanto no meio social quanto no profissional. Quaisquer
alterações neste elemento, pode provocar desconforto auditivo para os
interlocutores, prejudicando a transmissão da mensagem e a performance
comunicativa.
A dicção é a pronúncia dos sons das palavras, ou seja, a articulação. A
articulação bem definida indica controle da dinâmica fonoarticulatória,
transmitindo ao ouvinte franqueza, desejo de ser compreendido e clareza de
ideias. Quando esta é mal definida pode indicar dificuldades na organização
mental, não preocupação em ser compreendido ou falta de vontade de
comunicar-se.
O vocabulário é o elemento que traduz as ideias. O vocabulário deve
ser amplo no processo de comunicação, pois se for deficiente, este processo
será prejudicado. Mas vale ressaltar, que mais importante que se ter um
amplo vocabulário é saber utilizá-lo.
A expressão corporal é parte integrante da comunicação, e como tal,
se manifesta pela linguagem corporal. Esta tem como objetivo
complementar a mensagem, constituindo-se em comunicação não verbal.
Além da comunicação oral, a palavra escrita também faz parte da
comunicação verbal. Os principais meios de comunicação escrita são as
correspondências de modo geral (carta comercial, ofício, circular,
requerimento, telegrama, e-mail, fax, quadro de avisos, jornal-mural,
cartazes/banner, folder, comunicado para a imprensa, boletim, jornal de
empresas, relatório).
Para enfatizar a importância da comunicação verbal, o autor emprega a
linguagem
A) denotativa, para demonstrar fidelidade ao sentido que deseja expressar.
B) figurada, com base no exagero para enfatizar o sentido proposto.
C) jornalística, para descrever o âmbito em que se insere a afirmação feita.
D) popular, para atingir o maior número possível de leitores.
E) coloquial, própria das reflexões de caráter informativo.
㉗
Considere as proposições.
I. O humor da tirinha tem motivo linguístico, pois decorre de uma
paronomásia (trocadilho ou jogo de palavras).
II. Haroldo entendeu que se tratava de uma pessoa mal-educada e violenta.
III. O motivo do humor da tirinha é próprio da língua falada e não ocorreria
na escrita.
Estão corretas as afirmações
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
No meio dessa linguagem nova, a temática abordada é existencialista, com
as indagações universais do ser humano: o sentido da vida e da morte, a
existência ou não de Deus e o diabo, o significado do amor, da ambição, do
ódio.
Leia um trecho do conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”.
Mas o preto que morava na boca do brejo, quando calculou que os
outros já teriam ido embora, saiu do seu esconso, entre as taboas, e subiu
aos degraus de mato do pé do barranco.
Chegou-se. Encontrou vida funda no corpo tão maltratado do homem
branco; chamou a preta, mulher do preto que morava na boca do brejo, e
juntos carregaram Nhô Augusto para o casebre dos dois, que era um cofo de
barro seco, sob um tufo de capim podre, malerguido e mal avistado, no meio
das árvores, como um ninho de maranhões.
E o preto foi cortar padieiras e travessas, para um esquife, enquanto a
preta procurava um coto de vela benta, para ser posta na mão do homem,
na hora do “Diga Jesus comigo, irmão”...
Mas, nessa espera, por surpresa, deu-se que Nhô Augusto pôs sua
pessoa nos olhos , e gemeu:
— Me matem de uma vez, por caridade, pelas chagas de Nosso Senhor...
Depois, falou coisas sem juízo, para gente ausente, pois estava
lavorando de quente e tinha mesmo de delirar.
— Deus que me perdoe, — resmungou a preta, — mas este homem
deve de ser ruim feito cascavel barreada em buraco, porque está variando
que faz e acontece, e é só braveza de matar e sangrar... E ele chama por
Deus, na hora da dor forte, e Deus não atende, nem para um fôlego, assim
num desamparo como eu nunca vi!
Mas o negro só disse:
— Os outros não vão vir aqui, para campear defunto, porque a
pirambeira não tem descida, só dando muita volta por longe. E, como tem
um bezerro morto, na biboca, lá de cima vão pensar que os urubus vieram
por causa do que eles estão pensando...
Nessa obra o emprego constantemente de coloquialismos. Assinale a
alternativa em que se encontre um exemplo de coloquialismo extraído do
fragmento.
A) “saiu do seu esconso, entre as taboas”
B) “no meio das árvores, como um ninho de maranhões”
C) “para campear defunto”
D) “Depois, falou coisas sem juízo”
E) “Mas o negro só disse”
㉙
Alberto Ribas é um artista que trabalha com o movimento do
corpo no que este tem de pureza. Após o seu rompimento com
“a dança moderna tradicional”, Ribas vem desenvolvendo uma atividade
pioneira em termos de Brasil, que é a ação do corpo evitando toda espécie
de representação para se restringir às suas possibilidades naturais e simples.
Na cultura ocidental, esses movimentos naturais do corpo sempre estiveram
sobrepujados pela ditadura da arte figurativa. Alberto Ribas abandonou esta
arte porque ela ficou eternamente determinando ao corpo de cada
dançarino a submissão aos gestos que aludissem a estados de ânimo, que
contassem histórias, que representassem os mitos ou que descrevessem a
música.
Na História da Arte, é comum que um grupo dominante imponha suas
crenças e valores como traços fundamentais para o reconhecimento das
manifestações artísticas. Infere-se que, em relação a isso, Alberto Ribas
A) interessa-se em descrever, com precisão, ideias e situações através do
uso intermediário do corpo.
B) dedica-se ao reconhecimento das posturas do corpo, sem levar em conta
a funcionalidade ideológica.
C) acredita que, em termos de manifestações artísticas, não deve haver
diversidade cultural.
D) procura orientar a estética de sua dança no sentido da manutenção de
uma cronologia no discurso.
E) empresta o corpo para a preservação de uma leitura acadêmica para as
manifestações corporais.
㉚
A tirinha sugere que
㉘
Na obra de Guimarães Rosa, prosa e poesia confundemse. Ele estiliza o linguajar sertanejo, recria e inventa palavras,
mescla arcaísmos com vocábulos eruditos, populares e modernos. O autor
acabou se fazendo um escritor antiurbano. Costuma ser enquadrado na
terceira fase do modernismo. Mas embora de caráter regionalista, seus
textos superam o regionalismo tradicional, que ora idealizava o sertanejo,
ora se comprazia com aspectos meramente pitorescos, com o realismo
documental ou com a transcrição da linguagem popular e coloquial.
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C) a alienação da mulher por quem o personagem nutria amor.
D) a impossibilidade de comunicar as palavras de amor.
E) o sofrimento de amar e não ser amado.
㉜
A) os hackers, assim como os bárbaros (hunos e godos), são considerados
invasores.
B) os bárbaros (hunos e godos) e os hackers representam elementos de luta
contra os sistemas governamentais.
C) as tecnologias destrutivas eram controladas pelos bárbaros (hunos e
godos), assim como o são hoje pelos hackers.
D) a principal diferença entre os hackers e os bárbaros (hunos e godos) é a
compleição física.
E) os bárbaros (hunos e godos) eram os hackers de seu tempo, conforme dá
a entender a onomatopeia hack.
PALAVRAS DE AMOR
A mão, saindo do bolso com o lenço, trouxe junto um punhado de
palavras soltas que, ao cair, esparramaram-se pelo chão.
Esse não era o propósito do dono da mão, que apenas queria tirar o
lenço para limpar as lentes dos óculos. Foi uma cena muito constrangedora,
porque o amigo, naquele momento voltando da caixa onde fora comprar
fichas para o café, acabou vendo as palavras caindo no chão. O dono delas e
da mão que as derrubou de maneira tão desastrosa em lugar e hora
inoportunas ficou vermelho de vergonha. Além do amigo, mais gente viu
aquilo. E ajudaram a apanhar as palavras do chão espalhadas por todos os
cantos do bar como contas de um colar que se parte. Algumas voltaram
quebradas em duas ou mais letras pela queda e trituradas sob os pés
descuidados dos fregueses. Eram palavras de amor. Desse tipo de amor que
a gente só expressa com palavras quando se encontra no ponto mais alto da
paixão. Ele, o dono dessas palavras, atingira esse ponto. E seus bolsos
estavam cheios de palavras sobre o assunto. Elas precisavam ser entregues à
destinatária. Com urgência.
Ela não foi ao encontro. Procurou o amigo que já havia saído sem
deixar recado para onde. O dono das palavras estava só. Foi até a casa dela.
Não sabiam informar onde havia ido. Ficou esperando na esquina e eram
mais de duas horas quando um senhor que passou por ali lhe perguntou se
eram dele aquelas palavras caídas no chão. Agradeceu sem jeito e as
apanhou, mas em todos os bolsos do paletó, calça e camisa não mais havia
lugar para elas, que começavam a transbordar. Voltou para casa com as
palavras nas mãos. Quando entrou em seu quarto, já eram tantas, que ele as
segurava arcado fechando-se entre o peito e os braços. Jogou-as sobre a
mesa. O resto da noite, ou melhor, da madrugada, passou acordado
esforçando-se para não produzir mais palavras. Mas elas continuavam
brotando sem cessar. Deixou a cama, foi até o telefone. Ela não havia
chegado. O caminho entre seu quarto e a sala onde estava o telefone ficou
forrado de palavras que caíam pesadas nos tapetes macios. E nasciam
maiores, uma só delas não caberia agora no bolso mais largo de seu paletó.
Para que sua mãe não visse ao se levantar, e isso seria dentro de uma hora e
pouco, ele começou, com dificuldade, a pegar todas que estavam jogadas
pela sala e foi levando para o quarto. Mas,
quando se abaixava para apanhar uma, outras caíam de seu corpo, tendo
mesmo uma de tão grande e pesada lhe ferido o pé em que bateu. Tentou
então pegar na cozinha um puxador de água. De nada serviu dado o
tamanho das últimas palavras que surgiam.
O melhor que tinha a fazer, portanto, era deixar na cozinha, corredor
e sala aquelas que por ali ficaram e foi correndo trancar-se no quarto. Abriu
a janela, mas, ao se debruçar para prender do lado de fora as folhas da
veneziana, várias palavras do tamanho de um sapato desprenderam-se, indo
bater lá embaixo, na coberta de zinco da garagem, fazendo grande barulho.
Imediatamente, com receio de ser visto, fechou a janela novamente e, ao
dirigir-se à cama onde pretendia dormir para livrar-se do fluxo crescente das
palavras, tropeçou numa delas, foi ao chão, enquanto outras, de mais de
meio metro de espessura e pesando quase seis quilos, surgiam,
amontoando-se sobre seu corpo. Que ali ficou soterrado. E assim sua mãe
encontrou o filho que morreu de amor.
(Nelson Coelho)
㉛
O que matou o protagonista do texto foi:
A) a ausência de domínio do protagonista sobre si mesmo.
B) o peso do amor na vida do homem moderno e solitário.
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Leia as afirmativas sobre o texto e a seguir marque a resposta
correta:
I) O texto centra-se apenas no protagonista;
II) O tempo parece limitar-se em algumas horas em que a amada não
comparece ao encontro.
III) O trecho “Esse não era o propósito da mão...” (2º parágrafo), mostra que
a mão fez algo que seu dono desejava fazer.
IV) O texto mostra que o protagonista não tem nenhum autocontrole em
relação ao amor.
Estão corretas:
A) I, II, IV.
B) I, III.
C) III, IV. D) II, III, IV. e) IV.
㉝
Enumere os trechos a seguir na ordem gradual em que se
evidencia a força das palavras de amor diante do protagonista.
( ) “... ele as segurava arcado.”
( ) “... que começavam a transbordar.”
( ) “O caminho (...) ficou forrado de palavras...”
( ) “... como contas de um colar que se parte.”
( ) “... surgiam amontoando-se sobre seu corpo.
A) 24315
B) 32154
C) 34125 D) 54123 E) 31245
㉞
À televisão
Teu boletim meteorológico
me diz aqui e agora
se chove ou se faz sol.
Para que ir lá fora?
A comida suculenta
que pões à minha frente
como-a toda com os olhos.
Aposentei os dentes.
Nos dramalhões que encenas
há tamanho poder
de vida que eu próprio
nem me canso em viver.
Guerra, sexo, esporte
– me dás tudo, tudo.
Vou pregar minha porta:
já não preciso do mundo.
(PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992. p. 71.)
Entre os procedimentos de construção do texto literário, o autor usou, no
texto:
A) a metalinguagem, pois faz uma análise do papel da televisão.
B) a linguagem coloquial, uma vez que a televisão é um meio de
comunicação de massa.
C) a ironia, ao apresentar o domínio que a televisão exerce, provocando a
passividade do público.
D) a ode, uma vez que faz exaltação das qualidades da televisão,
homenageando-a.
E) a gradação, representada pelos elementos: guerra, sexo, esporte (v. 13).
Poema para as próximas duas questões.
Valsa
Fez tanto luar que eu pensei nos teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos,
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.
Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas.
Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege
e estudo apenas o ar e as águas.
Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias fora do mundo...
- Os ares fogem, viram-se as águas,
mesmo as pedras, com o tempo, mudam.
MERELES, Cecília. Valsa In: Obra poética. Rio de Janeiro, Aguilar, 1958. p. 52.
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㉟
A partir do poema apresentado, é válido afirmar que a poética
de Cecília Meireles se caracteriza essencialmente:
A) Pela possibilidade de superação de todos os conflitos.
B) Pela musicalidade, preocupação com a fugacidade do tempo e a
precariedade das coisas e dos seres.
C) Pela exaltação da existência terrena.
D) Pela exploração da realidade cotidiana.
E) Pela exploração do aspecto formal do poema.
Em relação ao poema, considere as seguintes afirmações.
㊱
I - As imagens são construídas sobre três constantes cecilianas:
oceano, espaço, solidão.
II - Os elementos da natureza simbolizam a fugacidade da existência, cuja
culminância se expressa no último verso.
III - O vento reconstitui o amor do passado, as pedras frias simbolizam a
solidão do presente.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III. E) I, II e III.
㊲
Nesta charge notamos a presença de um processo social
bastante marcante.
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é,
Sentir, sinta quem lê!
Sobre isso, assinale a alternativa que o indica.
A) Assimilação.
B) Cooperação.
C) Isolamento.
D) Competição. E) Adaptação.
㊳
Leia a charge:
I) A tira explora a intertextualidade de modo jocoso, uma vez que transporta
o(s) poeta(s) para um contexto prosaico atual, não relacionado aos temas da
poesia de Fernando Pessoa.
II) Os versos de Fernando Pessoa fazem alusão a um jogo de máscaras que
também pode ser identificado na tirinha de Custódio.
III) Tanto na tira quanto no poema nota-se a presença da metalinguagem
como recurso estilístico.
A sequência das alternativas correta é:
A) Somente as afirmativas I e III são corretas.
B) Somente as afirmativas I e II são corretas.
C) Somente a afirmativa II é correta.
D) Somente a afirmativa III é correta.
E) Todas as afirmativas são corretas.
㊵
Notamos nela a presença de um processo social importante para a
compreensão das mudanças e/ou transformações que ocorrem de forma
contínua e que refletem determinados tipos de relações sociais entre os
indivíduos e os grupos. Sobre isso, assinale a alternativa correta.
A) O processo social nela apresentado é denominado conflito, pois destaca
um grupo em rivalidade, buscando uma educação mais justa.
B) A cidadania produzida pela educação é um processo dissociativo e se
encontra em constante transformação.
C) A cooperação na construção de uma educação cidadã permite que dois ou
mais indivíduos atuem em conjunto para tornar o seu grupo mais atuante na
formação de uma sociedade mais justa.
D) A diversidade ideológica no grupo social permite uma maior coesão dos
seus membros na cooperação por uma educação de qualidade e cidadã.
E) Numa competição como a da charge, notamos uma necessidade de formar
subgrupos que permitem uma cidadania igual para todos.
㊴
Em seu trabalho, um executivo passa a maior parte do tempo
sentado em uma cadeira, examinando documentos espalhados
ao longo de sua mesa, onde há telefones, computadores, blocos de papel,
canetas e uma série de pequenos objetos de uso cotidiano. Nos fins de
semana, como uma maneira de compensar o sedentarismo, ele, exatamente
aos sábados, joga uma partida de futebol – e isso ele já faz há dois anos.
Quanto ao conjunto dessas informações, é correto afirmar que o executivo
A) está correto, pois não se entrega, com tal procedimento, de todo ao
sedentarismo.
B) procede de modo equivocado, pois seria mais eficiente uma prática diária
de exercício.
C) deve servir de exemplo aos que não fazem qualquer esforço para
movimentar o corpo.
D) mostra bom senso ao escolher um esporte coletivo, pois, assim, regula os
esforços corporais.
E) aponta soluções práticas para resolver um problema cotidiano: o
sedentarismo em profissões.
Considere a tirinha e o poema abaixo.
㊶
Assinale abaixo a alternativa incorreta sobre o poema.
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A) As transformações a que é submetido o slogan do refrigerante (“beba
coca-cola”) fazem do texto uma espécie de propaganda irônica ou
antipropaganda.
B) Os verbos do texto são antitéticos, opostos, e constituem anagramas, isto
é, cada um resulta da transposição das letras do outro.
C) O objetivo do texto – a ampliação do consumo – é adequado ao momento
de desenvolvimento econômico que o País conheceu na década de 1950.
D) O texto exemplifica algumas propostas do movimento concretista, tais
como a utilização do espaço tipográfico e a disposição geométrica dos
vocábulos.
E) O texto extrai do slogan publicitário sentidos negativos em relação à
bebida, culminando na sugestão de sujeira, imundície.
㊷
Leia o poema Siderações, de Cruz e Sousa.
“Para as estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados,
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo...
Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de visões levanta...
E as ânsias e desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da eternidade que nos astros canta...”
A respeito do poema, é correto afirmar que:
A) o poeta idealiza seus desejos, projetando-os para uma instância
inatingível.
B) o poema emprega descrições nítidas que garantem uma compreensão
exata dos versos.
C) o poeta expõe a sua avaliação sobre a realidade objetiva, utilizando
imagens da natureza em linguagem precisa e direta.
D) o poema, em forma de epigrama, traduz uma visão materialista do amor e
da sensualidade.
E) se trata da descrição de fantasias e alucinações apresentadas nos moldes
de ficção científica.
㊸
Oh! Que saudades
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá de cidade
Tão escuro não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão!
Os versos acima ilustram características do Arcadismo:
A) exaltação à natureza da terra natal.
B) declarada contenção dos sentimentos.
C) expressão de sentimentos universais.
D) volta ao passado para escapar das agruras do presente.
E) oposição entre o campo e a cidade.
㊹
Na tira do cartunista argentino Quino, utilizam-se recursos
gráficos que lembram o cinema.
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A associação com a linguagem artística do cinema, que lida com o
movimento e com o instrumento da câmera, é garantida pelo
procedimento do cartunista demonstrado a seguir:
A) ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir ação.
B) ampliar a imagem da mulher para indicar aproximação.
C) destacar a figura da cadeira para indiciar sua importância.
D) apresentar a sombra dos personagens para sugerir veracidade.
E) apresentar personagens e movimento para destacar as cenas.
㊺
Visão 1944
Meus olhos são pequenos para ver
a massa de silêncio concentrada
por sobre a onda severa, piso oceânico
esperando a passagem dos soldados.
Meus olhos são pequenos para ver
luzir na sombra a foice da invasão
e os olhos no relógio, fascinados,
ou as unhas brotando em dedos frios.
Meus olhos são pequenos para ver
o general com seu capote cinza
escolhendo no mapa uma cidade
que amanhã será pó e pus no arame.
Meus olhos são pequenos para ver
a bateria de rádio prevenindo
vultos a rastejar na praia obscura
aonde chegam pedaços de navios.
[...]
Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre o
texto de Carlos Drummond de Andrade.
I. O poeta admite a sua incapacidade de compreender os motivos que
estimulam a guerra.
II. A escolha do general é precedida por uma reflexão profunda e abalizada.
III. “Massa de silêncio concentrada”, “foice da invasão”, “pó e pus no arame”
são imagens que sugerem, respectivamente, o momento anterior ao ataque,
a luta e sua consequência.
IV. A repetição do primeiro verso em todas as estrofes, o rigorismo da
metrificação e o esquema de rimas são elementos característicos deste
poema.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que somente estão corretas:
A) I e II
B) I e III
C) I e IV
D) II e IV
E) III e IV
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o
tema Muito além do aumento das tarifas de ônibus, apresentando proposta
de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO MOTIVADOR I
Em junho de 2013, o Brasil parou para ver o que há muitos anos não
acontecia no País: protestos capazes de mobilizar grandes cidades e chamar
a atenção de todo o mundo. Iniciadas a partir do aumento das tarifas do
transporte coletivo, as manifestações ganharam dimensões cada vez
maiores, sendo realizadas até mesmo fora do País, por brasileiros que estão
no exterior. O número de cidades que se uniram aos protestos aumentou,
assim como as motivações, que vão muito além do aumento das tarifas de
ônibus. Agora têm espaço brados contra corrupção, má qualidade dos
serviços públicos, inflação, gastos para a Copa e muitos outros.
Entre os manifestantes, estão principalmente jovens e estudantes,
que cada vez mais aderem aos protestos organizados pelo Movimento Passe
Livre. Do primeiro ao quinto grande ato em São Paulo, a quantidade de
participantes deu um salto de 3 mil (segundo organizadores) para 65 mil
(Datafolha). Mas a polêmica em torno das manifestações também é grande.
A seguir, saiba um pouco mais sobre o que está em jogo.
TEXTO MOTIVADOR II
O que se diz por aí
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Comentário do Dr. Jairo Bouer, psiquiatra especialista em comportamento
jovem:
Nas últimas semanas, a gente viu, nas ruas, o Brasil mudar. Depois de
décadas de apatia, os jovens se mobilizaram para protestar contra o que
consideram injusto: transporte público caro, truculência da polícia, lei que
limita o poder de investigação do Ministério Público, corrupção e
impunidade dos políticos, gastos exorbitantes com a Copa do Mundo, tudo
isso enquanto as pessoas sofrem para pagar seus impostos e suas contas.
Motivos não faltam!
No meio da manifestação, grupos com objetivos distintos, que
destoam da massa que protesta de forma pacífica, aproveitaram-se da
situação de aglomeração e "camuflagem" para quebrar, pichar, incendiar e
roubar. Nada a ver! A gente também quer justiça, paz e um basta à violência
que impera no país. Mais um objetivo para se agregar às manifestações:
isolar quem delas se aproveita para benefício próprio e escuso! Esse tipo de
ação só diminui o brilho dos que marcham para tentar mudar o país.
(publicamente) de erro na análise inicial do movimento (Arnaldo Jabor). Mas
tudo isso pode ser reduzido à uma insatisfação momentânea caso não se
trace objetivos mais claros e alvos mais precisos, além de esvaziamento do
movimento e a perda do apoio popular. Pois se ao confirmar as reduções
houver relaxamento, a corrupção continuará em níveis absurdos, então, as
urnas no próximo ano serão um termômetro para ver os efeitos dos
acontecimentos que estamos presenciando. É o momento em que a
memória não poderá ser curta.
http://www.educacional.com.br/foruns/responder.asp?id=514277&idr=8593
7&uni=&rota=&idEtapa=#visualizado
TEXTO MOTIVADOR IV
Ponto de vista do cartunista Ziraldo:
Acho que foi Bernard Shaw quem disse mais ou menos isto: os
homens de bem (!) aceitam o mundo – ou as coisas – como elas são; só os
jovens querem mudar o mundo. Portanto, toda a evolução depende dos
jovens. Creio que ele falava de loucos, mas a ideia serve para o que está
acontecendo agora.
Um milhão de assinaturas não constrangeriam o Congresso na
votação do PEC 37, da mesma maneira que esse Congresso – que não muda
nunca – não se sentiu obrigado a atender ao apelo de 10 milhões de
brasileiros que foram às ruas pelas Diretas. Acredito que o rio de luz dos
meninos ocupando toda a Avenida Rio Branco, numa marcha que começou
em São Paulo e tomou todo o Brasil, vá iluminar a obscura e dura cabeça dos
congressistas, que, certamente, sem esse movimento, iriam calmamente
trair o povo outra vez. Será preciso ainda muita luta para que a decência e a
dignidade se instalem na Praça dos Três Poderes.
Com a palavra, o educador Celso Antunes:
Com sentimentos que se alternam entre alegria e apreensão, assisto à
onda de manifestações e protestos que, nos últimos dias, mobiliza parte das
grandes cidades do País, contaminando de forma progressiva e imediata
também municípios do nosso interior.
Alegria e um tímido alento de civismo, por perceber que a juventude
brasileira (figura proeminente nessas manifestações) se movimenta contra
situações de abuso civil e contra a representação do povo, expressando sua
força e sua decepção. Uma força que as redes sociais expandem e que
quebra o estereótipo do brasileiro como um povo alienado, distante e
facilmente conduzido.
Mas esses sentimentos se alternam com o de apreensão: em primeiro
lugar, pela facilidade com que essas ações se fazem permeáveis a infiltrações
de grupos oportunistas, hordas vandálicas e indivíduos que, distantes da
causa reivindicada, agem com agressividade, saqueiam e afrontam as
instituições. A apreensão se intensifica quando temo que a facilidade de
mobilização colocada hoje a serviço da juventude possa também abrigar logo
mais causas preconceituosas e exclusivas, assumindo a forma de protesto
contra alguém de que não se gosta, independentemente das razões dessa
aversão. Gostaria, como educador, que o vigor cívico se fizesse sempre
associar a sentimentos de respeito ao outro, à propriedade alheia e,
sobretudo, ao direito constitucional à diversidade e de aceitar como
elemento de convivência os grupos que acreditamos diferentes.
TEXTO MOTIVADOR III
As mudanças só serão substanciais se o povo enraizar em sua cultura
a prática de sair às ruas quando insatisfeitos. O que não será fácil, uma vez
que em um país de maioria analfabeto funcional, a TV é a principal ou única
fonte de informação e, como de costume, banaliza as cenas de violência,
nutrindo antipatia pelos movimentos reivindicatórios. Mas os últimos
acontecimentos mostrou que muita gente não se guia pela TV e por outro
lado, na medida que os protestos foram tomando proporções maiores e
ficaram evidentes os excessos na repressão, a mídia em geral passou a ser
mais branda no tratamento com o movimento, chegando até a ter admissão
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TEXTO MOTIVADOR V
Minhas amigas e meus amigos,
Todos nós, brasileiras e brasileiros, estamos acompanhando, com
muita atenção, as manifestações que ocorrem no país. Elas mostram a força
de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar.
Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política,
poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não
conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas, se
deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas
desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo
o risco de colocar muita coisa a perder.
Como presidenta, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas,
como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos primados da
lei e da ordem, indispensáveis para a democracia.
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O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também
está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar
onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos
que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a
democracia – o poder cidadão e os poderes da República.
Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar
tudo, de propor e exigir mudanças, de lutar por mais qualidade de vida, de
defender com paixão suas ideias e propostas, mas precisam fazer isso de
forma pacífica e ordeira.
O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria
violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque
templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos
principais centros urbanos. Essa violência, promovida por uma pequena
minoria, não pode manchar um movimento pacífico e democrático. Não
podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Todas as
instituições e os órgãos da Segurança Pública têm o dever de coibir, dentro
dos limites da lei, toda forma de violência e vandalismo.
Com equilíbrio e serenidade, porém, com firmeza, vamos continuar
garantindo o direito e a liberdade de todos. Asseguro a vocês: vamos manter
a ordem.
Trecho do pronunciamento da Presidenta da República, Dilma Rousseff, em
cadeia nacional de rádio e TV.
TEXTO MOTIVADOR VI
INSTRUÇÕES:

O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30
linhas.

A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada
“insuficiente” e receberá nota zero.

A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativoargumentativo receberá nota zero.

A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os
direitos humanos receberá nota zero.

A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou
do Simulado terá o número de linhas copiadas desconsideradas para
efeito de correção.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Profº Darlan Moutinho
01.
Controle de desmatamento na Amazônia
O Estado brasileiro tem tomado medidas para reduzir o desmatamento da
floresta amazônica. Em 2003, foi criado o Grupo Permanente de Trabalho
Interministerial (GPTI) com o objetivo de propor medidas e coordenar
Em uma fotografia feita de um satélite, um trecho retilíneo de uma estrada
que mede 12,5 km aparece medindo 5 cm. Assim, nessas condições a
fotografia está na escala de:
a) 1 : 250.000
b) 1 : 240.000
c) 1 : 270.000
d) 1 : 251.000
e) 1 : 257.000
02. O Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real) é um
levantamento rápido feito mensalmente pelo Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais) desde maio de 2004. Ele foi desenvolvido
como
um
sistema de alerta
para
suporte
à
fiscalização
e controle de desmatamento.
Tomando como base a escala da fotografia da questão anterior, um
pesquisador do Inpe verifica uma área queimada com 9 cm2. Assim, a área
real aproximada desta queimada é:
a) 58 km²
b) 57 km²
c) 51 km²
d) 59 km²
e) 56 km²
03.
Compras de natal
João saia às compras no mês de dezembro pra comprar os presentes de natal
dos seus filhos. Após fazer uma pesquisa verificou que os melhores preços
estavam na loja “O BOM VELHINHO” onde todos os brinquedos eram
vendidos com um desconto de 3% em relação aos preços da concorrência.
Assim, o valor a ser pago após um desconto de 3% sobre o valor x do
brinquedo é:
a) 0,03.x
b) 0,97x
c) 0,87x
d) 0,76x
e) 0,32x
ações de redução dos índices de desmatamento na Amazônia Legal.
04. O gráfico a seguir representa, em milhares de toneladas, a produção no
estado do Ceará de um determinado produto agrícola entre os anos de 1990
e 1998.
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d) 37.268.000
e) 36.288.000
10.
Analisando o gráfico, observa-se corretamente que a produção:
Na realização de um concurso público foram levantados os seguintes
dados:
a) foi crescente entre 1992 e 1995.
b) teve média de 40 mil toneladas ao ano.
c) em 1993 teve acréscimo de 30% em relação ao ano anterior.
d) a partir de 1995 foi decrescente.
e) teve média de 50 mil toneladas ao ano.
 40% dos candidatos inscritos são homens e 60% são mulheres.
 70% dos homens já tem emprego;
05. Uma determinada liga metálica é composta de cobre, estanho e Zico.
Nela existem 2 partes de estanho para 5 partes de cobre e 3 partes de zinco
para 15 partes de cobre. Qual a razão entre a quantidade de zinco e a de
estanho na liga?
a) 2/1
b)
2/3
c) 1/2
d)
3/2
 50% das mulheres já tem emprego.
Com base nos dados acima, a comissão do concurso determina o percentual
de candidatos inscritos que já tem emprego. Assim, assinale esse percentual.
e) 3/4
06. Uma pessoa, em repouso, respira 17 vezes por minuto e cada vez inala
0,6 litros de ar. Do ar respirado 1/5 é de oxigênio, que será absorvido pelo
organismo. Do total de oxigênio absorvido somente 1/5 chega à corrente
sangüínea. Quantos litros de oxigênio entram na corrente sangüínea em
1(uma) hora?
a) 24,28
b) 24,18
c) 24,08
d) 24,48
e) 24,38
07. Um investidor decidiu aplicar certa quantia em ações de uma empresa.
Após um mês o valor destas ações subiu 5%. No segundo mês subiu 10% e no
terceiro mês caiu 5%. A percentagem de ganho do investidor nestes três
meses foi:
a) Maior do que 12%
b) Entre 10 e 12%
c) Igual a 10%
d) Entre 8 e 10%
e) Abaixo de 8%
08.
a) 56%
b) 76%
c) 34%
d) 58%
e) 43%
11.
Vespas podem substituir agrotóxicos no combate às pragas nas lavouras
Uma vespa pode mudar o panorama das lavouras. Apontada pela revista Fast
Company como uma das 50 empresas mais inovadoras do mundo, a Bug
Agentes Biológicos, de Piracicaba, em São Paulo, oferece uma alternativa
sustentável para o combate às pragas. Com a técnica, uma cartela pequena
de papelão contendo ovinhos de vespas pode proteger 1 hectare de uma
plantação.
Porém, esse estudo não chegou a todos os produtores. Fazendo com que os
mesmo continuem a utilizarem os agrotóxicos. Na lavoura de seu Joaquim
uma população de insetos é inversamente proporcional à quantidade de
agrotóxicos utilizada para combatê-la. Quando se utilizou 10 litros de
agrotóxico a população restante foi estimada em 2000 insetos. Quantos
litros de agrotóxicos deveriam ter sido utilizados para que a população de
insetos fosse reduzida a 400?
a) 20
b) 40
c) 50
d) 70
e) 87
12. A valorização da moeda americana é algo impressionante. Imaginem que
em um determinado período o valor do dólar, em reais, subiu 15% num dia e
20% no outro dia. No intervalo desses dois dias, o dólar subiu:
A avaliação da frequência cardíaca é fundamental para que um atleta de alta
performance tenha resultados cada vez mais expressivos. Assim, sabendo
que o coração de um homem adulto bate uma média de 70 vezes por
minuto. Qual, dentre as alternativas abaixo, a que representa o número de
batidas do coração do homem adulto, em um ano?
a)
b)
c)
d)
e)
32,2%
32,0%
33,2%
34,2%
38,0%
a) 39.288.000
b) 36.298.000
c) 36.287.000
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13. Dan, gerente de uma loja, resolve reajustar os preços em 30%. Porém,
após o aumento houve uma queda nas vendas. Numa reunião resolveu voltar
para os preços praticados antes do aumento. Jorge, subgerente da loja
perguntou para Dan: “Em relação aos preços aumentados, qual o percentual
de redução?”. Assinale a alternativa que corresponde a resposta correta
dada por Dan.
para 321,9 milhões em abril de 2001. Nesse período, o tamanho da frota de
veículos mudou pouco, tendo no final de 2008 praticamente o mesmo
tamanho que tinha em 2001. O gráfico a seguir mostra um índice de
produtividade utilizado pelas empresas do setor, que é a razão entre o total
de passageiros transportados por dia e o tamanho da frota de veículos.
a) 23%
b) 25%
c) 45%
d) 56%
e) 76%
14. Segundo a Sabesp, para se produzir mil quilogramas de papel é
necessária a utilização de 380 000 litros de água. Sendo assim, para se
produzir um quilograma de papel são utilizados x metros cúbicos de água. O
valor de x é
a) 3 800.
b) 380.
c) 3,8.
d) 0,38.
e) 0,038
15. Ao comprar um objeto à vista, um cliente obteve um desconto de 20%.
Ao chegar ao caixa, o mesmo cliente foi premiado com um novo desconto de
15%, sobre o valor resultante do desconto anterior. Qual o desconto total, na
forma percentual?
a) 34
b) 35
c) 33
d) 32
e) 24
Supondo que as frotas totais de veículos naquelas regiões metropolitanas em
abril de 2001 e em outubro de 2008 eram
do mesmo tamanho, os dados do gráfico permitem inferir que o total de
passageiros transportados no mês de outubro de 2008 foi aproximadamente
igual a
a) 355 milhões.
b) 400 milhões.
c) 426 milhões.
d) 441 milhões.
e) 477 milhões.
18. Um portão está fixo em um muro por duas dobradiças
A e B, conforme mostra a figura, sendo P o peso do portão.
16. O TQC, ou Total Quality Control (Controle de Qualidade Total, é
um sistema de gestão da qualidade que busca transcender o conceito de
qualidade aplicada ao produto. No TQC a qualidade é entendida como a
superação das expectativas não apenas do cliente, mas de todos os
interessados (stakeholders). Para compreender melhor vejamos um pouco
da evolução do conceito de qualidade.
O primeiro conceito relacionado à qualidade referia-se ao enquadramento
dos produtos/serviços dentro de suas especificações técnicas. Ou seja,
qualidade era igual à ausência de defeitos no produto final, o que, por sua
vez, era verificado na medida exata da intensidade de inspeções realizadas.
Mais tarde, o “controle estatístico do processo” permitiu a extensão do
conceito de qualidade ao processo, passando o controle da qualidade, a
englobar também as condições em que o produto é produzido. Entretanto, o
conceito de qualidade ainda passaria por mais algumas mudanças
incorporando o conceito de “custo da qualidade”, e depois de, “defeitoszero”, chegando enfim, a englobar a satisfação ou superação das
expectativas de todos os interessados, inclusive os clientes (internos e
externos).
Um empresa que leva arrisca todas as recomendações do TQC (controle de
qualidade total) observa que em um de seus lotes de fabricação de 45
lâmpadas de LED, 15 apresentaram defeito.
Assinale é a razão entre o número de lâmpadas defeituosa e o total de
lâmpadas?
a) 26%
b) 22%
c) 33%
d) 25%
e) 21%
17. Dados da Associação Nacional de Empresas de Transportes
Urbanos (ANTU) mostram que o número de passageiros transportados
mensalmente nas principais regiões metropolitanas do país vem caindo
sistematicamente. Eram
476,7 milhões de passageiros em 1995, e esse número caiu
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Caso um garoto se dependure no portão pela extremidade
livre, e supondo que as reações máximas suportadas
pelas dobradiças sejam iguais,
a) é mais provável que a dobradiça A arrebente primeiro
que a B.
b) é mais provável que a dobradiça B arrebente primeiro
que a A.
c) seguramente as dobradiças A e B arrebentarão simultaneamente.
d) nenhuma delas sofrerá qualquer esforço.
e) o portão quebraria ao meio, ou nada sofreria.
19. Uma das figuras geométricas que podem ser criadas usando um processo
de repetição do mesmo modelo infinitas vezes e que, por isso, mantém a
mesma forma geométrica da figura inicial, é denominada fractal. Um
importante fractal é o “floco de neve”, obtido a partir de um triângulo
equilátero ao qual se acrescenta a cada lado do triângulo um novo triângulo
equilátero, cujo lado mede a terça parte do inicial. Repetindo-se esse
processo infinitamente, tem-se uma figura com perímetro infinito.
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a) I.
b) III.
c) IV.
d) I e II.
e) I e III.
Na figura abaixo, considere que o triângulo equilátero apresentado na fase
inicial tem 27 mm de lado.
Assim, as figuras apresentadas na fase 1 e na fase 2 têm, como perímetro,
respectivamente:
a) 96 mm e 108 mm.
b) 108 mm e 192 mm.
c) 144 mm e 192 mm.
d) 108 mm e 144 mm.
e) 96 mm e 144 mm.
23. Um faraó solicitou ao grego Tales de Mileto, em sua visita ao Egito, que
calculasse a altura de uma pirâmide. Esse fato ocorreu em torno do ano 600
a.c quando esse feito ainda não havia sido registrado por ninguém. Tales,
próximo da pirâmide em questão, enterrou parcial e verticalmente um
bastão no chão. Observando a posição da sombra, colocou o bastão deitado
no chão, a partir do ponto em que foi enterrado, e marcou na areia o
tamanho do seu comprimento. Feito isso, tornou a colocar o bastão na
posição vertical, mediu a sombra da pirâmide e acrescentou ao resultado a
metade da medida do lado da base da pirâmide. Explicou, então, aos
matemáticos que o acompanhavam que essa soma era a medida da altura
da pirâmide. Esse procedimento pode ser parcialmente visualizado na figura
abaixo:
20. Uma piscina de tamanho médio exposta ao sol e à ação do vento perde
por evaporação por mês aproximadamente 3.800 litros de água. Com uma
cobertura (encerado ou material plástico), a perda é reduzida em 90%.
Considerando um consumo médio de 2 litros/pessoa/dia e o mês de 30 dias,
Bia afirmou em seu blog que a economia de água resultante da cobertura em
uma piscina como a referida acima pode suprir as necessidades de água para
beber de uma família de quatro pessoas por, aproximadamente, 1 ano e
meio.Outros participantes do blog postaram seus comentários. Assinale o
comentário com argumento válido e que contém a resposta correta.
a) Discordo de Bia, pois, fazendo os cálculos, obtive 1 ano, 2 meses e 1
semana.
b) A Bia está certa, porque, em minhas contas, obtive 1 ano e meio.
c) A Bia se enganou, pois, fazendo os cálculos, o resultado correto é 1 ano, 2
meses e 25 dias.
d) Discordo de todos, em minhas contas obtive 1 ano, 1 mês e 2 semanas.
e) Bia, você errou por 3 meses. O certo é 1 ano e 3 meses.
21. Ao comprar um imóvel, um investidor verifica que, no desenho da planta,
feito na escala 1 : 150 , a garagem tem dimensões 6 cm x 4 cm. Se ele
pretende revestir o piso dessa garagem com lajotas quadradas de área 0,09
m² , quantas lajotas serão suficientes?
a) 150.
b) 300.
c) 450.
d) 600.
e) 700.
O principal fato matemático que pode explicar o raciocínio feito por Tales é
dado por:
a) Propriedades de ângulos retos.
b) Semelhança de triângulos.
c) Simetria entre os objetos e suas sombras.
d) Relações trigonométricas nos triângulos.
e) teorema de Pitágoras
24. Tales de Mileto, apontado como o primeiro matemático grego, viveu no
século VI a.C. Conhecido pelo teorema que leva seu nome e por ser atribuído
a ele o cálculo da altura da pirâmide de Quéops, é considerado também o
primeiro a obter a medida da distância entre um navio e o litoral. Para essa
situação se supõe que Tales tenha agido da seguinte forma: Indicando por A
o navio e tomando uma reta como a linha do litoral, marcou três pontos
sobre ela – um ponto B, tal que AB fosse perpendicular à reta, um ponto C
qualquer e um ponto D,
tal que BC = CD. Sobre o ponto C ele fixou um poste e, a partir de D,
caminhou perpendicularmente a CD, afastando- se do litoral, até que o poste
ficasse exatamente entre ele e o navio. Aí marcou o ponto E e afirmou que a
distância DE, na terra, era a distância do litoral ao navio.
22. Considere os gráficos que se seguem.
Podemos dizer que a afirmação de Tales é:
Entre esses gráficos, a relação entre a altura de uma pessoa e a sua idade
pode ser representada apenas por
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a) Verdadeira, porque sendo o ponto C médio do segmento BD e estar entre
o navio e Tales indica que ele também é ponto médio de AE.
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b) Falsa, porque ao escolher um ponto C qualquer sobre a reta o ponto E
também será qualquer e não poderá indicar a distância procurada.
c) Verdadeira, porque com esse procedimento ele visualizou dois triângulos
congruentes, o que garante a igualdade entre as medidas de AB e DE.
d) Falsa, porque não é possível garantir que os segmentos
AB e CD sejam perpendiculares à reta que indica o litoral.
e) Verdadeira, porque ter o poste na direção do navio
garante que não se perca o navio de vista.
25. Foi realizada uma manifestação para chamar a atenção das pessoas para
o problema do aquecimento global, em uma praça retangular de 250 metros
de comprimento por 50 metros de largura. Segundo os organizadores, havia,
em média, sete pessoas para cada 2 metros quadrados. Pode-se afirmar que
o número aproximado de pessoas presentes na manifestação foi de:
a) 25.610
b) 38.950
c) 43.750
d) 47.630
e) 51.940
26. Um tanque tem 2 torneiras e um ralo. A torneira A enche um tanque em
3 horas, e a torneira B, em 2 horas. O ralo esvazia o tanque em 6 horas.
Funcionando os três juntos, e o tanque estando vazio, o tempo para enchê-lo
será de:
a) 1 h e 40 min
b) 1 h e 30 min
c) 1 h e 40 min
d) 1 h e 48 min
e) 1 h e 42 min
27. Uma prestadora de serviços contábeis conclui 320 declarações de
imposto de renda – pessoa física, mantendo 6 funcionários trabalhando 8
horas por dia durante 10 dias. Durante quantos dias essa empresa precisará
trabalhar para concluir 280 dessas mesmas declarações de imposto, com 5
funcionários trabalhando 6 horas por dia?
a) 10.
b) 12.
c) 13.
d) 14.
e) 16.
28. Uma loja em liquidação baixou o preço de seus artigos em 20%. Passando
o período de desconto, para que voltem ao que eram antes, os preços
devem ser reajustados em:
a) 25%.
b) 20%.
c) 18%.
d) 15%.
e) 10%.
29. O número de horas trabalhadas em uma empresa deter mina seu
faturamento, em reais, e sua produção, em número de peças. O faturamento
f é dado por f = 150 t + 1 200, e o número de peças produzidas p, por p = 6 t,
em que o parâmetro t são as horas trabalhadas. Quais são o faturamento,
em reais, e o número de peças produzidas em 8 horas de trabalho?
a) f = 1 200; p = 48
b) f = 48; p = 2 400
c) f = 48; p = 1200
d) f = 2 400; p = 48
e) f = 48; p = 12 000
31. Elisa é dona de uma fábrica de brinquedos e duas lojas. Para analisar a
movimentação financeira no 1.o Trimestre de 2010 com a venda dos
brinquedos, organizou a seguinte tabela:
30. Acompanhando o crescimento do filho, um casal constatou que, de 0 a
10 anos, a variação da sua altura se dava de forma mais rápida do que dos 10
aos 17 anos e, a partir de 17 anos, essa variação passava a ser cada vez
menor, até se tornar imperceptível. Para ilustrar essa situação, esse casal fez
um gráfico relacionando as alturas do filho nas idades consideradas. Que
gráfico melhor representa a altura do filho desse casal em função da idade?
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Nesse período, a loja 1 e a loja 2 obtiveram lucro total em
reais, respectivamente, de:
a) 59 825 e 15 675
b) 69 825 e 22 675
c) 79 825 e 25 675
d) 89 825 e 26 675
e) 99 825 e 27 675
a) 24 500
b) 25 000
c) 220 500
d) 223 000
e) 227 500
Enunciado para os testes 36 e 37
32. Uma das regras existentes para o cálculo da dosagem de
medicação em crianças de até 12 anos, conhecida a dosagem média para
adultos, é a regra de Young, dada por
Supondo que o total de pessoas pesquisadas na região metropolitana de
Porto Alegre equivale a 250 000, o número de desempregados em março de
2010, nessa região, foi de
 x .D , em que d indica a

 x  12 
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cobrado
no início de cada ano, corresponde a 4% do valor de tabela dos veículos
movidos a gasolina e a 3% do valor de tabela dos veículos movidos a álcool.
d
dosagem para a crian ça, D indica a dose média para adulto e x, a idade da
criança, em anos. Um pediatra aplicou a regra de Young para obter a
dosagem de um medicamento a uma criança atendida em seu consultório e
obteve-se a dosagem exata de 6 mg. Sabendo-se que, para adultos, a
dosagem média desse medicamento é de 30 mg, a idade (em anos) dessa
criança é:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 6
e) 7
33. A temperatura do ar diminui de um grau a cada duzentos metros de
afastamento da superfície terrestre. Se a temperatura do ar na superfície for
de 23 graus, a uma altura de 12 quilômetros a temperatura do ar será de:
a) – 37 graus.
b) 30 graus.
c) – 30 graus.
d) 37 graus.
e) – 83 graus
34. Um grupo de adolescentes decidiu confeccionar camisetas iguais para
assistirem juntos aos jogos da copa. O preço inicial de cada camiseta era R$
20,00. No entanto, para o grupo, foi possível obter um desconto de 10% por
camiseta, de modo que o total gasto para confeccionar todas as camisetas,
uma para cada adolescente, foi de R$ 540,00. Sabendo-se que, no grupo, o
número de rapazes é o dobro do número de moças, qual é o número de
moças desse grupo?
a) 8
b) 9
c) 10
d) 12
e) 18
35. O gráfico seguinte foi gerado a partir de dados colhidos no conjunto de
seis regiões metro poli tanas pelo Depar ta mento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco nômicos (Dieese).
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(Lembrete: p% de x =
p
100
.x )
36. Sabendo-se que João pagará R$ 1 015,88 de IPVA do
seu veículo movido a gasolina, qual é o valor de tabela
desse veículo?
a) R$ 25 397,00
b) R$ 30 476,40
c) R$ 33 862,67
d) R$ 40 635,20
e) R$ 71 111,60
37. Se o carro de João fosse movido a álcool, o valor do IPVA
seria:
a) R$ 920,41
b) R$ 860,10
c) R$ 821,91
d) R$ 761,91
e) R$ 694,81
38. A descoberta de um planeta semelhante ao nosso, o GL581c, apelidado
pelos astrônomos de "Superterra", representa um salto espetacular da
ciência, na busca pela vida extraterrestre. Entre os mais de 200 planetas já
encontrados fora do sistema solar, ele é o primeiro que apresenta condições
para o surgimento de vida, pelo menos na forma como a conhecemos.
O astro que ilumina e aquece o GL581c é uma estrela anã vermelha, a
GLIESE 581. Ela tem 1/3 da massa do Sol. Adotando-se a massa do Sol como
1,98 . 1030 kg, a massa de GLIESE 581, em toneladas, é igual a 6,6
multiplicado por:
a) 109
b) 1010
c) 1012
d) 1026
e) 1027
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39. O anúncio colocado em uma placa informa que, durante as férias, as
bicicletas serão alugadas mediante o pagamento de uma taxa fixa de R$ 3,50,
acrescida de R$ 1,25 por hora de aluguel. A fim de determinar por quanto
tempo (t) uma pessoa pode alugar uma bicicleta, dispondo de R$ 20,00,
pode-se recorrer à equação:
Um crítico de arte, olha, através de uma câmara escura que tem 50cm de
comprimento, para um quadro pendurado de 3 metros de altura, cuja base
está a 1,20 metros acima do solo, conforme a figura a seguir:
a) 1,25 + 3,50 t = 20,00
b) 1,25 t – 16,50 = 0
c) 4,75 t – 20,00 = 0
d) 1,25 t = 18,75
e) 3,50 t = 16,50
40. Em 2005, a extensão da camada de gelo no Ártico foi 20% menor em
relação à de 1979, uma redução de aproximadamente 1,3 milhão de
quilômetros quadrados.
Sabendo-se que o quadro fornece uma imagem de 15 cm. A distância "x" da
câmara ao quadro (em metros) é:
(Veja, 21/06/2006.)
Com base nesses dados, pode-se afirmar que a extensão da camada de gelo
no Ártico em 1979, em milhões de quilômetros quadrados, era:
a) 5
b) 5,5
c) 6
d) 6,5
e) 7
a) 15
b) 3
c) 8
d) 12
e) 10
44. A figura abaixo representa um terreno de um loteamento na Praia de
Búzios.
B
Enunciado para as questões 41 e 42
Um advogado, contratado por Marcos, consegue receber 80% de uma
causa avaliada em R$ 200 000,00 e cobra 15% da quantia recebida, a título
de honorários.
41. A quantia, em reais, que Marcos receberá, descontada a
parte do advogado, será de:
a) 24 000
b) 30 000
c) 136 000
d) 160 000
e) 184 000
42. Que porcentagem, da causa avaliada em R$ 200 000,00,
Marcos consegue receber?
a) 40%
b) 51%
c) 62%
d) 68%
e) 72%
20 m
30 m
30 m
A
40 m
Como o formato do mesmo é um trapézio, Sr. João ficou em dúvida se
deveria ou não fechar a compra. Mais para ficar tranquilo, ele resolve
calcular o comprimento do segmento AB representado no esboço feito por
ele. Com dificuldade de determinar essa medida solicita ao seu neto para
determina-la. Assinale o valor aproximado encontrado pelo seu neto.
a) 24 m
b) 29 m
c) 34 m
d) 45 m
e) 76 m
45. Uma rampa de inclinação constante, como a que dá acesso ao Palácio do
Planalto em Brasília, tem 4 metros de altura na sua parte mais alta. Uma
pessoa, tendo começado a subi-la, nota que após caminhar 12,3 metros
sobre a rampa está a 1,5 metros de altura em relação ao solo.
43. O Presidente Fernando Henrique Cardoso abriu a exposição
"Modernistas, Modernismo", na noite de 4 de setembro, no Palácio do
Itamaraty, em Brasília. A mostra é composta por 36 quadros do acervo da
Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e ficará no Ministério das
Relações Exteriores até o próximo dia 26. Mais de 800 pessoas foram à
solenidade, que inaugurou as comemorações oficiais da Semana da Pátria.
(...)
Em seu discurso, a presidente do Conselho de Curadores da FAAP,
dimensionou o Modernismo num contexto abrangente: "Por detrás do
encontro com a brasilidade nas telas, nas formas, nas letras, havia um grito
dos modernistas, num clamor por um projeto nacional".
Quantos metros a pessoa ainda deve caminhar para atingir o ponto mais alto
da rampa?
a) 22,5 m
Estão expostos quadros de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e
outros artistas, selecionados entre as mais de duas mil obras do Museu de
Arte Brasileira (MAB) da FAAP.
("O Estado de São Paulo", 17/9/95)
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b) 23,5 m
c) 20,5 m
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d) 34,5 m
e) 23,4 m
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