TROVADORISMO Colégio Portinari Professora Anna Frascolla 2010 Em meados do século XII, Portugal se constitui como um estado independente = início de sua história literária. http://lh6.google.com/c.alberto.vaz /R9ARb0LuJeI/AAAAAAAAAOw/ _aOTZcgvx3w/Portugalem1249_t humb4_thumb%5B2%5D IDADE MÉDIA http://lh4.google.com/c.alberto.vaz/R9AR_ ULuJkI/AAAAAAAAAPg/znFE9D_d788/Pi rmidedosgrupossociaissecXII_thumb3 http://img291.imageshack.us/img291/33 26/piramedemv3.png OS TROVADORES http://tbn0.google.com/images?q=tbn:iIvENFiTp DqxFM:http://bp3.blogger.com/_pn8WzwbRRz4/ RgCPjAOx47I/AAAAAAAAAAU/uiCe9aGS7Ak/ s320/trovadorismo.JPG Os poetas da Idade Média eram conhecidos como TROVADORES. Trobadeur significa “achar”, “encontrar”. Cada poeta deveria “achar” uma música e adequá-la aos versos. Nessa época as composições eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos como a lira, a cítara, harpa ou viola, daí serem chamadas de CANTIGAS. Os artistas medievais eram classificados como: Trovador Nobre, não recebia por suas funções. Jogral Compositor saltimbanco, recebia por suas funções. Menestrel Artista que servia a determinada corte. Jogralesa ou soldadeira Moça que acompanhava os artistas, dançando, cantando e tocando castanholas. PRODUÇÃO POÉTICA LÍRICAS DE AMOR CANTIGAS DE AMIGO DE ESCÁRNIO SATÍRICAS DE MALDIZER CANTIGA DE AMOR CANTIGA DE AMIGO • eu lírico masculino • eu lírico feminino • objeto desejado: a dama, a “senhor” • objeto desejado: o amigo • o homem presta a vassalagem amorosa, pelo amor não correspondido (“coita”) • a mulher sofre pelo amante, namorado ausente • mulher idealizada, superior • mulher real, mais concreta • ambiente palaciano • ambiente rural CANTIGA DE ESCÁRNIO CANTIGA DE MALDIZER • Ataque indireto • Ataque direto • Predomínio da ironia e do sarcasmo • Predomínio de palavras chulas (baixo nível) • Críticas a costumes, pessoas, acontecimentos • Críticas a costumes, pessoas, acontecimentos • Não declaração de nomes • Declaração do nome da pessoa criticada Cio da terra Milton Nascimento/Chico Buarque Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo ao milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra propícia estação E fecundar o chão Disponível em http:letras.terra.com.br. Acesso em 29.05.2008. A temática explorada no texto remete ao contexto histórico medieval em que se desenvolveu o Trovadorismo. Considerando os referenciais que dão suporte ao entendimento das expressões culturais daquela época, responda: 1. A que atividade produtiva, que tem expressivo significado para o estudo do Trovadorismo, o texto faz referência explícita? 2. Em qual das estrofes do texto é possível reconhecer a potencialidade da terra como produtora de riqueza? 3. Associando a temática do texto e articulando-a ao contexto medieval, identifique o significado da propriedade da terra naquela sociedade? Texto 1: Onde anda você Vinícius de Moraes/Hermano Silva E por falar em saudade Onde anda você Onde andam seus olhos Que a gente não vê Onde anda esse corpo Que me deixou morta de tanto prazer Texto 2 Iolanda Chico Buarque/Pablo Milanez Essa canção é mais que mais que uma canção de amor Quem dera fosse uma declaração de amor Romântica, sem procurar a justa forma Do que me vem assim de forma tão caudalosa Te amo, te amo, eternamente, te amo Quando te vi, eu bem que estava certo De que me sentiria descoberto Disponível em http:letras.terra.com.br. Acesso em 29.05.2008. Com base nos textos I e II, responda: 1. Que texto serve de exemplo para a categorização das Cantigas de Amigo? Justifique sua resposta citando uma característica deste tipo de Cantiga. 2. Que texto serve de exemplo para a categorização das Cantigas de Amor? Justifique sua resposta citando uma característica deste tipo de Cantiga. Senhor, des quando vos vi e que fui vosco falar, sabed´ agora per mi Senhora, desde que vos vi que tanto fui desejar vosso ben e, pois é ssi, que pouco posso durar e moyro-m´assy de chão; Porque mi fazedes mal E de vós non ar ey al, Mha morte tenho na mão. D. Dinis Cantiga de amor E fui convosco falar, Sabei agora por mim Que, então, fui desejar Vosso bem; e, pois é verdade, Que pouco posso durar E morrerei prontamente. Porque me fazeis mal E não por outro motivo, Minha morte tenho à mão. D. Dinis Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado, por que ei gram coidado? E ai Deus, se verra cedo! Martim Codax Cantiga de amigo Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado (preocupado) ? Queira Deus que ele venha cedo! Martim Codax