O perfil dos ocupantes
Cada tipo de empresa tem um
perfil de ocupante, que busca edifícios que
atendam às suas necessidades, conforme
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“Uma empresa de grande
porte busca ocupar edifícios
corporativos, pois esses, além
de possuírem espaços mais
adequados às suas atividades,
geram economia pelo melhor
aproveitamento e tecnologias
existentes. Nem sempre uma
empresa de médio porte tem
possibilidade de ocupar um
prédio corporativo, seja pela
falta de espaço disponível ou
pelo maior valor de locação”.
Henrique Lima
inovadores, garantindo um ambiente mais
exclusivo para os ocupantes.
A comercialização dos edifícios
também acontece de maneira distinta.
Nos empreendimentos com perfil Office,
por exemplo, as incorporadoras geralmente vendem todas as unidades no lançamento do projeto, e somente após isso
é que se inicia a construção, assim como
acontece nos residenciais. Em contrapartida, as incorporadoras de edifícios Corporate, na maioria das vezes, não vendem
no lançamento do projeto, mas constroem
e locam, para valorizar o imóvel, e depois
disso comercializam.
Segundo dados do Buildings, atualmente existem 611 edifícios Corporate,
com um estoque total de 4.390.108 m², e
1.385 edifícios Office, com um estoque
de 6.302.745 m², na cidade de São Paulo.
Considerando que ultimamente os edifícios Corporate têm tido uma maior procura, aliado ao fato de que os Corporates
têm um estoque total inferior ao estoque
dos edifícios Office, a tarefa de encontrar
um espaço corporativo compatível é difícil, especialmente em regiões mais valorizadas como a nova Faria Lima. Isso fica
ainda mais evidente ao comparar a taxa de
vacância de 2,83% em edifícios Corporate
contra os 5,11% em edifícios Office.
Os altos preços de locação dos escritórios em edifícios Corporate também
podem ser um entrave para o ocupante,
com valores médios de R$ 93,22/m² no 3º
trimestre desse ano. Estes preços são em
média 80% mais altos do que os de edifícios Office, que possuem o valor médio de
51,82/m²/mês.
Marcel Camargo
Gerente Comercial da BNCorp
apontou Marcel Camargo, gerente comercial da BNCorp. “Os perfis dos ocupantes
distinguem-se pelos portes das empresas
usuárias. Uma empresa de grande porte
busca ocupar edifícios corporativos, pois
esses prédios, além de possuírem espaços
mais adequados às suas atividades, geram
economia pelo melhor aproveitamento e
tecnologias existentes. Nem sempre uma
empresa de médio porte tem possibilidade
de ocupar um prédio corporativo, seja pela
falta de espaço disponível ou pelo maior
valor de locação”, comenta.
André Lucarelli, diretor de incorporação da Brookfield, explica quais
são estas empresas de edifícios Corporate e de Office. “Quem ocupa os edifícios Corporate normalmente são as
grandes empresas, em sua maioria, multinacionais, bancos, grandes escritórios
de advocacia, já em Office são os advogados, profissionais liberais, dentistas,
médicos e empresas de TI”.
Mas as particularidades de cada
tipo de edifício, como preços ou dificul-
dades logísticas por conta da localização,
também fizeram surgir algumas exceções
neste mercado, em que empresas maiores
ocupam edifícios Office, conforme aponta Alessandra Osiro, diretora da área de
Vendas e Investimentos da Jones Lang
LaSalle. “Exceções à regra ocorrem
quando em razão da localização desejada e/ou escassez de produtos, empresas
de médio porte optam por uma ocupação
que culmina com a unificação de diversos conjuntos, que geram instalações
nem sempre eficientes”.
Após a decisão de ocupar um edifício Office, as empresas com perfil Corporate precisam adequar o espaço, realizando
diversas mudanças estruturais no local. Este
foi o caso de Jeannette Galbinski, diretora
comercial do Setec Consulting Group, que
encontrou no edifício Landmark, de perfil
Office, a sede ideal para a empresa. “Na
ocupação tivemos muitas dificuldades, pois
o imóvel foi entregue sem nada, sem piso
elevado ou forro rebaixado”.
Ainda, segundo ela, o imóvel pre-
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