O impacto da fraude em seguros
Sobre a Insurance Europe
Insurance Europe é a federação europeia de seguros e resseguros. Por intermédio de suas 34
entidades-membros — associações nacionais de seguros — a Insurance Europe representa todos
os tipos de companhias de seguros e resseguros, por exemplo, companhias pan-europeias, de
crédito, mútuas e PMEs. A Insurance Europe, que é sediada em Bruxelas, representa empresas
responsáveis por cerca de 95% do total da receita de prêmio da Europa. O seguro dá uma
importante contribuição para o crescimento econômico e o desenvolvimento da Europa. As
seguradoras europeias geram uma receita de prêmio de aproximadamente €1,100 bilhões,
empregam quase um milhão de pessoas e investem em torno de €7,700 bilhões na economia.
2 Índice
Introdução
O que é fraude em seguros?
Qual é a escala e o impacto da fraude?
Quais são as consequências da fraude?
O que o mercado está fazendo para combater a fraude?
Conclusão
5
7
9
11
13
17
A Insurance Europe agradece à instituição abaixo por traduzir este documento para a língua portuguesa.
Tradução: Sandra Mathias Maia
Revisão: Bernardo Graciolli Moreira Barros, Leonardo Veras Fernandes Dinis, Pedro Henrique Fernandes Pinheiro e Ricardo Tavares
3 4 Introdução
Esta publicação oferece uma visão geral do tipo, da escala e do impacto da fraude em
seguros em toda a Europa. Descreve também as ações da indústria de seguros para
reduzir a fraude. Reduzir e impedir a fraude em seguros é uma prioridade para as
seguradoras de toda a Europa.
Seguro se baseia no princípio do benefício mútuo e é desenvolvido para
proteger perdas significativas, porém, incertas. A fraude em seguros enfraquece este
sistema, uma vez que propostas e sinistros fraudulentos esgotam os recursos pagos pelos
muitos clientes honestos para cobrir sinistros verdadeiros. A fraude tem impacto não
apenas sobre as seguradoras, mas também sobre seus clientes. Causa também um
impacto sobre a sociedade em geral, porque a fraude em seguros pode ser usada para
financiar atividades criminosas.
Fraude em seguros não é um crime sem vítimas ou insignificante. A grande maioria de
clientes honestos acaba pagando pela desonestidade dos poucos por meio de prêmios de
seguros mais altos. Por esta razão é que a indústria está determinada a fazer tudo o que
for possível para reduzir o problema.
5 6 O que é fraude em seguros?
A fraude afeta todo tipo de seguro, sejam seguros gerais, de vida e coberturas de assistência
ou saúde. Entre as condutas abrangidas, incluem-se:

Prestar informações falsas ou incompletas na contratação do seguro ou nas respostas
em uma proposta de seguro;

Apresentar uma reclamação de sinistro com base em circunstâncias enganosas ou
falsas, incluindo exagerar em um sinistro verdadeiro; e

Ser enganoso ou falso em negociações com uma seguradora com a intenção de obter
um benefício no contrato de seguro.
A fraude em seguros pode ser cometida pelo segurado ou por um terceiro reclamante contra
uma apólice de seguro. Pode variar de coberturas de sinistros requeridas inoportunamente, a
pagamentos requeridos por não segurados, lesões fictícias em acidentes de trânsito e até
organizações criminosas.
Eis alguns exemplos:

No Reino Unido, um homem forjou sua própria morte por afogamento. Ele foi encontrado
no Panamá, onde estava vivendo com sua esposa às custas da indenização de sua
apólice de seguro de vida. Ambos foram condenados e cumpriram vários anos na prisão.

Na Eslovênia, três indivíduos contrataram, cada um, várias apólices de seguro de vida e
acidentes antes de viajarem de férias para o Canadá. Enquanto estavam lá, eles
supostamente sofreram lesões corporais em um acidente de carro e foram indenizados
nos termos de suas apólices. Não tardou para que viesse à tona que todos os três
haviam apresentado reclamações de sinistros por outros acidentes durante o período em
que sofreram as lesões. Acusações nas áreas criminal e cível foram imputadas aos
indivíduos e eles foram obrigados a pagar todos os custos de investigação da fraude e a
reembolsar as quantias já indenizadas nos termos das apólices de seguro.

Na França, um renomado cirurgião falsificou as circunstâncias de como havia se ferido ao
sofrer um acidente de esqui fora da pista, uma atividade sem cobertura de seu seguro de
viagem. Primeiro ele alegou que os ferimentos haviam sido causados por outro
esquiador. Quando esta versão foi investigada e refutada, ele apresentou uma
reclamação de sinistro falsa e desproporcional, alegando que os ferimentos eram
decorrentes de um acidente de carro com um terceiro. Novamente, a reclamação de
sinistro foi investigada e refutada. O homem não recebeu nenhum pagamento por seus
ferimentos verdadeiros.
Qualquer que seja o tipo de fraude, seu resultado é o mesmo: um custo injusto
para o segurado honesto. 7 8 Qual é a escala e o impacto da fraude?
A extensão da fraude em seguros varia entre países. Estima-se que as fraudes detectadas e
não detectadas representem até 10% de todas as despesas com sinistros na Europa. Este
valor varia entre países e ramos de seguros devido a uma série de fatores, como por exemplo,
o modo de funcionamento do mercado ou a prevalência local de um tipo de seguro.
A abordagem para identificar fraude em seguros também difere entre os países europeus. Em
alguns países, a importância recai sobre estabelecer uma estimativa precisa das fraudes
detectadas e não detectadas, embora outros países deem pouca ênfase a esta distinção,
preferindo se concentrar na redução do valor da fraude conhecida.
Não obstante, o objetivo é o mesmo: determinar até que ponto as iniciativas atuais para
combater a fraude são bem-sucedidas e se outras iniciativas são necessárias.
Vários mercados coletam dados precisos sobre a prevalência de fraude. Por exemplo:
Reino Unido
Dados da Association of British Insurers (ABI) revelam que:

Apesar das seguradoras detectarem um número maior de fraude, estima-se que em
torno de £1,9 bilhões (€2,2 bilhões) de fraude não são detectadas todo ano. 
As seguradoras estão detectando um número maior de fraude — o valor da fraude
detectada em 2011 aumentou 7%, o equivalente a £983 milhões (€1,148 milhões) em
relação à £919 milhões em 2010. 
Em 2011 as seguradoras descobriram 138.814 sinistros fraudulentos — o equivalente a
2.670 sinistros por semana — 5% a mais do que em 2010. 
O valor da economia para clientes honestos decorrente das fraudes detectadas
representou 5,7% de todos os sinistros, em comparação a 5% em 2010. Alemanha
Um estudo realizado pela associação de seguros (GDV) concluiu que mais da metade de
todos os sinistros oriundos de perda ou dano de smartphones e tablets não poderiam ter
ocorrido e, portanto, devem ter sido fraudulentos na mesma proporção.
9 Suécia
Dados da Insurance Sweden (Larmtjänst) revelam que:
 Investigadores
de fraude em seguros, constituídos pelas companhias de seguros,
realizaram 6.200 investigações de suspeita de fraude em 2011 e detectaram um total
de €40 milhões em fraude.  Um estudo concluiu que 10-20% de todos os sinistros fraudulentos são sinistros por
perdas oriundas de eventos que nunca ocorreram (ou seja, sinistros falsos) e 80-90%
de todos os sinistros fraudulentos são sinistros exagerados. Ainda na Suécia, um grave problema foi identificado em incêndios de veículos. No
outono de 2012, houve pelo menos um incêndio de carro por dia no sul do
país, com a maioria dos carros acima de 10 anos e muitos comprados há menos de três
meses. Os carros eram comprados a um preço mais barato em leilões online,
e depois eram registrados e segurados em nome de proprietários fictícios. Os sinistros por
dano resultavam em uma indenização significativamente maior do que o valor da compra do
veículo.
França
Números da associação de seguros (FFSA) revelam que 35.042 sinistros fraudulentos foram
registrados em 2011, resultando em €168 milhões não pagos a indivíduos desonestos.
Finlândia
Um estudo com 1.000 adultos realizado pela associação de seguros (FFI) em 2012
constatou que 27% declararam conhecer uma pessoa "que enganou sua companhia de
seguros". Este valor representa mais 25% em relação a um estudo semelhante realizado
em 2010.
10 Quais são as consequências da fraude?
Sinistros fraudulentos e os custos de investigação de suspeitas de fraudes levam a prêmios
mais altos para clientes honestos. A investigação de fraude também causa um impacto sobre a
capacidade das seguradoras de lidar com sinistros verdadeiros com rapidez. Além disto,
resultados de estudos recentes realizados pelas seguradoras sugerem que a fraude em
seguros financia e facilita outros crimes graves.

De acordo com a associação de seguros dinamarquesa (F&P), as seguradoras na
Dinamarca retêm na fonte aproximadamente DKK500 milhões (€67 milhões) em
pagamentos de sinistros em face de fraude documentada.


Na Alemanha, a GDV estima que o custo da fraude ultrapassa €4 bilhões por ano.

A Suécia identificou uma rede do crime organizado que provocou pelo menos 214
acidentes de trânsito. Cada uma das principais companhias de seguros não vida do
mercado da Suécia foi afetada pelas atividades da rede.
No Reino Unido, a ABI estima que a fraude acrescenta, em média, £50 (€58) por ano à
conta do seguro anual de cada segurado.
As seguradoras continuam comprometidas com o pagamento de todos os sinistros verdadeiros
o mais rápido possível, e se esforçam para alcançar um equilíbrio entre investigar fraudes
potenciais e garantir que reclamantes honestos não enfrentem atrasos como consequência.
Embora as seguradoras devam investigar todas as fraudes potenciais, elas fazem todo o
possível para assegurar que os reclamantes honestos tenham seus sinistros pagos com
rapidez e eficiência.
As seguradoras tomam medidas contra aqueles que cometem fraude. As consequências
podem incluir:



não pagar os sinistros




ser posteriormente incapaz de obter seguro e outros serviços financeiros
cancelar a apólice de seguro
a seguradora buscar os custos incorridos (por exemplo, com especialistas em
avaliação de sinistro)
relatar o caso à polícia para investigação futura
ação penal e prisão
registro de antecedentes criminais
11 12 O que o mercado está fazendo para combater a
fraude?
As respostas da indústria de seguros à fraude variam entre países e as iniciativas têm grande
alcance. Por exemplo:

Em vários países, as seguradoras trocam informações relevantes para ajudá-las
a identificar possíveis fraudes. As seguradoras são transparentes sobre esta questão e
operam em conformidade com as exigências de proteção de dados e privacidade. Estes
intercâmbios de informações entre seguradoras (em diferentes formatos) existem na
Croácia, Estônia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, em Malta, nos Países Baixos, na
Noruega, em Portugal, na Eslovênia, Espanha, Suécia e no Reino Unido e, atualmente,
estão sendo considerados em Chipre.

Cooperação transfronteira também existe. Por exemplo, os países nórdicos se reúnem
regularmente para discutir tendências, problemas e desafios comuns, uma vez que as
tendências em um país têm demonstrado se espalhar para países vizinhos.

Em vários países, incluindo França, Suécia e Reino Unido, as companhias de seguros
criaram (mais ou menos) grupos formalizados para investigar fraude em seguros.

Na França, em 1989 as seguradoras criaram uma agência nacional (Agence pour la
lutte contre la fraude à l'assurance, ALFA) para investigar sinistros suspeitos. A ALFA
tem como objetivo promover atividades de combate à fraude, desenvolvendo ferramentas
adequadas para ajudar a indústria no combate à fraude. Tais ferramentas incluem:
treinamento e certificação de investigadores de fraude, recomendações sobre como lidar
com casos fraudulentos que têm como alvo várias seguradoras de uma vez, e
recomendações sobre gestão de relações com organismos de aplicação da lei.

Na Suécia, as companhias de seguros criaram unidades de investigação especial
responsáveis por detectar fraude em seguros. A Insurance Sweden incentiva estas
unidades a fazerem boletins de ocorrência sobre fraudes detectadas ou suspeitas.

No Reino Unido, o Insurance Fraud Bureau (IFB) se concentra em detectar e
evitar fraudes organizadas em seguros e intersetoriais. O IFB lidera ou coordena a
resposta da indústria à identificação da fraude por redes do crime organizado e trabalha
em estreita colaboração com a polícia e outros organismos de aplicação da lei. O IFB
encoraja e ajuda as pessoas a denunciarem, anonimamente, suspeitas de fraudes ou
fraudes conhecidas pelo disque-fraude em seguro. O impacto do IFB tem sido
extremamente positivo desde o seu lançamento em julho de 2006, com inúmeras prisões
e dezenas de milhares de libras economizadas para as seguradoras e, em última análise,
seus clientes.

As seguradoras também aumentaram sua cooperação com organismos de aplicação
da lei em vários países. Este é o caso, por exemplo, na Croácia, Dinamarca, Estônia,
Alemanha, Irlanda, nos Países Baixos, em Portugal, na Espanha, Suécia e no Reino
Unido.
13 
Evidências de vários organismos de aplicação da lei revelam que muitos desconhecem
controles visuais simples que podem ser feitos para identificar possíveis veículos
privados ou comerciais roubados. Esforços internacionais para treinar pessoal em
aplicação da lei foram iniciados pela Europol, Interpol e por associações nacionais de
seguros.

Na Dinamarca, as seguradoras são convidadas a informar à polícia cada fraude
documentada. A F&P organiza exercícios na Academia de Polícia dinamarquesa sobre
como combater fraude em seguros. Ex-policiais atuam frequentemente na indústria de
seguros para ajudar a detectar fraudes e coletar provas.

Na Croácia, a associação de seguros iniciou em 2002 um Protocolo de Cooperação
para Combater Fraude em Seguros. O protocolo formaliza a cooperação tanto entre
seguradoras quanto entre seguradoras e terceiros, como por exemplo, a polícia, o
Judiciário e outros organismos. O Protocolo tem alcance internacional e é assinado por
várias outras associações nacionais de seguros da região, incluindo Áustria, República
Tcheca, Eslovênia e Hungria.

No Reino Unido, o Insurance Fraud Enforcement Department (IFED) é financiado pelas
seguradoras. Instituído em janeiro de 2012, o órgão faz parte da Polícia da Cidade de
Londres, a principal força policial do Reino Unido para crime econômico e fraude em
seguros. Investiga fraudes potenciais reportadas pelas seguradoras em todos os tipos de
seguros. Em seus primeiros nove meses de operação, o IFED efetuou mais de 200
prisões, com £12 milhões (€14 milhões) de suspeita de fraude em seguros sob
investigação.

Na Espanha, quase todas as companhias de seguros nomearam representantes para
atuar em situações de fraude. Estes representantes têm acesso a uma extranet
confidencial contendo dados da polícia sobre investigações em curso.

As seguradoras usam cada vez mais tecnologia para descobrir fraudes. Os métodos
incluem dispositivos eletrônicos para detectar a autenticidade dos documentos
apresentados que compõem o processo de sinistros e o uso de informações
publicamente disponíveis em várias redes sociais e outros sites.

Na Suécia, as companhias de seguros usam leitores de chave de tecnologia avançada
para confirmar que as chaves do carro apresentadas na reclamação de sinistro são as do
suposto veículo roubado.

No Reino Unido, um sinistro por supostas lesões lombares foi rejeitado quando imagens
do Facebook mostravam o reclamante fazendo ginástica e treinando para uma corrida de
caridade.

Treinamento de pessoal de seguros e da polícia é prática amplamente utilizada para
aumentar o conhecimento sobre fraude, demonstrar como detectá-la e destacar os
métodos novos e em constante mudança utilizados pelos fraudadores.

Na Dinamarca, a F&P organiza seminários sobre fraude em seguros para seus
membros. Os seminários visam, em geral, fraude em seguros, mas também podem ser
adaptados para áreas específicas, como por exemplo, imobilizadores de carro e chaves
de carro, manuseio de bagagem em aeroportos, fraude via compras pela internet,
códigos de ética para investigadores, fraude em seguro de conteúdo residencial, e assim
por diante. O treinamento é oferecido àqueles que trabalham na detecção de fraude,
14 incluindo investigadores de seguros, administradores de sinistros e especialistas em
sinistros.

Na Alemanha, é oferecido treinamento anual aos reguladores de sinistros, a fim de
ensiná-los como detectar e combater a fraude. O treinamento é ministrado por
profissionais da indústria de seguros, advogados, especialistas técnicos, especialistas da
polícia e cientistas médicos. Os participantes podem fazer um exame para adquirir um
certificado de especialização em detecção de fraude.

No Reino Unido, órgãos como IFB e IFED realizam oficinas para o pessoal de combate
à fraude, e muitas companhias de seguros também realizam programas de treinamento
no início e durante a carreira dos funcionários, e nomeiam "campeões de fraude", que
enfatizam e relembram aos colegas da possibilidade de fraude em todas as áreas de
negócios.

Na Finlândia, a federação de seguros organiza seminários e treinamento com a polícia,
outras autoridades e meios de comunicação há 30 anos.

O uso do "disque-fraude" é sucesso em vários países, incluindo Irlanda, Suécia e Reino
Unido. O público em geral pode ligar para uma linha de apoio para denunciar fraude em
seguros suspeita ou conhecida. Quem liga geralmente manterá o anonimato para
incentivar tais informações.

Na Irlanda, um homem contratou seguro de automóvel em uma companhia de seguros.
Na proposta que preencheu para contratar o seguro, ele afirmou que não havia sofrido
nenhuma condenação como motorista. No entanto, a companhia de seguros recebeu
uma denúncia anônima via linha Insurance Confidential da federação de seguros de que
o homem tinha várias condenações. A equipe de investigação interna da seguradora
realizou outras investigações, o que resultou no encaminhamento da questão à polícia.
O indivíduo foi posteriormente condenado por contratar seguro com base em uma
declaração falsa e dirigir sem seguro. Foi imputada a ele uma pena de suspensão da
carteira de motorista por quatro meses.
15 16 Conclusão
Detectar e reduzir a fraude em seguros é uma prioridade fundamental para as seguradoras.
A fraude em seguros não é um crime sem vítimas. Isto se reflete em sérias consequências
para aqueles considerados culpados de fraude, o que pode incluir prisão.
Clientes honestos não devem ter que pagar o preço pelos fraudadores com prêmios mais
altos.
A indústria de seguros continua a fortalecer seus sistemas e controles, a fim de assegurar
que todos os tipos de fraude sejam detectados e impedidos — sejam cometidos na
contratação do seguro ou nas reclamações de sinsitros — para minimizar o custo de
fraude para as seguradoras e, consequentemente, o impacto sobre clientes honestos. Os
métodos das seguradoras estão em constante evolução para combater as mudanças no
comportamento do fraudador.
17 © Insurnace Europe aisbl
Bruxelas, 2013
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Insurance Europe, 2013" seja indicada. É permitido envio de cópia por correio eletrônico. A
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