ISEG
Mestrado Ciências Actuariais
Gestão de Empresas Seguradoras
CUSTOS E RENTABILIDADE
NAS COMPANHIAS DE SEGUROS
Ano lectivo 2005/2006
Carlos M. Pereira da Silva
1
4. Análise dos custos e da rentabilidade nas companhias de seguros
4.1. noção económica dos custos na empresa de seguros
4.1.1. Os custos operativos
4.1.2. Os custos da mutualidade
4.1.3. O custo de financiamento
4.1.4. O custo da incerteza
4.2. noção operacional dos custos de seguros
4.2.1. as despesas de gestão
4.2.2. a importância das despesas de gestão no sector de seguros
4.2.3. razões e objectivos da análise das despesas de gestão
4.2.4. Restrições externas relativas à apresentação ou classificação
de despesas de gestão
2
4.4. conta técnica do seguro não vida
4.4.1 a construção das margens
4.4.2.conta de resultado económico não vida
4.6. conta técnica do seguro de vida
3.6.1. decomposição analitica do resultado de uma sociedade de
seguros de vida
3.6.2. a conta de resultado económico
3
4.ANÁLISE DOS CUSTOS E DA RENTABILIDADE NAS COMPANHIAS DE
SEGUROS
Os desfamentos entre as
operações técnicas e os
operações financeiras permitem.
•aproveitar a covariância
dos resultados para
•minimizar o risco global
da carteira
4.1. NOÇÃO ECONÓMICA DOS CUSTOS NA EMPRESA DE SEGUROS
•custos operativos, que advêm da gestão corrente da seguradora
•custos da mutualidade que resultam da sinistralidade das diferentes
carteiras de seguros e
•custos de financiamento dos capitais e reservas
4
4.1.1. OS CUSTOS OPERATIVOS
Os custos operativos, comuns a qualquer tipo de negócio, são custos de
produção e venda, ainda que se trate de uma actividade serviço.
Controlo da composição e dimensão destes custos,
(dependem do preço de utilização dos recursos utilizados)
eficiência com que os recursos são utilizados.
A eficiência em causa é
•a eficiência económica ( o custo da combinação dos factores) e não
•a eficiência técnica (a combinação mínima da quantidade de factores).
A eficiência está na base do principio da substituição,
dado um conjunto de métodos possíveis de produzir um dado output a
produção eficiente envolve a substituição dos factores mais caros por
factores mais baratos..
5
As operações de seguros são tradicionalmente uma
actividade:
’ trabalho intensivo com mais de 65% das suas despesas de gestão absorvidas
por salários e custos de mão de obra,.
’o aumento dos custos salariais teve como consequência o aumento
acelerado da informatização da indústria.
’O aumento dos preços proporciona à companhia um incentivo para se ligar mais
intensamente aos brokers do que desenvolver a sua organização interna de forma
a poder aumentar a sua receita de prémios.
’ A manutenção das taxas de comissionamento, normalmente fixadas em
percentagem dos prémios, permite às seguradoras substituirem certos serviços
internos das suas redes por serviços externos fornecidos por intermediários de
seguros
6
4.1.2. OS CUSTOS DA MUTUALIDADE
Os custos da mutualização (pagamento de sinistros incluindo as provisões
para processos em curso),
” não são um custo clássico, porqie não correspondem a pagamentos de
recursos utilizados pelo segurador.
” o pagamento dos sinistros pode ser entendido como tendo a mesma
natureza das transações dos bancos quando reembolsam os depósitos, ou
seja a anulação das responsabilidades reduz simultânemaente o activo e
o passivo.
Esta visão do sistema de
pagamentos de sinistros é
particularmente relevante em
muitos tipos de seguros de
vida cujos prémios são
utilizados para construir um
fundo do qual saem os
pagamentos de capital na
maturidade das apólices.
Estes custos são mais ou
menos controláveis graças a
uma selecção de risco eficaz
e a uma boa política de
prevenção e segurança, de
peritagem dos sinistros e de
aquisição de resseguro
quando necessário.
7
3.1.3.O CUSTO DE FINANCIAMENTO
dos capitais e fundos de reserva exigidos para dirigir uma companhia com uma
probabilidade aceitável de ruína, decorre da necessidade de fazer face a
flutuações nos custos totais.
Esta necessidade de capital excedentário é formalmente reconhecida nos
regulamentos de solvência das autoridades de supervisão.
3.1.4. O CUSTO DA INCERTEZA
A companhia de seguros só conhece a totalidade dos seus custos técnicos
decorridos vários exercícios após a comercialização das suas apólices.
Esta situação influencia evidentemente o custo total final. Mas esta
incerteza pode ser reduzida graças à lei dos grandes números e à
experiência passada em matéria de desenvolvimento dos factores de perdas.
8
Em todos os ramos os custos com sinistros podem divergir do valor
esperado devido a:
”flutuações aleatórias no numero efectivo e na dimensão dos sinistros.
”flutuações nas probabilidades básicas (climatéricas, geográficas..).
”sub estimação ou sobre estimação por insuficiência da amostra.
”mudanças nos factores de risco que afectam a frequência e ou a
severidade das perdas, invalidando por isso o valor esperado baseado na
experiência passada.
ÖO quarto factor tem sido particularmente grave para os seguradores. Houve
consideraveis mudanças na tecnologia e nas condições sociais e económicas
que afectaram a experiência dos sinistros nomeadamente, na década de 70, com
o aumento acelerado das taxas de inflação em todo o mundo e mais recentemente
com o aumento dos sinistros catstróficos
ÖSe existe inflação os prémios, geralmente fixados no início do período de seguro,
podem não cobrir os sinistros ocorrem ao longo do período. Consequentemente no
caso de contratos de seguro com cláusula indemnizatória a preços do exercício de
ocorrência do sinistro, o custo médio crescerá ao longo do período de seguro. Para
além disso se em média existe um desfasamento muito importante entre as datas 9
ÖEm média existe um desfazamento importante entre as datas de ocorrência e de
regularização, como no caso de responsabilidade civil e marítimo cascos, quer com os
custos de sinistros inflacionados se as perdas são pagas a preços do ano de
regularização
Öquer as despesas de gestão ocorridos após o recebimento do prémio estarão
sujeitas aos efeitos da inflação.
ÖNoutras indústrias onde os contratos são estabelecidos para datas futuras de forma
que os custos estão sujeitos à inflação, é costume incluir uma cláusula de
ajustamento dos preços. A menos que os seguradores adoptem uma prática similar
nos seguros não vida, o que provavelmente não seria aceite facilmente pelo público, a
única maneira de se protegerem os seus resultados contra a inflação seria carregarem
os prémios com a inflação estimada para o período.
Primeira
Dificuldade
é
fazer
previsões correctas da taxa de inflaçãoou das várias taxas de inflação para os
diferentes elementos de custos-e se ela
acelera ou desacelera, ou se as perdas
estão sujeitas a variação sazonal forte;
a fórmula a utilizar teria de ser
adaptada em conformidade.
Segunda
Dificuldade
convencer
vencer os concorrentes da necessidade
de implementar um tal mecanismo, de
forma a evitar que, utilizando-o sozinho,
a empresa não fique numa situação de
mercado pouco competitiva.
10
4.2. NOÇÃO OPERACIONAL DOS CUSTOS DE SEGUROS
4.2.1. AS DESPESAS DE GESTÃO
As despesas de gestão incluem todos os custos operativos realizados pela
Companhia de seguros com vista à formação do resultado, excluindo as
provisões para prémios incobraveis.
No conceito de despesas de gestão(ou custos de gestão) incluem-se:
Por um lado o conjunto de despesas gerais, de que se destacam
- despesas de aquisição de novos contratos
- despesas de administração e gestão de contratos em carteira
- despesas de regularização de sinistros
- outros encargos técnicos, (com a Direcção Geral e as Direcções Comuns)
Por outro lado, as diferentes comissões pagas aos intermediários
relacionadas com a comercialização de contratos de seguros.
- comissões de aquisição de contratos novos
- comissões de manutenção de contratos
- comissões de resultado (produção e rentabilidade
11
São consideradas componentes das despesas gerais as seguintes
despesas por natureza:
- despesas de pessoal
- trabalhos e serviços exteriores
- impostos e taxas
- as dotações para amortizações e provisões não técnicas
Não são consideradas componentes das despesas gerais as seguintes:
ºdotações para amortizações financeiras
ºprovisões para títulos (registados em outros encargos com títulos)
12
4.2.2. A IMPORTÂNCIA DAS DESPESAS DE GESTÃO NO SECTOR DE
SEGUROS
Diversos rácios permitem analisar a importância das despesas de gestão
nas sociedades de seguros:
- percentagem das comissões sobre prémios
- percentagem das comissões nas despesas de gestão
- percentagem das despesas de gestão sobre os prémios
Em 2001 tínhamos a seguinte situação:
Vida
Não Vida
Comissões/prémios
2.62
17.32%
Desp.admin./prémios
1.89%
11.23%
Custos operativos
4.51%
28.55%
Prémios (Euro)
4.494.984 milhões
3.762.944 milhões
Como se vê o peso das despesas de gestão no resultado de uma empresa
de seguros é mais importante nos ramos não vida do que nos ramos vida.
13
4.2.3. Razões e objectivos da análise das despesas de gestão
Importância particular para o controle de gestão das companhias de seguros e para a
prestação de informação ao exterior (segurados, Estado e Associação Portuguesa de
Seguros).
Relativamente ao controle de gestão
Afectar o conjunto das despesas de gestão por
¾ramos de actividade (por vezes por produto ), por mercados (particulares, empresas),
¾por rede de distribuição (canal agente, corretor etc.) e
¾por zona geográfica. Trata-se neste caso de determinar a rentabilidade do ponto de vista
de cada uma das ópticas consideradas.
Para além disso podem por em prática um controle orçamental por tipo de gasto a fim de
dominar os custos e avaliar a sua utilidade.
Relativamente à informação a prestar ao exterior, distinguimos entre a informação própria à
transparência dos produtos e a obrigação de informação de acordo com as leis e regulamentos:
¾por tipo de actividade (Vida e Não Vida)
¾por natureza de custos
¾por destinos
14
4.2.4. Restrições externas relativas à apresentação ou classificação de
despesas de gestão
4.2.4.1 - Classificação por tipo de actividade (vida e não vida)
Muitas sociedades de seguros oferecem contratos de Vida e contratos Não
Vida. Aquando da publicação das contas de ganhos e perdas as sociedades
devem distinguir entre:
¾os encargos e os produtos relativos aos Ramo Vida, fazendo aparecer um resultado
técnico Vida.
¾os custos e produtos de seguros Não Vida, determinando um resultado técnico Não
Vida.
¾Finalmente, os custos e proveitos não relacionados directamente com a actividade não
técnica (resultados não técnicos).
4.2.4.2. - distinção entre cargas técnicas e cargas não técnicas
As cargas não técnicas resultam de actividades não ligadas à actividade de
seguros. Por exemplo distribuição de produtos bancários, venda de material fora
de uso e desperdícios. Elas pode ter um caracter excepcional, sejam por serem
não recorrentes, e seja por se tratarem de cargas estranhas à exploração
(cargas resultantes de força maior estranhas à exploração- uma taxa para
calamidades).
15
4.2.4.3. - DESPESAS POR NATUREZA DE CUSTO
Aos custos e perdas são registadas na Classe 6 do Plano de Contas dos
seguros. Temos as seguintes contas:
Custos com sinistros Vida e Não Vida( Conta 60). Incluem-se os seguintes:
- Custos com sinistros de seguro directo
- Custos com sinistros de resseguro aceite
- Parte dos resseguradores nos custos com sinistros
Variação das outras provisões técnicas Vida e Não Vida (excepto provisão para
sinistros e provisão para participação nos resultados) (Conta 61). Incluem-se os
seguintes:
- De seguro directo
- De resseguro aceite
- De resseguro cedido
Participação nos resultados Vida e Não Vida (Conta 62). Incluem-se os seguintes:
- De seguro directo
- De resseguro aceite
- Parte dos resseguradores
16
CUSTOS DE EXPLORAÇÃO (CONTA 63). INCLUEM-SE OS SEGUINTES:
Custos de aquisição (comissões, publicidade,aquisição de contratos novos)
- Custos de aquisição diferidos
- Custos administrativos (inclui comissões de cobrança)
Custos de gestão de investimentos ( Conta 64 ). Incluem-se os seguintes:
- Afectos às Provisões Técnicas do ramo Vida
- Afectos às Provisões Técnicas dos ramos Não Vida
- Não Afectos às Provisões Técnicas
Perdas realizadas em investimentos (Conta 65). Incluem-se os seguintes:
- Alienação de investimentos afectos às Provisões Técnicas do ramo Vida
- Alienação de investimentos afectos às Provisões Técnicas do ramo Vida com risco
do tomador
- Alienação de investimentos afectos às Provisões Técnicas dos ramos não vida
- Alienação de investimentos não afectos
- Reajustamentos de valor dos títulos de rendimento fixo
17
Menos valias não realizadas de investimentos (Conta 66 ). Incluem-se
os seguintes:
- Afectos às Provisões Técnicas do ramo Vida
- Afectos às Provisões Técnicas do ramo Vida com risco do tomador
- Afectos às Provisões Técnicas dos ramos não Vida
- Não afectos às Provisões Técnica
Custos por natureza a imputar (Conta 68). Incluem-se os seguintes:
- Custos com pessoal
- Fornecimentos e serviços externos
- Impostos e taxas
- Amortizações do exercício
- Provisões para riscos e encargos (reformas, impostos..)
- Juros suportados
- Comissões (da utilização de serviços financeiros)
18
Outros custos (Conta 69). Incluem-se os seguintes:
- Técnicos (comissões de gestão cosseguro)
- Não Técnicos (custos eperdas extraordinárias....)
- Não afectos às Provisões Técnicas
Como se vê não existe uma conta única para registar os custos de gestão eles
repartem-se pelas contas de custos de exploração, quando directamente
ligadas à exploração técnica, ou pela conta de custos a imputar quando não
directamente ligadas à exploração dos ramos.
4.2.4.4. CUSTOS POR DESTINOS OU FUNÇÕES
Podemos associar a noção de destino à noção de função, classificação
geralmente aplicada nas empresas industriais e comerciais.
19
No domínio dos seguros, as principais funções definidas são,
geralmente, as seguintes:
- aquisição de novos contratos (desenvolvimento e comercialização)
- administração e gestão de contratos em carteira
- regularização de sinistros
- gestão de investimentos
- outras cargas técnicas (administração geral)
Refira-se que as cargas técnicas podem ainda separar-se por:
- despesas internas
- despesas externas
- dotações às provisões e às amortizações
As despesas de aquisição de novos contratos incluem
- comissões de aquisição
- despesas com a rede comercial
- despesas com os serviços envolvidos no estabelecimento dos contratos,
publicidade, marketing, etc..
20
Por consequência estas despesas, incluem nomeadamente:
- a parte das comissões ligadas à aquisição dos contratos novos pelos intermediários
- as remunerações variaveis (e encargos sociais) dos agentes assalariados
- as prestações diversas pagas aos agentes por produção mínima ou resultado (rappel).
- as despesas com a rede comercial
- as despesas de publicidade e marketing, de desenvolvimento comercial, de comunicação
externa, ligadas à emissão de novos contratos.
- as despesas de logistica ligadas à produção de contratos novos
- as despesas com serviços informáticos que estão directa ou indirectamente ligadas à
produção nova.
- as despesas de selecção médicas
- as despesas com serviços de contencioso
- as despesas administrativas internas
21
As despesas de administração recolhem todas as despesas realizadas com a
gestão da carteira de apólices.
Estas despesas incluem nomeadamente:
- as comissões de gestão e cobrança
- as despesas dos serviços encarregados de
- renovação de apólices
- acompanhamento da carteira de apólices
- resseguro aceite e cedido
- outras dependendo destas
-as despesas de contencioso de prémios
Estas despesas incluem nomeadamente:
- a quota parte das comissões ligadas à gestão de contratos
- as despesas com o conjunto de operações administrativas efectuadas durante a
vida do contrato
- as despesas com serviços de contencioso de prémios em carteira
- as despesas com serviços informáticos directa ou indirectamente ligadas à gestão
da carteira em curso
- as despesas ligadas à vigilância da carteira (parte das despesas de actuariado,
auditoria, inspecção..).
22
As despesas com a regularização de sinistros
Estão aqui incluídas nomeadamente:
- as despesas com o serviço de regularização dos sinistros ou dele dependentes
incluindo os serviços de informática.
- as comissões de gestão de sinistros
- as despesas de contencioso de sinistros
As despesas de gestão de investimentos
Recolhem o conjunto de despesas e comissões relativas à actividade de
investimentos das empresas de seguros.
Estão incluídas nomeadamente:
- despesas com a aquisição de títulos
- despesas dos serviços de gestão de títulos
- despesas informáticas
- despesas logísticas
- despesas com a gestão e manutenção de imóveis
23
Outras despesas Técnicos
Estas despesas são essencialmente as dos serviços seguintes:
- Direcção Geral
- Secretariado Geral
- Controle de Gestão
- Contabilidade Geral
- Despesas de informáticas destes serviços
4.2.4.5. CUSTOS DIFERIDOS INCLUÍDOS NAS PROVISÕES TÉCNICAS
As despesas de gestão por função intervêm no cálculo das provisões
técnicas seguintes:
- provisão para despesas de aquisição diferidas
- provisão para despesas de gestão dos sinsitros das sociedades de seguros não
Vida.
- provisão para despesas de gestão das sociedades de seguros Vida
24
4.2.4.5.1. - PROVISÃO PARA DESPESAS DE AQUISIÇÃO DIFERIDAS
As sociedades do ramo vida que comercializam contratos de seguros em caso
de vida a prémio periódico podem deduzir da Provisão Matemática (no passivo
do Balanço) as despesas de aquisição a diferir em função da duração de vida
residual dos contratos. A seguradora pode assim diminuir o valor das suas
responsabilidades presentes, dado que uma parte dos seus custos de aquisição,
só serão efectivos nos exercícios seguintes.
O princípio da “zilmerização “ consiste assim em deduzir do montante das
provisões matemáticas inicialmente calculadas, o valor presente das cargas de
aquisição incluídas nos prémios periódicos futuros. O desvio correspondente,
desvio de zilmerização, serve em certos países, para caucionar as provisões
matemáticas respectivas.
25
4.2.4.5.2 - A PROVISÃO PARA DESPESAS DE GESTÃO DE SINISTROS
DAS EMPRESAS DE SEGUROS NÃO VIDA
Na determinação das provisões para sinistros pode, em certos países, incluir-se
umaprovisão para despesas de gestão de sinistros, calculada tendo em conta a
estimativas de cargas de gestão necessárias à liquidação do montante de
sinistros.
4.2.4.5.3 - A PROVISÃO PARA DESPESAS DE GESTÃO DOS SEGUROS DE
VIDA
Não se trata de mais uma provisão matemática. Em certos países esta provisão é
destinada a cobrir as despesas de gestão futura dos contratos que não são (ou
serão) compensadas com encargos sobre prémios ou sobre rendimentos
financeiros.
26
4.4. CONTA TÉCNICA DO SEGURO NÃO VIDA
O ciclo de underwriting é um fenómeno único que governa os resultados da
maior parte das companhias de seguros não vida. O termo ciclo de underwriting
refere-se ao facto de a taxa de subscriçaõ das apólices - das companhias
individauis ou da indústria- cresce e decresce regularmente ao longo dos anos.
O ciclo é básicamente conduzido por um fenómeno simples: Os excelentes
resultados financeiros disponíveis durante a fase de recuperação do ciclo
atraem e geram excedentes de capacidade que conduzem a níveis excessivos
de concorrência e finalmente a preços inadequados. Os excedentes de
capacidade podem provir de:
- novo capital atraído para o negócio de seguros vindo de outros sectores
- investimentos estrangeiros atraídos pelas taxas de lucro da indústria
seguradora
- seguradores vida investindo em não vida
- reinvestimentos realizados pelos seguradores não vida
27
O ciclo de underwriting traduz-se numa correcção da trajectória de queda
dos resultados resultante da entrada de novos concorrentes procurando
estabelecer-se, da entrada de novas equipas de gestão nas companhias já
instaladas, na reacção das companhias estabelecidas a ataques da
concorrência e finalmente na atitude agressiva assumida pelas redes
comerciais face à queda dos preços dos seguros.
Os proveitos das companhias de seguros dos ramos não vida provêm da
comercialização de contratos do ramo vida e, de forma mais complementar
da gestão de uma carteira de activos financeiros. Esta carteira é constituida
por activos de cobertura das responsabilidades técnicas, medidas pelas
provisões técnicas para sinistros ocorridos e potenciais, e igualmente por
activos representativos do capital próprio.
28
A conta técnica oficial do seguro não vida é a organizada da forma seguinte:
CEE
Conta de ganhos e perdas
Exercicio Exercício
anterior
III
Conta técnica do seguro não vida
1
Prémios adquiridos líquidos de resseguro
a)
Prémios brutos emitidos
b)
Prémios de resseguro cedido
c)
Provisão para prémios não adquiridos (var.)
d)
Provisão para prémios não adquiridos, parte
dos resseguradores (var.)
Proveitos de investimentos
Mais valias não realizadas de investimentos
3
Outros proveitos
resseguro
técnicos,
liquídos
de
Proveitos técnicos
29
4
a)
b)
Custos com sinistros, líquidos
Montantes pagos
Provisão para sinistros (variação)
de
5
Outras provisões técnicas, líquidas de
6
Participação nos resultados, liquida de
7
a)
b)
c)
d)
Custos de exploração líquidos
Custos de aquisição
Custos de aquisição diferidos (var.)
Custos asministrativos
Comissões e participação nos resultados de
Custos com investimentos
Menos
valias
não
realizadas
8
Outros
custos
9
Provisão para desvios de sinistralidade
técnicos,
líquidos
de
de
Custos técnicos
13
Resultado da conta técnica do seguro não
30
1.6.2. Conta de Ganhos e Perdas
CEE
Conta de ganhos e perdas
II
Conta técnica do seguro de vida
1
Prémios líquidos de resseguro
a)
Prémios brutos emitidos
b)
Prémios de resseguro cedido
2
Proveitos de investimentos
3
Mais valias não realizadas de investimentos
4
Outros proveitos técnicos, liquídos de resseguro
Exercic.
Exer.Anter
Proveitos técnicos
31
5
a)
b)
Custos com sinistros, líquidos de resseguro
Montantes pagos
Provisão para sinistros (variação)
6
Outras
7
Participação
8
a)
b)
c)
d)
Custos
Custos
Custos
Custos
Comis.
9
Custos com investimentos
10
Menos valias não realizadas de investimentos
11
Outros custos técnicos, líquidos de resseguro
12
- Dotação ou utilização do fundo para dotações
provisões
nos
técnicas,
resultados,
líquidas
de
liquida
de
de exploração líquidos
de aquisição
de aquisição diferidos (var.)
administrativos
e particip. resultados de resseguro
Custos técnicos
13
Resultado da conta técnica do seguro de vida
32
C EE C onta de ganhos e perdas
Exercicio
I
C onta não técnica
1
R esultado da conta técnica do seguro
2
R esultado da conta técnica do seguro
Exercício
R esultado da conta técnica
3
Proveitos dos in vestim entos
3A
M ais
valias
não
realizadas
de
Proveitos não téc nicos
5
C ustos co m in ves tim entos
5A
M enos
7
O utros pro veitos
8
O utros custos, inc luindo pro vis ões
valias
não
realizadas
de
C ustos não técnic os
10
R esultado da actividade corrente
11
Proveitos e ganho s extraordin ários
12
C ustos e perdas extraordinários
13
R esultado extraordinário
33
Dotação ou utilização de reserva de
reavaliação regulamentar
Recuperação de mais e menos valias
realizadas de investimentos
Resultado antes de impostos
14
Imposto sobre o rendimento do exercício
16
Resultado líquido do exercício
34
3.4.1 A CONSTRUÇÃO DAS MARGENS
O que é a análise das margens?
A análise das margens consiste em ventilar por produto todos os
elementos da Conta de resultados:
- Despesas de Gestão
- Os elementos técnicos (prémios, indemnizações, provisões
Técnicas)
- Os elementos financeiros ( rendimentos, mais valias líquidas de
menos valias)
- O saldo da balança de resseguro
35
Para que serve a análise das margens?
Constitui um instrumento privilegiado de análise
Do ponto de vista interno (por exemplo Direcção Geral) permitem:
- verificar a eficácia do controlo interno, uma vez que permite identificar as
incoerências do resultado.
- verificar a exactidão dos quadros financeiros pela auditoria analítica.
- analisar a rentabilidade por produto ou linhas de produto. Os resultados desta
análise podem ser explorados de forma retrospectiva, pelo controlo de gestão ou
pelos actuários (comparação com as previsões aquando do lançamento do produto).
Permitem, em caso de necessidade, ajustar a politica comercial da sociedade.
Do ponto de vista externo, esta análise permite:
- determinar a capacidade benficiária da actividade de seguros e a sua evolução ao
longo do tempo.
.
36
A construcção da conta do resultado económico podemos fazer aparecer
certos saldos intermédios:
ºA margem liquida de exploração
ºEsta margem corresponde ao saldo técnico da mutualidade diminuido das
despesas de gestão e de aquisição
ºO resultado das operações financeiras
ºO resultado técnico bruto de resseguro
ºÉ um saldo significativo, que não aparece na conta de resultados.
Esta reconstutição permite destacar certos rácios significativos:
ºdespesas de aquisição sobre prémios
ºdespesas de gestão sobre prémios
ºmargem líquida de exploração sobre prémios
ºparticipação nos resultados sobre proveitos financeiros (ramo vida)
37
4.4.2.CONTA DE RESULTADO ECONÓMICO NÃO VIDA
+ Prémios adquiridos
Prémios brutos emitidos
Variação da provisão para prémios não adquiridos
- Custo com sinistros
Montantes de sinistros pagos
Variação da provisão para sinistros
- Variação de outras provisões técnicas
- Variação da provisão para desvios de sinistralidade
-Outros proveitos técnicos líquidos de outros custos técnicos
38
A- Margem bruta ou saldo de subscrição
- Custos de aquisição
- Custos de aquisição diferidos (variação)
Racio “despesas de aquisição sobre Prémios”
- Custos administrativos e outros custos técnicos
Racio “custos de gestão sobre prémios”.
B- Total de custos de aquisição e de gestão
C- Margem liquida de exploração (A-B)
+ Proveitos de Investimentos
- Participação nos resultados ramos não vida
- Custos com investimentos
+ Mais valias não realizadas de investimentos
- Menos valias não realizadas de investimentos
39
D-Saldo financeiro
E- Resultado técnico de seguro não Vida (bruto de resseguro) (C+D)
(Racio resultado técnico do seguro não vida sobre prémios)
-Prémios de resseguro cedido
+ parte do resseguro na participação nos resultados dos ramos não vida
resseguro
+ parte do resseguro na variação da provisão para prémios não adquiridos
+ parte do resseguro nos custos com sinistros
indemnizações
variação da provisão para sinistros
+ Comissões e participação nos resultados do resseguro
F-Resultado das cessões
G- Resultado técnico de seguro não Vida (E+F)
40
4.6. Conta Técnica do seguro de Vida
O ciclo de negócios de uma empresas de seguros do ramo vida desenrola-se a
longo prazo é fundamental analizar
¾os aspectos técnicos das operações do ramo vida
¾os ciclos do mercado financeiro.
Os proveitos das companhias de seguros do ramo vida provêm
¾da comercialização de contratos do ramo vida e,
¾da gestão de uma carteira de activos financeiros. Esta carteira é constituida por
activos de cobertura das responsabilidades técnicas, medidas pelas provisões técnicas
do ramo vida, e igualmente por activos representativos do capital próprio.
41
4.6.1. DECOMPOSIÇÃO ANALITICA DO RESULTADO DE UMA
SOCIEDADE DE SEGUROS DE VIDA
O resultado de uma empresa de seguros de vida provem de duas
fontes distintas:
 o resultado das operações de seguros de vida
 O resultado da gestão de activos livres
4.6.1.1. RESULTADO DAS OPERAÇÕES DE SEGUROS DE VIDA
A primeira fonte de resultado decorre do próprio objecto da empresa: a
comercialização e a gestão de contratos de seguro de vida.
»Esta actividade decompõe-se ela mesma em várias partes:
- o resultado técnico puro
- o resultado de gestão do contrato
- o resultado financeiro
42
4.6.2. A CONTA DE RESULTADO ECONÓMICO
Conta de resultado económico vida
+ Prémios adquiridos
Prémios brutos emitidos
-Custo com sinistros
Montantes de sinistros pagos
Variação da provisão para sinistros
-Variação de outras provisões técnicas (provisão matemática)
A- Margem bruta ou saldo de subscrição
- Custos de aquisição
- Custos de aquisição diferidos (variação)
Racio “despesas de aquisição sobre Prémios”
- Custos administrativos e outros custos técnicos
Racio “custos de gestão sobre prémios”.
43
B- Total de custos de aquisição e de gestão
C- Margem liquida de exploração (A-B)
+ Proveitos de Investimentos
- Participação nos resultados do ramo vida
(Racio participação nos resultados do seguro vida sobre
prémios)
- Custos com investimentos
+ Mais valias não realizadas de investimentos
- Menos valias não realizadas de investimentos
D-Saldo financeiro
44
E- Resultado técnico de seguro Vida (bruto de resseguro) (C+D)
(Racio resultado técnico do seguro vida sobre prémios)
-.Prémios de resseguro cedido
+ parte do resseguro na participação nos resultados do ramo vida
+ parte do resseguro na variação das provisões matemáticas
+ parte do resseguro nos custos com sinistros
indemnizações
variação da provisão para sinistros
+ Comissões e participação nos resultados de resseguro
F-Resultado das cessões
G- Resultado técnico de seguro Vida (E+F)
45
Mercado oficial
Conta Técnica Vida
Prémios brutos emitidos
Prémios de Resseguro cedido
Provisão para prémios não aquiridos (variação)
Parte resseguro nas provisões para prémios
2004
2003
6.268.507,00
5.413.370,00
Cresc.
125.817,00
107.554,00
16,98%
2,007%
1,987%
-2.018,00
57,00
-3640,35%
-0,032%
0,001%
15,80%
%Prémios04 %Prém.03
100,000
100,000
0,00
49,00
-100,00%
0,000%
0,001%
Proveitos de investimentos
1.478.618,00
1.404.554,00
5,27%
23,588%
25,946%
Mais valias não realizadas
752.979,00
526.979,00
42,89%
12,012%
9,735%
Outros proveitos técnicos
3.847,00
4.501,00
-14,53%
0,061%
0,083%
Proveitos Técnicos
8.380.152,00
7.241.842,00
15,72%
133,687%
133,777%
Custos com sinistros liquidos de resseguro
3.535.870,00
3.324.041,00
6,37%
56,407%
61,404%
Sinistros pagos (Montantes brutos)
3.585.026,00
3.346.291,00
7,13%
57,191%
61,815%
Parte resseguro nos sinistros
43.666,00
68.938,00
-36,66%
0,697%
1,273%
Variação Provisão para Sinistros
-1.536,00
51.806,00
-102,96%
-0,025%
0,957%
Parte resseguro provisão sinistros
3.954,00
5.118,00
-22,74%
0,063%
0,095%
Outras Prov. Técnicas Liqui. Resseguro
3.270.073,00
2.533.472,00
29,07%
52,167%
46,800%
Variação Provisão Matemática
3.267.928,00
2.494.327,00
31,01%
52,132%
46,077%
-1.333,00
-34.368,00
-96,12%
-0,021%
-0,635%
812,00
4.777,00
-83,00%
0,013%
0,088%
Participação nos resultados
147.124,00
106.105,00
38,66%
2,347%
1,960%
Custos de exploração líquidos
252.909,00
245.597,00
2,98%
4,035%
4,537%
Custos de aquisição
222.900,00
197.531,00
12,84%
3,556%
3,649%
0,037%
Parte resseguro na provisão matemática
Outras Provisões Técnicas
51,00
2.005,00
-97,46%
0,001%
Custos administrativos
Custos de aquisição diferidos
63.986,00
83.550,00
-23,42%
1,021%
1,543%
Parte resseguradores nas comissões
34.028,00
37.489,00
-9,23%
0,543%
0,693%
Custos com investimentos
377.825,00
375.916,00
0,51%
6,027%
6,944%
Menos valias não realizadas
425.836,00
429.006,00
-0,74%
6,793%
7,925%
1.143,00
1.644,00
-30,47%
0,018%
0,030%
78.593,00
39.848,00
97,23%
1,254%
0,736%
8.089.373,00
7.055.629,00
14,65%
129,048%
130,337%
290.779,00
186.213,00
56,15%
4,639%
3,440%
Outros custos técnicos
Dotação ou utilização fundo dotações futuras
Custos Técnicos
Resultado Técnico Seguro não vida (bruto de ress
V: milhares de euros
46
Margens no Ramo Vida
Vida
Prémios brutos emitidos
Provisão para prémios não aquiridos (variação)
Custos com sinistros
Sinistros pagos (Montantes brutos)
Variação Provisão para Sinistros
Variação Provisão Matemática
Outras Provisões Técnicas
Outros proveitos técnicos
Outros custos técnicos
Margem Bruta ou saldo de subscrição
Custos de aquisição
Custos de aquisição diferidos
Custos administrativos
Custos de exploração do exercício
Margem líquida de exploração
Proveitos de investimentos
Custos com investimentos
Mais valias não realizadas
Menos valias não realizadas
Participação nos resultados
Dotação ou utilização fundo dotações futuras
Saldo financeiro
Resultado Técnico Seguro não vida (bruto de resseguro)
Prémios de Resseguro cedido
Parte resseguro nos sinistros
Parte resseguro provisão sinistros
Parte resseguro na provisão matemática
Parte resseguro nas provisões para prémios
Parte resseguradores nas comissões
Resultado das cessões
Resultado técnico seguro vida
2004
6.268.507,00
-2.018,00
6.849.526,00
3.585.026,00
-1.536,00
3.267.928,00
812,00
3.847,00
1.143,00
-579.001,00
222.900,00
51,00
63.986,00
286.937,00
-865.938,00
1.478.618,00
377.825,00
752.979,00
425.836,00
147.124,00
78.593,00
1.202.219,00
336.281,00
125.817,00
43.666,00
3.954,00
-1.333,00
0,00
34.028,00
45.502,00
290.779,00
2003 Cresc. %Prémios04 %Prém.03
5.413.370,00
15,80%
100,00%
100,00%
57,00 s.s.
-0,03%
0,00%
5.894.344,00
16,21%
109,27%
108,88%
3.346.291,00
57,19%
61,82%
7,13%
51.806,00 -102,96%
-0,02%
0,96%
2.494.327,00
31,01%
52,13%
46,08%
4.777,00 -83,00%
0,01%
0,09%
4.501,00 -14,53%
0,06%
0,08%
1.644,00 -30,47%
0,02%
0,03%
-481.031,00
20,37%
-9,24%
-8,89%
197.531,00
12,84%
3,56%
3,65%
2.005,00 -97,46%
0,00%
0,04%
83.550,00 -23,42%
1,02%
1,54%
283.086,00
1,36%
4,58%
5,23%
-764.117,00
13,33%
-13,81%
-14,12%
1.404.554,00
5,27%
23,59%
25,95%
375.916,00
6,03%
6,94%
0,51%
526.979,00
42,89%
12,01%
9,73%
429.006,00
-0,74%
6,79%
7,92%
106.105,00
38,66%
2,35%
1,96%
39.848,00
97,23%
1,25%
0,74%
980.658,00
22,59%
19,18%
18,12%
216.541,00
55,30%
5,36%
4,00%
107.554,00
16,98%
2,01%
1,99%
68.938,00 -36,66%
0,70%
1,27%
5.118,00 -22,74%
0,06%
0,09%
-34.368,00 -96,12%
-0,02%
-0,63%
49,00 -100,00%
0,00%
0,00%
37.489,00
-9,23%
0,54%
0,69%
30.328,00
50,03%
0,73%
0,56%
186.213,00
56,15%
4,64%
3,44%
47
Rácios
Prémios (P)
Custos com sinistros (S)
S/P
Custos Aquisição
Custos Administração
Custos exploração (G)
G/P
Saldo Financeiro (F)
F/P
Resseguro (R)
R/P
Resultado Final
6.268.507,00 5.413.370,00
6.849.526,00 5.894.344,00
109,27%
108,88%
222.900,00
63.986,00
286.937,00
4,58%
197.531,00
83.550,00
283.086,00
5,23%
1.202.219,00
19,18%
980.658,00
18,12%
45.502,00
0,73%
4,61%
30.328,00
0,56%
3,44%
48
Mercado Oficial
Conta Técnica Não Vida
Prémios brutos emitidos
Prémios de Resseguro cedido
Provisão para prémios não aquiridos (variação)
Parte resseguro nas provisões para prémios
Prémios do exercício liquidos de resseguro
Proveitos de investimentos
Cresc
%Prém.04
%Prém.03
2004
2003
4.366.641,00
4.248.918,00
2,77%
100,00%
100,00%
662.093,00
697.679,00
-5,10%
15,16%
16,42%
57.390,00
59.168,00
-3,01%
1,31%
1,39%
6.787,00
-10.539,00
-164,40%
0,16%
-0,25%
3.653.945,00
3.481.532,00
4,95%
83,68%
81,94%
263.875,00
287.685,00
-8,28%
6,04%
6,77%
Mais valias não realizadas
65.430,00
73.401,00
-10,86%
1,50%
1,73%
Outros proveitos técnicos
13.603,00
16.638,00
-18,24%
0,31%
0,39%
proveitos técnicos
3.996.853,00
3.859.256,00
3,57%
91,53%
90,83%
Custos com sinistros líquidos de resseguro
2.574.585,00
2.590.755,00
-0,62%
58,96%
60,97%
Sinistros pagos (Montantes brutos)
2.672.923,00
2.765.539,00
-3,35%
61,21%
65,09%
Parte resseguro nos sinistros
259.314,00
287.611,00
-9,84%
5,94%
6,77%
Variação Provisão para Sinistros
155.306,00
140.238,00
10,74%
3,56%
3,30%
-5.670,00
27.411,00
-120,69%
-0,13%
0,65%
-30,93%
Parte resseguro provisão sinistros
Outras Provisões Técnicas
-16.116,00
-23.332,00
Provisões Técnicas (riscos em curso, envelhec)
-20.571,00
-21.277,00
-3,32%
-0,47%
-0,50%
Variação Provisão desvios sinistralidade
4.455,00
-2.055,00
-316,79%
0,10%
-0,05%
Participação Resultados Líquida de Resseguro
4.477,00
4.940,00
-9,37%
0,10%
0,12%
Custos de Exploração
991.725,00
943.339,00
5,13%
22,71%
22,20%
Custos de aquisição
789.064,00
690.802,00
14,22%
18,07%
16,26%
-22.723,00
-5.674,00
300,48%
-0,52%
-0,13%
custos administrativos
Custos de aquisição diferidos
337.155,00
366.164,00
-7,92%
7,72%
8,62%
Parte resseguradores nas comissões
111.771,00
107.953,00
3,54%
2,56%
2,54%
custos com investimentos
68.395,00
64.855,00
5,46%
1,57%
1,53%
Menos valias não realizadas
20.997,00
29.476,00
-28,77%
0,48%
0,69%
8.238,00
5.947,00
38,52%
0,19%
0,14%
3.652.301,00
3.615.980,00
1,00%
83,64%
85,10%
344.552,00
243.276,00
41,63%
7,89%
5,73%
Outros custos técnicos
Custos técnicos
Resultado da conta técnica não vida
49
Margens Nos Ramos Não Vida
Não Vida
Prémios brutos emitidos
Provisão para prémios não aquiridos (variação)
Prémios do exercício (PA)
Sinistros pagos (Montantes brutos)
Variação Provisão para Sinistros
Variação outras Provisões Técnicas
Variação Provisão desvios sinistralidade
Outros proveitos técnicos
Outros custos técnicos
Participação resultados
Custos de sinistros do exercício(S)
2004
4.366.641,00
57.390,00
4.309.251,00
2.672.923,00
155.306,00
-20.571,00
4.455,00
13.603,00
8.238,00
4.477,00
2.811.225,00
2003 cresc.
%Prém 01 %Prém. 00
4.248.918,00
2,77%
100,000%
100,000%
59.168,00
1,314%
1,393%
-3,01%
4.189.750,00
2,85%
98,686%
98,607%
2.765.539,00
61,212%
65,088%
-3,35%
140.238,00
3,557%
3,301%
10,74%
-21.277,00
-0,471%
-0,501%
-3,32%
-2.055,00 -316,79%
0,102%
-0,048%
16.638,00
0,312%
0,392%
-18,24%
5.947,00
0,189%
0,140%
38,52%
4.940,00
0,103%
0,116%
-9,37%
2.876.694,00
-2,28%
64,380%
67,704%
Margem Bruta ou saldo de subscrição
Custos de aquisição
Custos de aquisição diferidos
Total custos aquisição(A)
Custos administrativos(G)
Custos de exploração do exercício
Margem líquida de exploração
1.498.026,00
789.064,00
-22.723,00
766.341,00
337.155,00
1.103.496,00
394.530,00
1.313.056,00
690.802,00
-5.674,00
685.128,00
366.164,00
1.051.292,00
261.764,00
14,09%
14,22%
300,48%
11,85%
-7,92%
4,97%
50,72%
34,306%
18,070%
-0,520%
17,550%
7,721%
25,271%
9,035%
30,903%
16,258%
-0,134%
16,125%
8,618%
24,743%
6,161%
Proveitos de investimentos
custos com investimentos
Mais valias não realizadas
Menos valias não realizadas
Saldo financeiro
Resultado Técnico Seguro não vida (bruto de
263.875,00
68.395,00
65.430,00
20.997,00
239.913,00
634.443,00
287.685,00
64.855,00
73.401,00
29.476,00
266.755,00
528.519,00
-8,28%
5,46%
-10,86%
-28,77%
-10,06%
20,04%
6,043%
1,566%
1,498%
0,481%
5,494%
14,529%
6,771%
1,526%
1,728%
0,694%
6,278%
12,439%
Prémios de Resseguro cedido
Parte resseguro nos sinistros
Parte resseguro provisão sinistros
Parte resseguro nas provisões para prémios
Parte resseguradores nas comissões
Resultado das cessões
662.093,00
259.314,00
-5.670,00
6.787,00
111.771,00
289.891,00
697.679,00
287.611,00
27.411,00
-10.539,00
107.953,00
285.243,00
-5,10%
-9,84%
-120,69%
-164,40%
3,54%
1,63%
15,163%
5,939%
-0,130%
0,155%
2,560%
6,639%
16,420%
6,769%
0,645%
-0,248%
2,541%
6,713%
Resultado técnico seguro não vida
344.552,00
243.276,00
41,63%
7,891%
5,726%
50
Rácios
S/P
PPNA/P
S/PA
A/P
G/P
Rácio Combinado
Saldo Financeiro/Prémios
Saldo Resseguro/Prémios
Resultado do Exercício
64,38%
-1,31%
65,24%
17,55%
7,72%
90,51%
67,70%
-1,39%
68,66%
16,12%
8,62%
93,40%
5,49%
6,64%
6,28%
6,71%
10,52%
8,51%
51
Mercado
Conta Não técnica
2004
2003
Resultado da conta técnica não vida
290.779,00
186.213,00
56,15%
Resultado da conta técnica vida
344.552,00
243.276,00
41,63%
Resultado Técnico
635.331,00
429.489,00
47,93%
Proveitos de Investimentos
54.509,00
50.180,00
8,63%
Mais valias não realizadas de investimentos
66.157,00
73.682,00
-10,21%
Outros proveitos não técnicos
22.681,00
22.039,00
2,91%
143.347,00
145.901,00
-1,75%
Custos com investimentos
27.014,00
43.154,00
-37,40%
Menos valias não realizadas de investimentos
12.194,00
18.776,00
-35,06%
Outros custos incluindo provisões
69.933,00
80.744,00
-13,39%
Custos não técnicos
109.141,00
142.674,00
-23,50%
Resultado da actividade corrente
669.537,00
432.716,00
54,73%
Proveitos e ganhos extraordinários
59.867,00
50.185,00
19,29%
Custos e perdas extraordinárias
68.001,00
70.728,00
-3,86%
Resultado extraordinário
-8.134,00
-20.543,00
-60,41%
-119.621,00
-108.498,00
10,25%
-9.409,00
-10.155,00
-7,35%
532.373,00
293.520,00
81,38%
73.324,00
41.618,00
76,18%
459.049,00
251.902,00
82,23%
7,32%
5,93%
Proveitos não Técnicos
Dotação ou utilização da reserva regulamentar
Recuperação de mais e menos valias realizadas de in
Resultado antes de impostos
Imposto s/o rendimento do exercício
Resultado líquido do exercício
Em percentagem dos prémios
cresc.
52
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custos e rentabilidade