UNIVERSIDADE POSITIVO CADEIRA DE RODAS MOTORIZADA SISTEMA DE POTÊNCIA Curitiba, 2010 Max Dias Thiago Martins dos Santos CADEIRA DE RODAS MOTORIZADA SISTEMA DE POTÊNCIA Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Positivo, na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Eletricista, sob a orientação do Prof. Solivan Arantes Valente. Curitiba, 2010 “Determinação coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos determinação por uma conseguiremos Independentemente das inabalável superá-los. circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.” Dali Lama AGRADECIMENTO Quero agradecer em primeiro lugar, a DEUS nosso senhor, pela a sabedoria, saúde e paz para enfrentar mais uma etapa de minha vida. Agradeço aos meus pais Milton Martins dos Santos e Eurides de Souza Martins dos Santos, a minha irmã Thais Carolinne M. dos Santos e minha tia Maria Cleusa Martins dos Santos, pela compreensão, incentivo e força, nas horas mais difíceis que passei. Não posso esquecer-me dos meus amigos e familiares que me incentivaram e me apoiaram durante as minhas ausências. “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e Ele tudo fará.” (Salmos 37,5). Thiago Martins dos Santos Obrigado! Max dias RESUMO Projeto desenvolvido para locomoção de pessoas portadoras de deficiências motoras, visando a montagem de uma cadeira de rodas motorizada com baixo custo. Com o intuito de montar uma cadeira de rodas semelhante ao que o mercado vende, o projeto foi desenvolvido com a intenção de customizar uma cadeira de rodas motorizada com alguns periféricos importantes na sua utilização que possam ajudar o cadeirante no seu uso do dia-dia. Palavras-chaves: Cadeira de rodas motorizadas. ABSTRACT Project designed for transportation of people with physical disabilities in order to mount a motorized wheelchair with low cost. In order to build a wheelchair similar to what the market sells the project was developed with the intent to customize a motorized wheelchair with some important peripheral in its use that could help the wheelchair in their use of day to day. Keywords: Wheelchair motorized. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1 1.1 PROBLEMA ................................................................................................. 2 1.2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 2 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 5 2.1 MOTORES ELÉTRICOS ............................................................................. 5 2.2 ACUMULADORES DE ENERGIA ............................................................... 7 2.3 CARREGADOR DE BATERIAS .................................................................. 9 2.4 JOYSTICK / BARGRAPH .......................................................................... 10 3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PRELIMINARES ........................................... 11 3.1 VISÃO GERAL .......................................................................................... 11 3.2 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DOS BLOCOS ............................................... 12 3.2.1 Carregador de Baterias........................................................................ 12 3.2.2 Acumuladores de Energia.................................................................... 13 3.2.3 Motores ................................................................................................ 13 3.2.4 Ponte H ................................................................................................ 14 3.2.5 Joystick / Bargraph .............................................................................. 15 3.3 DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULO ................................ 16 3.3.1 Carregador de baterias ........................................................................ 16 3.3.2 Acumuladores de energia .................................................................... 17 3.3.3 Motores ................................................................................................ 17 3.3.4 Ponte H ................................................................................................ 20 3.3.5 Joystick / Bargraph .............................................................................. 24 3.4 PLANEJAMENTO - CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO........................ 26 4. IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................... 27 4.1 DESCRIÇÃO DA MONTAGEM ................................................................. 27 4.2 TESTES, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES ............................................. 28 4.2.2 Bargraph .............................................................................................. 30 4.2.3 Motores ................................................................................................ 32 4.2.4 Ponte H ................................................................................................ 33 4.2.5 Joystick / Bargraph .............................................................................. 36 4.4 Placas de Circuito Impresso ...................................................................... 37 4.4.1 Carregador de baterias ........................................................................ 37 4.4.2 Acumuladores de energia .................................................................... 38 4.4.3 Motores ................................................................................................ 38 4.4.4 Ponte H ................................................................................................ 38 4.4.5 Joystick / Bargraph .............................................................................. 40 5.RESULTADOS ................................................................................................... 41 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS/ CONCLUSÃO ...................................................... 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 45 APÊNDICE A ........................................................................................................ 47 APÊNDICE B ........................................................................................................ 49 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Simbolo Universal de Acesso ................................................................. 2 FIGURA 2 – Cadeira de Rodas ................................................................................... 3 FIGURA 3 – Motor CC................................................................................................. 6 FIGURA 4 – Bateria chumbo-ácido ............................................................................. 8 FIGURA 5 – Bargraph ............................................................................................... 10 FIGURA 6 – Joystick ................................................................................................. 10 FIGURA 7 – Diagrama de Blocos do sistema ........................................................... 11 FIGURA 8 – Diagrama de partes .............................................................................. 12 FIGURA 9 – Ponte H sentido anti-horário ................................................................. 14 FIGURA 10 – Diagrama funcional ............................................................................. 15 FIGURA 11 – Direção e sentidos de deslocamento .................................................. 16 FIGURA 12 – Diametro da roda ................................................................................ 18 FIGURA 13 – Curvas características do motor ......................................................... 20 FIGURA 14 – Curva de temperatura IRF 1405 ......................................................... 21 FIGURA 15 – Curva de Tensão IRF no Vgs 1405..................................................... 22 FIGURA 16 – Diagrama Ponte H .............................................................................. 24 FIGURA 17 – Diagrama Joystick............................................................................... 25 FIGURA 18 – Cronograma de implantação da fase III .............................................. 26 FIGURA 19 – Diagrama Carregador de baterias....................................................... 29 FIGURA 20 – Montagem do Carregador de baterias ................................................ 30 FIGURA 21 – Montagem do Bargraph ...................................................................... 31 FIGURA 22 – Motor CC............................................................................................. 32 FIGURA 23 – Polia de redução ................................................................................. 33 FIGURA 24 – Montagem da Ponte H ........................................................................ 34 FIGURA 25 – Placa de Potência da Ponte H ............................................................ 35 FIGURA 26 – Placa de Potência da Ponte H ............................................................ 35 FIGURA 27 – Diagrama do Carregador de Bateria ................................................... 37 FIGURA 28 – Diagrama de Potência da Ponte H GND ............................................. 39 FIGURA 29 – Diagrama de Potência da Ponte H VCC ............................................. 39 FIGURA 30 – Diagrama completo da Ponte H .......................................................... 39 FIGURA 31 – Diagrama sistema de Controle............................................................ 40 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Tempo de recarga ................................................................................ 16 TABELA 2 – Tabela verdade do HIP 4081 ................................................................ 23 LISTA DE ABREVIAÇÕES A/D – Analógico /Digital Ah – Ampére hora CA – Corrente Alternada ou (Ac) CC – Corrente Contínua ou (Dc) ERB – Estações Rádio Base IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística km – Quilômetros Ncm – Newton centímetros – unidade de torque. PWM - Pulse-Width Modulation – modulação por largura de pulso. RPM – Rotações por minuto VAC – Tensão alternada ou (VCA) VDC – Tensão contínua ou (VDC) 1 1. INTRODUÇÃO Com o objetivo de auxiliar na locomoção de portadores de deficiência física, a cadeira de rodas é um dos meios de transporte disponíveis. Este documento mostra o desenvolvimento da adaptação de uma cadeira de rodas convencional para um modelo de cadeira de rodas motorizada, utilizando motores elétricos, que são alimentados por baterias e controlados por um joystick. Foi projetado um carregador de baterias, que por medidas de segurança é um acessório externo a cadeira de rodas além de otimizar a questão de espaço e peso de sobressalentes. A figura 1 mostra o símbolo universal de acesso, que normalmente encontra-se em locais que indicam alguma exclusividade para pessoas que se enquadram neste perfil. No site do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa do Portador de Deficiência temos: “A adoção do símbolo foi o ponto culminante de um programa de três anos desenvolvido pelo Comitê Internacional de Ajudas Técnicas da RI, o qual nomeou um grupo de nove peritos, ligados a diversas áreas pertinentes, para julgar os muitos trabalhos apresentados. Alguns dos critérios da seleção: o desenho não poderia ser ambíguo; sua forma seria simples, porém estética; seu significado teria de ser facilmente reconhecível; o desenho seria identificável mesmo a certa distância; sua reprodução seria viável em todos os tamanhos e tipos de material.” 2 Símbolo universal de acesso FIGURA 1 Fonte: http://www.ppd.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=58 1.1 PROBLEMA Conforme dados do Censo de 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) O número de deficientes no Brasil é de 24,5 milhões. Dentre estes existem cerca de 7,5 milhões com deficiência motora – incapaz ou com alguma dificuldade permanente de caminhar. Segundo o Jornal Gazeta do Povo em seu caderno Vida e Cidadania, pagina 4, publicado em 4 de maio de 2010, em Curitiba cerca de 300.000 moradores têm alguma deficiência. A cadeira de rodas é uma das maneiras de auxiliar portadores de patologias que necessitem de auxílio para sua locomoção. 1.2 JUSTIFICATIVA Com números considerados expressivos e levando-se em consideração que a grande maioria dos cadeirantes não utiliza o modelo motorizado devido ao custo de aquisição, o presente trabalho tem o foco na 3 redução do custo de adaptação dos modelos convencionais para os modelos motorizados, com um produto final com características muito semelhantes às já existentes no mercado, com relação à autonomia das baterias e segurança nos deslocamentos. A figura 2 é uma ilustração de uma cadeira de rodas convencional comparada com uma cadeira de rodas motorizada. Cadeira de rodas FIGURA 2 Fonte: http://www.casaortopedica.com.br 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS O desenvolvimento do trabalho tem por objetivo promover a agilidade de deslocamento de usuários de cadeira de rodas, no intuito de diminuir os esforços físicos necessários para tais deslocamentos, por meio da adaptação da motorização em uma cadeira manual com uma relação custo/benefício mais acessível à grande maioria dos seus usuários do que as cadeiras disponíveis no mercado. A cadeira motorizada é equipada com um par de motores elétricos, que são alimentados por baterias e com o controle feito por um joystick. Todo o sistema é gerenciado por um microcontrolador, que recebe as informações de 4 direção e sentido do joystick e comanda o deslocamento da cadeira de rodas de acordo com os sinais recebidos. O carregador de baterias é um acessório da cadeira de rodas motorizada e tem por objetivo recarregar as baterias do sistema; o cadeirante pode visualizar o estado de da carga da bateria através de um indicador luminoso (bargraph de LEDs). 5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 MOTORES ELÉTRICOS Os motores elétricos são máquinas que transformam energia elétrica em energia mecânica, a qual é normalmente disponibilizada em um eixo em rotação. Os motores elétricos são divididos em duas grandes famílias: motores CC e motores CA. Entre estes motores há algumas vantagens e desvantagens que vão desde o custo/beneficio, até às suas características construtivas: o tamanho do motor pode ser um diferencial. Com relação ao custo/benefício em ambientes industriais, o motor CA acionado por inversor de freqüência tem uma vantagem sobre o CC, pois seus custos de aquisição e manutenção são melhores comparados a esse último. No projeto em questão o torque dos motores é uma característica importante, quando comparadas estas entre os modelos de CA e CC, o segundo leva vantagem, pois para os motores CA o torque está diretamente relacionado às suas características construtivas, o que o deixa com uma robustez maior, implicando assim em um custo maior. Outra vantagem neste projeto a favor da utilização dos motores CC é que a alimentação é feita com baterias que fornecem tensão contínua, evitando componentes a mais para realizar a conversão de tensão para os motores CA. Sobre os aspectos construtivos dos motores CC, pode-se afirmar que eles são compostos por duas estruturas magnéticas, o estator e o rotor. A primeira que é a parte fixa do motor é composta por uma estrutura ferromagnética com pólos salientes nos quais são enrolados as bobinas formando o campo magnético, podendo ser também composto por um imã 6 permanente. Já o rotor é considerado o circuito induzido. É um eletroímã constituído de um núcleo de ferro com enrolamentos na sua superfície que são alimentados por um sistema mecânico de comutação. A figura 3 é uma ilustração dos componentes construtivos de um motor CC. Motor CC FIGURA 3 Fonte: http://static.hsw.com.br/gif/motor-labels.gif Em seu funcionamento o rotor precisa de um torque para iniciar o giro. Este torque é produzido por forças magnéticas que são desenvolvidas entre os pólos magnéticos do rotor e do estator. Estas forças de atração ou repulsão entre estator e rotor empurram ou puxam os pólos móveis do rotor, o que origina um torque, girando o rotor gradativamente e obtendo gradativamente maiores velocidades. Quando os atritos e cargas ligadas ao eixo reduzem o torque resultante o rotor passa a girar com velocidade angular constante. Por este motivo, tanto o rotor quanto o estator devem possuir pólos magnéticos, pois estas forças 7 entre os pólos produzem o torque necessário para que o rotor gire. Outro detalhe é que mesmo que ímãs permanentes sejam usados, principalmente em pequenos motores, pelo menos um dos ímãs destes motores devem ser eletroímãs. Isto implica que na construção dos motores CC os ímãs não poderão ser exclusivamente permanentes, pois não haveria o torque inicial para se iniciar o movimento se eles já estiverem, por exemplo, em suas posições de equilíbrio e os mesmos só oscilariam em tornos da sua posição original, mesmo recebendo uma ajuda externa. 2.2 ACUMULADORES DE ENERGIA O acumulador de energia, ou bateria, é um dispositivo eletroquímico capaz de transformar energia química em energia elétrica, a qual também é armazenada. As baterias podem ser carregadas e descarregadas por mais de uma vez. A figura 4 mostra os principais componentes de uma bateria chumbo ácido. 8 Bateria chumbo-ácido FIGURA 4 Fonte: Apostila de treinamento técnico em baterias automotivas da Johnson Controls. Os principais componentes de uma bateria são: � Grade: tem a função de condução elétrica na bateria, sua constituição é de chumbo. � Placas: são formadas pelo conjunto da grade com a massa ativa, tanto as positivas quanto as negativas têm composições diferentes. � Envelope separador: sem a função de isolar as placas impedindo o curto-circuito. � Bloco de placas: é formado pelo conjunto de placas positivas, negativas e separadores. 9 � Pólos: responsáveis pela entrada e saída da energia acumulada na bateria. � Indicador de carga: tem a função de indicar o estado da carga na bateria. Dentre os modelos de baterias possíveis de ser utilizadas neste projeto, optamos pela bateria de chumbo-ácido usualmente utilizada em automóveis. Este nome vem da combinação dos elétrons de chumbo e do ácido utilizado nestes modelos de baterias. Uma das vantagens é sua produção barata, pois o chumbo é um metal de baixo custo; outra vantagem vem da sua simplicidade de fabricação. No momento em que a bateria de chumbo-ácido está sendo descarregada, ela gera uma combinação da parte do ácido do eletrólito com o material ativo das placas, ocorrendo uma reação química que faz alteração do material em ambas as placas, originando o sulfato de chumbo. 2.3 CARREGADOR DE BATERIAS O carregador de baterias é um componente externo à cadeira de rodas, por dois motivos: o primeiro refere-se à segurança da cadeirante, pois existe o risco de explosão da bateria durante o processo de recarga: o segundo está relacionado ao peso e à otimização de espaço na cadeira de rodas motorizada. Para a utilização do carregador não é necessária a retirada das baterias da cadeira. 10 2.4 JOYSTICK / BARGRAPH É um dispositivo eletrônico que tem atuação nos eixos x(horizontal) e y(vertical); seu funcionamento é através de potenciômetros que variam seus valores de resistência em uma faixa pré-determinada de acordo com a utilização ou necessidade do mesmo. Neste trabalho tem a função de definir os sentidos de deslocamento. É embutido um bargraph (figura 5) que mostra a situação de carga das baterias. A figura 6 mostra um joystick direcionado para os eixos x e y. Bargraph JOYSTICK BARGRAPH FIGURA 5 Fonte: Própria Joystick FIGURA 6 Fonte: http://www.etisystems.com/joydesign.asp#knobs 11 3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PRELIMINARES 3.1 VISÃO GERAL A adaptação de uma cadeira de rodas convencional em um modelo motorizado pode ser mostrada em um diagrama de blocos como o da figura 07. Neste diagrama observam-se os itens dispostos resumidamente de modo seqüencial. Um carregador de baterias como único componente não embarcado na cadeira de rodas motorizada com a função de recarregar as baterias do sistema. Um par de baterias como fonte de tensão do sistema, motores elétricos dispostos nos eixos das rodas como força motriz, estes recebem informações do sistema de controle que, por conseguinte convertem os sinais analógicos do joystick internamente através dos conversores A/D incorporados ao mesmo. Diagrama de blocos FIGURA 7 Fonte: Própria 12 3.2 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DOS BLOCOS Para um melhor entendimento de cada bloco funcional do sistema a figura 8 faz o detalhamento dos mesmos. Diagrama de partes 1 2 3 4 5 FIGURA 8 Fonte: Própria 1 – Carregador de baterias 2 – Acumulador de energia (bateria) 3 – Motores 4 – Sistema de controle 5 – Joystick / Bargraph 3.2.1 Carregador de Baterias Tem a função de recarregar as baterias do sistema quando a cadeira de rodas motorizada não estiver em uso, pois é um acessório da cadeira de rodas não embarcado na mesma para garantir total segurança ao usuário. Este dispositivo eletrônico faz a conversão de entrada de 127/220 VAC para um nível de tensão DC necessário para que a bateria seja recarregada. Não é 13 necessário a retirada das baterias da cadeira de rodas para a utilização do carregador. Este dispositivo eletrônico tem algumas características importantes para o seu correto funcionamento a fim de aumentar a durabilidade das baterias. Seu método de recarga para este projeto é baseado na inserção de carga na bateria com tensão e corrente fixa no valor de 10% da corrente total. Além disso, o carregador interrompe o processo de recarga quando for identificado eletronicamente que a bateria esta com sua capacidade máxima de carga, evitando assim o sobreaquecimento da mesma. 3.2.2 Acumuladores de Energia As baterias exercem a função da fonte de tensão de corrente contínua para os motores elétricos e para os sistemas eletrônicos embarcados na cadeira de rodas motorizada. Este dispositivo esta interligado a placa do sistema de controle de potência do circuito. O bargraph será disposto próximo ao joystick a fim de informar ao cadeirante qual é a situação de carga destas baterias. 3.2.3 Motores Os motores elétricos têm a função efetiva de promover o deslocamento da cadeira de rodas motorizada, eles estão acoplados a uma caixa de redução instalada ao eixo da roda da cadeira. Estes motores são de corrente contínua por possuir uma região de potência relativamente constante com uma rápida aceleração e desaceleração. 14 3.2.4 Ponte H O sistema de controle de potência é feito por uma ponte H, que recebe os sinais gerados pelo microcontrolador, estes sinais de saída do microcontrolador não suportam a corrente necessária e nem possuem a tensão adequada para acionar os motores CC. A função da ponte além de mudar o sentido de rotação do motor (Figuras 09) e de suportar as tensões e correntes necessárias para o funcionamento do motor. Além disso, a ponte H controlada pelo microcontrolador contribui diretamente nos deslocamentos em sentidos diagonais, quando o joystick for acionado para frente e direita ao mesmo tempo, nesse instante os sinais PWM do microcontrolador acionam a ponte de tal forma que os motores não trabalhem mais em sincronismo, para este caso especificamente o motor da roda esquerda esta com um RPM maior do que o da roda direita. A figura 10 mostra os movimentos para frente, marcha ré e nas diagonais. Ponte H sentido anti-horário Figura 09 Fonte: Própria 15 Diagrama funcional Figura 10 Fonte: Própria 3.2.5 Joystick / Bargraph O joystick é a interface do cadeirante com a cadeira de rodas motorizada. Foi desenvolvido para controlar a velocidade, direção e sentido nos deslocamentos dos motores. Juntamente com o joystick é implantado um bargraph que sinaliza qual a condição de carga das baterias. A figura 11 mostra as direções e sentidos possíveis para os deslocamentos do sistema. Direção e sentidos de deslocamento FIGURA 11 Fonte: Própria 16 3.3 3.3.1 DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULO Carregador de baterias A bateria é carregada com uma corrente equivalente de no máximo 10% da sua capacidade nominal, ou seja, para a bateria de 62 Ah sua corrente de recarga é de 6,2 A. Com relação ao tempo de recarga, a tabela 1 a seguir contém o tempo necessário de recarga, com corrente constante de 10% da capacidade nominal: Tensão da bateria em vazio (v) Tempo de recarga (horas) 12,00 a 12,20 6 a 12 11,80 a 11,99 10 a 26 11,50 a 11,79 16 a 20 11,00 a 11,49 20 a 24 Baterias profundamente descarregadas 24 a 30 Tabela 1 Fonte: Apostila de treinamento técnico em baterias automotivas da Johnson Controls. A alta corrente necessária para carregar as baterias, é conseguida através do transistor de potencia 2n3055, que esta em paralelo na saída de tensão do regulador LM 317. Através do potenciômetro que esta ligada no regulador LM 317 é ajustado à corrente de carga. No inicio do carregamento, a corrente esta alta e vai diminuindo conforme a bateria vai se carregando. O trafo é de 18v 7A e uma ponte retificadora de 600v 10A, para fazer a 17 transformação da tensão alternada para tensão continua. O uso de uma ventoinha para refrigeração do circuito é indispensável. 3.3.2 Acumuladores de energia O modelo escolhido do acumulador de energia é uma bateria de chumbo-ácido usualmente utilizada em estações radio base (ERB). Pois a corrente nominal da bateria é de 62Ah e tensão 12v, dando uma autonomia maior para o uso da cadeira de rodas motorizada. A faixa de temperatura operacional para o uso da bateria em aplicações é de -40° a 50° C. O desempenho híbrido e aplicações não são afetados por elevadas temperaturas, desde que a temperatura máxima da bateria não ultrapasse de 50° C. O desempenho cíclico da bateria de chumbo é fornecer capacidade de níveis superiores, a fim de realizar o ciclo de vida, as baterias são desenvolvidas ao pleno estado de carga usando as opções de carga recomendada pelo regime do fabricante, antes do inicio do ciclo de alta que vem operando em estado parcial, a carga reduz significativamente o ciclo de vida. 3.3.3 Motores O motor elétrico escolhido é um modelo de motor CC, uma de suas características importantes é o fato destes possuírem uma região de potência relativamente constante e ainda podemos considerar uma rápida aceleração e 18 desaceleração. Para o projeto é utilizado um modelo da fabricante Bosch, F 006 KM0 611. A figura 13 mostra as curvas características do motor, dentre estas características temos 2600RPM de velocidade máxima assim como torque de 350Ncm. Sendo que para a implementação do projeto, foi calculado as necessidades de velocidade e torque necessário para os deslocamentos da cadeira de rodas motorizada, considerando a massa do conjunto em si (cadeira, motores, baterias e adaptações) e um usuário cadeirante de aproximadamente 80kg. Como a rotação por minuto do motor é muito elevada, e a relação de velocidade e torque é sempre inversamente proporcional, ou seja, quanto menor a velocidade maior o torque, desta forma, de acordo com os cálculos que foram apresentados, chegou-se a conclusão da necessidade de adaptação de uma polia de redução acoplada ao eixo do motor. Desta forma chegou-se a valores que atendem tanto o problema de velocidade quanto de torque necessário para o correto funcionamento da cadeira de rodas motorizada. Os valores calculados de acordo com as formulas abaixo foram; Diâmetro da roda FIGURA 12 Fonte: Própria 19 Formula 1 – Circunferência da roda, é considerado o diâmetro de 61cm da roda da cadeira de rodas motorizada, logo seu raio é de 0,305m o que resultou em uma circunferência de 1,916m. Formula 2 – Velocidade máxima da cadeira de rodas, considerando a circunferência calculada na formula 1, chegou a uma velocidade máxima que foi aproximada em 7km/h. Formula 3 – Calculo da aceleração considerando o tempo máximo para chegar na velocidade desejada. Formula 4 – A força necessária para o deslocamento da cadeira de rodas motorizada, considerando a massa total da cadeira com um cadeirante. 20 Curvas características do motor FIGURA 13 Fonte: Catálogo de motores elétricos da Bosch. 3.3.4 Ponte H O sistema de controle recebe as informações de PWM do PIC para controlar as velocidades e torque do motor, a figura 14 mostra em detalhes este processo, os valores resistivos vindos do joystick entram no conversor AD do PIC, estes sinais vão à forma de PWM para a ponte H e comanda os motores. A Figura 14 mostra o comportamento da ponte H. O calculo dos componentes necessários para a construção da ponte H, foi considerado os dados fornecidos pelos fabricantes de motores utilizados no sistema, a corrente estimada de partida do motor foi de 125ª, ou seja cinco vezes o valor da corrente nominal do motor elétrico da Bosch, F 006 KM0 611. Os MOSFET´s escolhidos para esta implementação foram o IRF 1405, que dentre suas características contidas em seus datasheet observamos que o 21 mesmo pode suportar até 169A, como seu encapsulamento é o TO-220 a corrente de trabalho passa a ser de 75A como mostra a figura 14, o que tornase importante neste caso é um bom sistema de arrefecimento, pois fica claro que a temperatura acaba limitando o valor de corrente que o componente pode suportar. Curva temperatura IRF 1405 Figura 14 Fonte: Datasheet IRF 1405 Outra característica importante esta relacionada a tensão aplicada no gate do IRF chamada Vgs, de acordo com a figura 15 mostra uma relação diretamente proporcional entre a Vgs e a corrente de trabalho do componente, ou seja, quanto maior a tensão maior a corrente. Os valores são bem próximos 22 também quando considerarmos a menor ou maior temperatura de junção do encapsulamento. Curva de Tensão IRF no Vgs 1405 Figura 15 Fonte: Datasheet IRF 1405 A base do MOSFET é sensível a altas ou baixas tensões, mesmo que aplicadas por curtos períodos de tempo, por conta disto, foram instalados diodos para prover esta proteção assim como resistores em paralelo a fim de limitar eventuais problemas com as correntes indesejadas. Para o acionamento do MOSFET é implementado um driver controlador de ponte H HIP 4081, responsável por fornecer tensões e correntes 23 necessárias para os acionamentos dos MOSFET´s, este driver apresenta características importantes quando comparadas com as necessidades do IRF 1405, seu fornecimento de tensão para o Vgs, por exemplo, pode chegar a 20 V, o controle de ponte H se da por completo. Caso necessário pode-se controlar apenas um dos lados, de acordo com a necessidade pode-se inclusive desabilitar as quatro entradas de PWM a fim de deixar o sistema inoperante. Este driver controlador tem 4 entradas além de uma entrada para desabilitar o driver, a tabela 2 é a tabela verdade que compara a relação entre as entradas e saídas do HIP 4081. Tabela 2 Fonte: Datasheet HIP 4081 Quando o pino DIS estiver com seu nível de tensão diferente de zero, as saídas estão desabilitadas, neste caso deixamos esta entrada sempre com nível de tensão em baixo e optamos em deixar as entradas AHI e BHI sempre em nível alto, sendo que o controle de inversão de acionamento que tem quatro saídas ficou a cargo somente das entradas ALI e BHI e a função de parada do 24 sistema ficou a cargo de uma chave geral que garante maior segurança e simplicidade. A figura 17 mostra o circuito da ponte H. Diagrama Ponte H FIGURA 16 Fonte: Própria 3.3.5 Joystick / Bargraph A característica construtiva de um joystick é baseada em dois potenciômetros distintos que enviam sinais com valores resistivos para o sistema de controle. O modelo escolhido tem variação entre 10 Ohms e 10K Ohms. Estes valores são enviados para o conversor A/D do PIC, e por sua vez envia sinais de PWM para o sistema de controle de potencia dos motores 25 elétricos. O bargraph é constituído de um circuito eletrônico que vai monitorar o estado da carga das baterias, a visualização para o cadeirante é feita através de um bargraph de LEDs instalados ao entorno do joystick. Diagrama Joystick FIGURA 17 Fonte: http://media.digikey.com/photos/CTS%20Photos/252A103B60NA.jpg 26 3.4 PLANEJAMENTO - CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO A figura 18 mostra o cronograma de implantação da fase 3 do trabalho de conclusão de curso em questão. Cronograma de implantação da fase III. FIGURA 18 Fonte: Própria 27 4. IMPLEMENTAÇÃO 4.1 DESCRIÇÃO DA MONTAGEM A premissa do projeto é a redução do custo da adaptação de um modelo convencional de cadeira de rodas para um modelo motorizado, foi utilizados dois motores CC automotivos comumente encontrados em ventoinha de radiadores. Como a rotação por minuto do motor é muito elevada, e a relação de velocidade e torque é sempre inversamente proporcional, ou seja, quanto menor a velocidade maior o torque. De acordo com os cálculos já apresentados nos capítulos anteriores, chegou-se a conclusão da necessidade de adaptação de uma polia de redução acoplada ao eixo do motor. A estrutura da cadeira foi parcialmente modificada para o acoplamento dos motores e acondicionamento das baterias, assim como a necessidade da troca do cubo da roda original da cadeira de rodas convencional e também do enraiamento da mesma, de forma a propiciar um encaixe mecânico ideal entre o pneu e a polia de redução adaptada ao eixo do motor. Foi necessária a instalação de um suporte para o joystick da cadeira de rodas motorizadas, neste suporte ainda foi acondicionados os LED´s do bargraph onde o usuário poderá observar as condições de carga das baterias, também foi projetado um carregador de baterias. As principais dificuldades neste processo foram as adaptações mecânicas, incluem-se nelas modificações de estrutura da cadeira, soldas de placas de alumínio para acondicionar as baterias, acoplamento da polia de redução que substitui um conjunto de caixa de redução com engrenagens o que deixaria o projeto financeiramente inviável. 28 Com relação à parte eletrônica do projeto, as principais dificuldades foram no funcionamento da ponte H, que por sua vez não suportou a demanda de corrente necessária para tirar o motor do repouso e ocasionou em pesquisas e cálculos mais precisos com relação a estes problemas assim como um sistema de arrefecimento adequado. Para a implementação do sistema de potência da cadeira de rodas motorizada, foi necessário utilizar placas de circuito impresso distintas, subdivididas em componentes de controle e de potência. 4.2 TESTES, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES 4.2.1 Carregador de baterias A definição do carregador de bateria, para este projeto, foi transformar tensão alternada (127/220)v em tensão continua 12v com uma corrente de 10% do valor nominal da bateria. Para essa transformação de tensão alternada para tensão continua, foi utilizado um trafo 18v 7A e uma ponte retificadora. Para a parte de tensão continua foi utilizado um LM 317 e um transistor 2N3055. Para a simulação do circuito, foi utilizado o software Multisim 11.0, conforme a figura 20, na realização de estudos e testes do circuito. No software Multisim, a carga de uma lâmpada 12v 72W foi simulado no lugar da bateria, para obter o valor de tensão e poder carregar a bateria com a tensão e corrente necessária, tendo o resultado de saída mostrado no multímetro do software. Por conseguinte, tais esquemas foram montados em protoboard, a fim de averiguar pontos críticos, melhorias, ajustes e determinação dos limiares dos componentes reais. Vide figura 20. 29 Diagrama Carregador de baterias Figura 19 Fonte: Própria Após a simulação do circuito com o software Multisim 11.0, teve-se a montagem no protoboard e a realização dos testes em bancada. Após todos os testes de simulação e testes de bancadas terem sido executados com sucesso, o circuito foi projetado para confecção da PCI, utilizando o software OrCaD 16. 30 Montagem do Carregador de baterias Figura 20 Fonte: Própria 4.2.2 Bargraph O desenvolvimento do circuito foi realizado em uma vasta pesquisa de componentes, para demonstrar o funcionamento simples de um indicador de nível de tensão de bateria. Após pesquisas realizadas, foi encontrado o componente LM 3914. Esse componente detecta os níveis de tensão da bateria e impulsiona a 10 diodos emissores de luz com base no nível de tensão que é detectado. Os testes foram realizados no protoboard, conforme a figura 21, utilizando uma fonte de tensão que simulou a tensão da bateria, a fim de averiguar pontos críticos, melhorias, ajustes e determinação dos limiares dos componentes reais. 31 Montagem do Bargraph Figura 21 Fonte Própria O circuito foi definido como DOT, apenas um LED de cada vez é aceso. Adotou-se essa configuração, para que o cadeirante tenha uma visualização melhor do bargraph, sendo que o primeiro LED vermelho acende com 12.5v. A configuração do bargraph esta contida em 4 LEDs vermelho, 3 LEDs amarelos e 3 LEDs verdes. Os LEDs verdes permanecem acesos numa faixa de tensão de 13.7v a 13v, os LEDs amarelos permanecem acesos numa faixa de tensão de 12.9v a 12.6v e os LEDs vermelhos permanece aceso numa faixa de tensão de 12.5v a 12v. Conforme a tensão vai diminuindo, os LEDs do bargraph vão apagando, demonstrando que bateria esta sendo descarregada. Esse circuito foi montado e testado diretamente no protoboard, sem passar por uma montagem de circuito em software, sua montagem foi efetuada, através de estudos em cima do datasheet do componente e algumas pesquisas de internet. Encontrou-se uma dificuldade no dimensionamento dos 32 resistores, para que a tensão de descarregamento da bateria esteja de acordo com a sinalização dos LEDs. Após todos os testes de bancadas terem sido executados com sucesso, o circuito foi projetado para confecção da PCI, utilizando o software OrCaD 16. 4.2.3 Motores Para o acondicionamento dos motores na cadeira de rodas convencional foi providenciado um suporte de ferro, o qual com o auxilio de parafusos auto-travantes possibilitou um acoplamento de forma a deixar a polia de redução do eixo da cadeira de rodas alinhada ao pneu da cadeira. A figura 22 mostra estas adaptações do suporte e dos parafusos. Motor CC Figura 22 Fonte: Própria 33 A polia de redução foi confeccionada em ferro fundido, com uma recartilhagem para aumentar a aderência com o pneu, essa polia foi parafusada junto ao eixo do motor, o diâmetro da polia foi de tal forma a garantir a velocidade e torque necessário para os deslocamentos da cadeira de rodas motorizada. Na figura 23 mostra a polia de redução. Polia de redução Figura 23 Fonte: Própria 4.2.4 Ponte H O teste de funcionamento da ponte H foi realizado em um protobord, neste teste, foram utilizados motores com corrente nominais muito menores dos utilizados no projeto a fim de proteger o próprio protobord que não suportaria a corrente de partida dos motores, o teste serviu para comprovar o funcionamento do driver HIP 4081 que controla a ponte H. O segundo passo foi 34 construir uma placa de circuito impresso para testar os MOSFET´s com o motor que seria utilizado na cadeira de rodas motorizada, neste momento encontramos algumas dificuldades, pois os modelos de MOSFET´s escolhidos não foram os ideais, os mesmos não agüentavam a corrente de partida do motor, desta forma optou-se pela substituição dos IRF 3205 para IRF 1405. A figura 24 mostra os drivers e os IRF´s que compõem as duas pontes H, sendo uma para cada motor. Montagem da Ponte H Figura 24 Fonte: Própria A figura 25 (face 1) e figura 26 (face 2) mostram somente a placa de potência da ponte H, esta solução foi adotada pelo valor de corrente que circula 35 pelos componentes, desta forma houve a confecção de um circuito para controle e outro para potencia da ponte H. Placa de Potência da Ponte H Figura 25 Fonte: Própria Placa de Potência da Ponte H Figura 26 Fonte: Própria 36 4.2.5 Joystick / Bargraph Pela sua característica construtiva o joystick permite que o circuito eletrônico responsável pelo seu funcionamento, para esta aplicação, limite-se apenas a ligações diretas entre ele e o microcontrolador, que foi utilizado no projeto de controle da cadeira de rodas motorizada. O joystick foi alimentado com uma tensão de 5 V, de acordo com a combinação de movimentos da manopla, este valor de tensão se altera na sua saída o que permite que um conversor AD embutido no PIC trate estes sinais de forma a manipular os movimentos dos motores da cadeira de rodas motorizada. Depois de tratados pelos AD este sinal sai no PIC em forma de sinais PWM que chegam até os drivers da ponte H, a fim de comandar os motores do sistema. Na fixação do joystick foi construído um braço metálico na cadeira de rodas, proporcionando maior conforto nas manobras realizadas pelo cadeirante. O suporte do joystick também vai acondicionar os LEDs do bargraph. Este componente foi importado, pois na sua grande maioria os encontrados no mercado nacional não atendiam nossas necessidades pelo fato de não utilizarem potenciômetros e sim sensores de fim de curso como componente de controle do mesmo. 37 4.4 Placas de Circuito Impresso 4.4.1 Carregador de baterias O circuito do carregador de bateria, esta separado dos demais circuitos da cadeira de rodas motorizados, sendo ele um circuito impresso individual. Diagrama do Carregador de Bateria Figura 27 Fonte: Própria 38 4.4.2 Acumuladores de energia As baterias estão embutidas diretamente na cadeira de rodas motorizadas, para alimentação do sistema e funcionamento da cadeira. 4.4.3 Motores Os motores foram ligados diretamente na placa de circuito impresso da ponte H e circuito de potência. 4.4.4 Ponte H O desenvolvimento das placas de circuito impresso da ponte H foram realizados em um software de simulação para projetos de circuitos eletrônicos chamado OrCAD, optou-se pela divisão do circuito em placa de potência onde estão os MOSFET´s e placa de controle, onde dentre outros componentes ficaram os drivers controladores HIP4081. A placa de potência foi desenvolvida em duas faces que para melhor entendimento foram nomeadas de face 1 e face 2, sendo que na face 1 (Figura 28) a própria malha foi considerada como trilha, sendo dividida em GND e VCC oriundos da bateria, na face 2 (Figura29) da placa, a malha foi dividida em quatro partes iguais, regiões estas de atuação dos MOSFET´s e a placa completa de controle da ponte H (Figura 30). 39 Diagrama de Potência GND Diagrama de Potência VCC Figura 28 Figura 29 Fonte: Própria Fonte: Própria Diagrama completo da Ponte H Figura 30 Fonte: Própria 40 4.4.5 Joystick / Bargraph O joystick foi ligado diretamente na placa de circuito impresso do sistema controle, conforme a figura 31. Diagrama sistema de Controle Figura 31 Fonte: Própria 41 5.RESULTADOS Os resultados propostos para o projeto cadeira de rodas motorizada obtiveram grande sucesso ao longo do desenvolvimento. O bom funcionamento da ponte H deve-se ao driver HIP 4081, que controla o acionamento dos MOSFET IRF 1405 através de tensões e correntes. Após os testes realizados com a ponte H no protoboard, foi possível realizar testes com os motores na cadeira de rodas com o peso do cadeirante e baterias, obtendo um grande sucesso no funcionamento da placa de potência. O bargraph foi dimensionado para medir o nível de tensão das baterias, o nível de tensão é regulado quando as baterias estão sendo utilizadas com carga. Pois teve uma situação em que as baterias apresentavam um nível de tensão de 12.7v sem carga, quando testada com carga as baterias tinham nível de tensão de 12.1v e estavam quase descarregada. Por esse motivo o bargraph foi regulado para medir a tensão das baterias com carga, quando a cadeira estiver em movimento, pois quando ela estiver em repouso o nível de tensão medido pelo bargraph será outro. Com o intuito de desenvolver uma cadeira de rodas motorizada no nível de segurança para o cadeirante, o sistema de segurança da cadeira é apresentado por eletromecânicos. um Esses inclinometro, itens redução obtiveram de grande velocidade sucesso e no freios seu desenvolvimento sendo realizada na parte de controle da cadeira de rodas. A parte de redução de velocidade é dada através do joystick, onde ele controla a aceleração e desaceleração dos motores e faz a parte do deslocamento da cadeira. 42 Ao final do projeto, com a parte de potência e a parte de controle montada, foram ligadas as baterias para alimentação de todo o sistema e verificar alguma falha possível. A cadeira de rodas motorizada não apresentou nenhuma falha, após isso, todos os testes foram realizados completos com uma pessoa sentado na cadeira para verificação do desempenho. 43 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS/ CONCLUSÃO Para atender a grande maioria dos cadeirantes que não possuem uma condição financeira para comprar uma cadeira de rodadas motorizadas, o desenvolvimento deste projeto foi para atender esses tipos de pessoas. O intuito do projeto é customizar a cadeira de rodas motorizada, transformando uma cadeira manual em motorizada. Neste projeto foi desenvolvido um sistema de controle de potência utilizando uma ponte H, que suporta as tensões e correntes necessárias para acionar os dois motores CC, alem de mudar o sentido de rotação dos motores. Um dos maiores problemas encontrado foi o dimensionamento da ponte H, onde os componentes IRF 3205 não suportou a corrente de partida do motor. Sendo assim trocados por um IRF 1405 que suporta uma corrente maior na partida dos motores. O sistema de controle e potência é alimentado por duas baterias e tem um bargraph que mostra o nível de tensão das mesmas. Para o carregamento das baterias é utilizado um carregador de baterias com alimentação 127/220 v, que não esta acoplada na cadeira de rodas. O sistema desenvolvido apresentou os resultados almejados com sucesso. Como a cadeira de rodas utilizada no projeto era manual, foi necessário fazer um reforço em sua base, para que a estrutura posa agüentar o peso das baterias e do cadeirante, também foi realizada uma adaptação para colocar os dois motores CC, as baterias, placas de controle, placas de potência e joystick. Para a utilização da polia, foi necessário fazer uma recartilhagem para que a mesma tenha um atrito maior com o pneu e não venha a patinar na hora do 44 deslocamento ou subida em rampas. Na acoplagem dos freios a discos, foi necessário fazer um enrajamento nos aros da roda da cadeira, para que ela não prejudicasse o seu funcionamento. Pode-se obter como melhoria futura, a instalação de comandos no código do firmware para quando os sensores do inclinometro forem acionados, eles tomarem alguma ação para retardar algum perigo ao cadeirante e também no carregador de baterias, colocando um led avisando quando as bateria estão carregadas e indicando o termino do carregamento. 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PESQUISA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA: http://aol.universia.com.br/materia/imprimir.jsp?id=18956 Acessado em 02/04/2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 02/04/2010 Gazeta do povo http://www.gazetadopovo.com.br/blog/inclusilhado/?mes=201005 Acessado em 04/05/2010 IGBT: TORRICO BASCOPÉ, René; PERIN, Arnaldo José. O Transistor IGBT aplicado em eletrônica de Potência.Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997. NORMAS ABNT: UNIVERSIDADE FEDERAL. Normas para apresentação de Documentos Científicos, 4. 2ª e.d. Curitiba: Editora UFPR, 2007. UNIVERSIDADE FEDERAL. Teses, Dissertações, Monografias e Outros Trabalhos Acadêmicos, 2. 2ª e.d. Curitiba: Editora UFPR, 2007. MOTORES: DEL TORO, V. Fundamentos de máquinas elétricas, Editora LCT, 1994. http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/38 46 CARREGADOR DE BATERIAS: http://www.te1.com.br/2008/12/carregador-de-baterias-de-carro-com-lm317/ http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/38 ACUMULADOR DE ENERGIA: JOHNSON CONTROLS, Treinamento Técnico em Bateria Automotiva. 47 APÊNDICE A ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA Abaixo é apresentada uma estimativa de custos básica para o desenvolvimento do projeto. COMPONENTE QTD VALOR TOTAL HIP 4081 2 R$ 20,47 R$ 40,94 IRF 1405 8 R$ 8,50 R$ 68,00 Resistor 150 Ω 8 R$ 0,03 R$ 0,24 Resistor 220kΩ 4 R$ 0,03 R$ 0,12 Resistor R16 e R18 4 R$ 0,03 R$ 0,12 Trimpot r17 e r19 2 R$ 2,00 R$ 4,00 Diodo 1n5822 8 R$ 0,50 R$ 4,00 Diodo Sup. Transient 3 0,8V 5 R$ 1,16 R$ 5,80 Diodo 1n4937 4 R$ 0,14 R$ 0,56 Driver HIP 4081 2 R$ 19,98 R$ 39,96 LM7812 1 R$ 0,75 R$ 0,75 LM 3914 1 R$ 5,72 R$ 5,72 LM 317 1 R$ 4,50 R$ 4,50 Capacitor 2,2µF 1 R$ 0,10 R$ 0,10 Capacitor 2,2kµF 1 R$ 0,10 R$ 0,10 Capacitor 1µF 4 R$ 0,10 R$ 0,40 48 Capacitor NP 100ƞF 3 R$ 0,10 R$ 0,30 Capacitor 330ƞF 1 R$ 0,10 R$ 0,10 Capacitor 10µF 1 R$ 0,10 R$ 0,10 10 R$ 0,70 R$ 7,00 N3500 2 R$ 3,90 R$ 7,80 Ponte retificadores 1 R$ 4,90 R$ 4,90 Transformador 1 R$ 100,00 R$ 100,00 0,50 R$ 5,00 Motor 2 R$ 207,00 R$ 414,00 Joystick 1 R$ 115,90 R$ 115,90 Baterias 2 R$ 290,00 R$ 580,00 Polias 2 R$ R$ 62,00 Led Borne KRE 10 R$ 31,00 TOTAL R$ 1.472,41 49 APÊNDICE C Custos efetivos com mão de obras contratadas. SERVIÇOS CONTRATADOS Mão-de-obra de adaptação QTD VALOR 1 R$ 200,00 TOTAL TOTAL R$ 200,00 R$ 200,00 ��������������������������������������������������������������������������� ��������������������������������������������������������������������������������� �����������������������������������������������������