RELATÓRIO ATIVIDADES 2014 // ÍNDICE // APRESENTAÇÃO 5 AÇÃO SOCIAL EM NÚMEROS 7 CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO ORGÂNICO, ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO E ATIVIDADES 9 1 ENQUADRAMENTO ORGÂNICO 11 2 ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO 19 3 PROJETO SUSTENTABILIDADE NA AÇÃO SOCIAL 27 4 ATIVIDADES 33 4.1 APOIOS DIRETOS ................................................................................................................................ 35 4.1.1 BOLSAS 35 4.1.2 FAS 42 4.1.3 FUNDO SOLIDÁRIO 46 4.2 APOIOS INDIRETOS ........................................................................................................................... 47 4.2.1 ALIMENTAÇÃO 47 4.2.2 ALOJAMENTO 70 4.2.3 APOIO MÉDICO 83 4.2.4. APOIO À INFÂNCIA 90 4.2.4.1 CRECHE 93 4.2.4.2 JARDIM DE INFÂNCIA 97 4.2.5 INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO 104 4.2.6 PASEP 109 4.3 OUTRAS ATIVIDADES ...................................................................................................................... 115 4.3.1 OFERTA INTEGRADA DE SERVIÇOS 115 4.3.2 SERVIÇOS DE CATERING 125 4.3.3 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 130 5 RECURSOS HUMANOS 133 6 ÁREA FINANCEIRA 141 7 COMPRAS, LOGÍSTICA E MANUTENÇÃO 145 7.1 COMPRAS E LOGÍSTICA ................................................................................................................. 146 7.2 MANUTENÇÃO .................................................................................................................................. 149 8 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 153 9 PROTOCOLOS E PARCERIAS 159 10 INVESTIGAÇÃO 165 11 APOIO À GESTÃO 169 11.1 APOIO JURÍDICO ............................................................................................................................ 170 11.2 HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR ..................................................................................... 171 11.3 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................................................... 176 11.3.1 SAS E OS MEMBROS DA COMUNIDADE UC 176 11.3.2 SAS NA CAPTAÇÃO DE NOVOS PÚBLICOS 180 11.3.3 SAS COM AS SUAS PESSOAS 180 11.4 QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA ................................................................................. 184 11.4.1 DESENVOLVIMENTO DO SGQ-UC NOS SAS 184 11.4.2 GESTÃO DE ELOGIOS, SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES (SIM@UC) 188 11.4.3 AUSCULTAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS 192 11.4.4 MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE E DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO 193 CAPÍTULO II PRESTAÇÃO DE CONTAS 12 PRESTAÇÃO DE CONTAS 195 197 12.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL ....................................................................................................... 199 12.2 SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA ............................................................................. 204 12.3 INVESTIMENTO ................................................................................................................................ 212 CONCLUSÃO 215 ANEXOS 216 Anexo 1: Monitorização Plano de Ação 2011-2015, a 31/12/2014................................................ 216 APRESENTAÇÃO “A melhor forma de nos libertarmos de um problema é resolvê-lo” Brendan Francis Os últimos anos foram particularmente difíceis para os Serviços de Ação Social e para as suas pessoas. O contexto de incerteza provocado pelas fortes restrições orçamentais do país, das instituições e das famílias motivou angústias e desmotivação, que tornaram ainda mais difícil a operacionalização de mudanças absolutamente essenciais para reverter o aparente inevitável rumo para o abismo. Foi perfeitamente visível, com especial acuidade nos anos de 2011 e 2012, que havia um problema que era preciso resolver: o problema da sustentabilidade económico-financeira dos SAS. Todo o corpo de trabalhadores percebeu a dimensão e os possíveis impactos de tal problema e, em grande articulação com a Reitoria e com os dirigentes dos SAS, arregaçou as mangas e colaborou ativamente na resolução do problema conjunto. A consequência desses esforços veio a revelar-se, de forma clara, nos resultados históricos alcançados neste exercício de 2014, com resultados líquidos e operacionais positivos de 506.239,87€ e 313.864,83€, respetivamente. No presente relatório descrevem-se, de forma sumária, todas as atividades desenvolvidas pelas diversas áreas de atuação dos SAS que contribuíram para aqueles resultados. O relatório está dividido em dois grandes capítulos. O primeiro, referente ao enquadramento orgânico, estratégico e às atividades e o segundo referente à prestação de contas. Em termos de atividades de relevo destacam-se, em 2014, pelo seu impacto financeiro e sinergias conseguidas internamente e junto da comunidade UC, a abertura de novos espaços de alimentação (Restaurante Universitário Colégio de Jesus e Bar da Faculdade de Letras), o incremento dos serviços de catering, as “Operações Queima e Latada”, os “Encontros de Cozinhas do Mundo”, o aumento da taxa de ocupação das residências universitárias e o início do renascimento do Centro Cultural Dom Dinis, numa nova filosofia e em estreita articulação com os serviços de catering. Os resultados positivos decorrentes destas atividades permitiram manter outras, tradicionalmente menos sustentáveis, mas de suma importância para a comunidade UC, como é o caso dos serviços médicos, objeto de fusão, em 2014, com a medicina e segurança do trabalho, e dos serviços de apoio à infância. Tratam-se de duas áreas de intervenção social que no próximo ano continuarão a ser alvo de desenvolvimentos e de melhoria dos processos de gestão e de afirmação junto da comunidade UC. Numa outra vertente, salientam-se as iniciativas desenvolvidas na área dos apoios aos estudantes com o propósito, cada vez mais presente, de prevenção do abandono escolar e de promoção do sucesso académico. Neste contexto destacam-se a alteração do Regulamento do FAS, a disseminação do PASEP, o acompanhamento aos estudantes com bolsa rejeitada e a procura de novos apoios sociais, da qual é exemplo uma candidatura ganhadora de apoios da Fundação Montepio (cujos efeitos se repercutirão em 2015). O 5 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 impacto destas iniciativas comprova-se no aumento dos estudantes apoiados e no volume financeiro destes apoios, exclusivamente garantido por receitas próprias da UC. Indissociáveis destes resultados são as melhorias que têm vindo a ser produzidas ao nível dos processos de suporte (gestão financeira, recursos humanos, compras e logística e manutenção) e dos sistemas de informação, no sentido da agilização e uniformização de procedimentos, garantindo o escrupuloso cumprimento da legislação de enquadramento. Este desafio de melhoria dos processos de suporte continuará presente nos próximos anos, tentando acompanhar toda a dinâmica e inovação na área da prestação de serviços à comunidade UC. Chegamos assim ao final do ano 2014 com a sensação de alívio de ter resolvido o problema, mas naturalmente não há lugar para distrações. Os desafios internos continuam a ser muitos, tanto na área dos investimentos necessários em infraestruturas de utilização intensíssima, como na adequação das respostas às novas exigências e expectativas da comunidade UC, como na manutenção de níveis adequados de motivação dos trabalhadores. Por outro lado, as variáveis externas que podem condicionar a atuação dos SAS podem ser inesperadas e incontroláveis. Os SAS estarão seguramente atentos e à altura dos novos desafios. Regina Dias Bento Administradora dos SASUC 6 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 AÇÃO SOCIAL EM NÚMEROS 2014 Global 426 454 Taxa de Absentismo 4,3% 5,1% -0.8 p.p. 58,11% 52,49% 5,62 p.p. Grau de Execução Orçamental 97,18% 99,37% -2,19 p.p. Resultado Operacional (%) 103,06% 98,27% 4,79 p.p. N.º de unidades alimentares 15 13 N.º de lugares sentados Nº Refeições Servidas -6,2% 2 15,4% 2.720 2.768 -48 -1,7% 859.395 876.153 -16.758 -1,9% -188 -4,8% 3.706 3.894 Taxa de Cobertura por RP 80,2% 73,5% 6.7 p.p. 65% 61,2% 3,8 p.p. N.º de residências Capacidade * Taxa de ocupação Nº candidaturas regime geral * 14 14 0 0% 1.325 1322 3 0,2% 85,95% 78,43% 1.265 1.254 11 0,88% -26 -2,36% 7, 52 p.p. Nº alojados regime geral * 1.077 1.103 Taxa de Cobertura por RP 96,88% 82,36% 14,52 p.p. n.d. n.d. - Taxa de Satisfação Serviços de Saúde -28 Nº Médio de Refeições/Dia Taxa de Satisfação Alojamento Variação Nº Trabalhadores Taxa de Cobertura por RP Alimentação 2013 N.º de especialidades 7 8 -1 -12,5% 6.660 7.657 -997 -13% Nº renovação medicação 384 507 -123 -24% Atos enfermagem pagos 673 714 -41 - 6% -452 Nº Consultas Outros atos clínicos 2.552 3.004 Taxa cobertura por RP 20,8% 18,1% 2.7 p.p. -15% Taxa satisfação n. d. 75% - Nº candidatos* 5.008 5.112 -104 -2,03% Nº bolsas atribuídas* 2.662 3.018 -356 -11,8% Apoios Diretos Bolsas Nº indeferidos* Valor bolsa* F.A.S PASEP (1) 777 946 -169 -17,86% Máximo 6.075€ 6.075€ 0€ 0% Mínimo 320€ 320€ 0€ 0% Nº candidatos F.A.S propinas* n.a. 464 - - Nº benefícios atribuídos* n.a. 356 - - Nº F.A.S subsídio de emergência* n.a. 22 - - N.º de ofertas de atividades 20 7 - - N.º de alunos apoiados 126 25 - - 46,91 54,73 -7,8 -14,3% 27,65% 27,11% 0,54 p.p. 70% n.d. - Apoio Infância Creche Ocupação média Taxa de cobertura por RP Taxa satisfação Jardim de Infância Ocupação média Taxa de cobertura por RP Taxa satisfação 76 69,36 63,01% 51,86% 6,64 11,15 p.p. 9,6% 90% n.d. - * Indicadores aferidos com referência a ano letivo: 2014 – 2014/15 (a 31/12/2014); 2013 – 2013/14 (a 31/12/2013). (1) – Programa de Apoio Social a Estudantes através de Atividades de tempo Parcial que teve início a 2/12/2013. 7 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO ORGÂNICO, ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO E ATIVIDADES 1 ENQUADRAMENTO ORGÂNICO Desde a sua criação, em 1966, os SAS (então também com outra designação), foram enquadrados segundo modelos diferentes, em momentos cuja significância importa relembrar. O último desses movimentos de atualização e adequação da moldura orgânica dos SAS, sob a qual o ano 2014 terá necessariamente de ser entendido, teve início em 2012. Nesse contexto, o ano de 2014 poderá ser resumido como de consolidação da mudança e do objetivo de ajustamento do modelo de ação social na UC, preconizados no ciclo de planeamento estratégico da UC 2011-2015, cujas principais implicações orgânicas se fizeram sentir em 2012. 11 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 ENQUADRAMENTO ORGÂNICO EM RETROSPETIVA Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SAS) foram criados pelo Decreto-Lei n.º 47303, de 7 de novembro de 1966. Até meados da década de 80 do século XX encontravam-se na dependência do Reitor da UC, embora entendidos como organismo dotado de personalidade jurídica e governo autónomo. A partir de 17 de maio de 1980, com a publicação do Decreto-Lei n.º 132/80, de 17 de maio, estes Serviços foram instituídos como pessoas coletivas de direito público, dotados de autonomia administrativa e financeira, na direta dependência do Ministério da Educação. Este enquadramento foi revogado em 1993, com a publicação do Decreto-Lei n.º 129/93, de 22 de abril, que veio estabelecer as bases da política de ação social no Ensino Superior, enquadrando o seu desenvolvimento no âmbito das respetivas instituições de ensino, às quais competia definir o modelo de gestão a adotar e a escolha dos instrumentos mais adequados para executar a política definida pelo Governo. Com a publicação do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior - RJIES (Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro), os Serviços passaram a ter autonomia administrativa e financeira, nos termos e âmbito definidos por lei e pelos estatutos da instituição de ensino superior a que estivessem adstritos, sendo sujeitos à fiscalização exercida por fiscal único e as suas contas consolidadas com as da instituição. O RJIES também revogou os artigos 12.º a 17.º do Decreto-Lei n.º 129/93, passando os Serviços de Ação Social a ser geridos por um Administrador, sem competências próprias (apenas as delegadas pelo Reitor), deixando de ter um órgão coletivo de gestão (Conselho Administrativo). Com a publicação dos Estatutos da Universidade de Coimbra, a 1 de setembro de 2008, ficaram reunidas as condições para a criação do primeiro Regulamento Orgânico dos SAS, a 12 de março de 2010 (D.R., 2.ª Série – n.º 50). Com esta alteração, os SAS passaram as estar estruturados em 4 Direções de Serviços; 7 Divisões e 19 Serviços/Gabinetes na dependência direta do Administrador, dos Diretores de Serviços ou dos Chefes de Divisão. A missão dos SAS (artigo 28º dos Estatutos da Universidade de Coimbra) manteve como objetivo primordial o apoio aos estudantes, concretizado em medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência; medidas de apoio social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de saúde, apoio às atividades culturais e desportivas, acesso ao apoio psicopedagógico e ainda outros tipos de apoios de carácter social, cultural e educativo. Em 2012, operaram-se alterações significativas ao modelo orgânico e de gestão dos SAS, impulsionadas pelo contexto nacional e internacional de forte restrição orçamental, com impacto direto na redução do financiamento das instituições de Ensino Superior por via do orçamento de Estado. O Conselho Geral de 7 de dezembro aprovou o documento “Perspetivas sobre os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra”, onde se preconizava uma dinâmica de mudança nas estruturas e processos dos SAS, ao nível, quer das competências de gestão - pela redefinição do desenho do funcionamento e da orgânica dos SAS; quer de aspetos organizacionais – pela análise de redundâncias de serviços entre a UC e os SAS para determinação de complementaridades; quer a nível da sustentabilidade – pela adoção de uma política de preços que assegurasse o equilíbrio financeiro dos SAS, sempre que não estivesse em causa a 12 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 prestação de serviço social; promoção de parcerias que viabilizassem formas alternativas de financiamento; adoção de medidas de racionalização de custos com enfoque nas áreas mais relevantes de despesa: recursos humanos (ex. reafectação de pessoas entre áreas da UC), alimentação e manutenção. Em 17 de fevereiro de 2012 foi publicado o Regulamento Geral dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (Regulamento n.º 61/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 35), que define os SAS como um serviço da UC, ao qual cabe desenvolver a ação social universitária no âmbito da UC. Como princípios da gestão administrativa, financeira e patrimonial define-se que os SAS são serviços dotados de autonomia administrativa e financeira no âmbito da UC, encontrando-se sujeitos aos órgãos de governo da Universidade no que toca à sua gestão administrativa, financeira, patrimonial e de recursos humanos. Define-se ainda que estes Serviços estão sujeitos a fiscalização do Fiscal Único da Universidade; consolidação de contas com a UC e que não dispõem de património imobiliário próprio. São designados como órgãos dos SAS: o Conselho de Ação Social (enquanto órgão superior da ação social no âmbito da UC, com competências para a definição e orientação do apoio a conceder a estudantes); o Conselho de Gestão da Universidade (com competências para conduzir a gestão dos SAS no âmbito administrativo, financeiro, patrimonial e de recursos humanos); o Reitor da UC (órgão superior de governo) e o Administrador dos SAS (para assegurar a gestão corrente). Ao nível de orçamento e finanças, este Regulamento determina ainda que os SAS apresentam o projeto do seu orçamento, com base na dotação que lhes for atribuída pela Universidade e nas suas receitas próprias, competindo ao Conselho de Gestão da Universidade aprovar o projeto de orçamento e o projeto de relatório e contas dos SAS. Na sequência deste Regulamento e das perspetivas de mudança aprovadas, procedeu-se ainda à reorganização da estrutura orgânica dos SAS, numa ótica de atualização ao contexto, com a necessária racionalização das estruturas e melhor aproveitamento de recursos, eliminando redundâncias de serviços entre a UC e os SAS, tendo em vista a determinação de possíveis complementaridades. A nova estrutura orgânica ganhou forma com a publicação, a 16 de março de 2012, do Regulamento Orgânico dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (Regulamento n.º 122/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 55). Das alterações mais significativas destaca-se a redução de quatro para duas Direções de Serviços, valorizando-se o enfoque na missão, em detrimento do enfoque na estrutura. Foram ainda criadas, ao abrigo artigo 4.º do novo Regulamento Orgânico, equipas de projeto, entendidas como estruturas provisórias, criadas pelo Administrador dos SAS, para responder a necessidades não permanentes dos SAS ou visando a solução de novas questões ou exigências. No início de 2013, a estrutura orgânica dos SAS compreendia, além das unidades formalmente definidas no Regulamento Orgânico, três equipas de projeto, duas delas, na dependência do Administrador, determinaram a criação de estruturas provisórias para desenvolvimento de processos da competência de unidades orgânicas dos serviços de suporte (Equipa de Projeto Compras) e de serviços de apoio ao estudante (Equipa de Projeto para Atribuição de Benefícios Sociais). A terceira equipa de projeto constituída, na dependência da Direção de Serviços de Suporte à Atividade, visou a implementação das competências dos Serviços de Oferta Integrada (estrutura fixa na orgânica dos SAS). 13 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Em função da maior plasticidade da estrutura dos SAS decorrente do atual enquadramento orgânico, que passou a incluir além de estruturas permanentes, as estruturas transitórias, o ano 2013 foi marcado por mudanças tendentes à consolidação da nova configuração orgânica. Este movimento incluiu as alterações à estrutura orgânica abaixo detalhadas. a) Extinção de algumas equipas de projeto criadas em 2012: Julho de 2013 – Extinção da equipa de projeto na área das compras, que tinha sido constituída pelo Despacho n.º 9528/2012, de 13 de julho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 135, com o objetivo de adequar as práticas da contratação pública aos requisitos legais e estatutários, sem que tal gerasse interrupção ou quebra da qualidade do serviço prestado à comunidade universitária; Final do ano letivo 2012/2013 – Extinção da equipa de projeto na área da atribuição de benefícios sociais, que tinha sido constituída pelo Despacho n.º 8314/2012, de 20 de julho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 118, com o objetivo de assegurar as atividades de atribuição de benefícios sociais aos estudantes da UC candidatos a bolsa sem alojamento e ao Fundo de Apoio Social, assim como de assegurar as áreas técnicas de suporte a estas atividades e providenciar os indicadores à gestão de topo; 31.12.2013 – Fim da duração da equipa de projeto para implementação dos Serviços de Oferta Integrada (SOI), que tinha sido constituída pelo Despacho n.º 8313/2012, de 20 de julho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 118, com o objetivo de promover a diversificação da carteira de serviços dirigidos à comunidade universitária, assumindo-se como uma importante e alternativa fonte de receitas próprias, através da implementação dos SOI nas suas diversas vertentes (atividades de limpeza, segurança, tratamento de roupa, aluguer de espaços à comunidade universitária) e rentabilização do Centro Cultural D. Dinis e da Quinta de S. Marcos. b) Constituição de novas equipas de projeto para aprofundamento da reestruturação orgânica em curso: 09.10.2013 – Constituição da equipa de projeto para implementação do “Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial” (PASEP), constituída pelo Despacho n.º 12917/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 195, com o objetivo de proporcionar aos estudantes da Universidade de Coimbra a realização de atividades profissionais em regime de tempo parcial, proporcionando formas de apoio social que lhes permitam prosseguir e concluir, com sucesso, o seu percurso académico e que se manterá em funções até 31.08.2014; De referir que foi ainda criada, em 08.08.2013, a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, constituída pelo Despacho n.º 10379/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 152, com o objetivo de promover um sistema de ação social forte, equitativo, justo e sustentável. Esta equipa foi constituída na dependência da Reitoria da UC, em articulação direta com a Administradora dos SAS. A 31 de dezembro de 2013, a estrutura orgânica dos SAS era a seguinte – Figura 1.1. 14 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 1.1. Organograma SAS, 3.ª revisão de 13/12/2013 15 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 MUDANÇAS AO ENQUADRAMENTO ORGÂNICO OPERADAS EM 2014 Na sequência da análise e da reflexão alargada efetuadas no âmbito do Projeto de Sustentabilidade na Ação Social e tendo em conta o processo de alterações em curso das estruturas da Administração da Universidade de Coimbra e dos SASUC, foram identificadas algumas atividades que assumiam natureza idêntica ou complementar e cuja agregação se apresentava como meio conveniente e adequado aos diferentes público-alvo, tendo em vista uma melhor prestação dos serviços e um melhor aproveitamento dos recursos envolvidos. Por outro lado, durante o ano de 2014 verificou-se igualmente a necessidade de proceder ao ajustamento dos Serviços de Oferta Integrada em função do seu crescimento e reconhecimento na comunidade universitária. Estas constatações determinaram nova alteração ao Regulamento Orgânico dos SAS aprovado em março de 2012, com a publicação do Despacho n.º 4707/2014, de 1 de abril, que veio criar os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho e transformar os Serviços de Oferta Integrada em Divisão de Oferta Integrada de Serviços. Os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho, nova estrutura criada na dependência da Administradora dos SAS, passaram a compreender as valências já existentes no âmbito dos cuidados de saúde prestados aos estudantes e restante comunidade universitária e no âmbito da saúde ocupacional, abrangendo esta última todos os trabalhadores do grupo Universidade de Coimbra, bem como a prestação de serviços de medicina do trabalho e de segurança e saúde no trabalho a entidades externas, nomeadamente a entidades públicas. Com a criação desta estrutura foram eliminados os Serviços Médicos da UC, até aqui integrados na dependência da Direção de Serviços de Apoio ao Estudante. Por seu lado, a Divisão de Oferta Integrada de Serviços passou a compreender competências para a disponibilização à comunidade universitária de recursos com vista ao desenvolvimento de atividades diversas, nomeadamente nas áreas de gestão de espaços e limpeza e tratamento de roupa, numa base de eficiência económico-financeira. Esta Divisão compreende a Lavandaria, a Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza, o Centro Cultural D. Dinis e a Quinta de S. Marcos. A 31 de dezembro de 2014, a estrutura orgânica dos SAS era a seguinte – Figura 1.2. 16 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 1.2. Organograma SAS, 4.ª revisão de 01/04/2014 ORGANOGRAMA DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Reitor Conselho de Gestão Data: 01-04-2014 Revisão: 4 Conselho de Ação Social Equipa Reitoral Administrador SASUC Equipa de Projeto Sustentabilidade na Ação Social Gabinete de Apoio à Gestão Gabinete de Sistemas Informáticos e de Informação (DI 3.º grau) (DI 3.º grau) Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (DI 2.º grau) Direção de Serviços de Suporte à Atividade Direção de Serviços de Apoio ao Estudante (DI 1.º grau) (DI 1.º grau) Equipa de Projeto Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades a tempo Parcial (PASEP) Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos (DI 2.º grau) Legenda: Nome Cargo Nome Cargo Divisão de Oferta Integrada de Serviços Divisão de Compras e Logística (DI 2.º grau) (DI 2.º grau) Divisão de Alimentação (DI 2.º grau) Serviços de Apoio à Infância Divisão de Acolhimento e Integração (DI 2.º grau) Estruturas permanentes nos termos do Regulamento Orgânico dos SASUC (Regulamento n.º 122/2012, publicado em DR, 2.ª série, n.º 55, de 16 de março, alterado pelo Despacho n.º 4707/2014, publicado em DR, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril) Estrutura transitória nos termos do Artigo 3.º do Regulamento da Reitoria da UC, criada pelo Despacho n.º 10379/2013, publicado em DR, 2.ª série, n.º 152, de 8 de agosto) e Estrutura transitória nos termos do Artigo 4.º do Regulamento Orgânico dos SASUC, criada pelo Despacho n.º 12917/2013, publicado em DR, 2.ª série, n.º 195, de 9 de outubro). 17 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 2 ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO A Universidade de Coimbra definiu em 2011, o “Plano Estratégico e de Ação 2011-2015”, aprovado em reunião do Conselho Geral a 14 de outubro de 2011. Este plano, dirigido a toda a Universidade de Coimbra, apresenta a formulação estratégica e linhas de orientação a seguir pela Universidade no quadriénio 2011-2015, identificadas com base na definição de missão, valores e visão da Universidade de Coimbra, bem como na sequência de uma análise ao contexto da UC e auscultação das partes interessadas. O Plano compreende o quadro de definição estratégica (contemplando pilares de missão e pilares de recursos), objetivos, iniciativas estratégicas, metas e indicadores de desempenho. O contributo dos SASUC para o “Plano Estratégico e de Ação 2011-2015” da Universidade de Coimbra encontra-se definido no documento “Plano de Ação - Serviços de Ação Social 2011-2015”. Este Plano, compreendendo as metas e as ações a desenvolver pelos SASUC no respetivo quadriénio, articulase desde o plano de atividades até ao processo de avaliação de desempenho, em cascata, do nível institucional até ao nível individual. A partir do Plano de Ação dos SASUC e dos contributos dos órgãos de gestão, foi definido o Plano de Atividades SAS 2014, integrando objetivos intermédios alinhados com o planeamento estratégico e o 19 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 elenco de ações a desenvolver em 2014 no âmbito das competências das unidades orgânicas que integram a estrutura orgânica dos SASUC. O Plano de Atividades SAS 2014 foi divulgado junto de todos os trabalhadores dos SASUC – Figura 2.1. Figura 2.1. Enquadramento estratégico SASUC A execução contínua do Plano de Ação dos SASUC tem vindo a ser acompanhada por um conjunto de instrumentos de monitorização e avaliação, procurando-se deste modo, uma maior eficácia no desempenho dos SASUC. Semestralmente, tem vindo a ser apresentada à Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento da Administração da UC, a monitorização deste plano de ação. Em 2014 foram realizados reportes a 31 de janeiro (com referência a 31/12/2013) e a 31 de julho (com referência a 30/06/2014). Os principais dados relativos à última monitorização do Plano de Ação - Serviços de Ação Social 2011-2015, com referência a 31/12/2014, das metas definidas para 2015 demonstram o compromisso dos SASUC em contribuir positivamente para o desempenho global da UC, revelando igualmente áreas de intervenção prioritária a assegurar num próximo ciclo de Planeamento Estratégico da UC. O quadro seguinte resume os dados apurados com relação a 31 de dezembro de 2014 – Quadro 2.1. 20 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 MISSÃO Quadro2.1. Monitorização das metas do Plano de Ação dos SAS 2011-2015, com referência a 31.12.2014 2011 2012 2013 2014 1 a decorrer 4 a decorrer 6 a decorrer 4 concluídos 2 a decorrer 9 concluídos 5 0 1 a decorrer 7 a decorrer 1 concluído 4 a decorrer 8 concluídos 15 n/d 227.750,74€ 626.100,27€ 1.172.051,38€ a monitorizar Índice de polivalência n/d n/d n/d n/d 20% Índice de satisfação n/d n/d n/d n/d 60% Taxa de absentismo 6,67% 5,5% 5,1% 4,3% 6,0% 71,1% 73,5% 82,0% 85% 83,5% 82,4% 96,9% 95% Creche - 22,2% 28,0% 27,1% 27,7% 60% Jardim infantil41,7% 47,8% 51,9% 63,0% 60% 72,40% 75,1% 78,4% 86,0% 95% INVESTIGAÇÃO N.º de projetos de investigação no âmbito das atividades dos SASUC realizados por UOs da UC, apoiados ou promovidos pelos SASUC ENSINO N.º de estágios profissionais facilitados pelos SASUC, ou promovidos pelos SASUC Receitas provenientes de TRANSFERÊNCIA serviços/ "produtos" DE transacionáveis desenvolvidos CONHECIMENTO pelos SASUC RECURSOS PESSOAS ECONÓMICOFINANCEIROS INFRAESTRUTURAS Alimentação66,1% Alojamento 89,8% Taxa de cobertura (total de receitas próprias / total de despesas) Taxa de residências ocupação das Redução dos consumos de água, +€121.652,38/ eletricidade e gás (*) +14,3% dos Cantinas - 60,6% Alojamento prestados 71,5% * Não é possível, de momento, a quantificação em KWh ou m 3 Índice de satisfação ORGANIZACIONAIS estudantes com os serviços Meta 2015 +€223.560,43/ + €96.103,96 / + €59.995,34 redução de +23,5% +13,2% / +8,23% 10% 62,2% 61,2% 65,0% 65% 73,4% n/d n/d 85% Considerando tratar-se da última monitorização do Plano de Ação SAS 2011-2015, realizou-se uma breve análise do desempenho dos SAS no âmbito deste ciclo de planeamento estratégico: PILAR INVESTIGAÇÃO Apesar de a meta definida para o indicador deste pilar ter sido atingida, considera-se que o grau de execução das ações previstas se situa no nível 3. Trata-se de um processo em definição nos SAS, tendo as atividades realizadas neste âmbito sido impulsionadas relativamente, em função de solicitações internas e externas. O facto de não se agir de forma 21 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 proativa obsta a que os SAS controlem o processo, refletindo-se negativamente no indicador ‘nº de melhorias introduzidas na atividade dos SAS em resultado dos projetos de investigação’. Para impulsionar a desejada mudança, a definição e formalização do processo de acolhimento de projetos de investigação nos SAS foi integrada no Plano de Atividades SAS 2015. PILAR ENSINO E1 – Facilitar a integração de estagiários que permitam o desenvolvimento/inovação nos domínios de atividade dos SASUC A iniciativa apresentou um desenvolvimento considerável no período de concretização do Plano de Ação, tendo os SAS acolhido 12 estágios profissionais, ligeiramente aquém da meta de 15 estágios profissionais definida para 2015. Releva-se positivamente o amplo trabalho realizado, a nível da definição das tipologias de estágios acolhidos pelos SAS e da centralização do processo de gestão desta atividade no Núcleo de Gestão de Recursos Humanos. Apesar dos referidos avanços, a definição, a formalização e os instrumentos de monitorização e de avaliação dos estágios ainda apresentam um desenvolvimento incipiente. Para impulsionar o desenvolvimento do processo, esta ação foi integrada no Plano de Atividades SAS 2015. E2 – Incrementar o apoio social e psicopedagógico visando a promoção da igualdade de oportunidades e o desenvolvimento de competências de vida dos estudantes da UC A iniciativa apresentou um desenvolvimento considerável no período de concretização do Plano de Ação, quer pela criação do PASEP, em 2013, quer pela sua consolidação, em 2014, enquanto medida de apoio complementar aos apoios diretos disponibilizados pelos SAS das IES, potencializadora do desenvolvimento de competências dos estudantes da UC. Salienta-se também, neste contexto, o diagnóstico que tem vindo a ser dinamizado desde o ano letivo 2013/2014 junto do universo de estudantes cujas candidaturas a bolsa de estudo foram recusadas, visando a identificação das necessidades e subsequente encaminhamento de situações que configuram carência social e económica que coloquem em risco a permanência e o sucesso escolar desses estudantes na UC. Contudo, consideram-se aquém do grau de execução desejado os desenvolvimentos dos processos de gestão das atividades de aconselhamento psicopedagógico e de acompanhamento de estudantes com necessidades educativas especiais, preocupações já refletidas no Plano de Atividades SAS 2015. 22 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 E3 – Divulgação dos apoios sociais disponibilizados pelos SASUC em colaboração com as escolas secundárias, visando a informação e captação de novos públicos A divulgação junto do público pré-universitário tem sido dinamizada em articulação com outras estruturas da UC e em atividades pontuais promovidas pelos SAS, em articulação com escolas secundárias, ou no âmbito do acolhimento aos novos estudantes aquando do ingresso na UC. Entende-se que esta área deverá ser reformulada, no sentido de, por um lado, a divulgação dos apoios disponibilizados pelos SAS junto do público pré-universitário ser dinamizada pela estrutura da UC vocacionada para o efeito, a Unidade de Eventos e Divulgação, dando os SAS os contributos necessários; por outro lado, a estrutura dos SAS vocacionada para a comunicação centrar a sua atividade na divulgação dos apoios e serviços disponibilizados pelos SAS junto dos membros comunidade UC. PILAR TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO Entende-se que a iniciativa prevista para os SAS no âmbito deste pilar foi definida de modo insuficiente e, em consequência, tem sido de difícil monitorização. Neste processo, foram considerados como ‘produtos transacionáveis’ novos produtos/serviços disponibilizados à comunidade universitária na ótica do ajustamento do modelo de ação social e da otimização dos recursos disponíveis para garantia de uma ação social sustentável. Considera-se, contudo, que esta iniciativa e a interpretação que lhe foi conferida pelos SAS no processo de monitorização não são consistentes com o pilar estratégico em que estão inseridas, sugerindose, para este pilar, que seja alternativamente definido o indicador de monitorização ‘boas práticas’ identificadas nos SAS e divulgadas para efeito de replicação externa. PILARES RECURSOS Pessoas As iniciativas, ações e indicadores definidos assentaram fundamentalmente da definição e na implementação de matrizes de competências desenhadas com base nos perfis funcionais necessários ao funcionamento dos SAS. Neste âmbito, as ações não foram concluídas no período considerado. Como principal obstáculo ao desenvolvimento das iniciativas referidas identificam-se os processos de reestruturação orgânica e de gestão da mudança que marcaram a gestão de processos e de recursos humanos durante toda a vigência do Plano de Ação dos SAS. A ausência de orientações centrais e transversais para toda a UC na definição do processo de implementação das matrizes de competências e do processo de auscultação aos trabalhadores, também contribuíram para o reduzido nível de concretização das iniciativas previstas. 23 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Como ação melhor conseguida neste pilar, destaca-se a dinamização de reuniões periódicas, de estrutura e setoriais, para análise e reflexão sobre os resultados da atividade e envolvimento dos trabalhadores no processo de mudança para um modelo de gestão por processos e por objetivos, o que se reflete positivamente nos indicadores ‘nº de sugestões e propostas de melhoria a presentadas’ e ‘nº de melhorias concretizadas’. O reforço de competências foi também impulsionado através de uma maior divulgação e sensibilização junto dos recursos humanos dos SAS para a frequência de formações inseridas no Plano de Formação Não Docente da UC, a par da formação interna ministrada pelos próprios dirigentes e trabalhadores dos SAS e ao abrigo de protocolos com entidades externas. Económico-Financeiros No âmbito deste pilar, as iniciativas e ações previstas foram amplamente desenvolvidas, embora ainda se considerem aquém do grau de execução do plano. Para o desenvolvimento observado, contribuíram de forma destacada o projeto especial ‘Sustentabilidade na Ação Social’, designadamente ao nível do diagnóstico e proposta de redefinição do modelo de ação social na UC, com impacto no ajustamento de serviços/apoios dos SAS. Destaca-se também o trabalho desenvolvido em articulação com a DAMC para a definição e integração dos processos de gestão dos SAS no sistema de gestão da UC, com a definição do macroprocesso do apoio à comunidade universitária (P074) e criação, na área reservada da UC, de um repositório de documentos do SG destinado aos SAS. O investimento na melhoria dos SI e dos indicadores de atividade foi igualmente um importante contributo para o desenvolvimento das iniciativas previstas neste pilar. Dada a complexidade associada ao desenvolvimento destes processos foram previstas ações para 2015 que visam a continuidade destas iniciativas. Infraestruturas Dado o reduzido nível de investimento em infraestruturas e equipamentos que se observou na última década nos SAS e tendo sido possível assegurar a sustentabilidade dos serviços em 2013, houve necessidade de realizar intervenções neste domínio – na ótica da melhoria contínua dos serviços prestados -, com impacto negativo no indicador fixado: redução de custos de manutenção. Por seu lado, o grau de execução da iniciativa reduzir consumos foi avaliado bastante aquém do desejado, essencialmente pela dificuldade que ainda se observa nos SAS ao nível da monitorização de consumos. Esta ação foi integrada no Plano de Atividades SAS 2015. Organizacionais A reestruturação orgânica foi implementada em 2012, tendo pontualmente, ao longo dos anos seguintes, sido ajustada com a constituição de equipas de projeto. 24 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Em 2014 registou-se ainda uma mudança orgânica, com a agregação de serviços complementares da Administração da UC e SAS, que se materializou na criação dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho e ainda a reestruturação da Oferta Integrada de Serviços, dada a dimensão atingida pela unidade orgânica inicialmente implementada. Em 2014 e 2015 foram definidos Planos de Atividade e Objetivos Intermédios dos SAS, embora apenas em 2015 estes estejam a ser desdobrados para objetivos SIADAP. Em 2015, na sequência do novo mandato reitoral, será definido o novo Plano Estratégico de Ação para 2015 – 2019, em que os SAS serão naturalmente envolvidos. 25 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 3 PROJETO SUSTENTABILIDADE NA AÇÃO SOCIAL O projeto especial “Sustentabilidade na Ação Social’’ foi criado por despacho do Sr. Reitor da UC de 17 de julho de 2013, publicado no DR, 2ª Série, nº 152, de 8 de agosto de 2013, considerando a atual conjuntura e as enormes dificuldades que da mesma resultam para as instituições de ensino superior, que tem obrigado a Universidade de Coimbra a promover ações de natureza diversa no sentido de viabilizar e assegurar um sistema de ação social forte, equitativo, justo e sustentável, capaz de garantir a igualdade de oportunidades e de diluir as diferenças aos níveis do acesso, integração, frequência, realização pessoal e sucesso escolar. A ação desenvolve-se no contexto da ação social, com uma orientação para a satisfação das necessidades básicas dos estudantes, e tem os seguintes objetivos elencados no despacho de criação: a) Proceder ao levantamento de modelos de ação social, caracterizando o seu âmbito, princípios de equidade e sustentabilidade, dimensões e formas de organização e funcionamento; b) Caracterizar a ação social direta e indireta, processos, instrumentos e práticas; c) Efetuar o levantamento das valências da ação social e definir os serviços essenciais; 27 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 d) Identificar qualitativa e quantitativamente os apoios concedidos na Universidade de Coimbra; e) Identificar potenciais parceiros e outros interlocutores interessados, no sentido de promover a concretização das respetivas ações em rede; f) Identificar fontes e formas de captação de apoios externos à Universidade e ao Estado que possam contribuir para a manutenção de uma intervenção social adequada às necessidades dos estudantes; g) Analisar as formas de implementação dos processos, as metodologias de trabalho e os arranjos organizacionais dos potenciais parceiros visando a identificação de condições comuns ou complementares e encontrar soluções de oferta em contextos multilaterais; h) Elaborar propostas fundamentadas de ações a desenvolver e de soluções a adotar que assegurem eficiência e sustentabilidade. A equipa de projeto é constituída por cinco elementos, sendo quatro deles trabalhadores dos Serviços de Ação Social da UC, tendo contado com a colaboração permanente de dois professores da UC (o Prof.º Filipe Almeida da FEUC e a Prof.ª Cristina Albuquerque da FPCEUC), bem como com a participação da Associação Académica de Coimbra, através do seu Presidente e do estudante com o pelouro da ação social. O projeto desenvolveu-se em quatro fases: 1ª Fase - Reflexão com base em análise documental e informação disponível; 2ª Fase - Diagnósticos de análise; 3ª Fase - Entrevistas e Brainstormings; 4ª Fase - Plano de Ação. No contexto da primeira fase dos trabalhos, o grupo de trabalho produziu um documento de reflexão inicial sobre a ação social na UC que identificou três eixos de intervenção nos quais a ação social se estrutura e se desenvolve – Prevenção, Resposta e Desenvolvimento. Cada um desses três eixos decompõe-se em dimensões de intervenção concreta, com fins específicos e possibilidades variáveis de interseção e de sinergia entre si, tendo sido identificadas, para já, nove dimensões de ação social – Figura 3.1. 28 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 3.1. Modelo de Ação Social Projetado Para cada uma dessas dimensões o grupo de trabalho elaborou um diagnóstico da situação atual, documentos esses que serviram de suporte às sessões de brainstorming que decorreram nos meses de dezembro de 2013 e janeiro de 2014, envolvendo elementos informados da UC/SAS e elementos externos, da sociedade civil, que possibilitaram perspetivar aquelas dimensões por outros ângulos – Figura 3.2. Figura 3.2. Cronograma das sessões de brainstorming De seguida, já no âmbito da 4ª fase do projeto, foram elaborados planos de ação por dimensão na sequência dos memorandos resultantes daquelas sessões de brainstorming, tendo sido identificadas 129 ações – Figura 3.3. 29 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 3.3. Plano de Ação No eixo resposta muitas destas ações identificadas foram já implementadas pelos Serviços de Ação Social e que constam deste relatório de atividades, podendo destacar-se, entre muitas outras, o Projeto DigitALL - Apoio Social e Inclusão Digital aprovado pelo programa MONTEPIO Incentivo Superior, o inquérito aos estudantes com bolsas DGES indeferidas, o levantamento das bolsas de apoio aos estudantes do ensino superior das diversas entidades, passando esta informação a constar da página web dos SAS, o inquérito a aplicar aos estudantes nas residências para perceção de ofertas possíveis de refeição, a iniciativa "Encontros Cozinhas do Mundo”, a elaboração de Check list com critérios de qualidade para o alojamento de estudantes e a reformulação do portal UcAlojamento/UcAccommodation, o lançamento de concurso público para um parceiro privado para modelo de funcionamento de Central de Reservas e de modelo de Alojamento de Estudantes Universitários Internacionais em Residências Privadas, a integração dos serviços de saúde numa estrutura única e localizada num espaço comum e partilhado com a consequente alteração do regulamento orgânico dos SAS e da Administração da UC, implementação do ATL de Verão pelos Serviços de Apoio à Infância. No âmbito do eixo desenvolvimento, os trabalhos focalizaram-se no desenvolvimento da Carta de Princípios da Cidadania da UC e na apresentação de uma proposta de estrutura para a área da cidadania da UC – Figura 3.4. 30 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 3.4. Carta de Princípio de Cidadania da Universidade de Coimbra A proposta de Carta de Princípios da Cidadania da UC foi apresentada no Senado da Universidade em novembro de 2014 e será possivelmente alvo de ampla discussão no âmbito do desenvolvimento do novo plano estratégico da UC para 2015-2019. O projeto de sustentabilidade na ação social, tendo sido um projeto que forneceu contributos relevantes no sentido de abrir novas perspetivas no desenho de um sistema de ação social sustentável, foi entretanto prorrogado até ao final do ano 2015, com vista a concluir algumas ações ainda em curso, como sejam as do eixo desenvolvimento e, no que concerne ao eixo resposta, algumas ações na dimensão dos alojamentos, dado o desafio da internacionalização da UC. 31 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4 ATIVIDADES Na prossecução da sua missão, os SAS asseguram a atribuição de apoios diretos a estudantes da UC, disponibilizando ainda apoios indiretos na forma de serviços de alimentação, alojamento, apoio médico, apoio à infância e integração e aconselhamento à comunidade universitária. Sempre com a preocupação de diversificar os apoios sociais a disponibilizar aos estudantes que que não têm acesso a outros sistemas de apoio em matéria de ação social e que apresentem, de forma comprovada, necessidades educativas especiais e/ou efetivas carências socioeconómicas, a Universidade de Coimbra criou, em 2013, uma nova modalidade de apoio - o Programa de Apoio Social a Estudantes através de Atividades de tempo Parcial (PASEP) – apresentando, em 2014, os primeiros resultados da implementação deste apoio no ano letivo 2013/14. No mesmo sentido, em 2014, destaca-se a candidatura ao Programa Montepio Incentivo Superior com o projeto DigitALL – Apoio Social e Inclusão Digital. O apoio que se propôs com este projeto consiste na disponibilização de computadores portáteis a estudantes que, devido a carências económicas, não conseguem adquirir estas ferramentas que, no atual contexto, constituem instrumentos fundamentais nos projetos educativos e curriculares no Ensino Superior. Como fundamento desta perspetiva de candidatura 33 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 foi realizado um inquérito dirigido aos estudantes da UC, no qual se constatou – no atual cenário de crise e carência económica – um evidente desinvestimento na aquisição de material escolar e pedagógico, com consequentes implicações ao nível do sucesso escolar. Os resultados da candidatura foram conhecidos no final de 2014, tendo o projeto apresentado pela UC sido aceite, pelo que a sua implementação decorrerá em 2015. Na perspetiva da sustentabilidade e melhoria contínua da ação social na UC, os SAS asseguram ainda outras atividades, igualmente dirigidas à comunidade universitária, que se materializam na oferta integrada de serviços, nos serviços de catering e, na sequência da reestruturação orgânica implementada em 2014, serviços de saúde, higiene e segurança no trabalho. 34 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.1 APOIOS DIRETOS A atribuição de apoios sociais diretos compreende a gestão de processos de atribuição de bolsas de estudo (ao abrigo do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior - Despacho n.º 8442-A/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 120, de 22 de junho, retificado pela Declaração de Retificação n.º 1051/2012, de 14 de agosto de 2012 e alterado pelos Despachos n.º 627/2014, de 14 de janeiro e n.º 10973-D/2014, de 27 de agosto de 2014) e a atribuição do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC (FAS - programa de atribuição de benefícios sociais com recurso a receitas próprias da Universidade de Coimbra). Os processos de atribuição de bolsas de estudo e do FAS são geridos no âmbito das competências do Núcleo de Bolsas, integrado na Divisão de Acolhimento e Integração da Direção de Serviços de Apoio ao Estudante dos SAS. Além da atribuição de apoios diretos (Bolsas e FAS), cuja abrangência dos apoios se encontra definida nos respetivos Regulamentos, a ação dos SAS neste domínio compreende ainda a análise e encaminhamento de situações que, pese embora traduzam necessidades de cariz socioeconómico com potencial impacto na inclusão social e académica dos estudantes da UC, extravasam as competências dos SAS no âmbito dos apoios a atribuir. Neste domínio de ação destaca-se o trabalho desenvolvido, em articulação direta com a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, ao nível do diagnóstico a estudantes com bolsas DGES indeferidas, onde se procurou não só identificar como implementar respostas alternativas da Ação Social na UC, visando otimizar a integração social e académica dos seus estudantes. A par deste trabalho releva-se igualmente a ação desenvolvida em parceria com o Fundo Solidário, que tem permitido assegurar respostas sociais alternativas às necessidades socioeconómicas dos estudantes da UC (e de outras instituições de ensino superior da cidade de Coimbra), promotoras da integração e prevenção do abandono no Ensino Superior. 4.1.1 BOLSAS No ano civil 2014 (que abrange os anos letivos 2013/14 e 2014/15), no âmbito da gestão do processo de atribuição de bolsas de estudo, destacam-se as alterações ao Regulamento vigente, designadamente a alteração aprovada em janeiro de 2014 (com impacto na gestão dos processos dos 2 anos letivos abrangidos no período considerado) que, atendendo à recomendação do Senhor Provedor de Justiça no sentido de “ser apenas tomado como motivo de inelegibilidade para apoio social a situação tributária ou contributiva não regularizada por dívidas imputáveis ao próprio estudante”, veio alterar a condição de elegibilidade para atribuição de bolsa de estudo fixada pela alínea i) do Regulamento na sua redação original (todos os elementos do agregado familiar com situação tributária e contributiva regularizada), passando a 35 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 exigir apenas a regularização da situação tributária e contributiva do/a candidato/a a bolsa. Esta alteração teve efeitos na totalidade do concurso do ano letivo 2013/14, tendo os processos que já haviam sido indeferidos por não cumprimento da condição de elegibilidade visada à data da publicação do Despacho sido reapreciados pelos SAS. Em agosto de 2014 foi publicada nova alteração ao Regulamento, que veio introduzir mudanças no apuramento do património mobiliário a considerar no cálculo da capitação, bem como prever a atribuição de um complemento mensal, durante o período de mobilidade aprovado, para os estudantes bolseiros a quem seja atribuída bolsa no âmbito do Programa Erasmus+. No que respeita aos resultados finais do concurso do ano letivo 2013/14, registou-se a atribuição de bolsas a 3938 estudantes da UC, tendo sido recusadas 1300 candidaturas. Quanto ao ano letivo de 2014/2015, com referência a 31 de dezembro de 2014, foram atribuídas bolsas a 2662 estudantes, tendo sido despachados 3758 processos, o que corresponde a 75.04 % do total de concorrentes. Analisando a situação do concurso 2014/15 a 31 de dezembro com referência ao período homólogo do ano letivo anterior constata-se, no presente ano letivo, um menor número de concorrentes (-104) e um menor número de processos despachados – Quadro 4.1. Quadro 4.1. Atribuição de bolsas de estudo nos anos letivos 2014/15 e 2013/14 (com referência a 31/12) Bolsas de estudo (1) 2014/15 (a 31/12/2014) % em rel. ao Nº nº concorrentes 2662 53,15 2013/14 (a 31/12/2013) % em rel. ao Nº nº concorrentes 3018 59,04 Variação -356 Processos recusados 777 15,52 946 18,51 -169 Processos em reanálise (2) 297 5,93 400 7,82 -103 22 0,44 39 0,76 -17 3758 75,04 4403 86,13 -645 Reclamações por motivo de rejeição (3) Despachados Erros de dados 6 3 3 Aguarda documentos 77 54 23 Aguarda dados 42 16 26 Total 125 2,50 73 1,43 52 Processos Analisados 3883 77,54 4476 87,56 -593 Em análise 1125 22,46 636 12,44 486 Nº Concorrentes 5008 5112 -104 (1) 2014/15: Existem 2449 processos de bolsa em estado aceite, estando 112 processos em reclamação. 2013/14: Existem 2907 processos de bolsa em estado aceite, estando 15 processos em reanálise e 96 em reclamação. (2) 2013/14: Existem 415 processos em reanálise (incluindo 15 processos com bolsa atribuída) (3) 2014/15: Existem 134 processos em estado de reclamação (incluindo 112 processos com bolsa) 2013/14: Existem 135 processos em estado de reclamação (incluindo 96 processos com bolsa) O menor número de processos despachados a 31 de dezembro de 2014 (ano letivo 2014/15) em relação ao período homólogo do ano letivo 2013/14 esteve diretamente relacionado com problemas 36 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 surgidos na plataforma informática de atribuição de bolsas (SICABE), gerida pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), designadamente o desaparecimento ou danificação de documentos, que impediu a atribuição de bolsas durante o mês de dezembro. Esta situação afetou o processo de atribuição de bolsas de estudo em todas as Instituições de Ensino Superior, tendo sido amplamente mediatizada – Figura 4.1. Figura 4.1. Jornal Público Online, 17/12/2014 Em termos da evolução da atribuição de bolsas de estudo na UC nos últimos três anos letivos para os quais estão disponíveis dados finais dos concursos - Quadro 4.2, constata-se um aumento gradual do número de bolseiros, pese embora a diminuição de concorrentes. Quadro 4.2. Atribuição de Bolsas de Estudo na UC de 2011/12 a 2013/14 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Nº % Nº % Nº % Bolsas de estudo Processos recusados 3611 2350 60,58 39,42 3693 1628 69,40 30,60 3938 1300 75,18 24,82 Total de Candidaturas 5961 100 5321 100 5238 100 Quanto aos motivos de indeferimento a 31 de dezembro de 2014 (ano letivo 2014/15), destacamse, à semelhança dos anos letivos anteriores, situações de indeferimento por exceder o limite de capitação e por não cumprimento dos requisitos de aproveitamento escolar – Quadro 4.3. 37 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.3. Motivos de indeferimento de candidaturas a Bolsas em 2014/15 (com referência a 31/12/2014) Motivos de Indeferimento de Bolsa Nº % Exceder o limite de capitação Aproveitamento escolar Situação tributária não regularizada Instrução Incompleta Conclusão curso Fora de prazo Património Mobiliário superior a 240*IAS Não preenchimento condições elegibilidade Não matriculado Cidadão s/ direito a residência permanente 361 287 2 58 20 10 2 34 3 46,46 36,94 0,26 7,46 2,57 1,29 0,26 4,38 0,39 Total 777 100 Da análise comparativa dos motivos de indeferimento nos últimos 3 anos letivos constata-se maior representatividade de indeferimentos por excesso de capitação do agregado familiar e falta de aproveitamento escolar – Quadro 4.4. Quadro 4.4. Motivos de indeferimento de candidaturas a Bolsas de Estudo de 2011/12 a 2013/14 Motivos de Indeferimento de Bolsa 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Nº % Nº % Nº % Exceder o limite de capitação 782 33,28 621 38,14 531 40,85 Aproveitamento escolar 369 15,70 569 34,95 515 39,62 Situação tributária não regularizada 202 8,60 157 9,64 10 0,77 Instrução incompleta do processo 747 31,79 124 7,62 111 8,54 Património Imobiliário> 240*IAS 35 1,49 44 2,70 20 1,54 Não matriculado 54 2,30 41 2,52 49 3,77 Conclusão curso fora de prazo 54 2,30 34 2,09 38 2,92 Não preenchimento de condições de elegibilidade 68 2,89 17 1,04 14 1,08 Cidadão sem direito a residência permanente em Portugal 16 0,68 10 0,61 10 0,77 Agregado familiar sem rendimentos 4 0,17 3 0,18 1 0,08 Desistente 15 0,64 3 0,18 0 0,00 Outras Situações 4 0,17 5 0,31 1 0,08 2350 100,00 1628 100,00 1300 100,00 Total de Indeferidos Analisando os dados dos últimos três anos letivos (excluindo os dados do concurso de 2014/15 por ainda se encontrar a decorrer), verifica-se uma diminuição significativa do número de concorrentes, bem como um aumento progressivo do número de bolseiros – Figura 4.2. 38 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.2. Evolução do processo de atribuição de Bolsas de Estudo de 2011/12 a 2013/14 7000 6000 5961 5321 5000 4000 3000 2000 3693 3611 2350 1628 1000 5238 Bolsas de estudo 3938 Processos recusados 1300 Total de candidaturas 0 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Para o aumento do número de bolseiros, contribuiu a alteração do Regulamento, em janeiro de 2014, deixando de penalizar os alunos cujos agregados familiares tivessem a situação tributária ou contributiva não regularizada. Ainda em relação a este processo e no que se refere à comunicação da situação académica do/a candidato/a (prevista no artigo 31.º do Regulamento), salientam-se os trabalhos desenvolvidos entre os SAS e a equipa que gere o sistema de gestão académica da UC (Nonio) no desenvolvimento de um webservice para assegurar a comunicação entre sistemas de informação (Nonio e SICABE), visando a importação automática de informação académica para o sistema de informação de suporte à análise de candidaturas a bolsa de estudo (SICABE). Este webservice começou a ser testado em novembro de 2013 e foi utilizado ao longo do ano de 2014, sendo preocupação das partes envolvidas o despiste de situações que necessitassem de correção, com o objetivo de tornar o processo de disponibilização de dados académicos na plataforma SICABE cada vez mais eficaz. Destaca-se, como necessidade de melhoria deste processo, o desenvolvimento de ferramenta que permita sinalizar as alterações que vão sendo introduzidas nos dados académicos ao longo do ano. A deteção destas situações tem exigido um grande esforço dos SAS, com potenciais implicações na garantia da eficácia do processo de atribuição de bolsas de estudo, que poderiam ser minimizadas com a existência de notificações automáticas, na plataforma SICABE, para o/a respetivo/a técnico/a responsável pela análise do processo. Considerando a experiência dos SAS na gestão do processo de atribuição de bolsas de estudo e os contactos frequentes com os/as estudantes da UC, constata-se que o atual sistema de atribuição de bolsas é muito deficitário em relação às necessidades dos/as estudantes, não sendo por vezes percetível para aqueles a razão da não atribuição da bolsa ou do montante da mesma. Seria assim fundamental que o Ministério procedesse à alteração deste Regulamento, alargando designadamente o limiar de elegibilidade e revendo alguns critérios de cálculos de rendimentos. Neste sentido, foi criada, por Despacho de 19 de março de 2015 do Sr. Secretário de Estado do Ensino Superior, uma Comissão de Revisão do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo, pelo que é 39 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 expectável que para o ano letivo 2015/2016 vigore um novo Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo. INTERVENÇÃO JUNTO DE ESTUDANTES COM BOLSA INDEFERIDA (2013/14) Em articulação direta com a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social” e no âmbito do desenvolvimento da dimensão “Apoios Diretos” deste projeto, foi concebido, implementado e analisado um inquérito visando retratar a população de estudantes da UC com processo de candidatura a bolsa indeferida no ano letivo 2013/14. Pretendeu-se, com este processo de auscultação, conhecer as imagens e projeções desta população relativas ao indeferimento de bolsa; as implicações do indeferimento na vida pessoal e académica dos inquiridos; as perspetivas sobre a continuidade dos estudos em resultado do indeferimento e verificar se tinham interesse em novo contacto pelos SAS com vista à análise da situação na perspetiva de identificação de outros possíveis apoios sociais. A aplicação do inquérito ocorreu em duas fases – março e junho de 2014 – tendo-se obtido 541 respostas, das quais 442 foram consideradas válidas (42% e 34%, respetivamente, do total de processos indeferidos em 2013/14). Os resultados deste processo de auscultação foram apresentados em relatório específico, elaborado pela equipa de projeto, em setembro de 2014. No que respeita concretamente à intervenção dos SAS neste processo e considerando a totalidade dos respondentes ao inquérito (541 alunos), constatou-se que 306 (56,6%) respondentes assinalaram interesse em receber contacto dos SAS para análise da situação e avaliação de respostas sociais alternativas à bolsa de estudo e 235 (43,4%) manifestaram não ter esse interesse/necessidade ou nem sequer possibilitaram a sua identificação, o que impossibilitou o acompanhamento e intervenção pelos SAS. Dos 306 alunos que manifestaram interesse no apoio dos SAS, 88 foram, de facto, alvo de algum tipo de intervenção, enquanto 218, por motivos vários mas que determinaram a falta de condições formais para tal, não conseguiram beneficiar do apoio pretendido. Daqui resultou uma taxa de sucesso (isto é, de capacidade de intervenção) de 29%. Importa clarificar a forma de intervenção dos SAS que, considerando a complexidade que reveste o trabalho social, se traduziu numa análise cuidada e se não sempre casuística, privilegiando-se o contacto próximo e contextualizado. Neste contexto, os SAS intervieram junto dos interessados, por forma a procurarem soluções para colmatar as dificuldades económicas, tendo, para tal realizado um total de 169 contactos de e-mail, 24 contactos telefónicos e 17 entrevistas pessoais. Através destes contactos personalizados, os SAS procuraram encontrar respostas que permitissem a identificação de soluções válidas e em tempo útil para colmatar as dificuldades registadas por aqueles alunos que apresentavam evidentes carências socioeconómicas. E porque, recorde-se, no espírito da lei e dos objetivos da ação social no ensino superior está o objetivo de garantir que ninguém deixe de estudar 40 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 por motivos de carência económica, foi assim possível encontrar respostas para um conjunto significativo de estudantes que, de outra forma, ficariam irremediavelmente a descoberto de apoio. No que respeita aos esquemas de apoio identificados como respostas sociais alternativas à bolsa, nas 88 intervenções conseguidas, registaram-se 77 (87,5%) benefícios FAS propinas; 5 (5,7%) reanálises a processos de candidatura a bolsa; 3 (3,4%) encaminhamentos para o PASEP; 2 (2,3%) para o Fundo Solidário e 1 (1,1%) benefício FAS – Subsídio de Emergência. Esta intervenção consubstancia a ação dos serviços e valoriza o papel que os SASUC têm e podem ter na ação social. Não se conseguindo abranger necessariamente todos os necessitados de apoio social, cabe-lhes uma tarefa que vai além das respostas mais formais e tradicionais, uma vez que a ação social – no atual contexto – pode ir claramente além através de outros instrumentos. 41 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.1.2 FAS Pela deliberação do Senado, nº 43/2004 de 20 de outubro, foi criado, no ano letivo de 2004/2005, o Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC (FAS) como um instrumento complementar ao regime das bolsas de estudo. O FAS tem o duplo objetivo de: 1. Comparticipar as despesas com propinas dos estudantes não bolseiros com manifestas e comprovadas dificuldades económicas. 2. Fazer face a situações de comprovada emergência, entendidas como situações de grave risco de sobrevivência de um aluno que não possui ou deixou de possuir os meios para prover às suas necessidades básicas de alojamento, saúde e alimentação. No primeiro caso dirige-se a alunos não bolseiros e o seu pedido faz-se através de candidatura ao concurso anual e traduz-se na atribuição do montante correspondente à diferença entre a propina mínima e a propina máxima estabelecida em cada ano letivo. Abrange os alunos matriculados na UC em cursos de licenciatura ou mestrado, com aproveitamento escolar no último ano letivo e cuja capitação média mensal do agregado não seja superior ao valor da propina mínima (2013/2014 – 630,50€). A forma de cálculo da capitação considera os rendimentos líquidos do agregado e permite a dedução de despesas de habitação e de encargos com a saúde dos elementos do agregado portadores de doença crónica/prolongada. No segundo caso, dirige-se a todos os alunos da UC que estejam em comprovada situação de emergência. Este apoio, cujo montante não pode ultrapassar o valor correspondente à diferença entre a propina mínima e a máxima, pode ser atribuído em duas tranches, sendo o pedido, devidamente fundamentado, efetuado através de requerimento dirigido à Administradora dos SAS. A 20 de março de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Ação Social alterações ao regulamento do FAS para o ano letivo 2013/14, visando que a atribuição deste benefício pudesse constituir um apoio alternativo à não atribuição de bolsa de estudo e assegurar uma maior equidade social, tendo em conta a diferenciação da situação económica dos agregados familiares. Assim, foram criados dois escalões de benefícios, correspondendo o primeiro à totalidade do valor das propinas de cursos de licenciatura (1065,72€ em 2013/2014) abrangendo os estudantes cujo rendimento do agregado familiar per capita mensal se situasse abaixo dos 300€; e o segundo correspondendo à diferença entre a propina mínima e a propina máxima (435,22€ em 2013/2014) abrangendo todos os estudantes candidatos cujo rendimento do agregado familiar per capita mensal fosse igual ou superior àquele montante e não ultrapassasse o limite de capitação definido. Foram ainda introduzidas outras alterações, nomeadamente: Na definição das regras de aferição do aproveitamento escolar, estabeleceu-se como aproveitamento mínimo a realização de 36 ECTS no ano letivo anterior àquele para que estivessem a solicitar apoio; Desde que exista aproveitamento escolar, passou a contabilizar-se, para efeitos de atribuição do FAS, o nº de anos em que beneficiaram deste apoio, não podendo exceder o nº de anos 42 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 do curso mais um ou dois anos, consoante o curso tivesse a duração de 3 ou mais anos e não o nº de inscrições no ensino superior; No caso de uma 1ª mudança de curso, deixou de ser exigido aproveitamento escolar no curso de onde mudou. Em suma, as alterações verificadas vão no sentido da complementaridade dos diversos apoios sociais, tentando evitar que as dificuldades económicas assumam proporções que originem o abandono ou interrupção do percurso escolar por parte dos estudantes. CONCURSO FAS PROPINAS 2013/2014 Durante o ano económico de 2014 decorreu o concurso, atribuição e pagamento do FAS propinas referente ao ano letivo de 2013/2014. O concurso decorreu de 24 de março a 30 de abril, tendo o prazo sido prolongado até 21 de maio. O prolongamento do prazo do concurso decorreu da constatação de uma diminuição acentuada do número de concorrentes em relação ao ano anterior (em 2012/2013 o prazo do concurso decorreu até 15 de junho de 2013), tendo igualmente sido detetadas algumas dificuldades relacionadas com a plataforma informática através da qual se realizaram as candidaturas. Os dados do concurso FAS propinas referente ao ano letivo 2013/14 sintetizam-se no Quadro 4.5. Quadro 4.5. Resultados do concurso FAS propinas 2013/2014 Nº Alunos % Encargo (€) Benefícios atribuídos 356 76,72 228.180,28 Benefícios Recusados 108 23,28 Total de Concorrentes 464 100,00 Dos motivos de indeferimento de candidaturas, destaca-se a não observância de requisitos de aproveitamento escolar – Quadro 4.6. Quadro 4.6. Distribuição dos motivos de indeferimento de candidaturas no concurso FAS propinas 2013/2014 Razões do Indeferimento Nº Condições de aproveitamento escolar Exceder o limite de capitação Ser bolseiro Não matriculado Instrução incompleta do processo Património mobiliário superior 240xIAS 62 12 13 1 18 2 % em rel. ao nº recusados 57,41 11,11 12,04 0,93 16,67 1,85 108 100 Total 43 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 SUBSÍDIOS DE EMERGÊNCIA ATRIBUÍDOS/PAGOS Durante o ano económico de 2014 entraram 31 requerimentos de estudantes a solicitar a atribuição de subsídio de emergência por se encontrarem com carências económicas, tendo sido deferidos pedidos referentes a 17 estudantes, correspondendo a um encargo anual de 6 663,19€. Muitos dos pedidos efetuados estavam relacionados com a necessidade de pagamento das propinas para regularização da matrícula. Os requerimentos foram analisados e sujeitos a despacho superior. Sempre que justificado, foram os alunos encaminhados para outras instituições com vista à resolução da situação ou a complementar o apoio concedido pelos SAS. No ano económico de 2014 os apoios concedidos através do Fundo de Apoio Social (propinas e subsídios de emergência) representaram um encargo de 234 843,47€, sendo 222 180,28€ referente a FAS propinas e 6 663.19€ a subsídios de emergência. ATRIBUIÇÃO DO FAS NOS ANOS LETIVOS 2011/2012 A 2013/2014 Da análise comparativa dos últimos três anos letivos de atribuição de benefícios no âmbito do FAS constata-se, em 2013/2014, um ligeiro aumento do número de concorrentes e do número de atribuições destes apoios. Verifica-se também um aumento significativo, em 2013/2014, do encargo assumido com o pagamento do FAS propinas, resultante das alterações introduzidas em março de 2014 ao Regulamento, designadamente a criação de dois escalões: o 1º respeitante ao valor da propina efetivamente paga e o 2º à diferença entre a propina mínima e a máxima (Quadro 4.7.; Figura 4.3.; Quadro 4.8.). Quadro 4.7. e Figura 4.3. Evolução da atribuição do FAS propinas de 2011/12 a 2013/14 Anos Letivos Nº Concorrentes 11/12 12/13 13/14 626 445 464 Atribuições Nº % 427 300 356 Encargo (€) 68,21 67,42 76,72 157 652,67 122 010,00 228 180,28 700 600 500 400 626 464 445 427 356 300 300 200 100 0 11/12 12/13 Concorrentes 44 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 13/14 Atribuições Nº Quadro 4.8. Evolução da atribuição do FAS subsídio de emergência 2011/12 a 2013/14 Atribuições Anos Letivos Nº Requerimentos Nº % 11/12 12/13 13/14 54 33 31 22 19 17 40,74 57,58 54,84 Encargo (€) 7 696,31 6 909,43 6 663,19 Os motivos de indeferimento dos pedidos de subsídio de emergência são, na sua maioria, decorrentes do facto de os alunos não estarem inscritos na UC ou já terem terminado os cursos. É de realçar que em 2013/14 foram incluídos no 1.º escalão (atribuição do valor da propina efetivamente paga) 125 alunos, correspondente a um encargo de 127 644,46€ - Quadro 4.9. Quadro 4.9. FAS propinas 2013/14: Distribuição por escalões Nº de estudantes c/ FAS Encargo assumido Escalão 1 (pagamento de propina na totalidade) 125 127 644,46 Escalão 2 (pagamento da diferença entre a propina máxima e mínima) 231 100 535,82 Total 356 228 180,28 No Quadro 4.10. sintetizam-se os principais indicadores da atribuição deste benefício da UC nos últimos três anos letivos. Quadro 4.10. Evolução da atribuição do FAS (propinas e subsídio de emergência) de 2011/12 a 2013/14 Anos Letivos 11/12 12/13 13/14 Nº Concorrentes/Requerimentos FAS Propinas Subs. Emergência 626 445 464 54 33 31 Nº Atribuições Total FAS Propinas Subsidio Emergência Total % 680 478 495 427 300 356 22 19 17 449 319 373 66,03 66,74 75,35 Encargo (€) 165 348,98 128 919,43 234 843,47 45 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.1.3 FUNDO SOLIDÁRIO Como ação complementar aos apoios diretos geridos no âmbito das competências dos SAS – Atribuição de Bolsas de Estudo e do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC – destaca-se a parceria com o Fundo Solidário. Este projeto, iniciado em maio de 2010 pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, tem por objetivo apoiar jovens do Ensino Superior com manifestas dificuldades/carências económicas, de forma a evitar que estes abandonem os seus estudos, alertando para a defesa da igualdade de oportunidades no ensino superior. Este apoio visa a uma recondução dos estudantes, tendo em conta os apoios já disponibilizados, através do pagamento de propinas, abrangendo ainda despesas de alojamento, alimentação e planos de estudos. Para concretizar a eficácia destes apoios junto da comunidade universidade, este projeto dá forma a uma rede que envolve os diversos serviços de apoio ao estudante na cidade de Coimbra, nomeadamente: Instituto Universitário Justiça e Paz; SASUC; Provedoria do Estudante da UC; Serviços de Gestão Académica da UC; Rede UC; Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC); Provedoria do Estudante do IPC; Serviços de Ação Social da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC); Provedoria do Estudante da ESEnfC; Centro de Acolhimento João Paulo II; Cáritas Diocesana de Coimbra e Instituto de Emprego e Formação Profissional de Coimbra. Em 2014 este grupo de parceiros realizou 9 reuniões para análise e discussão de casos de estudantes, tendo sido apoiados, no ano letivo de 2013/2014, 82 estudantes (56 dos quais matriculados na UC) e, em 2014/15, 93 estudantes (80 dos quais matriculados na UC). Estes apoios pelo Fundo Solidário traduziram-se em montantes equivalentes a 27 927,69€ no ano letivo 2013/14 e a 25 723,82€ no ano letivo 2014/15. Além do encaminhamento de estudantes cujas necessidades de apoio extravasam as competências dos SAS no âmbito da atribuição de apoios diretos, a colaboração dos SAS com o Fundo Solidário contemplou ainda o apoio a iniciativas para angariação de fundos, das quais se destacam o apoio à realização da Feira do Livro e do CD; divulgação da existência do Fundo Solidário junto de entidades organizadoras de eventos (Faculdades; Núcleos de Estudantes, …) no sentido de canalizar donativos para esta instituição e disponibilização do Centro Cultural D. Dinis para realização de concerto solidário, pelos núcleos de estudantes da FEUC, cuja receita reverteu para o Fundo Solidário. 46 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.2 APOIOS INDIRETOS 4.2.1 ALIMENTAÇÃO A prestação de serviços de alimentação pelos SASUC integra as competências da Divisão de Alimentação, à qual compete gerir um conjunto de cantinas e bares onde a diversidade de oferta e a qualidade alimentar são tidas como metas. Para se poderem alcançar esses objetivos a Divisão de Alimentação conta com um conjunto de equipas espalhadas pelas diversas unidades alimentares, coadjuvadas pela equipa do Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar, contando ainda com um apoio administrativo centralizado ao qual competem, além de outras, ações de planeamento e de gestão dos recursos humanos afetos e o controlo da produção. Para o desempenho eficaz das atividades que asseguram, os serviços de alimentação dos SASUC contam ainda com o apoio da Divisão de Compras e Logística, a quem compete garantir o fornecimento de todos os géneros alimentares e outros produtos e meios necessários à prestação de serviços alimentares à comunidade UC. A referida qualidade alimentar será tanto mais garantida quanto mais coordenada for a ação conjunta destas estruturas. No âmbito da formação interna da Divisão de Alimentação na área da organização e gestão das unidades alimentares e da sua produção iniciou-se, a 20 de janeiro de 2014, um programa de formação, que teve lugar nas instalações do Complexo Alimentar do Polo II e que se prolongou pelos primeiros quatro meses do ano, tendo abrangido 145 trabalhadores desta Divisão. As formações, dinamizadas pelo Chefe de Divisão, compreenderam as temáticas “Técnicas Práticas de Cozinha” (8 sessões que envolveram 117 trabalhadores) e “Técnicas Práticas de Empratamento” (2 sessões que envolveram 28 trabalhadores). Ao nível da organização e gestão de RH da Divisão de Alimentação, durante o ano de 2014 deu-se continuidade ao ajustamento da composição das equipas e à rotação dos/as Encarregados/as entre unidades alimentares, visando a melhoria dos desempenhos ao nível da polivalência e produtividade, bem como a partilha de experiências entre as diversas unidades de produção dos SASUC. Estes desideratos são cada vez mais fundamentais considerando que, desde 2012, as equipas afetas às unidades alimentares que, desde 2012, têm vindo a ser progressivamente reduzidas. Esta diminuição do número de trabalhadores por unidade alimentar, impulsionada pelo imperativo da garantia da sustentabilidade da Ação Social na UC, fundamentou-se na necessidade de ajustamento dos recursos a uma tendência decrescente da procura de refeições. Nesse sentido, nestes dois anos tem-se assistido a uma elevada mobilidade interna de recursos, até aí alocados a equipas das unidades alimentares, para outras unidades orgânicas dos SASUC e da UC, acompanhada de saídas por motivos de aposentação – Figura 4.4. 47 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Milhares Figura 4.4. Evolução do n.º de refeições servidas e n.º de RH afetos à Divisão de Alimentação – 2012-2014 1 200 1 000 800 250 226 186 955 876 175 200 859 150 600 100 400 50 200 0 0 2012 N.º refeições 2013 2014 N.º RH Div. Alimentação Esta situação teve necessariamente de ser acompanhada pela revisão dos processos de gestão destes serviços na ótica da rentabilização de recursos e de promoção da eficiência dos processos. Nesse sentido, a centralização de processos de produção foi também alvo de desenvolvimento em 2014, com a criação, a 22 de setembro, de uma unidade de desmanche, corte e embalamento de carnes nas instalações da Divisão de Compras e Logística (Armazém Central), visando a uniformização no fornecimento às unidades produtivas e a racionalização de recursos. Constatou-se que a dispersão daquela função pelas unidades alimentares representava um desperdício de recursos na laboração das diversas cozinhas e que poderia obter ganhos de eficiência se centralizada. O controlo dos processos de gestão desta valência da Ação Social na UC, assente em procedimentos de registo adequados e sistemas de informação que respondam às necessidades de obtenção de informação fidedigna para o apoio à gestão tem sido igualmente alvo de investimento no âmbito da revisão do modelo de gestão dos SASUC. Foi finalmente possível, já no decorrer do quarto trimestre de 2014, concluir o processo de unificação das codificações entre os produtos considerados matéria-prima a afetar à produção e a codificação dos diversos produtos produzidos e vendidos. Por essa via será possível monitorizar mais facilmente todo o processo, desde a aquisição da matéria-prima até à venda do produto final produzido, sem descurar a venda direta das mercadorias adquiridas para o efeito. No decorrer do ano de 2014 foi ainda possível avaliar o sistema informático de suporte à gestão de cantinas, desenvolvido por empresa privada fornecedora de software em articulação com o Gabinete de Sistemas Informáticos e de Informação (GSII), com a Divisão de Alimentação (DA) e com o Núcleo Financeiro (NF), implementado no Complexo Alimentar do Pólo II em 2013, em versão experimental. Este projeto piloto de pagamento das refeições através do Cartão UC não produziu os resultados esperados, devido à inadequação das respostas da empresa às necessidades dos SASUC. Esta inadequação revelou-se com maior acuidade nos níveis de controlo associados aos dados de venda e, consequentemente, ao controlo da produção, tão necessários à implementação do novo módulo de planeamento. Apesar disso e impulsionado exatamente pela limitada capacidade de resposta da referida empresa, o GSSI, em articulação 48 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 com a DA, imprimiram um novo impulso à solução, com recurso ao desenvolvimento do sistema de gestão de cantinas que tem vindo a ser utilizado nos SAS (SIGES NetPOS), que se espera poder responder cabalmente aos desafios mais exigentes que se colocam à gestão das unidades de alimentação dos SAS. Mantém-se, contudo, a necessidade de desenvolver e ampliar a todas as unidades alimentares o controlo de acessos e os pagamentos com o Cartão UC, desafios que se esperam ultrapassar em 2015. Já no final do ano de 2014 a Divisão de Alimentação foi convidada a participar em dois projetos a desenvolver por estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, um na área da Engenharia do Ambiente e outro na área da robótica (Engenharia Eletrotécnica). Ambos os estudos estão na sua fase inicial, pelo que poucos desenvolvimentos poderão ser reportados, exceto que o último visava o controlo do volume das filas de acesso aos balcões do Complexo Alimentar. Procedendo a esse controlo de forma autónoma o sistema emitiria informação ao utilizadores da aplicação, indicando-lhes a hora mais propícia para se dirigirem ao local através da indicação do tempo médio de espera avaliado pelo sistema robotizado. Caraterização das unidades e da oferta alimentar No final de 2014 encontravam-se em funcionamento 15 unidades alimentares, distribuídas pelos diferentes Polos da UC, representando uma capacidade total de 2720 lugares sentados – Figura 4.5. 366 370 464 88 88 112 112 89 77 166 192 168 111 2013 80 85 42 126 126 192 252 252 342 326 216 144 248 244 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 410 Figura 4.5. Nº de lugares sentados das Unidades Alimentares dos SASUC a 31-12-2013 e a 31-12-2014 2014 Em 2014 assinalou-se a abertura de duas novas unidades alimentares: o Restaurante Universitário Colégio de Jesus, inaugurado a 3 de março de 2014 e o Bar da Faculdade de Letras da UC, cuja abertura ao público ocorreu a 1 de setembro de 2014 – Figura 4.6. 49 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.6. Novas unidades alimentares disponibilizadas pelos SAS à comunidade UC em 2014 Verificaram-se ainda alguns ajustamentos do número de lugares sentados, decorrentes de alterações da oferta disponibilizada, nomeadamente na Sala B, que deixou de funcionar como cantina com oferta social, passando a disponibilizar ofertas sazonais. Os restantes ajustamentos deveram-se à necessidade de eliminação de equipamentos degradados (CAP II) e transferências de equipamentos ocorridas entre unidades alimentares. As unidades alimentares dos SASUC encontram-se geograficamente distribuídas, de forma a satisfazerem as necessidades da comunidade universitária, dispersa pelos diferentes Polos da UC – Quadro 4.11. Quadro 4.11. Distribuição geográfica das unidades alimentares dos SASUC Localização N.ª Designação Sala A; Sala B; Monumentais; S. Jerónimo; Químicas; Sandwich Bar; Sereia; Restaurante Universitário Colégio de Jesus e Bar da FLUC Complexo Alimentar do Pólo II (CAP II); Restaurante Universitário Casa da Pedra e Bar do Departamento de Eng. Informática. Polo I 9 Polo II 3 Polo III 1 Cantina “Restaurante Luzio Vaz” (englobando o restaurante universitário do Pólo III) FCDEFUC 1 Cantina “Restaurante Estádio Universitário” FEUC 1 Vermelhas Total 15 Sendo a qualidade alimentar e o ajustamento da oferta aos requisitos e necessidades da comunidade UC o enfoque da ação da Divisão de Alimentação dos SAS, procurou-se, no decorrer de 2014, empreender ações que contribuíssem para esse desiderato. Pese embora o contexto de crise económica sentida pela sociedade em geral, foi possível o alargamento da oferta nos moldes desejados, assegurando o equilíbrio económico e financeiro associado a esse novo impulso da atividade dos SAS. 50 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A mudança de paradigma do serviço generalizado de alimentação prestado nas tradicionais cantinas levou a alterações, realizadas de forma gradual, onde a oferta teve, numa primeira fase, um papel fundamental, mas onde a procura, ao crescer sustentadamente, permitiu inferir da adequação dos novos serviços/ofertas disponibilizadas. Esse crescimento sustentado, embora não tenha permitido um forte crescimento/melhoramento ao nível da oferta tradicional, ao assentar numa tipologia de serviços/ofertas mais diversificados, acarretou um acréscimo da receita superior ao aumento dos custos associados, permitindo a libertação de fundos tão necessários ao investimento. Esse investimento, realizado no final do ano, ao ser aplicado em benefício direto da atividade poderá contribuir a curto prazo para melhorias no processo produtivo e na rentabilização do fator trabalho. No quadro seguinte – Quadro 4.12. apresentam-se as campanhas de novos produtos e serviços que foi possível lançar ao longo do ano de 2014. Quadro 4.12. Campanhas de novos produtos/serviços no âmbito da diversificação da oferta alimentar em 2014 Campanhas de divulgação Data de lançamento Observações Lanche nas Químicas 22.01.2014 Abertura do serviço de lanche nas Químicas. Take Away em todas as cantinas 23.01.2014 Reforço da divulgação da existência de serviço de take away em todas as cantinas Francesinha no REU 01.02.2014 Lançamento de nova oferta snack no REU, disponível ao sábado. Imagem ilustrativa 51 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Campanhas de divulgação Data de lançamento Observações Abertura do Restaurante Universitário Colégio de Jesus 03.03.2014 Abertura de nova unidade alimentar no Polo I, com refeições buffet a preço fixo de 6,50€. Buffet de Saladas 20.05.2014 Lançamento de nova oferta sazonal (snack), na Sala B, disponível no período de almoço. Campanha U franguito 02.06.2014 Lançamento de oferta de frango assado (take away), no Sandwich Bar 12.06.2014 Lançamento de nova oferta de refeições rápidas compreendendo menus de sopa + baguete ou sopa + ½ baguete no Sandwich Bar; Bar do DEI e Cafetaria do Pólo III 12.06.2014 16.06.2014 17.06.2014 26.06.2014 08.07.2014 09.07.2014 Emissão dos jogos do Mundial em que participaram as seleções de Portugal ou do Brasil no CCDD (Polo I da UC); REU; CAP II (Polo II da UC), disponibilizando ofertas alimentares específicas durante os períodos de emissão dos jogos (Francesinha; Combinado académico; Cachorro e Hambúrguer no pão) Menus Refeições Rápidas (Sopa + baguete ou Sopa + ½ baguete) Operação Mundial 2014 52 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Imagem ilustrativa Campanhas de divulgação Abertura do Restaurante Universitário Colégio de Jesus em agosto Data de lançamento Agosto de 2014 Observações Funcionamento do Restaurante Universitário Colégio de Jesus durante o mês de agosto Lançamento da oferta móvel de gelados e águas em tricicleta localizada na Rua Larga Venda de gelados e águas em Tricicleta 06.08.2014 Abertura do Bar da FLUC 01.09.2014 Abertura de nova unidade alimentar no Polo I, com oferta de refeições rápidas, snack e serviço de cafetaria Alargamento da oferta de Refeições Rápidas (Sopa + baguete ou Sopa + ½ baguete) 19.09.2014 Alargamento da oferta de Refeições Rápidas à Cafetaria do CAP II e Bar da FLUC Pequeno-almoço e Lanche na Sereia 30.10.2014 Lançamento de oferta de pequenoalmoço e lanche na Sereia 03.11.2014 Lançamento de nova oferta sazonal (snack), na Sala B, disponível no período almoço. Esta oferta consistiu na disponibilização de pratos típicos de vários países em quinzenas temáticas alusivas a quatro continentes: América Latina; Ásia; África e Europa Encontros de Cozinhas do Mundo Imagem ilustrativa 53 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Campanhas de divulgação Data de lançamento Observações Buffet no restaurante universitário do Pólo III 10.11.2014 Alteração da modalidade de oferta no restaurante universitário do Pólo III, que passou de serviço à mesa para oferta buffet, mantendo o preço fixo de 6,50€. Bife nas Vermelhas 26.11.2014 Lançamento da oferta de bife (snack) na cantina Vermelhas 29.11.2014 Lançamento da oferta integrada de pastelaria, com divulgação de catálogo e procedimento de encomenda destes artigos em qualquer unidade alimentar dos SASUC Oferta de pastelaria Imagem ilustrativa Foram ainda retomadas, em 2014, as ofertas de artigos de pastelaria associados a épocas festivas – Folar da Páscoa e Bolo-rei e Broinhas. Além da preocupação com a diversificação da oferta, preocupações de caracter ambiental e de sustentabilidade para os SASUC levaram a que se iniciasse, no dia 6 de fevereiro de 2014, o projeto de controlo de desperdício de comida nas unidades alimentares, visando a tomada de medidas que permitissem a sua redução. Esta atividade terá continuidade em 2015 com ações dirigidas à comunidade universitária visando a sensibilização para a redução do desperdício alimentar. No Quadro 4.13. apresenta-se, de forma sumária, o tipo de serviços e a oferta alimentar disponibilizados nas unidades alimentares dos SASUC em 2014. 54 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.13. Tipo de serviços e oferta, disponíveis nas unidades alimentares em 2014 Sala B X Take Away Outros Serviço à mesa Buffet Outras X X X X X X X Sandwich Bar X Monumentais S. Jerónimo Lanche X Pequeno-almoço X Serviço diversificado Bar / Cafetaria Refeições Rápidas (Sopas + baguete) X Pizzas e Pastas Snack Sala A Vegetariana Unidade Alimentar Carne/peixe Refeição Refeições Social Snack X X X X Colégio de Jesus X Bar da FLUC X X X X X Químicas X X X X X Sereia X X X X X (a) X Estádio Universitário X X X (b) X Vermelhas X X R. Luzio Vaz X X X Bar do DEI CAP II X X X X X X X X X X X Casa da Pedra X X X X (a) Fornecimento de refeições ao Jardim de Infância dos SASUC (b) Fornecimento de refeições e serviços de apoio à realização das festas académicas (Queima das Fitas e Latada) A Divisão de Alimentação passou a elaborar a sua oferta de ementas sociais com periodicidade mensal mantendo a preço de venda a variar entre 2,40€ (estudantes) e 4,10€ (não estudantes)1. Além da alteração de periodicidade, a partir de maio de 2014 passou a ser divulgada a opção vegetariana da ementa social e, a partir de julho de 2014, as ementas sociais passaram a ser disponibilizadas em versão bilingue (português e inglês). Relativamente às refeições de snack os preços mantiveram-se inalterados e a variar entre 2,10€ e 5,80€, sem diferenciação entre a população estudante e não estudante. 1 O preço da refeição social para estudantes é estipulado pelo Despacho nº 22 (2.a série), que, no ponto 1, determina: “O preço mínimo da refeição subsidiada no âmbito do sistema de ação social do ensino superior é fixado em 0,5% do salário mínimo nacional em vigor no início de cada ano letivo e automaticamente atualizado no dia 1 de outubro de cada ano civil”. O preço da refeição social para trabalhadores da Administração Pública é fixado ao abrigo da Portara n.º 421/2012, que no Artigo 2º, ponto 1, estipula: “O preço de venda da refeição tipo a fornecer aos trabalhadores da Administração Pública nos refeitórios dos serviços e organismos da administração central e local, bem como dos institutos públicos que revistam a natureza de serviços personalizados ou de fundos públicos, é fixado em 4,10€ (quatro euros e dez cêntimos), incluindo o imposto sobre o valor acrescentado”. 55 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Em junho de 2014 foi ainda criada uma nova modalidade de refeições – refeições rápidas (menu sopa + baguete ou sopa + ½ baguete) – com preços a variar entre 1,00€ e 2,10€, alargando-se a oferta alimentar de refeições disponibilizadas à comunidade universitária com um leque variado de preços. As refeições buffet, oferta inicialmente disponibilizada na Casa da Pedra no final do ano de 2013, foram alargadas ao restaurante universitário Colégio de Jesus (inaugurado em março de 2014) e ao restaurante universitário do Polo III que, em novembro de 2014, abandonou a modalidade de serviço à mesa que vinha sendo seguida, tendo-se conseguido de alguma forma uma economia nos recursos humanos necessários associados à anterior modalidade, nomeadamente no empratamento e distribuição. O preço desta tipologia de oferta manteve-se inalterado (6,50€) em todas as unidades. O período e horário de funcionamento das unidades alimentares sofreram ligeiras alterações em 2014, salientando-se as seguintes alterações de funcionamento: Da Sala B, que, com a alteração da oferta social para ofertas sazonais, passou a funcionar à sextafeira; Redução do horário praticado no Sandwich-bar, que passou a funcionar apenas até à meia-noite (em 2013 funcionava até às 3h00); Alargamento do horário das Químicas que, em virtude da nova oferta de lanches, aumentou em 3h o respetivo horário de funcionamento, passando a estar aberta até às 18h; Alargamento do horário de funcionamento do REU aos sábados (mais 1h30). No Quadro 4.14. sintetiza-se o horário e período de funcionamento das unidades alimentares em 2014: 56 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.14. Horário e período de funcionamento das unidades alimentares em 2014 Unidade Alimentar Período / Horário de Atendimento Observações P. Almoço Almoço Jantar Cafetaria Sala A 8h-11h 12h-15h 19-21h30 8h-11h00 12h-16h45 Sala B n.a. 12h15 n.a. n.a. Sandwich Bar n.a 11h - 24h 2ª a 6ª feira. Monumentais S. Jerónimo n.a. 12h - 21h30 2ª a 6ª feira. n.a. 12h-15h n.a. 12h-15h Colégio de Jesus n.a. 12h15 n.a. n.a. n.a. 8h-18h Bar da FLUC 8h-18h Assegura toda a oferta de 2ª a 6ª feira e ao fim de semana assegura apenas almoço e jantar (refeição social). Em maio passou a disponibilizar ofertas sazonais de 2ª a 6ª feira. 2ª a 6ª feira. Iniciativa atividade a 03/03. 2ª a 6ª feira. Iniciou a atividade a 01/09. 2ª a 6ª feira. Iniciou o serviço de Lanches a 22/01. 2ª a 6ª feira. Químicas 8h-11h 12h-15h n.a. 12h-18h Sereia 9h-11h 12h-15h n.a. 9h-11h 12h-16h45 Estádio Universitário n.a. 12h-15h 19h-21h30 8h-21h30 8h-16h30* 2ª a 6ª feira. *aos sábados (cafetaria) Vermelhas n.a. 12h-15h n.a. 12h-16h30 2ª a 6ª feira. R. Luzio Vaz Bar do DEI CAP II Casa da Pedra Iniciou o serviço de Pequeno Almoço e Lanche em novembro. 2ª a 6ª feira 12h-15h 8h-19h 2ª a 6ª feira. n.a. 12h-15h 8h-18h 2ª a 6ª feira. 8h-11h 12h-15h 19h-21h30 12h-21h30 2ª a 6ª feira. n.a. 12h-15h n.a. 12h-15h 2ª a 6ª feira. APOIO ALIMENTAR A ATIVIDADES CULTURAIS E DESPORTIVAS Além destas campanhas, da iniciativa própria dos SASUC e diretamente relacionadas com a atividade nesta área, a Divisão de Alimentação participou ainda em ações associadas a eventos realizados pela comunidade académica, ou a ela ligados de alguma forma, destacando-se o apoio alimentar associado a festividades académicas como a Queima das Fitas ou a Latada – Quadro 4.15. 57 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.15. Ações de apoio alimentar à realização de eventos promovidos pela comunidade académica em 2014 Ações de apoio à realização de eventos Data / Período Parceiro(s) / Observações 18.05.2014 Participação nas comemorações do dia do coração (envio de ficha técnica de uma salada “SASUquiana” para “Festival de Saladas”), em parceria com a Fundação Portuguesa de Cardiologia Operação Queima das Fitas 2014 08.05.2014 a 16.05.2014 Funcionamento ininterrupto do REU para apoio alimentar nas festividades da Queima das Fitas. Nesta ação, na valência de serviços de catering, os SAS asseguraram ainda o serviço de Jantar do Baile de Gala e o catering das Noites do Parque. Noites do Parque – Queima das Fitas 2014 08.05.2014 a 16.05.2014 Fornecimento de baguetes no recinto onde decorreram os festejos noturnos da Queima das Fitas 2014 Convívio NEM / AAC 09.05.2014 Apoio alimentar à realização do mega convívio NEM / AAC Cortejo Queima das Fitas 2014 10.05.2014 Abertura do Sandwich Bar para apoio ao cortejo da Queima das Fitas 2014 e fornecimento de lunchbox ao staff de acompanhamento Universidade de Verão 20.07.2014 a 25.07.2014 Apoio alimentar à atividade Universidade de Verão pela disponibilização de pequenos almoços (1000), almoços (1500), lanches (2700) e jantares (900+320) Dia do Coração 58 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Imagem ilustrativa Ações de apoio à realização de eventos Operação Latada 2014 Dia Mundial da Alimentação Data / Período Parceiro(s) / Observações 15.10.2014 a 19.10.2014 Funcionamento ininterrupto do REU para apoio alimentar nas festividades da Latada 2014 16.10.2014 Organização, em parceria com o Agrupamento dos Centros de Saúde do Baixo Mondego (Núcleo de Nutrição), com a ESEnfC e com o Mercado Abastecedor de Coimbra, de Workshops visando a promoção de alimentação saudável e a sensibilização para a importância do papel da agricultura no combate à fome e à pobreza, dirigidos a crianças do 1.º ciclo do ensino básico. O evento teve lugar na Sala B e contou com a dinamização de um workshop pelo Chef Luís Lavrador Imagem ilustrativa Além destes eventos, destaca-se ainda a colaboração dos SAS, através do apoio da Divisão de Alimentação, com outras estruturas da comunidade UC, designadamente: - Participação na preparação da candidatura da AAC à realização dos campeonatos Europeus Universitários de 2018; - Fornecimento de alimentação à organização e staff de apoio das festividades da queima das fitas e da latada integradas no evento “Noite do Parque”. - Fornecimento de alimentação aos participantes em encontros culturais e desportivos organizados pelas estruturas da comunidade universitárias (encontros de tunas, encontro internacional de judo, etc.); - Fornecimento de jantares de curso integrados em comemorações e eventos culturais promovidos diretamente pelos estudantes ou pelas suas organizações associativas. N.º DE REFEIÇÕES SERVIDAS NAS UNIDADES ALIMENTARES Durante o ano de 2014, registou-se um total de 859 395 refeições servidas alimentares, menos 16 758 (-1,9%) do que no ano anterior. Esta redução do número de refeições servidas face ao período 59 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 homólogo foi inferior à registada em 2013, em que se verificou uma redução de 8,3% (menos 78 873 refeições servidas em 2013 face a 2012). Quando considerados os valores do n.º de refeições servidas nas diferentes unidades alimentares entre 2012 e 2014, constatavam-se já alguns resultados dos esforços que têm sido empregues para travar a tendência de diminuição crescente do n.º de refeições servidos – Figura 4.7. Figura 4.7. Variação do n.º de refeições servidas por unidade alimentar, em 2012, 2013 e 2014 2012 2013 0 14 19 403 102 260 101 996 106 422 23 198 11 064 7 127 0 0 1 390 65 462 73 568 81 122 149 920 151 385 150 539 0 69 593 56 746 51 191 37 973 38 582 35 520 6 503 8 606 190 1 006 2 287 44 499 0 20 000 55 187 57 250 52 024 40 000 47 561 60 000 58 702 7 040 8 636 80 000 87 101 91 077 92 212 82 338 97 229 92 614 100 000 0 0 120 000 0 0 140 000 156 138 160 000 144 711 163 188 180 000 2014 Visando perceber o impacto do n.º de dias de funcionamento de cada unidade alimentar nos valores totais registados anualmente no n.º de refeições servidas, apresenta-se, na tabela abaixo, o n.º médio diário de refeições servidas por unidade alimentar entre 2012 e 2014 – Quadro 4.16. 60 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.16. N.º médio diário de refeições servidas por unidade alimentar, de 2012 a 2014 Num contexto fortemente marcado pela tendência de diminuição da procura de serviços de alimentação pelos membros da comunidade universitária, constata-se que as cantinas Sala A e Restaurante Luzio Vaz são as que apresentam uma evolução mais positiva em 2014, quer do n.º total de refeições servidas, quer no n.º médio de refeições diárias servidas. No caso da Sala A, a explicação desta evolução prende-se com a absorção dos/as utentes das cantinas Amarelas que foram encerradas no final de março de 2013. Nesse sentido, em 2014 salienta-se que o valor médio diário de refeições servidas considerando a Sala A e o Sandwich Bar (530) é ligeiramente superior ao valor médio diário de refeições servidas em 2012 pelas cantinas Amarelas e Sandwich Bar (526). Na Sala B e Casa da Pedra, a redução do valor registado nestes indicadores deve-se à comparação de tipologias de oferta distintas, que foram disponibilizadas nos períodos considerados – Social vs. Snack, tendo a oferta snack tendencialmente menor procura, embora maior volume de receita por refeição. Salienta-se ainda que a alteração da oferta e do funcionamento da Sala B em 2014, com a disponibilização de ofertas snack sazonais (Buffet de Saladas e Encontros de Cozinhas do Mundo), traduziu-se num aumento de 22,7% no n.º total de refeições servidas face ao período homólogo. Após o acréscimo de n.º de refeições servidas em 2013, as Monumentais assistiram, em 2014, a um decréscimo acentuado, quer no n.º total de refeições servidas, quer no n.º médio diário. Esta tendência começou a sentir-se desde abril de 2014. A ligeira diminuição (7,7%) no número de refeições servidas na cantina S. Jerónimo em 2014 justifica-se, em parte, por nunca ter assegurado o serviço de jantares em 2014, tendo assegurado esse 61 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 serviço de julho de 2013, bem como por influência do decréscimo da procura de refeições sociais. Esta diminuição pode ainda atribuir-se aos efeitos de concorrência interna gerada pela abertura do Restaurante Universitário Colégio de Jesus, com localização próxima. Os meses em que se verificou maior decréscimo da procura (n.º de refeições/dia) foram maio, junho, outubro e novembro de 2014. Constatou-se ainda que as novas unidades alimentares dos SAS, que iniciaram atividade em 2014, tiveram boa aceitação pela comunidade universitária. Os valores pouco significativos de n.º de refeições servidas face aos totais de 2014 justificam-se, não só pela tipologia de oferta disponibilizada nestas unidades alimentares (buffet, snack e refeições rápidas), como pelo menor número de dias de funcionamento em 2014. O aumento do número de refeições servidas na cantina Químicas face ao valor registado em 2013 deve-se, exclusivamente, ao funcionamento desta unidade alimentar durante o mês de agosto de 2014. Quando analisado o indicador n.º de refeições /dia verifica-se que houve um decréscimo de 4% (menos 17 refeições/dia) face a 2012 e 2013. Não considerando as refeições sociais servidas no mês de agosto, verificase que esta redução se deve, essencialmente, à diminuição da procura de refeições sociais. Na cantina Vermelhas o menor n.º de refeições servidas em 2014 justifica-se pela redução do n.º de dias de funcionamento verificado em 2014 (menos 17 dias de funcionamento face ao período homólogo). Esta diminuição coincidiu com os encerramentos verificados na Páscoa, Queima das Fitas (maio) e Latada (outubro). Nas festividades académicas, o encerramento desta unidade alimentar justifica-se pela existência de férias letivas na FEUC durante a Queima e parte da Latada e pela necessidade identificada de disponibilizar recursos para assegurar as ofertas extraordinárias que a Divisão de Alimentação assegurou nestes períodos. O n.º médio diário de refeições servidas nesta cantina tem-se mantido estável nos três anos observados. Na cantina Sereia a quebra verificada no n.º total de refeições servidas e n.º médio diário de refeições, aferidos em 2014 face a 2013 e 2012 justifica-se, essencialmente, pelo facto de ter sido eliminado o serviço de jantares em março de 2013. No CAP II o ligeiro decréscimo (0,6%) de refeições servidas em 2014 está associado à quebra da procura de refeição social. No REU o aumento de refeições servidas deve-se ao alargamento do período de funcionamento (sábados como cafetaria) e às ofertas extraordinárias disponibilizadas nos períodos da Queima das Fitas e Latada que contribuíram para refrear a tendência para a quebra da procura de refeição social. Considerando a variação do número de refeições servidas nos períodos de refeição almoço e jantar, em 2012, 2013 e 2014, constata-se que a ligeira diminuição do n.º de refeições servidas em 2014 ocorreu de forma equivalente em ambos os períodos – redução de 2% ao almoço e redução de 1% ao jantar – Figura 4.8. 62 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.8. Variação do n.º de refeições servidas ao almoço e jantar, em 2012, 2013 e 2014 900 000 -16% -1% 147 604 -2% 200 000 149 834 300 000 178 350 400 000 711 791 500 000 -6% 600 000 726 319 700 000 776 676 800 000 100 000 0 Almoço Jantar 2012 2013 2014 Considerando a manutenção do n.º de unidades alimentares a assegurar serviços de jantar em 2013 e 2014 (Sala A; Monumentais; Estádio Universitário e CAP II) e o facto de no primeiro semestre de 2013 ainda terem funcionado mais duas unidades ao jantar (Casa da Pedra até maio e Sereia até abril), verifica-se que o ajustamento do funcionamento dos serviços de alimentação ao jantar ocorrido em 2013 não teve impacto negativo na procura de refeições neste período, assegurando-se a otimização e rentabilização das unidades alimentares em funcionamento no período de jantar. Tanto em 2013 como em 2014 regista-se o funcionamento pontual neste período da cantina S. Jerónimo (julho de 2013) e da cantina Químicas (agosto de 2014). Por sua vez, no número de refeições servidas ao fim de semana verificou-se, pelo segundo ano consecutivo, um acréscimo de vendas, tendo-se registado um total de 42 275 refeições em 2014, mais 7 636 (22%) do que em 2013. Este acréscimo justifica-se, em grande medida, pelo funcionamento aos sábados, durante todo o ano, da cafetaria do Estádio Universitário com oferta de refeições snack (oferta iniciada em outubro de 2013). Em 2014, manteve-se a oferta de refeições sociais aos fins de semana na Sala A durante todo o ano, exceto em agosto. Na variação global do n.º de refeições servidas por tipologia (social carne/peixe; socia vegetariana; snack, refeições rápidas, take away e restaurante universitário), a única quebra identificada registou-se na refeição social carne/peixe (superior à quebra identificada em 2012, que foi de 5%). Salienta-se à recuperação da venda de refeições socias vegetarianas em 27,5% (em 2013 tinha-se observado uma quebra de cerca de 46%), que se pode justificar com o alargamento desta oferta aos três polos da UC (além da Sala A, foi alargada no final de 2013 à cantina Luzio Vaz e ao CAP II) – Quadro 4.17. 63 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.17. Variação do n.º de refeições servidas, por tipologia, em 2013 e 2014 Tipologia de Refeição 2014 583 879 22 345 221 219 18 772 873 12 307 Social carne/peixe Social Vegetariana Snack Restaurante universitário Take away (1) Refeições rápidas Total (1) 859 395 Acumulado Anual 2013 Var Abs/% 635 265 -51 368 -8,1% 17 523 4 822 27,5% 220 193 1 026 0,5% 3 140 15 632 497,8% 32 841 2 628% 0 12 307 876 153 -16 758 -1,9% Apenas são contabilizadas nesta tipologia as refeições da oferta take away da pizzaria Monumentais e do Sandwich bar Genericamente constata-se o contributo positivo da estratégia de diversificação da oferta alimentar dos SAS no objetivo de inverter a tendência da diminuição da procura de refeições, que se tem registado desde 2003. O reforço da oferta de restaurante universitário (desde novembro de 2014 exclusivamente na modalidade de buffet disponibilizado nos restaurantes universitários Casa da Pedra, Colégio de Jesus e Polo III), da oferta take away pizzas (disponibilizada em dezembro de 2013) e a criação, em junho de 2014, da oferta de refeições rápidas (menu sopa + baguete) contribuíram, em grande medida para contrariar a tendência generalizada para a quebra da procura da oferta alimentar disponibilizada pelos SAS. HÁBITOS DE UTILIZAÇÃO E SATISFAÇÃO COM A OFERTA ALIMENTAR DOS SASUC À semelhança de anos anteriores, de 17 a 27 de novembro de 2014 foi aplicado um inquérito dirigido à comunidade universitária para aferir os hábitos de utilização e a satisfação com a oferta alimentar dos SASUC. Responderam a este inquérito 1597 membros da comunidade universitária, com idades compreendidas entres os 17 e os 67 anos (média=27), o que se traduziu numa taxa de resposta de 6%. A maioria dos/as respondentes era do sexo feminino 858%), estudantes (76%) e as UO da UC mais representadas no que respeita ao perfil dos/as inquiridos/as foram a FCTUC (36%), a FLUC (12%) e a FMUC (11%). No que respeita à nacionalidade dos/as respondentes, 91% indicaram ser portugueses/as, sendo também expressiva a representatividade de brasileiros/as (6%). No que respeita aos hábitos de utilização das cantinas dos SASUC, a maioria dos/as respondentes (55%) referiu utilizar as cantinas ao almoço quase todos os dias ou todos os dias e apenas 15% indicaram nunca ou raramente utilizar as cantinas ao almoço. Destes, a maioria indicou como principal motivo para não frequentar as cantinas ao almoço o facto de almoçar ou trazer comida de casa (53%) e tempo de espera para ser atendido (17%). 64 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quanto à utilização das cantinas ao jantar ou ao fim de semana, a maioria dos inquiridos indicou nunca ou raramente utilizar as cantinas nesses períodos (76% e 89%, respetivamente). Como principais motivos para não o fazer, indicaram, principalmente, o facto de jantarem em casa ou não ficarem em Coimbra durante o fim de semana. Embora com menor representatividade considerando o total dos motivos indicados para não frequentar as cantinas ao fim de semana, houve ainda referência (8%) ao facto de não saberem que as cantinas estavam abertas nesse período. Esta constatação originou de imediato a implementação de medidas de reforço da divulgação da oferta alimentar disponibilizada pelos SAS ao fim de semana. À semelhança dos resultados obtidos em 2013, em 2014 a maioria dos respondentes (77%) afirmou optar habitualmente pela refeição social, tendo a representatividade desta opção sido ligeiramente menor quando comparada com os resultados obtidos em 2013 (81%), o que, considerando o ligeiro aumento da representatividade das outras opções (snack, sopa e baguete, entre outras) poderá ser um reflexo do impacto da estratégia de diversificação da oferta alimentar reforçada pelos SAS em 2014. Destaca-se ainda que 6% dos respondentes costumam tomar pequeno almoço nas cantinas e 21% tem por hábito recorrer às cantinas para lanchar. No que respeita à avaliação da oferta alimentar dos SAS (através da escala de 1 a 5, em que 1 corresponde a mau e 5 a muito bom) e comparando com os resultados obtidos no processo de auscultação de 2013, verifica-se uma melhoria da avaliação média dos itens refeições, atendimento e relação qualidade/preço, mantendo-se estável a avaliação das instalações – Figura 4.9. Figura 4.9. Avaliação da oferta alimentar dos SAS em 2013 e 2014 3,37 3,61 3,53 3,53 3,68 3,13 3 3,35 4 3,81 5 2 1 Refeições Atendimento 2014 Instalações Relação Qualidade/Preço 2013 As unidades alimentares com melhor avaliação das refeições em 2014 foram o Estádio Universitário, Sala B (buffet de saladas e cozinhas do mundo) e o Colégio de Jesus. No que se refere ao atendimento, destacam-se com valores mais positivos as unidades alimentares Estádio Universitário, Colégio de Jesus e Bar do DEI. As instalações melhor avaliadas foram as das unidades alimentares Estádio Universitário e Casa da Pedra. Por fim, na relação qualidade/preço, destacam-se as avaliações obtidas nas unidades alimentares Estádio Universitário e Colégio de Jesus. 65 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A taxa de satisfação com a oferta alimentar dos SASUC situou-se nos 65%, valor superior aos obtidos nos processos de auscultação realizados em 2012 e 2013 (62% e 61%, respetivamente) – Figura 4.10. Figura 4.10. Taxa de satisfação com a oferta alimentar dos SAS em 2012, 2013 e 2014 5 4 65% 61% 62% 65% 64% 63% 3 62% 61% 2 1 66% 3,49 3,45 3,59 2012 2013 2014 Valor Médio 60% 59% Tx. Satisfação Os resultados desta avaliação foram alvo de profunda análise e reflexão interna, que envolveu todos/as os/as trabalhadores dos SAS com funções nesta valência da ação social na UC para clarificação de resultados menos positivos e discussão de possíveis soluções, visando ajusta a oferta às necessidades e expectativas da comunidade UC. Os aspetos com os quais os respondentes estão menos satisfeitos são: qualidade e variedade das refeições; informação disponibilizada ao/à utilizador/a; instalações/equipamentos e tempo de atendimento. Decorrentes desta avaliação e das centenas de comentários e sugestões recolhidas, foram também identificadas algumas Oportunidades de Melhoria dos serviços e da oferta alimentar disponibilizada, que foram registadas para acompanhamento no Sistema Integrado de Melhorias da UC. Estas também foram consideradas no processo de planeamento das atividades dos SAS para 2015, destacando-se: Revisão das ementas e fichas técnicas das refeições da oferta social, visando assegurar maior variedade de géneros utilizados e maior equilíbrio nutricional e calórico; Alargamento da oferta vegetariana a todas as unidades alimentares, assegurando maior variedade de refeições disponíveis nesta oferta; Diversificação da oferta snack; Diversificação da oferta de sobremesas; Substituição do mobiliário degradado; Melhoria da divulgação/ informação ao/à utilizador/a sobre a oferta alimentar. CUSTOS E PROVEITOS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO As variações identificadas na procura dos serviços de alimentação pelos membros da comunidade universitária e os necessários ajustes da oferta à procura implementados nestes serviços dos SAS tiveram um impacto considerável nos custos e proveitos da Divisão de Alimentação (compreendendo unidades 66 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 alimentares, serviços de catering e serviços de suporte direto aos processos dos serviços de alimentação integrados nesta Divisão) – Quadro 4.18. Quadro 4.18. Variação de custos e proveitos da Divisão de Alimentação em 2013 e 2014 (c/ catering) Proveitos globais (€) Custos globais (€) 2014 2013 3 201 712,71 3 990 674,13 3 091 472,53 4 204 445,85 80,2 73,5 Tx. Cobertura (%) Variação Abs. /% 110 240,18 -213 771,72 3,57 -5,08 6.7 p.p. Não considerando os custos e proveitos dos Serviços de Catering, a variação da taxa de cobertura do setor foi igualmente positiva (5.5 pontos percentuais) – Quadro 4.19. Quadro 4.19. Variação de custos e proveitos da Divisão de Alimentação em 2013 e 2014 (s/ catering) Proveitos globais (€) Custos globais (€) 2014 2013 2 995 859,48 3 833 262,18 2 976 443,01 4 409 982,53 78,2 72,7 Tx. Cobertura (%) Variação Abs. /% 19 416,47 -261 720,35 0,65 -6,39 5.5 p.p. Pese embora a ligeira diminuição verificada no número de refeições servidas, o aumento da oferta/procura de refeições de tipologia snack e de restaurante universitário, bem como o aumento dos proveitos associados a serviços de catering, contribuíram para um aumento global dos proveitos deste setor, na ordem dos 3,5%. Os custos de funcionamento das unidades alimentares sofreram um acréscimo de 8%, que se justifica, não só pela abertura de novas unidades alimentares (Restaurante Universitário Colégio de Jesus e Bar da FLUC), como pelos custos associados a manutenção/reparação e aquisição de equipamentos, investimentos necessários para garantir a qualidade dos serviços de alimentação disponibilizados à comunidade universitária. A reorganização das equipas das unidades alimentares e a centralização de processos produtivos, com a criação da sala de corte, desmanche e embalamento de carnes na Divisão de Compras e Logística, tiveram igualmente impacto na diminuição dos custos com recursos humanos da Divisão de Alimentação, cuja variação anual em período homólogo representou uma diminuição de custos, em 2014, de cerca de 9%. Constata-se, assim, que, globalmente e face ao desempenho do ano anterior, a redução de custos e o aumento dos proveitos da Divisão de Alimentação contribuíram para um aumento da taxa de cobertura do setor na ordem dos 6.7 pontos percentuais, tendo-se, em 2014, atingido uma taxa de cobertura dos serviços de alimentação de cerca de 80%. 67 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Numa análise de custos e proveitos por unidade alimentar em 2014, verifica-se, tal como se verificou nos custos e proveitos globais apresentados anteriormente, um aumento, tanto de custos como de proveitos, em relação ao ano de 2013 – Quadro 4.20. Quadro 4.20. Variação de proveitos, custos e taxa de cobertura, por unidade alimentar, em 2013 e 2014 Proveitos (€) Unidades Alimentares 2014 Amarela Social 2013 Custos (€) Var. 2014 2013 Taxa de Cobertura (%) Var. 2014 2013 Var. 567,93 79 795,85 -79 227,92 7 204,55 121 665,57 -114 461,02 7,88 65,59 -57,71 0,00 18 283,39 -18 283,39 0,00 23 199,65 -23 199,65 n.d. 78,81 -78,81 Sandwich Bar 195 752,50 233 776,54 -38 024,04 259 655,56 201 878,55 57 777,01 75,39 115,80 -42,41 Químicas 254 580,57 217 553,52 37 027,05 256 085,83 261 700,97 -5 615,14 99,41 83,13 16,28 Vermelhas 99 522,34 111 451,62 -11 929,28 180 976,22 189 063,04 -8 086,82 54,99 58,95 -3,96 Sala A 409 158,44 379 998,15 29 160,29 512 417,27 533 465,00 -21 047,73 79,85 71,23 8,62 Sala B 23 541,88 0,00 23 541,88 35 266,25 6 695,02 28 571,23 66,75 0,00 66,75 Monumentais 165 240,89 177 284,74 -12 043,85 250 931,41 233 538,85 17 392,56 65,85 75,91 -10,06 S. Jerónimo 280 336,74 295 007,88 -14 671,14 299 404,48 303 780,05 -4 375,57 93,63 97,11 -3,48 904,39 30,00 874,39 7 712,88 6 674,44 1 038,44 11,73 0,45 11,28 REU 253 242,09 209 616,89 43 625,20 269 528,76 234 987,00 34 541,76 93,96 89,20 4,76 CAP II 458 509,50 454 382,59 4 126,91 542 107,41 557 077,74 -14 970,33 84,58 81,57 3,01 Bar do DEI 105 860,23 100 342,77 5 517,46 102 421,31 110 218,42 -7 797,11 103,36 91,04 12,32 45 696,36 49 939,11 -4 242,75 30 917,73 84 663,51 -53 745,78 147,80 58,99 88,81 Sereia 147 192,52 161 547,82 -14 355,30 222 495,24 240 374,64 -17 879,40 66,16 67,21 -1,05 Luzio Vaz 391 489,02 375 685,42 15 803,60 399 677,15 422 076,44 -22 399,29 97,95 89,01 8,94 Colégio Jesus 49 728,18 0,00 49 728,18 7 865,41 0,00 7 865,41 632,24 n.d. n.d. Bar da FLUC 58 439,95 0,00 58 439,95 33 933,00 0,00 33 933,00 172,22 n.d. n.d. 2 938 859,14 2 864 696,29 74 162,85 3.531.058,89 -120 171,31 81,13 5,03 Vegetariana Grill D. Dinis (1) Casa da Pedra Total 3 410 887,58 86,16 (1) O Grill D. Dinis passou para a estrutura da Divisão de Oferta Integrada de Serviços em 2014, deixando de ser contabilizado na Divisão de Alimentação. Como outros custos e proveitos do setor, compreendem-se serviços de gestão e administrativos da Divisão de Alimentação, serviços específicos de suporte ao processo da alimentação (higiene e segurança alimentar e padaria), processos de apoio a atividades culturais e desportivas, os serviços de catering e outras ofertas alimentares – Quadro 4.21. 68 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.21. Variação de proveitos, custos e taxa de cobertura, por outros serviços da Divisão de Alimentação, em 2013 e 2014 Proveitos (€) Outros Serviços DA 2013 48 943,56 15 105,18 33 838,38 139 283,40 169 143,84 -29 860,44 35,14 8,93 26,21 0,00 0,00 0,00 97 084,57 138 139,77 -41 055,20 0,00 0,00 0.00 75 188,11 96 565,93 -21 377,82 68 160,73 84 059,11 -15 898,38 110,31 114,88 -4,57 73,46 75,61 -2,15 173 882,35 172 580,92 1 301,43 0,04 0,04 0,00 176,21 0,00 176,21 10 074,13 0,00 10 074,13 1,75 n.d. n.d. 205 853,23 115 029,52 90 823,71 157 411,95 109 463,32 47 948,63 130,77 105,08 25,92 7 807,11 0,00 7 807,11 2 050,15 0,00 2 050,15 380,81 n.d. n.d. 3 201 712,71 3 091 472,53 110 240,18 3 990 674,13 4 204 455,85 -213 771,72 80,23 73,53 (1) Repúblicas e Org. Académicos (2) Padaria Pastelaria (3) Catering Tricicleta Gelados Total DA Var. 2014 2013 Var. Taxa de Cobertura (%) Var 2014 2013 p.p. 2014 DA/NA GNCA + IH Custos (€) (1) Em 2014 apenas foram contabilizados custos do GNCA. Os custos com a atividade de Inspeção Higiossanitária foram considerados no Centro de Custos do Gabinete de Apoio à Gestão. (2) Em 2014, o apoio às Repúblicas e a Organismos Académicos não foi considerado na Divisão de Alimentação por se tratarem de processos geridos no âmbito das competências da Administradora. (3) Centro de custos apenas desagregado em 2014. Em 2013 estava integrado na Padaria. Atentando à diminuição das taxas de cobertura aferidas para as unidades alimentares, destaca-se a diminuição do rácio proveitos/custos nas unidades: Sandwich Bar; Monumentais; Vermelhas; S. Jerónimo e Sereia. Os resultados identificados para a Amarela Social e Vegetariana justificam-se considerando os períodos de funcionamento em 2014 e 2013: não funcionaram em 2014, tendo apenas 3 meses de atividade em 2013. No que respeita ao Sandwich Bar, o decréscimo de proveitos face ao período homólogo pode dever-se à redução do horário de funcionamento em 2014, ao encerramento da Cantina Amarela e, eventualmente, à pouca atratividade das condições de atendimento, devido à degradação acentuada das instalações desta unidade, a carecer rapidamente de renovação. Por sua vez, nas Monumentais a quebra dos proveitos está diretamente relacionada com a diminuição do n.º de refeições servidas, tendo-se ainda registado um aumento de encargos com pessoal (RH) e com eletricidade. Esta situação será revista em 2015. Nas cantinas Vermelhas, S. Jerónimo e Sereia identificou-se uma diminuição dos proveitos, diretamente relacionada com a diminuição do n.º de refeições servidas nessas unidades alimentares (cerca de 8%, de 5% e de 10%, respetivamente). As reduções de custos verificadas não compensaram a diminuição de proveitos, refletindo-se no decréscimo das taxas de cobertura. 69 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 6,70 4.2.2 ALOJAMENTO A prestação de serviços de alojamento pelos SAS é gerida no âmbito das competências do Núcleo de Alojamentos da Divisão de Acolhimento e Integração (DAI). Em 2014, deu-se continuidade ao processo de reorganização da equipa, nomeadamente com redução do número de trabalhadores afetos às Residências Universitárias (RU) e fortalecimento das valências de atendimento e de acompanhamento de estudantes nacionais e internacionais. Acentuou-se a polivalência do pessoal técnico, tendo em vista um acompanhamento personalizado de cada estudante, independentemente dos apoios a que recorre. Em 2014, foi possível atuar a diversos níveis, como iniciar a melhoria do sistema de gestão de alojamento (SIGESBA), destacando-se o mecanismo de reservas automáticas para casos de realojamento e agilização da contratualização e comunicação com os estudantes. Procedeu-se à definição do regime de alojamento extraordinário procurando simplifica-lo, sistematizou-se procedimento de pagamentos fracionados e elaboraram-se guias de acolhimento para cada RU. As colocações dos estudantes nacionais e de mobilidade em residência universitária, passaram a ser conjuntas, eliminando alas exclusivas por razões de nacionalidade. Em articulação direta com a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, foi definido o procedimento de gestão de ofertas de alojamento local no portal “UC Alojamentos/ UC Accommodation”, prevendo-se a sua formalização e integração no sistema de gestão em 2015. O portal, que agrega informação de ofertas de alojamento na cidade de Coimbra (onde se incluem as residências universitárias e alojamentos locais privados), visa facilitar o acesso a essa informação pela comunidade universitária, principalmente por estudantes e investigadores internacionais e ao abrigo de programas de mobilidade internacional na UC, sendo a sua gestão assegurada pelos SAS. Em 2014, na sequência da regulamentação do estatuto de estudante internacional e do concurso especial de acesso e ingresso do estudante internacional à UC, destaca-se ainda a reformulação do portal “UC Alojamentos/ UC Accommodation”. Destaca-se também a reorganização do sistema de acesso a serviços de tratamento de roupa pessoal das residências universitárias, com a disponibilização, em outubro de 2014, na residência Teodoro, de novos equipamentos para lavar e secar roupa, tendo-se introduzido um fator moderador na sua utilização, com expressão pecuniária. A disponibilização destes novos equipamentos veio responder às necessidades que têm vindo a ser identificadas no sentido da melhoria das condições que cumpre aos SASUC assegurar aos/às utilizadores/as das residências universitárias da UC, visando ainda contribuir para a racionalização dos consumos de energia e de água, na ótica da garantia de uma ação social responsável e sustentável. Nesse sentido, o preçário que foi introduzido para a utilização destes equipamentos visou corresponsabilizar os residentes por comportamentos individuais com elevado impacto nos consumos de água e eletricidade e, consequentemente, nos custos financeiros e ambientais decorrentes de práticas individuais pouco sustentáveis/responsáveis. Esta será uma estratégia a alargar em 2015 a outras residências universitárias, à medida das possibilidades de investimento em novos equipamentos. 70 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 No que respeita às atividades de divulgação dos serviços prestados junto da comunidade universitária, destaca-se o reforço dos serviços disponibilizados aos estudantes do primeiro ano no posto móvel no local das matrículas, agilizando candidaturas a bolsas de estudo e alojamento em residências universitárias, potenciando um acolhimento mais abrangente, encurtando prazos e indo ao encontro das expectativas dos estudantes – Figura 4.11. Figura 4.11. “Operação matrículas” – ano letivo 2014/15 (setembro 2014) Em 2014 realizou-se pela primeira vez o ‘Dia da porta aberta’, ou seja, no domingo anterior ao início do ano letivo (14 de setembro) as residências universitárias abriram-se à comunidade, dando assim a possibilidade aos estudantes e suas famílias de visitar ou instalar-se confortável e calmamente no seu quarto, o que aconteceu com mais de 160. – Figura 4.12. Figura 4.12. “Dia de Porta Aberta” – 14 de setembro de 2014 71 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Na sequência da candidatura ao programa cultural da XVI Semana Cultural da Universidade de Coimbra realizou-se, nos meses de março e abril de 2014, a iniciativa “Viver em Rede”, ou seja, decorouse um quarto de residência universitária na unidade alimentar Monumentais e convidaram-se os estudantes e restante comunidade universitária ao debate no ‘quarto’ com realização de 3 tertúlias, ‘quarto crescente’, ‘quarto sem fronteiras’ e ‘quarto crescente’, que envolveu a participação de cerca de 50 pessoas, para além de se terem registado mais de 150 visitas ao ‘quarto’ – Figura 4.13. Figura 4.13. “Viver em Rede” - XVI Semana Cultural da Universidade de Coimbra Potenciando sinergias da integração dos serviços numa instituição de ensino superior, salienta-se a colaboração ativa com os processos de auscultação aos residentes, no âmbito de uma tese de doutoramento da FPCEUC sobre ‘Qualidade de vida nas residências universitárias’, no âmbito da qual foram distribuídos 1094 questionários, para os quais se obtiveram 609 respostas, correspondendo a uma taxa de resposta de 56%. Em 2014, com vista a reforçar a valência destes serviços no domínio da integração em contexto académico e na cidade de Coimbra, realizou-se uma vez mais uma ceia de natal partilhada entre estudantes alojados em residências universitárias, proporcionando a todos aqueles que permaneceram na residência no dia 24 de dezembro de 2014, um ambiente familiar, acolhedor, de confraternização e partilha. Foi organizada com o apoio dos estudantes da Linha SOS Estudante e teve lugar na residência Pedro Nunes – Figura 4.14. 72 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.14. Ceia de Natal na R.U. Pedro Nunes Durante o ano de 2014, os SASUC patrocinaram 2 reuniões gerais de delegados (maio e outubro), com a participação total de 55 alunos responsáveis por ala, piso ou residência, para análise ao Regulamento Geral das Residências Universitárias, política de investimentos nas residências e iniciativas a promover, como o Torneio Inter-residências e o Dia do Irmão mais novo, concretizadas em 2015. CARATERIZAÇÃO DO PARQUE RESIDENCIAL A prestação de serviços de alojamento pelos SAS, no ano letivo 2014/15, compreende 14 residências universitárias, dispersas geograficamente pela cidade de Coimbra, correspondendo a uma capacidade de 1 325 lugares para alojamento - Quadro 4.22. Quadro 4.22. Evolução da capacidade das Residências Universitárias de 2013/14 a 2014/15 Residências 2013/2014 2014/2015 Residência Observatório Astronómico Residência Alegria Residência António José Almeida Residência Combatentes Residência João Jacinto Total 13 44 205 100 133 M 0 44 104 0 57 F 0 0 99 100 72 Mob. 13 0 2 0 4 Total 13 44 206 100 133 M 0 44 104 0 57 F 0 0 100 100 72 Mob. 13 0 2 0 4 Residência Padre António Vieira Residência Penedo da Saudade Residência São Salvador Residência Santos Rocha Residência Pólo II - (1) 53 18 26 50 110 0 0 11 10 82 51 18 15 40 24 2 0 0 0 4 53 18 26 50 110 0 0 11 10 84 53 18 15 40 24 0 0 0 0 2 Residência Pólo II - (2) Residência Pedro Nunes Residência Teodoro Residência Pólo III 166 38 98 268 68 0 0 80 72 0 86 152 26 38 12 30 166 38 98 270 68 0 0 106 72 0 86 160 26 38 12 4 Total 1322 462 729 131 1325 484 740 101 73 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 De 2013/14 para o corrente ano letivo constata-se uma diferença de mais 3 lugares para alojamento. A diferença justifica-se pela identificação de mais um quarto (2 lugares) na Residência Pólo III, que se encontrava em más condições de utilização desde a entrega da obra em 2009, bem como de um quarto individual (1 lugar), na Residência António José de Almeida, até aqui utilizado como rouparia. Os lugares mistos referem-se a alojamento em tipologia de apartamento, incluindo apartamentos recuperados e reativados durante o ano 2014, um T2 na Residência João jacinto e um T1 na Residência António José de Almeida. Nestes lugares incluem-se também pisos especialmente direcionados para estudantes de 2º ou 3º ciclo e para investigadores. No Quadro 4.23. apresenta-se a estrutura das residências no ano letivo 2014/15, com base na nova capacidade definida: Quadro 4.23. Estrutura física das Residências Universitárias no ano letivo 2014/15 ESTRUTURA DAS RESIDÊNCIAS – Ano letivo 2014/2015 X2 X1 Total Individuais Coletivas 12 20 32 0 6 2 Salas Comuns / de Estudo 3 Ant. J. Almeida 92+1(d) 20 113 1 (d) 56 10+1(d) 11 Combatentes 50 0 50 0 6 6 3 63+2(d) 3 68 2 (d) (e) 29 8+1 (d) 8 0 13 13 12+1 (d) 2 12+1 (d) 1 21+1(d) 9 31 1 (d) 9 1 2+1 (d) Pedro Nunes 19 0 19 19 0 3 3 Penedo 6 6 12 0 6 1 1 Polo II - 1 54+1 (e) 0 55 2 (d) (e) 28 7+1 (e) 0 Polo II - 2 82+1 (e) 0 83 81+1 (e) 2 4+1 (e) 2 Polo III - 1 133+2(d) 0 135 2 (d) (e) 59 11+1 (d) 6 10 3 14 0 3 2 2 25 0 25 5 10 5 5 47+2 (d) 0 49 1 (d) 27 4+1 (d) 5+1 (d) 624 74 699 128 243 83 54 Residência Quartos X3 Alegria João Jacinto Observatório Pe. António Vieira São Salvador 1 Santos Rocha Teodoro Total 1 Casas de Banho Cozinhas (d) Apartamento Responsável (e) Apartamento vigilante e W.C. deficiente GESTÃO DO ALOJAMENTO NAS RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS DOS SAS As residências universitárias destinam-se a estudantes da Universidade de Coimbra (Regime Geral), que através de candidatura concorrem e as ocupam em grande escala. Para este alojamento são considerados critérios socioeconómicos, aproveitamento escolar e bom comportamento em anos transatos, bem como inexistência de dívidas perante os SAS. Também os estudantes que, ao abrigo de programas de mobilidade e do estatuto de estudante internacional na UC, frequentam a UC, podem ser 74 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 colocados em RU (Regime de Mobilidade). Podem ainda ser alojados em RU grupos de estudantes e outros membros da comunidade académica da UC ou de outros estabelecimentos de ensino, mediante despacho da Administradora dos SAS (Regime de Alojamento de Grupos). Regime Geral No concurso para alojamento do ano letivo 2013/14 (aberto durante todo o ano letivo) registaramse 1 292 candidaturas, que corresponderam a 1 152 alojados. A 31 de dezembro de 2014 (ano letivo 2014/15), o concurso para alojamento registava 1 265 candidaturas, que corresponderam a 1 077 alojados. Considerando o período homólogo de 2013 (concurso do ano letivo 2013/14 a 31 de dezembro de 2013), constata-se um ligeiro aumento de candidaturas a alojamento no regime geral e decréscimo do n.º de alojados - Quadro 4.24. Quadro 4.24. Resultados do concurso a alojamento em RU nos anos letivos 2014/15 e 2013/14 2014/15* 2013/14* Var abs Var. % N.º de Candidaturas 1265 1254 11 0,88 N.º de Alojados 1077 1103 -26 -2,36 * Dados com referência a 31 de dezembro de 2014 (2014/15) e a 31 de dezembro de 2013 (2013/14) A redução do número de alojados indicia um aumento da taxa de desistência ou não concretização do alojamento, antes sequer da entrada em RU, facto que se atribui a alterações na sua colocação (mudança de Universidade na 2.ª e 3.ª fase) e a algum desapontamento com as condições físicas de algumas residências. Da análise da distribuição dos alojados de regime geral por grupos (categorizados com base na tipologia de beneficiários de apoios sociais diretos), verifica-se, no ano letivo 2014/15, um decréscimo de bolseiros alojados nas residências universitárias – Quadro 4.25. Quadro 4.25. Distribuição dos alojados de regime geral por grupos, nos anos letivos 2014/15 e 2013/14 Alojados Regime Geral Bolseiros DGES Não Bolseiros Bolseiros Outras Entidades Total 2014/15* 2013/14* Var abs Var. % 778 265 34 803 241 59 -25 24 -25 -3,11 9,96 -43,37 1077 1103 -26 -2,36 * Dados com referência a 31 de dezembro de 2014 (2014/15) e a 31 de dezembro de 2013 (2013/14) A diminuição do número de alojados em regime geral evidencia algumas dificuldades ao nível de divulgação, nomeadamente junto dos alunos bolseiros deslocados, sendo bastante significativa a proporção que ainda não recorre às residências universitárias para alojamentos. Em todo o caso, este decréscimo não 75 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 influencia a taxa de ocupação das residências, que se mantém a crescer por dois anos consecutivos, evidenciando maiores períodos de alojamento por parte dos estudantes. Regimes de Mobilidade e de Alojamento de Grupos Neste regime de alojamento identificaram-se 1575 alojados no ano letivo 2013/14 (mais 16,4% do que em 2012/13 em que o n.º de alojados foi de 1353) e, até 31 de dezembro de 2014, registavam-se 469 alojados (ano letivo 2014/15), mais 32% do que o valor atingido em período homólogo do ano letivo 2013/14. Tanto em 2013/14 como em 2014/15 verifica-se maior representatividade masculina (53%) face à feminina (47%) desta população de alojados. No ano letivo 2013/14 constatou-se que estes residentes ficaram alojados, em média, 31 dias (1 no mínimo e 1202 no máximo). No período considerado do ano letivo 2014/15 (até 31 de dezembro), o tempo médio de alojamento neste regime ronda os 91 dias (1 no mínimo e 1202 no máximo). Considerando a distribuição destes alojados por nacionalidade, identificam-se, em 2014/15 (a 31/12/2014), 46 países de origem e em 2013/14, 62 países de origem, sendo a percentagem de registos omissos (sem especificação de nacionalidade), superior em 2013/14. A elevada percentagem de registos omissos justifica-se pela inclusão do alojamento de grupos neste regime de mobilidade. Considerando o agrupamento dos países de origem por continentes, verifica-se, em ambos os anos letivos considerados, maior representatividade de estudantes oriundos da América Latina; de África e da Europa - Fig. 4.15 Figura 4.15. Distribuição dos alojados de regime mobilidade e grupos por nacionalidades, nos anos letivos 2014/15 (a 31/12/2014) e 2013/14 Considerando os estudantes alojados oriundos da América Latina, destaca-se a maior representatividade de estudantes provenientes do Brasil. Por sua vez, dos estudantes oriundos de países integrados no continente Africano, destaca-se grande representatividade de estudantes oriundos de Angola. Da Europa salienta-se a representatividade de estudantes de mobilidade alojados de origem, além de 76 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 portuguesa, espanhola e italiana. Dos estudantes alojados de origem asiática destaca-se a representatividade de estudantes provenientes da China e de Macau. Com menor representatividade identificam-se estudantes de origem norte-americana (EUA e Canadá) e da Oceania (Austrália). O crescimento da ocupação e do número de alojados nas residências universitárias da UC neste regime de alojamento foi fortemente influenciado, quer pela estratégia de internacionalização da UC, quer pela regulamentação do estatuto do estudante internacional nas instituições de ensino superior portuguesas (Decreto-Lei n.º 36/2014, de 10 de março) e consequente regulamentação e implementação do concurso especial de acesso e ingresso do estudante internacional em ciclos de estudo de licenciatura e integrados em mestrado na UC (Regulamento n.º 135/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 67, de 4 de abril). No âmbito do acolhimento e da prestação de serviços de alojamento a estudantes da UC com estatuto de estudante internacional, em 2014/15 (dados a 31 de dezembro de 2014) o Núcleo de Alojamentos dos SAS recebeu e tratou 91 pedidos de alojamento intermediados, na sua maioria, pela Divisão de Relações Internacionais (DRI) da Administração da UC. Dos 91 pedidos registados, verificou-se que 12 estudantes cancelaram a reserva ou não deram entrada na respetiva residência e 31 saíram das residências (por desistência durante o período de alojamento solicitado ou por término do período de alojamento solicitado), tendo-se assegurado alojamento a 79 estudantes internacionais, 48 dos quais se mantinham alojados a 31 de dezembro de 2014 (28 dos quais a frequentar o ano zero), distribuídos pelas residências Polo III (18); Polo II-2 (16); António José de Almeida (7) e Teodoro (7). Este grupo de estudantes, particularmente os estudantes de ano zero, teve um especial acompanhamento pela Divisão de Acolhimento e Integração dos SAS, designadamente na receção inicial nas residências onde os estudantes ficaram colocados, com a disponibilização de informação adicional quanto à localização e percurso para edifícios e cantinas da UC. Foi ainda realizada uma sessão de apresentação dos SAS nas suas diversas valências, como serviços de saúde, de apoio psicopedagógico (consulta de psicologia e oferta formativa), serviços de alimentação e outras orientações de ordem prática. As 31 saídas corresponderam a processos intermediados pela DRI de estudantes brasileiros/as. Registaram-se 8 saídas pós término do período de alojamento solicitado e 23 desistências do alojamento durante o período solicitado. Na maioria das desistências não se conseguiu identificar justificação para a saída antecipada. As justificações que se conseguiram identificar relacionam a saída antecipada com a insatisfação face às condições físicas das residências, tabela de preços aplicável ao regime de mobilidade, identificação de local alternativo para alojamento ou regresso ao país de origem. 77 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 OCUPAÇÃO DAS RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS DOS SAS Lugares disponíveis e Ocupação Comparando valores de ocupação média anual face à média anual de lugares disponíveis para alojamento nos anos civis 2013 e 2014, verifica-se um aumento de 7.5 pontos percentuais na taxa de ocupação registada em 2014, que corresponde a cerca de 86% - Quadro 4.26. Quadro 4.26. Média anual de lugares disponíveis, ocupados e taxa de ocupação por RU em 2013 e 2014 Lugares Disponíveis Ocupação Média Taxa de Ocupação (%) 2014 2013 Var. 2014 2013 Var. 2014 2013 Var. Alegria António José de Almeida Combatentes 38,61 39,88 -1,27 35,61 34,35 1,26 92,22 86,12 6.10 p.p. 185,66 187,25 -1,59 166,33 161,90 4,43 89,59 86,46 3.13 p.p. 87,47 91,47 -4,00 77,62 75,51 2,11 88,73 82,55 6.18 p.p. João Jacinto 117,03 116,40 0,63 105,46 94,84 10,62 90,12 81,48 8.64 p.p. Observatório 11,80 12,00 -0,20 10,29 9,27 1,02 87,23 77,26 9.97 p.p. PAV 43,88 46,95 -3,07 41,07 38,51 2,56 93,59 82,03 11.56 p.p. Pedro Nunes 27,93 29,83 -1,90 21,02 20,28 0,74 75,26 68,00 7.26 p.p. Penedo 15,83 16,47 -0,64 14,29 14,29 0,00 90,26 86,74 3.52 p.p. Pólo II-1 72,33 81,19 -8,86 60,37 54,65 5,72 83,47 67,31 16.16 p.p. Pólo II-2 140,90 142,55 -1,65 114,52 102,02 12,50 81,28 71,57 9.71 p.p. Pólo III 254,71 248,77 5,94 206,75 186,30 20,45 81,17 74,89 6.28 p.p. S. Salvador 23,79 22,93 0,86 21,72 20,18 1,54 91,28 88,03 3.25 p.p. Santos Rocha 43,92 45,04 -1,12 37,94 34,34 3,60 86,39 76,25 10.14 p.p. Teodoro 80,99 84,49 -3,50 71,07 67,48 3,59 87,74 79,86 7.88 p.p. 1144,85 1165,22 -20,37 984,04 913,93 70,11 85,95 78,43 7.52 Total Nota: Lugares disponíveis calculados com base em todo o ano civil incluindo período de verão, de acordo com as residências em funcionamento. Constata-se um acréscimo de ocupação em todas as residências geridas pelos SAS, salientando-se maiores variações percentuais na taxa de ocupação das residências Pólo II-1; Padre António Vieira e Santos Rocha. O aumento da ocupação média de todas as residências, poder-se-á explicar por uma conjugação de fatores, nomeadamente a conjuntura económica do país, gerando uma procura por parte das famílias de alojamento mais económico e nele se estabilizarem, mas também de todo um trabalho de captação de estudantes desde o dia da matrícula, bem como abordagens regulares aos alunos bolseiros deslocados e, mais recentemente, o impacto positivo na ocupação das residências universitárias, do acolhimento ao Estudante Internacional atrás já referido. O acentuado acréscimo da ocupação da residência do Polo II-1 e PAV, em parte justifica-se pela redução dos lugares disponíveis devido a mau estado, entretanto já reativados, após obras profundas. A 78 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 residência Santos Rocha também apresenta um crescimento acentuado resultante da alteração do género, passando a incluir lugares masculinos, respondendo assim a uma necessidade evidente. Considerando a distribuição da ocupação média total das residências universitárias por sexo, verifica-se, em 2013 e 2014 maior representatividade da ocupação feminina em relação à masculina, registando-se, em 2014, acréscimos na ocupação masculina e feminina e um ligeiro acréscimo na representatividade feminina – Quadro 4.27. Quadro 4.27. Distribuição da ocupação média total das RU por sexo, em 2013 e 2014 Ocupação Média Total 2014 2013 2014 vs. 2013 Var. Abs. Var. (V. médios) (valores %) V. Médio % V. Médio % Masculina Feminina 387,04 597,01 39,33 60,67 360,08 553,84 39,4 60,6 26,96 43,17 Total 984,04 100 913,93 100 36,46 -0.07 p.p. 0.07 p.p. No que respeita à distribuição da ocupação média total por grupos (categorizados com base nas tipologias de grupos de alojados do regime geral e dos regimes de mobilidade e de alojamento de grupos – compreendidos na categoria “Mobilidade”), identifica-se maior representatividade na ocupação, quer em 2013, quer em 2014, de Bolseiros DGES, seguindo-se Não bolseiros, Mobilidade e Outros (que compreende maioritariamente bolseiros de outras entidades) – Quadro 4.28. Quadro 4.28. Distribuição da ocupação média total das RU por grupos, em 2013 e 2014 Ocupação Média Total 2014 V. % Médio 2013 V. % Médio 2014 vs. 2013 Var. Abs. Var. (V. médios) (valores %) Bolseiros DGES Não Bolseiros Mobilidade Outros 626,40 177,18 143,53 34,24 63,8 18,1 14,6 3,5 594,72 177,35 97,45 44,41 65,1 19,4 10,7 4,9 31,68 -0,17 46,08 -10,17 Total 981,36 100 913,93 100 67,43 -1.3 p.p. -1.3 p.p. 3.9 p.p. -1.4 p.p. Face a 2013 identifica-se um acréscimo, em 2014, de ocupação no regime de mobilidade e por bolseiros DGES. Este acréscimo incide particularmente nos alunos bolseiros, tendo em conta a conjuntura económica do país, das ações desencadeadas de esclarecimento deste público em ambos os anos letivos, já referidas anteriormente, bem como da receção e acolhimento dos estudantes internacionais e outro público 79 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 internacional, como Macaense, que mereceu especial acompanhamento, garantindo-se uma reposta célere às solicitações e outros ajustamentos que assegurassem um nível de satisfação crescente. CUSTOS E PROVEITOS DO ALOJAMENTO Da análise dos custos e proveitos das residências universitárias (excluindo custos administrativos e técnicos associados à gestão centralizada na Divisão de Acolhimento e Integração dos processos de alojamento), constata-se, globalmente, um aumento de proveitos e da taxa de cobertura nos resultados de 2014 face a 2013. Verifica-se também um ligeiro aumento global de custos (na ordem dos 2%), consequência dos investimentos realizados neste setor, por residência, visando a melhoria das condições de alojamento disponibilizadas à comunidade universitária – Quadro 4.29. Quadro 4.29. Proveitos, Custos e Taxa de Cobertura das RU, em 2013 e 2014 Proveitos (€) 2014 Alegria 2013 Custos (€) Var. 2014 2013 Taxa de Cobertura (%) Var. 2014 2013 Var. 40 082,18 35 216,16 4 866,02 46 102,89 45 476,19 626,70 86,94 77,44 12,5 António José Almeida 197 301,16 179 158,13 18 143,03 131 979,32 110 748,15 21 231,17 149,49 161,77 -12,28 Combatentes 84 528,94 73 514,81 11 014,13 62 895,79 68 790,19 - 5 894,40 134,40 106,87 27,53 106 951,65 93 680,38 13 271,27 92 812,44 106 725,98 - 13 913,54 115,23 87,78 27,45 Observatório 45 742,80 49 390,02 -3 647,22 40 588,15 47 640,61 - 7 052,46 112,70 103,67 9,03 PAV 43 599,19 40 708,53 2 890,66 29 066,04 44 364,97 - 15 298,93 150,00 91,76 58,24 Pedro Nunes 52 594,73 53 406,65 -811,92 34 664,61 32 039,81 2 624,80 151,72 166,69 -14,97 Penedo 18 472,98 15 634,62 2 838,36 23 836,82 16 649,22 7 187,60 77,50 93,91 -16,41 Polo II-1 70 371,05 64 269,32 6 101,73 51 567,57 43 284,93 8 282,64 136,46 148,48 -12,02 Polo II-2 153 020,50 122 352,91 30 667,59 111 601,98 105 373,56 6 228,42 137,11 116,11 21 Polo III 261 260,40 252 600,47 8 659,93 100 411,42 115 921,31 - 15 509,89 260,19 217,91 42,28 São Salvador 23 286,04 23 655,73 -369,69 20 196,32 20 666,34 - 470,02 115,30 114,47 0,83 Santos Rocha 40 820,82 33 959,68 6 861,14 75 809,11 49 392,24 26 416,87 53,85 68,76 -14,91 Teodoro 73 573,77 81 690,70 -8 116,93 58 047,87 52 920,93 5 126,94 126,75 154,36 -27,61 1 119 238,11 92 368,10 879 580,33 19 585,90 137,75 130,14 7,61 João Jacinto Total 1 211 606,21 859 994,43 A variação dos proveitos gerados pela atividade das residências universitárias, não reflete integralmente o aumento da ocupação, havendo algumas residências em que os proveitos decresceram. Este facto deve-se ao aumento do número de bolseiros a residir nalgumas das residências, bem como ao atraso verificado na atribuição e pagamento de bolsas de estudos, resultante de problema informático ocorrido em dezembro de 2014 na plataforma SICABE, que resultou num acentuado crescimento dos valores em débito relativos a alojamento. 80 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Na residência António José de Almeida, o aumento de proveitos, diretamente relacionado com o aumento da ocupação média anual desta residência (mais de 4 lugares/ano ocupados), não foi suficiente para compensar o aumento de custos decorrente de crescimento dos consumos e de intervenções realizadas no edifício, destacando-se a reparação do elevador e a substituição do pavimento dos quartos. Apesar do efeito negativo na taxa de cobertura desta residência, procurou-se o aumento da qualidade dos serviços prestados. Por sua vez, o aumento de custos na residência Pedro Nunes, deveu-se ao aumento dos consumos resultante do acréscimo de ocupação e da substituição de alguns equipamentos. Na residência Penedo, a diminuição da taxa de cobertura justifica-se pelo aumento de custos resultante de intervenções realizadas no edifício para resolver problemas de infiltrações de água. Na residência Polo II-1, a diminuição da taxa de cobertura deve-se ao aumento de custos resultante não só do crescimento dos consumos, especialmente em eletricidade, como também devido a diversas intervenções de melhoria, com destaque para reparações de quartos (reparações de paredes e substituição de rodapés), substituição das bancas da cozinha, reforço de equipamentos de cozinha e colchões. Suportado pelo orçamento da Universidade de Coimbra, procedeu-se à substituição da canalização de toda residência do Polo II-1, reparação dos termoacumuladores e instalação de painéis solares, intervenção esta que motivou um período alargado de encerramento nos meses de verão. Na residência Santos Rocha constatou-se um aumento de custos de cerca de 53% (acima de 26 000€), diretamente relacionado com o aumento da renda deste imóvel. O aumento de custos na residência Teodoro, com impacto na variação negativa da taxa de cobertura desta RU, resultou do aumento dos consumos, nomeadamente água, mas também pelo reforço e substituição de alguns bens e equipamentos, designadamente termoacumuladores para aquecimento de águas. Salienta-se ainda o aumento de custos na residência Polo II-2 que, pese embora mantenha a taxa de cobertura em crescimento (em virtude do aumento da ocupação e, consequentemente, dos proveitos), resulta do aumento de encargos com eletricidade e gás natural e de alguns investimentos realizados no âmbito da manutenção e conservação de infraestruturas e substituição e reforço de equipamentos de cozinha. Considerando globalmente o setor dos alojamentos, incluindo custos administrativos e do Núcleo de Integração e Aconselhamento, verifica-se um aumento da taxa de cobertura do setor, potenciada pelo aumento dos proveitos associado ao aumento da ocupação das residências universitárias e diminuição global dos custos do setor – Quadro 4.30. 81 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.30. Proveitos, Custos e Taxa de Cobertura dos Alojamentos, em 2013 e 2014 Proveitos (€) 2014 Total RU Divisão/Núcleo Lavandarias (1) NIA TOTAL Alojamentos 2013 Custos (€) Var. 2014 2013 Tx. de cobertura (%) Var. 2014 2013 Var. 1 211 606,21 1 119 238,11 92 368,10 879 580,33 859 994,43 19 585,90 137,75 130,14 7,61 1 578,66 1 566,40 12,26 273 193,11 297 169,89 - 23 976,78 0,58 0,5 0,05 0,00 185,97 -185,97 24 091,44 15 692,18 8 399,26 0,00 1,2 -1,19 380,86 - 380,86 99 893,09 188 231,61 - 88 338,52 0,38 0 0,38 1 213 565,73 1 120 990,48 92 575,25 1 252 666,53 1 361 088,11 - 108 421,58 96,88 82,36 14,52 As lavandarias das residências não foram contabilizadas em 2014 neste setor, pelo facto de a sua gestão ter sido integrada nas competências da Divisão de Oferta Integrada de Serviços. (1) Para a diminuição dos custos globais do setor contribuiu a diminuição, verificada no Núcleo de Alojamentos e Núcleo de Integração e Aconselhamento, de encargos com recursos humanos. 82 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.2.3 APOIO MÉDICO A prestação de serviços de saúde à comunidade UC, enquanto apoio social indireto da Ação Social na UC foi, até abril de 2014, gerida no âmbito das competências dos Serviços Médicos da UC, unidade orgânica dos SAS na dependência da Direção de Serviços de Apoio ao Estudante. Com a alteração ao regulamento orgânico dos SAS em abril de 2014 (Despacho n.º 4707/2014, publicada em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril), fruto da análise e reflexão alargada efetuadas no âmbito do Projeto Sustentabilidade na Ação Social, foi criada uma nova unidade, na dependência da Administradora dos SAS – os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (SSGST). Esta nova unidade agregou competências dos até então Serviços Médicos da UC, que assumiam a gestão das valências no âmbito dos cuidados de saúde prestados aos estudantes e restante comunidade UC, e do Gabinete de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho da UC, até aí integrado no Serviço de Gestão do Edificado, Segurança, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho (GESSAST) da Administração da UC, que assumia a gestão das atividades de saúde ocupacional dos trabalhadores da UC. A reestruturação orgânica conduziu a um processo de gestão da mudança, que envolveu as equipas afetas aos dois serviços agregados, e à revisão do Regulamento de Utilização dos Serviços Médicos da UC (Regulamento n.º 403/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 189, de 28 de setembro), não só pela necessidade de adaptar o texto à nova nomenclatura e estrutura orgânica, mas também para prever alguns aspetos de funcionamento da área da saúde ocupacional, passando a constar do regulamento a consulta de Medicina do Trabalho, bem como a consulta de Medicina de Viagem. O Regulamento possibilita o acesso do estudante internacional (na definição estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 36/2014, de 10 de março) à consulta para obtenção de documento médico comprovativo da existência dos pré-requisitos à sua matrícula na UC (Regulamento n.º 135/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 67, de 4 de abril). Foi, assim, aprovado a 29 de outubro de 2014 pela Administradora dos SAS, o Regulamento de Utilização dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (Despacho n.º 13549/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 2016, de 7 de novembro). O Regulamento de acesso aos SSGST procedeu ainda: À revisão da tabela de preços, de acordo com a atualização, entretanto ocorrida, das taxas moderadoras praticadas no Serviço Nacional de Saúde, passando a contemplar as valências de Nutrição e de Psicologia e a nova consulta disponibilizada ao candidato a estudante internacional, tendo sido retirada a “pequena cirurgia”, valência que deixou de existir; À clarificação do conceito de estudante bolseiro para efeitos de dispensa do pagamento; À revogação da necessidade de execução de algumas tarefas administrativas previstas no anterior regulamento que deixaram de fazer sentido face à informatização dos serviços. No presente capítulo procede-se à análise da atividade dos SSGST em 2014 na valência de prestação de cuidados de saúde à comunidade UC enquanto apoio indireto da Ação Social na UC. As 83 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 atividades de gestão da Saúde e Segurança no Trabalho são analisadas em capítulo específico, integrado nas outras atividades dos SAS, não enquadráveis na tipologia clássica de apoios diretos/indiretos da Ação Social no Ensino Superior. Serviços disponibilizados em 2014 A reestruturação dos Serviços redefiniu as áreas estratégicas de apoio assistencial à comunidade universitária. Fruto da reflexão realizada, atendendo às características específicas de uma população essencialmente estudantil, em grande parte deslocada das suas áreas de residência habitual e, cada vez mais, internacional, optou-se pelo reforço dos cuidados de saúde primários e de algumas áreas clínicas julgadas prioritárias. Foi nesse sentido que se decidiu pela não continuidade da oferta de algumas das especialidades, já não disponibilizadas em 2014: cardiologia, alergologia, ginecologia/obstetrícia, hematologia /medicina interna. Em contrapartida, procurou-se manter e reforçar áreas em que a procura é mais significativa face à resposta insuficiente do Serviço Nacional de Saúde: oftalmologia, medicina dentária, ginecologia/planeamento familiar, psiquiatria. A atividade assistencial é disponibilizada por um conjunto de profissionais, que a exercem em diferentes regimes: trabalhadores dos SASUC (1 médica; 1 enfermeiro; 3 psicólogas; 1 nutricionista); avençados (1 médica de clínica geral, 1 médica oftalmologista; 1 médica psiquiatra; 2 médicos-dentistas); voluntários (2 médicos de clínica geral; 1 médica ginecologista). As valências de Nutrição e de Psicologia são asseguradas por técnicas afetas a outras unidades dos SASUC (Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar; Núcleo de Integração e Aconselhamento da Divisão de Acolhimento e Integração). A oferta disponibilizada ao longo de 2014 sintetiza-se no Quadro 4.31: Quadro 4.31. Oferta disponibilizada ao longo de 2014 Ato Clínico N.º de técnicos de saúde N.º dias da semana em que há atendimento Total de horas semanais de atendimento 4 2 1 1 2 1 1 1 5 5 1 3 3 5 39h 38h 4h 8h 9h30 26h n.d. 40h Consultas Clínica geral Med. Dentária Nutrição Oftalmologia Plan. Familiar / Ginecologia Psicologia Psiquiatria Serviços de Enfermagem 84 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 consulta por referenciação 5 Atividade assistencial em 2014 As alterações ao funcionamento e a reformulação da oferta dos SSGST tiveram forte repercussão na atividade assistencial, registando-se um decréscimo, em 2014, no total de atos clínicos praticados – Quadro 4.32. Quadro 4.32. Atividade assistencial dos SMUC, em 2013 e 2014 2014 N.º de consultas marcadas N.º de consultas realizadas Renovação de medicação Atos de enfermagem pagos Outros atos de enfermagem Outros atos clínicos 10 263 6 660 384 673 2 359 193 2013 11 242 7 657 507 714 2 750 254 Variação Abs. % -979 -9% -997 -13% -123 -24% -41 -6% -391 -14% -61 -24% Da análise da distribuição do n.º de consultas realizadas por especialidade – Figura 4.16., concluise que o decréscimo do número total de consultas realizadas em 2014 se deve, essencialmente, à redução do número de especialidades disponibilizadas. De igual modo se regista diminuição substancial do número de consultas de Psicologia (55%), facto que se deve à redução do número de profissionais em exercício. Com efeito, durante o ano de 2014, duas das três Psicólogas estiveram ausentes dos SSGST, alocadas a outro projeto ou em licença de maternidade. Em contrapartida, regista-se um aumento substancial do número de consultas de Clínica Geral (10%), de Medicina Dentária (23%), de Psiquiatria (456%) e de Nutrição Clínica (28%). 85 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.16. Distribuição do n.º de consultas realizadas, por especialidade, em 2013 e 2014 3 193 2 894 Clínica Geral 1 600 Medicina dentária 1 297 Nutricionista 155 121 Oftalmologia 383 478 Planeamento Familiar/Ginecologia 456 462 784 Psicologia Clínica 1 434 89 16 Psiquiatria Alergologia 0 Cardiologia 0 Ginecologia/Obstetrícia 0 Hematologia/Med Interna 0 179 86 96 594 0 500 1 000 2014 1 500 2 000 2 500 3 000 3 500 2013 Em 2014 recorreram aos Serviços 2 910 utentes, que realizaram10 269 atos clínicos, o que traduz uma média de 4 atos clínicos por utente (um no mínimo e 64 no máximo). A maioria dos utilizadores dos SSGST são estudantes (86%), seguindo-se os funcionários (12%) e os familiares (2%) – Figura 4.17. Dos atos clínicos realizados, 86% são prestados a estudantes, utilizadores largamente maioritários nas consultas, atos de enfermagem e outros atos clínicos. Figura 4.17. Distribuição de atos clínicos realizados em 2013 e 2014, por tipologia de utente Consultas Renovação de medicação 2014 86 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Atos de enfermagem 2013 Familiar Funcionário Estudante Familiar Funcionário Estudante Familiar Funcionário Estudante Familiar Funcionário Estudante 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 Outros atos clínicos Do total de utentes gozam de estatuto de bolseiro 679 (23%), que usufruíram gratuitamente de3086 atos clínicos (cerca de 30% do total). Dos atos clínicos realizados a bolseiros, 2060 (67%) correspondem a consultas (cerca de 31% do total); 911 (30%) a atos de enfermagem (cerca de 30% do total); 50 (1%) a renovação de medicação (cerca de 13% do total) e 65 (2%) a outros atos clínicos (cerca de 34% do total). Quanto à distribuição dos utentes estudantes por Faculdade, verifica-se maior representatividade da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, com 31% do total – Figura 4.18. Figura 4.18. Distribuição de utentes da tipologia estudante por Faculdade Dos 2910 utilizadores dos SSGST em 2014, 528 (18%) têm nacionalidade estrangeira, tendo realizado 1902 atos clínicos, na sua maioria consultas (66%) – Figura 4.19. Não se registaram pedidos de realização de consultas para obtenção de documento médico para pré-requisitos, por parte dos estudantes internacionais. Figura 4.19. Representatividade de utentes estrangeiros nos atos clínicos realizados em 2014 Os utentes com nacionalidade estrangeira são maioritariamente (95%) estudantes, oriundos, na sua grande maioria, de países da América Latina e da Europa – Figura 4.20. 87 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.20. Distribuição de utentes estrangeiros (n=528) em 2014 por continente de origem As nacionalidades com maior representatividade são a brasileira, a italiana e a espanhola. Outras atividades Em 2014 destacam-se ainda atividades de divulgação dos SSGST junto da comunidade UC, designadamente através da sua presença no circuito de matrículas dos novos estudantes, (setembro de 2014), com a criação de 260 fichas de novos utentes. Foi ainda dinamizada, em articulação com a Divisão de Acolhimento e Integração, uma sessão de acolhimento dos estudantes internacionais do ano zero da UC para divulgação dos apoios disponibilizados pelos SAS. Em 2014, os SSGST desenvolveram ainda atividades de consultoria, junto do Núcleo de Integração e Acolhimento, na análise de processos de estudantes com necessidades educativas especiais (2º semestre de 2013/14 e 1º semestre de 2014/15). Na vertente de Educação para a Saúde destaca-se, em 2014, a realização de uma ação pedagógica no âmbito da saúde, dirigida às crianças do Jardim de Infância dos SASUC, dinamizada por Médica, Médico Dentista e Enfermeiro dos SSGST, nos dias 8 e 15 de abril – Figura 4.21. Salienta-se igualmente a participação de Médica dos SSGST em sessão organizada pelo Gabinete de Apoio ao Estudante da FPCEUC, no âmbito da Semana da Saúde, no dia 9 de abril. Figura 4.21. Ação pedagógica no âmbito da saúde dirigida a crianças do JI 88 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Atividades de Investigação Ao nível da investigação, em 2014, registou-se a publicação de 2 artigos em revistas peer-reviewed, em que a afiliação académica do Dr Pedro Nuno Lopes (Médico Dentista) está referenciada como sendo SSGST: Martins, O.; Matos, S.; Figueiredo, M.H.; Viegas, C.; Dias, I; Lopes, P. (2014). "Novel Nanocrystalline Hydroxyapatite for bone regeneration", J Regen Med 3: 1. Silva, D.; Martins, O.; Matos, S.; Rolo, T.; Baptista, I.; Lopes, P.; (2014). “Histological and profilometric evaluation of root surface after instrumentation with a new piezoelectric device - ex vivo study”, International Journal of Dental Hygiene, 13:2. Foi ainda dinamizada colaboração num projeto de investigação em Antropologia Biológica, no âmbito do Mestrado em Evolução e Biologias Humanas, do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC. Custos e Proveitos dos SSGST Pese embora a diminuição do n.º de atos clínicos realizados, constata-se um aumento dos proveitos dos SSGST, decorrente, não de contrapartidas pela atividade assistencial disponibilizada (onde se verificou um decréscimo de proveitos associado à diminuição do número de atos clínicos realizados em 2014 face a 2013), mas da contrapartida devida pela Faculdade de Farmácia da UC referente à utilização dos SSGST para a realização de análises clínicas ao abrigo de protocolo assinado a 23 de junho de 2010. Este aumento de proveitos refletiu-se positivamente na variação da taxa de cobertura dos SSGST – Quadro 4.33. Quadro 4.33. Evolução dos custos e proveitos dos SMUC, em 2013 e 2014 2014 Proveitos Custos Tx. Cobertura 43 897.18€ 210 745.91€ 20,8% 2013 38 445,78€ 212 327,39€ 18,1% Variação Abs % 5 451,40€ 14,18% -1 581,48€ -0,74% 2.7 p.p. No que respeita aos custos, os dados apresentados não refletem todo o impacto da reestruturação orgânica e agregação dos serviços complementares da Administração UC e SASUC, embora o aumento de custos com recursos humanos seja já um reflexo dessa reestruturação – Quadro 4.34. Quadro 4.34. Principais rubricas de Custos dos SSGST, em 2013 e 2014 2014 RH Honorários Funcionamento Total 158 832,26€ 28 057,64€ 23 586,01€ 210 745,91€ 2013 144 909,02€ 35 482,34€ 30 366,66€ 210 758,02€ Variação Abs % 13 923,24€ 9,61% -7 424,70€ -20,93% -6 780,65€ -22,33% -12,11€ -0,01% 89 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.2.4. APOIO À INFÂNCIA Os Serviços de Apoio à Infância (SAI) inserem-se na Direção de Serviços de Apoio ao Estudante. Desenvolvem a sua atividade no âmbito da prestação de serviços de apoio à infância à comunidade universitária nas vertentes de Creche, para crianças dos três meses aos três anos e de Jardim de Infância, para crianças dos três anos até ao ingresso no primeiro ciclo. Os objetivos definidos para esta área de atuação dos SAS encontram-se exaustivamente descritos no nº 2 do artigo 15º do Regulamento Orgânico dos SAS (Regulamento 122/2012), publicado no Diário da República – 2ª Série, nº 55, de 16 de março. De entre eles permitimos destacar a contribuição que se pretende seja dada por este apoio para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem, não deixando de reforçar a promoção do desenvolvimento pessoal e social da criança, fomentando a sua inserção em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo a progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade. Estes objetivos, para além de outros, deverão contar com a colaboração ativa e participativa dos pais para que o resultado formativo a bem da sociedade seja conseguido. Em 2014 o processo de acesso aos SAI foi revisto, visando a clarificação das diferentes etapas e respetivas responsabilidades de gestão associadas às competências das unidades orgânicas dos SAS intervenientes no processo: Serviços de Apoio à Infância; Divisão de Acolhimento e Integração (Núcleo de Bolsas); Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos (Núcleo Financeiro e Tesouraria) e Administradora e respetivo secretariado. Procurou-se, nesta revisão e formalização do respetivo procedimento (integrado no Sistema de Gestão da UC – MOS-SASUC – a 31 de outubro de 2014 – SAS_P008), distinguir o subprocesso associado ao tratamento administrativo e socioeconómico das candidaturas e tratamento financeiro dos processos, do subprocesso de gestão pedagógica e dos cuidados com as crianças, visando melhorar a eficácia do processo e dos serviços disponibilizados à comunidade UC. Na mesma perspetiva de otimização de recursos e de ajustamento dos serviços prestados às necessidades da comunidade UC, foram desencadeados dois processos de auscultação dirigidos aos/às Encarregados/as de Educação das crianças inscritas nos SAI visando recolher informação de apoio à gestão para a tomada de decisão quanto à possibilidade de alargamento de horários de funcionamento semanal dos SAI e modo de funcionamento desta valência da ação social na UC em agosto e época de Natal. Estes processos ocorreram em fevereiro de 2014 (auscultação sobre a necessidade de alargamento dos horários semanais ao fim do dia e necessidade de serviços durante o mês de agosto) e em dezembro de 2014 (auscultação sobre necessidades de serviços no período de férias de Natal). Destes processos constatouse que as necessidades identificadas para o alargamento dos horários semanais de funcionamento da Creche e do Jardim de Infância não justificavam o dispêndio de recursos associado à alteração de horários, tendose ajustado o modo de funcionamento dos SAI para responder às necessidades identificadas de disponibilização de serviços de apoio à infância nos períodos de férias de Verão e de Natal. 90 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Nesse sentido, em agosto de 2014 foi disponibilizado pelos SAS à comunidade UC um serviço de ATL de Verão, tendo-se ainda ajustado os horários de funcionamento dos SAI no período de Natal. O ATL de Verão foi dirigido a crianças dos 2 aos 10 anos de idade, tendo-se registado a participação de 26 crianças na primeira semana de agosto; 13 na segunda semana, 22 na terceira semana e 29 na quarta semana. De entre as atividades realizadas no ATL de Verão, destacam-se: ateliers de expressão plástica, de culinária, de costura, de judo; visitas ao Museu da Ciência, ao Jardim da Sereia, ao Jardim Botânico; ao Quartel de Sant’Ana, ao Penedo da Saudade, ao Campo de Santa Cruz e à Ludoteca Infantil da Câmara Municipal de Coimbra; atividades desportivas e lúdicas; jogos; bem como uma ação de sensibilização Escola Segura pela PSP – Figura 4.22. Figura 4.22. Cartaz e atividades do ATL de Verão 2014 Em junho de 2014, foi desenvolvido um processo de auscultação para avaliação da satisfação dos/as Encarregados/as de Educação com os SAI, na sequência do qual foram identificadas oportunidades para a melhoria dos serviços prestados, algumas das quais já implementadas no início do ano letivo 2014/15, designadamente a disponibilização de atividades extracurriculares na Creche e diversificação das atividades extracurriculares disponibilizadas no Jardim de Infância. Além das atividades extracurriculares foram igualmente desenvolvidos, em 2014, novos suportes para melhorar a comunicação entre os serviços e os/as Encarregados/as de Educação, concretamente a construção de uma caderneta individual da criança (que será implementada em 2015/16) e a construção, publicação e desenvolvimento de conteúdos num blogue dos SAI, o Blogue “Crescer UC” – Figura 4.23. 91 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.23. Caderneta da Criança dos SAI e Blogue “Crescer UC” Em 2014 destaca-se também a candidatura apresentada à XVII Semana Cultural da UC – “UC 725 anos: Tempo de encontro(s)” - com o programa de atividades “UAU! Encontros com a Infância”. Com esta candidatura espera-se obter algum financiamento que permita a aquisição de novos equipamentos para os recreios dos SAI. Em novembro de 2014, os SAI (Creche e Jardim de Infância) acolheram ainda o Dia do Pijama, uma iniciativa solidária de sensibilização para a necessidade da diminuição do número de crianças institucionalizadas – Figura 4.24. Ao participarem nesta iniciativa, as crianças aprenderam e ensinaram que há mundos de vida dentro e fora das suas famílias, cidades e do mundo que conhecem. Essa expansão de conhecimento e de horizontes, proporcionada pela iniciativa da Associação Mundos de Vida e acarinhada pelos Serviços de Apoio à Infância resultou também na angariação de 457,03€, que foram transferidos para a conta da Associação. Figura 4.24. Atividade “Dia do Pijama” (Creche e JI) 92 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.2.4.1 CRECHE A Creche dos SAS organiza-se em 4 salas: dos bebés; de transição; 1/2 anos e 2/3 anos, que correspondem a uma capacidade de 58 lugares. Presta às crianças, não só os cuidados relativos à higiene, alimentação, segurança, conforto e bem-estar, assegurando também uma componente educativa ativa, orientada por profissionais especializados que, através das suas práticas e métodos pedagógicos, procuraram estimular o desenvolvimento integral e harmonioso das crianças, respeitando as suas características e necessidades. As atividades da Creche organizam-se por anos letivos, tendo subjacente um projeto pedagógico alusivo a um tema que serve de mote ao desenvolvimento de competências e aprendizagens adaptadas às idades e níveis de desenvolvimento das crianças que frequentam estes serviços. Em 2013/14 foi desenvolvido o projeto pedagógico alusivo ao tema “Enredos que cá moram”, no âmbito do qual se destacaram as atividades de construção de uma Manta de retalhos a partir de pedaços de tecido trazidos por cada criança. Nesta atividade cada retalho correspondia a uma história, tendo dado origem à elaboração de um livro “As histórias dos retalhos” – Figura 4.25. Figura 4.25. Desenvolvimento do projeto pedagógico do ano letivo 2013/14 Como pontos-chave de atuação foram estimuladas regras de trabalho em grupo (potenciando o desenvolvimento de competências de socialização nas crianças) e a envolvência das famílias nas atividades (reforçando a componente dos afetos e da adaptação a um novo contexto social). No ano letivo 2013/14 destaca-se a realização de atividades orientadas para a vivência/descoberta de datas festivas (Carnaval; Dia do Pai; Páscoa e Dia da Mãe) – Figura 4.26. 93 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.26. Atividades no âmbito da vivência de datas festivas – ano letivo 2013/14 O encerramento do ano letivo foi assinalado com a festa de final de ano que contou com a participação de todas as crianças e dos respetivos familiares. Já no ano letivo 2014/15, em outubro de 2014, foi apresentado o novo projeto pedagógico para o presente ano letivo: “Na Onda dos Encontros”. Pretende-se, com este projeto, estimular o desenvolvimento de competências nas áreas da socialização, do trabalho autónomo e de grupo, das relações interpessoais e do equilíbrio emocional das crianças. Destaca-se ainda, no ano letivo2014/15, a abertura da oferta de atividades extracurriculares, nomeadamente: Psicomotricidade, Natação e Expressão Musical – Figura 4.27. Figura 4.27. Atividades extracurriculares - Creche De setembro a outubro privilegiou-se a adaptação e integração das crianças ao novo contexto, favorecendo momentos de brincadeira em grande grupo no jardim, com recurso a caixas de areia e água, bem como as saídas ao exterior. Em novembro foi realizada uma “Feira de S. Martinho”, com venda de 94 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 produtos gastronómicos alusivos à época, tendo-se ainda celebrado a época natalícia com a decoração da instituição e realização de festa de Natal. Em 2014 destaca-se ainda o investimento realizado para melhoramentos dos espaços físicos, nomeadamente ao nível do sótão, com obras de reparação do chão e de reabilitação de duas salas, com o envolvimento ativo da equipa de trabalho da Creche. Durante o ano de 2014 (excluindo o mês de agosto que correspondeu à pausa do ano letivo), a Creche teve uma ocupação média mensal de cerca de 47 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação de 80,9% (inferior à registada no período homólogo) – Quadro 4.35. Quadro 4.35. Indicadores da atividade da Creche, em 2013 e 2014 Capacidade N.º de Inscrições/mês Taxa de Ocupação (%) N.º de Ed. de Infância N.º de Auxiliares Rácio Crianças/Educador (Ed. Inf. + Auxiliares) 2014 2013 58 46,91 80,9 4 8,3 58 54,73 94,4 4 11,9 Variação Abs. % 0 0 -7,8 -14,3 -13.5 p.p. 0 0 -3,6 -30,3 3.81 3,44 0,37 10,8 Da análise das variações da ocupação média registada por ano letivo constata-se que em 2013/14 houve uma diminuição do número de crianças a frequentar a Creche dos SAS – Figura 4.28. Figura 4.28. Variação da Ocupação Média da Creche, por ano letivo 60 50 53 58 49 40 30 20 10 0 2011/12 2012/13 2013/14 Por seu lado, da comparação da ocupação mensal por ano civil constata-se nova quebra de inscrições no ano letivo 2014/15 - Figura 4.29, contabilizando-se, em dezembro de 2014, 44 crianças inscritas (menos 4 crianças do que em dezembro de 2013). 95 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.29. Ocupação mensal da Creche, em 2013 e 2014 70 60 50 40 2013 30 2014 20 10 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez A quebra do número de inscrições registada reflete-se nos proveitos do setor (diminuição de 4,8% face ao período homólogo). Contudo, a par da quebra de proveitos, regista-se uma diminuição nos custos da Creche em 2014, pelo que a taxa de cobertura não sofreu alteração significativa – Quadro 4.36. Quadro 4.36. Proveitos e Custos da Creche, em 2013 e 2014 Proveitos (€) Custos (€) Taxa de Cobertura (%) 2014 2013 77 224,56 279 319,93 27,65 81 114,98 299 213,75 27,11 96 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Variação Abs. % -3 890,42 -4,8 -19 893,82 -6,65 0.54 p.p. 4.2.4.2 JARDIM DE INFÂNCIA O Jardim de Infância dos SAS organiza-se em 4 salas: Peixes (3 anos); Caracóis (4 anos); Leões (4 anos) e Tartarugas (5 anos), que correspondem a uma capacidade de 85 lugares. No início do ano de 2014 continuou a ser desenvolvido o projeto educativo “Enredos que cá moram”, que emergiu do tema proposto para a semana cultural da Universidade de Coimbra, cruzado com questões e curiosidades das crianças. A vivência deste projeto foi proposta às crianças e comunidade do Jardim de Infância através de uma personagem que pretendeu recriar um dos antigos habitantes do edifício. Esta foi integrada num espaço no qual as crianças se cruzavam diariamente e que possuía alguns objetos inacabados, que foram alvo de transformação e reinvenção, assim como todo o espaço e história desta personagem. O projeto para o presente ano letivo intitula-se “Uau! Encontrámos a melhor caixa do mundo!” e teve o seu lançamento no mês de outubro de 2014. Na sua essência, pretende-se descobrir como uma caixa pode não ser só uma caixa. Na verdade, há caixas para brincar, caixas para guardar os tesouros construídos durante anos, caixas que contam histórias, caixas que trazem memórias, caixas que nos fazem imaginar e nos transportam para outros lugares, caixas misteriosas que guardam brinquedos e brincadeiras de outros tempos e de outros lugares. A escolha deste projeto centrou-se nos interesses das crianças e das suas necessidades, tentando fundamentalmente ir ao encontro da imaginação e do brincar, partindo de uma pedagogia dos sentidos que, através das expressões artísticas, promove a criatividade. Decorreu também do tema da XVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra – UC 725 anos: Tempo de Encontro(s). Os objetivos gerais seguidos foram sustentados pela Lei – Quadro da Educação Pré-Escolar e pelas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação, suporte de referência para os educadores na sua prática educativa, perspetivada como dinamizadora das diversas áreas de conteúdo. Toda a prática educativa assentou numa abordagem própria que se inspirou na abordagem educativa Reggio Emília, contemplando sempre o currículo emergente, baseado nos interesses das crianças, apoiando-se na Pedagogia-em-Participação através da criação de espaços e momentos pedagógicos em que as crianças, em interação, sustentaram as suas aprendizagens. O educador funcionou como um investigador, na medida em que provocou, construiu, estimulou o pensamento e a colaboração da criança com os seus pares, promovendo o trabalho cooperativo. Manteve-se a opção pela marcação de um dia de atendimento aos pais, semanal. Considerando a avaliação um elemento essencial do processo educativo, a mesma caraterizou-se como avaliação contínua e de carater qualitativo. Assim, foram selecionados como instrumentos de avaliação: a observação direta, os diálogos com as crianças, os registos gráficos, construções, registos fotográficos e a construção do Portfólio da criança onde foi possível recolher amostras representativas das atividades realizadas (as quais contemplam as diferentes áreas de conteúdo) e foram construídos conjuntamente com cada criança. Os encarregados de educação/famílias tiveram acesso e puderam consultar sempre que demonstraram 97 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 interesse. Foram disponibilizados dois momentos formais para apresentação destes instrumentos aos encarregados de educação (fevereiro de 2014 e julho de 2014). Paralelamente aos projetos, importa mencionar as diversas atividades ocorridas em conjunto, seja com a participação de todas as crianças, como também com a participação ativa das famílias. No âmbito do protocolo estabelecido entre os SASUC e a ESEC, realizaram-se no Jardim de Infância 2 estágios de Educação Básica – OIE I sob a supervisão pedagógica da educadora Joana Baptista, 3 estágios do Mestrado em Educação Pré-Escolar sob a supervisão pedagógica das educadoras Raquel Maricato e Joana Vila Nova, 5 estágios do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino 1ºCEB sob a orientação pedagógica das educadoras Joana Baptista e Maria Odete Gonçalves e Raquel Maricato e 8 estágios de Educação Básica – OIE I sob a supervisão pedagógica das educadoras Joana Baptista, Raquel Maricato, Joana Vila Nova e Maria Odete Gonçalves. Realizou-se ainda um estágio de Técnicas Ação Educativa – Prática profissional em contexto de trabalho da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Coimbra. Desenvolveram-se no JI, durante o ano 2014 as seguintes atividades extracurriculares: Inglês, Dança Criativa, Teatro, Judo e Natação. Em outubro iniciaram-se a Psicomotricidade e o Ténis. Todas elas revelaram ser uma mais-valia para a instituição, ao nível da diversidade disponibilizada, bem como, na qualidade e excelência de conteúdos transmitidos – Figura 4.30. Figura 4.30. Atividade extracurricular - JI (Ténis) Em 2014 (abrangendo o ano letivo 2013/14 e 2014/15) destacam-se as seguintes atividades dinamizadas no Jardim de Infância dos SAS – Quadro 4.37. Quadro 4.37. Atividades do Jardim de Infância em 2014 Atividade de sensibilização musical (janeiro 2014) Participação da peça musical para a infância “Quinta da Amizade” no TAGV (março 2014) 98 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A convite de um pai de uma criança da sala dos 3 anos, o professor Manuel Rocha desenvolveu uma atividade para as crianças que consistiu numa história musicada, culminando com a experimentação de alguns instrumentos de cordas. As crianças tiveram a possibilidade de participar numa fábula sinfónica em que as personagens (animais) foram representadas por instrumentos proporcionados por uma orquestra ao vivo. Participação da peça de teatro “Fios invisíveis” no TAGV (março 2014) Participação numa curta-metragem dos Caminhos do Cinema Português (abril 2014) Visita à Baixa de Cidade de Coimbra (abril/maio 2014) Partilha dos projetos com as Famílias (maio 2014) Workshop sobre cuidados de higiene (maio 2014) Comemoração do dia da Criança (junho 2014) Atividade no Laboratório de Curadoria do Colégio das Artes do departamento de Arquitetura da UC (junho e setembro 2014) IV Encontro de Fotografia do JI (junho 2014) Noite de observação astronómica no JI (junho 2014) Festa de Final de Ano (junho 2014) Participação no lançamento do projeto “Vamos semear Ciência” (junho 2014) Lançamento do projeto (outubro 2014) Atividade inserida no programa da Semana Cultural da UC. Participação das crianças do JI como figurantes numa curta-metragem dos Caminhos do Cinema Português, realizada na Capela de S. Miguel, na Universidade de Coimbra. Passeios pela Baixinha proporcionados pelo Museu Municipal de Coimbra, através do seu serviço educativo, pretendendo contribuir para a descoberta e conhecimento do património urbano da Cidade As crianças apresentaram às famílias as descobertas e dinâmicas utilizadas durante a construção dos multiprojetos, enquadrados no projeto pedagógico. Esta atividade pretendeu dar visibilidade ao processo educativo pela voz das crianças e teve colaboração ativa das estagiárias da ESE, com a supervisão e colaboração das educadoras cooperantes. Atividade organizada pelos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho dos SASUC às crianças do JI que teve como objetivo a sensibilização para os cuidados de higiene. Esta atividade pretendeu apresentar o projeto “Enredos que cá moram” à comunidade. Foi promovida a participação ativa das famílias nesta iniciativa, que se traduziu num peddy paper pela Alta de Coimbra (Universidade) durante uma manhã de sábado, culminando num piquenique no Jardim Botânico. Atividade que, com a ajuda de duas artistas, procurou integrar as crianças na esfera da arte contemporânea. Atividade organizada numa manhã de sábado, em conjunto com a Comissão de Pais, que procurou envolver as famílias na dinâmica da instituição, indo ao encontro de um interesse manifestado por muitos pais e crianças – a fotografia. Esta dinâmica tem assumido como objetivos centrais uma vertente de beneficiação e sobretudo divulgação do JI. Os pais das crianças na sala dos 5 anos propuseram à equipa educativa organizar uma atividade noturna de observação astronómica. Contando com a ajuda voluntária da associação coimbrã de astronomia amadora ALPHA CENTAURI, procurou-se fomentar o convívio entre os elementos de toda a comunidade educativa do Jardim de Infância (incluindo pais e encarregados de educação de crianças que já frequentaram o Jardim de Infância em anos anteriores). Momento significativo para toda a comunidade do JI, que marca o culminar dos vários projetos desenvolvidos na instituição ao longo do ano letivo. Desenvolvido pelo Jardim Botânico da UC, este foi um momento de apresentar à comunidade os KITS “Vamos semear Ciência”, destinados a instituições de Educação Pré- escolar. Lançamento do projeto pedagógico para o ano letivo 2014/2015, intitulado: “Uau! Encontrámos a melhor caixa do mundo!” 99 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Os SASUC em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, através do seu Núcleo de Nutrição, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e o “Programa 5 ao dia” do Mercado Abastecedor de Coimbra, celebraram o Dia Mundial da Alimentação de 2014 com um workshop que promoveu hábitos alimentares saudáveis junto dos mais novos. As crianças participaram nesta atividade e tiveram a oportunidade de fazer um workshop de mini chefs com o Chef Luís Lavrador. Atividade organizada numa manhã de sábado, em conjunto com a Comissão de pais, que procurou envolver as famílias na dinâmica da instituição como também assumiu a vertente de beneficiação e divulgação do JI. As crianças do JI participaram numa sessão cinematográfica que decorreu no TAGV. Ateliers dinamizados em colaboração com a investigadora da UC, Anabela Mariza Azul Momento significativo para toda a comunidade do JI, que procura sintetizar e divulgar todas as descobertas e vivências resultantes dos vários projetos desenvolvidos na instituição, desde o início do ano letivo. Dia Mundial da Alimentação (outubro 2014) Magusto e Aniversário do JI (novembro 2014) Participação Caminhos do Cinema Português (novembro 2014) Semana da Cultura Científica (novembro 2014) Partilha de Natal (dezembro 2014) Todo o trabalho desenvolvido foi alvo de avaliação periódica (em reuniões de equipa educativa) e final (relatório de atividades/reflexão crítica elaborado por cada educador). Foram cumpridos os objetivos estabelecidos quer a nível dos conteúdos, quer das realizações conjuntas acima referidas. No decorrer do ano letivo foi visível o envolvimento das famílias nos diversos projetos e iniciativas. Também a Comissão de Pais desempenhou um papel relevante na ajuda da preparação de algumas das atividades descritas (Encontro de Fotografia, Noite de observação astronómica e Magusto). Durante o ano de 2014 (excluindo o mês de agosto correspondente à pausa letiva), o Jardim de Infância teve uma ocupação média mensal de cerca de 76 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação de 89,4% – Quadro 4.38. Quadro 4.38. Indicadores da atividade do Jardim de Infância, em 2013 e 2014 Capacidade N.º de Inscrições/mês Taxa de Ocupação (%) N.º de Ed. de Infância N.º de Auxiliares Rácio Crianças/Educador (Ed. Inf. + Auxiliares) 2014 2013 85 76 89,4 5 6 75 69.36 92,5 5 7 Variação Abs. % 10 13,3 6.64 9,6 -3,1 p.p. 0 0 -1 -14,3 6.91 5.78 1.13 19,6 O aumento da capacidade no JI em 2014 decorre de alterações verificadas na constituição dos grupos/salas dessas valências do apoio à infância. Em 2013, atendendo à existência de dois grupos 100 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 homogéneos constituídos por crianças de 3 anos e de acordo com orientações do Ministério da Educação, a capacidade dessas salas/grupos estava limitada a 15 crianças. Com a alteração da constituição dessas salas, a capacidade pode ser aumentada para 20 crianças nessas 2 salas, traduzindo o aumento de 10 lugares na capacidade global do JI. Durante este período, o número de crianças filhas de pais com vínculo à UC (estudantes, investigadores, funcionários dos SASUC e UC), foi sempre muito significativo, caracterizando sempre mais de metade da ocupação da instituição. Fomentou-se pontualmente a heterogeneidade entre grupos, quer por uma questão funcional, quer sobretudo por opção pedagógica. Nos números mencionados estão incluídas, para além das crianças portuguesas, outras, filhas de pais estrangeiros (PALOP, Brasil, Guatemala, Espanha, Rússia, Austrália e EUA). Da análise das variações da ocupação média registada por ano letivo constata-se, em 2013/14, um aumento considerável (de cerca de 12%) do n.º de crianças a frequentar o Jardim de Infância dos SAS – Figura 4.31. Figura 4.31. Variação da Ocupação Média do Jardim de Infância, por ano letivo 80 70 60 50 40 30 20 10 0 75 69 67 2011/12 2012/13 2013/14 Por seu lado, da comparação da ocupação mensal por ano civil constata-se um aumento de inscrições no ano letivo 2014/15 - Figura 4.32, contabilizando-se, em dezembro de 2014, 79 crianças inscritas (mais 3 crianças do que em dezembro de 2013). 101 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.32. Ocupação mensal do Jardim de Infância, em 2013 e 2014 90 80 70 60 50 2013 40 2014 30 20 10 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez O aumento do número de inscrições reflete-se nos proveitos do setor (aumento de 24,2% face ao período homólogo). Regista-se ainda um ligeiro aumento dos custos do Jardim de Infância em 2014, resultado do aumento da ocupação, tendo a taxa de cobertura uma variação positiva de 11.15 pontos percentuais – Quadro 4.39. Quadro 4.39. Proveitos e Custos do Jardim de Infância, em 2013 e 2014 Proveitos (€) Custos (€) Taxa de Cobertura (%) 2014 2013 166 185,95 263 734,76 63,01 133 813,34 258 042,05 51,86 Variação Abs. % 32 372,61 24,2 5 692,71 2,2 11,15 p.p. CUSTOS E PROVEITOS DO APOIO À INFÂNCIA Analisando globalmente os Serviços de Apoio à Infância verifica-se uma melhoria de 7 pontos percentuais da taxa de cobertura do setor, impulsionada pelo aumento dos proveitos no Jardim de Infância numa pequena percentagem pela redução de custos da Creche e pela realização do ATL de Verão (cujos proveitos foram de 4 501,01€] – Quadro 4.40. Quadro 4.40. Proveitos e Custos dos Serviços de Apoio à Infância, em 2013 e 2014 Apoio à Infância (Creche + JI + ATL) Proveitos (€) Custos (€) Taxa de Cobertura (%) 2014 2013 247 911,52 543 802,51 45,6 214 928,32 557 255,80 38,6 102 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Variação Abs. % 32 983,20 15,3 -13 453,29 -2,4 7 p.p. SATISFAÇÃO COM OS SERVIÇOS DE APOIO À INFÂNCIA Para avaliar a satisfação dos/as Encarregados/as de Educação com a Creche e o Jardim de Infância dos SASUC, foi aplicado um inquérito online de 16 a 30 de junho de 2014. Este processo teve como objetivo recolher informação relativa à perceção dos/as Encarregados/as de Educação sobre os serviços prestados nestas duas valências do apoio à infância dos SAS, visando a identificação de oportunidades para a melhoria dos serviços prestados à comunidade UC. Foram enviados convites a todos os encarregados de educação das crianças a frequentar a Creche e o Jardim de Infância dos SASUC no ano letivo 2013/2014 (132) para preenchimento do inquérito, tendo o número de respondentes sido de 63 (taxa de resposta de 47,7%), 20 com referência à Creche e 43 com referência ao Jardim de Infância. Cerca de 88,9% dos inquiridos estão satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços de apoio à infância, traduzindo-se numa taxa de satisfação de 84% (Creche – 70%; Jardim de Infância – 90%). Entre as sugestões mais apontadas para a melhoria dos Serviços de Apoio à Infância dos SASUC identificaram-se a manutenção das instalações, a disponibilização de atividades no mês de agosto e a necessidade de melhorar a comunicação entre os SAI e os/as Encarregados/as de Educação. Relativamente à Creche identificaram-se ainda sugestões visando a diversificação das atividades e maior incidência na monitorização das aprendizagens e desenvolvimento das crianças. Estes resultados permitiram a identificação de oportunidades para a melhoria dos serviços prestados pelos SAI, grande parte delas já implementada no decurso de 2014. 103 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.2.5 INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO A procura da igualdade de oportunidades no acesso à Universidade e o sucesso académico dos seus estudantes determinam a atividade do Núcleo de Integração e Aconselhamento (NIA), centrada no acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, no aconselhamento psicopedagógico e na promoção de ações de sensibilização e formação ativadoras do desenvolvimento pessoal e de competências pessoais e académicas de todos os estudantes. O NIA integra a Divisão de Acolhimento e Integração, unidade orgânica dos SAS afeta à Direção de Serviços de Apoio ao Estudante. O Acompanhamento a Estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE) baseia-se numa intervenção técnica especializada, que contribui para um ensino de qualidade, identificando as barreiras físicas e de comunicação e cooperando para a integração social e escolar destes estudantes. A sua atividade assenta no acolhimento e acompanhamento personalizado, recorrendo a entrevista para a avaliação individual das desvantagens e necessidades educativas; bem como na oferta de um centro de produção que disponibiliza materiais didáticos em suporte alternativo para invisuais (braille, suporte digital e áudio), na formação individual em novas tecnologias (correio eletrónico, bases de dados, bibliotecas virtuais) e no centro de documentação, enquanto centro de consulta bibliográfica, oferecendo aos estudantes o acesso a um catálogo em braille, do qual fazem parte obras ou extratos de obras em braille ou áudio que constam do acervo documental do NIA, permitindo a estes estudantes uma maior autonomia nas suas pesquisas. Em junho de 2014 foi aprovado e integrado no Sistema de Gestão (MOS-SASUC) o procedimento referente ao processo de apoio técnico pedagógico a estudantes com NEE (SAS_P002) e impressos associados. Esta atividade pressupôs a revisão da documentação já existente no Sistema de Gestão da UC (quando este processo era gerido no âmbito das competências da Administração da UC) e criação de nova documentação, visando o ajustamento deste processo ao enquadramento orgânico dos SAS. No âmbito deste processo, em 2014 foi possível reforçar e introduzir multidisciplinariedade na equipa, incluindo uma reorganização profunda do Centro de Produção, que contribuiu para aumentar significativamente a sua atividade. Assim, em 2014 foram realizadas 140 entrevistas e acompanhados 126 estudantes com necessidades educativas especiais, que procuraram apoio por iniciativa própria ou foram encaminhados por docentes e/ou órgãos de gestão – Quadro 4.41. 104 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.41. Acompanhamento de estudantes com NEE, em 2014 140 Nº de Estudantes acompanhados 126 30 Letras 21 Motora 19 Direito 34 Foro Psiquiátrico 28 Medicina 3 Auditiva 11 Ciências e Tecnologia 37 Farmácia 6 Economia 12 Visual cegueira total 5 amblíopes 8 Faculdades Orgânica/Funcional Dislexia 23 Psicologia e Ciências da Educação 11 Autismo 2 Desporto e Educação Física 2 Bolseiro 22 Residente 15 Não Bolseiro 104 Não Residente 111 RU DGES Patologia Nº de Entrevistas À semelhança do ano anterior, verifica-se que a grande maioria dos estudantes acompanhados não detém condição de bolseiro DGES e não reside em residência universitária. São as patologias orgânico-funcionais, o foro psiquiátrico e a dislexia que predominam neste grupo, representando 64% do total. Uma vez mais, constata-se que são os estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia e os da Faculdade de Direito, que prevalecem nesta análise, com 56% sobre o total de estudantes acompanhados. No decorrer de 2014, registaram-se 194 pedidos ao centro de produção – Quadro 4.42. Quadro 4.42. Produção de materiais técnico-pedagógicos do NIA, em 2014 Serviço Suporte digital Nº de Pedidos 118 Braille 52 Relevos 1 Ampliação 2 Máquinas Perkins 11 T. Negro 10 Total 194 A partir de setembro 2014 o número de estudantes com patologia do foro visual apoiados pelo centro de produção aumentou significativamente, aumento este que se refletiu essencialmente nos trabalhos 105 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 em formato digital, representando 61% da totalidade dos trabalhos pedidos. Os 52 pedidos de produção em braille resultaram em 5 784 páginas neste formato. Realça-se o trabalho realizado no âmbito do Programa Canguru Matemático, elaborando prova do 5º ano em braille, em parceria com o Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Salienta-se ainda, a produção de plantas de emergência e sinalética em braile e relevo das residências Universitárias Pedro Nunes e Polo III. Destaca-se também, pelo simbolismo, a visita guiada de 5 membros da comunidade universitária e entidades parceiras ao Museu Machado de Castro, em sintonia com estreita colaboração mútua existente. No domínio das parcerias, foi celebrado protocolo de colaboração com a Associação de Cegos e Ambliopes de Portugal (ACAPO), visando a promoção de iniciativas e intervenções a favor dos seus destinatários, ampla e reciprocamente utilizado pelas duas entidades. Relativamente ao Aconselhamento Psicopedagógico oferecido aos estudantes da UC, está disponível consulta de psicologia, cujo foco principal se prende com a avaliação e o acompanhamento psicológico individual de todos os alunos que o pretendam. Funciona em colaboração com a consulta de psiquiatria e de clínica geral dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (SSGST), através do encaminhamento dos casos que revelam necessidade de avaliação médica ou intervenção farmacológica. Em 2014, a equipa de Psicologia esteve reduzida por licença de maternidade, razão pela qual houve um decréscimo dos utentes acompanhados: cerca de 336 estudantes e 6 funcionários, com 782 consultas realizadas. Uma vez mais, os estudantes da FCTUC representam o grupo com maior percentagem das 774 consultas realizadas a estudantes, fixando-se em 31%. Evidencia-se a baixa representatividade de estudantes da FMUC, FFUC e FCDEF, que globalmente retratam 11% do total. Importa referir que, em função do número de estudantes da Faculdade, a FDUC se destaca com 18% – Quadro 4.43. Quadro 4.43. Distribuição das consultas por Faculdade, em 2014 Utentes/Faculdade FLUC FDUC FMUC FCTUC FFUC FEUC FPCEUC FCDEFUC Estudantes Funcionários Total 106 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Consultas Realizadas 127 16% 144 18% 30 4% 244 31% 44 6% 55 7% 125 16% 5 1% 774 8 782 99% 1% 100% Neste domínio, os problemas mais identificados relacionam-se com perturbações de ansiedade, problemas académicos, problemas de humor entre outros, como luto. São estudantes com idades compreendidas entre os 21 e os 25 anos, os que mais procuram estes serviços, embora seja significativo o número de estudantes com idades inferiores a 20 anos a recorrer a esta ajuda – Quadro 4.44. Quadro 4.44. Distribuição das consultas por idades dos utentes estudantes, em 2014 Consultas Realizadas a Estudantes Faixa Etária Até 20 anos 21 a 25 anos 26 a 30 anos +31 anos Total 113 481 102 86 14% 62% 13% 11% 782 100% Identificaram-se ainda 617 consultas marcadas que não foram realizadas, na sua maioria por terem sido canceladas a pedido do utente ou por este não ter comparecido à consulta – Quadro 4.45. Quadro 4.45. Consultas marcadas e não realizadas, em 2014 Consulta cancelada a pedido do utente Consulta cancelada a pedido do serviço Utente não compareceu Total 226 161 230 37% 26% 37% 617 100% A Oferta Formativa do NIA, no ano de 2014, passou pela realização de 48 sessões, envolvendo globalmente 346 participantes, oferta esta subdividida em dois grupos. Um primeiro grupo de ações formativas, inseridas no programa de Educação pelos Pares, apoiando os estudantes no processo de integração na Universidade de Coimbra e atuando na promoção da saúde e do sucesso escolar em contexto académico, através da formação de estudantes mais velhos para a aquisição de aptidões básicas de aconselhamento, constituindo-se como um suporte de ajuda primária nas dificuldades emocionais, académicas e sociais dos seus pares. A intervenção junto dos alunos neste âmbito desenvolvese com recurso a reuniões de casa, a uma Formação Básica para os alunos que se propõem ser apoiantes, e a uma Formação Contínua (inexistente em 2013), que se destina preferencialmente aos alunos apoiantes, embora esteja aberta à comunidade estudantil da Universidade de Coimbra no geral, e que decorre ao longo do ano letivo com o objetivo de completar a formação dos estudantes que frequentaram a Formação Básica. Num segundo grupo, inserem-se outras ações de sensibilização motivadoras do desenvolvimento pessoal e competências pessoais e académicas, como ilustra o Quadro 4.46. 107 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 UC Skills Quadro 4.46. Oferta formativa NIA 2014 Grau de Satisfação 4,50 - muito bom Temas Nº Ações Nº Participantes Intervenção Curso intensivo de formação básica Sub-total Gestão do tempo Métodos de estudo 13 1 14 3 3 100 18 118 89 93 1 23 4,40 - muito bom 1 17 4,50 - muito bom 25 1 34 48 4 2 228 346 Apresentação de trabalhos orais e ansiedade Estratégias para aumentar a eficácia académica Novas tecnologias para invisuais Braille Sub-total Total 4,40 - muito bom 4,40 - muito bom 4,79 – muito bom A participação e o grau de satisfação dos estudantes nas sessões formativas tem melhorado, sobretudo por comparação com o ano anterior. Contudo, é uma valência que poderá ser potenciada, nomeadamente com um maior envolvimento dos próprios estudantes na mobilização dos colegas. Ainda no âmbito da atividade do NIA, salienta-se a participação nas comemorações do décimo aniversário do Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiência no Ensino Superior (GTAEDES), submetida ao tema “confronto entre o passado e o presente: o que sonhamos, onde estamos”, nomeadamente na moderação do painel “Apoio à frequência no ensino superior – Ensino – Aprendizagem”. Destaca-se ainda a colaboração com diversos projetos de investigação, como doutoramento sobre ‘a influência de processos atencionais nas dificuldades de leitura’ do IBILI e o mestrado em Informação, Comunicação e Novos Media da FLUC, bem como a participação nos trabalhos de conclusão do projeto de European Action on Disability within Higher Education (EADHE), na conferência de Leipzig, em setembro de 2014. 108 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.2.6 PASEP O Conselho de Ação Social da Universidade de Coimbra aprovou, a 31 de julho de 2013, o Programa de Apoio Social a Estudantes através de Atividades de tempo Parcial (PASEP) com o objetivo de apoiar os estudantes mais carenciados, numa perspetiva de complemento a outros apoios sociais diretos e indiretos já existentes, de forma a contribuir para a diminuição do abandono escolar, facilitar a integração dos estudantes no mercado de trabalho, possibilitar-lhes a aquisição e desenvolvimento de competências transversais, além de reforçar a ligação entre os estudantes e a UC. O PASEP constitui uma nova modalidade de apoio social, para todos os estudantes da UC, que consiste na disponibilização de ofertas de atividades de tempo parcial, a realizar em unidades orgânicas/serviços da UC, cuja retribuição ao estudante que as realize se traduz na atribuição de benefícios sociais. O apoio social a conferir é feito através da: Atribuição de senhas de refeição válidas para as unidades de alimentação dos SAS; Contribuição total ou parcial nos custos de alojamento nas residências dos SAS; Contribuição total ou parcial na propina a pagar pelos estudantes no curso em que estão matriculados. Além do apoio social atribuído, as atividades realizadas são incluídas no Suplemento ao Diploma. As ofertas de atividade que os diversos setores da UC entendem disponibilizar no âmbito deste programa constituem a Bolsa de Atividades, sendo a sua divulgação feita através da publicação no portal PASEP, disponível na página dos SAS. Para cada oferta de atividade divulgada deverá o aluno formalizar uma candidatura no referido portal. As ofertas de atividade podem ser enquadradas em 11 tipologias: A1 – Vigilância (salas de aulas, bibliotecas e outros espaços); A2 – Projetos de investigação e outras atividades curriculares; A3 – Estudos e trabalhos especializados; A4 – Colaboração na elaboração de guiões de trabalhos laboratoriais; A5 – Colaboração nas estruturas laboratoriais e técnicas; A6 – Colaboração na área administrativa e de suporte; A7 – Colaboração em processos de avaliação de estudantes; A8 – Colaboração na área dos serviços de alimentação dos SASUC; A9 – Colaboração na área dos serviços de alojamento dos SASUC; A10 – Colaboração em outras áreas de apoio social previstas na missão dos SASUC; A11 – Outras. Os valores mínimos e máximos de retribuição/hora ao estudante encontram-se definidos por tipologia de oferta de atividade (mínimo de 2 senhas de refeição social; máximo de 3 a 5 senhas). 109 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Ano letivo 2013/14 O PASEP arrancou no final do ano de 2013, tendo sido abertas, no ano letivo 2013/14, 20 ofertas de atividade, que permitiram a colocação de 125 alunos em nove áreas distintas. Caracterização das Ofertas de Atividade As atividades foram propostas por sete unidades orgânicas da UC, com maior representatividade dos SAS (7 ofertas de atividade), Reitoria (3 ofertas) e Biblioteca Geral (3 ofertas) – Figura 4.33. Figura 4.33. Distribuição das Ofertas PASEP no ano letivo 2013/14, por Unidade Orgânica da UC Administração UC; 2; 10% Centro documentação 25 de Abril; 1; 5% SASUC; 7; 35% Reitoria; 3; 15% Biblioteca das Ciências da Saúde; 2; 10% Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Fisica; 2; 10% Biblioteca Geral; 3; 15% As ofertas disponibilizadas enquadraram-se em 7 das 11 tipologias existentes, tendo maior volume de ofertas a Vigilância (35%) e a Colaboração na área administrativa e de suporte (20%) – Figura 4.34. Figura 4.34. Distribuição das Ofertas PASEP no ano letivo 2013/14, por tipologia de atividade A1 - Vigilância 7 A3 - Estudos e trabalhos especializados 2 A6 - Colaboração na área administrativa e de suporte 4 A8 - Colaboração - Serv. Alimentação SAS 3 A9 - Colaboração - Serv. Alojamento SAS 2 A10 - Outras SAS 1 A11 - Outras 1 0 110 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 1 2 3 4 5 6 7 8 As ofertas de atividade disponibilizadas em 2013/14 foram alvo de 491 candidaturas, verificando-se uma média de 25 candidaturas por oferta, num mínimo de 1 e máximo de 73. Das 491 candidaturas, foram selecionados 389 estudantes (79,23%) e excluídos 102 (20,77%). Identificaram-se quatro motivos de exclusão dos concursos lançados para cada oferta: Falta de aproveitamento escolar (46%); Incumprimento de condições mínimas (37%); Incompatibilidade de horários (14%) e Desistência (3%). Caracterização dos/as estudantes beneficiários Foram colocados nas atividades PASEP disponibilizadas no ano letivo 2013/14, 125 estudantes, o que corresponde a 32,13% dos estudantes selecionados. Considerando distribuição dos estudantes colocados por Faculdade, constata-se maior representatividade dos estudantes da FCTUC (49 estudantes); FEUC (24 estudantes) e FLUC (20 estudantes) – Figura 4.35. Figura 4.35. Distribuição dos/as estudantes beneficiários PASEP no ano letivo 2013/14, por Faculdade Medicina 5% Psicologia e Ciências da Educação 4% Ciências do Desporto e Educação e Educação Fisica 1% Letras 16% Ciências e Tecnologia 39% Farmácia 6% Economia 19% Direito 10% A maioria dos/as estudantes beneficiários do PASEP encontrava-se inscrita em Mestrados Integrados (34%) e 2.º Ciclos (31%), identificando-se ainda estudantes de 1.º Ciclo (29%) e de 3.º Ciclo (6%). Cerca de 37% (46 estudantes) estavam alojados nas residências da UC e 38% (48 estudantes) eram bolseiros. Quanto à distribuição destes estudantes por nacionalidade, identificaram-se 9 nacionalidades, sendo as mais representativas a portuguesa (65%) e brasileira (18%) – Figura 4.36. 111 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.36. Distribuição dos/as estudantes beneficiários PASEP no ano letivo 2013/14, por país de origem 65% 2% 18% 1% 1% 1% 2% 1% 9% Portugal São Tomé Brasil Angola Cabo Verde Guiné Ucrânia India Itália Os apoios concedidos representaram um total de 38 298,78€, repartidos pelos seguintes tipos de apoio: Alimentação – 14 442,02€; Propinas – 18 597,23€ e Alojamento – 5 259,53€. No final do ano letivo foi elaborado um relatório do primeiro ano de implementação deste programa onde, além da apresentação dos principais indicadores de gestão desta atividade pelos SAS, se procurou fazer um balanço da atividade, tendo-se proposto algumas alterações ao regulamento do PASEP e ações para a melhoria do programa, designadamente a necessidade de se proceder à avaliação formal da satisfação dos intervenientes e de se fomentar a sua divulgação, dada a reduzida adesão de UOs da UC. Ano letivo 2014/15 Considerando o balanço realizado ao ano letivo 2013/14 e a necessidade verificada de incrementar a divulgação do PASEP visando a captação de um maior e mais diversificado número de ofertas e de UO promotoras de ofertas PASEP, em novembro de 2014 foram desencadeadas ações de sensibilização, designadamente junto dos Centros de Investigação da UC. Foram, assim, dinamizadas duas reuniões: a 5 de novembro, no Centro Cultural D. Dinis, dirigida a Diretores de Centros de Investigação do Polo I, e a 11 de novembro, no Centro Cultural Casa da Pedra, dirigida a Diretores de Centros de Investigação do Polo II. Nestas reuniões, além da apresentação de dados sobre as atividades desenvolvidas no âmbito do PASEP no ano letivo 2013/14, foi ainda disponibilizado apoio na clarificação de pormenores relativos à implementação de novas ofertas de atividade Quanto ao ano letivo de 2014/15, com referência a 31 de dezembro de 2014, foram disponibilizadas sete ofertas de atividade que permitiram a colocação de 26 alunos, abrangendo cinco áreas de atividade. No Quadro 4.47., sintetizam-se as ofertas de atividades divulgadas de setembro a dezembro de 2014. 112 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 4.47. Ofertas de atividade PASEP em 2014/2015 (a 31/12/2014) Benefícios Atribuídos Nº oferta Entidade que oferece a atividade Tipologia de Atividade Oferta Nº estudantes Candidatos Nº Estudantes Selecionados Nº estudantes não admitidos a concurso Nº Estudantes colocados Nº horas Efetivas Alimentação Propinas Alojamento Nº alunos Encargo Nº alunos Encargo Nº alunos Encargo Encargo Total 2014.1 SAS - Divisão de Alimentação 1) Serviço de Balcãopreparação fornecimento de refeições rápidas A8 19 12 7 5 1547 4 3434,4 4 3490,56 2 500,64 7 425,60 2014.2 Biblioteca Geral Vigilância A1 84 66 18 4 378 2 679,2 2 907,2 1 228 1 814,40 2014.3 SAS - Divisão de Alimentação Apoio Na Cantina do Polo II A8 9 8 1 4 240 1 297,6 1 264 2 590,4 1 152,00 A6 21 9 12 7 532 3 684 6 1869,6 2 553,60 A6 37 33 4 3 64 3 307,2 307,20 2014.4 Serviços de Gestão Académica 1) 2014.5 SAS - Centro de Estudos Cinematográficos da AC Apoio ao processo de envio de cartas de curso (preenchimento de base de dados, verificação de dados e embalagem de envio) Promotor da XX edição do Festival Caminhos do Cinema Português 2015 Faculdade de Medicina Apoio ao mestrado de Psiquiatria social e cultural A6 8 1 7 1 20 1 96 96,00 2014.7 Faculdade de Economia Vigilância A1 32 22 10 2 52 2 249,6 249,60 Total 210 151 59 26 2833 19 7184,2 10 5095 5 1319,04 Ainda decorrendo do Relatório de atividades PASEP referente ao ano letivo 2013/14 e considerando as propostas apresentadas para a revisão do Regulamento, analisadas em sede de Conselho de Ação Social da UC reunido a 22 de outubro de 2014, constatou-se a necessidade de proceder a alguns ajustamentos ao Regulamento, procurando estabelecer a complementaridade entre os diversos apoios sociais e tentando evitar que as dificuldades económicas assumissem proporções que originassem o abandono ou a interrupção do percurso escolar por parte dos estudantes. Nesse sentido, foram consideradas e aprovadas as seguintes propostas de alteração ao Regulamento do PASEP: Aproximação dos critérios de avaliação do aproveitamento escolar para efeitos de elegibilidade para atribuição de benefícios sociais definidos no FAS e no PASEP: à semelhança dos critérios definidos no FAS, passariam a ser considerados elegíveis para benefícios PASEP alunos, matriculados a mais de 60 ECTS, com aproveitamento a um número de ECTS igual ou superior a 36 (e não a 50% dos ECTS a que se encontravam inscritos); não considerar como critério de elegibilidade o aproveitamento escolar no caso de uma primeira mudança de curso; inclusão de exceções para avaliação superior de situações em que o não aproveitamento escolar se deva a doenças graves ou outras situações especialmente graves ou socialmente protegidas, devidamente comprovadas; Considerando os limites de 12 horas semanais definidos para participação dos estudantes nas atividades PASEP, visando salvaguardar que a participação no PASEP não prejudica o 113 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 13598,4 sucesso escolar do estudante, constatou-se que os limites poderiam ser ultrapassados em período de férias, propondo-se a revisão desse limite (definindo-se, em Conselho de Ação Social, novo limite de 24h/semana para períodos de férias). A publicação das alterações e republicação do regulamento do PASEP em Diário da República ocorreu já em 2015. 114 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.3 OUTRAS ATIVIDADES 4.3.1 OFERTA INTEGRADA DE SERVIÇOS Durante o ano de 2014 verificou-se a necessidade de proceder ao ajustamento dos Serviços de Oferta Integrada em função do seu crescimento na comunidade universitária. Logo no início do ano (1 de fevereiro de 2014), iniciou funções uma nova equipa de projeto para a gestão dos Serviços de Oferta Integrada, constituída através de Despacho da Administradora dos SASUC (Despacho n.º 2898/2014, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 36, de 20 de fevereiro). Já em abril, a necessidade de ajustamento dos Serviços de Oferta Integrada determinou uma alteração ao Regulamento Orgânico dos SAS aprovado em março de 2012, com a publicação do Despacho n.º 4707/2014, de 1 de abril, que criou a Divisão de Oferta Integrada de Serviços (DOIS), mantendo a dependência desta unidade orgânica dos SAS na Direção de Serviços de Suporte à Atividade. Esta Divisão manteve como competências a disponibilização à comunidade universitária de recursos com vista ao desenvolvimento de atividades diversas, nomeadamente nas áreas de gestão de espaços e limpeza e tratamento de roupa, numa base de eficiência económico-financeira. Compreende a gestão das estruturas: Lavandaria, Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza, Centro Cultural D. Dinis e Quinta de S. Marcos. A equipa da DOIS teve, no ano de 2014, um longo caminho a percorrer ao nível da reestruturação das equipas de recursos humanos afetas a esta estrutura e respetivos horários. Nesse sentido e no âmbito das atividades da Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL), foram realizadas visitas aos espaços, visando ajustar as respostas dos serviços às necessidades das Unidades Orgânicas que solicitaram atividades da DOIS. Assim, foram realizadas 84 reuniões solicitadas pela UGEL e/ou pelas Unidades Orgânicas, com o objetivo de consolidar toda a equipa da UGEL, o que permitiu o aumento da capacidade de resposta às solicitações para a intervenção a nível de limpeza e portaria. Ainda ao nível da gestão de equipas, verificou-se, ao longo do ano de 2014, a saída de 8 trabalhadores da equipa, por força de mobilidade interna para a UC (4), aposentação (1), mobilidade interna nos SASUC (1) e denúncia/rescisão de contrato por mútuo acordo (2). Realça-se o facto de, atendendo aos recursos humanos disponíveis, não ter sido possível responder a todas as solicitações dirigidas à DOIS/UGEL, nomeadamente a manutenção do jardim do Palácio de S. Marcos, requisições de atividades para a Faculdade de Medicina, Colégio das Artes, Serviço de Recursos Humanos da UC, Centro de Estudos Interdisciplinares e abertura e encerramento da Faculdade de Farmácia (Polo III). No reforço de competências dos recursos humanos no âmbito de atuação da DOIS/UGEL, foram ministradas formações sobre “Movimentação Manual de Cargas”, “Manuseamento de detergentes”, Workshop Barista “Expresso Perfeito”, “Excel Avançado”, “Planeamento Estratégico e Gestão por Objetivos” e de utilização de “POS”. A gestão do Grill Dom Dinis (também designado por Cantinas Verdes) integrou, no ano de 2014, as competências da Divisão de Oferta Integrada de Serviços, destacando-se as seguintes atividades: 115 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Utilização pelas Comissões de carros da Queima (março); Aluguer à lista do Núcleo de Estudantes de Direito (março / abril); Convívio de Medicina – Tuna de Medicina (Abril); Serviços de Catering – almoço / jantares (maio / junho); Seminário do CES – utilização dos Fornos (julho); Danças (setembro a dezembro); Convívio Desconcertuna (novembro); Festa de Natal do Jardim de Infância dos SASUC (dezembro). As atividades asseguradas pela DOIS, compreendendo as diferentes estruturas que integra, traduziram importantes valores de receita, confirmando-se os resultados positivos alcançados com a estratégia de otimização de recursos dos SAS na ótica da garantia da sustentabilidade financeira da sua estrutura. UNIDADE DE GESTÃO DE ESPAÇOS E LIMPEZA A Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL) assegura atividades de limpeza, jardinagem, portaria e receção a unidades orgânicas e demais serviços da UC. Desde a criação desta oferta e considerando o desenvolvimento das tipologias de atividades disponibilizadas pela UGEL, diversas Unidades Orgânicas da UC têm vindo a rescindir contratos de prestação de serviços com entidades externas, com impacto no aumento da procura das atividades asseguradas pelos SAS. A intervenção da UGEL aumentou no ano de 2014, tendo iniciado a sua atividade com a intervenção em 34 locais de diversas UO/Serviços UC, contabilizando-se, a 31 de dezembro, 40 locais de diversas UO/Serviços UC e AAC, o que representa um aumento de 18% (6 locais) relativamente ao início do ano. Salienta-se que este aumento de atividade não implicou o recurso a um maior número de recursos humanos, mas sim uma gestão mais eficiente das equipas. - Figura 4.37. 116 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.37. Nº de trabalhadores da UGEL por entidade, em 2014 Reitoria (6 locais) Administração UC (3 locais) Imprensa UC Biblioteca Geral da UC Biblioteca Joanina Biblioteca das Ciências da Saúde Arquivo da UC Centro de Doc. 25 de Abril Fac. Letras UC (5 locais) Fac. Ciências e Tecnologia UC (11 locais) Fac. Psicologia e C. Educação Fac. Ciências do Desporto e Ed. Física UC Fac. Economia UC Fac. Direito UC Inst. de Investigação Interdisciplinar Associação Académica de Coimbra SASUC (3 locais) 10 12 2 5 2 2 2 1 13 22 1 1 2 2 1 1 5 0 5 10 15 20 25 Das entidades (UO/Serviços da UC) que mais recorreram às atividades disponibilizadas pela UGEL, destacam-se a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Letras e a Administração UC (Palácio dos Grilos) – Figura 4.38. Figura 4.38. Distribuição de atividades desenvolvidas (em total de horas/dia), por entidades, em 2014 Reitoria (6 locais) Administração UC (3 locais) Imprensa UC Biblioteca Geral da UC Biblioteca Joanina Biblioteca das Ciências da Saúde Arquivo da UC Centro de Doc. 25 de Abril Fac. Letras UC (5 locais) Fac. Ciências e Tecnologia UC (11 locais) Fac. Psicologia e C. Educação Fac. Ciências do Desporto e Ed. Física UC Fac. Economia UC Fac. Direito UC Inst. de Investigação Interdisciplinar Associação Académica de Coimbra SASUC (3 locais) 63 75 4 37 15 16 16 3 99 115 3 8 14 16 1 3 34 0 20 40 60 80 100 120 140 Além das atividades planificadas no início do ano (de longa duração), a UGEL respondeu ainda a outras solicitações, de diversas UO/Serviços UC, pelo desenvolvimento de atividades pontuais ao longo do ano, designadamente nos próprios SASUC e decorrentes de solicitações de outras entidades. Nestas atividades, internas (nos SAS) e externas (outras entidades), foram asseguradas pela UGEL 564,30 horas Figuras 4.39 e 4.40. 117 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.39. Distribuição de atividades pontuais internas realizadas em 2014, em horas Residências Limpeza; 75 Colégio de Jesus Limpeza; 25 Jardim de Infãncia Limpeza; 48 Apoio Latada Vigilância; 45 Limpeza das cantinas após convivios Limpeza; 170 Apoio à Queima Vigilância/Cozinha/Balcão; 128 Figura 4.40. Distribuição de atividades pontuais externas, em horas Limpeza Painés FCTUC Limpeza; 24 Festas da cidade Limpeza e Vigilância ; 21,5 NEQ - Limpeza; 7 TEAR Instituto Universitário Justiça e Paz Vigilância; 8 NED Vigilância; 11 Seminário Maior Vigilância; 3 Quanto à tipologia de atividades oferecidas pela UGEL nas diversas UO/Serviços da UC em 2014 e respetiva receita do desenvolvimento das atividades, identificou-se maior representatividade da receita proveniente dos serviços de limpeza. Esta atividade corresponde ainda à tipologia de atividades mais procurada, tendo sido disponibilizada em aproximadamente 71,88% do total de locais onde foram desenvolvidas atividades pela UGEL – Quadro 4.48. Quadro 4.48. Tipologia de atividades desenvolvidas pela UGEL e receita em 2014 Tipo de Atividade Nº de Locais Receita (€) Peso (%) Limpeza Jardinagem Portaria Outras 46 1 7 10 535 660,37 3 612,96 109 057,61 12 302,35 71,88 1,56 10,94 15,63 Total 64 655 233,29 100 118 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A UGEL diferencia-se dos restantes serviços prestados pelos SAS pela tipologia de atividades que compreende que, não obstante terem como alvo os estudantes, interagem, numa primeira instância, com uma panóplia de interlocutores nas diversas UO/Serviços da UC. A gestão do processo de mudança, cujo enfoque se centrou na deslocalização de trabalhadores, essencialmente da área da alimentação, para o desenvolvimento de novas atividades, em novos espaços de atuação, em áreas geográficas diferenciadas, com novos interlocutores, requer uma gestão de proximidade entre dirigentes e trabalhadores, obrigando a um esforço acrescido de todos os envolvidos no processo. Esse envolvimento e a proximidade da equipa de gestão têm sido o fator chave de sucesso deste projeto, que contribuiu fortemente para a inversão tendencial de dependência orçamental da UC sem contrapartida. Com o objetivo de ajustar as atividades e o desempenho da UGEL às necessidades e expectativas da comunidade universitária e avaliar o grau de satisfação com as atividades desenvolvidas pela UGEL, foi ainda aplicado um inquérito aos/às requerentes das atividades da UGEL em 2014. Constatou-se que a taxa de satisfação com as atividades de limpeza é de 88% e com as atividades de portaria de 75%, traduzindo uma taxa de satisfação global de 87%, próxima da alcançada em 2013 (89%). Verificou-se ainda que cerca de 82% dos/as requisitantes afirmaram que voltariam a recorrer à UGEL e que recomendariam a UGEL a outras entidades. CENTRO CULTURAL D. DINIS O Centro Cultural D. Dinis (CCDD) é um espaço dos SASUC, que está ligado aos múltiplos aspetos da vivência académica, nas vertentes do convívio e da cultura, ao dispor da comunidade universitária. Devido à sua tipologia, é um espaço acolhedor para a realização dos mais diversos tipos de eventos ou atividades de cariz universitário. O espaço é utilizado pelos SASUC, mas também está disponível para as Unidades Orgânicas da UC, bem como para os estudantes e organismos académicos. Em 2014 a gestão deste espaço foi repensada, passando a enfatizar-se a vertente de acolhimento de eventos promovidos e dirigidos à comunidade universitária. Nesse sentido e procurando dotar as infraestruturas de condições adequadas a esse efeito, foram realizadas intervenções de melhoria dos espaços do CCDD, tendo-se apostado numa nova imagem, ajustada às necessidades de acolhimento de eventos culturais, científicos e de convívio académico dirigidos a públicos diferenciados da comunidade UC. Foram, assim, remodelados 4 espaços (salas), predefinidas para cada ocasião: Sala da Lareira, Sala dos Escritores, Sala do Vitral e Galeria – Figura 4.41. 119 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.41. Nova imagem do CCDD Nesse âmbito foram ainda realizados vários eventos de cariz cultural associados a Serviços de Catering, disponibilizando-se, a par de um espaço polivalente, serviços de apoio alimentar/gastronómico, ajustados às necessidades de cada cliente e de cada serviço (ex.: seminários, reuniões, ações de formação, workshops, entre outros). Durante o ano de 2014, deu-se também continuidade ao acolhimento e promoção de diversas atividades de cariz cultural, no âmbito de protocolos previamente estabelecidos com algumas Tunas pertencentes à UC, que representam as tradições da academia, sendo habitual a atuação das mesmas naquele espaço. O CCDD tem vindo a garantir uma maior confiança e capacidade de resposta às muitas solicitações das diversas UO/Serviços da UC na realização dos mais diversificados eventos. Neste âmbito, a colaboração direta com os Serviços de Catering tem sido uma mais-valia para a consolidação do novo caminho que o CCDD pretende fazer e que está a fazer. Em 2014 foram realizados 232 eventos no CCDD, destacando-se o acolhimento de convívios académicos, aulas de dança e jantares – Figura 4.42. 120 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.42. Distribuição de eventos do CCDD em 2014, por tipologia 2 Aluguer de Espaço Teatro/Cinema Exposições Concerto de Jazz Workshop Tertulias/Debates Formação Reuniões Diversas Aulas de dança Espetaculos Solidários Convivios Académicos Lançamento livro Cocktails Coffe-Brak Almoços Jantares 7 1 6 6 5 9 13 52 6 57 2 3 1 19 43 0 10 20 30 40 50 60 No ano de 2014 a receita do CCDD foi de 5 109,11€, representando um aumento de 96% face ao ano anterior (2 612,94€). ESPAÇO COSTURA Os SASUC, de forma proactiva e inovadora, pretendem continuar a assegurar um sistema de ação social capaz de encontrar respostas às mais diversas necessidades da comunidade universitária, por forma a minimizar os impactos que determinadas despesas representam para alguns dos seus membros. Nesse sentido foi criado, em 2013, o Espaço Costura, que assegura à comunidade UC serviços de arranjos de roupas e novas confeções. Além de serviços externos, o Espaço Costura assegura ainda serviços internos no âmbito da logística de suporte às unidades alimentares e serviços de apoio à infância (confeção e arranjos). Em 2014, o Espaço Costura contou com a colaboração de três trabalhadoras (mais uma do que em 2013), procurando, desta forma, responder à procura crescente de serviços. Neste ano destaca-se ainda a disponibilização de novas ofertas de serviços no Espaço Costura, como o aluguer de Hábitos Talares, a confeção de vestidos para o Baile de Gala e ainda a confeção de bibes para as crianças inscritas nos Serviços de Apoio à Infância – Figura 4.43. 121 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.43. Novas ofertas 2014 do espaço Costura Em 2014 contabilizaram-se 2479 serviços externos, destacando-se arranjos diversos em roupas – Figura 4.44. Figura 4.44. Serviços prestados externamente pelo Espaço Costura, em 2014, por tipologia de serviço 2500 2000 1500 1000 500 0 2255 64 25 7 128 A prestação externa de serviços do Espaço Costura permitiu arrecadar em 2014 uma receita de 9842,68€. Além dos serviços externos, o Espaço Costura desenvolveu também serviços de suporte à atividade, com a realização de 1072 trabalhos de costura – Figura 4.45. 122 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.45. Serviços prestados internamente, pelo Espaço Costura, em 2014, por tipologia 549 523 600 500 400 300 200 100 0 Arranjos diversos Confeções Novas LAVANDARIA / ENGOMADORIA Apesar da gestão de serviços de lavandaria/engomadoria estar compreendida nas competências da DOIS, em 2014 ainda não se conseguiram reunir condições para a centralização deste processo. Ao longo do ano a DOIS assumiu a gestão da Lavandaria Central, situada na cantina central, que dá apoio a todas as unidades alimentares e serviços de apoio à infância. Além da Lavandaria Central, o processo de centralização destes serviços compreende a gestão das lavandarias das residências universitárias (João Jacinto e residência Polo II-2). Prevê-se que a centralização deste processo, com a criação de espaço físico específico para a implementação destes serviços, ocorra em 2015. QUINTA DE SÃO MARCOS A Quinta de São Marcos é um dos locais mais emblemáticos geridos pelos SASUC, encontrando-se num meio rural, a uma curta distância de Coimbra. Este espaço tem uma área total de 17 hectares, sendo que 13 deles são ocupados por mata e os restantes pelas suas infraestruturas (logradouros, arrumos de alfaias agrícolas, entre outros) e ainda terreno de cultivo. Semanalmente, a Quinta de São Marcos oferece uma panóplia de produtos agrícolas que são consumidos pelas unidades alimentares dos SASUC. Em 2014 foram produzidos e encaminhados para o Armazém Central da Divisão de Compras e Logística 3 568,75 kg. de hortícolas produzidos na Quinta de S. Marcos e 8 500kg de lenha – Figura 4.46. 123 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.46. Quinta de São Marcos Considerando-se que a produção da Quinta é destinada exclusivamente a consumo interno, a receita arrecadada com a gestão deste espaço é residual – 235€. Em 2013 o valor foi mais significativo (9.690,80€) como resultado de receita extra relativa à venda de árvores e de fardos de palha, decorrentes de atividades ocasionais de manutenção do espaço. Pretende-se, em 2015, rentabilizar este espaço, com o desenvolvimento de projetos e parcerias, tendo estas atividades sido integradas no Plano de Atividades SAS 2015. 124 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.3.2 SERVIÇOS DE CATERING Os Serviços de Catering integram a Divisão de Alimentação dos SAS e a sua reestruturação e organização dos serviços prestados enquanto processos distintos da oferta disponibilizada nas unidades alimentares dos SAS ocorreu em junho de 2012. Esta reestruturação deveu-se, não só à necessidade de fazer face a um conjunto de serviços contratados/requeridos pelas diferentes Unidades Orgânicas da UC aquando da organização de eventos, como também à necessidade dos SAS alargarem a oferta alimentar disponibilizada à comunidade académica, rentabilizando a capacidade e o know how instalado na prestação de serviços de alimentação, visando alternativas de receita própria para fazer face à tendência de diminuição do número de refeições servidas pelas unidades alimentares. Desde 2012, a atuação dos Serviços de Catering tem vindo a crescer de forma segura e continuada, constituindo o ano de 2014 uma referência digna de nota. Criadas as condições para que a sua atuação se pudesse estender para além das instalações dos SAS através da obtenção de certificado de controlo veterinário específico foram alterados processos e métodos de trabalho, fortemente dinamizados pela nova chefia da equipa que entretanto assumiu funções. O processo de licenciamento legalmente exigido para a produção de refeições associadas a serviços no exterior foi desencadeado em julho de 2013, tendo-se obtido licença provisória a 20 de setembro desse ano, com o número de controlo veterinário C2537 e respetiva marca de identificação de atividade de fabrico de refeições. A alteração, do responsável pela equipa, verificada em finais de 2013, foi fundamental para a melhoria substancial da atuação do novo serviço, como o comprovam os indicadores referentes ao volume de serviços realizados e resultados financeiros alcançados. O forte crescimento da atividade só poderia ser consolidado se fossem dadas à equipa novas condições de trabalho e meios capazes de sustentar o crescimento que a capacidade da equipa vinha demonstrando. Tal desiderato foi conseguido no final do ano de 2014 através de um avultado investimento em equipamentos e utensílios que permitiram materialmente assumir serviços de catering até ao limite de quatrocentas pessoas. O entretanto renovado espaço do Centro Cultural D. Dinis passou já no final de 2014 a ser palco privilegiado para a realização de eventos, onde a atuação dos Serviços de Catering dos SASUC tem vindo a assumir um papel de relevo na captação desses serviços. Acresce referir que um tal crescimento só foi possível pela confiança entretanto conquistada junto da comunidade que recorreu aos seus serviços e que meritoriamente os reconheceu. Destaca-se ainda o apoio que vem sendo dado à equipa dos Serviços de Catering por uma larga maioria das equipas de alimentação afetas às unidades alimentares. Sempre que a dimensão dos serviços solicitados ultrapassa a capacidade da restrita equipa normalmente afeta, as restantes equipas das diversas unidades alimentares têm contribuído em larga medida para que o resultado final seja abonatório para o conjunto dos SASUC. Este esforço acrescido é superiormente reconhecido, pese embora a fraca capacidade de compensação material permitida pelas restrições da legislação da Administração Pública. 125 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 SERVIÇOS PRESTADOS À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA A crescente dinâmica dos Serviços de Catering, alavancada pelo reconhecimento da sua qualidade pela comunidade universitária, fez-se sentir no acréscimo da procura face ao ano anterior. Assim, face a 2013, o ano de 2014 revelou um acréscimo absoluto de participação em mais 120 eventos e a prestação de mais 228 serviços – Quadro 4.49. Quadro 4.49. Nº de eventos e serviços de catering realizados em 2013 e 2014 N.º de eventos N.º de serviços 2014 2013 267 405 147 177 Variação Abs. % 120 81,63% 228 128,81% Os meses de maior volume de serviço em 2014 foram, por ordem decrescente, os meses de maio, abril e de setembro a dezembro. O volume de serviços realizados em maio e abril justifica-se por força dos eventos realizados pelos estudantes e respetivas associações relacionados com a festividade académica da Queima das Fitas. Por seu lado, os serviços realizados em setembro e outubro decorrem, em larga medida, de requisições associadas às festividades da Latada. Acresce referir que o mês de dezembro revela o maior volume de jantares, muito por força da realização de eventos associados à época natalícia. Essa procura fica a dever-se em larga medida à renovação da campanha de oferta de serviços de almoços e jantares de Natal, muito procurados, pelas unidades orgânicas e organismos ligados à UC – Figura 4.47. Figura 4.47. Nº de serviços realizados mensalmente no ano de 2014 60 50 40 30 20 10 0 Considerando os diferentes tipos de serviços prestados no âmbito de eventos assegurados em 2013 e 2014, identificou-se um aumento global, em 2014, de todas as tipologias de serviços, com particular incidência na tipologia coffee break e jantar – Figura 4.48. 126 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 4.48. Número de serviços realizados por tipologia em 2013 e 2014 Coffee Break Porto de Honra Cocktail Almoço 2013 Jantar 2014 Lanche Outros 0 50 100 150 200 250 No grupo “Outros”, em 2014, inclui-se o fornecimento de 2 serviços de Lunch-boxes, 1 serviço de brunch, 1 serviço de entrega de snacks (salgados) e 1 serviço de aluguer de utensílios. TIPOLOGIA DE CLIENTE Os Serviços de Catering apresentaram, ao longo do ano de 2014, uma capacidade de resposta a diferentes tipos de necessidades e expectativas de variadas entidades/clientes. Considerando a tipologia de clientes que requisitaram Serviços de Catering dos SAS no âmbito da organização de eventos dirigidos à comunidade universitária em 2013 e 2014, destaca-se o acréscimo da procura, em 2014, por unidades orgânicas ou organismos com ligação à UC – Figura 4.49. Figura 4.49. Entidades/clientes que requisitaram Serviços de Catering em 2013 e 2014 140 120 120 99 100 80 58 60 48 46 43 40 2014 2013 20 0 UC Associações de Estudantes Outros Foram agrupadas na categoria UC unidades orgânicas ou organismos com ligação à UC; na categoria Associações de Estudantes foram também incluídos estudantes considerados isoladamente e a categoria Outros inclui antigos estudantes e outras entidades no âmbito da promoção de eventos dirigidos à comunidade UC. 127 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 CUSTOS E PROVEITOS DOS SERVIÇOS DE CATERING O desenvolvimento e consolidação dos Serviços de Catering em 2014 conduziram a um considerável aumento de toda a sua estrutura, com implicações nos custos e proveitos desta atividade – Quadro 4.50. Quadro 4.50. Custos, Proveitos e Taxa de Cobertura dos Serviços de Catering, em 2013 e 2014 Proveitos (€) Custos (€) Taxa de Cobertura (%) 2014 2013 205 853,23 157 411,95 130,77 115 029,52 109 463,32 105,08 Variação Abs. % 90 823,71 78,96 47 948,63 43,80 25.92 p.p. O aumento dos proveitos decorre do aumento da procura e do número de serviços realizados em 2014 face a 2013. Por seu lado, o aumento de custos decorre do aumento do consumo de géneros associado ao aumento do número de serviços realizados, bem como ao aumento de custos de funcionamento associados ao investimento realizado na aquisição de equipamentos e utensílios, que permitiram aumentar a capacidade de resposta dos Serviços de Catering às crescentes solicitações de serviços provenientes da comunidade universitária – Figura 4.50. Figura 4.50. Equipamentos e utensílios - Serviços de Catering Verifica-se ainda um ligeiro aumento de custos com R.H. Apesar da redução da equipa (menos um trabalhador), em 2014 houve custos associados à atribuição de subsídio de turno à equipa de catering. Salienta-se o saldo positivo obtido por estes serviços em 2014, com um aumento de cerca de 26 pontos percentuais de taxa de cobertura, no âmbito do contributo desta oferta de serviços de alimentação para assegurar a sustentabilidade dos SAS. 128 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 SATISFAÇÃO DO CLIENTE DOS SERVIÇOS DE CATERING Visando a melhoria contínua dos serviços prestados no âmbito do Catering, nas 48h seguintes à realização dos serviços é remetido às entidades requerentes um convite específico para preenchimento de inquérito de satisfação, cujos resultados permitem aos SAS avaliar eventuais necessidades de ajustamento dos serviços prestados às necessidades/expectativas do/a cliente. Dos 300 convites enviados aos requerentes dos Serviços de Catering realizados em 2014 para preenchimento do inquérito de satisfação, registaram-se 160 respostas, o que corresponde a uma taxa de resposta de 53,3%, superior à taxa de resposta identificada no âmbito da avaliação dos serviços de catering realizada em 2013 (29,9%). No que se refere à taxa de satisfação, aferiu-se, em 2014, um nível de satisfação com os serviços de catering prestados na ordem dos 82%, valor próximo do atingido em 2013 (84,1%). A variação identificada na taxa de satisfação poderá ser explicada pelo maior número de respostas obtido em 2014 (mais 116 respostas correspondendo a uma variação de 264% face ao n.º de respostas obtidas em 2013 44) Salienta-se que o investimento realizado em 2014 em equipamentos e utensílios para os Serviços de Catering veio responder a várias sugestões recebidas no sentido de melhorar as louças, mobília e atoalhados (palamenta) disponibilizados por estes serviços à comunidade universitária. 129 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 4.3.3 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO A gestão da saúde e segurança no trabalho insere-se nas competências dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (SSGST), unidade orgânica na dependência da Administradora dos SAS, criada em abril de 2014, na sequência da publicação do despacho de revisão orgânica dos SAS (Despacho n.º 4707/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril). Aos SSGST compete assegurar a organização das atividades de segurança e saúde no trabalho que visem a prevenção de riscos profissionais e a promoção da saúde do/a trabalhador/a da UC, bem como a prestação de serviços de medicina do trabalho a entidades externas. No âmbito interno, os SSGST realizam exames de saúde de Medicina do Trabalho, organizam uma Consulta de Medicina de Viagem, promovem a investigação de incidentes e acidentes de trabalho e desenvolvem atividades de promoção da saúde. A relação com entidades externas foi enquadrada, em 2014, pela celebração de Protocolos: o Com o Centro de Estudos Sociais da UC, para a prestação de serviços na área da Saúde no Trabalho; o Com a Escola Secundária José Falcão, de Coimbra, para cooperação, parceria e colaboração, aos níveis técnico e pedagógico, na promoção de ambientes de estudo e de trabalho seguros, proporcionadores de saúde e bem-estar, bem como de reforço de competências dos atores de ambas as comunidades em áreas científicas, técnicas e tecnológicas. Em 2014, os SSGST acolheram dois estagiários da Pós-Graduação em Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da UC. Exames de Medicina do Trabalho A realização de exames de Medicina do Trabalho decorre da necessidade de assegurar a vigilância da saúde de todos/as os/as trabalhadores/as da UC, no cumprimento das exigências legais em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho. Na tabela abaixo sintetizam-se os principais indicadores desta atividade para o ano civil 2014 – Quadro 4.51. Quadro 4.51. Indicadores da atividade de Medicina do Trabalho em 2014 Nº de convocatórias emitidas Nº de exames realizados Nº de faltas aos exames Nº de atos de enfermagem Nº de contactos para emissão de receituário 130 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 1999 1670 540 176 382 Consulta de Medicina de Viagem A UC, atenta à crescente mobilidade de estudantes e trabalhadores em programas de intercâmbio na frequência de eventos científicos e culturais e em ações de voluntariado, tem procurado aumentar os níveis de proteção em matéria de segurança e de saúde de todos os membros da comunidade universitária que se desloquem, em serviço, ao estrangeiro. Com este objetivo criou, em maio de 2012, uma consulta de Medicina de Viagem, integrada nas atividades do Gabinete de Higiene e Saúde no Trabalho da UC, estrutura então integrada no Serviço de Gestão do Edificado, Segurança, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho (GESSAST) da Administração da UC, cujas competências, na sequência da última revisão orgânica dos SAS, em abril de 2014, transitaram para os SSGST. Paralelamente à consulta, foram desenvolvidos materiais informativos de suporte ao viajante, disponibilizados na página “e-prevenç@ao” (http://www.uc.pt/e-prevencao) do website da UC – Figura 4.51. Figura 4.51. Informação online sobre a Medicina do Viajante Em 2014 foram realizadas nos SSGST 98 consultas de medicina de viagem. Em maio de 2014, procedeu-se à avaliação da satisfação dos/as utilizadores/as e da eficácia das recomendações produzidas na consulta de Medicina da Viagem da UC. Foram abrangidos nesta avaliação 101 dos 145 utilizadores atendidos desde a implementação da consulta, através de inquérito em suporte digital, ao qual responderam 69% dos inquiridos. Os resultados permitiram constatar que os/as utilizadores/as avaliam a utilidade da existência da consulta e da informação transmitida de forma francamente positiva, tendo todos os respondentes classificado esta consulta como útil ou muito útil. Constatou-se ainda que a grande maioria (89%) dos respondentes cumpriu as recomendações recebidas na consulta. A Consulta de Medicina de Viagem foi apresentada como uma Boa Prática candidata ao Prémio Manuel Lopes, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, que visa homenagear pessoas singulares e coletivas que, em cada ano, mais se tenham distinguido na implementação e difusão de boas práticas em domínios relevantes para a melhoria e inovação da contratação coletiva, nomeadamente em matérias como 131 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 a dignificação do trabalho e das condições em que é prestado ou na realização de estudos e trabalhos sobre esta matéria. A candidatura, intitulada “Ir e voltar em segurança – Consulta do Viajante na Universidade de Coimbra” foi submetida em junho de 2014, não se conhecendo ainda a decisão do júri. Investigação de acidentes e incidentes de trabalho Em 2014 procedeu-se à análise, investigação, classificação, registo, notificação e remessa de 50 processos de Acidentes de Trabalho ocorridos durante o ano. Atividades de Promoção da Saúde Deu-se início, em 2014, ao “Programa de avaliação do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 na população trabalhadora da UC”, que assenta na utilização de um inquérito disponibilizado pela DGS em cada contacto decorrente da realização de exames de saúde no âmbito da Medicina do Trabalho, no período de 2014-2015. São objetivos gerais do Programa: incrementar o capital de saúde, diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e reduzir a prevalência da diabetes na população trabalhadora da UC. Durante o ano foram aplicados e inseridos em base de dados 959 inquéritos. 132 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 5 RECURSOS HUMANOS ATIVIDADES A gestão de recursos humanos é assegurada no âmbito das competências do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos (NGRH), integrado na Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos dos SAS. No corrente ano e no sentido de prosseguir a missão dos SAS, seguindo o Plano Estratégico da UC e o Plano de Ação dos SASUC para 2011-2015, deu-se continuidade a iniciativas que procuram valorizar as pessoas, as suas competências, os seus contributos, reconhecendo os melhores talentos para cada posto de trabalho, ajustando, quando necessário, os métodos de trabalho e a dimensão das equipas. Nesse sentido, na orientação e coordenação da atividade desenvolvida pelo NGRH dos SAS, foram privilegiados: a consolidação na organização e distribuição do trabalho dentro da equipa; a aproximação e alinhamento com os procedimentos comuns à UC; o incentivo à formação profissional e reconhecimento da autoformação dos trabalhadores. Assim, na vertente da reorganização e distribuição do trabalho dentro da equipa, sem prejuízo do cariz transversal do trabalho realizado, o ano foi pautado pela aposta na especialização de cada um dos colaboradores na execução de tarefas específicas e no reajustamento da equipa, com a saída de três colaboradores e entrada de outros dois. 133 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quanto à aproximação e ao alinhamento dos procedimentos dos SAS em matéria de gestão de recursos humanos com as práticas da UC, foram estreitados canais de comunicação com os interlocutores da Divisão de Recursos Humanos da UC, cujo apoio foi fundamental no esclarecimento de dúvidas sobre procedimentos e/ou sobre o teor da informação a prestar a entidades externas. A gestão técnica e administrativa dos recursos humanos tem uma forte dependência das orientações legais oriundas da legislação e das orientações do poder central. O ano de 2014 foi particularmente exigente em alterações legais, o que exigiu um esforço acrescido de adaptação das regras e dos sistemas informáticos utilizados na gestão e processamento de vencimentos. Tiveram especial impacto: - A alteração das taxas contributivas para a ADSE, em maio de 2014; - A reposição dos cortes salarias pela decisão do Tribunal Constitucional; - A aplicação da Lei 75/2014, de 12 de setembro, que veio estabelecer os mecanismos das reduções remuneratórias temporárias e as condições da sua reversão; - A aplicação da nova remuneração mínima mensal garantida, de 505,00€, com efeitos a outubro de 2014. Por último, foi dado incentivo à formação profissional dos trabalhadores do NGRH, traduzindo-se em 202h20m de presença em ações de formação do Plano de Formação da UC, ou outras, nas quais participaram, em grau de tempo diferenciado, todos elementos da equipa do NGRH. CARATERIZAÇÃO DE RH EM 2014 No final do ano 2014, os recursos humanos dos SAS eram constituídos por 426 pessoas, sendo que no decurso do ano foram admitidos 6 novos trabalhadores, tendo-se, em sentido oposto, verificado a saída de 34 trabalhadores. Os dados relativos aos efetivos dos SAS quanto à caracterização por idades, género, categoria profissional e mobilidade, bem como frequência de ações de formação em 2014 são os seguidamente apresentados – Quadro 5.1. Quadro 5.1. Número de efetivos em 2014, em comparação homóloga com 2013 Ano Trabalhadores (Nº efetivos) 2014 2013 426 454 Variação Abs. % -28 -6,2% Quanto à distribuição por escalão etário e sexo dos trabalhadores dos SAS em 2014, manteve-se maior representatividade dos escalões etários dos 50-59 e dos 40-49 anos, bem como do sexo feminino – Figura 5.1. 134 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 5.1. Distribuição etária e por género dos trabalhadores dos SAS em 2014 33,8% 66,2% ADMISSÕES E SAÍDAS Em 2014, registaram-se movimentações diversas de trabalhadores, algumas com impacto na redução de 28 efetivos de 2013 para 2014, outras relacionadas com movimentos internos de categoria profissional – Quadro 5.2. Quadro 5.2. Número de admissões/ regressos e saídas em 2014, por tipologia e impacto no nº efetivos MOTIVO Comissão de serviço Mobilidade UC/SAS Com Impacto no N.º efetivos Admissões/ Saídas Regressos 1 1 Outras Situações Admissões/ Regressos Saídas 5 Mobilidade intercarreiras Total Admissões/ Regressos 1 1 7 Saídas 5 7 Regresso à carreira de origem (Cessação C. Serviço) Aposentação 19 19 Denúncia de contrato Rescisão por mútuo acordo Ausência superior a 6 meses Outros motivos 1 1 1 1 Total 4 8 4 7 6 34 7 7 8 7 13 41 Na primeira categoria (alterações com impacto no n.º de efetivos), relativamente a admissões ou regressos verificados em 2014, registaram-se 6 admissões e 34 saídas efetivas de trabalhadores. A admissão de um dirigente em comissão de serviço resulta da reestruturação orgânica dos SAS. Esta reestruturação, com especial impacto na organização e funcionamento dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no 135 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Trabalho (SSGST), determinou que estes Serviços passaram a ser dirigidos por um dirigente intermédio de segundo grau, nomeado por despacho reitoral. Relativamente a situações de mobilidade UC/SAS, verificou-se a admissão de 1 trabalhador. As cedências, em regime de mobilidade foram em número de 5 trabalhadores, que saíram para diferentes unidades orgânicas/serviços da UC. Durante o ano saíram, além dos 5 trabalhadores em mobilidade para a UC, 19 trabalhadores por aposentação; 1 trabalhador por denúncia de contrato; 1 por rescisão por mútuo acordo e 8 deixaram de ser contabilizados como efetivos, por se encontrarem ausentes por doença por período superior a seis meses. Na segunda categoria, as alterações sem impacto na contagem do número de efetivos ocorridas em 2014, referem-se a 7 admissões no âmbito de mobilidade intercarreiras. ABSENTISMO Este indicador está contemplado no Plano de Ação dos SAS 2011-2015 para monitorização de iniciativas integradas no pilar de recursos ‘Pessoas’, cuja meta foi fixada em 6,0% em 2015. A evolução deste indicador ao longo dos últimos anos comprova que os SAS já superaram esta meta – Quadro 5.3. Quadro 5.3. Evolução do indicador ‘taxa de absentismo’ entre 2011 e 2014 Ano 2011 3012 2013 2014 Indicador (%) 6,8 5,5 5,1 4,3 Da análise dos motivos subjacentes ao absentismo (tipologia de faltas), verifica-se, em 2014, maior prevalência de faltas por doença (2 131,89) e para efeitos de formação (431,06) – Figura 5.2. 136 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 5.2. Distribuição do n.º de dias de faltas dos trabalhadores dos SAS por tipologia, em 2013 e 2014 Doença Ac. Serviço Lic. s/ Venc. Ass. Família 2014 Greve 2013 Formação Outras Injustificada 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000 3 500 Comparando os dados de 2014 com 2013, salienta-se a redução global do número de faltas em 17,66%, (equivalente a cerca de 902 dias). Contribuíram favoravelmente para esta redução, as faltas por motivos de doença (-20,50%), as faltas por acidente de serviço (-14,91%) e as faltas para assistência à família (-53,01%). Regista-se igualmente como satisfatório o acréscimo de absentismo para efeitos de formação em 65,41%. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho dos trabalhadores (SIADAP 3), nos termos da Lei vigente, processa-se em ciclos de biénios. O ano de 2014 integra o ciclo avaliativo 2013/2014. A Seção Autónoma de Avaliação dos SAS, em reunião efetuada em 12 de fevereiro de 2014, deliberou por unanimidade, que neste biénio seria aplicada a relevância da última avaliação atribuída, com possibilidade de recurso a ponderação curricular, considerando não estarem reunidas as condições para aplicação da avaliação nos termos definidos na Lei. ACOLHIMENTO DE ESTÁGIOS Para efeitos de monitorização do Plano de Ação dos SAS 2011-2015, são considerados os estágios de natureza extra curricular, na medida em que os estágios curriculares se caracterizam por incluir pessoas com qualificações mais baixas e terem uma duração mais curta, pelo que não são considerados relevantes para o alcance do objetivo ‘facilitar a integração de estagiários que permitam o desenvolvimento/inovação nos domínios de atividade dos SAS’ no âmbito da iniciativa E1 do pilar de Missão ‘Ensino’. Na categoria dos estágios curriculares, enquadram-se estágios académicos – promovidos por instituições de ensino superior, no âmbito de programas curriculares conducentes à atribuição de grau académico; e estágios profissionalizantes – formações práticas em contexto de trabalho, entendidas 137 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 enquanto módulos integrados na estrutura curricular de cursos de educação e formação de jovens e adultos, cursos profissionais e outros cursos conducentes a qualificações profissionais de níveis II a IV. Na categoria dos estágios extra curriculares, compreendem-se os estágios promovidos pela Ordem dos Psicólogos; estágios promovidos pelos SAS e realizados como complemento de uma qualificação préexistente, através de formação e experiência prática em contexto laboral, enquadráveis no Regulamento de Bolsas Diversas da UC (Cf. Despacho n.º 2746/2005, de 4 de fevereiro publicado no Diário da República n.º 25, Série II); e estágios no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Central (PEPAC). Assim, durante o ano de 2014, os SAS acolheram 25 estágios nas modalidades de estágios curriculares ou estágios extra curriculares. No que concerne a estágios extracurriculares, a 31 de dezembro de 2014 tinha sido concluído 1 estágio no âmbito de protocolo de colaboração entre os SAS e a Ordem dos Psicólogos, 1estágio no âmbito do PEPAC e 5 estágios ao abrigo do Regulamento de Bolsas Diversas da UC. Os estágios em curso com referência à mesma data incluem: 4 ao abrigo do Regulamento de Bolsas Diversas da UC. Quanto aos demais estágios, não considerados para efeitos da monitorização do Plano de Ação dos SAS 2011-2015 e que foram acolhidos no âmbito de protocolos firmados entre os SAS e entidades externas à UC, em 2014 verificou-se a seguinte situação – Quadro 5.4. Quadro 5.4. Estágios no âmbito de protocolos firmados entre os SAS e entidades externas à UC, em 2014 N.º Estagiários/ Fase Tipo de Estágio CURRICULARES (Académicos) CURRICULARES (Profissionalizantes) Curso 3/Concluídos Licenciatura em Dietética e Nutrição 2/Concluídos Curso de Técnicas de Ação Educativa 1/Concluído Formar para Inserir-operador/a de armazenagem 3/Concluídos 4/Concluídos 1/Concluído 1/Concluído CEF - Cozinha (Nível II) CEF - Cozinha (Nível II) Curso Profissional Técnico de Processamento e Controlo Alimentar Licenciatura em Dietética Instituição Proveniência Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria Centro de Emprego e Formação Profissional de Coimbra APSD - Associação Portuguesa de Solidariedade e Desenvolvimento Escola EB 2/3 Silva Gaio Duração (Horas) UO SAS Acolhimento 80 Divisão de Alimentação /GNCA 400 500 Serviços de Apoio à Infância/Jardim de Infância 90 Divisão Compras e Logística 210 Divisão de Alimentação Escola D. Duarte 175 Divisão de Alimentação Escola D. Duarte 320 Divisão de Alimentação /GNCA Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria 60 Divisão de Alimentação/ Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho Além destes estágios curriculares, acolhidos no âmbito de protocolos firmados com entidades externas à UC, identificam-se ainda 3 estágios curriculares académicos, desenvolvidos com estagiários/as matriculados em cursos de 1.º/2.º ciclos ou mestrados integrados da UC: 2 da FPCE-UC, que desenvolveram estágio no Núcleo de Integração e Aconselhamento e 1 da FLUC que participou num estágio de Verão (2 138 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 meses), promovido pelo Gabinete de Saídas Profissionais da UC. Este último foi desenvolvido no Gabinete de Apoio à Gestão – Comunicação. FORMAÇÃO PROFISSIONAL Sendo a formação considerada o alicerce de excelência no reforço de competências dos trabalhadores, procurou-se, não obstante as restrições orçamentais de grande severidade ainda verificadas em 2014, proporcionar o máximo de formação aos trabalhadores dos SAS. Por outro, não havendo grande cultura na instituição nesta matéria, evidencia-se o esforço de sensibilização feito junto dos responsáveis de setor para a importância da formação enquanto motor de desenvolvimento de competências. A formação profissional disponibilizada aos trabalhadores dos SAS encontra-se definida no Plano de Formação da UC, sendo complementada por formação promovida pelos próprios SAS (com recurso a técnicos/as dos SAS) em áreas específicas da atividade dos SAS, não compreendidas no referido Plano de Formação da UC. Além desta formação (interna), é ainda considerada a participação, de forma autoproposta ou no âmbito de parcerias com entidades externas, de trabalhadores dos SAS em ações de formação externa. Em 2014 registou-se a participação de trabalhadores dos SAS em 27 ações de formação interna, que abrangeram 305 trabalhadores. A formação externa contou com 10 ações, que abrangeram 68 trabalhadores. Contabilizaram-se, no total, 637 participações em ações de formação, correspondentes a 2508,30 horas – Quadro 5.5. Quadro 5.5. Número de participações de trabalhadores em formação em 2014, por tipologia e nº horas Internas Externas Total Participações em Formações 556 81 637 Horas 2 144:30 364:00 2 508:30 Quanto à formação interna, foi disponibilizada nas seguintes áreas: Higiene e Segurança Alimentar; Higiene e Segurança no Trabalho; Hotelaria; Planeamento; Tecnologias da Informação e Comunicação; Gestão de Portefólio Individual; Contabilidade; Gestão Financeira e Orçamental; Gestão de Reclamações, Tempo e Organização do Trabalho; Recursos Humanos; Administrativa; Auditoria; Marketing Público; e Medicina. Das 556 participações em formação interna, cerca de 83% (464) corresponderam a formação promovida pelos SAS – Quadro 5.6. 139 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 5.6. Formação Interna promovida pelos SAS em 2014 (horas) Designação da Ação Técnicas de Empratamento Lavagem de Mãos Técnicas práticas de cozinha Manuseamento de detergentes Movimentação Manual de Cargas Alimentação Saudável Aplicação informática RT TOTAL Participações 26 162 32 47 116 60 21 464 Horas 52:00 81:00 236:00 141:00 116:00 120:00 73:30 819:30 Estas formações foram identificadas internamente como oportunidades para a melhoria dos serviços de alimentação disponibilizados à comunidade UC ao nível do atendimento e redução dos desperdícios alimentares (empratamento), melhoria da confeção das refeições (técnicas de cozinha e alimentação saudável) e reforço das orientações do processo de higiene e segurança alimentar (lavagem das mãos). Decorreram igualmente de necessidades identificadas ao nível da consolidação do processo de higiene e segurança no trabalho (manuseamento de detergentes e movimentação manual de cargas), visando a redução da incidência de acidentes de trabalho e ao nível da utilização de nova aplicação, nos SAS, para a gestão de comunicações (RT). No que respeita à formação externa, que compreende a participação, de forma autoproposta ou no âmbito de parcerias com entidades externas, de trabalhadores dos SAS em ações de formação, identificase a participação de 68 trabalhadores, contabilizando-se 81 participações, correspondentes a 364 horas de formação. As formações nesta área foram, maioritariamente, disponibilizadas ao abrigo de protocolo com a Escola de Hotelaria (43%) e no âmbito de relações com fornecedor de café (40%). Identifica-se ainda formações na área do Serviço Social; Segurança Alimentar; Informática; Medicina e práticas eletrónicas governamentais. 140 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 6 ÁREA FINANCEIRA Os processos da área financeira são geridos no âmbito das competências do Núcleo Financeiro da Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos, na dependência da Direção de Serviços de Suporte à Atividade dos SAS. A área financeira, pela sua posição no processo de decisão dentro da instituição, é uma área estratégica nos SAS e, como tal, no ano em análise, deu-se continuidade ao conjunto de ações e esforços iniciados no ano transato, com vista a melhorar os processos da receita e da despesa e, consequentemente melhorar a qualidade da informação para gestão. Pela atividade que os SAS desenvolvem, direcionada para a prestação de serviços à comunidade universitária em sistema de front office, a aferição dos resultados dessa mesma atividade torna-se premente e crucial. Neste sentido, deu-se continuidade ao conjunto de ações já desencadeadas com vista a aferir as reais necessidades e as melhores soluções para os problemas identificados e, desta forma, contribuir para uma consolidação e uniformização dos sistemas de informação dos SAS, nomeadamente através do levantamento do circuito da receita com o desenvolvimento do interface SIGES-GIAF. Dado o momento de contração na despesa pública, o exercício ainda se tornou mais exigente, procurando-se encontrar novos caminhos, mas promovendo sempre a racionalização dos recursos. 141 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Constatado o facto de, na última década, ter ocorrido uma proliferação de sistemas de informação com impacto financeiro em desarticulação entre si, induzindo, de alguma forma, fragilidades na informação financeira, procurou-se colmatar os problemas identificados através do desenvolvimento da estratégia de uniformização e centralização dos processos de gestão da receita dos SAS, dadas as grandes fragilidades detetadas nesta área. Com a implementação mais detalhada e rigorosa no controlo dos fundos disponíveis, previstos na Lei dos Compromissos, não obstante a realização de uma análise trimestral, como a lei determina, foi também realizada uma análise anual, visando uma gestão mais eficiente dos saldos de tesouraria. Conseguindo-se, assim, cumprir os prazos legais de pagamentos a fornecedores (em média o prazo rondou os 28 dias), o que, por si, representa um indicador de liquidez e reflete uma situação financeira líquida estável. Também para isso contribuiu a implementação de uma política de cobrança das receitas mais profícua. Salienta-se ainda os trabalhos realizados em 2014 ao nível da operacionalização da contabilização do PASEP, designadamente pela definição dos procedimentos para lançamento dos movimentos contabilísticos associados à gestão deste apoio em articulação com UO/Serviços da UC, cuja gestão financeira se encontra centralizada no Serviço de Gestão Financeira da Administração da UC. A gestão de proximidade dos processos de despesa e o rigor na execução, associados a uma forte contração da despesa não fundamentada, contribuíram para a possibilidade de, apesar de num ano de forte contenção orçamental, reforçar o investimento. Pese embora esse reforço, o investimento demonstra-se ainda insuficiente face às reais necessidades dos SAS. Comparativamente aos últimos anos de atividade, este indicador é revelador do processo de mudança que os SAS estão a viver. Em forma de síntese, apresentam-se as grandes ações ocorridas no ano em apreço: CONTROLO SISTÉMICO DOS FUNDOS DISPONÍVEIS E EXECUÇÃO ORÇAMENTAL Considerando o disposto na Lei 8/2012, de 21 de fevereiro (Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso), todas as entidades, mesmo as isentas do dever de informação, têm obrigatoriamente de determinar os fundos disponíveis e cumprir a regra estabelecida no artigo 5.º, que determina que “os dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade não podem assumir compromissos que excedam os fundos disponíveis” os quais devem ser determinados por cada entidade até ao 5º dia útil de cada mês, nos termos do nº 1 do art.º 7º do DL 127/2012. Com a implementação mais detalhada e rigorosa no controlo sistemático dos fundos disponíveis, conseguiu-se cumprir os prazos legais de pagamentos a fornecedores, que em média rondou os 28 dias. Além do controlo sistemático dos fundos disponíveis, procedeu-se ao acompanhamento mensal da execução orçamental da receita e da despesa. 142 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 ALTERAÇÃO DA COORDENAÇÃO DO NÚCLEO FINANCEIRO Na vertente de reorganização e distribuição do trabalho dentro da equipa, o ano foi marcado pela aposta na alteração da coordenação do NF, com vista a promover a polivalência dentro da equipa e a rotatividade das tarefas. Ainda na vertente da reorganização, procedeu-se ao reforço da equipa com a colaboração de 1 técnico superior em regime de mobilidade intercarreiras e de 2 estagiários licenciados na área financeira. APLICAÇÕES NO TESOURO Considerando a situação financeira líquida estável dos SAS e com base nas melhorias efetuadas no circuito da receita e nos processos de despesa, foi possível efetuar aplicações financeiras no Tesouro do excedente de liquidez. Estas aplicações renderam, no ano de 2014, 470,14€. INTERFACE SIGES-GIAF Atendendo às limitações da ausência de comunicação/integração entre os sistemas de informação entre o sistema SIGES e o GIAF e ao impacto negativo que as mesmas representam na adequação dos processos, o que coloca em risco a fiabilidade da informação gerada, tem vindo a desenvolver-se um conjunto de ações com o objetivo de encontrar a melhor solução, quer na componente técnica, quer na componente orçamental, para as limitações identificadas nos sistemas informáticos dos SAS. O GIAF compreende a gestão financeira, logística e de recursos humanos. O SIGES a integrar com a GIAF, compreende a gestão de alojamentos, do apoio à infância, dos serviços médicos, da alimentação (planeamento de ementas, gestão de caixas de venda e gestão de senhas de refeição). Considerando assim, as limitações identificadas, concretamente ao nível dos sistemas de informação SIGES utilizados na gestão dos processos, de onde se destaca o setor alimentação, por ser o mais representativo em termos de volume de faturação, tornou-se necessário implementar um interface de comunicação entre os dois sistemas de informação, de modo a que seja possível a centralização da faturação no GIAF, com base na informação gerada pelo SIGES, concretamente nos serviços de alimentação, alojamento, serviços médicos e serviços de apoio à infância. Ao exposto anteriormente há a acrescer que a versão do GIAF utilizada nos SAS tem demonstrado algumas insuficiências face às necessidades dos SAS em áreas consideradas estratégicas em termos de gestão, pelo que também se procurou desenvolver os módulos referentes à conciliação bancária com base em extratos bancários em formato eletrónico, ao envio automático por e-mail da faturação em formato eletrónico e ao envio automático por email dos comprovativos de pagamento a fornecedores. Estes desenvolvimentos permitirão simplificar a forma de tratamento dos processos de despesa e receita, bem como responder a um conjunto de requisitos legais aos quais os SAS têm sido sujeitos nos últimos tempos e também contribuir para a estabilização da informação para gestão. 143 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 UTILIZAÇÃO DO ARQUIVO AUTOMÁTICO DA UC Após uma longa paragem no envio de documentos para o arquivo automático da UC, esclarecida com o SGESA a disponibilidade de contentores, e após a retoma em 2013 da utilização sistemática de envio de documentos para o mesmo arquivo, em 2014 deu-se continuidade ao envio de documentos, tendo sido enviado até ao momento, os documentos até a gerência de 2010. FORMAÇÃO A formação dos trabalhadores revela-se fundamental para a melhoria dos processos. Nesse sentido, foi dado incentivo à formação profissional, traduzindo-se quer em 318h30m de formação do Plano de Formação da UC, frequentadas por 12 elementos da equipa, quer em formação on job, com um forte envolvimento entre dirigentes e trabalhadores. 144 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 7 COMPRAS, LOGÍSTICA E MANUTENÇÃO A Divisão de Compras e Logística (DCL) integra a Direção de Serviços de Suporte à Atividade e, no âmbito das competências que lhe estão atribuídas no Regulamento Orgânico dos SAS, assegura a gestão dos processos de compras, de logística e distribuição e de manutenção preventiva e reativa de edifícios e equipamentos geridos pelos SAS. Compreende na sua estrutura três núcleos: Núcleo de Compras; Núcleo de Logística; Núcleo de Manutenção e Conservação. 145 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 7.1 COMPRAS E LOGÍSTICA Dando sequência ao trabalho iniciado em 2013, o Núcleo de Compras procurou cada vez mais centralizar processos de compra. Além de bens e serviços já contratualizados em que se deu continuidade a novas contratações, foram contratualizados de novo outros bens e serviços, como gás natural, combustíveis rodoviários, televisão por cabo, reciclagem de produtos, manutenção de elevadores e serviços de cópias. Em 2014, foram efetuados 676 procedimentos contratuais - Quadro 7.1. Quadro 7.1. Distribuição dos procedimentos, por tipologia, em 2013 e 2014 Nº Procedimentos Tipo de Procedimento Ajustes Diretos Ajustes Diretos Simplificados Concursos Públicos Concursos Públicos Internacionais Concursos Públicos Urgentes Contratação excluída Total 2014 2013 56 605 3 5 4 3 676 30 423 7 5 5 0 470 Var (abs.) 26 182 -4 0 -1 3 206 Valor (€) Var (%) 88 43 -57 0 -20 44 2014 543 207,11 248 935,86 216 354,51 1 225 923,63 121 686,80 16 329,38 2 408 437,29 2013 Var (abs.) 240 520,31 202 790,90 282 860,29 874 945,93 198 445,26 0 1 799 562,69 302 686,80 46 144,96 -66 505,78 350 977,70 -76 758,46 16 329,38 608 874,60 Constata-se, face a 2013, um aumento, quer do número de procedimentos de compras realizados (mais 206 procedimentos – 44% - do que em 2013), quer do valor que estes processos representam (mais 608 874,60€ - 34%). Dos 605 ajustes diretos simplificados, 270 dizem respeito a aquisições para o Núcleo de Manutenção e Conservação, designadamente para assegurar intervenções urgentes de manutenção curativa em edifícios e equipamentos fundamentais para o desenvolvimento das atividades dos SAS. Durante o ano de 2014, foi por duas vezes lançado um procedimento concursal para aquisição de materiais para stock do Núcleo de Manutenção e Conservação. Dos 9 lotes apresentados a concurso, apenas foram adjudicados 4. No início de 2015 foi submetido a autorização um novo procedimento concursal composto por 13 lotes, totalizando o valor de 31.316,39€. De salientar que, dadas as especificidades de todo o tipo de materiais necessários às várias intervenções que possam surgir, a preocupação foi apresentar a concurso os materiais mais comuns, sendo que continuará a existir, ao longo de 2015, a necessidade de adquirir materiais de forma avulsa para as várias intervenções a realizar e que não são planeáveis. No que respeita aos procedimentos de concursos públicos internacionais ressalva-se que em 2013 os SAS começaram a fazer estes procedimentos, a partir de 1 de março, para fornecimento de géneros alimentares. Em 2014, o valor deste tipo de procedimentos, além dos géneros alimentares, compreendia cerca de 211 mil euros referentes a um concurso público internacional, realizado em parceria com a UC, para a aquisição de gás natural. 146 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Var (%) 126 23 -24 40 -39 34 Quanto ao objeto contratual dos procedimentos realizados em 2014, destaca-se maior volume de procedimentos e montantes envolvidos na aquisição de bens, que representou 90% do total de procedimentos realizados e dos montantes utilizados em 2014 – Quadro 7.2. Quadro 7.2. Distribuição dos procedimentos, por objeto contratual, em 2013 e 2014 Nº Procedimentos Objeto Valor (€) 2014 2013 Var (abs.) Var (%) Aquisição de bens Bens Alimentares Outros Bens 609 95 514 356 149 207 253 -54 307 71 -36 148 Prestação de Serviços 65 114 -49 Empreitadas 2 0 676 470 Total Peso (%) 2013 Var (abs.) Var (%) 2014 2013 Var (p.p.) 2 159 719,22 1 311 739,65 847 979,57 1 748 328,66 1 438 946,12 309 382,54 411 390,56 -127 206,47 538 597,03 24 -9 174 90 54 35 97 80 17 -7 -26 18 -43 192 271,14 51 234,03 141 037,11 275 8 3 5 2 - 56 446,93 0 56 446,93 - 2 0 2 206 44 2 408 437,29 1 799 562,69 608 874,60 34 100 100 - 2014 Constata-se, face a 2013, uma diminuição da representatividade dos montantes utilizados na aquisição de bens alimentares (que em 2013 representavam 80% dos montantes utilizados em processos de compras), em benefício da representatividade de aquisições de outros bens e prestações de serviços. Esta situação explica-se atendendo à diminuição do número de refeições servidas e centralização de alguns processos produtivos e, em consequência, redução de consumos de géneros alimentares e, por outro lado, considerando os investimentos realizados para a melhoria contínua dos serviços prestados pelos SAS. Em 2015, serão alvo de novas contratualizações o fornecimento de eletricidade (encontra-se em curso, conjuntamente com a UC, um novo procedimento) e serviços de comunicações. Por seu lado, o Núcleo de Logística, além de assegurar a gestão da frota automóvel dos SAS, concentrou esforços na organização dos processos de centralização da produção alimentar e reorganização do processo de gestão de stock e distribuição. No âmbito da centralização de processos de produção alimentar destaca-se, em setembro de 2014, a criação de uma sala de desmanche, corte e embalamento de carnes no Armazém Central, o que impulsionou uma nova dinâmica da equipa, com necessidade de ajustamentos, designadamente das rotas de distribuição, visto que o número de recursos humanos do Núcleo de Logística, com exceção dos cortadores de carne (2), manteve-se estável. Por seu lado, ao nível da reorganização do processo de gestão de stocks e distribuição, destacamse os trabalhos de análise e definição de um novo procedimento de gestão e sistema de informação associado, que viabilize uma adequada gestão do processo na articulação com fornecedores e na articulação interna com as entidades requisitantes. A redefinição deste processo reveste-se de importância crucial para a garantia da qualidade dos serviços prestados pelos SAS, com maior impacto nos serviços de alimentação disponibilizados à comunidade universitária nas unidades alimentares geridas pelos SAS. 147 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 No que respeita à gestão da frota automóvel, durante o ano de 2014, os SASUC gastaram 14 027 litros de combustível (mais 3 914 – 39% - do que em 2013), no valor de 18 236,14€ (mais 3 747,59€ - 26% - do que em 2013), relativos aos consumos das 14 viaturas dos SAS, distribuídas pelos seguintes setores dos SAS – Quadro 7.3. Quadro 7.3. Frota automóvel dos SAS, em 2014 UO/SAS MATRÍCULA MARCA/MODELO Administradora e Direções 26-76-LL 97-AZ-67 PEUGEOT 406 HONDA XR 125 Divisão de Alimentação – Pastelaria/Padaria 52-70-FL FORD COURIER Divisão de Alimentação - Catering 36-74-DQ 95-69-HU NISSAN PICK-UP FORD COURIER Divisão de Acolhimento e Integração 65-06-DU NISSAN VANETTE GSII 37-82-OR TOYOTA COROLLA 12-58-QG NISSAN CABSTAR IX-89-43 NISSAN CABSTAR UE-23-91 NISSAN CABSTAR DCL - Núcleo de Logística DCL – N. Manutenção e Conservação Divisão de Oferta Integrada de Serviços 17-AI-00 VOLKSWAGEN TRANSPORTER IX-89-42 NISSAN CABSTAR 51-02-AH PEUGEOT 505 GRD 85-65-EB FORD ESCORT Os custos com a manutenção das viaturas situou-se, em 2014, nos 12 153,91€. Neste ano foi ainda iniciado o procedimento para aquisição de uma nova viatura através da ESPAP, prevendo-se a sua receção em 2015. 148 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 7.2 MANUTENÇÃO O Núcleo de Manutenção e Conservação (NMC) assegura a gestão de processos de manutenção preventiva e curativa de instalações e equipamentos geridos pelos SAS, visando garantir a prestação contínua de serviços à comunidade universitária. Considerando o reduzido investimento realizado nas últimas décadas na manutenção de infraestruturas e equipamentos geridos pelos SAS, tem vigorado nestes serviços a tendência de se recorrer preferencialmente a processos de manutenção curativa, necessária para assegurar a continuidade da prestação de serviços. Procurando inverter essa tendência, a principal preocupação ao nível da gestão deste processo passou a ser, além de executar o maior número possível de requisições (manutenção curativa), minimizar o número de requisições, privilegiando a manutenção preventiva. Nesse sentido destaca-se a elaboração, em março de 2014, do primeiro relatório de anomalias dos edifícios dos SAS, numa perspetiva de identificação das maiores necessidades de intervenção. Com base nesse trabalho foram efetuadas algumas intervenções, externas e internas, nos vários edifícios dos SAS – Quadro 7.4. Quadro 7.4. Intervenções de manutenção planeadas 2014 Setor Intervenções Manutenção 2014 - Limpeza das condutas de todas as unidades alimentares (intervenção externa); - Intervenção em todos os equipamentos de frio (substituição de duas centrais de refrigeração e acautelado procedimento referente ao contrato de assistência nessa área) – intervenção externa; Alimentação - S. Jerónimo: reparação de paredes e tetos na cozinha; - Casa da Pedra: intervenção no telhado (intervenção externa); - Luzio Vaz: reparação das portas de acesso; - Vermelhas: intervenção no telhado e teto dos balneários e janelas; - Estádio Universitário: reparações de problemas elétricos do quadro da fossa e fritadeiras e intervenção nas portas exteriores. 149 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Setor Intervenções Manutenção 2014 - Alegria: pintura de 11 quartos e substituição de capitel para evitar queda de água em cascata para vizinho; - António José de Almeida: aquisição de sistema para aquecimento de águas; reparação de elevador; substituição de alcatifas por vinil em 2 pisos; substituição de tampo de mesa em cozinha e aquisição de máquinas para lavandaria self service; - Combatentes: intervenção na zona da caldeira para resolver problema de infiltrações e reparação de elevador; - Padre António Vieira: aquisição de elevador novo; Alojamentos - Pedro Nunes: reparação de bombas circuladoras (desperdício de água), aplicação de vedante nas janelas das cozinhas e quartos; - Penedo: intervenção para resolução de problemas de infiltrações e reparação do telhado; - Polo II-1: substituição de toda a tubagem (intervenção externa), de bancadas da cozinha e reparação de 7 quartos; - Polo II-2: resolução de fissura; - Santos Rocha: reparação de esquentadores e resolução, pelo condomínio, de problema da antena do prédio; - Teodoro: resolução de problema de infiltrações, ativação de 13 painéis solares e melhoria do sinal de TV no 2.º andar. Creche Centro Cultural D. Dinis Armazém Central Intervenção na cozinha (azulejos, chão e pintura do teto), aplicação de vinil no dormitório e pintura da sala. Melhoramento do espaço e arranjo da plataforma de saída de emergência do escritório. Arranjo da cobertura, manutenção do equipamento de frio (intervenção externa) e alienação de viaturas em fim de vida. Arranjo do chão da sala de reuniões, danificado com a entrada de água no Sede último Inverno. Pese embora o primeiro esforço de planeamento da intervenção preventiva nos SAS, os seus efeitos ainda não se fizeram sentir no processo de manutenção reativa, considerando que este impulso foi realizado ainda em 2014. Assim, ao nível da manutenção reativa e face a 2013, constata-se um aumento de 43% (mais 910) no número de requisições ao NMC e um ligeiro aumento da percentagem de requisições concluídas em 2014 face a 2013 (65% de requisições concluídas). Salvaguarda-se que no final de 2013 foi realizado um reset ao sistema, pelo que todas as requisições que não se encontravam concluídas em 2013, voltaram a ser emitidas em 2014. Em 2014 foram concluídas 69% de um total de 3 033 requisições. 150 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 T ais requisições foram submetidas pelos diferentes setores dos SAS, salientando-se, à semelhança de 2013, maior número de requisições nos Alojamentos (49%) e na Alimentação (36%) – Figura 7.1. Figura 7.1. Número de requisições ao NMC por setor, em 2013 e 2014 1104 Alimentação 781 1484 Alojamentos 1116 136 82 Apoio à Infância 2014 10 27 Serviços de Saúde 2013 299 Serviços de suporte 117 0 500 1000 1500 2000 No que respeita à distribuição de requisições por área técnica, destacou-se maior necessidade de intervenções nas áreas de eletricidade, carpintaria e canalização – Figura 7.2. Figura 7.2. Distribuição das requisições ao NMC por área técnica, em 2014 Transportes 6% Canalização 17% Pintura 5% Serralharia 10% Pedreiros 6% Carpintaria 18% Gás 6% Frio 3% Elevadores 1% Electricidade 28% 151 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 CUSTOS DA MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS Para a aferição dos custos da manutenção de infraestruturas e equipamentos foram considerados custos globais de toda a estrutura dos SAS (contabilizados na conta POC 62232 – Conservação e Reparação) – Quadro 7.5. Quadro 7.5. Custos de Manutenção, em 2014 e 2013 Variação Custos da Manutenção 2014 2013 199 155,09€ 125 227,08€ Custos Globais SAS 62332 – Conservação e Reparação Abs. % 73 928,01€ 59 Estes custos compreendem as intervenções de conservação e reparação em edifícios, equipamentos básicos e administrativos, contratos de assistência e vigilância e assistência técnica. Verifica-se, em 2014, um aumento de 59% nestes custos face a 2013, resultado das várias intervenções realizadas, visando assegurar a continuidade e promover a melhoria contínua dos serviços prestados pelos SAS à comunidade universitária. 152 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 8 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os sistemas de informação utilizados nos SAS são geridos no âmbito das competências do Gabinete de Sistemas Informáticos e de Informação (GSII), cuja atividade se desenvolve nas seguintes áreas: - Estudo, desenvolvimento e implementação de aplicações informáticas; - Web design (desenho e manutenção do site) e aplicações web; - Infraestruturas de redes, sistemas e comunicações; - Formação de utilizadores; - Serviço helpdesk. 153 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 No final do ano de 2014, identificam-se 22 sistemas de informação de suporte ao registo e monitorização dos processos geridos pelos SAS, compreendendo processos de atividades de missão e de suporte – Quadro 8.1. Quadro 8.1. Sistemas de Informação dos SAS, a 31/12/2014 Item Descrição Tecnologia 1 SIGESBA – Alojamentos Web asp.net 2 SIGESBA – Fundo de Apoio Social Web asp.net 3 SIGESCAGE – Gestão de Consumos de Água, Gás e Energia Elétrica Web asp.net 4 SIGESDO – Gestão documental Web asp.net 5 SIGESGIAF – Emissão de relatórios via Interface com GIAF Web asp.net 6 SISGOMA – Gestão de serviços de manutenção Web asp.net 7 SIGESJI – Gestão da Creche e Jardim de Infância Web asp.net 8 SIGESME – Gestão de Serviços Médicos Web asp.net 9 SIGESPA – Gestão HelpDesk Web asp.net 10 SIGESPE – Planeamento de ementas Web asp.net 11 SIGESPI – Gestão do Parque Informático Web asp.net 12 SIGESSENHAS – Emissão e controlo de senhas de refeição Web asp.net 13 SIGESVIA – Gestão do parque automóvel Web asp.net 14 SIGNETPOS – Gestão de Cantinas e Faturação POS Web asp.net 15 PASEP Web asp.net 16 Portal “O meu processo” – plataforma do estudante para acesso aos dados de candidatura ao FAS e Alojamentos Web asp.net 17 GIAF - ERP (Gestão Financeira, Gestão Orçamental, Logística, Gestão Comercial, Recursos Humanos e Vencimento) 18 myGIAF – Plataforma Web (Employee self-Service, Assiduidade, SIADAP e Auditoria) Web Java 19 UNICARD – Gestão de cantinas/faturação POS, com cartão universitário como meio de pagamento Cliente Servidor 20 Portal UNICARD – plataforma web para consulta de dados pessoais e conta corrente do cartão Web 21 Aplicação EmentasUC – para consulta das ementas em equipamentos com so Android (desenvolvida por alunos do DEI) Web 22 RT – plataforma web da UC para gestão de pedidos com base em ‘trouble tickets’ Web29 Cliente Servidor A gestão dos sistemas de informação é um processo naturalmente dinâmico, que visa acompanhar as alterações contínuas aos processos de gestão assegurados pelos SAS. No Quadro 8.2. sintetizam-se as principais atividades realizadas em 2014 nos domínios de gestão dos sistemas de informação: 154 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 8.2. Atividades realizadas nos SAS em 2014, nos domínios de gestão dos sistemas de informação Atividades GSII Datas Implementação de workflow na aplicação SISGOMA janeiro Implementação de solução UNICARD no Espaço Costura para faturação janeiro Implementação da solução UNICARD – Gestão de Cantinas no Bar da FLUC fevereiro Arranque de processo autónomo de upload das ementas semanais para aplicação EmentasUC 29/5/2014 Ligação por fibra ótica do CC Casa da Pedra à rede informática da UC 22/12/2014 Implementação de WebService NONIO-SIGES 2 para carregamento de dados académicos nas plataformas SIGES/FAS e PASEP. Fase de utilização experimental no SIGES a partir de 27-11-2014. 27-11-2014 Estudo de revisão tecnológica e contratual do sistema de comunicações de voz e dados no sentido da sua modernização e redução de custos. Preparação e lançamento de concurso público para serviços de comunicações de voz e dados. julho - dezembro Revisão e introdução de melhorias na aplicação SIGESBA/Alojamentos. Concluído - plano de revisão e execução, execução dos seguintes itens do plano: registo de motivos de saída, registo de situação de candidatura a Bolsa-DGES e histórico de alterações, registo de anotações aos processos, ligação de processos FAS/PASEP/DGES aos processos de alojamento, revisão e simplificação do formulário de candidatura, notificações para convocatórias. Não concluído - execução dos seguintes itens do plano: candidaturas online a alojamento extraordinário (julho, agosto), carregamento de dados académicos via webservice, registo de contratos, pré-reservas automáticas, tabela de mensalidades e revisão do cálculo de débitos para Mobilidade. 27/6/2014 Aumento da largura de banda da ligação da rede da DCL à rede SAS-UC através de ligação wireless em substituição da ligação ADSL contratada à NOS. dezembro Melhoria dos acessos à Internet e integração na rede SAS-UC: DCL, Resid. Combatentes, Resid. Teodoro, Resid. Penedo da Saudade, Resid. Ant. J. Almeida, através de ligações wireless em substituição das ligações ADSL contratadas à NOS. dezembro Renovação do parque informático para substituição de equipamentos informáticos obsoletos (Hardware e sistema operativo) e outras necessidades: 16 computadores desktop, 2 servidores rack, 5 computadores portáteis, 26 máquinas POS e 1 videoprojector 2 janeiro - dezembro Webservice distinto, embora semelhante, do wbeservice NONIO-SICABE (DGES) já existente. 155 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Atividades GSII Datas Prossecução da criação e aperfeiçoamento de instruções de trabalho do GSII: Criação de Credenciais de Refeição Social, Criação e validação de senhas do SIGES, Resolução de bloqueios no acesso à rede informática das Residências do Polo II, Criar Acessos GIAF, Cancelamento de utilizador GIAF, Adição de utilizadores LDAP ao Outlook, Upload de senhas de refeição na BD UNICARD, Reiniciar Serviços Packett Fence (residências) janeiro - dezembro Renovação do site no sentido de dar mais ênfase na primeira página à vertente de marketing e de assuntos de interesse para os estudantes: mudança estrutural do site na versão em português e na versão em inglês, privilegiando-se a área de Pesquisa Rápida janeiro a dezembro Em articulação direta com a equipa de Projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, reformulação da página principal do website dos SAS – apresentação da informação numa única coluna e agrupamento de informação mais relevante, visando maior impacto junto dos estudantes da UC. maio Com base em levantamento efetivado pela equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, criação de página, no website dos SAS, para divulgação das Câmaras Municipais com bolsa de estudo. Esta página tem vindo a ser progressivamente melhorada, permitindo incluir informação sobre bolsas de outras entidades. setembro Alargamento da utilização da solução OPEN-FILER (software opensource para armazenamento de dados acessível via web) para gestão centralizada de dados e respetivos acessos, dos diversos setores. 18/7/2014 Aquisição e implementação de solução POS portátil para vendas (gelados, águas, etc.) 16/7/2014 Estudo e especificação de projeto de Integração SIGES-GIAF, para centralização da faturação no GIAF, novas funcionalidades no GIAF (subarmazéns, lotes, etc.), interoperabilidade entre os dois sistemas de informação e sistema de faturas com emissão de referências MB fevereiro - novembro A maioria das atividades previstas no Plano de Atividades SAS 2014 para o GSII foi concluída. Contudo, motivo de excesso do número de atividades (plano um pouco ambicioso), da dependência de terceiros e sobrecarga de trabalho para poucos recursos do GSII, algumas atividades não foram iniciadas ou não foram concluídas. As atividades relativas ao projeto UNICARD não alcançaram o sucesso que se esperava, apesar do esforço desenvolvido e dos contactos permanentes e insistentes junto da empresa MICRO I/O. Os problemas surgidos com os pagamentos MB e obtenção de dados estatísticos, a falta de algumas funcionalidades e a baixa performance da Base de Dados são alguns exemplos de depreciação da solução. As melhorias entretanto introduzidas na aplicação interna NETPOS (configuração de menus, senhas de refeição com código de barras, identificação de utilizadores com cartão UC para emissão de faturas com NIF, encriptação de documentos, novos relatórios, ficheiros SAF-T, integração com previsões, atualização de preços no backoffice) apesar de não incluir o modo de pagamento cartão UC, contribuíram para o não alargamento da solução UNICARD a todas as unidades alimentares. 156 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A implementação dos pagamentos MB contactless deverá ser considerada uma iniciativa de sucesso apesar dos problemas que vieram a surgir com a solução UNICARD, o que obrigou a um moroso processo de intermediação por parte dos SAS com as diversas entidades envolvidas (Caixa Geral de Depósitos, MICRO I/O, Ingenico) no sentido de resolução de problemas que foram surgindo ao longo do processo. A (auto) formação de técnicos do GSII em linguagens de programação open source usadas pelo GSIIC/UC ficou aquém do desejado em grande parte por falta de disponibilidade e de condições. A possível colaboração de um estagiário de engenharia informática em 2015 poderá ajudar a impulsionar este objetivo tecnológico. O processo de carregamento de dados académicos via webservice NONIO-SICABE sofreu um pequeno revés em parte devido à alterações introduzidas pela DGES que obrigaram a ajustes do lado do GSIIC/UC e à repetição de testes de validação. Deverão ser consideradas de sucesso algumas iniciativas como: - Implementação do OPEN-FILER para armazenamento centralizado de dados geridos por setores e acessíveis via web. Um exemplo de uma aplicação open source; - Disponibilização de um webservice pela equipa NONIO para carregamento de dados para as aplicações SIGES-Alojamentos, SIGES-FAS e SIGES-PASEP; - Aquisição e implementação de solução POS portátil para vendas (gelados, bebidas, etc.); - Ligação de algumas residências universitárias à rede UC através de links de radio frequência (wireless) bem como a ligação da Casa da Pedra à rede UC por fibra ótica e a disponibilização da rede EDUROAM neste local; - A renovação do parque de equipamentos informáticos, incluindo servidores e máquinas POS. Para continuação e conclusão, foram integradas no plano de atividades de 2015, as seguintes ações/atividades não concluídas em 2014: Alargamento da solução MB contactless a todas as Unidades Alimentares; Alargamento da utilização do cartão UC nas Unidades Alimentares com meio de identificação e de pagamento; Integração SIGES-GIAF para centralização da faturação dos serviços de Alojamento, Apoio à Infância e Serviços Médicos no GIAF; Sistema de pagamento de faturas com referências MB (protocolo com AMA); Gestão de sub-armazéns nas Unidades Alimentares; Implementação de solução VOIP para comunicações de voz; Alargamento da solução WIRELESS/RF a mais residências Universitárias (Alegria, Parede António Vieira, J. Jacinto e S. Salvador); Melhoria dos acessos à Internet nas residências universitárias (aumento da largura de banda e aumento do número de equipamentos wireless para acesso internet em todos os quartos); Melhoria generalizada dos sistemas de informação proporcionando aos utilizadores maior agilidade dos processos e disponibilização da informação necessária. 157 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 9 PROTOCOLOS E PARCERIAS Com o intuito de promover a mútua colaboração interinstitucional que envolva parceiros do universo UC e da Academia (AAC), bem como parceiros externos, com especial relevância na relação de proximidade geográfica, o estabelecimento de protocolos e parcerias é da máxima importância para os SASUC, devido à promoção de vantajosas sinergias para as várias partes envolvidas. Tendo também em conta o atual contexto socioeconómico, fortemente marcado pela crise económico-financeira, este tipo de parcerias tornam-se fulcrais para a procura de novas soluções de ação e de partilha de recursos, sempre com o objetivo da concretização de uma ação social sustentada e eficiente. Dessa forma, em 2014 foram firmados 43 protocolos de cooperação/parcerias entre os SASUC e parceiros do universo UC/AAC (29) e entre os SASUC e entidades externas à UC (14). Estes números representam um aumento significativo (115%) face ao ano de 2013, em que se firmaram apenas 20 protocolos/parcerias na totalidade. Os protocolos e parcerias firmados com parceiros pertencentes ao Universo UC/AAC compreenderam, na sua maioria, apoios a eventos culturais e desportivos promovidos pela comunidade UC, disponibilizando os SAS apoios alimentares, de alojamento ou cedência de espaços em contrapartida de atuações no Centro Cultural Dom Dinis (CCDD), requisições/utilização de serviços de catering no âmbito de eventos promovidos pelos parceiros, dirigidos à comunidade UC, bem como disponibilização de 159 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 atividades extracurriculares para as crianças a frequentar os Serviços de Apoio à Infância (SAI) dos SAS ou utilização do CCDD para a realização de eventos. Foram ainda firmados protocolos/parcerias para acolhimento de estágios curriculares/profissionais nos SAS, exploração do bar da Faculdade de Letras da UC e disponibilização de serviços de Saúde no Trabalho no âmbito das competências dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho para a prestação desses serviços a entidades que integram o perímetro de consolidação da UC. Neste âmbito destaca-se ainda a formalização e integração no Sistema de Gestão, em dezembro de 2014, do procedimento que define este processo: SAS_P015 – Apoio a Atividades Desportivas e Culturais. No caso de protocolos/parcerias firmados com entidades externas à UC, destaca-se a partilha de recursos ao nível do acolhimento de estágios e de projetos de investigação; formação; apoio a estudantes com NEE; cedência de espaço para dar continuidade à exploração da Cantina Sereia; colaboração em projetos de responsabilidade e solidariedade social, bem como disponibilização de atividades extracurriculares visando a melhoria contínua dos Serviços de Apoio à Infância disponibilizados à comunidade UC. Protocolos/Parcerias entre os SASUC e parceiros pertencentes ao Universo UC/AAC: 06.01.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Quantunna - Tuna Mista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC,para a realização do XII Festival “Oito Badaladas” (apoio alimentar em troca de atuações e requisição de serviços de catering). 05.01.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna Feminina da Faculdade de Medicina da UC para a Organização da 4ª edição do Festival Tunas Femininas “IV Panaceia” (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD). 27.01.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e as Fans - Tuna Feminina da UC, para a Organização do “IX Tunalidades, Festival de Tunas Femininas” (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD). 06.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna Mista da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UC para a realização do “V Festival (Re)Cordas” (apoio alimentar em troca de atuações no CCDD). 10.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Coral Quecófónico do Cifrão - Tuna da Faculdade de Economia da UC (apoio alimentar em troca de atuações). 21.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Phartuna - Tuna de Farmácia da Universidade de Coimbra para a realização do “I Boticário" (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações e requisição de serviços de catering). 21.03.2014 – Parceria entre os SASUC e a Associação de Estudantes de S. Tomé e Príncipe em Coimbra para a comemoração do “27º aniversário da AESTPC” e a realização do “6º encontro Nacional de Estudantes e Amigos” (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD). 160 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 28.03.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna de Medicina da UC para a comemoração do 20º Aniversário da Tuna (cedência de espaços em troca de requisição de serviços de catering). 09.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC a Linha SOS Estudante da AAC (apoio alimentar em troca de promoção de eventos no CCDD e requisição de serviços de catering) . 11.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Cinematográficos da AAC para a realização de uma curta-metragem inserida na Programação da XVI Semana Cultural da UC. 14.04.2014 – Protocolo de Cooperação entre os SASUC e a Secção de Fado da AAC (Estudantina) (cedência de instalações para ensaio em troca atuações no CCDD). 22.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Fado da AAC (Orquestra Típica e Rancho), para a realização do “XXII Encontro Nacional de Etnografia e Folclore” (apoio alimentar em troca de atuações no CCDD). 22.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade de Farmácia da AAC para apoio ao Programa SEP - Student Exchange Programe (apoio de alojamento em troca de requisição de serviços de catering). 23.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Seção de Desportos Náuticos da AAC para a organização da Regata Internacional da Queima das Fitas (apoio alimentar e de alojamento em troca requisição de serviços de catering). 28.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade de Medicina da AAC para apoio na “11ª Edição do Hospital do Ursinho” (apoio alimentar, de alojamento e cedência de espaços em troca de requisição de concessão de stand de venda de baguetes no Convívio da Queima, publicidade no jornal do Núcleo e requisição de serviços de catering). 07.07.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade de Farmácia da AAC para a organização do “IV Training Project” (apoio alimentar e de alojamento em troca requisição de serviços de catering). 07.07.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Judo da AAC no âmbito da organização do “26.º Estágio Internacional da Académica – 2014” (apoio alimentar em troca de dinamização de atividades para crianças no ATL de Verão). 01.08.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Faculdade de Letras da UC para cedência de espaço destinado a exploração pelos SAS de serviços de cafetaria e de refeições ligeiras. 26.08.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e as Mondeguinas - Tuna Feminina da UC para a realização do “XXI Cantar da Sereia” (apoio alimentar em troca de atuações no CCDD). 18.09.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Fado da AAC (Estudantina) (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD). 23.09.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) da AAC para a realização da XX edição do Festival Caminhos do Cinema Português (apoio alimentar e de colaboração de estudante ao abrigo do PASEP em contrapartida da produção de dois spots publicitários dos SAS; dinamização de atividades culturais no CCDD e Casa da Pedra e disponibilização de bilhetes matinais para alunos bolseiros e crianças a frequentar os SAI). 161 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 06.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a FAN - FARRA Académica de Coimbra para a organização de um Festival de Tunas (apoio alimentar e cedência de espaço em troca de atuações no CCDD). 13.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Faculdade de Farmácia da UC para acolhimento de estágios em Nutrição. 23.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna de Medicina da UC para a realização do “VI Cantar do Estudante" (apoio alimentar e cedência de espaço em troca de atuações no CCDD e aquisição de produtos SAS). 06.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Rádio Universidade de Coimbra para formalização da colaboração na oferta alimentar "Encontros de Cozinhas do Mundo" (apoio alimentar em contrapartida da cedência de um DJ para animação do espaço). 07.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade de Direito para apoio à 3ª edição do “Prolus – Feira de Emprego” (apoio alimentar em contrapartida de requisição de serviços de catering e realização de eventos no CCDD). 17.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Órfeon Académico de Coimbra para celebrar o “134º Aniversário do Órfeon” (apoio alimentar em contrapartida de atuação no CCDD). 24.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Coral Quecofónico do Cifrão - Tuna da Faculdade de Economia da UC para a realização do IV Festival " Lágrimas de Amor" (apoio alimentar em contrapartida de atuações no CCDD). 26.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Sociais da UC para prestação de serviços na área da Saúde no Trabalho. Protocolos entre os SASUC e entidades externas à UC: 05.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Associação Portuguesa de Solidariedade e Desenvolvimento e os SASUC para acolhimento de estágio (formação prática em contexto de trabalho) de Operador/a de Armazém. 06.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e José António N. Ribeiro para cedência de espaço para realização de danças afro-latinas. 11.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a k&Batuna - Tuna Mista da Escola Superior de Educação para a realização de um encontro de Tunas no CCDD (publicitação do apoio dos SAS na organização do evento). 06.03.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a CASA - Centro de Apoio ao semabrigo e a TPO - Associação Todos pelos Outros para cedência de espaço para distribuição de refeições. 24.03.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Grupo Folclórico de Coimbra para a realização da Feira dos Lázaros e Fogueiras de S. João (autorização para utilização de espaço e apoio logístico em contrapartida de atuações no CCDD). 162 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 23.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a k&Batuna - Tuna Mista da Escola Superior de Educação para a realização do VI Festivas Entre -Tunas, Festival de Tunas Mistas (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD). 21.05.2014 – Protocolo de Colaboração entre o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e os SASUC nas Atividades da Unidade Curricular do projeto de sistemas de energia elétrica (apoio de alojamento em contrapartida da disponibilização do trabalho académico). 04.07.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Ordem dos Psicólogos para o acolhimento de Estágios Profissionais. 05.08.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a ACAPO para cooperação técnica e social entre as duas instituições. 10.09.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Coimbra e os SASUC para cedência de espaço da Casa Municipal da Cultura para funcionamento da Cantina Sereia, em troca de oferta limitada de refeições. 10.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre a ARS – Centro e os SASUC para dinamização de atividades no Dia Mundial da Alimentação. 13.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Fundação Beatriz Santos e os SASUC para acesso a atividades de natação e de psicomotricidade pelas crianças da Creche e do Jardim de Infância. 26.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Associação Cognitária S. Jorge de Milréu e os SASUC para acolhimento de estágios curriculares em Medicina Veterinária. 29.12.2014 – Protocolo de Colaboração entre os a Escola Secundária José Falcão e os SASUC para formação mútua. Além das enumerações anteriores, destaca-se ainda a parceria com o Fundo Solidário, projeto iniciado em maio de 2010 pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, com o objetivo de apoiar jovens do Ensino Superior com manifestas dificuldades/carências económicas, de forma a evitar que estes abandonem os seus estudos, alertando para a defesa da igualdade de oportunidades no ensino superior. Este apoio visa a uma recondução dos estudantes, tendo em conta os apoios já disponibilizados, através do pagamento de propinas, abrangendo ainda despesas de alojamento, alimentação e planos de estudos, conforme já referido no capítulo de Apoio Diretos. 163 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 164 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 10 INVESTIGAÇÃO O acolhimento e colaboração com projetos de investigação promovidos por unidades orgânicas da UC ou outras instituições de ensino superior é um processo transversal a toda a estrutura orgânica dos SAS, na direta dependência da Administradora, visando a identificação de oportunidades de melhoria no âmbito das atividades/serviços de apoio ao estudante ou de suporte à atividade. A definição interna da gestão deste processo nos SAS foi alvo de desenvolvimentos pontuais desde 2012, carecendo ainda da respetiva formalização do procedimento interno para uniformização da tramitação e respetiva monitorização dos processos. Até 2014 este processo tem sido desencadeado na sequência da apresentação de pedidos para colaboração/acolhimento de projetos de investigação à Administradora dos SAS, que, após parecer dos responsáveis pela área visada no projeto de investigação em causa relativamente ao potencial interesse para o desenvolvimento dos processos geridos no âmbito das respetivas competências, podem ser alvo de acompanhamento e monitorização. Os pedidos podem ter origem externa (estudantes/investigadores afetos a unidades orgânicas da UC ou a outras Instituições de Ensino Superior) ou interna (trabalhadores dos SAS em autoformação na UC ou em outras Instituições de Ensino Superior). Além dos pedidos para colaboração/acolhimento de projetos de investigação, os SAS, no âmbito da atividade do Núcleo de Integração e Aconselhamento (NIA) da Divisão de Acolhimento e Integração, 165 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 manteve-se, em 2014, a coordenação local do projeto europeu EADHE – European Action on Disability within Higher Education, desde outubro de 2012. Salienta-se, em 2014, a participação dos SAS nos trabalhos de conclusão deste projeto na conferência de Leipzig, em setembro de 2014. Em 2014 registou-se a conclusão de cinco projetos que no ano anterior se encontravam em curso. Dos cinco projetos concluídos, quatro decorreram de pedidos externos e um foi promovido internamente pelos SAS; dois visaram processos de apoio ao estudante no âmbito da gestão do alojamento, um no âmbito da integração e aconselhamento, um no âmbito da gestão de serviços de alimentação e um visou processos de suporte na área da logística – Quadro 10.1. Quadro 10.1. Projetos de investigação concluídos em 2014 Data Início / Origem do pedido 17-02-2013 Pedido externo Tema Contabilidade de gestão estratégica Gestão das Residências Universitárias 19-09-2013 Pedido externo "Dynamic market" nas residências universitárias 03-10-2013 Pedido externo App "Ementas UC" Set-13 Pedido externo Estudo da cadeia de abastecimento da Divisão de Alimentação da UC Out-2012 EADHE – European Action on Disability within Higher Education Curso / Inst. Requerente Mestrado de Contabilidade ISCA – Univ. de Aveiro Gestão e Avaliação de Projetos de Intervenção Social da Licenciatura em Sociologia FEUC Processos de Gestão e Inovação, da Licenciatura em Eng. Informática – DEI/FCTUC) Engenharia e Gestão Industrial - DEM/FCTUC n.a. (SAS – DAI-NIA) Data Conclusão n.d. (foi contactado requerente que não disponibilizou informação) março 2014 maio 2014 junho 2014 outubro 2014 A identificação e acompanhamento de potenciais oportunidades de melhoria decorrentes dos processos concluídos em 2014 ainda se encontram em curso. Ainda em 2014 registou-se o acolhimento/colaboração dos SAS em 3 novos projetos que, a 31 de dezembro, ainda não estavam concluídos, mantendo-se em curso o desenvolvimento do projeto “Qualidade de vida dos estudantes alojados nas residências da UC” – Quadro 10.2. 166 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 10.2. Projetos de investigação iniciados e a decorrer em 2014 Data início / Origem do pedido Curso / Inst. Requerente Processo SAS visado Qualidade de vida dos estudantes alojados nas residências da UC: dimensões e indicadores para a construção de um referencial de avaliação e monitorização Doutoramento em Ciências da Educação, especialidade de Psicologia da Educação - FPCE-UC Apoio à comunidade universitária Alojamento 07-03-2014 Perturbações de ansiedade social Mestrado Integrado em Psicologia – FPCEUC 03-12-2014 Avaliação de microrganismos nas refeições servidas nas cantinas universitárias Mestrado em Segurança Alimentar – Faculdade de Farmácia da UC dezembro de 2014 Estudo da aquisição e do uso do gesto natural em crianças dos 8 aos 18 meses, com e sem deficiência auditiva Doutoramento em Estudos da Criança – Universidade do Minho 28-11-2013 Pedido externo Tema Apoio à comunidade universitária – Integração e Aconselhamento Suporte à Atividade – Higiene e Segurança Alimentar Apoio à comunidade universitária – Serviços de Apoio à Infância Destes projetos destaca-se a apresentação de resultados preliminares do projeto “Qualidade de vida dos estudantes alojados nas residências da UC”, designadamente referentes ao inquérito aplicado no âmbito desta investigação, nas residências universitárias, em maio de 2014. Salienta-se ainda a conclusão do projeto de investigação que deu origem à App “Ementas UC”, cuja gestão da aplicação foi transferida para os SAS (GSII) em maio. No âmbito da monitorização do Plano de Ação SAS 2011-2015, este processo foi avaliado como em desenvolvimento, salientando-se a necessidade de definição deste processo de gestão, visando uma atuação mais proactiva dos SAS no acolhimento e identificação de projetos de investigação com potencial impacto na melhoria contínua dos serviços. Nesse sentido, foram incluídas no Plano de Atividades SAS 2015 atividades visando a definição e formalização do processo de acolhimento de projetos de investigação nos SAS. 167 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11 APOIO À GESTÃO 169 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.1 APOIO JURÍDICO O Gabinete de Apoio à Gestão (GAG), dentro das suas competências, definidas no artigo 5º do Regulamento Orgânico dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, presta apoio técnico e emite pareceres e informações de natureza técnica ou jurídica. O GAG – Apoio Jurídico, dentro destas competências, desenvolveu, durante o ano de 2014, um trabalho muito diversificado, desde a elaboração de pareceres, informações, contratos, protocolos, preparação de documentos a serem assinados pela Administradora, participação em grupos de trabalho, elaboração de regulamentos, instrução de processos de inquérito e disciplinares bem como apoio aos processos pendentes em tribunal, patrocinados pelos Advogados da Universidade de Coimbra. Também o Núcleo de Gestão de Recursos Humanos procurou, ao longo do ano de 2014, com muita regularidade, apoio no GAG-AJ, com pedidos informais de colaboração na interpretação de normas ou no estudo de casos. Salienta-se ainda, em 2014, a articulação com o Núcleo de Alojamentos da Divisão de Acolhimento e Integração no âmbito do processo de recuperação de dívidas de alojamentos em residências universitárias e o apoio ao Conselho Coordenador de Avaliação no âmbito do SIADAP. O GAG-AJ partilha o seu secretariado com a Administradora. Da sua atividade há a destacar o seguinte – Quadro 11.1. Quadro 11.1. Atividade GAG-AJ Produção GAG -AJ Pareceres Processos de Inquérito Processos Disciplinares Elaboração de protocolos Elaboração de Regulamentos/alterações Análise de documentos ou diplomas Elaboração de Informações várias Elaboração de contratos/rescisões Cobrança de dívidas Elaboração de respostas a Instituições/Tribunal Elaboração de acordos vários N.º 35 44 7 8 3 7 10 6 7 7 5 Há ainda a destacar a participação dos Juristas do GAG-AJ em diversas reuniões de trabalho no âmbito dos SASUC ou da UC. 170 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.2 HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR O processo de gestão da higiene e segurança alimentar é assegurado pelo Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar (GNCA), no âmbito das competências que lhe estão atribuídas no artigo 12.º, n.ºs 4 e 5 do Regulamento Orgânico dos SASUC. Tais competências compreendem duas componentes: A) Área de bioquímica, nutrição e qualidade alimentar, visando a garantia do controlo da qualidade e boas práticas de higiene e segurança alimentar, que reporta funcionalmente à Divisão de Alimentação; B) Área de inspeção higiossanitária, que reporta funcionalmente à Administradora dos SASUC, podendo, em articulação com aquela, desencadear medidas de contenção que impeçam a utilização de produtos impróprios para consumo ou práticas inadequadas de higiene e segurança alimentar. Durante o ano de 2014 destaca-se o impulso dado à formalização, atualização e acompanhamento do sistema HACCP vigente nos serviços de alimentação dos SASUC, visando a definição e integração deste processo no sistema de gestão da qualidade da UC. No acompanhamento deste processo foram realizadas, em 2014, reuniões mensais até julho do mesmo ano envolvendo a Administradora dos SASUC; o Diretor de Serviços de Apoio ao Estudante; o Chefe de Divisão de Alimentação; os 4 técnicos do GNCA e a técnica do GAG. No âmbito do processo de higiene e segurança no trabalho e em articulação direta com este processo de higiene e segurança alimentar, foram realizadas desinfestações periódicas, cujo acompanhamento foi realizado por um técnico do GNCA. Essas desinfestações ocorreram em três períodos principais: na pausa letiva da Páscoa; na pausa letiva do Natal e no fim do ano letivo. Ainda no domínio de higiene e segurança no trabalho foram ministradas duas formações alusivas: a) “Movimentação Manual de Cargas”, com a duração de uma hora, lecionada durante o mês de junho, tendo como publico alvo os funcionários/as das Unidades Alimentares, das Residências Universitárias, DCL (Armazém Central) e da DOIS-UGEL. b) “Manuseamento de Detergentes”, com a duração de 1h30m, lecionada durante o mês de março tendo como público alvo os funcionários/as das Unidades Alimentares, das Residências Universitárias e da UGEL. Foram ainda asseguradas atividades no âmbito das competências específicas de cada uma das áreas do GNCA: 171 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A) ÁREA DE BIOQUÍMICA, NUTRIÇÃO E QUALIDADE ALIMENTAR Bioquímica Foram efetuadas análises a alimentos confecionados e utensílios (utilizadas nos vários setores alimentares), tendo-se executado análises a um total de 127 amostras. No Laboratório dos SASUC foram analisados os seguintes parâmetros: Aeróbios Mesófilos a 30ºC; Bolores e Leveduras; Coliformes Totais e Fecais; E. Coli; Staphylococcus Coagulase positiva. Na sequência das análises foram produzidos boletins analíticos para cada uma das amostras, com o resultado de cada parâmetro analisado e com a respetiva apreciação com propostas de melhoria, caso se apresente necessário. No final de cada mês foram realizados relatórios com os resultados e respetivas apreciações de todas as análises efetuadas às várias amostras recolhidas. Foram efetuadas, pelo Laboratório do Instituto de Higiene e Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, análises às mãos dos funcionários das várias unidades alimentares analisando os seguintes parâmetros: E. Coli; Staphylococcus Coagulase positiva; Microganismos viáveis 30ºC. Pelo mesmo Laboratório foram também efetuadas análises à água de consumo humano da água de todas as unidades alimentares analisando parâmetros constantes no D.L.306/2007 de 27 Agosto. Qualidade Alimentar No decurso do ano foram realizadas 755 visitas aos vários setores alimentares, tendo como objetivo a verificação da correta implementação das Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar e sistema HACCP. Por cada visita elaborou-se respetiva ficha de visita, onde foram registadas as avaliações de parâmetros de ordem estrutural e funcional. Da sumula das várias fichas de visita efetuadas, elaboraram-se relatórios mensais, nos quais se analisou a evolução da implementação das Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar e sistema HACCP nos vários setores alimentares e se apresentaram recomendações para a melhoria dessa implementação. Neste âmbito, foi ainda dada formação a todos/as funcionários/as das unidades alimentares sobre “Lavagem de mãos”. A duração de cada seção foi de 30 minutos e tiveram lugar durante o mês de fevereiro. Nutrição Foram efetuadas propostas de ementas semanais para a oferta de refeição social nas opções carne, peixe e vegetariana, elaborando-se os respetivos cálculos calóricos. Foram também elaboradas ementas, para a Creche e Jardim de Infância, com sopas, pratos de carne e peixe, efetuando-se os respetivos cálculos calóricos. 172 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Nesta valência foi ainda dado apoio aos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho em consultas de Nutrição, todas as quartas feiras, tendo-se ainda acolhido e acompanhado estágios académicos nesta área de alunos do 1º e do 3º ano do Instituto Politécnico de Leiria-Escola Superior de Saúde e a alunos da Escola D. Duarte de Coimbra. Considerando a informação publicada em maio de 2014 sobre o apoio disponibilizado pelos SAS a membros da comunidade UC com Intolerâncias Alimentares – Figura 11.1., foram elaborados nesta valência do GNCA 8 pareceres a respeito desta questão. Figura 11.1. Informação sobre apoio disponibilizado pelos SAS a utentes portadores de alergias/intolerâncias alimentares Foi também ministrada formação em “Alimentação Saudável” aos trabalhadores das unidades alimentares. Cada módulo teve a duração de 2h e foi desenvolvido durante julho de 2014. Nas seis sessões realizadas participaram 60 trabalhadores de 11 unidades alimentares dos SAS: CAP II (10); Sala A (10); REU (6); Luzio Vaz (6); Químicas (6); Monumentais (5); Sereia (5); Bar do DEI (4); S. Jerónimo (3); Vermelhas (3) e Sandwich Bar (2). 173 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 B) ÁREA DE INSPEÇÃO HIGIOSSANITÁRIA A atividade assegurada nesta área sintetiza-se nas seguintes atividades: Elaboração de 30 Pareceres Técnicos; Inspeção Higio sanitária de Produtos Alimentares da qual resultou a não receção de: - 1245,5 Kg de Carne de Porco fresca; - 506 Kg de Almondegas; -150 Kg de Fiambre; - 856,57 Kg de Carne de Aves; - 250 Kg de Pescado. A não receção destes produtos decorreu, fundamentalmente, do incumprimento, pelos/as fornecedores, das normas técnicas especificadas em cadernos de encargos definidos pelos SASUC, designadamente ao nível de: - Cortes anatómicos das peças de carne errados, que trariam prejuízo económico; - Deficiências no armazenamento e transporte dos alimentos, que reduzem a qualidade dos alimentos; - Desrespeito dos prazos mínimos de validade exigidos pelos SAS - Identificação de produtos não próprios para consumo humano; - Desrespeito pelos tamanhos pré-definidos pelos SASUC, com impacto nas capacitações individuais (ex.: tamanho do frango, da fruta, entre outros) - Não cumprimentos da legislação em vigor no que respeita à rotulagem dos produtos (ex.: não ser redigida em língua portuguesa). Colaboração técnica na conceção da sala de desmanche, corte e embalamento de carnes no Armazém Central dos SASUC; Definição (em Caderno de Encargos) dos parâmetros técnicos e legais aplicáveis a novos produtos alimentares adquiridos pelos SASUC. Os produtos a adquirir deverão ter sempre salvaguardados requisitos técnicos de tamanho; corte; peso unitário; validade e estado de apresentação na altura de entrega em Armazém (validade, frescura, higiene, maturação. Por exemplo, no caso dos produtos de pescado deverá ser indicado em caderno de encargos o nome da espécie (em latim) e a origem, para evitar fraudes com produtos afins. Por seu lado as peças de carne também deverão ser definidas claramente em caderno de encargos, os cortes a obedecer. De igual forma, os cadernos de encargos passaram a indicar que todos os produtos devem ostentar as respetivas marcas de salubridade, definidas legalmente para cada tipo de produtos. 174 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Divulgação de artigos técnicos, científicos, normativos e legais, por Chefias e técnicos da área alimentar dos SASUC; Participação na elaboração das Instruções de Trabalho “Receção de Mercadorias” e “Armazenamento de Mercadorias”; Colaboração técnica na elaboração do projeto agrícola da Quinta do Palácio de S. Marcos; Participação técnica na equipa multidisciplinar contra o desperdício Alimentar. 175 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.3 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL A comunicação institucional - interna e externa - é fundamental para garantia da unicidade da voz institucional, em alinhamento com os pressupostos estratégicos e operacionais inerentes a toda a ação desenvolvida, possibilitadora do estabelecimento de relações sólidas tanto com os membros da equipa SASUC, como com atuais, antigos e potenciais membros da comunidade UC e demais partes interessadas. No ano 2014 verificou-se a manutenção da orientação estratégica a este nível em três aspetos: comunicação entre os SAS e os destinatários da sua atividade, os membros da comunidade UC; comunicação entre os SAS e o público pré universitário; e comunicação institucional orientada para os colaboradores dos SAS. Os principais resultados serão apresentados de seguida. 11.3.1 SAS E OS MEMBROS DA COMUNIDADE UC Durante o período em análise os SAS continuaram a privilegiar a proximidade aos membros da comunidade UC, tendo-se mantido a configuração numérica e qualitativa dos canais de, tendo-se continuado a utilizar o website SAS (www.uc.pt/sasuc); o Facebook SAS (facebook.com/ServicosAcaoSocialUc); o Portal UC Alojamento (http://apps.uc.pt/accommodation); o correio eletrónico; os órgãos informativos da UC e da AAC (UCV; RUC; Jornal Universitário “A Cabra”); os mailings via correio eletrónico e a comunicação através de suporte papel (Cartazes; Flyers). Em termos de gestão do fluxo de informação proveniente de correio eletrónico, refira-se a boa prática que constituiu a implementação da aplicação RT, a partir do dia 21 de outubro, que passou a substituir o tratamento tradicionalmente dado ao correio eletrónico recebido, com vantagens em termos de eficiência, responsabilidade e rastreabilidade. Esta implementação foi precedida de um conjunto de ações de formação ministradas pelo GSII aos trabalhadores-chave no processo de gestão de pedidos. Em alinhamento com o intento de internacionalização da UC, foram traduzidos conteúdos diversos para integração na versão do Website em língua Inglesa, no facebook, impressos e materiais informativos. No período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro foram produzidos os seguintes materiais – Figura 11.2. Figura 11.2 - Materiais produzidos em número e percentagem 8; 1% 71; 7% 36; 4% Notas Imprensa Posts facebook 122; 13% 390; 41% Publicações/atualizações Website Iniciativas divulgação 319; 34% Flyers Cartazes 176 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 No que concerne ao grau de abrangência das iniciativas de comunicação, quanto ao website e com recurso à ferramenta Google Analytics, foi possível apurar que no período em apreço ocorreram 692.862 visualizações únicas de páginas (visualizações com exploração do website). Com relação ao grau de sucesso na transmissão da informação e níveis de notoriedade alcançados em 2014, com recurso à referida ferramenta, os principais dados numéricos a reportar relativamente ao canal website são: 1.089.948 visualizações de página, com um tempo médio de acesso de 1 minuto e 2 segundos. As principais páginas visitadas foram as seguintes: Homepage do Website; Alojamento; Bolsas; Ementas; Fundo de Apoio Social a Estudantes da UC (PASEP); Apoio Médico; Alojamento: candidaturas. Num exercício de comparação entre o número de visualizações registadas nas 50 páginas mais visitadas do website entre os anos 2013 e 2014, constata-se que o número aumentou de 283.214 em 2013, para 295.846, em 2014, o que traduz um aumento de 4,3%. Com relação ao facebook, em 2014 a visualização máxima de uma publicação atingiu 4.682 pessoas, tendo o número máximo de pessoas que foram atingidas por uma publicação dos SAS, quer tivesse sido na página dos SAS, na sua própria página ou na de outras pessoas, foi de 5.657 pessoas. Quanto à interação, o número global de ‘gostos’ de página variou entre 2.245 no primeiro dia do ano e 3843, a 31 de dezembro, o que correspondeu a um aumento real de 1.598 ‘gostos’ ao longo do ano, um acréscimo de 872 novos ‘Gostos’ relativamente ao ano anterior. O pico da interatividade ocorreu a 21 de maio, data em que uma publicação relativa à disponibilização do buffet de saladas na Sala B do complexo de Cantinas Centrais registou 186 ‘gostos’; 62 comentários e 51 partilhas – Figura 11.3. Figura 11.3. - Publicação no facebook, no dia 21.05.2014, a promover o buffet de saladas. 177 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A tipologia das iniciativas manteve-se inalterada, tendo sido disseminados conteúdos relativos aos apoios e serviços disponibilizados, prazos e alterações ao funcionamento ou oferta, com destaque para os destinados a estudantes. Em termos de tom comunicacional, foi tentada uma abordagem mais informal, atendendo ao perfil do público-alvo preferencial deste meio, que se situa na faixa etária dos 18 a 24 anos. Relativamente à presença dos SAS nos meios de comunicação social, em 2014, os dados obtidos a partir do clipping efetuado diariamente através da plataforma CisionPoint permitem contabilizar 169 referências em órgãos de comunicação social. A este respeito, em janeiro os órgãos de comunicação social destacaram o PASEP; em março a abertura do restaurante universitário Colégio de Jesus e a alteração das regras de acesso ao Fundo de Apoio Social da UC; e em abril, a fusão dos serviços de saúde da UC. No mês da Queima das Fitas, a imprensa destacou o apoio alimentar prestado pelos SAS à festa dos estudantes, o resultado de inquérito lançado pelos SAS a estudantes que viram o pedido de bolsa indeferido e o aumento do número de candidaturas ao Fundo de Apoio Social da UC. O semestre terminou com a notícia de o PASEP já ter apoiado 100 estudantes. O arranque do novo ano letivo foi marcado pelo Dia de Porta Aberta que permitiu a quem desejou conhecer por dentro as residências universitárias; a abertura do Bar da Faculdade de Letras à exploração pelos SASUC após décadas de concessão a entidades privadas e a menção aos bons resultados alcançados pelos SASUC, que após vários exercícios deficitários reconquistaram equilíbrio financeiro. Novembro foi pautado por referências à participação das crianças da Creche e do Jardim-deInfância no Dia Nacional do Pijama e ao lançamento da disponibilização de pratos típicos das nacionalidades mais representadas na população internacional da UC na Sala B das Cantinas Centrais (iniciativa designada pelos SAS “Encontros de Cozinhas do Mundo”). O ano terminou com referência, em Dezembro, à ceia de Natal organizada pelos SAS para os estudantes residentes que passaram a quadra festiva em Coimbra. Quanto à divulgação dos serviços que prestam aos membros da comunidade UC, verificaram-se deslocações a faculdades e departamentos da UC, a convite de núcleos de estudantes. Para acolhimento aos novos estudantes da UC, os SAS estiveram presentes nas matrículas, nas duas principais fases de acesso, em sala própria, onde os estudantes puderam tratar de assuntos relativos à candidatura a bolsa de estudo, a alojamento, a credenciação para utilização dos serviços de saúde e receber informação genérica sobre os serviços e apoios disponibilizados em matéria de ação social. Algumas das menções a iniciativas promovidas pelos SAS e destaques dados à sua atividade poderão ser observados na Figura 11.4. 178 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 11.4. - Destaques noticiosos relativos à atividade dos SAS em 2014. 179 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.3.2 SAS NA CAPTAÇÃO DE NOVOS PÚBLICOS A captação de novos públicos para a UC continuou a ser privilegiada, tendo os SAS continuado a colaborar nas iniciativas promovidas pelo Projeto PIMC, designadamente no âmbito do programa educativo de visitas “Um dia na UC” e na “Universidade de Verão”, através da concessão de apoios de natureza alimentar, e alojamento ou informação. Além da referida colaboração, os SAS também continuaram a possibilitar a estudantes pré universitários, seus professores ou familiares a possibilidade de pernoita em residências universitárias em períodos correspondentes a férias letivas e de visitar as residências no Dia da Porta Aberta. 11.3.3 SAS COM AS SUAS PESSOAS As reuniões de estrutura e as reuniões setoriais foram o modo de trabalho colaborativo utilizado para transmissão de informações, análise de resultados, delineação de atividades e obtenção de contributos. No que se refere às reuniões de estrutura, foram realizadas duas, para debate interno e alargado de temas transversais à atividade dos SASUC, incluindo resultados da atividade, planos de atividade e novidades a implementar, conforme quadro seguinte – Quadro 11.2. Quadro 11.2. Reuniões de estrutura em 2014 por datas, locais, participantes e objetivos Data/Local 17.03.2014 (Centro Cultural Dom Dinis) 15.10.2014 (Centro Cultural Casa da Pedra) Participantes Administradora dos SAS e seus dirigentes intermédios; responsáveis setoriais; coordenadores de Núcleos/ Equipas; Encarregados de Cantinas; Administradora dos SAS e seus dirigentes intermédios; responsáveis setoriais. Objetivos Apresentar os resultados relativos a 2013; apresentar os resultados às auscultações de partes interessadas ocorridas em 2013; apresentar o plano de ação dos SASUC para 2014; prestar informações diversas. Apresentar relatório de atividades de 2013; apresentar as linhas estratégicas do plano de atividades em 2014; analisar os resultados obtidos até ao mês de setembro; prestar informações diversas. Foram também promovidas diversas reuniões setoriais, para alinhamento das equipas com orientações estratégicas transversais e setoriais e gestão participada, através do fomento de momentos planeados para debate alargado de temáticas específicas à atividade. Tal foi realizado aquando da análise de resultados operacionais, de auditorias realizadas ou da auscultação de utentes através de inquéritos; implementação de novas práticas de trabalho ou novas atividades. São disso exemplo duas reuniões realizadas no âmbito da Divisão de Alimentação; uma nos Serviços de Saúde e Gestão da Segurança no Trabalho; cinco nos Serviços de Apoio à Infância; uma no Serviço de Catering e três reuniões plurissetoriais a respeito do apoio alimentar à Queima das Fitas – Quadro 11.3. 180 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 11.3. Reuniões setoriais em 2014, por datas/áreas, participantes e objetivos Data/Área 01.04.2014 Catering 08.04.2013 Apoio à Infância 29.04.2014 Alimentação 07.05.2014 Alimentação 15.05.2014 Apoio à Infância Destinatários Administradora, Chefe da Divisão de Alimentação, Dinamizadora da Qualidade/SASUC; Técnico Informático; Coordenador da Equipa do Serviço de Catering Administradora, Diretor de Serviços de Apoio ao Estudante, Coordenadores Pedagógicos da Creche e do Jardim-de-Infância; Técnico Informático do GSII; Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Administradora, Diretores de Serviço de Apoio ao Estudante e de Suporte à Atividade, Chefes de Divisão de Alimentação e de Compras e Logística, Encarregados/as das Unidades Alimentares, Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Diretora do Estádio Universitário, Administradora, Diretora de Serviço de Suporte à Atividade, Chefe da Divisão de Alimentação, Coordenadora dos Serviços de Oferta Integrada, Encarregada da Cantina Estádio Universitário, Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Administradora, Coordenadores Pedagógicos da Creche e do Jardim-deInfância; Técnico Informático do GSII, Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Assunto Análise do relatório da auditoria interna realizada ao Serviço de Catering; Análise das oportunidades de melhoria decorrentes da auditoria. Preparação da primeira edição do ATL de Verão (reunião #1): Constituição da equipa de trabalho; Definição do calendário e do horário; Definição da faixa etária abrangida e do limite de participantes. Definição da data e modo de realização de candidaturas. Operação Queima das Fitas 2014 (reunião #1): Definição dos moldes do apoio alimentar durante a Queima das Fitas. Operação Queima das Fitas 2014 (reunião #2): Definição dos moldes do funcionamento da Cantina Estádio Universitário durante a Queima das Fitas. Preparação da primeira edição do ATL de Verão (reunião #2): Afinação da informação a veicular ao longo do processo de inscrição; definição das atividades; definição do preço. 181 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Data/Área 23.05.2014 Alimentação 09.07.2014 Apoio à Infância 09.07.2014 Serviços de Saúde e Gestão da Segurança no Trabalho 05.09.2014 Apoio à Infância 17.09.2014 Alimentação 13.11.2014 Alimentação 02.12.2014 Apoio à Infância Destinatários Administradora, Diretores de Serviço de Apoio ao Estudante e de Suporte à Atividade, Chefes de Divisão de Alimentação e de Compras e Logística, Encarregados/as das Unidades Alimentares, Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Administradora, Chefe da Divisão de Alimentação, Coordenadores Pedagógicos da Creche e do Jardim-deInfância, Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Administradora, Todos os elementos afetos aos Serviços de Saúde Assunto Operação Queima das Fitas 2014 (reunião #3): Rescaldo da operação; Análise dos resultados operacionais; Análise das oportunidades de melhoria e boas práticas a implementar em próximas edições. Administradora, Coordenadores Pedagógicos da Creche e do Jardim-deInfância, Técnica do Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação Administradora, Diretor de Serviço, Chefe de Divisão, Encarregados, Gabinete de Nutrição e Administradora, Controlo Alimentar e área administrativa da Divisão de Alimentação. Balanço da primeira edição do ATL de Verão. Análise das oportunidades de melhoria a implementar em edições futuras. Decisão de voltar a realizar a iniciativa em 2015. Administradora, Diretores de Serviço, Chefe de Divisão da Alimentação, Encarregados das Cantinas: Químicas, S. Jerónimo, Sala A, Monumentais, Vermelhas e CAP II. Administradora, Coordenadores Pedagógicos da Creche e do Jardim-deInfância, Dinamizadora da Qualidade. Preparação da primeira edição do ATL de Verão (reunião #3): Ponto da situação relativamente a inscrições; Aquisição de chapéus/bonés e t-shirts para os participantes; definição das ementas e aprimoramento das atividades a desenvolver. Apresentação do novo responsável pela Coordenação do Serviço aos demais elementos da equipa de trabalho; Enquadramento da reorganização deste Serviço. Sensibilização para a gestão de stocks das unidades alimentares; Informação sobre a nova sala de corte e embalamento de carne; Informação sobre a reestruturação das equipas das unidades alimentares; Realização de balanço do serviço de catering até 31de agosto; Informação sobre recurso a bolsa interna de trabalhadores para futuros serviços de catering. Análise da diminuição de refeições servidas durante o mês de outubro. Análise do relatório do inquérito à satisfação dos encarregados de educação com os serviços de apoio à infância dos SASUC, aplicado em junho; Análise das oportunidades de melhoria decorrentes do inquérito. Também foi realizada 1 reunião da secção autónoma dos SAS do Conselho Coordenador de Avaliação, no âmbito do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP). Em 2014, esta secção foi constituída pela Administradora dos SAS; pelo Diretor de Serviços de Apoio ao Estudante; pela Diretora de Serviços de Suporte à Atividade; pelo Chefe de Divisão Administrativa, 182 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Financeira e de Recursos Humanos e pela Chefe de Divisão de Acolhimento e Integração. Contou também com o apoio técnico de um elemento do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos e um elemento do Gabinete de Apoio à Gestão – Apoio Jurídico – Quadro 11.4. Quadro 11.4. Reuniões da secção autónoma dos SAS do Conselho Coordenador de Avaliação Data Assunto 12.02.2014 Ponto da situação da avaliação relativa ao biénio 2013/2014. Os trabalhadores dos SAS tiveram oportunidade de conviver fora do contexto habitual de trabalho, em mais uma edição da Festa de Reis, que juntou atuais e antigos colaboradores e respetivas. 183 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.4 QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA A gestão dos processos de qualidade e melhoria contínua dos serviços prestados pelos SAS é assegurada no âmbito das competências do Gabinete de Apoio à Gestão, previstas no artigo 5.º, alíneas a), f) e i) do Regulamento Orgânico dos SAS. Este processo é gerido em estreita articulação com a Administração da UC, concretamente com a Divisão de Avaliação e Melhoria Contínua (DAMC), com competências diretas na dinamização e operacionalização do Sistema de Gestão da Qualidade da UC (SGQ-UC). Subentende ainda a articulação com os processos de planeamento estratégico da UC e dos SAS, considerando, quer o alinhamento entre os objetivos da qualidade e os definidos no âmbito daquele processo de planeamento, quer o processo de monitorização de desempenho do sistema. 11.4.1 DESENVOLVIMENTO DO SGQ-UC NOS SAS Os Serviços de Ação Social da UC, enquanto uma das unidades e serviços centrais da Universidade de Coimbra, partilham as mesmas linhas orientadoras do sistema de gestão da qualidade implementado na Universidade de Coimbra. A adequação do sistema de gestão dos SAS a estes princípios decorre da aprovação do Regulamento Geral (Regulamento n.º 81/2012, de 17 de fevereiro) e do Regulamento Orgânico (Regulamento n.º 122/2012, de 16 de março, alterado pelo Despacho n.º 4707/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril) destes Serviços, que vieram definir princípios gerais de governação e de gestão no atual contexto legislativo estatutário. Em 2013 formalizou-se o alargamento do SGQ a toda a estrutura da UC, tendo-se constituído o órgão máximo deste sistema: o Conselho da Qualidade. Este Conselho é nomeado pelo Reitor da UC, que preside, e é constituído por dois Vice-Reitores, Administrador da UC; Administrador dos SAS; um elemento das Unidades Orgânicas da UC (Diretor ou representante), um elemento da DAMC, um representante dos trabalhadores não docentes e dois representantes dos estudantes. No âmbito da gestão deste processo, o ano de 2014 foi fortemente marcado pela participação dos SAS no processo de auditoria ao SGQ-UC pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Desta participação decorreram desenvolvimentos relevantes do SGQ-UC nos SAS, designadamente ao nível da gestão documental e desenvolvimento/formalização dos processos de gestão assegurados no âmbito das competências dos SAS. A participação dos SAS neste processo de auditoria concretizou-se no envolvimento dos serviços: nos trabalhos preparatórios de autoavaliação do SGQ-UC (Conselho da Qualidade de julho de 2013 e reuniões da equipa responsável pela elaboração do guião de autoavaliação submetidos à Agência, que decorreram nos meses de fevereiro e março de 2014); no acompanhamento e desenvolvimento de ações de melhoria visando processos de gestão dos SAS, identificadas na sequência da autoavaliação realizada ao sistema (foram criados 2 tickets no Sistema Integrado de Melhorias da UC – SIM@UC – com as OM 184 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 identificadas neste processo – desenvolvimento dos processos do P074 e articulação de Sistemas de Informação SAS e UC); na participação em reuniões preparatórias parcelares com os interlocutores designados para as reuniões setoriais com a Comissão de Avaliação Externa (CAE) da A3ES; na participação na reunião do Conselho da Qualidade para aprovação da revisão da Política da Qualidade da UC, em setembro de 2014; na participação em reuniões com a CAE da A3ES em novembro de 2014; na participação em reuniões de acompanhamento e follow up do processo de avaliação, pós apresentação do relatório oral da CAE, para avaliação e identificação de ações de melhoria do SGQ-UC. Decorrendo deste exercício de melhoria contínua do SGQ-UC e das alterações aos Regulamentos dos SAS e da Administração da UC, em abril de 2014, salientam-se ainda as revisões introduzidas no Manual do Sistema de Gestão (MSG) e na Política da Qualidade UC, principais documentos orientadores do SGQUC. Nestes processos, destaca-se a colaboração dos SAS, em agosto de 2014, na revisão do MSG, designadamente na descrição dos processos de apoio à comunidade universitária e de promoção da responsabilidade social da UC. Para a divulgação da Política da Qualidade UC nos SAS, além da sua inclusão no website dos SAS, foi também elaborada comunicação interna da Administradora dos SAS, emitida no final de setembro de 2014 e dirigida a todos/as trabalhadores/as. GESTÃO DOCUMENTAL O processo de gestão documental nos SAS sofreu alterações consideráveis em 2014, com a autonomização dos SAS para a gestão da documentação específica de processos geridos no âmbito das suas competências e construção e disponibilização, em junho de 2014, de um repositório de documentos do SGQ-UC específico para os SAS, disponível na área de acesso restrito do website da UC: a diretoria MOS|SASUC. Esta alteração veio responder às necessidades específicas de integração dos SAS no SGQ-UC, decorrentes da sua autonomia administrativa e financeira. Até aqui a gestão documental dos processos de apoio ao estudante (integrados no macroprocesso P074 do SGQ-UC) era assegurada pela DAMC com a colaboração direta dos SAS, tendo-se criado um sistema de gestão documental provisória dos SAS para responder a necessidades de documentação específica e referente a processos de suporte à atividade dos SAS. Esta solução revelou-se pouco eficiente, obrigando os/as trabalhadores/as dos SAS a utilizar dois repositórios (MOS|UC e Intranet SASUC) para consulta e utilização de documentação do sistema de gestão. Com a criação de um repositório único – MOS|SASUC – a documentação de todos os processos geridos no âmbito das competências dos SAS ficou centralizada e com codificação uniforme, sendo a sua gestão assegurada de acordo com o P001 – Gestão de Documentos Internos. Decorrendo desta alteração e da revisão ao Regulamento Orgânico dos SAS, houve necessidade de rever e recodificar toda a documentação até aí criada/disponibilizada, destacando-se a revisão ao macroprocesso integrado mapa de processos do SGQ-UC, cuja gestão passou a ser assegurada 185 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 exclusivamente pelos SAS – o P074 – cuja designação foi alterada para Apoio à Comunidade Universitária, com a integração de processos transversais a toda a estrutura UC ao nível da prestação de serviços de saúde e de gestão da segurança no trabalho. Em termos de organização global da documentação, optou-se por manter o P074 – Apoio à Comunidade Universitária integrado no MOS|UC (enquanto macroprocesso integrado no mapa de processos do SGQ-UC) com a indicação da disponibilização de todos os procedimentos que compreende na diretoria MOS|SASUC. Na estruturação desta diretoria foram compreendidas as oito áreas de apoio à comunidade universitária definidas no P074, tendo ainda sido previstas 8 áreas para definição dos processos de suporte no âmbito dos SAS – Figura 11.5. Figura 11.5. Estrutura da Diretoria MOS|SASUC De junho a dezembro de 2014 (desde que a diretoria MOS|SASUC foi criada), foi integrada neste repositório a seguinte documentação: 5 Procedimentos no âmbito do apoio à comunidade universitária (integrados no P074); 3 Instruções de Trabalho: uma no âmbito do apoio à comunidade universitária e duas de processos de suporte à atividade; 61 Impressos. No âmbito do acompanhamento das ações de melhoria identificadas para a melhoria do SGQ-UC na sequência do exercício de avaliação pela A3ES foi ainda realizada uma calendarização para o desenvolvimento e formalização dos processos integrados no P074, ação que foi integrada no Plano de Atividades SAS 2015. 186 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 AUDITORIAS INTERNAS DO SGQ-UC AOS SAS O SGQ-UC, no âmbito do macroprocesso P062 – Gestão, Manutenção e Melhoria do Sistema de Gestão, compreende o processo P004 – Auditorias. Este processo é gerido pela DAMC e compreende auditorias ao SGQ, auditorias a processos e auditorias gerais. As auditorias gerais têm como objetivo verificar o grau de implementação do SGQ e o cumprimento dos níveis de resposta definidos. Tendo como objetivo a realização de um diagnóstico prévio aos processos geridos pelos SAS e a recolha de contributos adicionais para a organização e formalização de procedimentos dos SAS no SGQUC, foram integradas no Programa de Auditorias Internas da Qualidade de 2014 quatro auditorias internas – Quadro 11.5. Quadro 11.5. Auditorias Internas da Qualidade 2014 visando processos dos SAS Processo visado Data de realização Ações desencadeadas Serviços de Catering 25-03-2014 8 Oportunidades de Melhoria 1 Área Sensível Alojamentos 20-06-2014 10 Oportunidades de Melhoria Integração e Aconselhamento 14-10-2014 8 Oportunidades de Melhoria Gestão de Recursos Humanos 09-12-2014 6 Oportunidades de Melhoria Decorrendo dos processos de auditoria realizados nos SAS desde 2012 (9 Auditorias Gerais até dezembro de 2014), foram criados, no Sistema Integrado de Melhorias da UC (SIM@UC), 70 tickets para acompanhamento e monitorização das ações de melhoria identificadas no âmbito destes processos, 28 dos quais gerados na sequência dos processos realizados em 2014. Desses 70 tickets, apenas 8 foram considerados resolvidos no sistema, identificando-se a existência de tickets não resolvidos por falta de acompanhamento regular destes processos. Tendo-se constatado esta fragilidade e considerando a importância extrema do acompanhamento de ações identificadas no âmbito da gestão de processos de melhoria contínua para o encerramento do ciclo PDCA – Plan, Do, Check, Act -, aquando da elaboração do Plano de Atividades SAS 2015, além de terem sido consideradas ações compreendidas no planeamento estratégico, foram analisadas, por processo de gestão, as ações de melhoria identificadas em SIM@UC, tendo as mesmas sido integradas no referido Plano. Além desta ação, foram também definidos mecanismos para controlo deste processo, integrandose nas atividades do Gabinete de Apoio à Gestão monitorizações periódicas (semestrais) dos tickets não resolvidos em SIM@UC. 187 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.4.2 GESTÃO DE ELOGIOS, SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES (SIM@UC) Na ótica da harmonização de processos do SGQ-UC à estrutura orgânica dos SAS, encontra-se definido, desde maio de 2012, o circuito interno de gestão de sugestões e reclamações visando os SAS (adaptado a partir do P005-Ferramentas de Melhoria Contínua), que pressupõe a centralização e a tramitação de todas as sugestões e reclamações visando os SAS no Sistema Integrado de Melhorias da UC (SIM@UC). Em 2014 salienta-se a inclusão do registo e tratamento de elogios em SIM@UC. Esta melhoria neste processo de gestão foi formalmente comunicada pela DAMC em outubro de 2014, passando as páginas web da UC a incluir um botão “Elogios/Sugestões/Reclamações”, substituindo o anterior que apenas previa sugestões e reclamações – Figura 11.6. Figura 11.6. Referência Website a receção de Elogios/Sugestões/Reclamações No mesmo sentido e decorrente de sugestão recebida em janeiro de 2014, nos SAS foi ainda concebido um Livro do Elogio – suporte equivalente ao Livro de Reclamações para permitir, de igual forma, o registo físico de elogios/satisfações/louvores por parte dos/as utentes. Esta medida, apenas implementada no início de 2015, visa contribuir para a motivação e incentivo de boas práticas dos/as trabalhadores/as dos SAS, que podem ver reconhecida (fisicamente) a satisfação dos/as utentes com os serviços que lhes são prestados. Em 2014, na sequência do processo de gestão de elogios/sugestões/reclamações, foram registados em SIM@UC 105 tickets (mais 69 – 192% - do que em 2013): 23 elogios; 55 reclamações; 13 sugestões; 14 ações de melhoria desencadeadas pelo SGQ-UC na sequência da tramitação de sugestões/reclamações, reuniões com trabalhadores dos SAS e processos de auscultação de partes interessadas. Pela primeira vez desde 2012 foram registados elogios visando os apoios e serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC, cuja distribuição por serviço visado se apresenta no Figura 11.7. 188 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Figura 11.7. Elogios aos SAS registados em SIM@UC em 2014, por serviço/apoio visado serviços de apoio à infância 4% oferta alimentar cantinas e bares 4% oferta alimentar restaurantes universitários 22% serviços de alojamento 26% serviços de catering 44% Constata-se terem sido os serviços/apoios alimentares os mais elogiados, com particular destaque para os Serviços de Catering (10 elogios, um dos quais abrangendo o Centro Cultural D. Dinis). Ao nível dos restaurantes universitários foram visados a Casa da Pedra (4 elogios) e o Colégio de Jesus (1 elogio). A única cantina visada com elogio registado em SIM@UC foi a S. Jerónimo (1 elogio). Os serviços de alojamento foram alvo de 6 elogios (4 referindo a Residência Observatório; 1 a Residência Pedro Nunes e 1 a gestão do alojamento em residências universitárias na sua generalidade). Além destes serviços, registouse ainda um elogio visando os serviços de apoio à infância. Foram registadas 55 reclamações, cuja distribuição por serviço visado se apresenta no Figura 11.8. Figura 11.8. Reclamações aos SAS registadas em SIM@UC em 2014, por serviço/apoio visado comunicação/w ebsite; 2; 4% bolsas de estudo; 2; 3% PASEP; 1; 2% serviços de alojamento; 17; 31% serviços de apoio à infância; 2; 4% serviços de alimentação; 28; 51% serviços de saúde; 3; 5% Como nos elogios, também nas reclamações se verifica maior número de registos visando os serviços de alimentação, destacando-se reclamações visando o CAP II (12 reclamações); REU (3); Luzio Vaz (3); S. Jerónimo (2); Químicas (1); Sala A (1); e gerais (6). Na sua maioria, as reclamações visando o CAP II expuseram problemas relacionados com o tempo de espera nas filas para atendimento e problemas de falta de géneros. Nos serviços de alojamento registaram-se reclamações visando as residências Polo III (5); António José de Almeida (3); Santos Rocha (2); Pedro Nunes (1); Polo II-1 (1); Teodoro (1) e gerais (4). 189 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Na sua maioria, a tramitação destes tickets deu origem a ações de melhoria (corretivas ou oportunidades de melhoria), registando-se também 9 reclamações improcedentes (2 referentes a bolsas, 4 a alojamentos e 3 a alimentação). Nestes casos o tratamento realizado consistiu na clarificação, junto do/a reclamante, dos procedimentos e regulamentos que deram origem à situação exposta. Em 2014, registam-se ainda 13 sugestões, 9 visando os serviços de alimentação; 3 visando processos de melhoria contínua e 1 visando a gestão do PASEP. Foram considerados resolvidos 11 dos tickets registados como sugestões, mantendo-se 2 em aberto até implementação das ações de melhoria identificadas. Dos 11 tickets resolvidos, destaca-se a implementação das seguintes ações de melhoria: implementação do Livro do Elogio; disponibilização de informação para utentes com intolerâncias alimentares; instalação de segundo terminal de pagamento no bar da FLUC, reforço da equipa e sinalética visando melhor gestão das filas para atendimento; implementação de pagamentos com recurso a tecnologia contactless; preparação de ação de sensibilização para a redução de desperdícios alimentares; colocação de toldo na cantina S. Jerónimo; disponibilização de pratos para pizzas (maiores) na cantina Monumentais e disponibilização de oferta de sumo de laranja no bar do DEI. A sugestão visando a gestão do PASEP não foi considerada viável. As ações em aberto prendem-se com a necessidade identificada de revisão do inquérito utilizado no processo de auscultação sobre a oferta alimentar dos SAS (que será revisto em 2015) e com o desenvolvimento da App IES+Perto (para viabilizar o funcionamento da App “Ementas UC” em sistemas IOS e não apenas Android). Visando o processo de melhoria contínua dos serviços prestados, foram ainda identificadas, em 2014, 13 ações de melhoria, 3 das quais já implementadas e 2 consideradas não viáveis após avaliação posterior – Quadro 11.6. Quadro 11.6. Ações de melhoria identificadas em SIM@UC (excluindo OM de processos de auditorias), em 2014 Ações de Melhoria Definição do circuito dos pedidos de senhas Adaptação e implementação nos SAS do P008 – Conceção de serviços de interface com o cliente. Definição do SAS_P013 – Alojamento de grupos Definição do SAS_P012 – Regime de alojamento de mobilidade Conceção de material de divulgação da oferta de pastelaria dos SAS Conceção de impresso para requisição de artigos de pastelaria 190 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Estado de Implementação Fase inicial Apresentada proposta de impressos para aplicar aos SAS em fevereiro de 2014. Considerou-se que o desenvolvimento do SGQ nos SAS ainda não tem maturidade suficiente para adotar o procedimento. Ação integrada no Plano de Atividades SAS 2015 Ação integrada no Plano de Atividades SAS 2015 Realizada: Catálogo de produtos de pastelaria já disponível no website SAS Realizada: impresso disponível no website e MOS|SASUC Ações de Melhoria Revisão de impresso para registo de não conformidades – processo higiene e segurança alimentar Assegurar período de indisponibilização de lugares nas residências que asseguram serviços de alojamento nos meses de verão para garantir a limpeza dos espaços em momento prévio à ocupação no início do ano letivo. Alargamento de horário de funcionamento à 5.ª feira de todas as cantinas que asseguram serviço de jantar Definição do processo de gestão de stocks do armazém central e distribuição Implementação de processo de auscultação para o processo de apoio a estudantes com NEE Reforço de oferta snack no S. Jerónimo Alargamento da oferta de Bife às Vermelhas Estacionamento na cantina Vermelhas Revisão do SAS_P001 - PASEP Estado de Implementação Realizada: impresso disponível no MOS|SASUC Avaliar no início do ano letivo 2015/16 Avaliada posteriormente como não viável Em curso – desenvolvimento de ERP GIAF para melhorar controlo do processo Ação integrada no Plano de Atividades SAS 2015 Implementada Implementada Em avaliação Em curso 191 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.4.3 AUSCULTAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS O processo de auscultação das partes interessadas obedece ao circuito definido no P007 do SGQUC. Em 2014 foram realizados 5 processos de auscultação – Quadro 11.7. Quadro 11.7. Síntese dos resultados dos processos de auscultação SAS 2014 Questionário Inquérito à satisfação do cliente da Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza Avaliação da Consulta de Medicina de Viagem da UC Inquérito de Avaliação da Satisfação dos/as Encarregados/as de Educação com os Serviços de Apoio à Infância dos SASUC Hábitos de utilização e satisfação com a oferta alimentar dos SASUC Inquérito à Satisfação do Cliente dos Serviços de Catering dos SAS Resultados Processos Auscultação 2014 Datas da N.º de Respostas Objetivo Recolha (% de respostas) Medir o grau de satisfação dos requerentes de atividades da DOISUGEL Avaliação da perceção dos/as utentes sobre a utilidade da consulta e a qualidade da informação disponibilizada Medir o grau de satisfação com os serviços prestados Conhecer os hábitos de utilização e medir o grau de satisfação da comunidade universitária com a oferta alimentar das cantinas, bares e restaurantes universitários Medir o grau de satisfação dos clientes relativamente aos serviços de catering prestados pelos SAS Tx. de Satisfação 5 a 13 de março de 2014 (referência ao ano civil 2013) 18 respostas (51%) 94% Limpeza – 89%; Portaria – 94% 9 a 20 de maio de 2014 53 respostas (53%) n.a. 16 a 30 de junho de 2014 63 respostas (47,7%) 84% 17 a 27 de novembro de 2014 1597 respostas (6%) 65% Contínuo 160 respostas (53%) 82% Destaca-se, em 2014, a preocupação dos SAS na divulgação dos resultados obtidos nestes processos junto da população auscultada. Internamente, deu-se continuidade ao processo de análise e discussão dos resultados obtidos com os intervenientes dos processos visados na avaliação, com o objetivo de identificar oportunidades para a melhoria dos serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC. No final do ano procedeu-se ainda à identificação de necessidades de auscultação para 2015, tendose integrado dois novos processos: para avaliação dos serviços de apoio a estudantes com NEE (ação de melhoria identificada no âmbito do exercício de preparação da auditoria ao SGQ-UC pela A3ES) e para avaliação do PASEP pelos intervenientes (UO/Serviços que apresentam propostas de ofertas de atividade e Estudantes que beneficiam destes apoios). 192 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 11.4.4 MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE E DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO Para a monitorização dos processos de gestão dos SAS têm sido desenvolvidos esforços visando a definição de indicadores de gestão e a estabilização de fontes de informação para assegurar o reporte periódico e contínuo de informação de apoio à gestão. Durante o ano de 2014 conseguiu assegurar-se a recolha e tratamento periódico (mensal) de dados para aferir indicadores para a monitorização da atividade dos serviços de alimentação, garantindo a atualização e disponibilização regular do Tableau de Bord Alimentação aos órgãos de gestão dos SAS. Salienta-se ainda, a par da elaboração do Relatório de Gestão 2013, a elaboração do Relatório de Atividades SAS 2013, documento onde se procurou descrever detalhadamente a atividade dos SAS em 2013, apresentando-se e analisando-se os principais indicadores de gestão aferidos para a totalidade dos processos destes Serviços. Este exercício revelou-se extremamente importante, não só para a organização da informação de apoio à gestão, como para a reflexão sobre o desenvolvimento dos processos geridos no âmbito das competências dos SAS. Na sequência deste exercício e considerando a necessidade de alinhar a atividade dos SAS com o Planeamento Estratégico da UC, foi ainda elaborado o Plano de Atividades SAS 2013. Deu-se continuidade ao acompanhamento do planeamento estratégico definido para os SAS, reportando-se semestralmente à Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento da Administração da UC indicadores e informação complementar, no âmbito do macroprocesso “P063 – Planeamento e Avaliação” do SGQ-UC (com base no Guia de Orientação e impressos definidos para a Monitorização dos Planos de Ação). Por seu lado, em articulação com a DAMC, tem sido disponibilizada informação de indicadores de gestão para reporte no âmbito da participação da UC em rankings universitários. Em 2014 destaca-se também o contributo dos SAS para o plano de medidas de melhoria da gestão da UC, apresentado na sequência da publicação em Diário da República do Despacho 9038/2014, do Secretário de Estado do Ensino Superior, com a elaboração de ficha de medida “Garantir as melhores condições: a segurança das residências da UC”, que visava assegurar o controlo efetivo da ocupação física das residências universitárias geridas pela UC, através da implementação de um sistema de controlo online de acessos, ativado através do cartão de identificação da UC, com vista à melhoria contínua das condições de segurança, dos processos de gestão e da qualidade da oferta de alojamento disponibilizada aos membros da comunidade UC. 193 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 CAPÍTULO II PRESTAÇÃO DE CONTAS 12 PRESTAÇÃO DE CONTAS Neste capítulo é apresentada a execução orçamental, sendo ainda analisada a situação económica e financeira dos SAS em 2014 com base no Balanço e Demonstração dos Resultados referentes ao ano económico de 2014. É também analisado o investimento realizado neste ano económico nos SAS. 197 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 12.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL Os SAS, enquanto Instituição Pública, apresentam uma estrutura orçamental, ao nível da receita, com quatro fontes de financiamento (FF): Orçamento do Estado; Autofinanciamento, Transferências do subsetor e Fundo Social Europeu. RECEITA As fontes de financiamento da atividade dos SAS, entendidas como receitas que proporcionaram, no decorrer do ano de 2014, a execução e desenvolvimento das atividades dos SAS, são: A) Receitas Gerais - Orçamento do Estado – FF311 B) Receitas Próprias – Autofinanciamento – FF510 C) Transferências do subsetor – FF540 D) Fundo Social Europeu – FF442 Os SAS dispuseram, em 2014, de um orçamento que ascendeu a 10.639.304,62€ para realizar as suas atividades de prestação de serviços com vista ao cumprimento da sua missão, acrescido do saldo de gerência que transitou de 2013 no montante de 139.801.97€. As receitas efetivas obtidas em 2014 ascendem ao montante global de 10.779.106,59€, com a seguinte distribuição por fonte de receita – Quadro 12.1. 199 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 12.1. Fontes de financiamento dos SAS, em 2013 e 2014 OE - MCTES (FF311) Corrente Capital Total Receita Própria (FF510) Alojamento Alimentação Apoio à Infância Serviços Médicos Outros Total Outros Org. (FF540) UC UGEL Outros Reforço NIA Fundo Apoio Social PASEP Outros IEFP 2014 Total 4.785.333,00€ 0,00€ 688.704,02€ 0,00€ 5.474.037,02€ 2014 4.785.333,00€ 688.704,02€ 1.209.281,58€ 3.312.113,88€ 254.938,54€ 35.307,43€ 39.228,63€ 1.128.268,13€ 3.104.185,69€ 232.589,69€ 38.372,42€ 19.001,02€ 81.013,45€ 207.928,2€ 22.348,85€ - 3.064,69€ 20.227,61€ 4.850.870,06€ 2014 4.522.416,95 328.453,11€ 2013 Variação 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 300.500,00€ 6. 435,98€ 473.032,17€ 5.641,13€ 0,00€ 135.671,52€ 250.000,00€ 0,00€ -473.032,17€ - 5.641,13€ 0,00€ -135.671,52€ 50.500,00€ 6.435,98€ 0,00€ 962,40€ 3.455,08€ 0,00€ -3455,08€ 962,40€ 307.898,38€ 867.799,90€ -559.901,52€ Total Saldos Gerência TOTAL 2013 2014 POPH Total Variação 5.474.037,02€ 0,00€ Fundação Belmiro de Azevedo Fundo Social Europeu 2013 Variação 2013 Variação 6.499,16€ 0,00€ 6.499,16€ 6.499,16€ 0,00€ 6.499,16€ 10.639.304,62€ 10.175.549,85€ 463.754,77€ 139.801,97€ 76.137,20€ 63.664,77€ 10.779.106,59€ 10.251.687,05€ 527.419,54 A receita efetiva obtida encontra-se distribuída de acordo com as seguintes fontes de financiamento: i. Receitas Gerais - Orçamento do Estado – FF311 – Quadro 12.2. Quadro 12.2. Receitas Gerais - Orçamento do Estado – FF311 2014 2013 Variação Corrente Capital 5.474.037,02€ 0,00€ 4.785.333,00€ 0,00€ 688.704,02€ 0,00€ Total 5.474.037,02€ 4.785.333,00€ 688.704,02€ OE - MCTES (FF311) 200 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Comparando os valores de 2014 com os valores do ano anterior, verifica-se um aumento de 688.704,02€ na receita proveniente do Orçamento de Estado. Este acréscimo ocorreu como forma de simplificação das contrapartidas geradas da UC para os SAS pela atividade da Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza e pelo Núcleo de Integração e Aconselhamento (equipa afeta à gestão do processo de apoio a estudantes com necessidades educativas especiais), até aqui materializadas via Transferências do Subsetor. B) Receitas Próprias – Autofinanciamento – FF510 – Quadro 12.3. Quadro 12.3. Receitas Próprias – Autofinanciamento – FF510 Receita Própria (FF510) Alojamento Alimentação Apoio à Infância Serviços de Saúde Outros Total 2014 2013 Variação Abs. % 1.209.281,58€ 3.312.113,88€ 254.938,54€ 35.307,43€ 39.228,63€ 1.128.268,13€ 3.104.185,69€ 232.589,69€ 38.372,42€ 19.001,02€ 81.013,45€ 207.928,19€ 22.348,85€ -3.064,99€ 20.277,61€ 7,18 6,70 9,61 -7,99 106,72 4.850.870,06€ 4.522.416,95€ 328.453,11€ 7,26 Na Fonte de Financiamento Receitas Próprias, existem diferentes ilações a retirar, consoante o setor em análise: Nos alojamentos, no ano em apreço, verificaram-se resultados positivos (variação positiva de 7,18% face à receita arrecadada em 2013), decorrentes da receita gerada pelo aumento da taxa de ocupação em 2014 (de cerca de 7,52 pontos percentuais). Na alimentação, pese embora a ligeira diminuição verificada no número de refeições servidas, o aumento da oferta/procura de refeições de tipologia snack e de restaurante universitário, bem como o aumento da receita associada a serviços de catering, contribuíram para um aumento global da receita deste setor, na ordem dos 6,70%. No apoio à infância registou-se um aumento da receita arrecadada em 2014 face a 2013 decorrente do aumento do número de inscrições no Jardim de Infância e da realização do ATL de Verão. Os Serviços de Saúde apresentaram uma diminuição da receita devido à redução do número de especialidades e, consequentemente, do número de atos clínicos realizados em 2014 face a 2013. Na rubrica “Outros”, incluem-se as receitas geradas no âmbito da atividade do Centro Cultural D. Dinis, Espaço Costura, venda de sucata e de óleos usados, aluguer de espaços, penalizações por incumprimento do Regulamento Geral das Residências Universitárias, designadamente estragos de mobílias e equipamentos disponibilizados nas residências, entre outros. 201 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 C) Transferências do Subsetor – FF540 – Quadro 12.4. Quadro 12.4. Transferências do Subsetor – FF540 2014 Outros Org. (FF540) UC UGEL Outros Reforço NIA Fundo Apoio Social PASEP Outros IEFP Variação 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 300.500,00€ 6.435,98€ 473.032,17€ 5.641,13€ 0,00€ 135.671,52€ 250.000,00€ 0,00€ - 473.032,17€ - 5.641,13€ 0,00€ - 135.671,52€ 50.500,00€ 6.435,98€ 0,00€ 3.455,08€ - 3.455,08€ 962,40€ 0,00€ 962,40€ 307.898,38 867.799,90€ -559.901,52€ Fundação Belmiro de Azevedo Total 2013 A diminuição de receitas neste setor deve-se à diminuição de verbas transferidas pela UC, cuja compensação se verificou ao nível da dotação pelo Orçamento do Estado. D) Fundo Social Europeu – FF442 – Quadro 12.5. Quadro 12.5. Fundo Social Europeu – FF442 FSE (FF442) POPH Total 2014 2013 Variação 6.499,16€ 6.499,16€ 0,00 6.499,16 0,00€ 6.499,16€ A inclusão desta verba em 2014 decorre do acolhimento de um estágio ao abrigo do programa PEPAC – Programa de Estágios Profissionais na Administração Central. DESPESA POR FONTE DE FINANCIAMENTO Na seguinte tabela é possível verificar, de forma global, as despesas realizadas durante o ano de 2014, devidamente distribuídas pelas respetivas fontes de financiamento – Quadro 12.6. Quadro 12.6. Despesa global dos SAS, por fonte de financiamento, em 2013 e 2014 Despesa Global SAS 2014 2013 Variação 6.762.931,21€ 3.136.433,60€ 7.103.357,15€ 2.801.958,80€ -340.425,94€ 334.474,80€ 439.506,77€ 206.569,13€ 232.937,64€ 10.338.871,58 10.111.885,08€ 226.986,50€ Despesas Correntes Pessoal Funcionamento Despesas de Capital Total 202 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 O decréscimo de despesas com RH decorre da aplicação da Lei do Orçamento do Estado e devidas alterações, assim como da redução de 28 efetivos. Por seu lado, o aumento de despesas de funcionamento encontra-se diretamente relacionado com os investimentos realizados em 2014, bem como decorre do aumento de atividade e, por conseguinte, dos consumos necessários para esse aumento. 203 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 12.2 SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA Conforme se pode constatar pela análise do Balanço – Quadros 12.7 e 12.8, em 2014 o investimento “global” acumulado (ativo líquido) situou-se no valor de 30.876.117,03€ e foi financiado por Fundos Próprios em 68,4%. Quadro 12.7. Balanço 2013 – Ativo Exercícios ATIVO 2014 AB Imobilizado: Imobilizações incorpóreas: Propriedade industrial e outros 433 direitos 421 422 423 424 425 Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento e material básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios 426 428/9 Equipamento administrativo Outras imobilizações corpórea 442 Imobilizações em Curso de Imob Corp Circulante: Existências: Matérias primas, subsid. e de 36 consumo 211 229 24 26 Dívidas de terceiros - curto prazo: Clientes C/C Adiantamentos e fornecedores Estado e outros entes públicos Outros devedores Depósitos em inst. financeiras 13 Conta no tesouro Depósitos em instituições 12 financeiras 11 Caixa 272 Acréscimos e diferimentos Custos diferidos AL AL 30.248,78 € 10.081,92 € 20.166,86 € 30.248,78 € 30.248,78 € 10.081,92 € 20.166,86 € 30.248,78 € 10.055.740,67 € 23.958.393,37 € 4.233.681,25 € 188.219,39 € 109.969,74 € 1.083.663,19 € 0,00 € 4.592.220,35 € 3.955.195,28 € 188.219,39 € 106.443,43 € 1.011.352,20 € 10.055.740,67 € 19.366.173,02 € 278.485,97 € 0,00 € 3.526,31 € 72.310,99 € 10.055.740,67 € 19.744.997,66 € 300.999,62 € 0,00 € 2.215,09 € 74.256,12 € 31.889,07 € 31.889,07 € 0€ 0,00 € 324.247,42 € 0,00 € 324.247,42 € 0,00 € 39.985.804,10 € 9.885.319,72 € 30.100.484,38 € 30.178.209, 16 € 111.716,99 € 0,00 € 111.716,99 € 64.587,92 € 111.716,99 € 0,00 € 111.716,99 € 64.587,92 € 94.682,43 € 6,75 € 70,58 € 56.307,36 € 151.067,12 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 94.682,43 € 6,75 € 70,58 € 56.307,36 € 151.067,12 € 59.705,86 € 6,75 € 70,56 € 49.279,12 € 109.062,29 € 385.210,62 € 0,00 € 385.210,62 € 75.457,65 € 87.991,88 € 0,00 € 87.991,88 € 81.555,77 € 9.212,99 € 482.415,49 € 0,00 € 0,00 € 9.212,99 € 482.415,49 € 7.312,71 € 164.326,13 € 10.266,19 € 10.266,19 € 0,00 € 0,00 € 10.266,19 € 10.266,19 € 10.185,62 € 10.185,62 € 30.876.117,03 € 30 556 619,90 € 9.895.401,64 € Total de Amortizações Total do Ativo AP 2013 40.771.518,67 € 204 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 12.8. Balanço 2014 – Fundos Próprios e Passivo Exercícios FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 2014 2013 Fundos Próprios: 51 Património 26.955 398,27 € 26.955.398,27 € 26.955.398,27 € 26.955.398,27 € 485.539,68 € 485.539,68 € 485.539,68 € 485.539,68 € -6.873.393,38 € -6.796.681,75 € 506.239,87 € -33.150,72 € 21.073.784,44 € 20.611.105,48 € Reservas: 577 Reservas decorrentes da transf. de ativos 59 Resultados transitados 88 Resultado líquido do exercício Total Fundos Próprios Passivo: Dívidas a terceiros - curto prazo: 269 Adiantamentos por conta de vendas 31.045,98 € 30.050,98 € 221 219 Fornecedores C/C Adiant. De Clientes, Alunos e Utent 0,00 € 15.888,86 € 58,00 € 0,00 € 24 Estado e outros entes públicos 26.603,43 € 10.299,17 € 26 Outros credores 24.829,80 € 24.610,19 € 98.368,07 € 65.018,34 € 923.193,61 € 918.349,70 € 8.780.770,91 € 8.962.146,38 € 9.703.964,52 € 9.880.496,08 € Total do Passivo 9.802.332,59 € 9.945.514,42 € Total dos Fundos Próprios e Passivo 30.876.117,03 € 30.556.619,90 € Acréscimos e diferimentos: 273 Acréscimos de custos 274 Proveitos diferidos Do Balanço de 2014 importa realçar a necessidade de se proceder à transferência da UC de património imobiliário, em utilização pelos SASUC, no âmbito da autonomia patrimonial conferida pela Lei nº 62/2007, de 10 de setembro, igualmente reiterada no artigo 8º do Regulamento Geral dos SASUC (Regulamento n.º 61/2012, publicado do diário da República, 2ª série, de 17 de fevereiro). Esta situação, ainda não totalmente regularizada, produz impacto ao nível das rubricas relativas ao Imobilizado Corpóreo, Património e Proveitos Diferidos. Dado o peso destas rubricas do Balanço, a leitura é restritiva. Ainda assim, podemos aferir que as disponibilidades cobrem a totalidade do exigível a curto prazo. 205 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A estrutura financeira dos SASUC a 31/12/2014 encontra-se, de facto, com equilíbrio financeiro, por força da forte contenção orçamental e cumprimento dos objetivos e metas definidos, pelos órgãos de governo, para o ano em apreço. Graficamente, a estrutura, à data, tem a seguinte configuração – Figura 12.1. Figura 12.1. Estrutura do Balanço 2014 Acresce referir que os SAS apresentaram um Resultado Líquido do Exercício positivo de 506.239,87€. Este resultado face ao ano anterior é fruto de uma gestão criteriosa dos recursos financeiros dos SAS, da procura de alternativas à diminuição da procura dos serviços tradicionais prestados pelas unidades de alimentação e aos fortes condicionalismos orçamentais. Contribuíram fundamentalmente para este resultado positivo a abertura de dois novos espaços no setor de alimentação, bem como o incremento da atividade de catering, assim como o aumento da taxa de ocupação no setor dos alojamentos. CONTAS DE TERCEIROS Dívidas de terceiros - respeitam essencialmente a dívidas de clientes e das transações entre as entidades do Grupo UC. Realça-se o crescimento do saldo desta rubrica, decorrente do grande aumento de atividade do catering no mês de dezembro, tendo ocorrido os recebimentos já em 2015. Dívidas a terceiros – é de realçar o decréscimo dos valores apresentados, resultante de todos os pagamentos a fornecedores terem ocorrido dentro do ano económico, sem recurso ao período complementar. Realçam-se ainda os saldos das contas 26- Outros credores, que explicam, para além das transações entre as entidades do Grupo UC, as cauções em nossa posse, decorrentes da aplicação do Regulamento Geral das Residências Universitárias dos SAS (Regulamento n.º 398/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 184, a 21 de setembro). 206 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Os saldos da conta 27- Acréscimos e Diferimentos, que visam salvaguardar o princípio da especialização (ou do acréscimo), expressam essencialmente: Os encargos com férias e subsídios de férias relativas a 2014 a pagar em 2015, relativos a direitos adquiridos no ano de 2014. Os recebimentos de verbas para financiar a aquisição de imobilizado (património imobiliário) cujo reconhecimento do proveito e efetuado numa base sistemática à medida que são contabilizadas as amortizações do exercício O registo de diversos valores por contrapartida de custos, para salvaguarda do princípio contabilístico da especialização, como eletricidade, gás, água e comunicação. FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO Os Fundos Próprios tiveram, em 2014, uma variação positiva de 462.678,96€ e um Resultado Líquido do Exercício igualmente positivo de 506.239,87€ - Quadro 12.9. Tal como já foi referido, também este grupo está influenciado pela não transferência para a UC da totalidade do património imobiliário. 207 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Quadro 12.9. Demonstração dos resultados por natureza Exercício 2014 Custos e Perdas: 61 2013 Custo Mercad. Vendidas e Mat. Consumidas: Mercadorias Matérias 62 2.575,51 € 1.275.007,60 € Fornecimentos e Serviços Externos 0,00 € 1.277.583,11 € 1.246.192,05 € 1.474.750,52 € 1.307.491,65 € 5.362.606,28 € 5.704.928,77 € 1.246.192,05 € Custos com pessoal: 641+642 Remunerações 643 a 648 Encargos sociais Pensões 14.860,53 € 9.756,93 € Outros 1.261.130,13 € 1.185.849,29 € 63 Transf. correntes concedidas e prest. sociais 332.751,20 € 66 Amortizações do exercício 524.713,08 € 67 Provisões do exercício 0,00 € 524.713,08 € 0,00 € 527.121,78 € 65 Outros custos e perdas operacionais 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € (A) 68 Custos e perdas financeiras 5.111,53 € Custos e perdas extraordinários 17.781,28 € Resultado Líquido do exercício 5.111,53 € 10.172.952,04 € 3.807,51 € 17.781,28 506.239,87 € 3.807,51 € 10.176.759,55 € 73.130,57 € 10.271.287,66 € 506.239,87 € 8.399.638,21 € 527.121,78 € 10.253.506,38 € (E) 88 191.611,57 € 10.248.394,85 € (C) 69 8.446.098,66 € 73.130,57 € 10.249.890,12 € -33.150,72 € 10.777.527,53 € -33.150,72 € 10.216.739,40 € Proveitos e Ganhos: Vendas e prestação de serviços: 711 Vendas 712 Prestação de serviços 72 Impostos e taxas 75 3.287.721,77 € 1.510.247,18 € 3.102.707,21 € 4.797.968,95 € 1.381.254,55 € 105,18 € 0,00 € Trabalhos para a própria entidade 0,00 € 0,00 € 73 Proveitos Suplementares 0,00 € 0,00 € 74 Transferências e subsídios correntes obtidos: 0,00 € 0,00 € 5.764.185,55 € 5.513.277,36 € 741 742 a 743 76 Transferências - Tesouro Outras Outros proveitos e ganhos operacionais 0,00 € (B) 78 Proveitos e ganhos financeiros Proveitos e ganhos extraordinários 0,00 € 10.562.259,68 € 634,34 € (D) 79 5.764.290,73 € 643.34 € 214.633,51 € 214.633,51 € 223,25 € 223,25 € 9.997.462.37 € 219.277,03 € 10.777.527,53 € 219.277,03 € 10.216.739,40 € Resultados Operacionais: ( B ) - ( A ) = 313.864,83 € -175.712,92 € Resultados Financeiro: ( D - B ) - ( C - A ) = - 4.477,19 € - 3.584,26 € Resultados Correntes: ( D ) - ( C ) = 309.387,64 € -179.297,18 € Resultados Liquido do Exercício: ( F ) - ( E ) = 506.239,87 € -33.150,72 € 208 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 5.513.277,36 € 9.997.239,12 € 10.562.894,02 € (F) 4.483.961,76 € QUANTO AOS CUSTOS: ANÁLISE COMPARATIVA 2014/2013 Os custos dos SAS em 2013 e 2014 sintetizam-se no Quadro 12.10. Quadro 12.10. Análise comparativa dos custos, em 2013 e 2014 2014 2013 Variação Variação (%) Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 1.277.583,11 € 1.246.192,05€ 31.391,06 € 2,52% Fornecimentos e serviços externos 1.474.750,52 € 1.307.491,65€ 167.258,87 € 12,79% Custos com o pessoal (Rem. e Encargos Soc.) Transferências correntes concedidas 6.638.596,94 € 6.900.534,99€ -261.938,05 € -3,80% 332.751,20 € 191.611,57€ 141.139,63 € 73,66% Amortizações do exercício 524.713,08 € 527.121,78€ -2.408,70 € -0,46% Custos e perdas financeiras 5.111,53 € 3.807,51€ 1.304,02 € 34,25% Outros custos e perdas extraordinárias 17.781,28 € 73.130,57€ -55.349,29 € -75,69% 10.271.287,66 € 10.249.890,12€ 21.397,54 € 0,21% Total Os acréscimos de custos mais significativos ocorreram ao nível dos fornecimentos e serviços externos e transferências correntes concedidas. Nos fornecimentos e serviços externos constata-se um acréscimo de cerca de 13%, decorrente do aumento da atividade e consequente acréscimo de consumos energéticos e de combustíveis (aumento das rotas de distribuição), aumento das rendas e alugueres (decorrentes da alteração ao coeficiente de atualização anual das rendas) e custos associados a pequenas conservações e reparações ao nível dos edifícios e do equipamento básico. Identificam-se ainda investimentos em roupa e calçado adequado para os trabalhadores da Divisão de Alimentação, necessários para assegurar o cumprimento dos requisitos do processo de higiene e segurança no trabalho. Por seu lado, o aumento de cerca de 74% das transferências correntes concedidas encontra-se relacionado com o aumento do valor de benefícios FAS atribuídos (em consequência da alteração do Regulamento) e benefícios PASEP (que em 2013 não tiveram grande expressividade considerando que o programa teve início no mês de dezembro). Destaca-se ainda o acréscimo de custos verificados ao nível das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, relacionado com o aumento do consumo de produtos alimentares (associados às novas ofertas para os bares, restaurantes universitários e aumento do volume de serviços de catering), bem como aumento dos consumos de produtos de higiene e limpeza (associado à atividade da UGEL desenvolvida nos SAS). O decréscimo de encargos com recursos humanos decorre da aplicação da Lei do Orçamento do Estado e devidas alterações, assim como da redução de 28 efetivos, na sua maioria por motivos de aposentação. 209 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 A redução de outros custos e perdas extraordinárias prende-se com regularizações pontuais efetivadas em 2013, com impacto no valor identificado nesse ano. QUANTO AOS PROVEITOS: ANÁLISE COMPARATIVA 2014/2013 Os proveitos dos SAS em 2012 e 2013 sintetizam-se no Quadro 12.11. Quadro 12.11. Análise comparativa dos proveitos, em 2013 e 2014 2014 Vendas e prestação de serviços Variação Variação (%) 4.797.968,95 € 4.483.961,76 € 314.007,19 € 7,00 % 5.764.290,73 € 5.513.277,36 € 251.013,37 € 4,55 % 643,34 € 223,25 € 420,09 € 188,17 % 214.633,51 € 219.277,03 € -4.643,52 € -2,12 % 10.777.527,53 € 10.216.739,40 € 560.797,13 € 5,49 % Transferências e subsídios correntes obtidos Outros Proveitos e ganhos financeiros Proveitos e ganhos extraordinários Total 2013 Da análise dos proveitos, constata-se um acréscimo nos proveitos de 5,49% decorrente essencialmente de duas rubricas distintas: I. Pelo acréscimo na rubrica “Vendas e Prestação de Serviços” (7%), que reflete o aumento da procura e, principalmente, da atividade do setor da alimentação e dos alojamentos. II. Pelo acréscimo na rubrica “Transferências e Subsídios Correntes Obtidos” (4,55%), decorrente, essencialmente, da repartição do plafond do Orçamento do Estado entre a UC e os SASUC. RESULTADOS O exercício de 2014 encerrou com resultados positivos de 506.239,87€, com a seguinte segmentação: Quadro 12.12. Resultados do exercício, em 2013 e 201a 2014 2013 € 313.864,83 -€ 175.712,92 Resultados Financeiros -€ 4.477,19 -€ 3.584,26 Resultados Correntes € 309.387,64 -€ 179.297,18 Resultado Líquido do Exercício € 506.239,87 -€ 33.150,72 Resultados Operacionais 210 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 Pela análise da demonstração de resultados do ano de 2014, constata-se que o Resultado Líquido do Exercício foi de 506.239,87€. Importa realçar que este resultado líquido está influenciado pelo facto de ainda não se ter concretizado a transferência para a UC da totalidade do património imobiliário registado nas contas dos SAS, concretamente na parte correspondente às amortizações. De realçar o facto de os resultados operacionais serem também positivos, decorrentes essencialmente do decréscimo dos encargos com pessoal, influenciado não só pela aplicação da Lei do Orçamento do Estado e devidas alterações, mas também pela redução de 28 efetivos. 211 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 12.3 INVESTIMENTO Os SASUC, no âmbito da ação social universitária, desempenham um papel importante na comunidade universitária, intervindo em áreas de apoio com enorme sensibilidade e impacto social. Neste sentido, é fundamental a realização de investimentos que permitam fazer face a um conjunto de necessidades, de quem usufrui desses serviços, bem como colocar à sua disposição os meios que garantam condições dignas para, enquanto estudantes do ensino superior, estarem em igualdade de circunstâncias com toda a comunidade. Os investimentos realizados ao longo do ano de 2014 resultaram da capacidade dos SAS em colmatar os cortes efetuados pelas transferências do OE com receitas próprias; destacam-se os esforços desenvolvidos no sentido de procurar e aumentar as receitas próprias e dessa forma fazer face aos investimentos necessários para o bom funcionamento das diferentes áreas. Só assim foi possível aos SASUC assegurar condições para a realização plena da sua missão, contribuindo para a disponibilização de apoios e serviços que garantam igualdade de oportunidades no acesso à UC e a frequência, com sucesso, do ensino superior. CARATERIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO INVESTIMENTO REALIZADO EM 2014 Os investimentos realizados ao longo do ano de 2014 ascenderam ao montante de 439.673,77€, conforme dados do quadro seguinte: – Quadro 12.13. Quadro 12.13. Distribuição do investimento por tipologia e setor dos SAS, em 2014 Alimentação (€) Eletrodomésticos Equipamento Hoteleiro 1 162,31 Alojamentos Apoio à (€) Infância (€) Oferta Integrada (€) Serviços de Saúde (€) 16 830,24 805,14 Material Informático (hardware) Material Informático (software) 432,94 29 144,85 56 106,77 471,17 2 454,91 25 504,51 23 734,79 2 587,12 Outros Total Geral 39,36 18 797,69 3 020,06 797,95 8 006,22 652,16 4 518,93 535,80 1 331,59 48,95 56,85 260 917,43 108 897,46 740,47 8 891,65 212 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 169,74 169,74 179,58 85 431,20 930,80 516,33 Mobiliário Total SAS (€) 203 582,46 Material de Escritório Material de Som e Imagem (€) 203 582,46 Equipamentos de Limpeza Material de Manutenção Outros 3 896,24 108,85 46 500,78 96 646,88 430,50 10 622,59 11 569,42 1 409,58 14 586,89 1 973,19 539,35 59 687,41 439 673,77 Da leitura do quadro apresentado, verifica-se que a maior representatividade do investimento foi na área da Alimentação, com o valor de 260.917,43€ em renovação de equipamentos designados hoteleiros, material de manutenção e material informático. Importa realçar a aquisição de duas centrais de frio, uma para o CAP II e outra para o Complexo Central, assim como a aquisição de equipamentos para substituição dos utilizados pelas Unidades Alimentares e ainda a aquisição de equipamentos necessários para fazer face aos serviços que são solicitados no âmbito da atividade de Catering. Na área dos Alojamentos, com o valor investido de 108.897,46€, procedeu-se a aquisição de eletrodomésticos, à manutenção de equipamentos, à aquisição de material informático e mobiliário, destacando-se a aquisição de dois sistemas de aquecimento centrais de águas para duas residências, Residência António José de Almeida e Teodoro e a aquisição de um elevador para a Residência Padre António Vieira. Ao nível do investimento em material Informático, transversal a todas as áreas dos SASUC, evidencia-se o investimento efetuado na melhoria do desempenho da rede de acesso à Internet nos edifícios utilizados pelos SASUC Realça-se ainda que o acréscimo em investimentos, no corrente ano económico, foi possível devido ao bom desempenho dos SASUC no cumprimento da sua missão, com um forte impacto no acréscimo de receitas próprias. 213 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 214 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 CONCLUSÃO Com a aproximação do encerramento do ciclo de planeamento estratégico UC 2011-2015 e preparação do novo ciclo de planeamento, a reflexão sobre a atividade desenvolvida pelos SAS, com base nos respetivos indicadores de gestão, afigura-se essencial para a compreensão do caminho percorrido e identificação de áreas a desenvolver, visando a consolidação do ajustamento do modelo de Ação Social na UC às necessidades da comunidade universitária, em equilíbrio com as exigências de garantia de uma gestão sustentável de recursos públicos. Neste último ano de execução do Plano de Ação SAS 2011-2015, os resultados atingidos são francamente positivos, quer na ótica da melhoria contínua dos serviços assegurados à comunidade UC, quer na perspetiva de garantia da sustentabilidade da Ação Social na UC, resultados esses que permitem validar o sucesso dos objetivos e iniciativas estratégicas definidos para estes Serviços. Para os resultados alcançados, salientam-se igualmente os esforços, empenho e a criatividade dos SAS e das suas pessoas no compromisso partilhado com a UC de assegurar à comunidade uma ação social sustentável e de qualidade. Destacam-se ainda os contributos do projeto “Sustentabilidade na Ação Social” na análise e identificação de respostas sociais alternativas ao modelo tradicional de ação social no Ensino Superior, perspetivando uma Ação Social para a UC mais abrangente, que inclua, além das respostas sociais vigentes que garantam o necessário equilíbrio entre sustentabilidade e equidade, princípios de cidadania ativa e preocupações ambientais, alargando a direção da ação social à comunidade universitária e à sociedade em geral, em benefício do desenvolvimento coletivo que desde sempre norteou a missão da UC. No âmbito do desenvolvimento do modelo de Ação Social da UC e dos apoios e serviços disponibilizados, salientam-se os esforços contínuos de ajustamento das respostas sociais asseguradas aos estudantes, visando prevenir o abandono escolar e promover o sucesso académico. Neste domínio destacam-se, em 2014, os acompanhamentos sociais realizados a estudantes com bolsa indeferida, a revisão do Regulamento do FAS, a consolidação do PASEP e a definição de novas modalidades de apoio (DigitALL). O impacto destas ações reflete-se, quer no aumento do número de estudantes apoiados, quer nos montantes utilizados para a disponibilização desses apoios, perspetivando-se repercussões destas respostas sociais mais abrangentes e ajustadas na promoção da integração e sucesso académico dos estudantes da UC. No mesmo sentido embora considerando as respostas alargadas a toda a comunidade UC, destacam-se, em 2014, os resultados positivos alcançados pelos serviços de alimentação na implementação da estratégia de diversificação da oferta, com a abertura de duas novas unidades alimentares, diversificação das ofertas alimentares (salientando-se o sucesso das iniciativas “Operação Queima” e “Encontros de Cozinhas do Mundo”), bem como o aumento do volume dos serviços de catering. Nos alojamentos, o aumento da taxa de ocupação das residências universitárias traduz os esforços de divulgação e dinamização desta modalidade de alojamento, ultrapassando obstáculos consideráveis relacionados com o estado das infraestruturas. Por seu lado, as melhorias implementadas no processo de gestão dos serviços de apoio à infância refletem-se, igualmente, nos bons resultados alcançados nesta valência de apoio. Nos serviços de saúde destaca-se o reforço da resposta em especialidades onde a procura é mais significativa face à resposta 215 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 insuficiente do Serviço Nacional de Saúde (oftalmologia, medicina dentária, ginecologia/planeamento familiar, psiquiatria). As restrições orçamentais que, de ano para ano, tendem a agravar-se, têm resultado num esforço permanente, por um lado na contenção da despesa, assegurando-se os financiamentos necessários às áreas consideradas prioritárias, e por outro, na procura de novas oportunidades de desenvolvimento de atividades, envolvendo a comunidade académica. No que respeita à otimização de recursos na perspetiva da garantia da sustentabilidade, salientamse as atividades na base da revisão orgânica implementada em 2014, potenciada, não só pela dimensão da atividade atingida no âmbito da oferta integrada de serviços dos SAS (essencialmente no que concerne às atividades de limpeza e portaria), como pelas potencialidades de complementaridade dos serviços de saúde da UC, não apenas enquanto serviço disponível a toda a comunidade UC, como pela otimização do processo de saúde, segurança e higiene dirigido a trabalhadores do grupo UC. Os bons resultados conseguidos nas atividades de apoio à comunidade universitária são indissociáveis das melhorias que progressivamente se têm implementado nos serviços de suporte, destacando-se as atividades asseguradas visando a centralização dos processos de gestão da receita, das compras e da logística (designadamente pela centralização de atividades de preparação de géneros alimentares e otimização de rotas de distribuição). Neste âmbito salientam-se igualmente as atividades desenvolvidas na melhoria contínua dos sistemas de informação, dos processos de higiene e segurança alimentar, de gestão de recursos humanos (com enfoque na dinamização da formação interna como resposta a necessidades de desenvolvimento de competências específicas dos trabalhadores dos SAS) e de gestão da manutenção de equipamentos e do edificado (designadamente pela realização de um diagnóstico global aos edifícios geridos pelos SAS). Os resultados alcançados em 2014 contribuíram ainda para um reforço no investimento, ação absolutamente essencial para garantir mínimos de qualidade em equipamentos de utilização muito intensiva, como são exemplo as residências universitárias ou as unidades alimentares, com consequências diretas na melhoria contínua dos apoios e serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC. Pese embora as naturais instabilidades decorrentes dos processos de gestão da mudança, as reflexões decorrentes da análise do ano de 2014 apontam para resultados bastantes positivos e abrem caminho para novas necessidades/desafios que urge responder atempadamente. Alguns desses desafios foram já traduzidos num conjunto de ações identificadas para 2015, integradas no Plano de Atividades SAS 2015. 216 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014 ANEXOS Anexo 1: Monitorização Plano de Ação 2011-2015, a 31/12/2014