RELATÓRIO
ATIVIDADES
2014
// ÍNDICE //
APRESENTAÇÃO
5
AÇÃO SOCIAL EM NÚMEROS
7
CAPÍTULO I
ENQUADRAMENTO ORGÂNICO, ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO E ATIVIDADES
9
1 ENQUADRAMENTO ORGÂNICO
11
2 ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO
19
3 PROJETO SUSTENTABILIDADE NA AÇÃO SOCIAL
27
4 ATIVIDADES
33
4.1 APOIOS DIRETOS ................................................................................................................................ 35
4.1.1 BOLSAS
35
4.1.2 FAS
42
4.1.3 FUNDO SOLIDÁRIO
46
4.2 APOIOS INDIRETOS ........................................................................................................................... 47
4.2.1 ALIMENTAÇÃO
47
4.2.2 ALOJAMENTO
70
4.2.3 APOIO MÉDICO
83
4.2.4. APOIO À INFÂNCIA
90
4.2.4.1 CRECHE
93
4.2.4.2 JARDIM DE INFÂNCIA
97
4.2.5 INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO
104
4.2.6 PASEP
109
4.3 OUTRAS ATIVIDADES ...................................................................................................................... 115
4.3.1 OFERTA INTEGRADA DE SERVIÇOS
115
4.3.2 SERVIÇOS DE CATERING
125
4.3.3 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
130
5 RECURSOS HUMANOS
133
6 ÁREA FINANCEIRA
141
7 COMPRAS, LOGÍSTICA E MANUTENÇÃO
145
7.1 COMPRAS E LOGÍSTICA ................................................................................................................. 146
7.2 MANUTENÇÃO .................................................................................................................................. 149
8 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
153
9 PROTOCOLOS E PARCERIAS
159
10 INVESTIGAÇÃO
165
11 APOIO À GESTÃO
169
11.1 APOIO JURÍDICO ............................................................................................................................ 170
11.2 HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR ..................................................................................... 171
11.3 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................................................... 176
11.3.1 SAS E OS MEMBROS DA COMUNIDADE UC
176
11.3.2 SAS NA CAPTAÇÃO DE NOVOS PÚBLICOS
180
11.3.3 SAS COM AS SUAS PESSOAS
180
11.4 QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA ................................................................................. 184
11.4.1 DESENVOLVIMENTO DO SGQ-UC NOS SAS
184
11.4.2 GESTÃO DE ELOGIOS, SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES (SIM@UC)
188
11.4.3 AUSCULTAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS
192
11.4.4 MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE E DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
193
CAPÍTULO II
PRESTAÇÃO DE CONTAS
12 PRESTAÇÃO DE CONTAS
195
197
12.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL ....................................................................................................... 199
12.2 SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA ............................................................................. 204
12.3 INVESTIMENTO ................................................................................................................................ 212
CONCLUSÃO
215
ANEXOS
216
Anexo 1: Monitorização Plano de Ação 2011-2015, a 31/12/2014................................................ 216
APRESENTAÇÃO
“A melhor forma de nos libertarmos de um problema é resolvê-lo”
Brendan Francis
Os últimos anos foram particularmente difíceis para os Serviços de Ação Social e para as suas
pessoas. O contexto de incerteza provocado pelas fortes restrições orçamentais do país, das instituições e
das famílias motivou angústias e desmotivação, que tornaram ainda mais difícil a operacionalização de
mudanças absolutamente essenciais para reverter o aparente inevitável rumo para o abismo.
Foi perfeitamente visível, com especial acuidade nos anos de 2011 e 2012, que havia um problema
que era preciso resolver: o problema da sustentabilidade económico-financeira dos SAS. Todo o corpo de
trabalhadores percebeu a dimensão e os possíveis impactos de tal problema e, em grande articulação com
a Reitoria e com os dirigentes dos SAS, arregaçou as mangas e colaborou ativamente na resolução do
problema conjunto.
A consequência desses esforços veio a revelar-se, de forma clara, nos resultados históricos
alcançados neste exercício de 2014, com resultados líquidos e operacionais positivos de 506.239,87€ e
313.864,83€, respetivamente.
No presente relatório descrevem-se, de forma sumária, todas as atividades desenvolvidas pelas
diversas áreas de atuação dos SAS que contribuíram para aqueles resultados. O relatório está dividido em
dois grandes capítulos. O primeiro, referente ao enquadramento orgânico, estratégico e às atividades e o
segundo referente à prestação de contas.
Em termos de atividades de relevo destacam-se, em 2014, pelo seu impacto financeiro e sinergias
conseguidas internamente e junto da comunidade UC, a abertura de novos espaços de alimentação
(Restaurante Universitário Colégio de Jesus e Bar da Faculdade de Letras), o incremento dos serviços de
catering, as “Operações Queima e Latada”, os “Encontros de Cozinhas do Mundo”, o aumento da taxa de
ocupação das residências universitárias e o início do renascimento do Centro Cultural Dom Dinis, numa
nova filosofia e em estreita articulação com os serviços de catering.
Os resultados positivos decorrentes destas atividades permitiram manter outras, tradicionalmente
menos sustentáveis, mas de suma importância para a comunidade UC, como é o caso dos serviços médicos,
objeto de fusão, em 2014, com a medicina e segurança do trabalho, e dos serviços de apoio à infância.
Tratam-se de duas áreas de intervenção social que no próximo ano continuarão a ser alvo de
desenvolvimentos e de melhoria dos processos de gestão e de afirmação junto da comunidade UC.
Numa outra vertente, salientam-se as iniciativas desenvolvidas na área dos apoios aos estudantes
com o propósito, cada vez mais presente, de prevenção do abandono escolar e de promoção do sucesso
académico. Neste contexto destacam-se a alteração do Regulamento do FAS, a disseminação do PASEP, o
acompanhamento aos estudantes com bolsa rejeitada e a procura de novos apoios sociais, da qual é exemplo
uma candidatura ganhadora de apoios da Fundação Montepio (cujos efeitos se repercutirão em 2015). O
5 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
impacto destas iniciativas comprova-se no aumento dos estudantes apoiados e no volume financeiro destes
apoios, exclusivamente garantido por receitas próprias da UC.
Indissociáveis destes resultados são as melhorias que têm vindo a ser produzidas ao nível dos
processos de suporte (gestão financeira, recursos humanos, compras e logística e manutenção) e dos
sistemas de informação, no sentido da agilização e uniformização de procedimentos, garantindo o
escrupuloso cumprimento da legislação de enquadramento. Este desafio de melhoria dos processos de
suporte continuará presente nos próximos anos, tentando acompanhar toda a dinâmica e inovação na área
da prestação de serviços à comunidade UC.
Chegamos assim ao final do ano 2014 com a sensação de alívio de ter resolvido o problema, mas
naturalmente não há lugar para distrações. Os desafios internos continuam a ser muitos, tanto na área dos
investimentos necessários em infraestruturas de utilização intensíssima, como na adequação das respostas
às novas exigências e expectativas da comunidade UC, como na manutenção de níveis adequados de
motivação dos trabalhadores. Por outro lado, as variáveis externas que podem condicionar a atuação dos
SAS podem ser inesperadas e incontroláveis. Os SAS estarão seguramente atentos e à altura dos novos
desafios.
Regina Dias Bento
Administradora dos SASUC
6 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
AÇÃO SOCIAL EM NÚMEROS
2014
Global
426
454
Taxa de Absentismo
4,3%
5,1%
-0.8 p.p.
58,11%
52,49%
5,62 p.p.
Grau de Execução Orçamental
97,18%
99,37%
-2,19 p.p.
Resultado Operacional (%)
103,06%
98,27%
4,79 p.p.
N.º de unidades alimentares
15
13
N.º de lugares sentados
Nº Refeições Servidas
-6,2%
2
15,4%
2.720
2.768
-48
-1,7%
859.395
876.153
-16.758
-1,9%
-188
-4,8%
3.706
3.894
Taxa de Cobertura por RP
80,2%
73,5%
6.7 p.p.
65%
61,2%
3,8 p.p.
N.º de residências
Capacidade *
Taxa de ocupação
Nº candidaturas regime geral *
14
14
0
0%
1.325
1322
3
0,2%
85,95%
78,43%
1.265
1.254
11
0,88%
-26
-2,36%
7, 52 p.p.
Nº alojados regime geral *
1.077
1.103
Taxa de Cobertura por RP
96,88%
82,36%
14,52 p.p.
n.d.
n.d.
-
Taxa de Satisfação
Serviços de Saúde
-28
Nº Médio de Refeições/Dia
Taxa de Satisfação
Alojamento
Variação
Nº Trabalhadores
Taxa de Cobertura por RP
Alimentação
2013
N.º de especialidades
7
8
-1
-12,5%
6.660
7.657
-997
-13%
Nº renovação medicação
384
507
-123
-24%
Atos enfermagem pagos
673
714
-41
- 6%
-452
Nº Consultas
Outros atos clínicos
2.552
3.004
Taxa cobertura por RP
20,8%
18,1%
2.7 p.p.
-15%
Taxa satisfação
n. d.
75%
-
Nº candidatos*
5.008
5.112
-104
-2,03%
Nº bolsas atribuídas*
2.662
3.018
-356
-11,8%
Apoios Diretos
Bolsas
Nº indeferidos*
Valor bolsa*
F.A.S
PASEP (1)
777
946
-169
-17,86%
Máximo
6.075€
6.075€
0€
0%
Mínimo
320€
320€
0€
0%
Nº candidatos F.A.S propinas*
n.a.
464
-
-
Nº benefícios atribuídos*
n.a.
356
-
-
Nº F.A.S subsídio de
emergência*
n.a.
22
-
-
N.º de ofertas de atividades
20
7
-
-
N.º de alunos apoiados
126
25
-
-
46,91
54,73
-7,8
-14,3%
27,65%
27,11%
0,54 p.p.
70%
n.d.
-
Apoio Infância
Creche
Ocupação média
Taxa de cobertura por RP
Taxa satisfação
Jardim de Infância
Ocupação média
Taxa de cobertura por RP
Taxa satisfação
76
69,36
63,01%
51,86%
6,64
11,15 p.p.
9,6%
90%
n.d.
-
* Indicadores aferidos com referência a ano letivo: 2014 – 2014/15 (a 31/12/2014); 2013 – 2013/14 (a 31/12/2013).
(1)
– Programa de Apoio Social a Estudantes através de Atividades de tempo Parcial que teve início a 2/12/2013.
7 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
CAPÍTULO I
ENQUADRAMENTO ORGÂNICO, ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO E ATIVIDADES
1 ENQUADRAMENTO
ORGÂNICO
Desde a sua criação, em 1966, os SAS (então também com outra designação), foram enquadrados
segundo modelos diferentes, em momentos cuja significância importa relembrar. O último desses
movimentos de atualização e adequação da moldura orgânica dos SAS, sob a qual o ano 2014 terá
necessariamente de ser entendido, teve início em 2012.
Nesse contexto, o ano de 2014 poderá ser resumido como de consolidação da mudança e do
objetivo de ajustamento do modelo de ação social na UC, preconizados no ciclo de planeamento estratégico
da UC 2011-2015, cujas principais implicações orgânicas se fizeram sentir em 2012.
11 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
ENQUADRAMENTO ORGÂNICO EM RETROSPETIVA
Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SAS) foram criados pelo Decreto-Lei n.º
47303, de 7 de novembro de 1966. Até meados da década de 80 do século XX encontravam-se na
dependência do Reitor da UC, embora entendidos como organismo dotado de personalidade jurídica e
governo autónomo.
A partir de 17 de maio de 1980, com a publicação do Decreto-Lei n.º 132/80, de 17 de maio, estes
Serviços foram instituídos como pessoas coletivas de direito público, dotados de autonomia administrativa
e financeira, na direta dependência do Ministério da Educação.
Este enquadramento foi revogado em 1993, com a publicação do Decreto-Lei n.º 129/93, de 22 de
abril, que veio estabelecer as bases da política de ação social no Ensino Superior, enquadrando o seu
desenvolvimento no âmbito das respetivas instituições de ensino, às quais competia definir o modelo de
gestão a adotar e a escolha dos instrumentos mais adequados para executar a política definida pelo Governo.
Com a publicação do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior - RJIES (Lei n.º 62/2007, de 10 de
setembro), os Serviços passaram a ter autonomia administrativa e financeira, nos termos e âmbito definidos
por lei e pelos estatutos da instituição de ensino superior a que estivessem adstritos, sendo sujeitos à
fiscalização exercida por fiscal único e as suas contas consolidadas com as da instituição. O RJIES também
revogou os artigos 12.º a 17.º do Decreto-Lei n.º 129/93, passando os Serviços de Ação Social a ser geridos
por um Administrador, sem competências próprias (apenas as delegadas pelo Reitor), deixando de ter um
órgão coletivo de gestão (Conselho Administrativo). Com a publicação dos Estatutos da Universidade de
Coimbra, a 1 de setembro de 2008, ficaram reunidas as condições para a criação do primeiro Regulamento
Orgânico dos SAS, a 12 de março de 2010 (D.R., 2.ª Série – n.º 50). Com esta alteração, os SAS passaram
as estar estruturados em 4 Direções de Serviços; 7 Divisões e 19 Serviços/Gabinetes na dependência direta
do Administrador, dos Diretores de Serviços ou dos Chefes de Divisão.
A missão dos SAS (artigo 28º dos Estatutos da Universidade de Coimbra) manteve como objetivo
primordial o apoio aos estudantes, concretizado em medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e
auxílios de emergência; medidas de apoio social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a
serviços de saúde, apoio às atividades culturais e desportivas, acesso ao apoio psicopedagógico e ainda
outros tipos de apoios de carácter social, cultural e educativo.
Em 2012, operaram-se alterações significativas ao modelo orgânico e de gestão dos SAS,
impulsionadas pelo contexto nacional e internacional de forte restrição orçamental, com impacto direto na
redução do financiamento das instituições de Ensino Superior por via do orçamento de Estado. O Conselho
Geral de 7 de dezembro aprovou o documento “Perspetivas sobre os Serviços de Ação Social da
Universidade de Coimbra”, onde se preconizava uma dinâmica de mudança nas estruturas e processos dos
SAS, ao nível, quer das competências de gestão - pela redefinição do desenho do funcionamento e da
orgânica dos SAS; quer de aspetos organizacionais – pela análise de redundâncias de serviços entre a UC e
os SAS para determinação de complementaridades; quer a nível da sustentabilidade – pela adoção de uma
política de preços que assegurasse o equilíbrio financeiro dos SAS, sempre que não estivesse em causa a
12 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
prestação de serviço social; promoção de parcerias que viabilizassem formas alternativas de financiamento;
adoção de medidas de racionalização de custos com enfoque nas áreas mais relevantes de despesa: recursos
humanos (ex. reafectação de pessoas entre áreas da UC), alimentação e manutenção.
Em 17 de fevereiro de 2012 foi publicado o Regulamento Geral dos Serviços de Ação Social da
Universidade de Coimbra (Regulamento n.º 61/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 35),
que define os SAS como um serviço da UC, ao qual cabe desenvolver a ação social universitária no âmbito
da UC. Como princípios da gestão administrativa, financeira e patrimonial define-se que os SAS são serviços
dotados de autonomia administrativa e financeira no âmbito da UC, encontrando-se sujeitos aos órgãos de
governo da Universidade no que toca à sua gestão administrativa, financeira, patrimonial e de recursos
humanos. Define-se ainda que estes Serviços estão sujeitos a fiscalização do Fiscal Único da Universidade;
consolidação de contas com a UC e que não dispõem de património imobiliário próprio. São designados
como órgãos dos SAS: o Conselho de Ação Social (enquanto órgão superior da ação social no âmbito da
UC, com competências para a definição e orientação do apoio a conceder a estudantes); o Conselho de
Gestão da Universidade (com competências para conduzir a gestão dos SAS no âmbito administrativo,
financeiro, patrimonial e de recursos humanos); o Reitor da UC (órgão superior de governo) e o
Administrador dos SAS (para assegurar a gestão corrente). Ao nível de orçamento e finanças, este
Regulamento determina ainda que os SAS apresentam o projeto do seu orçamento, com base na dotação
que lhes for atribuída pela Universidade e nas suas receitas próprias, competindo ao Conselho de Gestão
da Universidade aprovar o projeto de orçamento e o projeto de relatório e contas dos SAS.
Na sequência deste Regulamento e das perspetivas de mudança aprovadas, procedeu-se ainda à
reorganização da estrutura orgânica dos SAS, numa ótica de atualização ao contexto, com a necessária
racionalização das estruturas e melhor aproveitamento de recursos, eliminando redundâncias de serviços
entre a UC e os SAS, tendo em vista a determinação de possíveis complementaridades.
A nova estrutura orgânica ganhou forma com a publicação, a 16 de março de 2012, do Regulamento
Orgânico dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (Regulamento n.º 122/2012, publicado
em Diário da República, 2.ª série, n.º 55). Das alterações mais significativas destaca-se a redução de quatro
para duas Direções de Serviços, valorizando-se o enfoque na missão, em detrimento do enfoque na
estrutura. Foram ainda criadas, ao abrigo artigo 4.º do novo Regulamento Orgânico, equipas de projeto,
entendidas como estruturas provisórias, criadas pelo Administrador dos SAS, para responder a necessidades
não permanentes dos SAS ou visando a solução de novas questões ou exigências. No início de 2013, a
estrutura orgânica dos SAS compreendia, além das unidades formalmente definidas no Regulamento
Orgânico, três equipas de projeto, duas delas, na dependência do Administrador, determinaram a criação
de estruturas provisórias para desenvolvimento de processos da competência de unidades orgânicas dos
serviços de suporte (Equipa de Projeto Compras) e de serviços de apoio ao estudante (Equipa de Projeto
para Atribuição de Benefícios Sociais). A terceira equipa de projeto constituída, na dependência da Direção
de Serviços de Suporte à Atividade, visou a implementação das competências dos Serviços de Oferta
Integrada (estrutura fixa na orgânica dos SAS).
13 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Em função da maior plasticidade da estrutura dos SAS decorrente do atual enquadramento
orgânico, que passou a incluir além de estruturas permanentes, as estruturas transitórias, o ano 2013 foi
marcado por mudanças tendentes à consolidação da nova configuração orgânica.
Este movimento incluiu as alterações à estrutura orgânica abaixo detalhadas.
a)
Extinção de algumas equipas de projeto criadas em 2012:

Julho de 2013 – Extinção da equipa de projeto na área das compras, que tinha sido constituída pelo
Despacho n.º 9528/2012, de 13 de julho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 135, com o
objetivo de adequar as práticas da contratação pública aos requisitos legais e estatutários, sem que tal
gerasse interrupção ou quebra da qualidade do serviço prestado à comunidade universitária;

Final do ano letivo 2012/2013 – Extinção da equipa de projeto na área da atribuição de benefícios sociais,
que tinha sido constituída pelo Despacho n.º 8314/2012, de 20 de julho, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 118, com o objetivo de assegurar as atividades de atribuição de benefícios sociais
aos estudantes da UC candidatos a bolsa sem alojamento e ao Fundo de Apoio Social, assim como de
assegurar as áreas técnicas de suporte a estas atividades e providenciar os indicadores à gestão de topo;

31.12.2013 – Fim da duração da equipa de projeto para implementação dos Serviços de Oferta Integrada
(SOI), que tinha sido constituída pelo Despacho n.º 8313/2012, de 20 de julho, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 118, com o objetivo de promover a diversificação da carteira de serviços dirigidos
à comunidade universitária, assumindo-se como uma importante e alternativa fonte de receitas próprias,
através da implementação dos SOI nas suas diversas vertentes (atividades de limpeza, segurança,
tratamento de roupa, aluguer de espaços à comunidade universitária) e rentabilização do Centro
Cultural D. Dinis e da Quinta de S. Marcos.
b) Constituição de novas equipas de projeto para aprofundamento da reestruturação orgânica em
curso:

09.10.2013 – Constituição da equipa de projeto para implementação do “Programa de Apoio Social a
Estudantes através de atividades de tempo Parcial” (PASEP), constituída pelo Despacho n.º 12917/2013,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 195, com o objetivo de proporcionar aos estudantes da
Universidade de Coimbra a realização de atividades profissionais em regime de tempo parcial,
proporcionando formas de apoio social que lhes permitam prosseguir e concluir, com sucesso, o seu
percurso académico e que se manterá em funções até 31.08.2014;
De referir que foi ainda criada, em 08.08.2013, a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação
Social”, constituída pelo Despacho n.º 10379/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 152, com
o objetivo de promover um sistema de ação social forte, equitativo, justo e sustentável. Esta equipa foi
constituída na dependência da Reitoria da UC, em articulação direta com a Administradora dos SAS.
A 31 de dezembro de 2013, a estrutura orgânica dos SAS era a seguinte – Figura 1.1.
14 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 1.1. Organograma SAS, 3.ª revisão de 13/12/2013
15 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
MUDANÇAS AO ENQUADRAMENTO ORGÂNICO OPERADAS EM 2014
Na sequência da análise e da reflexão alargada efetuadas no âmbito do Projeto de Sustentabilidade
na Ação Social e tendo em conta o processo de alterações em curso das estruturas da Administração da
Universidade de Coimbra e dos SASUC, foram identificadas algumas atividades que assumiam natureza
idêntica ou complementar e cuja agregação se apresentava como meio conveniente e adequado aos
diferentes público-alvo, tendo em vista uma melhor prestação dos serviços e um melhor aproveitamento
dos recursos envolvidos. Por outro lado, durante o ano de 2014 verificou-se igualmente a necessidade de
proceder ao ajustamento dos Serviços de Oferta Integrada em função do seu crescimento e
reconhecimento na comunidade universitária.
Estas constatações determinaram nova alteração ao Regulamento Orgânico dos SAS aprovado em
março de 2012, com a publicação do Despacho n.º 4707/2014, de 1 de abril, que veio criar os Serviços de
Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho e transformar os Serviços de Oferta Integrada em Divisão de
Oferta Integrada de Serviços.
Os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho, nova estrutura criada na dependência
da Administradora dos SAS, passaram a compreender as valências já existentes no âmbito dos cuidados de
saúde prestados aos estudantes e restante comunidade universitária e no âmbito da saúde ocupacional,
abrangendo esta última todos os trabalhadores do grupo Universidade de Coimbra, bem como a prestação
de serviços de medicina do trabalho e de segurança e saúde no trabalho a entidades externas,
nomeadamente a entidades públicas. Com a criação desta estrutura foram eliminados os Serviços Médicos
da UC, até aqui integrados na dependência da Direção de Serviços de Apoio ao Estudante.
Por seu lado, a Divisão de Oferta Integrada de Serviços passou a compreender competências para
a disponibilização à comunidade universitária de recursos com vista ao desenvolvimento de atividades
diversas, nomeadamente nas áreas de gestão de espaços e limpeza e tratamento de roupa, numa base de
eficiência económico-financeira. Esta Divisão compreende a Lavandaria, a Unidade de Gestão de Espaços e
Limpeza, o Centro Cultural D. Dinis e a Quinta de S. Marcos.
A 31 de dezembro de 2014, a estrutura orgânica dos SAS era a seguinte – Figura 1.2.
16 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 1.2. Organograma SAS, 4.ª revisão de 01/04/2014
ORGANOGRAMA DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Reitor
Conselho
de Gestão
Data: 01-04-2014
Revisão: 4
Conselho de
Ação Social
Equipa Reitoral
Administrador
SASUC
Equipa de Projeto
Sustentabilidade na Ação Social
Gabinete de Apoio à Gestão
Gabinete de Sistemas Informáticos e de Informação
(DI 3.º grau)
(DI 3.º grau)
Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no
Trabalho
(DI 2.º grau)
Direção de Serviços de
Suporte à Atividade
Direção de Serviços de Apoio
ao Estudante
(DI 1.º grau)
(DI 1.º grau)
Equipa de Projeto
Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades a
tempo Parcial (PASEP)
Divisão Administrativa,
Financeira e de
Recursos Humanos
(DI 2.º grau)
Legenda:
Nome
Cargo
Nome
Cargo
Divisão de Oferta
Integrada de Serviços
Divisão de Compras
e Logística
(DI 2.º grau)
(DI 2.º grau)
Divisão de Alimentação
(DI 2.º grau)
Serviços de
Apoio à Infância
Divisão de Acolhimento e
Integração
(DI 2.º grau)
Estruturas permanentes nos termos do Regulamento Orgânico dos SASUC (Regulamento n.º 122/2012, publicado em DR, 2.ª série, n.º 55, de 16 de março, alterado pelo
Despacho n.º 4707/2014, publicado em DR, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril)
Estrutura transitória nos termos do Artigo 3.º do Regulamento da Reitoria da UC, criada pelo Despacho n.º 10379/2013, publicado em DR, 2.ª série, n.º 152, de 8 de agosto) e
Estrutura transitória nos termos do Artigo 4.º do Regulamento Orgânico dos SASUC, criada pelo Despacho n.º 12917/2013, publicado em DR, 2.ª série, n.º 195, de 9 de outubro).
17 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
2 ENQUADRAMENTO
ESTRATÉGICO
A Universidade de Coimbra definiu em 2011, o “Plano Estratégico e de Ação 2011-2015”, aprovado
em reunião do Conselho Geral a 14 de outubro de 2011. Este plano, dirigido a toda a Universidade de
Coimbra, apresenta a formulação estratégica e linhas de orientação a seguir pela Universidade no quadriénio
2011-2015, identificadas com base na definição de missão, valores e visão da Universidade de Coimbra, bem
como na sequência de uma análise ao contexto da UC e auscultação das partes interessadas.
O Plano compreende o quadro de definição estratégica (contemplando pilares de missão e pilares
de recursos), objetivos, iniciativas estratégicas, metas e indicadores de desempenho.
O contributo dos SASUC para o “Plano Estratégico e de Ação 2011-2015” da Universidade de
Coimbra encontra-se definido no documento “Plano de Ação - Serviços de Ação Social 2011-2015”. Este
Plano, compreendendo as metas e as ações a desenvolver pelos SASUC no respetivo quadriénio, articulase desde o plano de atividades até ao processo de avaliação de desempenho, em cascata, do nível
institucional até ao nível individual.
A partir do Plano de Ação dos SASUC e dos contributos dos órgãos de gestão, foi definido o Plano
de Atividades SAS 2014, integrando objetivos intermédios alinhados com o planeamento estratégico e o
19 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
elenco de ações a desenvolver em 2014 no âmbito das competências das unidades orgânicas que integram
a estrutura orgânica dos SASUC. O Plano de Atividades SAS 2014 foi divulgado junto de todos os
trabalhadores dos SASUC – Figura 2.1.
Figura 2.1. Enquadramento estratégico SASUC
A execução contínua do Plano de Ação dos SASUC tem vindo a ser acompanhada por um conjunto
de instrumentos de monitorização e avaliação, procurando-se deste modo, uma maior eficácia no
desempenho dos SASUC. Semestralmente, tem vindo a ser apresentada à Divisão de Planeamento, Gestão
e Desenvolvimento da Administração da UC, a monitorização deste plano de ação.
Em 2014 foram realizados reportes a 31 de janeiro (com referência a 31/12/2013) e a 31 de julho
(com referência a 30/06/2014).
Os principais dados relativos à última monitorização do Plano de Ação - Serviços de Ação Social
2011-2015, com referência a 31/12/2014, das metas definidas para 2015 demonstram o compromisso dos
SASUC em contribuir positivamente para o desempenho global da UC, revelando igualmente áreas de
intervenção prioritária a assegurar num próximo ciclo de Planeamento Estratégico da UC.
O quadro seguinte resume os dados apurados com relação a 31 de dezembro de 2014 – Quadro
2.1.
20 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
MISSÃO
Quadro2.1. Monitorização das metas do Plano de Ação dos SAS 2011-2015, com referência a 31.12.2014
2011
2012
2013
2014
1 a decorrer
4 a decorrer
6 a decorrer
4 concluídos
2 a decorrer
9 concluídos
5
0
1 a decorrer
7 a decorrer
1 concluído
4 a decorrer
8 concluídos
15
n/d
227.750,74€
626.100,27€ 1.172.051,38€ a monitorizar
Índice de polivalência
n/d
n/d
n/d
n/d
20%
Índice de satisfação
n/d
n/d
n/d
n/d
60%
Taxa de absentismo
6,67%
5,5%
5,1%
4,3%
6,0%
71,1%
73,5%
82,0%
85%
83,5%
82,4%
96,9%
95%
Creche - 22,2%
28,0%
27,1%
27,7%
60%
Jardim infantil41,7%
47,8%
51,9%
63,0%
60%
72,40%
75,1%
78,4%
86,0%
95%
INVESTIGAÇÃO
N.º de projetos de investigação
no âmbito das atividades dos
SASUC realizados por UOs da
UC, apoiados ou promovidos
pelos SASUC
ENSINO
N.º de estágios profissionais
facilitados pelos SASUC, ou
promovidos pelos SASUC
Receitas provenientes de
TRANSFERÊNCIA
serviços/ "produtos"
DE
transacionáveis desenvolvidos
CONHECIMENTO
pelos SASUC
RECURSOS
PESSOAS
ECONÓMICOFINANCEIROS
INFRAESTRUTURAS
Alimentação66,1%
Alojamento 89,8%
Taxa de cobertura
(total de receitas próprias /
total de despesas)
Taxa
de
residências
ocupação
das
Redução dos consumos de água, +€121.652,38/
eletricidade e gás (*)
+14,3%
dos Cantinas - 60,6%
Alojamento prestados
71,5%
* Não é possível, de momento, a quantificação em KWh ou m 3
Índice
de
satisfação
ORGANIZACIONAIS estudantes com os serviços
Meta 2015
+€223.560,43/ + €96.103,96 / + €59.995,34 redução de
+23,5%
+13,2%
/ +8,23%
10%
62,2%
61,2%
65,0%
65%
73,4%
n/d
n/d
85%
Considerando tratar-se da última monitorização do Plano de Ação SAS 2011-2015, realizou-se uma
breve análise do desempenho dos SAS no âmbito deste ciclo de planeamento estratégico:
PILAR INVESTIGAÇÃO
Apesar de a meta definida para o indicador deste pilar ter sido atingida, considera-se que o grau de
execução das ações previstas se situa no nível 3.
Trata-se de um processo em definição nos SAS, tendo as atividades realizadas neste âmbito sido
impulsionadas relativamente, em função de solicitações internas e externas. O facto de não se agir de forma
21 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
proativa obsta a que os SAS controlem o processo, refletindo-se negativamente no indicador ‘nº de
melhorias introduzidas na atividade dos SAS em resultado dos projetos de investigação’.
Para impulsionar a desejada mudança, a definição e formalização do processo de acolhimento de
projetos de investigação nos SAS foi integrada no Plano de Atividades SAS 2015.
PILAR ENSINO
E1 – Facilitar a integração de estagiários que permitam o desenvolvimento/inovação nos domínios
de atividade dos SASUC
A iniciativa apresentou um desenvolvimento considerável no período de concretização do Plano de
Ação, tendo os SAS acolhido 12 estágios profissionais, ligeiramente aquém da meta de 15 estágios
profissionais definida para 2015.
Releva-se positivamente o amplo trabalho realizado, a nível da definição das tipologias de estágios
acolhidos pelos SAS e da centralização do processo de gestão desta atividade no Núcleo de Gestão de
Recursos Humanos.
Apesar dos referidos avanços, a definição, a formalização e os instrumentos de monitorização e de
avaliação dos estágios ainda apresentam um desenvolvimento incipiente.
Para impulsionar o desenvolvimento do processo, esta ação foi integrada no Plano de Atividades SAS
2015.
E2 – Incrementar o apoio social e psicopedagógico visando a promoção da igualdade de
oportunidades e o desenvolvimento de competências de vida dos estudantes da UC
A iniciativa apresentou um desenvolvimento considerável no período de concretização do Plano de
Ação, quer pela criação do PASEP, em 2013, quer pela sua consolidação, em 2014, enquanto medida de
apoio complementar aos apoios diretos disponibilizados pelos SAS das IES, potencializadora do
desenvolvimento de competências dos estudantes da UC. Salienta-se também, neste contexto, o diagnóstico
que tem vindo a ser dinamizado desde o ano letivo 2013/2014 junto do universo de estudantes cujas
candidaturas a bolsa de estudo foram recusadas, visando a identificação das necessidades e subsequente
encaminhamento de situações que configuram carência social e económica que coloquem em risco a
permanência e o sucesso escolar desses estudantes na UC.
Contudo, consideram-se aquém do grau de execução desejado os desenvolvimentos dos processos
de gestão das atividades de aconselhamento psicopedagógico e de acompanhamento de estudantes com
necessidades educativas especiais, preocupações já refletidas no Plano de Atividades SAS 2015.
22 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
E3 – Divulgação dos apoios sociais disponibilizados pelos SASUC em colaboração com as escolas
secundárias, visando a informação e captação de novos públicos
A divulgação junto do público pré-universitário tem sido dinamizada em articulação com outras
estruturas da UC e em atividades pontuais promovidas pelos SAS, em articulação com escolas secundárias,
ou no âmbito do acolhimento aos novos estudantes aquando do ingresso na UC.
Entende-se que esta área deverá ser reformulada, no sentido de, por um lado, a divulgação dos
apoios disponibilizados pelos SAS junto do público pré-universitário ser dinamizada pela estrutura da UC
vocacionada para o efeito, a Unidade de Eventos e Divulgação, dando os SAS os contributos necessários;
por outro lado, a estrutura dos SAS vocacionada para a comunicação centrar a sua atividade na divulgação
dos apoios e serviços disponibilizados pelos SAS junto dos membros comunidade UC.
PILAR TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO
Entende-se que a iniciativa prevista para os SAS no âmbito deste pilar foi definida de modo
insuficiente e, em consequência, tem sido de difícil monitorização.
Neste processo, foram considerados como ‘produtos transacionáveis’ novos produtos/serviços
disponibilizados à comunidade universitária na ótica do ajustamento do modelo de ação social e da
otimização dos recursos disponíveis para garantia de uma ação social sustentável.
Considera-se, contudo, que esta iniciativa e a interpretação que lhe foi conferida pelos SAS no
processo de monitorização não são consistentes com o pilar estratégico em que estão inseridas, sugerindose, para este pilar, que seja alternativamente definido o indicador de monitorização ‘boas práticas’
identificadas nos SAS e divulgadas para efeito de replicação externa.
PILARES RECURSOS
Pessoas
As iniciativas, ações e indicadores definidos assentaram fundamentalmente da definição e na
implementação de matrizes de competências desenhadas com base nos perfis funcionais necessários ao
funcionamento dos SAS. Neste âmbito, as ações não foram concluídas no período considerado.
Como principal obstáculo ao desenvolvimento das iniciativas referidas identificam-se os processos
de reestruturação orgânica e de gestão da mudança que marcaram a gestão de processos e de recursos
humanos durante toda a vigência do Plano de Ação dos SAS.
A ausência de orientações centrais e transversais para toda a UC na definição do processo de
implementação das matrizes de competências e do processo de auscultação aos trabalhadores, também
contribuíram para o reduzido nível de concretização das iniciativas previstas.
23 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Como ação melhor conseguida neste pilar, destaca-se a dinamização de reuniões periódicas, de
estrutura e setoriais, para análise e reflexão sobre os resultados da atividade e envolvimento dos
trabalhadores no processo de mudança para um modelo de gestão por processos e por objetivos, o que se
reflete positivamente nos indicadores ‘nº de sugestões e propostas de melhoria a presentadas’ e ‘nº de
melhorias concretizadas’.
O reforço de competências foi também impulsionado através de uma maior divulgação e
sensibilização junto dos recursos humanos dos SAS para a frequência de formações inseridas no Plano de
Formação Não Docente da UC, a par da formação interna ministrada pelos próprios dirigentes e
trabalhadores dos SAS e ao abrigo de protocolos com entidades externas.
Económico-Financeiros
No âmbito deste pilar, as iniciativas e ações previstas foram amplamente desenvolvidas, embora ainda
se considerem aquém do grau de execução do plano. Para o desenvolvimento observado, contribuíram de
forma destacada o projeto especial ‘Sustentabilidade na Ação Social’, designadamente ao nível do diagnóstico
e proposta de redefinição do modelo de ação social na UC, com impacto no ajustamento de serviços/apoios
dos SAS.
Destaca-se também o trabalho desenvolvido em articulação com a DAMC para a definição e
integração dos processos de gestão dos SAS no sistema de gestão da UC, com a definição do macroprocesso
do apoio à comunidade universitária (P074) e criação, na área reservada da UC, de um repositório de
documentos do SG destinado aos SAS.
O investimento na melhoria dos SI e dos indicadores de atividade foi igualmente um importante
contributo para o desenvolvimento das iniciativas previstas neste pilar.
Dada a complexidade associada ao desenvolvimento destes processos foram previstas ações para
2015 que visam a continuidade destas iniciativas.
Infraestruturas
Dado o reduzido nível de investimento em infraestruturas e equipamentos que se observou na última
década nos SAS e tendo sido possível assegurar a sustentabilidade dos serviços em 2013, houve necessidade
de realizar intervenções neste domínio – na ótica da melhoria contínua dos serviços prestados -, com
impacto negativo no indicador fixado: redução de custos de manutenção.
Por seu lado, o grau de execução da iniciativa reduzir consumos foi avaliado bastante aquém do
desejado, essencialmente pela dificuldade que ainda se observa nos SAS ao nível da monitorização de
consumos. Esta ação foi integrada no Plano de Atividades SAS 2015.
Organizacionais
A reestruturação orgânica foi implementada em 2012, tendo pontualmente, ao longo dos anos
seguintes, sido ajustada com a constituição de equipas de projeto.
24 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Em 2014 registou-se ainda uma mudança orgânica, com a agregação de serviços complementares da
Administração da UC e SAS, que se materializou na criação dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança
no Trabalho e ainda a reestruturação da Oferta Integrada de Serviços, dada a dimensão atingida pela unidade
orgânica inicialmente implementada.
Em 2014 e 2015 foram definidos Planos de Atividade e Objetivos Intermédios dos SAS, embora
apenas em 2015 estes estejam a ser desdobrados para objetivos SIADAP.
Em 2015, na sequência do novo mandato reitoral, será definido o novo Plano Estratégico de Ação
para 2015 – 2019, em que os SAS serão naturalmente envolvidos.
25 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
3 PROJETO SUSTENTABILIDADE
NA AÇÃO SOCIAL
O projeto especial “Sustentabilidade na Ação Social’’ foi criado por despacho do Sr. Reitor da UC
de 17 de julho de 2013, publicado no DR, 2ª Série, nº 152, de 8 de agosto de 2013, considerando a atual
conjuntura e as enormes dificuldades que da mesma resultam para as instituições de ensino superior, que
tem obrigado a Universidade de Coimbra a promover ações de natureza diversa no sentido de viabilizar e
assegurar um sistema de ação social forte, equitativo, justo e sustentável, capaz de garantir a igualdade de
oportunidades e de diluir as diferenças aos níveis do acesso, integração, frequência, realização pessoal e
sucesso escolar.
A ação desenvolve-se no contexto da ação social, com uma orientação para a satisfação das
necessidades básicas dos estudantes, e tem os seguintes objetivos elencados no despacho de criação:
a)
Proceder ao levantamento de modelos de ação social, caracterizando o seu âmbito,
princípios de equidade e sustentabilidade, dimensões e formas de organização e
funcionamento;
b)
Caracterizar a ação social direta e indireta, processos, instrumentos e práticas;
c)
Efetuar o levantamento das valências da ação social e definir os serviços essenciais;
27 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
d) Identificar qualitativa e quantitativamente os apoios concedidos na Universidade de
Coimbra;
e)
Identificar potenciais parceiros e outros interlocutores interessados, no sentido de
promover a concretização das respetivas ações em rede;
f)
Identificar fontes e formas de captação de apoios externos à Universidade e ao Estado
que possam contribuir para a manutenção de uma intervenção social adequada às
necessidades dos estudantes;
g)
Analisar as formas de implementação dos processos, as metodologias de trabalho e os
arranjos organizacionais dos potenciais parceiros visando a identificação de condições
comuns ou complementares e encontrar soluções de oferta em contextos multilaterais;
h) Elaborar propostas fundamentadas de ações a desenvolver e de soluções a adotar que
assegurem eficiência e sustentabilidade.
A equipa de projeto é constituída por cinco elementos, sendo quatro deles trabalhadores dos
Serviços de Ação Social da UC, tendo contado com a colaboração permanente de dois professores da UC
(o Prof.º Filipe Almeida da FEUC e a Prof.ª Cristina Albuquerque da FPCEUC), bem como com a participação
da Associação Académica de Coimbra, através do seu Presidente e do estudante com o pelouro da ação
social.
O projeto desenvolveu-se em quatro fases:
1ª Fase - Reflexão com base em análise documental e informação disponível;
2ª Fase - Diagnósticos de análise;
3ª Fase - Entrevistas e Brainstormings;
4ª Fase - Plano de Ação.
No contexto da primeira fase dos trabalhos, o grupo de trabalho produziu um documento de reflexão
inicial sobre a ação social na UC que identificou três eixos de intervenção nos quais a ação social se estrutura
e se desenvolve – Prevenção, Resposta e Desenvolvimento. Cada um desses três eixos decompõe-se em
dimensões de intervenção concreta, com fins específicos e possibilidades variáveis de interseção e de
sinergia entre si, tendo sido identificadas, para já, nove dimensões de ação social – Figura 3.1.
28 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 3.1. Modelo de Ação Social Projetado
Para cada uma dessas dimensões o grupo de trabalho elaborou um diagnóstico da situação atual,
documentos esses que serviram de suporte às sessões de brainstorming que decorreram nos meses de
dezembro de 2013 e janeiro de 2014, envolvendo elementos informados da UC/SAS e elementos externos,
da sociedade civil, que possibilitaram perspetivar aquelas dimensões por outros ângulos – Figura 3.2.
Figura 3.2. Cronograma das sessões de brainstorming
De seguida, já no âmbito da 4ª fase do projeto, foram elaborados planos de ação por dimensão na
sequência dos memorandos resultantes daquelas sessões de brainstorming, tendo sido identificadas 129 ações
– Figura 3.3.
29 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 3.3. Plano de Ação
No eixo resposta muitas destas ações identificadas foram já implementadas pelos Serviços de Ação
Social e que constam deste relatório de atividades, podendo destacar-se, entre muitas outras, o Projeto
DigitALL - Apoio Social e Inclusão Digital aprovado pelo programa MONTEPIO Incentivo Superior, o
inquérito aos estudantes com bolsas DGES indeferidas, o levantamento das bolsas de apoio aos estudantes
do ensino superior das diversas entidades, passando esta informação a constar da página web dos SAS, o
inquérito a aplicar aos estudantes nas residências para perceção de ofertas possíveis de refeição, a iniciativa
"Encontros Cozinhas do Mundo”, a elaboração de Check list com critérios de qualidade para o alojamento
de estudantes e a reformulação do portal UcAlojamento/UcAccommodation, o lançamento de concurso
público para um parceiro privado para modelo de funcionamento de Central de Reservas e de modelo de
Alojamento de Estudantes Universitários Internacionais em Residências Privadas, a integração dos serviços
de saúde numa estrutura única e localizada num espaço comum e partilhado com a consequente alteração
do regulamento orgânico dos SAS e da Administração da UC, implementação do ATL de Verão pelos
Serviços de Apoio à Infância.
No âmbito do eixo desenvolvimento, os trabalhos focalizaram-se no desenvolvimento da Carta de
Princípios da Cidadania da UC e na apresentação de uma proposta de estrutura para a área da cidadania da
UC – Figura 3.4.
30 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 3.4. Carta de Princípio de Cidadania da Universidade de Coimbra
A proposta de Carta de Princípios da Cidadania da UC foi apresentada no Senado da Universidade
em novembro de 2014 e será possivelmente alvo de ampla discussão no âmbito do desenvolvimento do
novo plano estratégico da UC para 2015-2019.
O projeto de sustentabilidade na ação social, tendo sido um projeto que forneceu contributos
relevantes no sentido de abrir novas perspetivas no desenho de um sistema de ação social sustentável, foi
entretanto prorrogado até ao final do ano 2015, com vista a concluir algumas ações ainda em curso, como
sejam as do eixo desenvolvimento e, no que concerne ao eixo resposta, algumas ações na dimensão dos
alojamentos, dado o desafio da internacionalização da UC.
31 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4 ATIVIDADES
Na prossecução da sua missão, os SAS asseguram a atribuição de apoios diretos a estudantes da
UC, disponibilizando ainda apoios indiretos na forma de serviços de alimentação, alojamento, apoio médico,
apoio à infância e integração e aconselhamento à comunidade universitária.
Sempre com a preocupação de diversificar os apoios sociais a disponibilizar aos estudantes que
que não têm acesso a outros sistemas de apoio em matéria de ação social e que apresentem, de forma
comprovada, necessidades educativas especiais e/ou efetivas carências socioeconómicas, a Universidade de
Coimbra criou, em 2013, uma nova modalidade de apoio - o Programa de Apoio Social a Estudantes através
de Atividades de tempo Parcial (PASEP) – apresentando, em 2014, os primeiros resultados da
implementação deste apoio no ano letivo 2013/14.
No mesmo sentido, em 2014, destaca-se a candidatura ao Programa Montepio Incentivo Superior com
o projeto DigitALL – Apoio Social e Inclusão Digital. O apoio que se propôs com este projeto consiste na
disponibilização de computadores portáteis a estudantes que, devido a carências económicas, não
conseguem adquirir estas ferramentas que, no atual contexto, constituem instrumentos fundamentais nos
projetos educativos e curriculares no Ensino Superior. Como fundamento desta perspetiva de candidatura
33 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
foi realizado um inquérito dirigido aos estudantes da UC, no qual se constatou – no atual cenário de crise
e carência económica – um evidente desinvestimento na aquisição de material escolar e pedagógico, com
consequentes implicações ao nível do sucesso escolar. Os resultados da candidatura foram conhecidos no
final de 2014, tendo o projeto apresentado pela UC sido aceite, pelo que a sua implementação decorrerá
em 2015.
Na perspetiva da sustentabilidade e melhoria contínua da ação social na UC, os SAS asseguram
ainda outras atividades, igualmente dirigidas à comunidade universitária, que se materializam na oferta
integrada de serviços, nos serviços de catering e, na sequência da reestruturação orgânica implementada
em 2014, serviços de saúde, higiene e segurança no trabalho.
34 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.1 APOIOS DIRETOS
A atribuição de apoios sociais diretos compreende a gestão de processos de atribuição de bolsas
de estudo (ao abrigo do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior
- Despacho n.º 8442-A/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 120, de 22 de junho, retificado
pela Declaração de Retificação n.º 1051/2012, de 14 de agosto de 2012 e alterado pelos Despachos n.º
627/2014, de 14 de janeiro e n.º 10973-D/2014, de 27 de agosto de 2014) e a atribuição do Fundo de Apoio
Social aos Estudantes da UC (FAS - programa de atribuição de benefícios sociais com recurso a receitas
próprias da Universidade de Coimbra).
Os processos de atribuição de bolsas de estudo e do FAS são geridos no âmbito das competências
do Núcleo de Bolsas, integrado na Divisão de Acolhimento e Integração da Direção de Serviços de Apoio
ao Estudante dos SAS.
Além da atribuição de apoios diretos (Bolsas e FAS), cuja abrangência dos apoios se encontra
definida nos respetivos Regulamentos, a ação dos SAS neste domínio compreende ainda a análise e
encaminhamento de situações que, pese embora traduzam necessidades de cariz socioeconómico com
potencial impacto na inclusão social e académica dos estudantes da UC, extravasam as competências dos
SAS no âmbito dos apoios a atribuir.
Neste domínio de ação destaca-se o trabalho desenvolvido, em articulação direta com a equipa de
projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, ao nível do diagnóstico a estudantes com bolsas DGES
indeferidas, onde se procurou não só identificar como implementar respostas alternativas da Ação Social
na UC, visando otimizar a integração social e académica dos seus estudantes.
A par deste trabalho releva-se igualmente a ação desenvolvida em parceria com o Fundo Solidário,
que tem permitido assegurar respostas sociais alternativas às necessidades socioeconómicas dos estudantes
da UC (e de outras instituições de ensino superior da cidade de Coimbra), promotoras da integração e
prevenção do abandono no Ensino Superior.
4.1.1 BOLSAS
No ano civil 2014 (que abrange os anos letivos 2013/14 e 2014/15), no âmbito da gestão do
processo de atribuição de bolsas de estudo, destacam-se as alterações ao Regulamento vigente,
designadamente a alteração aprovada em janeiro de 2014 (com impacto na gestão dos processos dos 2 anos
letivos abrangidos no período considerado) que, atendendo à recomendação do Senhor Provedor de Justiça
no sentido de “ser apenas tomado como motivo de inelegibilidade para apoio social a situação tributária ou
contributiva não regularizada por dívidas imputáveis ao próprio estudante”, veio alterar a condição de
elegibilidade para atribuição de bolsa de estudo fixada pela alínea i) do Regulamento na sua redação original
(todos os elementos do agregado familiar com situação tributária e contributiva regularizada), passando a
35 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
exigir apenas a regularização da situação tributária e contributiva do/a candidato/a a bolsa. Esta alteração
teve efeitos na totalidade do concurso do ano letivo 2013/14, tendo os processos que já haviam sido
indeferidos por não cumprimento da condição de elegibilidade visada à data da publicação do Despacho
sido reapreciados pelos SAS.
Em agosto de 2014 foi publicada nova alteração ao Regulamento, que veio introduzir mudanças no
apuramento do património mobiliário a considerar no cálculo da capitação, bem como prever a atribuição
de um complemento mensal, durante o período de mobilidade aprovado, para os estudantes bolseiros a
quem seja atribuída bolsa no âmbito do Programa Erasmus+.
No que respeita aos resultados finais do concurso do ano letivo 2013/14, registou-se a atribuição
de bolsas a 3938 estudantes da UC, tendo sido recusadas 1300 candidaturas.
Quanto ao ano letivo de 2014/2015, com referência a 31 de dezembro de 2014, foram atribuídas
bolsas a 2662 estudantes, tendo sido despachados 3758 processos, o que corresponde a 75.04 % do total
de concorrentes. Analisando a situação do concurso 2014/15 a 31 de dezembro com referência ao período
homólogo do ano letivo anterior constata-se, no presente ano letivo, um menor número de concorrentes
(-104) e um menor número de processos despachados – Quadro 4.1.
Quadro 4.1. Atribuição de bolsas de estudo nos anos letivos 2014/15 e 2013/14 (com referência a 31/12)
Bolsas de estudo (1)
2014/15 (a 31/12/2014)
% em rel. ao
Nº
nº
concorrentes
2662
53,15
2013/14 (a 31/12/2013)
% em rel. ao
Nº
nº
concorrentes
3018
59,04
Variação
-356
Processos recusados
777
15,52
946
18,51
-169
Processos em reanálise (2)
297
5,93
400
7,82
-103
22
0,44
39
0,76
-17
3758
75,04
4403
86,13
-645
Reclamações por motivo
de rejeição (3)
Despachados
Erros de dados
6
3
3
Aguarda documentos
77
54
23
Aguarda dados
42
16
26
Total
125
2,50
73
1,43
52
Processos Analisados
3883
77,54
4476
87,56
-593
Em análise
1125
22,46
636
12,44
486
Nº Concorrentes
5008
5112
-104
(1)
2014/15: Existem 2449 processos de bolsa em estado aceite, estando 112 processos em reclamação.
2013/14: Existem 2907 processos de bolsa em estado aceite, estando 15 processos em reanálise e 96 em reclamação.
(2)
2013/14: Existem 415 processos em reanálise (incluindo 15 processos com bolsa atribuída)
(3)
2014/15: Existem 134 processos em estado de reclamação (incluindo 112 processos com bolsa)
2013/14: Existem 135 processos em estado de reclamação (incluindo 96 processos com bolsa)
O menor número de processos despachados a 31 de dezembro de 2014 (ano letivo 2014/15) em
relação ao período homólogo do ano letivo 2013/14 esteve diretamente relacionado com problemas
36 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
surgidos na plataforma informática de atribuição de bolsas (SICABE), gerida pela Direção Geral do Ensino
Superior (DGES), designadamente o desaparecimento ou danificação de documentos, que impediu a
atribuição de bolsas durante o mês de dezembro. Esta situação afetou o processo de atribuição de bolsas
de estudo em todas as Instituições de Ensino Superior, tendo sido amplamente mediatizada – Figura 4.1.
Figura 4.1. Jornal Público Online, 17/12/2014
Em termos da evolução da atribuição de bolsas de estudo na UC nos últimos três anos letivos para
os quais estão disponíveis dados finais dos concursos - Quadro 4.2, constata-se um aumento gradual do
número de bolseiros, pese embora a diminuição de concorrentes.
Quadro 4.2. Atribuição de Bolsas de Estudo na UC de 2011/12 a 2013/14
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Bolsas de estudo
Processos recusados
3611
2350
60,58
39,42
3693
1628
69,40
30,60
3938
1300
75,18
24,82
Total de Candidaturas
5961
100
5321
100
5238
100
Quanto aos motivos de indeferimento a 31 de dezembro de 2014 (ano letivo 2014/15), destacamse, à semelhança dos anos letivos anteriores, situações de indeferimento por exceder o limite de capitação
e por não cumprimento dos requisitos de aproveitamento escolar – Quadro 4.3.
37 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.3. Motivos de indeferimento de candidaturas a Bolsas em 2014/15 (com referência a 31/12/2014)
Motivos de Indeferimento de Bolsa
Nº
%
Exceder o limite de capitação
Aproveitamento escolar
Situação tributária não regularizada
Instrução Incompleta
Conclusão curso Fora de prazo
Património Mobiliário superior a 240*IAS
Não preenchimento condições elegibilidade
Não matriculado
Cidadão s/ direito a residência permanente
361
287
2
58
20
10
2
34
3
46,46
36,94
0,26
7,46
2,57
1,29
0,26
4,38
0,39
Total
777
100
Da análise comparativa dos motivos de indeferimento nos últimos 3 anos letivos constata-se maior
representatividade de indeferimentos por excesso de capitação do agregado familiar e falta de
aproveitamento escolar – Quadro 4.4.
Quadro 4.4. Motivos de indeferimento de candidaturas a Bolsas de Estudo de 2011/12 a 2013/14
Motivos de Indeferimento de Bolsa
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Exceder o limite de capitação
782
33,28
621
38,14
531
40,85
Aproveitamento escolar
369
15,70
569
34,95
515
39,62
Situação tributária não regularizada
202
8,60
157
9,64
10
0,77
Instrução incompleta do processo
747
31,79
124
7,62
111
8,54
Património Imobiliário> 240*IAS
35
1,49
44
2,70
20
1,54
Não matriculado
54
2,30
41
2,52
49
3,77
Conclusão curso fora de prazo
54
2,30
34
2,09
38
2,92
Não preenchimento de condições de elegibilidade
68
2,89
17
1,04
14
1,08
Cidadão sem direito a residência permanente em
Portugal
16
0,68
10
0,61
10
0,77
Agregado familiar sem rendimentos
4
0,17
3
0,18
1
0,08
Desistente
15
0,64
3
0,18
0
0,00
Outras Situações
4
0,17
5
0,31
1
0,08
2350
100,00
1628
100,00
1300
100,00
Total de Indeferidos
Analisando os dados dos últimos três anos letivos (excluindo os dados do concurso de 2014/15
por ainda se encontrar a decorrer), verifica-se uma diminuição significativa do número de concorrentes,
bem como um aumento progressivo do número de bolseiros – Figura 4.2.
38 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.2. Evolução do processo de atribuição de Bolsas de Estudo de 2011/12 a 2013/14
7000
6000
5961
5321
5000
4000
3000
2000
3693
3611
2350
1628
1000
5238
Bolsas de
estudo
3938
Processos
recusados
1300
Total de
candidaturas
0
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Para o aumento do número de bolseiros, contribuiu a alteração do Regulamento, em janeiro de
2014, deixando de penalizar os alunos cujos agregados familiares tivessem a situação tributária ou
contributiva não regularizada.
Ainda em relação a este processo e no que se refere à comunicação da situação académica do/a
candidato/a (prevista no artigo 31.º do Regulamento), salientam-se os trabalhos desenvolvidos entre os SAS
e a equipa que gere o sistema de gestão académica da UC (Nonio) no desenvolvimento de um webservice
para assegurar a comunicação entre sistemas de informação (Nonio e SICABE), visando a importação
automática de informação académica para o sistema de informação de suporte à análise de candidaturas a
bolsa de estudo (SICABE). Este webservice começou a ser testado em novembro de 2013 e foi utilizado ao
longo do ano de 2014, sendo preocupação das partes envolvidas o despiste de situações que necessitassem
de correção, com o objetivo de tornar o processo de disponibilização de dados académicos na plataforma
SICABE cada vez mais eficaz. Destaca-se, como necessidade de melhoria deste processo, o desenvolvimento
de ferramenta que permita sinalizar as alterações que vão sendo introduzidas nos dados académicos ao
longo do ano. A deteção destas situações tem exigido um grande esforço dos SAS, com potenciais
implicações na garantia da eficácia do processo de atribuição de bolsas de estudo, que poderiam ser
minimizadas com a existência de notificações automáticas, na plataforma SICABE, para o/a respetivo/a
técnico/a responsável pela análise do processo.
Considerando a experiência dos SAS na gestão do processo de atribuição de bolsas de estudo e
os contactos frequentes com os/as estudantes da UC, constata-se que o atual sistema de atribuição de
bolsas é muito deficitário em relação às necessidades dos/as estudantes, não sendo por vezes percetível
para aqueles a razão da não atribuição da bolsa ou do montante da mesma.
Seria assim fundamental que o Ministério procedesse à alteração deste Regulamento, alargando
designadamente o limiar de elegibilidade e revendo alguns critérios de cálculos de rendimentos.
Neste sentido, foi criada, por Despacho de 19 de março de 2015 do Sr. Secretário de Estado do
Ensino Superior, uma Comissão de Revisão do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo, pelo que é
39 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
expectável que para o ano letivo 2015/2016 vigore um novo Regulamento de Atribuição de Bolsas de
Estudo.
INTERVENÇÃO JUNTO DE ESTUDANTES COM BOLSA INDEFERIDA (2013/14)
Em articulação direta com a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social” e no âmbito do
desenvolvimento da dimensão “Apoios Diretos” deste projeto, foi concebido, implementado e analisado
um inquérito visando retratar a população de estudantes da UC com processo de candidatura a bolsa
indeferida no ano letivo 2013/14. Pretendeu-se, com este processo de auscultação, conhecer as imagens e
projeções desta população relativas ao indeferimento de bolsa; as implicações do indeferimento na vida
pessoal e académica dos inquiridos; as perspetivas sobre a continuidade dos estudos em resultado do
indeferimento e verificar se tinham interesse em novo contacto pelos SAS com vista à análise da situação
na perspetiva de identificação de outros possíveis apoios sociais.
A aplicação do inquérito ocorreu em duas fases – março e junho de 2014 – tendo-se obtido 541
respostas, das quais 442 foram consideradas válidas (42% e 34%, respetivamente, do total de processos
indeferidos em 2013/14). Os resultados deste processo de auscultação foram apresentados em relatório
específico, elaborado pela equipa de projeto, em setembro de 2014.
No que respeita concretamente à intervenção dos SAS neste processo e considerando a totalidade
dos respondentes ao inquérito (541 alunos), constatou-se que 306 (56,6%) respondentes assinalaram
interesse em receber contacto dos SAS para análise da situação e avaliação de respostas sociais alternativas
à bolsa de estudo e 235 (43,4%) manifestaram não ter esse interesse/necessidade ou nem sequer
possibilitaram a sua identificação, o que impossibilitou o acompanhamento e intervenção pelos SAS.
Dos 306 alunos que manifestaram interesse no apoio dos SAS, 88 foram, de facto, alvo de algum
tipo de intervenção, enquanto 218, por motivos vários mas que determinaram a falta de condições formais
para tal, não conseguiram beneficiar do apoio pretendido. Daqui resultou uma taxa de sucesso (isto é, de
capacidade de intervenção) de 29%.
Importa clarificar a forma de intervenção dos SAS que, considerando a complexidade que reveste
o trabalho social, se traduziu numa análise cuidada e se não sempre casuística, privilegiando-se o contacto
próximo e contextualizado. Neste contexto, os SAS intervieram junto dos interessados, por forma a
procurarem soluções para colmatar as dificuldades económicas, tendo, para tal realizado um total de 169
contactos de e-mail, 24 contactos telefónicos e 17 entrevistas pessoais.
Através destes contactos personalizados, os SAS procuraram encontrar respostas que permitissem
a identificação de soluções válidas e em tempo útil para colmatar as dificuldades registadas por aqueles
alunos que apresentavam evidentes carências socioeconómicas. E porque, recorde-se, no espírito da lei e
dos objetivos da ação social no ensino superior está o objetivo de garantir que ninguém deixe de estudar
40 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
por motivos de carência económica, foi assim possível encontrar respostas para um conjunto significativo
de estudantes que, de outra forma, ficariam irremediavelmente a descoberto de apoio.
No que respeita aos esquemas de apoio identificados como respostas sociais alternativas à bolsa,
nas 88 intervenções conseguidas, registaram-se 77 (87,5%) benefícios FAS propinas; 5 (5,7%) reanálises a
processos de candidatura a bolsa; 3 (3,4%) encaminhamentos para o PASEP; 2 (2,3%) para o Fundo Solidário
e 1 (1,1%) benefício FAS – Subsídio de Emergência.
Esta intervenção consubstancia a ação dos serviços e valoriza o papel que os SASUC têm e podem
ter na ação social. Não se conseguindo abranger necessariamente todos os necessitados de apoio social,
cabe-lhes uma tarefa que vai além das respostas mais formais e tradicionais, uma vez que a ação social – no
atual contexto – pode ir claramente além através de outros instrumentos.
41 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.1.2 FAS
Pela deliberação do Senado, nº 43/2004 de 20 de outubro, foi criado, no ano letivo de 2004/2005,
o Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC (FAS) como um instrumento complementar ao regime das
bolsas de estudo.
O FAS tem o duplo objetivo de:
1.
Comparticipar as despesas com propinas dos estudantes não bolseiros com manifestas e
comprovadas dificuldades económicas.
2.
Fazer face a situações de comprovada emergência, entendidas como situações de grave risco
de sobrevivência de um aluno que não possui ou deixou de possuir os meios para prover às
suas necessidades básicas de alojamento, saúde e alimentação.
No primeiro caso dirige-se a alunos não bolseiros e o seu pedido faz-se através de candidatura ao
concurso anual e traduz-se na atribuição do montante correspondente à diferença entre a propina mínima
e a propina máxima estabelecida em cada ano letivo. Abrange os alunos matriculados na UC em cursos de
licenciatura ou mestrado, com aproveitamento escolar no último ano letivo e cuja capitação média mensal
do agregado não seja superior ao valor da propina mínima (2013/2014 – 630,50€). A forma de cálculo da
capitação considera os rendimentos líquidos do agregado e permite a dedução de despesas de habitação e
de encargos com a saúde dos elementos do agregado portadores de doença crónica/prolongada.
No segundo caso, dirige-se a todos os alunos da UC que estejam em comprovada situação de
emergência. Este apoio, cujo montante não pode ultrapassar o valor correspondente à diferença entre a
propina mínima e a máxima, pode ser atribuído em duas tranches, sendo o pedido, devidamente
fundamentado, efetuado através de requerimento dirigido à Administradora dos SAS.
A 20 de março de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Ação Social alterações ao regulamento
do FAS para o ano letivo 2013/14, visando que a atribuição deste benefício pudesse constituir um apoio
alternativo à não atribuição de bolsa de estudo e assegurar uma maior equidade social, tendo em conta a
diferenciação da situação económica dos agregados familiares. Assim, foram criados dois escalões de
benefícios, correspondendo o primeiro à totalidade do valor das propinas de cursos de licenciatura
(1065,72€ em 2013/2014) abrangendo os estudantes cujo rendimento do agregado familiar per capita mensal
se situasse abaixo dos 300€; e o segundo correspondendo à diferença entre a propina mínima e a propina
máxima (435,22€ em 2013/2014) abrangendo todos os estudantes candidatos cujo rendimento do agregado
familiar per capita mensal fosse igual ou superior àquele montante e não ultrapassasse o limite de capitação
definido.
Foram ainda introduzidas outras alterações, nomeadamente:

Na definição das regras de aferição do aproveitamento escolar, estabeleceu-se como
aproveitamento mínimo a realização de 36 ECTS no ano letivo anterior àquele para que
estivessem a solicitar apoio;

Desde que exista aproveitamento escolar, passou a contabilizar-se, para efeitos de atribuição
do FAS, o nº de anos em que beneficiaram deste apoio, não podendo exceder o nº de anos
42 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
do curso mais um ou dois anos, consoante o curso tivesse a duração de 3 ou mais anos e não
o nº de inscrições no ensino superior;

No caso de uma 1ª mudança de curso, deixou de ser exigido aproveitamento escolar no curso
de onde mudou.
Em suma, as alterações verificadas vão no sentido da complementaridade dos diversos apoios
sociais, tentando evitar que as dificuldades económicas assumam proporções que originem o abandono ou
interrupção do percurso escolar por parte dos estudantes.
CONCURSO FAS PROPINAS 2013/2014
Durante o ano económico de 2014 decorreu o concurso, atribuição e pagamento do FAS propinas
referente ao ano letivo de 2013/2014. O concurso decorreu de 24 de março a 30 de abril, tendo o prazo
sido prolongado até 21 de maio. O prolongamento do prazo do concurso decorreu da constatação de uma
diminuição acentuada do número de concorrentes em relação ao ano anterior (em 2012/2013 o prazo do
concurso decorreu até 15 de junho de 2013), tendo igualmente sido detetadas algumas dificuldades
relacionadas com a plataforma informática através da qual se realizaram as candidaturas. Os dados do
concurso FAS propinas referente ao ano letivo 2013/14 sintetizam-se no Quadro 4.5.
Quadro 4.5. Resultados do concurso FAS propinas 2013/2014
Nº Alunos
%
Encargo (€)
Benefícios atribuídos
356
76,72
228.180,28
Benefícios Recusados
108
23,28
Total de Concorrentes
464
100,00
Dos motivos de indeferimento de candidaturas, destaca-se a não observância de requisitos de
aproveitamento escolar – Quadro 4.6.
Quadro 4.6. Distribuição dos motivos de indeferimento de candidaturas no concurso FAS propinas 2013/2014
Razões do Indeferimento
Nº
Condições de aproveitamento escolar
Exceder o limite de capitação
Ser bolseiro
Não matriculado
Instrução incompleta do processo
Património mobiliário superior 240xIAS
62
12
13
1
18
2
% em rel. ao
nº recusados
57,41
11,11
12,04
0,93
16,67
1,85
108
100
Total
43 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
SUBSÍDIOS DE EMERGÊNCIA ATRIBUÍDOS/PAGOS
Durante o ano económico de 2014 entraram 31 requerimentos de estudantes a solicitar a
atribuição de subsídio de emergência por se encontrarem com carências económicas, tendo sido deferidos
pedidos referentes a 17 estudantes, correspondendo a um encargo anual de 6 663,19€.
Muitos dos pedidos efetuados estavam relacionados com a necessidade de pagamento das propinas
para regularização da matrícula. Os requerimentos foram analisados e sujeitos a despacho superior.
Sempre que justificado, foram os alunos encaminhados para outras instituições com vista à
resolução da situação ou a complementar o apoio concedido pelos SAS.
No ano económico de 2014 os apoios concedidos através do Fundo de Apoio Social (propinas e
subsídios de emergência) representaram um encargo de 234 843,47€, sendo 222 180,28€ referente a FAS
propinas e 6 663.19€ a subsídios de emergência.
ATRIBUIÇÃO DO FAS NOS ANOS LETIVOS 2011/2012 A 2013/2014
Da análise comparativa dos últimos três anos letivos de atribuição de benefícios no âmbito do FAS
constata-se, em 2013/2014, um ligeiro aumento do número de concorrentes e do número de atribuições
destes apoios. Verifica-se também um aumento significativo, em 2013/2014, do encargo assumido com o
pagamento do FAS propinas, resultante das alterações introduzidas em março de 2014 ao Regulamento,
designadamente a criação de dois escalões: o 1º respeitante ao valor da propina efetivamente paga e o 2º à
diferença entre a propina mínima e a máxima (Quadro 4.7.; Figura 4.3.; Quadro 4.8.).
Quadro 4.7. e Figura 4.3. Evolução da atribuição do FAS propinas de 2011/12 a 2013/14
Anos Letivos
Nº
Concorrentes
11/12
12/13
13/14
626
445
464
Atribuições
Nº
%
427
300
356
Encargo (€)
68,21
67,42
76,72
157 652,67
122 010,00
228 180,28
700
600
500
400
626
464
445
427
356
300
300
200
100
0
11/12
12/13
Concorrentes
44 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
13/14
Atribuições Nº
Quadro 4.8. Evolução da atribuição do FAS subsídio de emergência 2011/12 a 2013/14
Atribuições
Anos Letivos
Nº
Requerimentos
Nº
%
11/12
12/13
13/14
54
33
31
22
19
17
40,74
57,58
54,84
Encargo (€)
7 696,31
6 909,43
6 663,19
Os motivos de indeferimento dos pedidos de subsídio de emergência são, na sua maioria,
decorrentes do facto de os alunos não estarem inscritos na UC ou já terem terminado os cursos.
É de realçar que em 2013/14 foram incluídos no 1.º escalão (atribuição do valor da propina
efetivamente paga) 125 alunos, correspondente a um encargo de 127 644,46€ - Quadro 4.9.
Quadro 4.9. FAS propinas 2013/14: Distribuição por escalões
Nº de
estudantes
c/ FAS
Encargo
assumido
Escalão 1
(pagamento de propina na totalidade)
125
127 644,46
Escalão 2
(pagamento da diferença entre a propina máxima e mínima)
231
100 535,82
Total
356
228 180,28
No Quadro 4.10. sintetizam-se os principais indicadores da atribuição deste benefício da UC nos
últimos três anos letivos.
Quadro 4.10. Evolução da atribuição do FAS (propinas e subsídio de emergência) de 2011/12 a 2013/14
Anos
Letivos
11/12
12/13
13/14
Nº
Concorrentes/Requerimentos
FAS
Propinas
Subs.
Emergência
626
445
464
54
33
31
Nº Atribuições
Total
FAS
Propinas
Subsidio
Emergência
Total
%
680
478
495
427
300
356
22
19
17
449
319
373
66,03
66,74
75,35
Encargo
(€)
165 348,98
128 919,43
234 843,47
45 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.1.3 FUNDO SOLIDÁRIO
Como ação complementar aos apoios diretos geridos no âmbito das competências dos SAS –
Atribuição de Bolsas de Estudo e do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC – destaca-se a parceria
com o Fundo Solidário.
Este projeto, iniciado em maio de 2010 pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, tem por objetivo
apoiar jovens do Ensino Superior com manifestas dificuldades/carências económicas, de forma a evitar que
estes abandonem os seus estudos, alertando para a defesa da igualdade de oportunidades no ensino
superior. Este apoio visa a uma recondução dos estudantes, tendo em conta os apoios já disponibilizados,
através do pagamento de propinas, abrangendo ainda despesas de alojamento, alimentação e planos de
estudos.
Para concretizar a eficácia destes apoios junto da comunidade universidade, este projeto dá forma
a uma rede que envolve os diversos serviços de apoio ao estudante na cidade de Coimbra, nomeadamente:
Instituto Universitário Justiça e Paz; SASUC; Provedoria do Estudante da UC; Serviços de Gestão Académica
da UC; Rede UC; Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC); Provedoria do
Estudante do IPC; Serviços de Ação Social da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC);
Provedoria do Estudante da ESEnfC; Centro de Acolhimento João Paulo II; Cáritas Diocesana de Coimbra
e Instituto de Emprego e Formação Profissional de Coimbra.
Em 2014 este grupo de parceiros realizou 9 reuniões para análise e discussão de casos de
estudantes, tendo sido apoiados, no ano letivo de 2013/2014, 82 estudantes (56 dos quais matriculados na
UC) e, em 2014/15, 93 estudantes (80 dos quais matriculados na UC). Estes apoios pelo Fundo Solidário
traduziram-se em montantes equivalentes a 27 927,69€ no ano letivo 2013/14 e a 25 723,82€ no ano letivo
2014/15.
Além do encaminhamento de estudantes cujas necessidades de apoio extravasam as competências
dos SAS no âmbito da atribuição de apoios diretos, a colaboração dos SAS com o Fundo Solidário
contemplou ainda o apoio a iniciativas para angariação de fundos, das quais se destacam o apoio à realização
da Feira do Livro e do CD; divulgação da existência do Fundo Solidário junto de entidades organizadoras
de eventos (Faculdades; Núcleos de Estudantes, …) no sentido de canalizar donativos para esta instituição
e disponibilização do Centro Cultural D. Dinis para realização de concerto solidário, pelos núcleos de
estudantes da FEUC, cuja receita reverteu para o Fundo Solidário.
46 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.2 APOIOS INDIRETOS
4.2.1 ALIMENTAÇÃO
A prestação de serviços de alimentação pelos SASUC integra as competências da Divisão de
Alimentação, à qual compete gerir um conjunto de cantinas e bares onde a diversidade de oferta e a
qualidade alimentar são tidas como metas. Para se poderem alcançar esses objetivos a Divisão de
Alimentação conta com um conjunto de equipas espalhadas pelas diversas unidades alimentares, coadjuvadas
pela equipa do Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar, contando ainda com um apoio administrativo
centralizado ao qual competem, além de outras, ações de planeamento e de gestão dos recursos humanos
afetos e o controlo da produção.
Para o desempenho eficaz das atividades que asseguram, os serviços de alimentação dos SASUC
contam ainda com o apoio da Divisão de Compras e Logística, a quem compete garantir o fornecimento de
todos os géneros alimentares e outros produtos e meios necessários à prestação de serviços alimentares à
comunidade UC. A referida qualidade alimentar será tanto mais garantida quanto mais coordenada for a
ação conjunta destas estruturas.
No âmbito da formação interna da Divisão de Alimentação na área da organização e gestão das
unidades alimentares e da sua produção iniciou-se, a 20 de janeiro de 2014, um programa de formação, que
teve lugar nas instalações do Complexo Alimentar do Polo II e que se prolongou pelos primeiros quatro
meses do ano, tendo abrangido 145 trabalhadores desta Divisão. As formações, dinamizadas pelo Chefe de
Divisão, compreenderam as temáticas “Técnicas Práticas de Cozinha” (8 sessões que envolveram 117
trabalhadores) e “Técnicas Práticas de Empratamento” (2 sessões que envolveram 28 trabalhadores).
Ao nível da organização e gestão de RH da Divisão de Alimentação, durante o ano de 2014 deu-se
continuidade ao ajustamento da composição das equipas e à rotação dos/as Encarregados/as entre unidades
alimentares, visando a melhoria dos desempenhos ao nível da polivalência e produtividade, bem como a
partilha de experiências entre as diversas unidades de produção dos SASUC.
Estes desideratos são cada vez mais fundamentais considerando que, desde 2012, as equipas afetas
às unidades alimentares que, desde 2012, têm vindo a ser progressivamente reduzidas. Esta diminuição do
número de trabalhadores por unidade alimentar, impulsionada pelo imperativo da garantia da
sustentabilidade da Ação Social na UC, fundamentou-se na necessidade de ajustamento dos recursos a uma
tendência decrescente da procura de refeições. Nesse sentido, nestes dois anos tem-se assistido a uma
elevada mobilidade interna de recursos, até aí alocados a equipas das unidades alimentares, para outras
unidades orgânicas dos SASUC e da UC, acompanhada de saídas por motivos de aposentação – Figura 4.4.
47 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Milhares
Figura 4.4. Evolução do n.º de refeições servidas e n.º de RH afetos à Divisão de Alimentação – 2012-2014
1 200
1 000
800
250
226
186
955
876
175
200
859
150
600
100
400
50
200
0
0
2012
N.º refeições
2013
2014
N.º RH Div. Alimentação
Esta situação teve necessariamente de ser acompanhada pela revisão dos processos de gestão
destes serviços na ótica da rentabilização de recursos e de promoção da eficiência dos processos.
Nesse sentido, a centralização de processos de produção foi também alvo de desenvolvimento em
2014, com a criação, a 22 de setembro, de uma unidade de desmanche, corte e embalamento de carnes nas
instalações da Divisão de Compras e Logística (Armazém Central), visando a uniformização no fornecimento
às unidades produtivas e a racionalização de recursos. Constatou-se que a dispersão daquela função pelas
unidades alimentares representava um desperdício de recursos na laboração das diversas cozinhas e que
poderia obter ganhos de eficiência se centralizada.
O controlo dos processos de gestão desta valência da Ação Social na UC, assente em
procedimentos de registo adequados e sistemas de informação que respondam às necessidades de obtenção
de informação fidedigna para o apoio à gestão tem sido igualmente alvo de investimento no âmbito da
revisão do modelo de gestão dos SASUC.
Foi finalmente possível, já no decorrer do quarto trimestre de 2014, concluir o processo de
unificação das codificações entre os produtos considerados matéria-prima a afetar à produção e a
codificação dos diversos produtos produzidos e vendidos. Por essa via será possível monitorizar mais
facilmente todo o processo, desde a aquisição da matéria-prima até à venda do produto final produzido,
sem descurar a venda direta das mercadorias adquiridas para o efeito.
No decorrer do ano de 2014 foi ainda possível avaliar o sistema informático de suporte à gestão
de cantinas, desenvolvido por empresa privada fornecedora de software em articulação com o Gabinete de
Sistemas Informáticos e de Informação (GSII), com a Divisão de Alimentação (DA) e com o Núcleo
Financeiro (NF), implementado no Complexo Alimentar do Pólo II em 2013, em versão experimental. Este
projeto piloto de pagamento das refeições através do Cartão UC não produziu os resultados esperados,
devido à inadequação das respostas da empresa às necessidades dos SASUC. Esta inadequação revelou-se
com maior acuidade nos níveis de controlo associados aos dados de venda e, consequentemente, ao
controlo da produção, tão necessários à implementação do novo módulo de planeamento. Apesar disso e
impulsionado exatamente pela limitada capacidade de resposta da referida empresa, o GSSI, em articulação
48 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
com a DA, imprimiram um novo impulso à solução, com recurso ao desenvolvimento do sistema de gestão
de cantinas que tem vindo a ser utilizado nos SAS (SIGES NetPOS), que se espera poder responder
cabalmente aos desafios mais exigentes que se colocam à gestão das unidades de alimentação dos SAS.
Mantém-se, contudo, a necessidade de desenvolver e ampliar a todas as unidades alimentares o controlo
de acessos e os pagamentos com o Cartão UC, desafios que se esperam ultrapassar em 2015.
Já no final do ano de 2014 a Divisão de Alimentação foi convidada a participar em dois projetos a
desenvolver por estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, um na área
da Engenharia do Ambiente e outro na área da robótica (Engenharia Eletrotécnica). Ambos os estudos estão
na sua fase inicial, pelo que poucos desenvolvimentos poderão ser reportados, exceto que o último visava
o controlo do volume das filas de acesso aos balcões do Complexo Alimentar. Procedendo a esse controlo
de forma autónoma o sistema emitiria informação ao utilizadores da aplicação, indicando-lhes a hora mais
propícia para se dirigirem ao local através da indicação do tempo médio de espera avaliado pelo sistema
robotizado.
Caraterização das unidades e da oferta alimentar
No final de 2014 encontravam-se em funcionamento 15 unidades alimentares, distribuídas pelos
diferentes Polos da UC, representando uma capacidade total de 2720 lugares sentados – Figura 4.5.
366
370
464
88
88
112
112
89
77
166
192
168
111
2013
80
85
42
126
126
192
252
252
342
326
216
144
248
244
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
410
Figura 4.5. Nº de lugares sentados das Unidades Alimentares dos SASUC a 31-12-2013 e a 31-12-2014
2014
Em 2014 assinalou-se a abertura de duas novas unidades alimentares: o Restaurante Universitário
Colégio de Jesus, inaugurado a 3 de março de 2014 e o Bar da Faculdade de Letras da UC, cuja abertura ao
público ocorreu a 1 de setembro de 2014 – Figura 4.6.
49 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.6. Novas unidades alimentares disponibilizadas pelos SAS à comunidade UC em 2014
Verificaram-se ainda alguns ajustamentos do número de lugares sentados, decorrentes de
alterações da oferta disponibilizada, nomeadamente na Sala B, que deixou de funcionar como cantina com
oferta social, passando a disponibilizar ofertas sazonais. Os restantes ajustamentos deveram-se à
necessidade de eliminação de equipamentos degradados (CAP II) e transferências de equipamentos
ocorridas entre unidades alimentares.
As unidades alimentares dos SASUC encontram-se geograficamente distribuídas, de forma a
satisfazerem as necessidades da comunidade universitária, dispersa pelos diferentes Polos da UC – Quadro
4.11.
Quadro 4.11. Distribuição geográfica das unidades alimentares dos SASUC
Localização
N.ª
Designação
Sala A; Sala B; Monumentais; S. Jerónimo; Químicas; Sandwich Bar; Sereia; Restaurante
Universitário Colégio de Jesus e Bar da FLUC
Complexo Alimentar do Pólo II (CAP II); Restaurante Universitário Casa da Pedra e Bar
do Departamento de Eng. Informática.
Polo I
9
Polo II
3
Polo III
1
Cantina “Restaurante Luzio Vaz” (englobando o restaurante universitário do Pólo III)
FCDEFUC
1
Cantina “Restaurante Estádio Universitário”
FEUC
1
Vermelhas
Total
15
Sendo a qualidade alimentar e o ajustamento da oferta aos requisitos e necessidades da comunidade
UC o enfoque da ação da Divisão de Alimentação dos SAS, procurou-se, no decorrer de 2014, empreender
ações que contribuíssem para esse desiderato. Pese embora o contexto de crise económica sentida pela
sociedade em geral, foi possível o alargamento da oferta nos moldes desejados, assegurando o equilíbrio
económico e financeiro associado a esse novo impulso da atividade dos SAS.
50 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A mudança de paradigma do serviço generalizado de alimentação prestado nas tradicionais cantinas
levou a alterações, realizadas de forma gradual, onde a oferta teve, numa primeira fase, um papel
fundamental, mas onde a procura, ao crescer sustentadamente, permitiu inferir da adequação dos novos
serviços/ofertas disponibilizadas.
Esse crescimento sustentado, embora não tenha permitido um forte crescimento/melhoramento
ao nível da oferta tradicional, ao assentar numa tipologia de serviços/ofertas mais diversificados, acarretou
um acréscimo da receita superior ao aumento dos custos associados, permitindo a libertação de fundos tão
necessários ao investimento. Esse investimento, realizado no final do ano, ao ser aplicado em benefício
direto da atividade poderá contribuir a curto prazo para melhorias no processo produtivo e na
rentabilização do fator trabalho.
No quadro seguinte – Quadro 4.12. apresentam-se as campanhas de novos produtos e serviços
que foi possível lançar ao longo do ano de 2014.
Quadro 4.12. Campanhas de novos produtos/serviços no âmbito da diversificação da oferta alimentar em 2014
Campanhas de
divulgação
Data de
lançamento
Observações
Lanche nas Químicas
22.01.2014
Abertura do serviço de lanche nas
Químicas.
Take Away em todas as
cantinas
23.01.2014
Reforço da divulgação da existência
de serviço de take away em todas as
cantinas
Francesinha no REU
01.02.2014
Lançamento de nova oferta snack no
REU, disponível ao sábado.
Imagem ilustrativa
51 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Campanhas de
divulgação
Data de
lançamento
Observações
Abertura do Restaurante
Universitário Colégio de
Jesus
03.03.2014
Abertura de nova unidade alimentar
no Polo I, com refeições buffet a
preço fixo de 6,50€.
Buffet de Saladas
20.05.2014
Lançamento de nova oferta sazonal
(snack), na Sala B, disponível no
período de almoço.
Campanha U franguito
02.06.2014
Lançamento de oferta de frango
assado (take away), no Sandwich Bar
12.06.2014
Lançamento de nova oferta de
refeições rápidas compreendendo
menus de sopa + baguete ou sopa +
½ baguete no Sandwich Bar; Bar do
DEI e Cafetaria do Pólo III
12.06.2014
16.06.2014
17.06.2014
26.06.2014
08.07.2014
09.07.2014
Emissão dos jogos do Mundial em
que participaram as seleções de
Portugal ou do Brasil no CCDD
(Polo I da UC); REU; CAP II (Polo II
da UC), disponibilizando ofertas
alimentares específicas durante os
períodos de emissão dos jogos
(Francesinha; Combinado
académico; Cachorro e Hambúrguer
no pão)
Menus Refeições Rápidas
(Sopa + baguete ou Sopa
+ ½ baguete)
Operação Mundial 2014
52 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Imagem ilustrativa
Campanhas de
divulgação
Abertura do Restaurante
Universitário Colégio de
Jesus em agosto
Data de
lançamento
Agosto de 2014
Observações
Funcionamento do Restaurante
Universitário Colégio de Jesus
durante o mês de agosto
Lançamento da oferta móvel de
gelados e águas em tricicleta
localizada na Rua Larga
Venda de gelados e águas
em Tricicleta
06.08.2014
Abertura do Bar da
FLUC
01.09.2014
Abertura de nova unidade alimentar
no Polo I, com oferta de refeições
rápidas, snack e serviço de cafetaria
Alargamento da oferta
de Refeições Rápidas
(Sopa + baguete ou Sopa
+ ½ baguete)
19.09.2014
Alargamento da oferta de Refeições
Rápidas à Cafetaria do CAP II e Bar
da FLUC
Pequeno-almoço e
Lanche na Sereia
30.10.2014
Lançamento de oferta de pequenoalmoço e lanche na Sereia
03.11.2014
Lançamento de nova oferta sazonal
(snack), na Sala B, disponível no
período almoço. Esta oferta
consistiu na disponibilização de
pratos típicos de vários países em
quinzenas temáticas alusivas a
quatro continentes: América Latina;
Ásia; África e Europa
Encontros de Cozinhas
do Mundo
Imagem ilustrativa
53 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Campanhas de
divulgação
Data de
lançamento
Observações
Buffet no restaurante
universitário do Pólo III
10.11.2014
Alteração da modalidade de oferta
no restaurante universitário do Pólo
III, que passou de serviço à mesa
para oferta buffet, mantendo o
preço fixo de 6,50€.
Bife nas Vermelhas
26.11.2014
Lançamento da oferta de bife
(snack) na cantina Vermelhas
29.11.2014
Lançamento da oferta integrada de
pastelaria, com divulgação de
catálogo e procedimento de
encomenda destes artigos em
qualquer unidade alimentar dos
SASUC
Oferta de pastelaria
Imagem ilustrativa
Foram ainda retomadas, em 2014, as ofertas de artigos de pastelaria associados a épocas festivas –
Folar da Páscoa e Bolo-rei e Broinhas.
Além da preocupação com a diversificação da oferta, preocupações de caracter ambiental e de
sustentabilidade para os SASUC levaram a que se iniciasse, no dia 6 de fevereiro de 2014, o projeto de
controlo de desperdício de comida nas unidades alimentares, visando a tomada de medidas que
permitissem a sua redução. Esta atividade terá continuidade em 2015 com ações dirigidas à comunidade
universitária visando a sensibilização para a redução do desperdício alimentar.
No Quadro 4.13. apresenta-se, de forma sumária, o tipo de serviços e a oferta alimentar
disponibilizados nas unidades alimentares dos SASUC em 2014.
54 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.13. Tipo de serviços e oferta, disponíveis nas unidades alimentares em 2014
Sala B
X
Take Away
Outros
Serviço à mesa
Buffet
Outras
X
X
X
X
X
X
X
Sandwich Bar
X
Monumentais
S. Jerónimo
Lanche
X
Pequeno-almoço
X
Serviço
diversificado
Bar / Cafetaria
Refeições Rápidas
(Sopas + baguete)
X
Pizzas e Pastas
Snack
Sala A
Vegetariana
Unidade Alimentar
Carne/peixe
Refeição Refeições
Social
Snack
X
X
X
X
Colégio de Jesus
X
Bar da FLUC
X
X
X
X
X
Químicas
X
X
X
X
X
Sereia
X
X
X
X
X
(a)
X
Estádio Universitário
X
X
X
(b)
X
Vermelhas
X
X
R. Luzio Vaz
X
X
X
Bar do DEI
CAP II
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Casa da Pedra
X
X
X
X
(a)
Fornecimento de refeições ao Jardim de Infância dos SASUC
(b)
Fornecimento de refeições e serviços de apoio à realização das festas académicas (Queima das Fitas e Latada)
A Divisão de Alimentação passou a elaborar a sua oferta de ementas sociais com periodicidade
mensal mantendo a preço de venda a variar entre 2,40€ (estudantes) e 4,10€ (não estudantes)1. Além da
alteração de periodicidade, a partir de maio de 2014 passou a ser divulgada a opção vegetariana da ementa
social e, a partir de julho de 2014, as ementas sociais passaram a ser disponibilizadas em versão bilingue
(português e inglês).
Relativamente às refeições de snack os preços mantiveram-se inalterados e a variar entre 2,10€ e
5,80€, sem diferenciação entre a população estudante e não estudante.
1
O preço da refeição social para estudantes é estipulado pelo Despacho nº 22 (2.a série), que, no ponto 1, determina: “O preço
mínimo da refeição subsidiada no âmbito do sistema de ação social do ensino superior é fixado em 0,5% do salário mínimo nacional
em vigor no início de cada ano letivo e automaticamente atualizado no dia 1 de outubro de cada ano civil”.
O preço da refeição social para trabalhadores da Administração Pública é fixado ao abrigo da Portara n.º 421/2012, que no Artigo 2º,
ponto 1, estipula: “O preço de venda da refeição tipo a fornecer aos trabalhadores da Administração Pública nos refeitórios dos
serviços e organismos da administração central e local, bem como dos institutos públicos que revistam a natureza de serviços
personalizados ou de fundos públicos, é fixado em 4,10€ (quatro euros e dez cêntimos), incluindo o imposto sobre o valor
acrescentado”.
55 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Em junho de 2014 foi ainda criada uma nova modalidade de refeições – refeições rápidas (menu
sopa + baguete ou sopa + ½ baguete) – com preços a variar entre 1,00€ e 2,10€, alargando-se a oferta
alimentar de refeições disponibilizadas à comunidade universitária com um leque variado de preços.
As refeições buffet, oferta inicialmente disponibilizada na Casa da Pedra no final do ano de 2013,
foram alargadas ao restaurante universitário Colégio de Jesus (inaugurado em março de 2014) e ao
restaurante universitário do Polo III que, em novembro de 2014, abandonou a modalidade de serviço à
mesa que vinha sendo seguida, tendo-se conseguido de alguma forma uma economia nos recursos humanos
necessários associados à anterior modalidade, nomeadamente no empratamento e distribuição. O preço
desta tipologia de oferta manteve-se inalterado (6,50€) em todas as unidades.
O período e horário de funcionamento das unidades alimentares sofreram ligeiras alterações em
2014, salientando-se as seguintes alterações de funcionamento:

Da Sala B, que, com a alteração da oferta social para ofertas sazonais, passou a funcionar à sextafeira;

Redução do horário praticado no Sandwich-bar, que passou a funcionar apenas até à meia-noite
(em 2013 funcionava até às 3h00);

Alargamento do horário das Químicas que, em virtude da nova oferta de lanches, aumentou em
3h o respetivo horário de funcionamento, passando a estar aberta até às 18h;

Alargamento do horário de funcionamento do REU aos sábados (mais 1h30).
No Quadro 4.14. sintetiza-se o horário e período de funcionamento das unidades alimentares
em 2014:
56 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.14. Horário e período de funcionamento das unidades alimentares em 2014
Unidade
Alimentar
Período / Horário de Atendimento
Observações
P. Almoço
Almoço
Jantar
Cafetaria
Sala A
8h-11h
12h-15h
19-21h30
8h-11h00
12h-16h45
Sala B
n.a.
12h15
n.a.
n.a.
Sandwich Bar
n.a
11h - 24h
2ª a 6ª feira.
Monumentais
S. Jerónimo
n.a.
12h - 21h30
2ª a 6ª feira.
n.a.
12h-15h
n.a.
12h-15h
Colégio de Jesus
n.a.
12h15
n.a.
n.a.
n.a.
8h-18h
Bar da FLUC
8h-18h
Assegura toda a oferta de 2ª a
6ª feira e ao fim de semana
assegura apenas almoço e
jantar (refeição social).
Em maio passou a
disponibilizar ofertas sazonais
de 2ª a 6ª feira.
2ª a 6ª feira.
Iniciativa atividade a 03/03.
2ª a 6ª feira.
Iniciou a atividade a 01/09.
2ª a 6ª feira.
Iniciou o serviço de Lanches a
22/01.
2ª a 6ª feira.
Químicas
8h-11h
12h-15h
n.a.
12h-18h
Sereia
9h-11h
12h-15h
n.a.
9h-11h 12h-16h45
Estádio Universitário
n.a.
12h-15h
19h-21h30
8h-21h30
8h-16h30*
2ª a 6ª feira.
*aos sábados (cafetaria)
Vermelhas
n.a.
12h-15h
n.a.
12h-16h30
2ª a 6ª feira.
R. Luzio Vaz
Bar do DEI
CAP II
Casa da Pedra
Iniciou o serviço de Pequeno
Almoço e Lanche em
novembro.
2ª a 6ª feira
12h-15h
8h-19h
2ª a 6ª feira.
n.a.
12h-15h
8h-18h
2ª a 6ª feira.
8h-11h
12h-15h
19h-21h30
12h-21h30
2ª a 6ª feira.
n.a.
12h-15h
n.a.
12h-15h
2ª a 6ª feira.
APOIO ALIMENTAR A ATIVIDADES CULTURAIS E DESPORTIVAS
Além destas campanhas, da iniciativa própria dos SASUC e diretamente relacionadas com a atividade nesta
área, a Divisão de Alimentação participou ainda em ações associadas a eventos realizados pela comunidade
académica, ou a ela ligados de alguma forma, destacando-se o apoio alimentar associado a festividades
académicas como a Queima das Fitas ou a Latada – Quadro 4.15.
57 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.15. Ações de apoio alimentar à realização de eventos promovidos pela comunidade académica em 2014
Ações de apoio à
realização de eventos
Data / Período
Parceiro(s) / Observações
18.05.2014
Participação nas comemorações do
dia do coração (envio de ficha técnica
de uma salada “SASUquiana” para
“Festival de Saladas”), em parceria
com a Fundação Portuguesa de
Cardiologia
Operação Queima das
Fitas 2014
08.05.2014
a
16.05.2014
Funcionamento ininterrupto do REU
para apoio alimentar nas festividades
da Queima das Fitas. Nesta ação, na
valência de serviços de catering, os
SAS asseguraram ainda o serviço de
Jantar do Baile de Gala e o catering
das Noites do Parque.
Noites do Parque –
Queima das Fitas 2014
08.05.2014
a
16.05.2014
Fornecimento de baguetes no
recinto onde decorreram os festejos
noturnos da Queima das Fitas 2014
Convívio NEM / AAC
09.05.2014
Apoio alimentar à realização do
mega convívio NEM / AAC
Cortejo Queima das
Fitas 2014
10.05.2014
Abertura do Sandwich Bar para
apoio ao cortejo da Queima das
Fitas 2014 e fornecimento de lunchbox ao staff de acompanhamento
Universidade de Verão
20.07.2014
a
25.07.2014
Apoio alimentar à atividade
Universidade de Verão pela
disponibilização de pequenos
almoços (1000), almoços (1500),
lanches (2700) e jantares (900+320)
Dia do Coração
58 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Imagem ilustrativa
Ações de apoio à
realização de eventos
Operação Latada 2014
Dia Mundial da
Alimentação
Data / Período
Parceiro(s) / Observações
15.10.2014
a
19.10.2014
Funcionamento ininterrupto do REU
para apoio alimentar nas festividades
da Latada 2014
16.10.2014
Organização, em parceria com o
Agrupamento dos Centros de Saúde
do Baixo Mondego (Núcleo de
Nutrição), com a ESEnfC e com o
Mercado Abastecedor de Coimbra,
de Workshops visando a promoção
de alimentação saudável e a
sensibilização para a importância do
papel da agricultura no combate à
fome e à pobreza, dirigidos a
crianças do 1.º ciclo do ensino
básico. O evento teve lugar na Sala
B e contou com a dinamização de
um workshop pelo Chef Luís Lavrador
Imagem ilustrativa
Além destes eventos, destaca-se ainda a colaboração dos SAS, através do apoio da Divisão de
Alimentação, com outras estruturas da comunidade UC, designadamente:
- Participação na preparação da candidatura da AAC à realização dos campeonatos Europeus
Universitários de 2018;
- Fornecimento de alimentação à organização e staff de apoio das festividades da queima das fitas e
da latada integradas no evento “Noite do Parque”.
- Fornecimento de alimentação aos participantes em encontros culturais e desportivos organizados
pelas estruturas da comunidade universitárias (encontros de tunas, encontro internacional de judo,
etc.);
- Fornecimento de jantares de curso integrados em comemorações e eventos culturais promovidos
diretamente pelos estudantes ou pelas suas organizações associativas.
N.º DE REFEIÇÕES SERVIDAS NAS UNIDADES ALIMENTARES
Durante o ano de 2014, registou-se um total de 859 395 refeições servidas alimentares, menos
16 758 (-1,9%) do que no ano anterior. Esta redução do número de refeições servidas face ao período
59 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
homólogo foi inferior à registada em 2013, em que se verificou uma redução de 8,3% (menos 78 873
refeições servidas em 2013 face a 2012).
Quando considerados os valores do n.º de refeições servidas nas diferentes unidades alimentares
entre 2012 e 2014, constatavam-se já alguns resultados dos esforços que têm sido empregues para travar a
tendência de diminuição crescente do n.º de refeições servidos – Figura 4.7.
Figura 4.7. Variação do n.º de refeições servidas por unidade alimentar, em 2012, 2013 e 2014
2012
2013
0
14
19 403
102 260
101 996
106 422
23 198
11 064
7 127
0
0
1 390
65 462
73 568
81 122
149 920
151 385
150 539
0
69 593
56 746
51 191
37 973
38 582
35 520
6 503
8 606
190
1 006
2 287
44 499
0
20 000
55 187
57 250
52 024
40 000
47 561
60 000
58 702
7 040
8 636
80 000
87 101
91 077
92 212
82 338
97 229
92 614
100 000
0
0
120 000
0
0
140 000
156 138
160 000
144 711
163 188
180 000
2014
Visando perceber o impacto do n.º de dias de funcionamento de cada unidade alimentar nos valores
totais registados anualmente no n.º de refeições servidas, apresenta-se, na tabela abaixo, o n.º médio diário
de refeições servidas por unidade alimentar entre 2012 e 2014 – Quadro 4.16.
60 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.16. N.º médio diário de refeições servidas por unidade alimentar, de 2012 a 2014
Num contexto fortemente marcado pela tendência de diminuição da procura de serviços de
alimentação pelos membros da comunidade universitária, constata-se que as cantinas Sala A e Restaurante
Luzio Vaz são as que apresentam uma evolução mais positiva em 2014, quer do n.º total de refeições
servidas, quer no n.º médio de refeições diárias servidas. No caso da Sala A, a explicação desta evolução
prende-se com a absorção dos/as utentes das cantinas Amarelas que foram encerradas no final de março
de 2013. Nesse sentido, em 2014 salienta-se que o valor médio diário de refeições servidas considerando
a Sala A e o Sandwich Bar (530) é ligeiramente superior ao valor médio diário de refeições servidas em
2012 pelas cantinas Amarelas e Sandwich Bar (526).
Na Sala B e Casa da Pedra, a redução do valor registado nestes indicadores deve-se à comparação
de tipologias de oferta distintas, que foram disponibilizadas nos períodos considerados – Social vs. Snack,
tendo a oferta snack tendencialmente menor procura, embora maior volume de receita por refeição.
Salienta-se ainda que a alteração da oferta e do funcionamento da Sala B em 2014, com a disponibilização
de ofertas snack sazonais (Buffet de Saladas e Encontros de Cozinhas do Mundo), traduziu-se num aumento
de 22,7% no n.º total de refeições servidas face ao período homólogo.
Após o acréscimo de n.º de refeições servidas em 2013, as Monumentais assistiram, em 2014, a
um decréscimo acentuado, quer no n.º total de refeições servidas, quer no n.º médio diário. Esta tendência
começou a sentir-se desde abril de 2014.
A ligeira diminuição (7,7%) no número de refeições servidas na cantina S. Jerónimo em 2014
justifica-se, em parte, por nunca ter assegurado o serviço de jantares em 2014, tendo assegurado esse
61 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
serviço de julho de 2013, bem como por influência do decréscimo da procura de refeições sociais. Esta
diminuição pode ainda atribuir-se aos efeitos de concorrência interna gerada pela abertura do Restaurante
Universitário Colégio de Jesus, com localização próxima. Os meses em que se verificou maior decréscimo
da procura (n.º de refeições/dia) foram maio, junho, outubro e novembro de 2014.
Constatou-se ainda que as novas unidades alimentares dos SAS, que iniciaram atividade em 2014,
tiveram boa aceitação pela comunidade universitária. Os valores pouco significativos de n.º de refeições
servidas face aos totais de 2014 justificam-se, não só pela tipologia de oferta disponibilizada nestas unidades
alimentares (buffet, snack e refeições rápidas), como pelo menor número de dias de funcionamento em
2014.
O aumento do número de refeições servidas na cantina Químicas face ao valor registado em 2013
deve-se, exclusivamente, ao funcionamento desta unidade alimentar durante o mês de agosto de 2014.
Quando analisado o indicador n.º de refeições /dia verifica-se que houve um decréscimo de 4% (menos 17
refeições/dia) face a 2012 e 2013. Não considerando as refeições sociais servidas no mês de agosto, verificase que esta redução se deve, essencialmente, à diminuição da procura de refeições sociais.
Na cantina Vermelhas o menor n.º de refeições servidas em 2014 justifica-se pela redução do n.º
de dias de funcionamento verificado em 2014 (menos 17 dias de funcionamento face ao período homólogo).
Esta diminuição coincidiu com os encerramentos verificados na Páscoa, Queima das Fitas (maio) e Latada
(outubro). Nas festividades académicas, o encerramento desta unidade alimentar justifica-se pela existência
de férias letivas na FEUC durante a Queima e parte da Latada e pela necessidade identificada de disponibilizar
recursos para assegurar as ofertas extraordinárias que a Divisão de Alimentação assegurou nestes períodos.
O n.º médio diário de refeições servidas nesta cantina tem-se mantido estável nos três anos observados.
Na cantina Sereia a quebra verificada no n.º total de refeições servidas e n.º médio diário de
refeições, aferidos em 2014 face a 2013 e 2012 justifica-se, essencialmente, pelo facto de ter sido eliminado
o serviço de jantares em março de 2013.
No CAP II o ligeiro decréscimo (0,6%) de refeições servidas em 2014 está associado à quebra da
procura de refeição social.
No REU o aumento de refeições servidas deve-se ao alargamento do período de funcionamento
(sábados como cafetaria) e às ofertas extraordinárias disponibilizadas nos períodos da Queima das Fitas e
Latada que contribuíram para refrear a tendência para a quebra da procura de refeição social.
Considerando a variação do número de refeições servidas nos períodos de refeição almoço
e jantar, em 2012, 2013 e 2014, constata-se que a ligeira diminuição do n.º de refeições servidas em 2014
ocorreu de forma equivalente em ambos os períodos – redução de 2% ao almoço e redução de 1% ao jantar
– Figura 4.8.
62 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.8. Variação do n.º de refeições servidas ao almoço e jantar, em 2012, 2013 e 2014
900 000
-16%
-1%
147 604
-2%
200 000
149 834
300 000
178 350
400 000
711 791
500 000
-6%
600 000
726 319
700 000
776 676
800 000
100 000
0
Almoço
Jantar
2012
2013
2014
Considerando a manutenção do n.º de unidades alimentares a assegurar serviços de jantar em 2013
e 2014 (Sala A; Monumentais; Estádio Universitário e CAP II) e o facto de no primeiro semestre de 2013
ainda terem funcionado mais duas unidades ao jantar (Casa da Pedra até maio e Sereia até abril), verifica-se
que o ajustamento do funcionamento dos serviços de alimentação ao jantar ocorrido em 2013 não teve
impacto negativo na procura de refeições neste período, assegurando-se a otimização e rentabilização das
unidades alimentares em funcionamento no período de jantar. Tanto em 2013 como em 2014 regista-se o
funcionamento pontual neste período da cantina S. Jerónimo (julho de 2013) e da cantina Químicas (agosto
de 2014).
Por sua vez, no número de refeições servidas ao fim de semana verificou-se, pelo segundo
ano consecutivo, um acréscimo de vendas, tendo-se registado um total de 42 275 refeições em 2014, mais
7 636 (22%) do que em 2013. Este acréscimo justifica-se, em grande medida, pelo funcionamento aos
sábados, durante todo o ano, da cafetaria do Estádio Universitário com oferta de refeições snack (oferta
iniciada em outubro de 2013). Em 2014, manteve-se a oferta de refeições sociais aos fins de semana na Sala
A durante todo o ano, exceto em agosto.
Na variação global do n.º de refeições servidas por tipologia (social carne/peixe; socia vegetariana;
snack, refeições rápidas, take away e restaurante universitário), a única quebra identificada registou-se na
refeição social carne/peixe (superior à quebra identificada em 2012, que foi de 5%). Salienta-se à recuperação
da venda de refeições socias vegetarianas em 27,5% (em 2013 tinha-se observado uma quebra de cerca de
46%), que se pode justificar com o alargamento desta oferta aos três polos da UC (além da Sala A, foi
alargada no final de 2013 à cantina Luzio Vaz e ao CAP II) – Quadro 4.17.
63 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.17. Variação do n.º de refeições servidas, por tipologia, em 2013 e 2014
Tipologia de Refeição
2014
583 879
22 345
221 219
18 772
873
12 307
Social carne/peixe
Social Vegetariana
Snack
Restaurante universitário
Take away (1)
Refeições rápidas
Total
(1)
859 395
Acumulado Anual
2013
Var Abs/%
635 265
-51 368
-8,1%
17 523
4 822
27,5%
220 193
1 026
0,5%
3 140
15 632 497,8%
32
841 2 628%
0
12 307
876 153
-16 758
-1,9%
Apenas são contabilizadas nesta tipologia as refeições da oferta take away da pizzaria Monumentais e do Sandwich bar
Genericamente constata-se o contributo positivo da estratégia de diversificação da oferta alimentar
dos SAS no objetivo de inverter a tendência da diminuição da procura de refeições, que se tem registado
desde 2003. O reforço da oferta de restaurante universitário (desde novembro de 2014 exclusivamente na
modalidade de buffet disponibilizado nos restaurantes universitários Casa da Pedra, Colégio de Jesus e Polo
III), da oferta take away pizzas (disponibilizada em dezembro de 2013) e a criação, em junho de 2014, da
oferta de refeições rápidas (menu sopa + baguete) contribuíram, em grande medida para contrariar a
tendência generalizada para a quebra da procura da oferta alimentar disponibilizada pelos SAS.
HÁBITOS DE UTILIZAÇÃO E SATISFAÇÃO COM A OFERTA ALIMENTAR DOS SASUC
À semelhança de anos anteriores, de 17 a 27 de novembro de 2014 foi aplicado um inquérito
dirigido à comunidade universitária para aferir os hábitos de utilização e a satisfação com a oferta alimentar
dos SASUC.
Responderam a este inquérito 1597 membros da comunidade universitária, com idades
compreendidas entres os 17 e os 67 anos (média=27), o que se traduziu numa taxa de resposta de 6%. A
maioria dos/as respondentes era do sexo feminino 858%), estudantes (76%) e as UO da UC mais
representadas no que respeita ao perfil dos/as inquiridos/as foram a FCTUC (36%), a FLUC (12%) e a FMUC
(11%). No que respeita à nacionalidade dos/as respondentes, 91% indicaram ser portugueses/as, sendo
também expressiva a representatividade de brasileiros/as (6%).
No que respeita aos hábitos de utilização das cantinas dos SASUC, a maioria dos/as respondentes
(55%) referiu utilizar as cantinas ao almoço quase todos os dias ou todos os dias e apenas 15% indicaram
nunca ou raramente utilizar as cantinas ao almoço. Destes, a maioria indicou como principal motivo para
não frequentar as cantinas ao almoço o facto de almoçar ou trazer comida de casa (53%) e tempo de espera
para ser atendido (17%).
64 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quanto à utilização das cantinas ao jantar ou ao fim de semana, a maioria dos inquiridos indicou
nunca ou raramente utilizar as cantinas nesses períodos (76% e 89%, respetivamente). Como principais
motivos para não o fazer, indicaram, principalmente, o facto de jantarem em casa ou não ficarem em
Coimbra durante o fim de semana. Embora com menor representatividade considerando o total dos
motivos indicados para não frequentar as cantinas ao fim de semana, houve ainda referência (8%) ao facto
de não saberem que as cantinas estavam abertas nesse período. Esta constatação originou de imediato a
implementação de medidas de reforço da divulgação da oferta alimentar disponibilizada pelos SAS ao fim de
semana.
À semelhança dos resultados obtidos em 2013, em 2014 a maioria dos respondentes (77%) afirmou
optar habitualmente pela refeição social, tendo a representatividade desta opção sido ligeiramente menor
quando comparada com os resultados obtidos em 2013 (81%), o que, considerando o ligeiro aumento da
representatividade das outras opções (snack, sopa e baguete, entre outras) poderá ser um reflexo do
impacto da estratégia de diversificação da oferta alimentar reforçada pelos SAS em 2014.
Destaca-se ainda que 6% dos respondentes costumam tomar pequeno almoço nas cantinas e 21%
tem por hábito recorrer às cantinas para lanchar.
No que respeita à avaliação da oferta alimentar dos SAS (através da escala de 1 a 5, em que 1
corresponde a mau e 5 a muito bom) e comparando com os resultados obtidos no processo de auscultação
de 2013, verifica-se uma melhoria da avaliação média dos itens refeições, atendimento e relação
qualidade/preço, mantendo-se estável a avaliação das instalações – Figura 4.9.
Figura 4.9. Avaliação da oferta alimentar dos SAS em 2013 e 2014
3,37
3,61
3,53
3,53
3,68
3,13
3
3,35
4
3,81
5
2
1
Refeições
Atendimento
2014
Instalações
Relação
Qualidade/Preço
2013
As unidades alimentares com melhor avaliação das refeições em 2014 foram o Estádio
Universitário, Sala B (buffet de saladas e cozinhas do mundo) e o Colégio de Jesus. No que se refere ao
atendimento, destacam-se com valores mais positivos as unidades alimentares Estádio Universitário, Colégio
de Jesus e Bar do DEI. As instalações melhor avaliadas foram as das unidades alimentares Estádio
Universitário e Casa da Pedra. Por fim, na relação qualidade/preço, destacam-se as avaliações obtidas nas
unidades alimentares Estádio Universitário e Colégio de Jesus.
65 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A taxa de satisfação com a oferta alimentar dos SASUC situou-se nos 65%, valor superior aos
obtidos nos processos de auscultação realizados em 2012 e 2013 (62% e 61%, respetivamente) – Figura
4.10.
Figura 4.10. Taxa de satisfação com a oferta alimentar dos SAS em 2012, 2013 e 2014
5
4
65%
61%
62%
65%
64%
63%
3
62%
61%
2
1
66%
3,49
3,45
3,59
2012
2013
2014
Valor Médio
60%
59%
Tx. Satisfação
Os resultados desta avaliação foram alvo de profunda análise e reflexão interna, que envolveu
todos/as os/as trabalhadores dos SAS com funções nesta valência da ação social na UC para clarificação de
resultados menos positivos e discussão de possíveis soluções, visando ajusta a oferta às necessidades e
expectativas da comunidade UC. Os aspetos com os quais os respondentes estão menos satisfeitos são:
qualidade e variedade das refeições; informação disponibilizada ao/à utilizador/a; instalações/equipamentos
e tempo de atendimento.
Decorrentes desta avaliação e das centenas de comentários e sugestões recolhidas, foram também
identificadas algumas Oportunidades de Melhoria dos serviços e da oferta alimentar disponibilizada, que
foram registadas para acompanhamento no Sistema Integrado de Melhorias da UC. Estas também foram
consideradas no processo de planeamento das atividades dos SAS para 2015, destacando-se:

Revisão das ementas e fichas técnicas das refeições da oferta social, visando assegurar maior
variedade de géneros utilizados e maior equilíbrio nutricional e calórico;

Alargamento da oferta vegetariana a todas as unidades alimentares, assegurando maior variedade
de refeições disponíveis nesta oferta;

Diversificação da oferta snack;

Diversificação da oferta de sobremesas;

Substituição do mobiliário degradado;

Melhoria da divulgação/ informação ao/à utilizador/a sobre a oferta alimentar.
CUSTOS E PROVEITOS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
As variações identificadas na procura dos serviços de alimentação pelos membros da comunidade
universitária e os necessários ajustes da oferta à procura implementados nestes serviços dos SAS tiveram
um impacto considerável nos custos e proveitos da Divisão de Alimentação (compreendendo unidades
66 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
alimentares, serviços de catering e serviços de suporte direto aos processos dos serviços de alimentação
integrados nesta Divisão) – Quadro 4.18.
Quadro 4.18. Variação de custos e proveitos da Divisão de Alimentação em 2013 e 2014 (c/ catering)
Proveitos globais (€)
Custos globais (€)
2014
2013
3 201 712,71
3 990 674,13
3 091 472,53
4 204 445,85
80,2
73,5
Tx. Cobertura (%)
Variação Abs. /%
110 240,18
-213 771,72
3,57
-5,08
6.7 p.p.
Não considerando os custos e proveitos dos Serviços de Catering, a variação da taxa de cobertura
do setor foi igualmente positiva (5.5 pontos percentuais) – Quadro 4.19.
Quadro 4.19. Variação de custos e proveitos da Divisão de Alimentação em 2013 e 2014 (s/ catering)
Proveitos globais (€)
Custos globais (€)
2014
2013
2 995 859,48
3 833 262,18
2 976 443,01
4 409 982,53
78,2
72,7
Tx. Cobertura (%)
Variação Abs. /%
19 416,47
-261 720,35
0,65
-6,39
5.5 p.p.
Pese embora a ligeira diminuição verificada no número de refeições servidas, o aumento da
oferta/procura de refeições de tipologia snack e de restaurante universitário, bem como o aumento dos
proveitos associados a serviços de catering, contribuíram para um aumento global dos proveitos deste
setor, na ordem dos 3,5%.
Os custos de funcionamento das unidades alimentares sofreram um acréscimo de 8%, que se
justifica, não só pela abertura de novas unidades alimentares (Restaurante Universitário Colégio de Jesus e
Bar da FLUC), como pelos custos associados a manutenção/reparação e aquisição de equipamentos,
investimentos necessários para garantir a qualidade dos serviços de alimentação disponibilizados à
comunidade universitária.
A reorganização das equipas das unidades alimentares e a centralização de processos produtivos,
com a criação da sala de corte, desmanche e embalamento de carnes na Divisão de Compras e Logística,
tiveram igualmente impacto na diminuição dos custos com recursos humanos da Divisão de Alimentação,
cuja variação anual em período homólogo representou uma diminuição de custos, em 2014, de cerca de
9%.
Constata-se, assim, que, globalmente e face ao desempenho do ano anterior, a redução de custos
e o aumento dos proveitos da Divisão de Alimentação contribuíram para um aumento da taxa de cobertura
do setor na ordem dos 6.7 pontos percentuais, tendo-se, em 2014, atingido uma taxa de cobertura dos
serviços de alimentação de cerca de 80%.
67 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Numa análise de custos e proveitos por unidade alimentar em 2014, verifica-se, tal como se
verificou nos custos e proveitos globais apresentados anteriormente, um aumento, tanto de custos como
de proveitos, em relação ao ano de 2013 – Quadro 4.20.
Quadro 4.20. Variação de proveitos, custos e taxa de cobertura, por unidade alimentar, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
Unidades
Alimentares
2014
Amarela Social
2013
Custos (€)
Var.
2014
2013
Taxa de Cobertura (%)
Var.
2014
2013
Var.
567,93
79 795,85
-79 227,92
7 204,55
121 665,57
-114 461,02
7,88
65,59
-57,71
0,00
18 283,39
-18 283,39
0,00
23 199,65
-23 199,65
n.d.
78,81
-78,81
Sandwich Bar
195 752,50
233 776,54
-38 024,04
259 655,56
201 878,55
57 777,01
75,39
115,80
-42,41
Químicas
254 580,57
217 553,52
37 027,05
256 085,83
261 700,97
-5 615,14
99,41
83,13
16,28
Vermelhas
99 522,34
111 451,62
-11 929,28
180 976,22
189 063,04
-8 086,82
54,99
58,95
-3,96
Sala A
409 158,44
379 998,15
29 160,29
512 417,27
533 465,00
-21 047,73
79,85
71,23
8,62
Sala B
23 541,88
0,00
23 541,88
35 266,25
6 695,02
28 571,23
66,75
0,00
66,75
Monumentais
165 240,89
177 284,74
-12 043,85
250 931,41
233 538,85
17 392,56
65,85
75,91
-10,06
S. Jerónimo
280 336,74
295 007,88
-14 671,14
299 404,48
303 780,05
-4 375,57
93,63
97,11
-3,48
904,39
30,00
874,39
7 712,88
6 674,44
1 038,44
11,73
0,45
11,28
REU
253 242,09
209 616,89
43 625,20
269 528,76
234 987,00
34 541,76
93,96
89,20
4,76
CAP II
458 509,50
454 382,59
4 126,91
542 107,41
557 077,74
-14 970,33
84,58
81,57
3,01
Bar do DEI
105 860,23
100 342,77
5 517,46
102 421,31
110 218,42
-7 797,11
103,36
91,04
12,32
45 696,36
49 939,11
-4 242,75
30 917,73
84 663,51
-53 745,78
147,80
58,99
88,81
Sereia
147 192,52
161 547,82
-14 355,30
222 495,24
240 374,64
-17 879,40
66,16
67,21
-1,05
Luzio Vaz
391 489,02
375 685,42
15 803,60
399 677,15
422 076,44
-22 399,29
97,95
89,01
8,94
Colégio Jesus
49 728,18
0,00
49 728,18
7 865,41
0,00
7 865,41
632,24
n.d.
n.d.
Bar da FLUC
58 439,95
0,00
58 439,95
33 933,00
0,00
33 933,00
172,22
n.d.
n.d.
2 938 859,14
2 864 696,29
74 162,85
3.531.058,89
-120 171,31
81,13
5,03
Vegetariana
Grill D. Dinis (1)
Casa da Pedra
Total
3 410 887,58
86,16
(1)
O Grill D. Dinis passou para a estrutura da Divisão de Oferta Integrada de Serviços em 2014, deixando de ser contabilizado na
Divisão de Alimentação.
Como outros custos e proveitos do setor, compreendem-se serviços de gestão e administrativos
da Divisão de Alimentação, serviços específicos de suporte ao processo da alimentação (higiene e segurança
alimentar e padaria), processos de apoio a atividades culturais e desportivas, os serviços de catering e outras
ofertas alimentares – Quadro 4.21.
68 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.21. Variação de proveitos, custos e taxa de cobertura, por outros serviços da Divisão de
Alimentação, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
Outros
Serviços DA
2013
48 943,56
15 105,18
33 838,38
139 283,40
169 143,84
-29 860,44
35,14
8,93
26,21
0,00
0,00
0,00
97 084,57
138 139,77
-41 055,20
0,00
0,00
0.00
75 188,11
96 565,93
-21 377,82
68 160,73
84 059,11
-15 898,38
110,31
114,88
-4,57
73,46
75,61
-2,15
173 882,35
172 580,92
1 301,43
0,04
0,04
0,00
176,21
0,00
176,21
10 074,13
0,00
10 074,13
1,75
n.d.
n.d.
205 853,23
115 029,52
90 823,71
157 411,95
109 463,32
47 948,63
130,77
105,08
25,92
7 807,11
0,00
7 807,11
2 050,15
0,00
2 050,15
380,81
n.d.
n.d.
3 201 712,71
3 091 472,53
110 240,18
3 990 674,13
4 204 455,85
-213 771,72
80,23
73,53
(1)
Repúblicas e Org.
Académicos (2)
Padaria
Pastelaria (3)
Catering
Tricicleta Gelados
Total DA
Var.
2014
2013
Var.
Taxa de Cobertura
(%)
Var
2014
2013
p.p.
2014
DA/NA
GNCA + IH
Custos (€)
(1)
Em 2014 apenas foram contabilizados custos do GNCA. Os custos com a atividade de Inspeção Higiossanitária foram considerados
no Centro de Custos do Gabinete de Apoio à Gestão.
(2)
Em 2014, o apoio às Repúblicas e a Organismos Académicos não foi considerado na Divisão de Alimentação por se tratarem de
processos geridos no âmbito das competências da Administradora.
(3)
Centro de custos apenas desagregado em 2014. Em 2013 estava integrado na Padaria.
Atentando à diminuição das taxas de cobertura aferidas para as unidades alimentares, destaca-se a
diminuição do rácio proveitos/custos nas unidades: Sandwich Bar; Monumentais; Vermelhas; S. Jerónimo e
Sereia.
Os resultados identificados para a Amarela Social e Vegetariana justificam-se considerando os
períodos de funcionamento em 2014 e 2013: não funcionaram em 2014, tendo apenas 3 meses de atividade
em 2013.
No que respeita ao Sandwich Bar, o decréscimo de proveitos face ao período homólogo pode
dever-se à redução do horário de funcionamento em 2014, ao encerramento da Cantina Amarela e,
eventualmente, à pouca atratividade das condições de atendimento, devido à degradação acentuada das
instalações desta unidade, a carecer rapidamente de renovação.
Por sua vez, nas Monumentais a quebra dos proveitos está diretamente relacionada com a
diminuição do n.º de refeições servidas, tendo-se ainda registado um aumento de encargos com pessoal
(RH) e com eletricidade. Esta situação será revista em 2015.
Nas cantinas Vermelhas, S. Jerónimo e Sereia identificou-se uma diminuição dos proveitos,
diretamente relacionada com a diminuição do n.º de refeições servidas nessas unidades alimentares (cerca
de 8%, de 5% e de 10%, respetivamente). As reduções de custos verificadas não compensaram a diminuição
de proveitos, refletindo-se no decréscimo das taxas de cobertura.
69 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
6,70
4.2.2 ALOJAMENTO
A prestação de serviços de alojamento pelos SAS é gerida no âmbito das competências do Núcleo
de Alojamentos da Divisão de Acolhimento e Integração (DAI).
Em 2014, deu-se continuidade ao processo de reorganização da equipa, nomeadamente com
redução do número de trabalhadores afetos às Residências Universitárias (RU) e fortalecimento das
valências de atendimento e de acompanhamento de estudantes nacionais e internacionais. Acentuou-se a
polivalência do pessoal técnico, tendo em vista um acompanhamento personalizado de cada estudante,
independentemente dos apoios a que recorre.
Em 2014, foi possível atuar a diversos níveis, como iniciar a melhoria do sistema de gestão de
alojamento (SIGESBA), destacando-se o mecanismo de reservas automáticas para casos de realojamento e
agilização da contratualização e comunicação com os estudantes. Procedeu-se à definição do regime de
alojamento extraordinário procurando simplifica-lo, sistematizou-se procedimento de pagamentos
fracionados e elaboraram-se guias de acolhimento para cada RU. As colocações dos estudantes nacionais e
de mobilidade em residência universitária, passaram a ser conjuntas, eliminando alas exclusivas por razões
de nacionalidade.
Em articulação direta com a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, foi definido o
procedimento de gestão de ofertas de alojamento local no portal “UC Alojamentos/ UC Accommodation”,
prevendo-se a sua formalização e integração no sistema de gestão em 2015. O portal, que agrega informação
de ofertas de alojamento na cidade de Coimbra (onde se incluem as residências universitárias e alojamentos
locais privados), visa facilitar o acesso a essa informação pela comunidade universitária, principalmente por
estudantes e investigadores internacionais e ao abrigo de programas de mobilidade internacional na UC,
sendo a sua gestão assegurada pelos SAS. Em 2014, na sequência da regulamentação do estatuto de
estudante internacional e do concurso especial de acesso e ingresso do estudante internacional à UC,
destaca-se ainda a reformulação do portal “UC Alojamentos/ UC Accommodation”.
Destaca-se também a reorganização do sistema de acesso a serviços de tratamento de roupa
pessoal das residências universitárias, com a disponibilização, em outubro de 2014, na residência Teodoro,
de novos equipamentos para lavar e secar roupa, tendo-se introduzido um fator moderador na sua
utilização, com expressão pecuniária. A disponibilização destes novos equipamentos veio responder às
necessidades que têm vindo a ser identificadas no sentido da melhoria das condições que cumpre aos
SASUC assegurar aos/às utilizadores/as das residências universitárias da UC, visando ainda contribuir para
a racionalização dos consumos de energia e de água, na ótica da garantia de uma ação social responsável e
sustentável. Nesse sentido, o preçário que foi introduzido para a utilização destes equipamentos visou
corresponsabilizar os residentes por comportamentos individuais com elevado impacto nos consumos de
água e eletricidade e, consequentemente, nos custos financeiros e ambientais decorrentes de práticas
individuais pouco sustentáveis/responsáveis. Esta será uma estratégia a alargar em 2015 a outras residências
universitárias, à medida das possibilidades de investimento em novos equipamentos.
70 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
No que respeita às atividades de divulgação dos serviços prestados junto da comunidade
universitária, destaca-se o reforço dos serviços disponibilizados aos estudantes do primeiro ano no posto
móvel no local das matrículas, agilizando candidaturas a bolsas de estudo e alojamento em residências
universitárias, potenciando um acolhimento mais abrangente, encurtando prazos e indo ao encontro das
expectativas dos estudantes – Figura 4.11.
Figura 4.11. “Operação matrículas” – ano letivo 2014/15 (setembro 2014)
Em 2014 realizou-se pela primeira vez o ‘Dia da porta aberta’, ou seja, no domingo anterior ao
início do ano letivo (14 de setembro) as residências universitárias abriram-se à comunidade, dando assim a
possibilidade aos estudantes e suas famílias de visitar ou instalar-se confortável e calmamente no seu quarto,
o que aconteceu com mais de 160. – Figura 4.12.
Figura 4.12. “Dia de Porta Aberta” – 14 de setembro de 2014
71 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Na sequência da candidatura ao programa cultural da XVI Semana Cultural da Universidade de
Coimbra realizou-se, nos meses de março e abril de 2014, a iniciativa “Viver em Rede”, ou seja, decorouse um quarto de residência universitária na unidade alimentar Monumentais e convidaram-se os estudantes
e restante comunidade universitária ao debate no ‘quarto’ com realização de 3 tertúlias, ‘quarto crescente’,
‘quarto sem fronteiras’ e ‘quarto crescente’, que envolveu a participação de cerca de 50 pessoas, para além
de se terem registado mais de 150 visitas ao ‘quarto’ – Figura 4.13.
Figura 4.13. “Viver em Rede” - XVI Semana Cultural da Universidade de Coimbra
Potenciando sinergias da integração dos serviços numa instituição de ensino superior, salienta-se a
colaboração ativa com os processos de auscultação aos residentes, no âmbito de uma tese de doutoramento
da FPCEUC sobre ‘Qualidade de vida nas residências universitárias’, no âmbito da qual foram distribuídos
1094 questionários, para os quais se obtiveram 609 respostas, correspondendo a uma taxa de resposta de
56%.
Em 2014, com vista a reforçar a valência destes serviços no domínio da integração em contexto
académico e na cidade de Coimbra, realizou-se uma vez mais uma ceia de natal partilhada entre estudantes
alojados em residências universitárias, proporcionando a todos aqueles que permaneceram na residência
no dia 24 de dezembro de 2014, um ambiente familiar, acolhedor, de confraternização e partilha. Foi
organizada com o apoio dos estudantes da Linha SOS Estudante e teve lugar na residência Pedro Nunes –
Figura 4.14.
72 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.14. Ceia de Natal na R.U. Pedro Nunes
Durante o ano de 2014, os SASUC patrocinaram 2 reuniões gerais de delegados (maio e outubro),
com a participação total de 55 alunos responsáveis por ala, piso ou residência, para análise ao Regulamento
Geral das Residências Universitárias, política de investimentos nas residências e iniciativas a promover,
como o Torneio Inter-residências e o Dia do Irmão mais novo, concretizadas em 2015.
CARATERIZAÇÃO DO PARQUE RESIDENCIAL
A prestação de serviços de alojamento pelos SAS, no ano letivo 2014/15, compreende 14
residências universitárias, dispersas geograficamente pela cidade de Coimbra, correspondendo a uma
capacidade de 1 325 lugares para alojamento - Quadro 4.22.
Quadro 4.22. Evolução da capacidade das Residências Universitárias de 2013/14 a 2014/15
Residências
2013/2014
2014/2015
Residência Observatório Astronómico
Residência Alegria
Residência António José Almeida
Residência Combatentes
Residência João Jacinto
Total
13
44
205
100
133
M
0
44
104
0
57
F
0
0
99
100
72
Mob.
13
0
2
0
4
Total
13
44
206
100
133
M
0
44
104
0
57
F
0
0
100
100
72
Mob.
13
0
2
0
4
Residência Padre António Vieira
Residência Penedo da Saudade
Residência São Salvador
Residência Santos Rocha
Residência Pólo II - (1)
53
18
26
50
110
0
0
11
10
82
51
18
15
40
24
2
0
0
0
4
53
18
26
50
110
0
0
11
10
84
53
18
15
40
24
0
0
0
0
2
Residência Pólo II - (2)
Residência Pedro Nunes
Residência Teodoro
Residência Pólo III
166
38
98
268
68
0
0
80
72
0
86
152
26
38
12
30
166
38
98
270
68
0
0
106
72
0
86
160
26
38
12
4
Total
1322
462
729
131
1325
484
740
101
73 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
De 2013/14 para o corrente ano letivo constata-se uma diferença de mais 3 lugares para
alojamento. A diferença justifica-se pela identificação de mais um quarto (2 lugares) na Residência Pólo III,
que se encontrava em más condições de utilização desde a entrega da obra em 2009, bem como de um
quarto individual (1 lugar), na Residência António José de Almeida, até aqui utilizado como rouparia.
Os lugares mistos referem-se a alojamento em tipologia de apartamento, incluindo apartamentos
recuperados e reativados durante o ano 2014, um T2 na Residência João jacinto e um T1 na Residência
António José de Almeida. Nestes lugares incluem-se também pisos especialmente direcionados para
estudantes de 2º ou 3º ciclo e para investigadores.
No Quadro 4.23. apresenta-se a estrutura das residências no ano letivo 2014/15, com base na
nova capacidade definida:
Quadro 4.23. Estrutura física das Residências Universitárias no ano letivo 2014/15
ESTRUTURA DAS RESIDÊNCIAS – Ano letivo 2014/2015
X2
X1
Total
Individuais
Coletivas
12
20
32
0
6
2
Salas
Comuns /
de Estudo
3
Ant. J. Almeida
92+1(d)
20
113
1 (d)
56
10+1(d)
11
Combatentes
50
0
50
0
6
6
3
63+2(d)
3
68
2 (d) (e)
29
8+1 (d)
8
0
13
13
12+1 (d)
2
12+1 (d)
1
21+1(d)
9
31
1 (d)
9
1
2+1 (d)
Pedro Nunes
19
0
19
19
0
3
3
Penedo
6
6
12
0
6
1
1
Polo II - 1
54+1 (e)
0
55
2 (d) (e)
28
7+1 (e)
0
Polo II - 2
82+1 (e)
0
83
81+1 (e)
2
4+1 (e)
2
Polo III - 1
133+2(d)
0
135
2 (d) (e)
59
11+1 (d)
6
10
3
14
0
3
2
2
25
0
25
5
10
5
5
47+2 (d)
0
49
1 (d)
27
4+1 (d)
5+1 (d)
624
74
699
128
243
83
54
Residência
Quartos
X3
Alegria
João Jacinto
Observatório
Pe. António Vieira
São Salvador
1
Santos Rocha
Teodoro
Total
1
Casas de Banho
Cozinhas
(d) Apartamento Responsável
(e) Apartamento vigilante e W.C. deficiente
GESTÃO DO ALOJAMENTO NAS RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS DOS SAS
As residências universitárias destinam-se a estudantes da Universidade de Coimbra (Regime Geral),
que através de candidatura concorrem e as ocupam em grande escala. Para este alojamento são
considerados critérios socioeconómicos, aproveitamento escolar e bom comportamento em anos
transatos, bem como inexistência de dívidas perante os SAS. Também os estudantes que, ao abrigo de
programas de mobilidade e do estatuto de estudante internacional na UC, frequentam a UC, podem ser
74 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
colocados em RU (Regime de Mobilidade). Podem ainda ser alojados em RU grupos de estudantes e outros
membros da comunidade académica da UC ou de outros estabelecimentos de ensino, mediante despacho
da Administradora dos SAS (Regime de Alojamento de Grupos).
Regime Geral
No concurso para alojamento do ano letivo 2013/14 (aberto durante todo o ano letivo) registaramse 1 292 candidaturas, que corresponderam a 1 152 alojados.
A 31 de dezembro de 2014 (ano letivo 2014/15), o concurso para alojamento registava 1 265
candidaturas, que corresponderam a 1 077 alojados. Considerando o período homólogo de 2013 (concurso
do ano letivo 2013/14 a 31 de dezembro de 2013), constata-se um ligeiro aumento de candidaturas a
alojamento no regime geral e decréscimo do n.º de alojados - Quadro 4.24.
Quadro 4.24. Resultados do concurso a alojamento em RU nos anos letivos 2014/15 e 2013/14
2014/15*
2013/14*
Var abs
Var. %
N.º de Candidaturas
1265
1254
11
0,88
N.º de Alojados
1077
1103
-26
-2,36
* Dados com referência a 31 de dezembro de 2014 (2014/15) e a 31 de dezembro de 2013 (2013/14)
A redução do número de alojados indicia um aumento da taxa de desistência ou não concretização
do alojamento, antes sequer da entrada em RU, facto que se atribui a alterações na sua colocação (mudança
de Universidade na 2.ª e 3.ª fase) e a algum desapontamento com as condições físicas de algumas residências.
Da análise da distribuição dos alojados de regime geral por grupos (categorizados com base na
tipologia de beneficiários de apoios sociais diretos), verifica-se, no ano letivo 2014/15, um decréscimo de
bolseiros alojados nas residências universitárias – Quadro 4.25.
Quadro 4.25. Distribuição dos alojados de regime geral por grupos, nos anos letivos 2014/15 e 2013/14
Alojados Regime Geral
Bolseiros DGES
Não Bolseiros
Bolseiros Outras Entidades
Total
2014/15*
2013/14*
Var abs
Var. %
778
265
34
803
241
59
-25
24
-25
-3,11
9,96
-43,37
1077
1103
-26
-2,36
* Dados com referência a 31 de dezembro de 2014 (2014/15) e a 31 de dezembro de 2013 (2013/14)
A diminuição do número de alojados em regime geral evidencia algumas dificuldades ao nível de
divulgação, nomeadamente junto dos alunos bolseiros deslocados, sendo bastante significativa a proporção
que ainda não recorre às residências universitárias para alojamentos. Em todo o caso, este decréscimo não
75 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
influencia a taxa de ocupação das residências, que se mantém a crescer por dois anos consecutivos,
evidenciando maiores períodos de alojamento por parte dos estudantes.
Regimes de Mobilidade e de Alojamento de Grupos
Neste regime de alojamento identificaram-se 1575 alojados no ano letivo 2013/14 (mais 16,4% do
que em 2012/13 em que o n.º de alojados foi de 1353) e, até 31 de dezembro de 2014, registavam-se 469
alojados (ano letivo 2014/15), mais 32% do que o valor atingido em período homólogo do ano letivo
2013/14.
Tanto em 2013/14 como em 2014/15 verifica-se maior representatividade masculina (53%) face à
feminina (47%) desta população de alojados.
No ano letivo 2013/14 constatou-se que estes residentes ficaram alojados, em média, 31 dias (1 no
mínimo e 1202 no máximo). No período considerado do ano letivo 2014/15 (até 31 de dezembro), o tempo
médio de alojamento neste regime ronda os 91 dias (1 no mínimo e 1202 no máximo).
Considerando a distribuição destes alojados por nacionalidade, identificam-se, em 2014/15 (a
31/12/2014), 46 países de origem e em 2013/14, 62 países de origem, sendo a percentagem de registos
omissos (sem especificação de nacionalidade), superior em 2013/14. A elevada percentagem de registos
omissos justifica-se pela inclusão do alojamento de grupos neste regime de mobilidade.
Considerando o agrupamento dos países de origem por continentes, verifica-se, em ambos os anos
letivos considerados, maior representatividade de estudantes oriundos da América Latina; de África e da
Europa - Fig. 4.15
Figura 4.15. Distribuição dos alojados de regime mobilidade e grupos por nacionalidades, nos anos letivos
2014/15 (a 31/12/2014) e 2013/14
Considerando os estudantes alojados oriundos da América Latina, destaca-se a maior
representatividade de estudantes provenientes do Brasil. Por sua vez, dos estudantes oriundos de países
integrados no continente Africano, destaca-se grande representatividade de estudantes oriundos de Angola.
Da Europa salienta-se a representatividade de estudantes de mobilidade alojados de origem, além de
76 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
portuguesa, espanhola e italiana. Dos estudantes alojados de origem asiática destaca-se a representatividade
de estudantes provenientes da China e de Macau. Com menor representatividade identificam-se estudantes
de origem norte-americana (EUA e Canadá) e da Oceania (Austrália).
O crescimento da ocupação e do número de alojados nas residências universitárias da UC neste
regime de alojamento foi fortemente influenciado, quer pela estratégia de internacionalização da UC, quer
pela regulamentação do estatuto do estudante internacional nas instituições de ensino superior portuguesas
(Decreto-Lei n.º 36/2014, de 10 de março) e consequente regulamentação e implementação do concurso
especial de acesso e ingresso do estudante internacional em ciclos de estudo de licenciatura e integrados
em mestrado na UC (Regulamento n.º 135/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 67, de 4
de abril).
No âmbito do acolhimento e da prestação de serviços de alojamento a estudantes da UC com
estatuto de estudante internacional, em 2014/15 (dados a 31 de dezembro de 2014) o Núcleo de
Alojamentos dos SAS recebeu e tratou 91 pedidos de alojamento intermediados, na sua maioria, pela
Divisão de Relações Internacionais (DRI) da Administração da UC.
Dos 91 pedidos registados, verificou-se que 12 estudantes cancelaram a reserva ou não deram
entrada na respetiva residência e 31 saíram das residências (por desistência durante o período de alojamento
solicitado ou por término do período de alojamento solicitado), tendo-se assegurado alojamento a 79
estudantes internacionais, 48 dos quais se mantinham alojados a 31 de dezembro de 2014 (28 dos quais a
frequentar o ano zero), distribuídos pelas residências Polo III (18); Polo II-2 (16); António José de Almeida
(7) e Teodoro (7).
Este grupo de estudantes, particularmente os estudantes de ano zero, teve um especial
acompanhamento pela Divisão de Acolhimento e Integração dos SAS, designadamente na receção inicial nas
residências onde os estudantes ficaram colocados, com a disponibilização de informação adicional quanto à
localização e percurso para edifícios e cantinas da UC. Foi ainda realizada uma sessão de apresentação dos
SAS nas suas diversas valências, como serviços de saúde, de apoio psicopedagógico (consulta de psicologia
e oferta formativa), serviços de alimentação e outras orientações de ordem prática.
As 31 saídas corresponderam a processos intermediados pela DRI de estudantes brasileiros/as.
Registaram-se 8 saídas pós término do período de alojamento solicitado e 23 desistências do alojamento
durante o período solicitado. Na maioria das desistências não se conseguiu identificar justificação para a
saída antecipada. As justificações que se conseguiram identificar relacionam a saída antecipada com a
insatisfação face às condições físicas das residências, tabela de preços aplicável ao regime de mobilidade,
identificação de local alternativo para alojamento ou regresso ao país de origem.
77 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
OCUPAÇÃO DAS RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS DOS SAS
Lugares disponíveis e Ocupação
Comparando valores de ocupação média anual face à média anual de lugares disponíveis para
alojamento nos anos civis 2013 e 2014, verifica-se um aumento de 7.5 pontos percentuais na taxa de
ocupação registada em 2014, que corresponde a cerca de 86% - Quadro 4.26.
Quadro 4.26. Média anual de lugares disponíveis, ocupados e taxa de ocupação por RU em 2013 e 2014
Lugares Disponíveis
Ocupação Média
Taxa de Ocupação (%)
2014
2013
Var.
2014
2013
Var.
2014
2013
Var.
Alegria
António José
de Almeida
Combatentes
38,61
39,88
-1,27
35,61
34,35
1,26
92,22
86,12
6.10 p.p.
185,66
187,25
-1,59
166,33
161,90
4,43
89,59
86,46
3.13 p.p.
87,47
91,47
-4,00
77,62
75,51
2,11
88,73
82,55
6.18 p.p.
João Jacinto
117,03
116,40
0,63
105,46
94,84
10,62
90,12
81,48
8.64 p.p.
Observatório
11,80
12,00
-0,20
10,29
9,27
1,02
87,23
77,26
9.97 p.p.
PAV
43,88
46,95
-3,07
41,07
38,51
2,56
93,59
82,03
11.56 p.p.
Pedro Nunes
27,93
29,83
-1,90
21,02
20,28
0,74
75,26
68,00
7.26 p.p.
Penedo
15,83
16,47
-0,64
14,29
14,29
0,00
90,26
86,74
3.52 p.p.
Pólo II-1
72,33
81,19
-8,86
60,37
54,65
5,72
83,47
67,31
16.16 p.p.
Pólo II-2
140,90
142,55
-1,65
114,52
102,02
12,50
81,28
71,57
9.71 p.p.
Pólo III
254,71
248,77
5,94
206,75
186,30
20,45
81,17
74,89
6.28 p.p.
S. Salvador
23,79
22,93
0,86
21,72
20,18
1,54
91,28
88,03
3.25 p.p.
Santos Rocha
43,92
45,04
-1,12
37,94
34,34
3,60
86,39
76,25
10.14 p.p.
Teodoro
80,99
84,49
-3,50
71,07
67,48
3,59
87,74
79,86
7.88 p.p.
1144,85
1165,22
-20,37
984,04
913,93
70,11
85,95
78,43
7.52
Total
Nota: Lugares disponíveis calculados com base em todo o ano civil incluindo período de verão, de acordo com as residências em
funcionamento.
Constata-se um acréscimo de ocupação em todas as residências geridas pelos SAS, salientando-se
maiores variações percentuais na taxa de ocupação das residências Pólo II-1; Padre António Vieira e Santos
Rocha.
O aumento da ocupação média de todas as residências, poder-se-á explicar por uma conjugação
de fatores, nomeadamente a conjuntura económica do país, gerando uma procura por parte das famílias de
alojamento mais económico e nele se estabilizarem, mas também de todo um trabalho de captação de
estudantes desde o dia da matrícula, bem como abordagens regulares aos alunos bolseiros deslocados e,
mais recentemente, o impacto positivo na ocupação das residências universitárias, do acolhimento ao
Estudante Internacional atrás já referido.
O acentuado acréscimo da ocupação da residência do Polo II-1 e PAV, em parte justifica-se pela
redução dos lugares disponíveis devido a mau estado, entretanto já reativados, após obras profundas. A
78 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
residência Santos Rocha também apresenta um crescimento acentuado resultante da alteração do género,
passando a incluir lugares masculinos, respondendo assim a uma necessidade evidente.
Considerando a distribuição da ocupação média total das residências universitárias por sexo,
verifica-se, em 2013 e 2014 maior representatividade da ocupação feminina em relação à masculina,
registando-se, em 2014, acréscimos na ocupação masculina e feminina e um ligeiro acréscimo na
representatividade feminina – Quadro 4.27.
Quadro 4.27. Distribuição da ocupação média total das RU por sexo, em 2013 e 2014
Ocupação Média Total
2014
2013
2014 vs. 2013
Var. Abs.
Var.
(V. médios)
(valores %)
V. Médio
%
V. Médio
%
Masculina
Feminina
387,04
597,01
39,33
60,67
360,08
553,84
39,4
60,6
26,96
43,17
Total
984,04
100
913,93
100
36,46
-0.07 p.p.
0.07 p.p.
No que respeita à distribuição da ocupação média total por grupos (categorizados com base nas
tipologias de grupos de alojados do regime geral e dos regimes de mobilidade e de alojamento de grupos –
compreendidos na categoria “Mobilidade”), identifica-se maior representatividade na ocupação, quer em
2013, quer em 2014, de Bolseiros DGES, seguindo-se Não bolseiros, Mobilidade e Outros (que compreende
maioritariamente bolseiros de outras entidades) – Quadro 4.28.
Quadro 4.28. Distribuição da ocupação média total das RU por grupos, em 2013 e 2014
Ocupação Média Total
2014
V.
%
Médio
2013
V.
%
Médio
2014 vs. 2013
Var. Abs.
Var.
(V. médios)
(valores %)
Bolseiros DGES
Não Bolseiros
Mobilidade
Outros
626,40
177,18
143,53
34,24
63,8
18,1
14,6
3,5
594,72
177,35
97,45
44,41
65,1
19,4
10,7
4,9
31,68
-0,17
46,08
-10,17
Total
981,36
100
913,93
100
67,43
-1.3 p.p.
-1.3 p.p.
3.9 p.p.
-1.4 p.p.
Face a 2013 identifica-se um acréscimo, em 2014, de ocupação no regime de mobilidade e por
bolseiros DGES.
Este acréscimo incide particularmente nos alunos bolseiros, tendo em conta a conjuntura
económica do país, das ações desencadeadas de esclarecimento deste público em ambos os anos letivos, já
referidas anteriormente, bem como da receção e acolhimento dos estudantes internacionais e outro público
79 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
internacional, como Macaense, que mereceu especial acompanhamento, garantindo-se uma reposta célere
às solicitações e outros ajustamentos que assegurassem um nível de satisfação crescente.
CUSTOS E PROVEITOS DO ALOJAMENTO
Da análise dos custos e proveitos das residências universitárias (excluindo custos administrativos
e técnicos associados à gestão centralizada na Divisão de Acolhimento e Integração dos processos de
alojamento), constata-se, globalmente, um aumento de proveitos e da taxa de cobertura nos resultados de
2014 face a 2013. Verifica-se também um ligeiro aumento global de custos (na ordem dos 2%), consequência
dos investimentos realizados neste setor, por residência, visando a melhoria das condições de alojamento
disponibilizadas à comunidade universitária – Quadro 4.29.
Quadro 4.29. Proveitos, Custos e Taxa de Cobertura das RU, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
2014
Alegria
2013
Custos (€)
Var.
2014
2013
Taxa de Cobertura (%)
Var.
2014
2013
Var.
40 082,18
35 216,16
4 866,02
46 102,89
45 476,19
626,70
86,94
77,44
12,5
António José
Almeida
197 301,16
179 158,13
18 143,03
131 979,32
110 748,15
21 231,17
149,49
161,77
-12,28
Combatentes
84 528,94
73 514,81
11 014,13
62 895,79
68 790,19
- 5 894,40
134,40
106,87
27,53
106 951,65
93 680,38
13 271,27
92 812,44
106 725,98
- 13 913,54
115,23
87,78
27,45
Observatório
45 742,80
49 390,02
-3 647,22
40 588,15
47 640,61
- 7 052,46
112,70
103,67
9,03
PAV
43 599,19
40 708,53
2 890,66
29 066,04
44 364,97
- 15 298,93
150,00
91,76
58,24
Pedro Nunes
52 594,73
53 406,65
-811,92
34 664,61
32 039,81
2 624,80
151,72
166,69
-14,97
Penedo
18 472,98
15 634,62
2 838,36
23 836,82
16 649,22
7 187,60
77,50
93,91
-16,41
Polo II-1
70 371,05
64 269,32
6 101,73
51 567,57
43 284,93
8 282,64
136,46
148,48
-12,02
Polo II-2
153 020,50
122 352,91
30 667,59
111 601,98
105 373,56
6 228,42
137,11
116,11
21
Polo III
261 260,40
252 600,47
8 659,93
100 411,42
115 921,31
- 15 509,89
260,19
217,91
42,28
São Salvador
23 286,04
23 655,73
-369,69
20 196,32
20 666,34
- 470,02
115,30
114,47
0,83
Santos Rocha
40 820,82
33 959,68
6 861,14
75 809,11
49 392,24
26 416,87
53,85
68,76
-14,91
Teodoro
73 573,77
81 690,70
-8 116,93
58 047,87
52 920,93
5 126,94
126,75
154,36
-27,61
1 119 238,11
92 368,10
879 580,33
19 585,90
137,75
130,14
7,61
João Jacinto
Total
1 211 606,21
859 994,43
A variação dos proveitos gerados pela atividade das residências universitárias, não reflete
integralmente o aumento da ocupação, havendo algumas residências em que os proveitos decresceram. Este
facto deve-se ao aumento do número de bolseiros a residir nalgumas das residências, bem como ao atraso
verificado na atribuição e pagamento de bolsas de estudos, resultante de problema informático ocorrido
em dezembro de 2014 na plataforma SICABE, que resultou num acentuado crescimento dos valores em
débito relativos a alojamento.
80 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Na residência António José de Almeida, o aumento de proveitos, diretamente relacionado com o
aumento da ocupação média anual desta residência (mais de 4 lugares/ano ocupados), não foi suficiente para
compensar o aumento de custos decorrente de crescimento dos consumos e de intervenções realizadas
no edifício, destacando-se a reparação do elevador e a substituição do pavimento dos quartos. Apesar do
efeito negativo na taxa de cobertura desta residência, procurou-se o aumento da qualidade dos serviços
prestados.
Por sua vez, o aumento de custos na residência Pedro Nunes, deveu-se ao aumento dos consumos
resultante do acréscimo de ocupação e da substituição de alguns equipamentos.
Na residência Penedo, a diminuição da taxa de cobertura justifica-se pelo aumento de custos
resultante de intervenções realizadas no edifício para resolver problemas de infiltrações de água.
Na residência Polo II-1, a diminuição da taxa de cobertura deve-se ao aumento de custos resultante
não só do crescimento dos consumos, especialmente em eletricidade, como também devido a diversas
intervenções de melhoria, com destaque para reparações de quartos (reparações de paredes e substituição
de rodapés), substituição das bancas da cozinha, reforço de equipamentos de cozinha e colchões.
Suportado pelo orçamento da Universidade de Coimbra, procedeu-se à substituição da canalização
de toda residência do Polo II-1, reparação dos termoacumuladores e instalação de painéis solares,
intervenção esta que motivou um período alargado de encerramento nos meses de verão.
Na residência Santos Rocha constatou-se um aumento de custos de cerca de 53% (acima de
26 000€), diretamente relacionado com o aumento da renda deste imóvel.
O aumento de custos na residência Teodoro, com impacto na variação negativa da taxa de
cobertura desta RU, resultou do aumento dos consumos, nomeadamente água, mas também pelo reforço
e substituição de alguns bens e equipamentos, designadamente termoacumuladores para aquecimento de
águas.
Salienta-se ainda o aumento de custos na residência Polo II-2 que, pese embora mantenha a taxa
de cobertura em crescimento (em virtude do aumento da ocupação e, consequentemente, dos proveitos),
resulta do aumento de encargos com eletricidade e gás natural e de alguns investimentos realizados no
âmbito da manutenção e conservação de infraestruturas e substituição e reforço de equipamentos de
cozinha.
Considerando globalmente o setor dos alojamentos, incluindo custos administrativos e do Núcleo de
Integração e Aconselhamento, verifica-se um aumento da taxa de cobertura do setor, potenciada pelo
aumento dos proveitos associado ao aumento da ocupação das residências universitárias e diminuição global
dos custos do setor – Quadro 4.30.
81 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.30. Proveitos, Custos e Taxa de Cobertura dos Alojamentos, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
2014
Total RU
Divisão/Núcleo
Lavandarias (1)
NIA
TOTAL
Alojamentos
2013
Custos (€)
Var.
2014
2013
Tx. de cobertura (%)
Var.
2014
2013
Var.
1 211 606,21
1 119 238,11
92 368,10
879 580,33
859 994,43
19 585,90
137,75
130,14
7,61
1 578,66
1 566,40
12,26
273 193,11
297 169,89
- 23 976,78
0,58
0,5
0,05
0,00
185,97
-185,97
24 091,44
15 692,18
8 399,26
0,00
1,2
-1,19
380,86
-
380,86
99 893,09
188 231,61
- 88 338,52
0,38
0
0,38
1 213 565,73
1 120 990,48
92 575,25 1 252 666,53 1 361 088,11
- 108 421,58
96,88
82,36
14,52
As lavandarias das residências não foram contabilizadas em 2014 neste setor, pelo facto de a sua gestão ter sido
integrada nas competências da Divisão de Oferta Integrada de Serviços.
(1)
Para a diminuição dos custos globais do setor contribuiu a diminuição, verificada no Núcleo de
Alojamentos e Núcleo de Integração e Aconselhamento, de encargos com recursos humanos.
82 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.2.3 APOIO MÉDICO
A prestação de serviços de saúde à comunidade UC, enquanto apoio social indireto da Ação Social
na UC foi, até abril de 2014, gerida no âmbito das competências dos Serviços Médicos da UC, unidade
orgânica dos SAS na dependência da Direção de Serviços de Apoio ao Estudante.
Com a alteração ao regulamento orgânico dos SAS em abril de 2014 (Despacho n.º 4707/2014,
publicada em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril), fruto da análise e reflexão alargada
efetuadas no âmbito do Projeto Sustentabilidade na Ação Social, foi criada uma nova unidade, na
dependência da Administradora dos SAS – os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho
(SSGST).
Esta nova unidade agregou competências dos até então Serviços Médicos da UC, que assumiam a
gestão das valências no âmbito dos cuidados de saúde prestados aos estudantes e restante comunidade UC,
e do Gabinete de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho da UC, até aí integrado no Serviço de Gestão do
Edificado, Segurança, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho (GESSAST) da Administração da UC, que
assumia a gestão das atividades de saúde ocupacional dos trabalhadores da UC.
A reestruturação orgânica conduziu a um processo de gestão da mudança, que envolveu as equipas
afetas aos dois serviços agregados, e à revisão do Regulamento de Utilização dos Serviços Médicos da UC
(Regulamento n.º 403/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 189, de 28 de setembro), não
só pela necessidade de adaptar o texto à nova nomenclatura e estrutura orgânica, mas também para prever
alguns aspetos de funcionamento da área da saúde ocupacional, passando a constar do regulamento a
consulta de Medicina do Trabalho, bem como a consulta de Medicina de Viagem. O Regulamento possibilita
o acesso do estudante internacional (na definição estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 36/2014, de 10 de
março) à consulta para obtenção de documento médico comprovativo da existência dos pré-requisitos à
sua matrícula na UC (Regulamento n.º 135/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 67, de 4
de abril). Foi, assim, aprovado a 29 de outubro de 2014 pela Administradora dos SAS, o Regulamento de
Utilização dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (Despacho n.º 13549/2014,
publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 2016, de 7 de novembro).
O Regulamento de acesso aos SSGST procedeu ainda:

À revisão da tabela de preços, de acordo com a atualização, entretanto ocorrida, das taxas
moderadoras praticadas no Serviço Nacional de Saúde, passando a contemplar as valências de
Nutrição e de Psicologia e a nova consulta disponibilizada ao candidato a estudante internacional,
tendo sido retirada a “pequena cirurgia”, valência que deixou de existir;

À clarificação do conceito de estudante bolseiro para efeitos de dispensa do pagamento;

À revogação da necessidade de execução de algumas tarefas administrativas previstas no anterior
regulamento que deixaram de fazer sentido face à informatização dos serviços.
No presente capítulo procede-se à análise da atividade dos SSGST em 2014 na valência de
prestação de cuidados de saúde à comunidade UC enquanto apoio indireto da Ação Social na UC. As
83 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
atividades de gestão da Saúde e Segurança no Trabalho são analisadas em capítulo específico, integrado nas
outras atividades dos SAS, não enquadráveis na tipologia clássica de apoios diretos/indiretos da Ação Social
no Ensino Superior.
Serviços disponibilizados em 2014
A reestruturação dos Serviços redefiniu as áreas estratégicas de apoio assistencial à comunidade
universitária. Fruto da reflexão realizada, atendendo às características específicas de uma população
essencialmente estudantil, em grande parte deslocada das suas áreas de residência habitual e, cada vez mais,
internacional, optou-se pelo reforço dos cuidados de saúde primários e de algumas áreas clínicas julgadas
prioritárias. Foi nesse sentido que se decidiu pela não continuidade da oferta de algumas das especialidades,
já não disponibilizadas em 2014: cardiologia, alergologia, ginecologia/obstetrícia, hematologia /medicina
interna. Em contrapartida, procurou-se manter e reforçar áreas em que a procura é mais significativa face
à
resposta
insuficiente
do
Serviço
Nacional
de
Saúde:
oftalmologia,
medicina
dentária,
ginecologia/planeamento familiar, psiquiatria.
A atividade assistencial é disponibilizada por um conjunto de profissionais, que a exercem em
diferentes regimes: trabalhadores dos SASUC (1 médica; 1 enfermeiro; 3 psicólogas; 1 nutricionista);
avençados (1 médica de clínica geral, 1 médica oftalmologista; 1 médica psiquiatra; 2 médicos-dentistas);
voluntários (2 médicos de clínica geral; 1 médica ginecologista). As valências de Nutrição e de Psicologia
são asseguradas por técnicas afetas a outras unidades dos SASUC (Gabinete de Nutrição e Controlo
Alimentar; Núcleo de Integração e Aconselhamento da Divisão de Acolhimento e Integração).
A oferta disponibilizada ao longo de 2014 sintetiza-se no Quadro 4.31:
Quadro 4.31. Oferta disponibilizada ao longo de 2014
Ato Clínico
N.º de
técnicos
de saúde
N.º dias da semana
em que há
atendimento
Total de horas
semanais de
atendimento
4
2
1
1
2
1
1
1
5
5
1
3
3
5
39h
38h
4h
8h
9h30
26h
n.d.
40h
Consultas
Clínica geral
Med. Dentária
Nutrição
Oftalmologia
Plan. Familiar / Ginecologia
Psicologia
Psiquiatria
Serviços de Enfermagem
84 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
consulta por referenciação
5
Atividade assistencial em 2014
As alterações ao funcionamento e a reformulação da oferta dos SSGST tiveram forte repercussão
na atividade assistencial, registando-se um decréscimo, em 2014, no total de atos clínicos praticados –
Quadro 4.32.
Quadro 4.32. Atividade assistencial dos SMUC, em 2013 e 2014
2014
N.º de consultas marcadas
N.º de consultas realizadas
Renovação de medicação
Atos de enfermagem pagos
Outros atos de enfermagem
Outros atos clínicos
10 263
6 660
384
673
2 359
193
2013
11 242
7 657
507
714
2 750
254
Variação
Abs.
%
-979
-9%
-997
-13%
-123
-24%
-41
-6%
-391
-14%
-61
-24%
Da análise da distribuição do n.º de consultas realizadas por especialidade – Figura 4.16., concluise que o decréscimo do número total de consultas realizadas em 2014 se deve, essencialmente, à redução
do número de especialidades disponibilizadas. De igual modo se regista diminuição substancial do número
de consultas de Psicologia (55%), facto que se deve à redução do número de profissionais em exercício.
Com efeito, durante o ano de 2014, duas das três Psicólogas estiveram ausentes dos SSGST, alocadas a
outro projeto ou em licença de maternidade. Em contrapartida, regista-se um aumento substancial do
número de consultas de Clínica Geral (10%), de Medicina Dentária (23%), de Psiquiatria (456%) e de
Nutrição Clínica (28%).
85 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.16. Distribuição do n.º de consultas realizadas, por especialidade, em 2013 e 2014
3 193
2 894
Clínica Geral
1 600
Medicina dentária
1 297
Nutricionista
155
121
Oftalmologia
383
478
Planeamento Familiar/Ginecologia
456
462
784
Psicologia Clínica
1 434
89
16
Psiquiatria
Alergologia
0
Cardiologia
0
Ginecologia/Obstetrícia
0
Hematologia/Med Interna
0
179
86
96
594
0
500
1 000
2014
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
2013
Em 2014 recorreram aos Serviços 2 910 utentes, que realizaram10 269 atos clínicos, o que traduz
uma média de 4 atos clínicos por utente (um no mínimo e 64 no máximo). A maioria dos utilizadores dos
SSGST são estudantes (86%), seguindo-se os funcionários (12%) e os familiares (2%) – Figura 4.17.
Dos atos clínicos realizados, 86% são prestados a estudantes, utilizadores largamente maioritários
nas consultas, atos de enfermagem e outros atos clínicos.
Figura 4.17. Distribuição de atos clínicos realizados em 2013 e 2014, por tipologia de utente
Consultas
Renovação de medicação
2014
86 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Atos de enfermagem
2013
Familiar
Funcionário
Estudante
Familiar
Funcionário
Estudante
Familiar
Funcionário
Estudante
Familiar
Funcionário
Estudante
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Outros atos clínicos
Do total de utentes gozam de estatuto de bolseiro 679 (23%), que usufruíram gratuitamente
de3086 atos clínicos (cerca de 30% do total). Dos atos clínicos realizados a bolseiros, 2060 (67%)
correspondem a consultas (cerca de 31% do total); 911 (30%) a atos de enfermagem (cerca de 30% do
total); 50 (1%) a renovação de medicação (cerca de 13% do total) e 65 (2%) a outros atos clínicos (cerca
de 34% do total).
Quanto à distribuição dos utentes estudantes por Faculdade, verifica-se maior representatividade
da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, com 31% do total – Figura 4.18.
Figura 4.18. Distribuição de utentes da tipologia estudante por Faculdade
Dos 2910 utilizadores dos SSGST em 2014, 528 (18%) têm nacionalidade estrangeira, tendo
realizado 1902 atos clínicos, na sua maioria consultas (66%) – Figura 4.19. Não se registaram pedidos de
realização de consultas para obtenção de documento médico para pré-requisitos, por parte dos estudantes
internacionais.
Figura 4.19. Representatividade de utentes estrangeiros nos atos clínicos realizados em 2014
Os utentes com nacionalidade estrangeira são maioritariamente (95%) estudantes, oriundos, na sua
grande maioria, de países da América Latina e da Europa – Figura 4.20.
87 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.20. Distribuição de utentes estrangeiros (n=528) em 2014 por continente de origem
As nacionalidades com maior representatividade são a brasileira, a italiana e a espanhola.
Outras atividades
Em 2014 destacam-se ainda atividades de divulgação dos SSGST junto da comunidade UC,
designadamente através da sua presença no circuito de matrículas dos novos estudantes, (setembro de
2014), com a criação de 260 fichas de novos utentes. Foi ainda dinamizada, em articulação com a Divisão
de Acolhimento e Integração, uma sessão de acolhimento dos estudantes internacionais do ano zero da UC
para divulgação dos apoios disponibilizados pelos SAS.
Em 2014, os SSGST desenvolveram ainda atividades de consultoria, junto do Núcleo de Integração
e Acolhimento, na análise de processos de estudantes com necessidades educativas especiais (2º semestre
de 2013/14 e 1º semestre de 2014/15).
Na vertente de Educação para a Saúde destaca-se, em 2014, a realização de uma ação pedagógica
no âmbito da saúde, dirigida às crianças do Jardim de Infância dos SASUC, dinamizada por Médica, Médico
Dentista e Enfermeiro dos SSGST, nos dias 8 e 15 de abril – Figura 4.21. Salienta-se igualmente a
participação de Médica dos SSGST em sessão organizada pelo Gabinete de Apoio ao Estudante da FPCEUC, no âmbito da Semana da Saúde, no dia 9 de abril.
Figura 4.21. Ação pedagógica no âmbito da saúde dirigida a crianças do JI
88 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Atividades de Investigação
Ao nível da investigação, em 2014, registou-se a publicação de 2 artigos em revistas peer-reviewed, em que
a afiliação académica do Dr Pedro Nuno Lopes (Médico Dentista) está referenciada como sendo SSGST:
Martins, O.; Matos, S.; Figueiredo, M.H.; Viegas, C.; Dias, I; Lopes, P. (2014). "Novel Nanocrystalline
Hydroxyapatite for bone regeneration", J Regen Med 3: 1.
Silva, D.; Martins, O.; Matos, S.; Rolo, T.; Baptista, I.; Lopes, P.; (2014). “Histological and profilometric
evaluation of root surface after instrumentation with a new piezoelectric device - ex vivo study”, International
Journal of Dental Hygiene, 13:2.
Foi ainda dinamizada colaboração num projeto de investigação em Antropologia Biológica, no âmbito do
Mestrado em Evolução e Biologias Humanas, do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC.
Custos e Proveitos dos SSGST
Pese embora a diminuição do n.º de atos clínicos realizados, constata-se um aumento dos proveitos
dos SSGST, decorrente, não de contrapartidas pela atividade assistencial disponibilizada (onde se verificou
um decréscimo de proveitos associado à diminuição do número de atos clínicos realizados em 2014 face a
2013), mas da contrapartida devida pela Faculdade de Farmácia da UC referente à utilização dos SSGST
para a realização de análises clínicas ao abrigo de protocolo assinado a 23 de junho de 2010. Este aumento
de proveitos refletiu-se positivamente na variação da taxa de cobertura dos SSGST – Quadro 4.33.
Quadro 4.33. Evolução dos custos e proveitos dos SMUC, em 2013 e 2014
2014
Proveitos
Custos
Tx. Cobertura
43 897.18€
210 745.91€
20,8%
2013
38 445,78€
212 327,39€
18,1%
Variação
Abs
%
5 451,40€ 14,18%
-1 581,48€
-0,74%
2.7 p.p.
No que respeita aos custos, os dados apresentados não refletem todo o impacto da reestruturação
orgânica e agregação dos serviços complementares da Administração UC e SASUC, embora o aumento de
custos com recursos humanos seja já um reflexo dessa reestruturação – Quadro 4.34.
Quadro 4.34. Principais rubricas de Custos dos SSGST, em 2013 e 2014
2014
RH
Honorários
Funcionamento
Total
158 832,26€
28 057,64€
23 586,01€
210 745,91€
2013
144 909,02€
35 482,34€
30 366,66€
210 758,02€
Variação
Abs
%
13 923,24€
9,61%
-7 424,70€ -20,93%
-6 780,65€ -22,33%
-12,11€
-0,01%
89 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.2.4. APOIO À INFÂNCIA
Os Serviços de Apoio à Infância (SAI) inserem-se na Direção de Serviços de Apoio ao Estudante.
Desenvolvem a sua atividade no âmbito da prestação de serviços de apoio à infância à comunidade
universitária nas vertentes de Creche, para crianças dos três meses aos três anos e de Jardim de Infância,
para crianças dos três anos até ao ingresso no primeiro ciclo.
Os objetivos definidos para esta área de atuação dos SAS encontram-se exaustivamente descritos
no nº 2 do artigo 15º do Regulamento Orgânico dos SAS (Regulamento 122/2012), publicado no Diário da
República – 2ª Série, nº 55, de 16 de março. De entre eles permitimos destacar a contribuição que se
pretende seja dada por este apoio para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso
da aprendizagem, não deixando de reforçar a promoção do desenvolvimento pessoal e social da criança,
fomentando a sua inserção em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas,
favorecendo a progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade. Estes objetivos, para além
de outros, deverão contar com a colaboração ativa e participativa dos pais para que o resultado formativo
a bem da sociedade seja conseguido.
Em 2014 o processo de acesso aos SAI foi revisto, visando a clarificação das diferentes etapas e
respetivas responsabilidades de gestão associadas às competências das unidades orgânicas dos SAS
intervenientes no processo: Serviços de Apoio à Infância; Divisão de Acolhimento e Integração (Núcleo de
Bolsas); Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos (Núcleo Financeiro e Tesouraria) e
Administradora e respetivo secretariado. Procurou-se, nesta revisão e formalização do respetivo
procedimento (integrado no Sistema de Gestão da UC – MOS-SASUC – a 31 de outubro de 2014 –
SAS_P008), distinguir o subprocesso associado ao tratamento administrativo e socioeconómico das
candidaturas e tratamento financeiro dos processos, do subprocesso de gestão pedagógica e dos cuidados
com as crianças, visando melhorar a eficácia do processo e dos serviços disponibilizados à comunidade UC.
Na mesma perspetiva de otimização de recursos e de ajustamento dos serviços prestados às
necessidades da comunidade UC, foram desencadeados dois processos de auscultação dirigidos aos/às
Encarregados/as de Educação das crianças inscritas nos SAI visando recolher informação de apoio à gestão
para a tomada de decisão quanto à possibilidade de alargamento de horários de funcionamento semanal dos
SAI e modo de funcionamento desta valência da ação social na UC em agosto e época de Natal. Estes
processos ocorreram em fevereiro de 2014 (auscultação sobre a necessidade de alargamento dos horários
semanais ao fim do dia e necessidade de serviços durante o mês de agosto) e em dezembro de 2014
(auscultação sobre necessidades de serviços no período de férias de Natal). Destes processos constatouse que as necessidades identificadas para o alargamento dos horários semanais de funcionamento da Creche
e do Jardim de Infância não justificavam o dispêndio de recursos associado à alteração de horários, tendose ajustado o modo de funcionamento dos SAI para responder às necessidades identificadas de
disponibilização de serviços de apoio à infância nos períodos de férias de Verão e de Natal.
90 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Nesse sentido, em agosto de 2014 foi disponibilizado pelos SAS à comunidade UC um serviço de
ATL de Verão, tendo-se ainda ajustado os horários de funcionamento dos SAI no período de Natal.
O ATL de Verão foi dirigido a crianças dos 2 aos 10 anos de idade, tendo-se registado a participação
de 26 crianças na primeira semana de agosto; 13 na segunda semana, 22 na terceira semana e 29 na quarta
semana. De entre as atividades realizadas no ATL de Verão, destacam-se: ateliers de expressão plástica, de
culinária, de costura, de judo; visitas ao Museu da Ciência, ao Jardim da Sereia, ao Jardim Botânico; ao
Quartel de Sant’Ana, ao Penedo da Saudade, ao Campo de Santa Cruz e à Ludoteca Infantil da Câmara
Municipal de Coimbra; atividades desportivas e lúdicas; jogos; bem como uma ação de sensibilização Escola
Segura pela PSP – Figura 4.22.
Figura 4.22. Cartaz e atividades do ATL de Verão 2014
Em junho de 2014, foi desenvolvido um processo de auscultação para avaliação da satisfação dos/as
Encarregados/as de Educação com os SAI, na sequência do qual foram identificadas oportunidades para a
melhoria dos serviços prestados, algumas das quais já implementadas no início do ano letivo 2014/15,
designadamente a disponibilização de atividades extracurriculares na Creche e diversificação das atividades
extracurriculares disponibilizadas no Jardim de Infância.
Além das atividades extracurriculares foram igualmente desenvolvidos, em 2014, novos suportes
para melhorar a comunicação entre os serviços e os/as Encarregados/as de Educação, concretamente a
construção de uma caderneta individual da criança (que será implementada em 2015/16) e a construção,
publicação e desenvolvimento de conteúdos num blogue dos SAI, o Blogue “Crescer UC” – Figura 4.23.
91 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.23. Caderneta da Criança dos SAI e Blogue “Crescer UC”
Em 2014 destaca-se também a candidatura apresentada à XVII Semana Cultural da UC – “UC 725
anos: Tempo de encontro(s)” - com o programa de atividades “UAU! Encontros com a Infância”. Com esta
candidatura espera-se obter algum financiamento que permita a aquisição de novos equipamentos para os
recreios dos SAI.
Em novembro de 2014, os SAI (Creche e Jardim de Infância) acolheram ainda o Dia do Pijama, uma
iniciativa solidária de sensibilização para a necessidade da diminuição do número de crianças
institucionalizadas – Figura 4.24. Ao participarem nesta iniciativa, as crianças aprenderam e ensinaram que
há mundos de vida dentro e fora das suas famílias, cidades e do mundo que conhecem. Essa expansão de
conhecimento e de horizontes, proporcionada pela iniciativa da Associação Mundos de Vida e acarinhada
pelos Serviços de Apoio à Infância resultou também na angariação de 457,03€, que foram transferidos para
a conta da Associação.
Figura 4.24. Atividade “Dia do Pijama” (Creche e JI)
92 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.2.4.1 CRECHE
A Creche dos SAS organiza-se em 4 salas: dos bebés; de transição; 1/2 anos e 2/3 anos, que
correspondem a uma capacidade de 58 lugares. Presta às crianças, não só os cuidados relativos à higiene,
alimentação, segurança, conforto e bem-estar, assegurando também uma componente educativa ativa,
orientada por profissionais especializados que, através das suas práticas e métodos pedagógicos, procuraram
estimular o desenvolvimento integral e harmonioso das crianças, respeitando as suas características e
necessidades.
As atividades da Creche organizam-se por anos letivos, tendo subjacente um projeto pedagógico
alusivo a um tema que serve de mote ao desenvolvimento de competências e aprendizagens adaptadas às
idades e níveis de desenvolvimento das crianças que frequentam estes serviços.
Em 2013/14 foi desenvolvido o projeto pedagógico alusivo ao tema “Enredos que cá moram”, no
âmbito do qual se destacaram as atividades de construção de uma Manta de retalhos a partir de pedaços de
tecido trazidos por cada criança. Nesta atividade cada retalho correspondia a uma história, tendo dado
origem à elaboração de um livro “As histórias dos retalhos” – Figura 4.25.
Figura 4.25. Desenvolvimento do projeto pedagógico do ano letivo 2013/14
Como pontos-chave de atuação foram estimuladas regras de trabalho em grupo (potenciando o
desenvolvimento de competências de socialização nas crianças) e a envolvência das famílias nas atividades
(reforçando a componente dos afetos e da adaptação a um novo contexto social).
No ano letivo 2013/14 destaca-se a realização de atividades orientadas para a vivência/descoberta
de datas festivas (Carnaval; Dia do Pai; Páscoa e Dia da Mãe) – Figura 4.26.
93 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.26. Atividades no âmbito da vivência de datas festivas – ano letivo 2013/14
O encerramento do ano letivo foi assinalado com a festa de final de ano que contou com a
participação de todas as crianças e dos respetivos familiares.
Já no ano letivo 2014/15, em outubro de 2014, foi apresentado o novo projeto pedagógico para o
presente ano letivo: “Na Onda dos Encontros”. Pretende-se, com este projeto, estimular o
desenvolvimento de competências nas áreas da socialização, do trabalho autónomo e de grupo, das relações
interpessoais e do equilíbrio emocional das crianças.
Destaca-se ainda, no ano letivo2014/15, a abertura da oferta de atividades extracurriculares,
nomeadamente: Psicomotricidade, Natação e Expressão Musical – Figura 4.27.
Figura 4.27. Atividades extracurriculares - Creche
De setembro a outubro privilegiou-se a adaptação e integração das crianças ao novo contexto,
favorecendo momentos de brincadeira em grande grupo no jardim, com recurso a caixas de areia e água,
bem como as saídas ao exterior. Em novembro foi realizada uma “Feira de S. Martinho”, com venda de
94 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
produtos gastronómicos alusivos à época, tendo-se ainda celebrado a época natalícia com a decoração da
instituição e realização de festa de Natal.
Em 2014 destaca-se ainda o investimento realizado para melhoramentos dos espaços físicos,
nomeadamente ao nível do sótão, com obras de reparação do chão e de reabilitação de duas salas, com o
envolvimento ativo da equipa de trabalho da Creche.
Durante o ano de 2014 (excluindo o mês de agosto que correspondeu à pausa do ano letivo), a
Creche teve uma ocupação média mensal de cerca de 47 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação
de 80,9% (inferior à registada no período homólogo) – Quadro 4.35.
Quadro 4.35. Indicadores da atividade da Creche, em 2013 e 2014
Capacidade
N.º de Inscrições/mês
Taxa de Ocupação (%)
N.º de Ed. de Infância
N.º de Auxiliares
Rácio Crianças/Educador
(Ed. Inf. + Auxiliares)
2014
2013
58
46,91
80,9
4
8,3
58
54,73
94,4
4
11,9
Variação
Abs.
%
0
0
-7,8
-14,3
-13.5 p.p.
0
0
-3,6
-30,3
3.81
3,44
0,37
10,8
Da análise das variações da ocupação média registada por ano letivo constata-se que em 2013/14
houve uma diminuição do número de crianças a frequentar a Creche dos SAS – Figura 4.28.
Figura 4.28. Variação da Ocupação Média da Creche, por ano letivo
60
50
53
58
49
40
30
20
10
0
2011/12
2012/13
2013/14
Por seu lado, da comparação da ocupação mensal por ano civil constata-se nova quebra de
inscrições no ano letivo 2014/15 - Figura 4.29, contabilizando-se, em dezembro de 2014, 44 crianças
inscritas (menos 4 crianças do que em dezembro de 2013).
95 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.29. Ocupação mensal da Creche, em 2013 e 2014
70
60
50
40
2013
30
2014
20
10
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out Nov Dez
A quebra do número de inscrições registada reflete-se nos proveitos do setor (diminuição de 4,8%
face ao período homólogo). Contudo, a par da quebra de proveitos, regista-se uma diminuição nos custos
da Creche em 2014, pelo que a taxa de cobertura não sofreu alteração significativa – Quadro 4.36.
Quadro 4.36. Proveitos e Custos da Creche, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
Custos (€)
Taxa de Cobertura (%)
2014
2013
77 224,56
279 319,93
27,65
81 114,98
299 213,75
27,11
96 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Variação
Abs.
%
-3 890,42
-4,8
-19 893,82
-6,65
0.54 p.p.
4.2.4.2 JARDIM DE INFÂNCIA
O Jardim de Infância dos SAS organiza-se em 4 salas: Peixes (3 anos); Caracóis (4 anos); Leões (4
anos) e Tartarugas (5 anos), que correspondem a uma capacidade de 85 lugares.
No início do ano de 2014 continuou a ser desenvolvido o projeto educativo “Enredos que cá
moram”, que emergiu do tema proposto para a semana cultural da Universidade de Coimbra, cruzado com
questões e curiosidades das crianças. A vivência deste projeto foi proposta às crianças e comunidade do
Jardim de Infância através de uma personagem que pretendeu recriar um dos antigos habitantes do edifício.
Esta foi integrada num espaço no qual as crianças se cruzavam diariamente e que possuía alguns objetos
inacabados, que foram alvo de transformação e reinvenção, assim como todo o espaço e história desta
personagem.
O projeto para o presente ano letivo intitula-se “Uau! Encontrámos a melhor caixa do mundo!” e
teve o seu lançamento no mês de outubro de 2014. Na sua essência, pretende-se descobrir como uma
caixa pode não ser só uma caixa. Na verdade, há caixas para brincar, caixas para guardar os tesouros
construídos durante anos, caixas que contam histórias, caixas que trazem memórias, caixas que nos fazem
imaginar e nos transportam para outros lugares, caixas misteriosas que guardam brinquedos e brincadeiras
de outros tempos e de outros lugares.
A escolha deste projeto centrou-se nos interesses das crianças e das suas necessidades, tentando
fundamentalmente ir ao encontro da imaginação e do brincar, partindo de uma pedagogia dos sentidos que,
através das expressões artísticas, promove a criatividade. Decorreu também do tema da XVII Semana
Cultural da Universidade de Coimbra – UC 725 anos: Tempo de Encontro(s).
Os objetivos gerais seguidos foram sustentados pela Lei – Quadro da Educação Pré-Escolar e pelas
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação, suporte de referência
para os educadores na sua prática educativa, perspetivada como dinamizadora das diversas áreas de
conteúdo.
Toda a prática educativa assentou numa abordagem própria que se inspirou na abordagem
educativa Reggio Emília, contemplando sempre o currículo emergente, baseado nos interesses das crianças,
apoiando-se na Pedagogia-em-Participação através da criação de espaços e momentos pedagógicos em que
as crianças, em interação, sustentaram as suas aprendizagens. O educador funcionou como um investigador,
na medida em que provocou, construiu, estimulou o pensamento e a colaboração da criança com os seus
pares, promovendo o trabalho cooperativo.
Manteve-se a opção pela marcação de um dia de atendimento aos pais, semanal. Considerando a
avaliação um elemento essencial do processo educativo, a mesma caraterizou-se como avaliação contínua
e de carater qualitativo. Assim, foram selecionados como instrumentos de avaliação: a observação direta,
os diálogos com as crianças, os registos gráficos, construções, registos fotográficos e a construção do
Portfólio da criança onde foi possível recolher amostras representativas das atividades realizadas (as quais
contemplam as diferentes áreas de conteúdo) e foram construídos conjuntamente com cada criança. Os
encarregados de educação/famílias tiveram acesso e puderam consultar sempre que demonstraram
97 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
interesse. Foram disponibilizados dois momentos formais para apresentação destes instrumentos aos
encarregados de educação (fevereiro de 2014 e julho de 2014).
Paralelamente aos projetos, importa mencionar as diversas atividades ocorridas em conjunto, seja
com a participação de todas as crianças, como também com a participação ativa das famílias.
No âmbito do protocolo estabelecido entre os SASUC e a ESEC, realizaram-se no Jardim de
Infância 2 estágios de Educação Básica – OIE I sob a supervisão pedagógica da educadora Joana Baptista, 3
estágios do Mestrado em Educação Pré-Escolar sob a supervisão pedagógica das educadoras Raquel
Maricato e Joana Vila Nova, 5 estágios do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino 1ºCEB sob a
orientação pedagógica das educadoras Joana Baptista e Maria Odete Gonçalves e Raquel Maricato e 8
estágios de Educação Básica – OIE I sob a supervisão pedagógica das educadoras Joana Baptista, Raquel
Maricato, Joana Vila Nova e Maria Odete Gonçalves. Realizou-se ainda um estágio de Técnicas Ação
Educativa – Prática profissional em contexto de trabalho da responsabilidade do Instituto de Emprego e
Formação Profissional de Coimbra.
Desenvolveram-se no JI, durante o ano 2014 as seguintes atividades extracurriculares: Inglês, Dança
Criativa, Teatro, Judo e Natação. Em outubro iniciaram-se a Psicomotricidade e o Ténis. Todas elas
revelaram ser uma mais-valia para a instituição, ao nível da diversidade disponibilizada, bem como, na
qualidade e excelência de conteúdos transmitidos – Figura 4.30.
Figura 4.30. Atividade extracurricular - JI (Ténis)
Em 2014 (abrangendo o ano letivo 2013/14 e 2014/15) destacam-se as seguintes atividades
dinamizadas no Jardim de Infância dos SAS – Quadro 4.37.
Quadro 4.37. Atividades do Jardim de Infância em 2014
Atividade de sensibilização musical
(janeiro 2014)
Participação da peça musical para a infância
“Quinta da Amizade” no TAGV
(março 2014)
98 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A convite de um pai de uma criança da sala dos 3
anos, o professor Manuel Rocha desenvolveu uma
atividade para as crianças que consistiu numa
história musicada, culminando com a
experimentação de alguns instrumentos de cordas.
As crianças tiveram a possibilidade de participar
numa fábula sinfónica em que as personagens
(animais) foram representadas por instrumentos
proporcionados por uma orquestra ao vivo.
Participação da peça de teatro “Fios invisíveis”
no TAGV
(março 2014)
Participação numa curta-metragem dos
Caminhos do Cinema Português
(abril 2014)
Visita à Baixa de Cidade de Coimbra
(abril/maio 2014)
Partilha dos projetos com as Famílias
(maio 2014)
Workshop sobre cuidados de higiene
(maio 2014)
Comemoração do dia da Criança
(junho 2014)
Atividade no Laboratório de Curadoria do
Colégio das Artes do departamento de
Arquitetura da UC
(junho e setembro 2014)
IV Encontro de Fotografia do JI
(junho 2014)
Noite de observação astronómica no JI
(junho 2014)
Festa de Final de Ano
(junho 2014)
Participação no lançamento do projeto “Vamos
semear Ciência”
(junho 2014)
Lançamento do projeto
(outubro 2014)
Atividade inserida no programa da Semana Cultural
da UC.
Participação das crianças do JI como figurantes
numa curta-metragem dos Caminhos do Cinema
Português, realizada na Capela de S. Miguel, na
Universidade de Coimbra.
Passeios pela Baixinha proporcionados pelo Museu
Municipal de Coimbra, através do seu serviço
educativo, pretendendo contribuir para a
descoberta e conhecimento do património urbano
da Cidade
As crianças apresentaram às famílias as descobertas
e dinâmicas utilizadas durante a construção dos
multiprojetos, enquadrados no projeto pedagógico.
Esta atividade pretendeu dar visibilidade ao
processo educativo pela voz das crianças e teve
colaboração ativa das estagiárias da ESE, com a
supervisão e colaboração das educadoras
cooperantes.
Atividade organizada pelos Serviços de Saúde e de
Gestão da Segurança no Trabalho dos SASUC às
crianças do JI que teve como objetivo a
sensibilização para os cuidados de higiene.
Esta atividade pretendeu apresentar o projeto
“Enredos que cá moram” à comunidade. Foi
promovida a participação ativa das famílias nesta
iniciativa, que se traduziu num peddy paper pela
Alta de Coimbra (Universidade) durante uma
manhã de sábado, culminando num piquenique no
Jardim Botânico.
Atividade que, com a ajuda de duas artistas,
procurou integrar as crianças na esfera da arte
contemporânea.
Atividade organizada numa manhã de sábado, em
conjunto com a Comissão de Pais, que procurou
envolver as famílias na dinâmica da instituição, indo
ao encontro de um interesse manifestado por
muitos pais e crianças – a fotografia. Esta dinâmica
tem assumido como objetivos centrais uma
vertente de beneficiação e sobretudo divulgação do
JI.
Os pais das crianças na sala dos 5 anos propuseram
à equipa educativa organizar uma atividade noturna
de observação astronómica. Contando com a ajuda
voluntária da associação coimbrã de astronomia
amadora ALPHA CENTAURI, procurou-se
fomentar o convívio entre os elementos de toda a
comunidade educativa do Jardim de Infância
(incluindo pais e encarregados de educação de
crianças que já frequentaram o Jardim de Infância
em anos anteriores).
Momento significativo para toda a comunidade do
JI, que marca o culminar dos vários projetos
desenvolvidos na instituição ao longo do ano letivo.
Desenvolvido pelo Jardim Botânico da UC, este foi
um momento de apresentar à comunidade os KITS
“Vamos semear Ciência”, destinados a instituições
de Educação Pré- escolar.
Lançamento do projeto pedagógico para o ano
letivo 2014/2015, intitulado: “Uau! Encontrámos a
melhor caixa do mundo!”
99 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Os SASUC em parceria com o Agrupamento de
Centros de Saúde do Baixo Mondego, através do
seu Núcleo de Nutrição, a Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra e o “Programa 5 ao dia”
do Mercado Abastecedor de Coimbra, celebraram
o Dia Mundial da Alimentação de 2014 com um
workshop que promoveu hábitos alimentares
saudáveis junto dos mais novos. As crianças
participaram nesta atividade e tiveram a
oportunidade de fazer um workshop de mini chefs
com o Chef Luís Lavrador.
Atividade organizada numa manhã de sábado, em
conjunto com a Comissão de pais, que procurou
envolver as famílias na dinâmica da instituição como
também assumiu a vertente de beneficiação e
divulgação do JI.
As crianças do JI participaram numa sessão
cinematográfica que decorreu no TAGV.
Ateliers dinamizados em colaboração com a
investigadora da UC, Anabela Mariza Azul
Momento significativo para toda a comunidade do
JI, que procura sintetizar e divulgar todas as
descobertas e vivências resultantes dos vários
projetos desenvolvidos na instituição, desde o
início do ano letivo.
Dia Mundial da Alimentação
(outubro 2014)
Magusto e Aniversário do JI
(novembro 2014)
Participação Caminhos do Cinema Português
(novembro 2014)
Semana da Cultura Científica
(novembro 2014)
Partilha de Natal
(dezembro 2014)
Todo o trabalho desenvolvido foi alvo de avaliação periódica (em reuniões de equipa educativa) e
final (relatório de atividades/reflexão crítica elaborado por cada educador). Foram cumpridos os objetivos
estabelecidos quer a nível dos conteúdos, quer das realizações conjuntas acima referidas.
No decorrer do ano letivo foi visível o envolvimento das famílias nos diversos projetos e iniciativas.
Também a Comissão de Pais desempenhou um papel relevante na ajuda da preparação de algumas das
atividades descritas (Encontro de Fotografia, Noite de observação astronómica e Magusto).
Durante o ano de 2014 (excluindo o mês de agosto correspondente à pausa letiva), o Jardim de
Infância teve uma ocupação média mensal de cerca de 76 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação
de 89,4% – Quadro 4.38.
Quadro 4.38. Indicadores da atividade do Jardim de Infância, em 2013 e 2014
Capacidade
N.º de Inscrições/mês
Taxa de Ocupação (%)
N.º de Ed. de Infância
N.º de Auxiliares
Rácio Crianças/Educador
(Ed. Inf. + Auxiliares)
2014
2013
85
76
89,4
5
6
75
69.36
92,5
5
7
Variação
Abs.
%
10
13,3
6.64
9,6
-3,1 p.p.
0
0
-1
-14,3
6.91
5.78
1.13
19,6
O aumento da capacidade no JI em 2014 decorre de alterações verificadas na constituição dos
grupos/salas dessas valências do apoio à infância. Em 2013, atendendo à existência de dois grupos
100 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
homogéneos constituídos por crianças de 3 anos e de acordo com orientações do Ministério da Educação,
a capacidade dessas salas/grupos estava limitada a 15 crianças. Com a alteração da constituição dessas salas,
a capacidade pode ser aumentada para 20 crianças nessas 2 salas, traduzindo o aumento de 10 lugares na
capacidade global do JI.
Durante este período, o número de crianças filhas de pais com vínculo à UC (estudantes,
investigadores, funcionários dos SASUC e UC), foi sempre muito significativo, caracterizando sempre mais
de metade da ocupação da instituição. Fomentou-se pontualmente a heterogeneidade entre grupos, quer
por uma questão funcional, quer sobretudo por opção pedagógica.
Nos números mencionados estão incluídas, para além das crianças portuguesas, outras, filhas de
pais estrangeiros (PALOP, Brasil, Guatemala, Espanha, Rússia, Austrália e EUA).
Da análise das variações da ocupação média registada por ano letivo constata-se, em 2013/14, um
aumento considerável (de cerca de 12%) do n.º de crianças a frequentar o Jardim de Infância dos SAS –
Figura 4.31.
Figura 4.31. Variação da Ocupação Média do Jardim de Infância, por ano letivo
80
70
60
50
40
30
20
10
0
75
69
67
2011/12
2012/13
2013/14
Por seu lado, da comparação da ocupação mensal por ano civil constata-se um aumento de
inscrições no ano letivo 2014/15 - Figura 4.32, contabilizando-se, em dezembro de 2014, 79 crianças
inscritas (mais 3 crianças do que em dezembro de 2013).
101 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.32. Ocupação mensal do Jardim de Infância, em 2013 e 2014
90
80
70
60
50
2013
40
2014
30
20
10
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out Nov Dez
O aumento do número de inscrições reflete-se nos proveitos do setor (aumento de 24,2% face ao
período homólogo). Regista-se ainda um ligeiro aumento dos custos do Jardim de Infância em 2014,
resultado do aumento da ocupação, tendo a taxa de cobertura uma variação positiva de 11.15 pontos
percentuais – Quadro 4.39.
Quadro 4.39. Proveitos e Custos do Jardim de Infância, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
Custos (€)
Taxa de Cobertura (%)
2014
2013
166 185,95
263 734,76
63,01
133 813,34
258 042,05
51,86
Variação
Abs.
%
32 372,61
24,2
5 692,71
2,2
11,15 p.p.
CUSTOS E PROVEITOS DO APOIO À INFÂNCIA
Analisando globalmente os Serviços de Apoio à Infância verifica-se uma melhoria de 7 pontos
percentuais da taxa de cobertura do setor, impulsionada pelo aumento dos proveitos no Jardim de Infância
numa pequena percentagem pela redução de custos da Creche e pela realização do ATL de Verão (cujos
proveitos foram de 4 501,01€] – Quadro 4.40.
Quadro 4.40. Proveitos e Custos dos Serviços de Apoio à Infância, em 2013 e 2014
Apoio à Infância
(Creche + JI + ATL)
Proveitos (€)
Custos (€)
Taxa de Cobertura (%)
2014
2013
247 911,52
543 802,51
45,6
214 928,32
557 255,80
38,6
102 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Variação
Abs.
%
32 983,20
15,3
-13 453,29
-2,4
7 p.p.
SATISFAÇÃO COM OS SERVIÇOS DE APOIO À INFÂNCIA
Para avaliar a satisfação dos/as Encarregados/as de Educação com a Creche e o Jardim de Infância
dos SASUC, foi aplicado um inquérito online de 16 a 30 de junho de 2014. Este processo teve como objetivo
recolher informação relativa à perceção dos/as Encarregados/as de Educação sobre os serviços prestados
nestas duas valências do apoio à infância dos SAS, visando a identificação de oportunidades para a melhoria
dos serviços prestados à comunidade UC.
Foram enviados convites a todos os encarregados de educação das crianças a frequentar a Creche
e o Jardim de Infância dos SASUC no ano letivo 2013/2014 (132) para preenchimento do inquérito, tendo
o número de respondentes sido de 63 (taxa de resposta de 47,7%), 20 com referência à Creche e 43 com
referência ao Jardim de Infância.
Cerca de 88,9% dos inquiridos estão satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços de apoio à
infância, traduzindo-se numa taxa de satisfação de 84% (Creche – 70%; Jardim de Infância – 90%).
Entre as sugestões mais apontadas para a melhoria dos Serviços de Apoio à Infância dos SASUC
identificaram-se a manutenção das instalações, a disponibilização de atividades no mês de agosto e a
necessidade de melhorar a comunicação entre os SAI e os/as Encarregados/as de Educação. Relativamente
à Creche identificaram-se ainda sugestões visando a diversificação das atividades e maior incidência na
monitorização das aprendizagens e desenvolvimento das crianças.
Estes resultados permitiram a identificação de oportunidades para a melhoria dos serviços
prestados pelos SAI, grande parte delas já implementada no decurso de 2014.
103 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.2.5 INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO
A procura da igualdade de oportunidades no acesso à Universidade e o sucesso académico dos
seus estudantes determinam a atividade do Núcleo de Integração e Aconselhamento (NIA), centrada no
acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, no aconselhamento psicopedagógico
e na promoção de ações de sensibilização e formação ativadoras do desenvolvimento pessoal e de
competências pessoais e académicas de todos os estudantes. O NIA integra a Divisão de Acolhimento e
Integração, unidade orgânica dos SAS afeta à Direção de Serviços de Apoio ao Estudante.
O Acompanhamento a Estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE)
baseia-se numa intervenção técnica especializada, que contribui para um ensino de qualidade, identificando
as barreiras físicas e de comunicação e cooperando para a integração social e escolar destes estudantes. A
sua atividade assenta no acolhimento e acompanhamento personalizado, recorrendo a entrevista para a
avaliação individual das desvantagens e necessidades educativas; bem como na oferta de um centro de
produção que disponibiliza materiais didáticos em suporte alternativo para invisuais (braille, suporte digital
e áudio), na formação individual em novas tecnologias (correio eletrónico, bases de dados, bibliotecas
virtuais) e no centro de documentação, enquanto centro de consulta bibliográfica, oferecendo aos
estudantes o acesso a um catálogo em braille, do qual fazem parte obras ou extratos de obras em braille
ou áudio que constam do acervo documental do NIA, permitindo a estes estudantes uma maior autonomia
nas suas pesquisas.
Em junho de 2014 foi aprovado e integrado no Sistema de Gestão (MOS-SASUC) o procedimento
referente ao processo de apoio técnico pedagógico a estudantes com NEE (SAS_P002) e impressos
associados. Esta atividade pressupôs a revisão da documentação já existente no Sistema de Gestão da UC
(quando este processo era gerido no âmbito das competências da Administração da UC) e criação de nova
documentação, visando o ajustamento deste processo ao enquadramento orgânico dos SAS.
No âmbito deste processo, em 2014 foi possível reforçar e introduzir multidisciplinariedade na
equipa, incluindo uma reorganização profunda do Centro de Produção, que contribuiu para aumentar
significativamente a sua atividade.
Assim, em 2014 foram realizadas 140 entrevistas e acompanhados 126 estudantes com
necessidades educativas especiais, que procuraram apoio por iniciativa própria ou foram encaminhados por
docentes e/ou órgãos de gestão – Quadro 4.41.
104 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.41. Acompanhamento de estudantes com NEE, em 2014
140
Nº de Estudantes acompanhados
126
30
Letras
21
Motora
19
Direito
34
Foro Psiquiátrico
28
Medicina
3
Auditiva
11
Ciências e Tecnologia
37
Farmácia
6
Economia
12
Visual
cegueira total
5
amblíopes
8
Faculdades
Orgânica/Funcional
Dislexia
23
Psicologia e Ciências da Educação
11
Autismo
2
Desporto e Educação Física
2
Bolseiro
22
Residente
15
Não Bolseiro
104
Não Residente
111
RU
DGES
Patologia
Nº de Entrevistas
À semelhança do ano anterior, verifica-se que a grande maioria dos estudantes acompanhados não
detém condição de bolseiro DGES e não reside em residência universitária.
São as patologias orgânico-funcionais, o foro psiquiátrico e a dislexia que predominam neste grupo,
representando 64% do total.
Uma vez mais, constata-se que são os estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia e os da
Faculdade de Direito, que prevalecem nesta análise, com 56% sobre o total de estudantes acompanhados.
No decorrer de 2014, registaram-se 194 pedidos ao centro de produção – Quadro 4.42.
Quadro 4.42. Produção de materiais técnico-pedagógicos do NIA, em 2014
Serviço
Suporte digital
Nº de
Pedidos
118
Braille
52
Relevos
1
Ampliação
2
Máquinas Perkins
11
T. Negro
10
Total
194
A partir de setembro 2014 o número de estudantes com patologia do foro visual apoiados pelo
centro de produção aumentou significativamente, aumento este que se refletiu essencialmente nos trabalhos
105 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
em formato digital, representando 61% da totalidade dos trabalhos pedidos. Os 52 pedidos de produção
em braille resultaram em 5 784 páginas neste formato.
Realça-se o trabalho realizado no âmbito do Programa Canguru Matemático, elaborando prova do
5º ano em braille, em parceria com o Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia
da Universidade de Coimbra.
Salienta-se ainda, a produção de plantas de emergência e sinalética em braile e relevo das
residências Universitárias Pedro Nunes e Polo III.
Destaca-se também, pelo simbolismo, a visita guiada de 5 membros da comunidade universitária e
entidades parceiras ao Museu Machado de Castro, em sintonia com estreita colaboração mútua existente.
No domínio das parcerias, foi celebrado protocolo de colaboração com a Associação de Cegos e
Ambliopes de Portugal (ACAPO), visando a promoção de iniciativas e intervenções a favor dos seus
destinatários, ampla e reciprocamente utilizado pelas duas entidades.
Relativamente ao Aconselhamento Psicopedagógico oferecido aos estudantes da UC, está
disponível consulta de psicologia, cujo foco principal se prende com a avaliação e o acompanhamento
psicológico individual de todos os alunos que o pretendam. Funciona em colaboração com a consulta de
psiquiatria e de clínica geral dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho (SSGST), através
do encaminhamento dos casos que revelam necessidade de avaliação médica ou intervenção farmacológica.
Em 2014, a equipa de Psicologia esteve reduzida por licença de maternidade, razão pela qual houve
um decréscimo dos utentes acompanhados: cerca de 336 estudantes e 6 funcionários, com 782 consultas
realizadas.
Uma vez mais, os estudantes da FCTUC representam o grupo com maior percentagem das 774
consultas realizadas a estudantes, fixando-se em 31%. Evidencia-se a baixa representatividade de estudantes
da FMUC, FFUC e FCDEF, que globalmente retratam 11% do total. Importa referir que, em função do
número de estudantes da Faculdade, a FDUC se destaca com 18% – Quadro 4.43.
Quadro 4.43. Distribuição das consultas por Faculdade, em 2014
Utentes/Faculdade
FLUC
FDUC
FMUC
FCTUC
FFUC
FEUC
FPCEUC
FCDEFUC
Estudantes
Funcionários
Total
106 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Consultas Realizadas
127
16%
144
18%
30
4%
244
31%
44
6%
55
7%
125
16%
5
1%
774
8
782
99%
1%
100%
Neste domínio, os problemas mais identificados relacionam-se com perturbações de ansiedade,
problemas académicos, problemas de humor entre outros, como luto.
São estudantes com idades compreendidas entre os 21 e os 25 anos, os que mais procuram estes
serviços, embora seja significativo o número de estudantes com idades inferiores a 20 anos a recorrer a
esta ajuda – Quadro 4.44.
Quadro 4.44. Distribuição das consultas por idades dos utentes estudantes, em 2014
Consultas Realizadas a
Estudantes
Faixa Etária
Até 20 anos
21 a 25 anos
26 a 30 anos
+31 anos
Total
113
481
102
86
14%
62%
13%
11%
782
100%
Identificaram-se ainda 617 consultas marcadas que não foram realizadas, na sua maioria por terem
sido canceladas a pedido do utente ou por este não ter comparecido à consulta – Quadro 4.45.
Quadro 4.45. Consultas marcadas e não realizadas, em 2014
Consulta cancelada a pedido do utente
Consulta cancelada a pedido do serviço
Utente não compareceu
Total
226
161
230
37%
26%
37%
617
100%
A Oferta Formativa do NIA, no ano de 2014, passou pela realização de 48 sessões, envolvendo
globalmente 346 participantes, oferta esta subdividida em dois grupos.
Um primeiro grupo de ações formativas, inseridas no programa de Educação pelos Pares, apoiando
os estudantes no processo de integração na Universidade de Coimbra e atuando na promoção da saúde e
do sucesso escolar em contexto académico, através da formação de estudantes mais velhos para a aquisição
de aptidões básicas de aconselhamento, constituindo-se como um suporte de ajuda primária nas dificuldades
emocionais, académicas e sociais dos seus pares. A intervenção junto dos alunos neste âmbito desenvolvese com recurso a reuniões de casa, a uma Formação Básica para os alunos que se propõem ser apoiantes,
e a uma Formação Contínua (inexistente em 2013), que se destina preferencialmente aos alunos apoiantes,
embora esteja aberta à comunidade estudantil da Universidade de Coimbra no geral, e que decorre ao
longo do ano letivo com o objetivo de completar a formação dos estudantes que frequentaram a Formação
Básica.
Num segundo grupo, inserem-se outras ações de sensibilização motivadoras do desenvolvimento
pessoal e competências pessoais e académicas, como ilustra o Quadro 4.46.
107 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
UC Skills
Quadro 4.46. Oferta formativa NIA 2014
Grau de
Satisfação
4,50 - muito bom
Temas
Nº Ações
Nº Participantes
Intervenção
Curso intensivo de formação básica
Sub-total
Gestão do tempo
Métodos de estudo
13
1
14
3
3
100
18
118
89
93
1
23
4,40 - muito bom
1
17
4,50 - muito bom
25
1
34
48
4
2
228
346
Apresentação de trabalhos orais e
ansiedade
Estratégias para aumentar a eficácia
académica
Novas tecnologias para invisuais
Braille
Sub-total
Total
4,40 - muito bom
4,40 - muito bom
4,79 – muito bom
A participação e o grau de satisfação dos estudantes nas sessões formativas tem melhorado,
sobretudo por comparação com o ano anterior. Contudo, é uma valência que poderá ser potenciada,
nomeadamente com um maior envolvimento dos próprios estudantes na mobilização dos colegas.
Ainda no âmbito da atividade do NIA, salienta-se a participação nas comemorações do décimo
aniversário do Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiência no Ensino Superior
(GTAEDES), submetida ao tema “confronto entre o passado e o presente: o que sonhamos, onde estamos”,
nomeadamente na moderação do painel “Apoio à frequência no ensino superior – Ensino – Aprendizagem”.
Destaca-se ainda a colaboração com diversos projetos de investigação, como doutoramento sobre
‘a influência de processos atencionais nas dificuldades de leitura’ do IBILI e o mestrado em Informação,
Comunicação e Novos Media da FLUC, bem como a participação nos trabalhos de conclusão do projeto
de European Action on Disability within Higher Education (EADHE), na conferência de Leipzig, em setembro de
2014.
108 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.2.6 PASEP
O Conselho de Ação Social da Universidade de Coimbra aprovou, a 31 de julho de 2013, o
Programa de Apoio Social a Estudantes através de Atividades de tempo Parcial (PASEP) com o objetivo de
apoiar os estudantes mais carenciados, numa perspetiva de complemento a outros apoios sociais diretos e
indiretos já existentes, de forma a contribuir para a diminuição do abandono escolar, facilitar a integração
dos estudantes no mercado de trabalho, possibilitar-lhes a aquisição e desenvolvimento de competências
transversais, além de reforçar a ligação entre os estudantes e a UC.
O PASEP constitui uma nova modalidade de apoio social, para todos os estudantes da UC, que
consiste na disponibilização de ofertas de atividades de tempo parcial, a realizar em unidades
orgânicas/serviços da UC, cuja retribuição ao estudante que as realize se traduz na atribuição de benefícios
sociais.
O apoio social a conferir é feito através da:

Atribuição de senhas de refeição válidas para as unidades de alimentação dos SAS;

Contribuição total ou parcial nos custos de alojamento nas residências dos SAS;

Contribuição total ou parcial na propina a pagar pelos estudantes no curso em que
estão matriculados.
Além do apoio social atribuído, as atividades realizadas são incluídas no Suplemento ao Diploma.
As ofertas de atividade que os diversos setores da UC entendem disponibilizar no âmbito deste
programa constituem a Bolsa de Atividades, sendo a sua divulgação feita através da publicação no portal
PASEP, disponível na página dos SAS. Para cada oferta de atividade divulgada deverá o aluno formalizar uma
candidatura no referido portal.
As ofertas de atividade podem ser enquadradas em 11 tipologias:

A1 – Vigilância (salas de aulas, bibliotecas e outros espaços);

A2 – Projetos de investigação e outras atividades curriculares;

A3 – Estudos e trabalhos especializados;

A4 – Colaboração na elaboração de guiões de trabalhos laboratoriais;

A5 – Colaboração nas estruturas laboratoriais e técnicas;

A6 – Colaboração na área administrativa e de suporte;

A7 – Colaboração em processos de avaliação de estudantes;

A8 – Colaboração na área dos serviços de alimentação dos SASUC;

A9 – Colaboração na área dos serviços de alojamento dos SASUC;

A10 – Colaboração em outras áreas de apoio social previstas na missão dos SASUC;

A11 – Outras.
Os valores mínimos e máximos de retribuição/hora ao estudante encontram-se definidos por
tipologia de oferta de atividade (mínimo de 2 senhas de refeição social; máximo de 3 a 5 senhas).
109 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Ano letivo 2013/14
O PASEP arrancou no final do ano de 2013, tendo sido abertas, no ano letivo 2013/14, 20 ofertas
de atividade, que permitiram a colocação de 125 alunos em nove áreas distintas.
Caracterização das Ofertas de Atividade
As atividades foram propostas por sete unidades orgânicas da UC, com maior representatividade
dos SAS (7 ofertas de atividade), Reitoria (3 ofertas) e Biblioteca Geral (3 ofertas) – Figura 4.33.
Figura 4.33. Distribuição das Ofertas PASEP no ano letivo 2013/14, por Unidade Orgânica da UC
Administração
UC; 2; 10%
Centro documentação
25 de Abril;
1; 5%
SASUC;
7; 35%
Reitoria;
3; 15%
Biblioteca das
Ciências da
Saúde;
2; 10%
Faculdade de Ciências
do Desporto e
Educação Fisica;
2; 10%
Biblioteca
Geral; 3; 15%
As ofertas disponibilizadas enquadraram-se em 7 das 11 tipologias existentes, tendo maior volume
de ofertas a Vigilância (35%) e a Colaboração na área administrativa e de suporte (20%) – Figura 4.34.
Figura 4.34. Distribuição das Ofertas PASEP no ano letivo 2013/14, por tipologia de atividade
A1 - Vigilância
7
A3 - Estudos e trabalhos especializados
2
A6 - Colaboração na área administrativa e de suporte
4
A8 - Colaboração - Serv. Alimentação SAS
3
A9 - Colaboração - Serv. Alojamento SAS
2
A10 - Outras SAS
1
A11 - Outras
1
0
110 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
1
2
3
4
5
6
7
8
As ofertas de atividade disponibilizadas em 2013/14 foram alvo de 491 candidaturas, verificando-se
uma média de 25 candidaturas por oferta, num mínimo de 1 e máximo de 73. Das 491 candidaturas, foram
selecionados 389 estudantes (79,23%) e excluídos 102 (20,77%).
Identificaram-se quatro motivos de exclusão dos concursos lançados para cada oferta: Falta de
aproveitamento escolar (46%); Incumprimento de condições mínimas (37%); Incompatibilidade de horários
(14%) e Desistência (3%).
Caracterização dos/as estudantes beneficiários
Foram colocados nas atividades PASEP disponibilizadas no ano letivo 2013/14, 125 estudantes, o
que corresponde a 32,13% dos estudantes selecionados.
Considerando distribuição dos estudantes colocados por Faculdade, constata-se maior
representatividade dos estudantes da FCTUC (49 estudantes); FEUC (24 estudantes) e FLUC (20
estudantes) – Figura 4.35.
Figura 4.35. Distribuição dos/as estudantes beneficiários PASEP no ano letivo 2013/14, por Faculdade
Medicina
5%
Psicologia e
Ciências da
Educação
4%
Ciências do Desporto e
Educação e Educação Fisica
1%
Letras
16%
Ciências e
Tecnologia
39%
Farmácia
6%
Economia
19%
Direito
10%
A maioria dos/as estudantes beneficiários do PASEP encontrava-se inscrita em Mestrados
Integrados (34%) e 2.º Ciclos (31%), identificando-se ainda estudantes de 1.º Ciclo (29%) e de 3.º Ciclo (6%).
Cerca de 37% (46 estudantes) estavam alojados nas residências da UC e 38% (48 estudantes) eram bolseiros.
Quanto à distribuição destes estudantes por nacionalidade, identificaram-se 9 nacionalidades, sendo
as mais representativas a portuguesa (65%) e brasileira (18%) – Figura 4.36.
111 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.36. Distribuição dos/as estudantes beneficiários PASEP no ano letivo 2013/14, por país de origem
65%
2%
18%
1%
1%
1%
2%
1%
9%
Portugal
São Tomé
Brasil
Angola
Cabo Verde
Guiné
Ucrânia
India
Itália
Os apoios concedidos representaram um total de 38 298,78€, repartidos pelos seguintes tipos de
apoio: Alimentação – 14 442,02€; Propinas – 18 597,23€ e Alojamento – 5 259,53€.
No final do ano letivo foi elaborado um relatório do primeiro ano de implementação deste
programa onde, além da apresentação dos principais indicadores de gestão desta atividade pelos SAS, se
procurou fazer um balanço da atividade, tendo-se proposto algumas alterações ao regulamento do PASEP
e ações para a melhoria do programa, designadamente a necessidade de se proceder à avaliação formal da
satisfação dos intervenientes e de se fomentar a sua divulgação, dada a reduzida adesão de UOs da UC.
Ano letivo 2014/15
Considerando o balanço realizado ao ano letivo 2013/14 e a necessidade verificada de incrementar
a divulgação do PASEP visando a captação de um maior e mais diversificado número de ofertas e de UO
promotoras de ofertas PASEP, em novembro de 2014 foram desencadeadas ações de sensibilização,
designadamente junto dos Centros de Investigação da UC.
Foram, assim, dinamizadas duas reuniões: a 5 de novembro, no Centro Cultural D. Dinis, dirigida
a Diretores de Centros de Investigação do Polo I, e a 11 de novembro, no Centro Cultural Casa da Pedra,
dirigida a Diretores de Centros de Investigação do Polo II. Nestas reuniões, além da apresentação de dados
sobre as atividades desenvolvidas no âmbito do PASEP no ano letivo 2013/14, foi ainda disponibilizado apoio
na clarificação de pormenores relativos à implementação de novas ofertas de atividade
Quanto ao ano letivo de 2014/15, com referência a 31 de dezembro de 2014, foram disponibilizadas
sete ofertas de atividade que permitiram a colocação de 26 alunos, abrangendo cinco áreas de atividade.
No Quadro 4.47., sintetizam-se as ofertas de atividades divulgadas de setembro a dezembro de
2014.
112 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 4.47. Ofertas de atividade PASEP em 2014/2015 (a 31/12/2014)
Benefícios Atribuídos
Nº
oferta
Entidade que
oferece a
atividade
Tipologia
de
Atividade
Oferta
Nº
estudantes
Candidatos
Nº
Estudantes
Selecionados
Nº
estudantes
não
admitidos
a concurso
Nº
Estudantes
colocados
Nº
horas
Efetivas
Alimentação
Propinas
Alojamento
Nº
alunos
Encargo
Nº
alunos
Encargo
Nº
alunos
Encargo
Encargo
Total
2014.1
SAS - Divisão de
Alimentação 1)
Serviço de Balcãopreparação
fornecimento de
refeições rápidas
A8
19
12
7
5
1547
4
3434,4
4
3490,56
2
500,64
7 425,60
2014.2
Biblioteca Geral
Vigilância
A1
84
66
18
4
378
2
679,2
2
907,2
1
228
1 814,40
2014.3
SAS - Divisão de
Alimentação
Apoio Na Cantina
do Polo II
A8
9
8
1
4
240
1
297,6
1
264
2
590,4
1 152,00
A6
21
9
12
7
532
3
684
6
1869,6
2 553,60
A6
37
33
4
3
64
3
307,2
307,20
2014.4
Serviços de
Gestão
Académica 1)
2014.5
SAS - Centro de
Estudos
Cinematográficos
da AC
Apoio ao processo
de envio de cartas
de curso
(preenchimento de
base de dados,
verificação de
dados e
embalagem de
envio)
Promotor da XX
edição do Festival
Caminhos do
Cinema Português
2015
Faculdade de
Medicina
Apoio ao mestrado
de Psiquiatria
social e cultural
A6
8
1
7
1
20
1
96
96,00
2014.7
Faculdade de
Economia
Vigilância
A1
32
22
10
2
52
2
249,6
249,60
Total
210
151
59
26
2833
19
7184,2
10
5095
5
1319,04
Ainda decorrendo do Relatório de atividades PASEP referente ao ano letivo 2013/14 e
considerando as propostas apresentadas para a revisão do Regulamento, analisadas em sede de Conselho
de Ação Social da UC reunido a 22 de outubro de 2014, constatou-se a necessidade de proceder a alguns
ajustamentos ao Regulamento, procurando estabelecer a complementaridade entre os diversos apoios
sociais e tentando evitar que as dificuldades económicas assumissem proporções que originassem o
abandono ou a interrupção do percurso escolar por parte dos estudantes.
Nesse sentido, foram consideradas e aprovadas as seguintes propostas de alteração ao
Regulamento do PASEP:

Aproximação dos critérios de avaliação do aproveitamento escolar para efeitos de
elegibilidade para atribuição de benefícios sociais definidos no FAS e no PASEP: à
semelhança dos critérios definidos no FAS, passariam a ser considerados elegíveis para
benefícios PASEP alunos, matriculados a mais de 60 ECTS, com aproveitamento a um
número de ECTS igual ou superior a 36 (e não a 50% dos ECTS a que se encontravam
inscritos); não considerar como critério de elegibilidade o aproveitamento escolar no caso
de uma primeira mudança de curso; inclusão de exceções para avaliação superior de
situações em que o não aproveitamento escolar se deva a doenças graves ou outras
situações especialmente graves ou socialmente protegidas, devidamente comprovadas;

Considerando os limites de 12 horas semanais definidos para participação dos estudantes
nas atividades PASEP, visando salvaguardar que a participação no PASEP não prejudica o
113 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
13598,4
sucesso escolar do estudante, constatou-se que os limites poderiam ser ultrapassados em
período de férias, propondo-se a revisão desse limite (definindo-se, em Conselho de Ação
Social, novo limite de 24h/semana para períodos de férias).
A publicação das alterações e republicação do regulamento do PASEP em Diário da República
ocorreu já em 2015.
114 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.3 OUTRAS ATIVIDADES
4.3.1 OFERTA INTEGRADA DE SERVIÇOS
Durante o ano de 2014 verificou-se a necessidade de proceder ao ajustamento dos Serviços de
Oferta Integrada em função do seu crescimento na comunidade universitária.
Logo no início do ano (1 de fevereiro de 2014), iniciou funções uma nova equipa de projeto para
a gestão dos Serviços de Oferta Integrada, constituída através de Despacho da Administradora dos SASUC
(Despacho n.º 2898/2014, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 36, de 20 de fevereiro). Já em
abril, a necessidade de ajustamento dos Serviços de Oferta Integrada determinou uma alteração ao
Regulamento Orgânico dos SAS aprovado em março de 2012, com a publicação do Despacho n.º 4707/2014,
de 1 de abril, que criou a Divisão de Oferta Integrada de Serviços (DOIS), mantendo a dependência desta
unidade orgânica dos SAS na Direção de Serviços de Suporte à Atividade.
Esta Divisão manteve como competências a disponibilização à comunidade universitária de
recursos com vista ao desenvolvimento de atividades diversas, nomeadamente nas áreas de gestão de
espaços e limpeza e tratamento de roupa, numa base de eficiência económico-financeira. Compreende a
gestão das estruturas: Lavandaria, Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza, Centro Cultural D. Dinis e
Quinta de S. Marcos.
A equipa da DOIS teve, no ano de 2014, um longo caminho a percorrer ao nível da reestruturação
das equipas de recursos humanos afetas a esta estrutura e respetivos horários. Nesse sentido e no âmbito
das atividades da Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL), foram realizadas visitas aos espaços,
visando ajustar as respostas dos serviços às necessidades das Unidades Orgânicas que solicitaram atividades
da DOIS. Assim, foram realizadas 84 reuniões solicitadas pela UGEL e/ou pelas Unidades Orgânicas, com o
objetivo de consolidar toda a equipa da UGEL, o que permitiu o aumento da capacidade de resposta às
solicitações para a intervenção a nível de limpeza e portaria.
Ainda ao nível da gestão de equipas, verificou-se, ao longo do ano de 2014, a saída de 8
trabalhadores da equipa, por força de mobilidade interna para a UC (4), aposentação (1), mobilidade interna
nos SASUC (1) e denúncia/rescisão de contrato por mútuo acordo (2). Realça-se o facto de, atendendo aos
recursos humanos disponíveis, não ter sido possível responder a todas as solicitações dirigidas à
DOIS/UGEL, nomeadamente a manutenção do jardim do Palácio de S. Marcos, requisições de atividades
para a Faculdade de Medicina, Colégio das Artes, Serviço de Recursos Humanos da UC, Centro de Estudos
Interdisciplinares e abertura e encerramento da Faculdade de Farmácia (Polo III).
No reforço de competências dos recursos humanos no âmbito de atuação da DOIS/UGEL, foram
ministradas formações sobre “Movimentação Manual de Cargas”, “Manuseamento de detergentes”,
Workshop Barista “Expresso Perfeito”, “Excel Avançado”, “Planeamento Estratégico e Gestão por
Objetivos” e de utilização de “POS”.
A gestão do Grill Dom Dinis (também designado por Cantinas Verdes) integrou, no ano de 2014,
as competências da Divisão de Oferta Integrada de Serviços, destacando-se as seguintes atividades:
115 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014

Utilização pelas Comissões de carros da Queima (março);

Aluguer à lista do Núcleo de Estudantes de Direito (março / abril);

Convívio de Medicina – Tuna de Medicina (Abril);

Serviços de Catering – almoço / jantares (maio / junho);

Seminário do CES – utilização dos Fornos (julho);

Danças (setembro a dezembro);

Convívio Desconcertuna (novembro);

Festa de Natal do Jardim de Infância dos SASUC (dezembro).
As atividades asseguradas pela DOIS, compreendendo as diferentes estruturas que integra,
traduziram importantes valores de receita, confirmando-se os resultados positivos alcançados com a
estratégia de otimização de recursos dos SAS na ótica da garantia da sustentabilidade financeira da sua
estrutura.
UNIDADE DE GESTÃO DE ESPAÇOS E LIMPEZA
A Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL) assegura atividades de limpeza, jardinagem,
portaria e receção a unidades orgânicas e demais serviços da UC.
Desde a criação desta oferta e considerando o desenvolvimento das tipologias de atividades
disponibilizadas pela UGEL, diversas Unidades Orgânicas da UC têm vindo a rescindir contratos de
prestação de serviços com entidades externas, com impacto no aumento da procura das atividades
asseguradas pelos SAS.
A intervenção da UGEL aumentou no ano de 2014, tendo iniciado a sua atividade com a intervenção
em 34 locais de diversas UO/Serviços UC, contabilizando-se, a 31 de dezembro, 40 locais de diversas
UO/Serviços UC e AAC, o que representa um aumento de 18% (6 locais) relativamente ao início do ano.
Salienta-se que este aumento de atividade não implicou o recurso a um maior número de recursos humanos,
mas sim uma gestão mais eficiente das equipas. - Figura 4.37.
116 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.37. Nº de trabalhadores da UGEL por entidade, em 2014
Reitoria (6 locais)
Administração UC (3 locais)
Imprensa UC
Biblioteca Geral da UC
Biblioteca Joanina
Biblioteca das Ciências da Saúde
Arquivo da UC
Centro de Doc. 25 de Abril
Fac. Letras UC (5 locais)
Fac. Ciências e Tecnologia UC (11 locais)
Fac. Psicologia e C. Educação
Fac. Ciências do Desporto e Ed. Física UC
Fac. Economia UC
Fac. Direito UC
Inst. de Investigação Interdisciplinar
Associação Académica de Coimbra
SASUC (3 locais)
10
12
2
5
2
2
2
1
13
22
1
1
2
2
1
1
5
0
5
10
15
20
25
Das entidades (UO/Serviços da UC) que mais recorreram às atividades disponibilizadas pela UGEL,
destacam-se a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Letras e a Administração UC (Palácio
dos Grilos) – Figura 4.38.
Figura 4.38. Distribuição de atividades desenvolvidas (em total de horas/dia), por entidades, em 2014
Reitoria (6 locais)
Administração UC (3 locais)
Imprensa UC
Biblioteca Geral da UC
Biblioteca Joanina
Biblioteca das Ciências da Saúde
Arquivo da UC
Centro de Doc. 25 de Abril
Fac. Letras UC (5 locais)
Fac. Ciências e Tecnologia UC (11 locais)
Fac. Psicologia e C. Educação
Fac. Ciências do Desporto e Ed. Física UC
Fac. Economia UC
Fac. Direito UC
Inst. de Investigação Interdisciplinar
Associação Académica de Coimbra
SASUC (3 locais)
63
75
4
37
15
16
16
3
99
115
3
8
14
16
1
3
34
0
20
40
60
80
100
120
140
Além das atividades planificadas no início do ano (de longa duração), a UGEL respondeu ainda a
outras solicitações, de diversas UO/Serviços UC, pelo desenvolvimento de atividades pontuais ao longo do
ano, designadamente nos próprios SASUC e decorrentes de solicitações de outras entidades. Nestas
atividades, internas (nos SAS) e externas (outras entidades), foram asseguradas pela UGEL 564,30 horas Figuras 4.39 e 4.40.
117 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.39. Distribuição de atividades pontuais internas realizadas em 2014, em horas
Residências Limpeza;
75
Colégio de Jesus Limpeza;
25
Jardim de Infãncia Limpeza;
48
Apoio Latada Vigilância;
45
Limpeza das
cantinas após
convivios Limpeza;
170
Apoio à Queima Vigilância/Cozinha/Balcão;
128
Figura 4.40. Distribuição de atividades pontuais externas, em horas
Limpeza Painés
FCTUC Limpeza;
24
Festas da
cidade Limpeza e
Vigilância ;
21,5
NEQ - Limpeza;
7
TEAR
Instituto
Universitário
Justiça e Paz Vigilância; 8
NED Vigilância; 11
Seminário
Maior Vigilância;
3
Quanto à tipologia de atividades oferecidas pela UGEL nas diversas UO/Serviços da UC em 2014
e respetiva receita do desenvolvimento das atividades, identificou-se maior representatividade da receita
proveniente dos serviços de limpeza. Esta atividade corresponde ainda à tipologia de atividades mais
procurada, tendo sido disponibilizada em aproximadamente 71,88% do total de locais onde foram
desenvolvidas atividades pela UGEL – Quadro 4.48.
Quadro 4.48. Tipologia de atividades desenvolvidas pela UGEL e receita em 2014
Tipo de
Atividade
Nº de
Locais
Receita (€)
Peso (%)
Limpeza
Jardinagem
Portaria
Outras
46
1
7
10
535 660,37
3 612,96
109 057,61
12 302,35
71,88
1,56
10,94
15,63
Total
64
655 233,29
100
118 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A UGEL diferencia-se dos restantes serviços prestados pelos SAS pela tipologia de atividades que
compreende que, não obstante terem como alvo os estudantes, interagem, numa primeira instância, com
uma panóplia de interlocutores nas diversas UO/Serviços da UC.
A gestão do processo de mudança, cujo enfoque se centrou na deslocalização de trabalhadores,
essencialmente da área da alimentação, para o desenvolvimento de novas atividades, em novos espaços de
atuação, em áreas geográficas diferenciadas, com novos interlocutores, requer uma gestão de proximidade
entre dirigentes e trabalhadores, obrigando a um esforço acrescido de todos os envolvidos no processo.
Esse envolvimento e a proximidade da equipa de gestão têm sido o fator chave de sucesso deste projeto,
que contribuiu fortemente para a inversão tendencial de dependência orçamental da UC sem contrapartida.
Com o objetivo de ajustar as atividades e o desempenho da UGEL às necessidades e expectativas
da comunidade universitária e avaliar o grau de satisfação com as atividades desenvolvidas pela UGEL, foi
ainda aplicado um inquérito aos/às requerentes das atividades da UGEL em 2014. Constatou-se que a taxa
de satisfação com as atividades de limpeza é de 88% e com as atividades de portaria de 75%, traduzindo
uma taxa de satisfação global de 87%, próxima da alcançada em 2013 (89%). Verificou-se ainda que cerca de
82% dos/as requisitantes afirmaram que voltariam a recorrer à UGEL e que recomendariam a UGEL a outras
entidades.
CENTRO CULTURAL D. DINIS
O Centro Cultural D. Dinis (CCDD) é um espaço dos SASUC, que está ligado aos múltiplos
aspetos da vivência académica, nas vertentes do convívio e da cultura, ao dispor da comunidade universitária.
Devido à sua tipologia, é um espaço acolhedor para a realização dos mais diversos tipos de eventos ou
atividades de cariz universitário. O espaço é utilizado pelos SASUC, mas também está disponível para as
Unidades Orgânicas da UC, bem como para os estudantes e organismos académicos.
Em 2014 a gestão deste espaço foi repensada, passando a enfatizar-se a vertente de acolhimento
de eventos promovidos e dirigidos à comunidade universitária. Nesse sentido e procurando dotar as
infraestruturas de condições adequadas a esse efeito, foram realizadas intervenções de melhoria dos espaços
do CCDD, tendo-se apostado numa nova imagem, ajustada às necessidades de acolhimento de eventos
culturais, científicos e de convívio académico dirigidos a públicos diferenciados da comunidade UC. Foram,
assim, remodelados 4 espaços (salas), predefinidas para cada ocasião: Sala da Lareira, Sala dos Escritores,
Sala do Vitral e Galeria – Figura 4.41.
119 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.41. Nova imagem do CCDD
Nesse âmbito foram ainda realizados vários eventos de cariz cultural associados a Serviços de
Catering, disponibilizando-se, a par de um espaço polivalente, serviços de apoio alimentar/gastronómico,
ajustados às necessidades de cada cliente e de cada serviço (ex.: seminários, reuniões, ações de
formação, workshops, entre outros).
Durante o ano de 2014, deu-se também continuidade ao acolhimento e promoção de diversas
atividades de cariz cultural, no âmbito de protocolos previamente estabelecidos com algumas Tunas
pertencentes à UC, que representam as tradições da academia, sendo habitual a atuação das mesmas
naquele espaço.
O CCDD tem vindo a garantir uma maior confiança e capacidade de resposta às muitas solicitações
das diversas UO/Serviços da UC na realização dos mais diversificados eventos. Neste âmbito, a colaboração
direta com os Serviços de Catering tem sido uma mais-valia para a consolidação do novo caminho que o
CCDD pretende fazer e que está a fazer.
Em 2014 foram realizados 232 eventos no CCDD, destacando-se o acolhimento de convívios
académicos, aulas de dança e jantares – Figura 4.42.
120 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.42. Distribuição de eventos do CCDD em 2014, por tipologia
2
Aluguer de Espaço
Teatro/Cinema
Exposições
Concerto de Jazz
Workshop
Tertulias/Debates
Formação
Reuniões Diversas
Aulas de dança
Espetaculos Solidários
Convivios Académicos
Lançamento livro
Cocktails
Coffe-Brak
Almoços
Jantares
7
1
6
6
5
9
13
52
6
57
2
3
1
19
43
0
10
20
30
40
50
60
No ano de 2014 a receita do CCDD foi de 5 109,11€, representando um aumento de 96% face
ao ano anterior (2 612,94€).
ESPAÇO COSTURA
Os SASUC, de forma proactiva e inovadora, pretendem continuar a assegurar um sistema de ação
social capaz de encontrar respostas às mais diversas necessidades da comunidade universitária, por forma
a minimizar os impactos que determinadas despesas representam para alguns dos seus membros. Nesse
sentido foi criado, em 2013, o Espaço Costura, que assegura à comunidade UC serviços de arranjos de
roupas e novas confeções. Além de serviços externos, o Espaço Costura assegura ainda serviços internos
no âmbito da logística de suporte às unidades alimentares e serviços de apoio à infância (confeção e
arranjos).
Em 2014, o Espaço Costura contou com a colaboração de três trabalhadoras (mais uma do que
em 2013), procurando, desta forma, responder à procura crescente de serviços.
Neste ano destaca-se ainda a disponibilização de novas ofertas de serviços no Espaço Costura,
como o aluguer de Hábitos Talares, a confeção de vestidos para o Baile de Gala e ainda a confeção de bibes
para as crianças inscritas nos Serviços de Apoio à Infância – Figura 4.43.
121 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.43. Novas ofertas 2014 do espaço Costura
Em 2014 contabilizaram-se 2479 serviços externos, destacando-se arranjos diversos em roupas –
Figura 4.44.
Figura 4.44. Serviços prestados externamente pelo Espaço Costura, em 2014, por tipologia de serviço
2500
2000
1500
1000
500
0
2255
64
25
7
128
A prestação externa de serviços do Espaço Costura permitiu arrecadar em 2014 uma receita de
9842,68€.
Além dos serviços externos, o Espaço Costura desenvolveu também serviços de suporte à
atividade, com a realização de 1072 trabalhos de costura – Figura 4.45.
122 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.45. Serviços prestados internamente, pelo Espaço Costura, em 2014, por tipologia
549
523
600
500
400
300
200
100
0
Arranjos diversos
Confeções Novas
LAVANDARIA / ENGOMADORIA
Apesar da gestão de serviços de lavandaria/engomadoria estar compreendida nas competências da
DOIS, em 2014 ainda não se conseguiram reunir condições para a centralização deste processo.
Ao longo do ano a DOIS assumiu a gestão da Lavandaria Central, situada na cantina central, que
dá apoio a todas as unidades alimentares e serviços de apoio à infância. Além da Lavandaria Central, o
processo de centralização destes serviços compreende a gestão das lavandarias das residências universitárias
(João Jacinto e residência Polo II-2).
Prevê-se que a centralização deste processo, com a criação de espaço físico específico para a
implementação destes serviços, ocorra em 2015.
QUINTA DE SÃO MARCOS
A Quinta de São Marcos é um dos locais mais emblemáticos geridos pelos SASUC, encontrando-se
num meio rural, a uma curta distância de Coimbra. Este espaço tem uma área total de 17 hectares, sendo
que 13 deles são ocupados por mata e os restantes pelas suas infraestruturas (logradouros, arrumos de
alfaias agrícolas, entre outros) e ainda terreno de cultivo.
Semanalmente, a Quinta de São Marcos oferece uma panóplia de produtos agrícolas que são
consumidos pelas unidades alimentares dos SASUC. Em 2014 foram produzidos e encaminhados para o
Armazém Central da Divisão de Compras e Logística 3 568,75 kg. de hortícolas produzidos na Quinta de
S. Marcos e 8 500kg de lenha – Figura 4.46.
123 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.46. Quinta de São Marcos
Considerando-se que a produção da Quinta é destinada exclusivamente a consumo interno, a
receita arrecadada com a gestão deste espaço é residual – 235€. Em 2013 o valor foi mais significativo
(9.690,80€) como resultado de receita extra relativa à venda de árvores e de fardos de palha, decorrentes
de atividades ocasionais de manutenção do espaço.
Pretende-se, em 2015, rentabilizar este espaço, com o desenvolvimento de projetos e parcerias,
tendo estas atividades sido integradas no Plano de Atividades SAS 2015.
124 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.3.2 SERVIÇOS DE CATERING
Os Serviços de Catering integram a Divisão de Alimentação dos SAS e a sua reestruturação e
organização dos serviços prestados enquanto processos distintos da oferta disponibilizada nas unidades
alimentares dos SAS ocorreu em junho de 2012. Esta reestruturação deveu-se, não só à necessidade de
fazer face a um conjunto de serviços contratados/requeridos pelas diferentes Unidades Orgânicas da UC
aquando da organização de eventos, como também à necessidade dos SAS alargarem a oferta alimentar
disponibilizada à comunidade académica, rentabilizando a capacidade e o know how instalado na prestação
de serviços de alimentação, visando alternativas de receita própria para fazer face à tendência de diminuição
do número de refeições servidas pelas unidades alimentares. Desde 2012, a atuação dos Serviços de
Catering tem vindo a crescer de forma segura e continuada, constituindo o ano de 2014 uma referência
digna de nota.
Criadas as condições para que a sua atuação se pudesse estender para além das instalações dos
SAS através da obtenção de certificado de controlo veterinário específico foram alterados processos e
métodos de trabalho, fortemente dinamizados pela nova chefia da equipa que entretanto assumiu funções.
O processo de licenciamento legalmente exigido para a produção de refeições associadas a serviços no
exterior foi desencadeado em julho de 2013, tendo-se obtido licença provisória a 20 de setembro desse
ano, com o número de controlo veterinário C2537 e respetiva marca de identificação de atividade de fabrico
de refeições. A alteração, do responsável pela equipa, verificada em finais de 2013, foi fundamental para a
melhoria substancial da atuação do novo serviço, como o comprovam os indicadores referentes ao volume
de serviços realizados e resultados financeiros alcançados.
O forte crescimento da atividade só poderia ser consolidado se fossem dadas à equipa novas
condições de trabalho e meios capazes de sustentar o crescimento que a capacidade da equipa vinha
demonstrando. Tal desiderato foi conseguido no final do ano de 2014 através de um avultado investimento
em equipamentos e utensílios que permitiram materialmente assumir serviços de catering até ao limite de
quatrocentas pessoas.
O entretanto renovado espaço do Centro Cultural D. Dinis passou já no final de 2014 a ser palco
privilegiado para a realização de eventos, onde a atuação dos Serviços de Catering dos SASUC tem vindo a
assumir um papel de relevo na captação desses serviços. Acresce referir que um tal crescimento só foi
possível pela confiança entretanto conquistada junto da comunidade que recorreu aos seus serviços e que
meritoriamente os reconheceu.
Destaca-se ainda o apoio que vem sendo dado à equipa dos Serviços de Catering por uma larga
maioria das equipas de alimentação afetas às unidades alimentares. Sempre que a dimensão dos serviços
solicitados ultrapassa a capacidade da restrita equipa normalmente afeta, as restantes equipas das diversas
unidades alimentares têm contribuído em larga medida para que o resultado final seja abonatório para o
conjunto dos SASUC. Este esforço acrescido é superiormente reconhecido, pese embora a fraca capacidade
de compensação material permitida pelas restrições da legislação da Administração Pública.
125 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
SERVIÇOS PRESTADOS À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
A crescente dinâmica dos Serviços de Catering, alavancada pelo reconhecimento da sua qualidade
pela comunidade universitária, fez-se sentir no acréscimo da procura face ao ano anterior. Assim, face a
2013, o ano de 2014 revelou um acréscimo absoluto de participação em mais 120 eventos e a prestação de
mais 228 serviços – Quadro 4.49.
Quadro 4.49. Nº de eventos e serviços de catering realizados em 2013 e 2014
N.º de eventos
N.º de serviços
2014
2013
267
405
147
177
Variação
Abs.
%
120
81,63%
228
128,81%
Os meses de maior volume de serviço em 2014 foram, por ordem decrescente, os meses de maio,
abril e de setembro a dezembro. O volume de serviços realizados em maio e abril justifica-se por força dos
eventos realizados pelos estudantes e respetivas associações relacionados com a festividade académica da
Queima das Fitas. Por seu lado, os serviços realizados em setembro e outubro decorrem, em larga medida,
de requisições associadas às festividades da Latada. Acresce referir que o mês de dezembro revela o maior
volume de jantares, muito por força da realização de eventos associados à época natalícia. Essa procura fica
a dever-se em larga medida à renovação da campanha de oferta de serviços de almoços e jantares de Natal,
muito procurados, pelas unidades orgânicas e organismos ligados à UC – Figura 4.47.
Figura 4.47. Nº de serviços realizados mensalmente no ano de 2014
60
50
40
30
20
10
0
Considerando os diferentes tipos de serviços prestados no âmbito de eventos assegurados em
2013 e 2014, identificou-se um aumento global, em 2014, de todas as tipologias de serviços, com particular
incidência na tipologia coffee break e jantar – Figura 4.48.
126 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 4.48. Número de serviços realizados por tipologia em 2013 e 2014
Coffee Break
Porto de
Honra
Cocktail
Almoço
2013
Jantar
2014
Lanche
Outros
0
50
100
150
200
250
No grupo “Outros”, em 2014, inclui-se o fornecimento de 2 serviços de Lunch-boxes, 1 serviço de
brunch, 1 serviço de entrega de snacks (salgados) e 1 serviço de aluguer de utensílios.
TIPOLOGIA DE CLIENTE
Os Serviços de Catering apresentaram, ao longo do ano de 2014, uma capacidade de resposta a
diferentes tipos de necessidades e expectativas de variadas entidades/clientes.
Considerando a tipologia de clientes que requisitaram Serviços de Catering dos SAS no âmbito da
organização de eventos dirigidos à comunidade universitária em 2013 e 2014, destaca-se o acréscimo da
procura, em 2014, por unidades orgânicas ou organismos com ligação à UC – Figura 4.49.
Figura 4.49. Entidades/clientes que requisitaram Serviços de Catering em 2013 e 2014
140
120
120
99
100
80
58
60
48
46
43
40
2014
2013
20
0
UC
Associações de
Estudantes
Outros
Foram agrupadas na categoria UC unidades orgânicas ou organismos com ligação à UC; na
categoria Associações de Estudantes foram também incluídos estudantes considerados isoladamente e a
categoria Outros inclui antigos estudantes e outras entidades no âmbito da promoção de eventos dirigidos
à comunidade UC.
127 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
CUSTOS E PROVEITOS DOS SERVIÇOS DE CATERING
O desenvolvimento e consolidação dos Serviços de Catering em 2014 conduziram a um
considerável aumento de toda a sua estrutura, com implicações nos custos e proveitos desta atividade –
Quadro 4.50.
Quadro 4.50. Custos, Proveitos e Taxa de Cobertura dos Serviços de Catering, em 2013 e 2014
Proveitos (€)
Custos (€)
Taxa de Cobertura (%)
2014
2013
205 853,23
157 411,95
130,77
115 029,52
109 463,32
105,08
Variação
Abs.
%
90 823,71
78,96
47 948,63
43,80
25.92 p.p.
O aumento dos proveitos decorre do aumento da procura e do número de serviços realizados em
2014 face a 2013. Por seu lado, o aumento de custos decorre do aumento do consumo de géneros associado
ao aumento do número de serviços realizados, bem como ao aumento de custos de funcionamento
associados ao investimento realizado na aquisição de equipamentos e utensílios, que permitiram aumentar
a capacidade de resposta dos Serviços de Catering às crescentes solicitações de serviços provenientes da
comunidade universitária – Figura 4.50.
Figura 4.50. Equipamentos e utensílios - Serviços de Catering
Verifica-se ainda um ligeiro aumento de custos com R.H. Apesar da redução da equipa (menos um
trabalhador), em 2014 houve custos associados à atribuição de subsídio de turno à equipa de catering.
Salienta-se o saldo positivo obtido por estes serviços em 2014, com um aumento de cerca de 26
pontos percentuais de taxa de cobertura, no âmbito do contributo desta oferta de serviços de alimentação
para assegurar a sustentabilidade dos SAS.
128 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
SATISFAÇÃO DO CLIENTE DOS SERVIÇOS DE CATERING
Visando a melhoria contínua dos serviços prestados no âmbito do Catering, nas 48h seguintes à
realização dos serviços é remetido às entidades requerentes um convite específico para preenchimento de
inquérito de satisfação, cujos resultados permitem aos SAS avaliar eventuais necessidades de ajustamento
dos serviços prestados às necessidades/expectativas do/a cliente.
Dos 300 convites enviados aos requerentes dos Serviços de Catering realizados em 2014 para
preenchimento do inquérito de satisfação, registaram-se 160 respostas, o que corresponde a uma taxa de
resposta de 53,3%, superior à taxa de resposta identificada no âmbito da avaliação dos serviços de catering
realizada em 2013 (29,9%).
No que se refere à taxa de satisfação, aferiu-se, em 2014, um nível de satisfação com os serviços
de catering prestados na ordem dos 82%, valor próximo do atingido em 2013 (84,1%). A variação
identificada na taxa de satisfação poderá ser explicada pelo maior número de respostas obtido em 2014
(mais 116 respostas correspondendo a uma variação de 264% face ao n.º de respostas obtidas em 2013 44)
Salienta-se que o investimento realizado em 2014 em equipamentos e utensílios para os Serviços
de Catering veio responder a várias sugestões recebidas no sentido de melhorar as louças, mobília e
atoalhados (palamenta) disponibilizados por estes serviços à comunidade universitária.
129 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
4.3.3 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
A gestão da saúde e segurança no trabalho insere-se nas competências dos Serviços de Saúde e de
Gestão da Segurança no Trabalho (SSGST), unidade orgânica na dependência da Administradora dos SAS,
criada em abril de 2014, na sequência da publicação do despacho de revisão orgânica dos SAS (Despacho
n.º 4707/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril).
Aos SSGST compete assegurar a organização das atividades de segurança e saúde no trabalho que
visem a prevenção de riscos profissionais e a promoção da saúde do/a trabalhador/a da UC, bem como a
prestação de serviços de medicina do trabalho a entidades externas.
No âmbito interno, os SSGST realizam exames de saúde de Medicina do Trabalho, organizam uma
Consulta de Medicina de Viagem, promovem a investigação de incidentes e acidentes de trabalho e
desenvolvem atividades de promoção da saúde.
A relação com entidades externas foi enquadrada, em 2014, pela celebração de Protocolos:
o
Com o Centro de Estudos Sociais da UC, para a prestação de serviços na área da Saúde no Trabalho;
o
Com a Escola Secundária José Falcão, de Coimbra, para cooperação, parceria e colaboração, aos
níveis técnico e pedagógico, na promoção de ambientes de estudo e de trabalho seguros,
proporcionadores de saúde e bem-estar, bem como de reforço de competências dos atores de
ambas as comunidades em áreas científicas, técnicas e tecnológicas.
Em 2014, os SSGST acolheram dois estagiários da Pós-Graduação em Medicina do Trabalho da Faculdade
de Medicina da UC.
Exames de Medicina do Trabalho
A realização de exames de Medicina do Trabalho decorre da necessidade de assegurar a vigilância
da saúde de todos/as os/as trabalhadores/as da UC, no cumprimento das exigências legais em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho.
Na tabela abaixo sintetizam-se os principais indicadores desta atividade para o ano civil 2014 –
Quadro 4.51.
Quadro 4.51. Indicadores da atividade de Medicina do Trabalho em 2014
Nº de convocatórias emitidas
Nº de exames realizados
Nº de faltas aos exames
Nº de atos de enfermagem
Nº de contactos para emissão de receituário
130 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
1999
1670
540
176
382
Consulta de Medicina de Viagem
A UC, atenta à crescente mobilidade de estudantes e trabalhadores em programas de intercâmbio
na frequência de eventos científicos e culturais e em ações de voluntariado, tem procurado aumentar os
níveis de proteção em matéria de segurança e de saúde de todos os membros da comunidade universitária
que se desloquem, em serviço, ao estrangeiro.
Com este objetivo criou, em maio de 2012, uma consulta de Medicina de Viagem, integrada nas
atividades do Gabinete de Higiene e Saúde no Trabalho da UC, estrutura então integrada no Serviço de
Gestão do Edificado, Segurança, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho (GESSAST) da Administração
da UC, cujas competências, na sequência da última revisão orgânica dos SAS, em abril de 2014, transitaram
para os SSGST.
Paralelamente à consulta, foram desenvolvidos materiais informativos de suporte ao viajante,
disponibilizados na página “e-prevenç@ao” (http://www.uc.pt/e-prevencao) do website da UC – Figura
4.51.
Figura 4.51. Informação online sobre a Medicina do Viajante
Em 2014 foram realizadas nos SSGST 98 consultas de medicina de viagem.
Em maio de 2014, procedeu-se à avaliação da satisfação dos/as utilizadores/as e da eficácia das
recomendações produzidas na consulta de Medicina da Viagem da UC. Foram abrangidos nesta avaliação
101 dos 145 utilizadores atendidos desde a implementação da consulta, através de inquérito em suporte
digital, ao qual responderam 69% dos inquiridos. Os resultados permitiram constatar que os/as
utilizadores/as avaliam a utilidade da existência da consulta e da informação transmitida de forma
francamente positiva, tendo todos os respondentes classificado esta consulta como útil ou muito útil.
Constatou-se ainda que a grande maioria (89%) dos respondentes cumpriu as recomendações recebidas na
consulta.
A Consulta de Medicina de Viagem foi apresentada como uma Boa Prática candidata ao Prémio
Manuel Lopes, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, que visa homenagear pessoas singulares e
coletivas que, em cada ano, mais se tenham distinguido na implementação e difusão de boas práticas em
domínios relevantes para a melhoria e inovação da contratação coletiva, nomeadamente em matérias como
131 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
a dignificação do trabalho e das condições em que é prestado ou na realização de estudos e trabalhos sobre
esta matéria. A candidatura, intitulada “Ir e voltar em segurança – Consulta do Viajante na Universidade de
Coimbra” foi submetida em junho de 2014, não se conhecendo ainda a decisão do júri.
Investigação de acidentes e incidentes de trabalho
Em 2014 procedeu-se à análise, investigação, classificação, registo, notificação e remessa de 50
processos de Acidentes de Trabalho ocorridos durante o ano.
Atividades de Promoção da Saúde
Deu-se início, em 2014, ao “Programa de avaliação do risco de desenvolvimento de diabetes tipo
2 na população trabalhadora da UC”, que assenta na utilização de um inquérito disponibilizado pela DGS
em cada contacto decorrente da realização de exames de saúde no âmbito da Medicina do Trabalho, no
período de 2014-2015. São objetivos gerais do Programa: incrementar o capital de saúde, diminuir o risco
de desenvolver diabetes tipo 2 e reduzir a prevalência da diabetes na população trabalhadora da UC.
Durante o ano foram aplicados e inseridos em base de dados 959 inquéritos.
132 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
5 RECURSOS HUMANOS
ATIVIDADES
A gestão de recursos humanos é assegurada no âmbito das competências do Núcleo de Gestão de
Recursos Humanos (NGRH), integrado na Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos dos
SAS.
No corrente ano e no sentido de prosseguir a missão dos SAS, seguindo o Plano Estratégico da
UC e o Plano de Ação dos SASUC para 2011-2015, deu-se continuidade a iniciativas que procuram valorizar
as pessoas, as suas competências, os seus contributos, reconhecendo os melhores talentos para cada posto
de trabalho, ajustando, quando necessário, os métodos de trabalho e a dimensão das equipas.
Nesse sentido, na orientação e coordenação da atividade desenvolvida pelo NGRH dos SAS, foram
privilegiados: a consolidação na organização e distribuição do trabalho dentro da equipa; a aproximação e
alinhamento com os procedimentos comuns à UC; o incentivo à formação profissional e reconhecimento
da autoformação dos trabalhadores.
Assim, na vertente da reorganização e distribuição do trabalho dentro da equipa, sem prejuízo do
cariz transversal do trabalho realizado, o ano foi pautado pela aposta na especialização de cada um dos
colaboradores na execução de tarefas específicas e no reajustamento da equipa, com a saída de três
colaboradores e entrada de outros dois.
133 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quanto à aproximação e ao alinhamento dos procedimentos dos SAS em matéria de gestão de
recursos humanos com as práticas da UC, foram estreitados canais de comunicação com os interlocutores
da Divisão de Recursos Humanos da UC, cujo apoio foi fundamental no esclarecimento de dúvidas sobre
procedimentos e/ou sobre o teor da informação a prestar a entidades externas.
A gestão técnica e administrativa dos recursos humanos tem uma forte dependência das
orientações legais oriundas da legislação e das orientações do poder central. O ano de 2014 foi
particularmente exigente em alterações legais, o que exigiu um esforço acrescido de adaptação das regras
e dos sistemas informáticos utilizados na gestão e processamento de vencimentos. Tiveram especial
impacto:
- A alteração das taxas contributivas para a ADSE, em maio de 2014;
- A reposição dos cortes salarias pela decisão do Tribunal Constitucional;
- A aplicação da Lei 75/2014, de 12 de setembro, que veio estabelecer os mecanismos das reduções
remuneratórias temporárias e as condições da sua reversão;
- A aplicação da nova remuneração mínima mensal garantida, de 505,00€, com efeitos a outubro
de 2014.
Por último, foi dado incentivo à formação profissional dos trabalhadores do NGRH, traduzindo-se
em 202h20m de presença em ações de formação do Plano de Formação da UC, ou outras, nas quais
participaram, em grau de tempo diferenciado, todos elementos da equipa do NGRH.
CARATERIZAÇÃO DE RH EM 2014
No final do ano 2014, os recursos humanos dos SAS eram constituídos por 426 pessoas, sendo
que no decurso do ano foram admitidos 6 novos trabalhadores, tendo-se, em sentido oposto, verificado a
saída de 34 trabalhadores. Os dados relativos aos efetivos dos SAS quanto à caracterização por idades,
género, categoria profissional e mobilidade, bem como frequência de ações de formação em 2014 são os
seguidamente apresentados – Quadro 5.1.
Quadro 5.1. Número de efetivos em 2014, em comparação homóloga com 2013
Ano
Trabalhadores (Nº efetivos)
2014
2013
426
454
Variação
Abs.
%
-28
-6,2%
Quanto à distribuição por escalão etário e sexo dos trabalhadores dos SAS em 2014, manteve-se
maior representatividade dos escalões etários dos 50-59 e dos 40-49 anos, bem como do sexo feminino –
Figura 5.1.
134 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 5.1. Distribuição etária e por género dos trabalhadores dos SAS em 2014
33,8%
66,2%
ADMISSÕES E SAÍDAS
Em 2014, registaram-se movimentações diversas de trabalhadores, algumas com impacto na
redução de 28 efetivos de 2013 para 2014, outras relacionadas com movimentos internos de categoria
profissional – Quadro 5.2.
Quadro 5.2. Número de admissões/ regressos e saídas em 2014, por tipologia e impacto no nº efetivos
MOTIVO
Comissão de serviço
Mobilidade UC/SAS
Com Impacto no
N.º efetivos
Admissões/
Saídas
Regressos
1
1
Outras Situações
Admissões/
Regressos
Saídas
5
Mobilidade intercarreiras
Total
Admissões/
Regressos
1
1
7
Saídas
5
7
Regresso à carreira de
origem (Cessação C.
Serviço)
Aposentação
19
19
Denúncia de contrato
Rescisão por mútuo
acordo
Ausência superior a 6
meses
Outros motivos
1
1
1
1
Total
4
8
4
7
6
34
7
7
8
7
13
41
Na primeira categoria (alterações com impacto no n.º de efetivos), relativamente a admissões ou
regressos verificados em 2014, registaram-se 6 admissões e 34 saídas efetivas de trabalhadores. A admissão
de um dirigente em comissão de serviço resulta da reestruturação orgânica dos SAS. Esta reestruturação,
com especial impacto na organização e funcionamento dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no
135 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Trabalho (SSGST), determinou que estes Serviços passaram a ser dirigidos por um dirigente intermédio de
segundo grau, nomeado por despacho reitoral.
Relativamente a situações de mobilidade UC/SAS, verificou-se a admissão de 1 trabalhador. As
cedências, em regime de mobilidade foram em número de 5 trabalhadores, que saíram para diferentes
unidades orgânicas/serviços da UC.
Durante o ano saíram, além dos 5 trabalhadores em mobilidade para a UC, 19 trabalhadores por
aposentação; 1 trabalhador por denúncia de contrato; 1 por rescisão por mútuo acordo e 8 deixaram de
ser contabilizados como efetivos, por se encontrarem ausentes por doença por período superior a seis
meses.
Na segunda categoria, as alterações sem impacto na contagem do número de efetivos ocorridas
em 2014, referem-se a 7 admissões no âmbito de mobilidade intercarreiras.
ABSENTISMO
Este indicador está contemplado no Plano de Ação dos SAS 2011-2015 para monitorização de
iniciativas integradas no pilar de recursos ‘Pessoas’, cuja meta foi fixada em 6,0% em 2015.
A evolução deste indicador ao longo dos últimos anos comprova que os SAS já superaram esta
meta – Quadro 5.3.
Quadro 5.3. Evolução do indicador ‘taxa de absentismo’ entre 2011 e 2014
Ano
2011
3012
2013
2014
Indicador (%)
6,8
5,5
5,1
4,3
Da análise dos motivos subjacentes ao absentismo (tipologia de faltas), verifica-se, em 2014, maior
prevalência de faltas por doença (2 131,89) e para efeitos de formação (431,06) – Figura 5.2.
136 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 5.2. Distribuição do n.º de dias de faltas dos trabalhadores dos SAS por tipologia, em 2013 e 2014
Doença
Ac. Serviço
Lic. s/ Venc.
Ass. Família
2014
Greve
2013
Formação
Outras
Injustificada
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
Comparando os dados de 2014 com 2013, salienta-se a redução global do número de faltas em
17,66%, (equivalente a cerca de 902 dias). Contribuíram favoravelmente para esta redução, as faltas por
motivos de doença (-20,50%), as faltas por acidente de serviço (-14,91%) e as faltas para assistência à família
(-53,01%).
Regista-se igualmente como satisfatório o acréscimo de absentismo para efeitos de formação em
65,41%.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de desempenho dos trabalhadores (SIADAP 3), nos termos da Lei vigente, processa-se
em ciclos de biénios. O ano de 2014 integra o ciclo avaliativo 2013/2014.
A Seção Autónoma de Avaliação dos SAS, em reunião efetuada em 12 de fevereiro de 2014,
deliberou por unanimidade, que neste biénio seria aplicada a relevância da última avaliação atribuída, com
possibilidade de recurso a ponderação curricular, considerando não estarem reunidas as condições para
aplicação da avaliação nos termos definidos na Lei.
ACOLHIMENTO DE ESTÁGIOS
Para efeitos de monitorização do Plano de Ação dos SAS 2011-2015, são considerados os estágios
de natureza extra curricular, na medida em que os estágios curriculares se caracterizam por incluir pessoas
com qualificações mais baixas e terem uma duração mais curta, pelo que não são considerados relevantes
para o alcance do objetivo ‘facilitar a integração de estagiários que permitam o desenvolvimento/inovação
nos domínios de atividade dos SAS’ no âmbito da iniciativa E1 do pilar de Missão ‘Ensino’.
Na categoria dos estágios curriculares, enquadram-se estágios académicos – promovidos por
instituições de ensino superior, no âmbito de programas curriculares conducentes à atribuição de grau
académico; e estágios profissionalizantes – formações práticas em contexto de trabalho, entendidas
137 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
enquanto módulos integrados na estrutura curricular de cursos de educação e formação de jovens e adultos,
cursos profissionais e outros cursos conducentes a qualificações profissionais de níveis II a IV.
Na categoria dos estágios extra curriculares, compreendem-se os estágios promovidos pela Ordem
dos Psicólogos; estágios promovidos pelos SAS e realizados como complemento de uma qualificação préexistente, através de formação e experiência prática em contexto laboral, enquadráveis no Regulamento de
Bolsas Diversas da UC (Cf. Despacho n.º 2746/2005, de 4 de fevereiro publicado no Diário da República
n.º 25, Série II); e estágios no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Central
(PEPAC).
Assim, durante o ano de 2014, os SAS acolheram 25 estágios nas modalidades de estágios
curriculares ou estágios extra curriculares.
No que concerne a estágios extracurriculares, a 31 de dezembro de 2014 tinha sido concluído 1
estágio no âmbito de protocolo de colaboração entre os SAS e a Ordem dos Psicólogos, 1estágio no âmbito
do PEPAC e 5 estágios ao abrigo do Regulamento de Bolsas Diversas da UC. Os estágios em curso com
referência à mesma data incluem: 4 ao abrigo do Regulamento de Bolsas Diversas da UC.
Quanto aos demais estágios, não considerados para efeitos da monitorização do Plano de Ação
dos SAS 2011-2015 e que foram acolhidos no âmbito de protocolos firmados entre os SAS e entidades
externas à UC, em 2014 verificou-se a seguinte situação – Quadro 5.4.
Quadro 5.4. Estágios no âmbito de protocolos firmados entre os SAS e entidades externas à UC, em 2014
N.º Estagiários/
Fase
Tipo de Estágio
CURRICULARES
(Académicos)
CURRICULARES
(Profissionalizantes)
Curso
3/Concluídos
Licenciatura em
Dietética e
Nutrição
2/Concluídos
Curso de Técnicas
de Ação Educativa
1/Concluído
Formar para
Inserir-operador/a
de armazenagem
3/Concluídos
4/Concluídos
1/Concluído
1/Concluído
CEF - Cozinha
(Nível II)
CEF - Cozinha
(Nível II)
Curso Profissional
Técnico de
Processamento e
Controlo Alimentar
Licenciatura em
Dietética
Instituição
Proveniência
Escola Superior de
Saúde do Instituto
Politécnico de Leiria
Centro de Emprego
e Formação
Profissional de
Coimbra
APSD - Associação
Portuguesa de
Solidariedade e
Desenvolvimento
Escola EB 2/3 Silva
Gaio
Duração
(Horas)
UO SAS Acolhimento
80
Divisão de Alimentação
/GNCA
400
500
Serviços de Apoio à
Infância/Jardim de Infância
90
Divisão Compras e Logística
210
Divisão de Alimentação
Escola D. Duarte
175
Divisão de Alimentação
Escola D. Duarte
320
Divisão de Alimentação
/GNCA
Escola Superior de
Saúde do Instituto
Politécnico de Leiria
60
Divisão de Alimentação/
Serviços de Saúde e de Gestão
da Segurança no Trabalho
Além destes estágios curriculares, acolhidos no âmbito de protocolos firmados com entidades
externas à UC, identificam-se ainda 3 estágios curriculares académicos, desenvolvidos com estagiários/as
matriculados em cursos de 1.º/2.º ciclos ou mestrados integrados da UC: 2 da FPCE-UC, que desenvolveram
estágio no Núcleo de Integração e Aconselhamento e 1 da FLUC que participou num estágio de Verão (2
138 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
meses), promovido pelo Gabinete de Saídas Profissionais da UC. Este último foi desenvolvido no Gabinete
de Apoio à Gestão – Comunicação.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Sendo a formação considerada o alicerce de excelência no reforço de competências dos
trabalhadores, procurou-se, não obstante as restrições orçamentais de grande severidade ainda verificadas
em 2014, proporcionar o máximo de formação aos trabalhadores dos SAS. Por outro, não havendo grande
cultura na instituição nesta matéria, evidencia-se o esforço de sensibilização feito junto dos responsáveis de
setor para a importância da formação enquanto motor de desenvolvimento de competências.
A formação profissional disponibilizada aos trabalhadores dos SAS encontra-se definida no Plano
de Formação da UC, sendo complementada por formação promovida pelos próprios SAS (com recurso a
técnicos/as dos SAS) em áreas específicas da atividade dos SAS, não compreendidas no referido Plano de
Formação da UC. Além desta formação (interna), é ainda considerada a participação, de forma autoproposta
ou no âmbito de parcerias com entidades externas, de trabalhadores dos SAS em ações de formação
externa.
Em 2014 registou-se a participação de trabalhadores dos SAS em 27 ações de formação interna,
que abrangeram 305 trabalhadores. A formação externa contou com 10 ações, que abrangeram 68
trabalhadores. Contabilizaram-se, no total, 637 participações em ações de formação, correspondentes a
2508,30 horas – Quadro 5.5.
Quadro 5.5. Número de participações de trabalhadores em formação em 2014, por tipologia e nº horas
Internas
Externas
Total
Participações em
Formações
556
81
637
Horas
2 144:30
364:00
2 508:30
Quanto à formação interna, foi disponibilizada nas seguintes áreas: Higiene e Segurança Alimentar;
Higiene e Segurança no Trabalho; Hotelaria; Planeamento; Tecnologias da Informação e Comunicação;
Gestão de Portefólio Individual; Contabilidade; Gestão Financeira e Orçamental; Gestão de Reclamações,
Tempo e Organização do Trabalho; Recursos Humanos; Administrativa; Auditoria; Marketing Público; e
Medicina.
Das 556 participações em formação interna, cerca de 83% (464) corresponderam a formação
promovida pelos SAS – Quadro 5.6.
139 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 5.6. Formação Interna promovida pelos SAS em 2014 (horas)
Designação da Ação
Técnicas de Empratamento
Lavagem de Mãos
Técnicas práticas de cozinha
Manuseamento de detergentes
Movimentação Manual de Cargas
Alimentação Saudável
Aplicação informática RT
TOTAL
Participações
26
162
32
47
116
60
21
464
Horas
52:00
81:00
236:00
141:00
116:00
120:00
73:30
819:30
Estas formações foram identificadas internamente como oportunidades para a melhoria dos
serviços de alimentação disponibilizados à comunidade UC ao nível do atendimento e redução dos
desperdícios alimentares (empratamento), melhoria da confeção das refeições (técnicas de cozinha e
alimentação saudável) e reforço das orientações do processo de higiene e segurança alimentar (lavagem das
mãos). Decorreram igualmente de necessidades identificadas ao nível da consolidação do processo de
higiene e segurança no trabalho (manuseamento de detergentes e movimentação manual de cargas), visando
a redução da incidência de acidentes de trabalho e ao nível da utilização de nova aplicação, nos SAS, para a
gestão de comunicações (RT).
No que respeita à formação externa, que compreende a participação, de forma autoproposta ou
no âmbito de parcerias com entidades externas, de trabalhadores dos SAS em ações de formação, identificase a participação de 68 trabalhadores, contabilizando-se 81 participações, correspondentes a 364 horas de
formação. As formações nesta área foram, maioritariamente, disponibilizadas ao abrigo de protocolo com
a Escola de Hotelaria (43%) e no âmbito de relações com fornecedor de café (40%). Identifica-se ainda
formações na área do Serviço Social; Segurança Alimentar; Informática; Medicina e práticas eletrónicas
governamentais.
140 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
6 ÁREA FINANCEIRA
Os processos da área financeira são geridos no âmbito das competências do Núcleo Financeiro da
Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos, na dependência da Direção de Serviços de
Suporte à Atividade dos SAS.
A área financeira, pela sua posição no processo de decisão dentro da instituição, é uma área
estratégica nos SAS e, como tal, no ano em análise, deu-se continuidade ao conjunto de ações e esforços
iniciados no ano transato, com vista a melhorar os processos da receita e da despesa e, consequentemente
melhorar a qualidade da informação para gestão.
Pela atividade que os SAS desenvolvem, direcionada para a prestação de serviços à comunidade
universitária em sistema de front office, a aferição dos resultados dessa mesma atividade torna-se premente
e crucial. Neste sentido, deu-se continuidade ao conjunto de ações já desencadeadas com vista a aferir as
reais necessidades e as melhores soluções para os problemas identificados e, desta forma, contribuir para
uma consolidação e uniformização dos sistemas de informação dos SAS, nomeadamente através do
levantamento do circuito da receita com o desenvolvimento do interface SIGES-GIAF. Dado o momento
de contração na despesa pública, o exercício ainda se tornou mais exigente, procurando-se encontrar novos
caminhos, mas promovendo sempre a racionalização dos recursos.
141 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Constatado o facto de, na última década, ter ocorrido uma proliferação de sistemas de informação
com impacto financeiro em desarticulação entre si, induzindo, de alguma forma, fragilidades na informação
financeira, procurou-se colmatar os problemas identificados através do desenvolvimento da estratégia de
uniformização e centralização dos processos de gestão da receita dos SAS, dadas as grandes fragilidades
detetadas nesta área.
Com a implementação mais detalhada e rigorosa no controlo dos fundos disponíveis, previstos na
Lei dos Compromissos, não obstante a realização de uma análise trimestral, como a lei determina, foi
também realizada uma análise anual, visando uma gestão mais eficiente dos saldos de tesouraria.
Conseguindo-se, assim, cumprir os prazos legais de pagamentos a fornecedores (em média o prazo rondou
os 28 dias), o que, por si, representa um indicador de liquidez e reflete uma situação financeira líquida
estável. Também para isso contribuiu a implementação de uma política de cobrança das receitas mais
profícua.
Salienta-se ainda os trabalhos realizados em 2014 ao nível da operacionalização da contabilização
do PASEP, designadamente pela definição dos procedimentos para lançamento dos movimentos
contabilísticos associados à gestão deste apoio em articulação com UO/Serviços da UC, cuja gestão
financeira se encontra centralizada no Serviço de Gestão Financeira da Administração da UC.
A gestão de proximidade dos processos de despesa e o rigor na execução, associados a uma forte
contração da despesa não fundamentada, contribuíram para a possibilidade de, apesar de num ano de forte
contenção orçamental, reforçar o investimento. Pese embora esse reforço, o investimento demonstra-se
ainda insuficiente face às reais necessidades dos SAS. Comparativamente aos últimos anos de atividade, este
indicador é revelador do processo de mudança que os SAS estão a viver.
Em forma de síntese, apresentam-se as grandes ações ocorridas no ano em apreço:
CONTROLO SISTÉMICO DOS FUNDOS DISPONÍVEIS E EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
Considerando o disposto na Lei 8/2012, de 21 de fevereiro (Lei dos Compromissos e Pagamentos
em Atraso), todas as entidades, mesmo as isentas do dever de informação, têm obrigatoriamente de
determinar os fundos disponíveis e cumprir a regra estabelecida no artigo 5.º, que determina que “os
dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade não podem assumir compromissos que excedam os
fundos disponíveis” os quais devem ser determinados por cada entidade até ao 5º dia útil de cada mês, nos
termos do nº 1 do art.º 7º do DL 127/2012.
Com a implementação mais detalhada e rigorosa no controlo sistemático dos fundos disponíveis,
conseguiu-se cumprir os prazos legais de pagamentos a fornecedores, que em média rondou os 28 dias.
Além do controlo sistemático dos fundos disponíveis, procedeu-se ao acompanhamento mensal da
execução orçamental da receita e da despesa.
142 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
ALTERAÇÃO DA COORDENAÇÃO DO NÚCLEO FINANCEIRO
Na vertente de reorganização e distribuição do trabalho dentro da equipa, o ano foi marcado pela
aposta na alteração da coordenação do NF, com vista a promover a polivalência dentro da equipa e a
rotatividade das tarefas. Ainda na vertente da reorganização, procedeu-se ao reforço da equipa com a
colaboração de 1 técnico superior em regime de mobilidade intercarreiras e de 2 estagiários licenciados na
área financeira.
APLICAÇÕES NO TESOURO
Considerando a situação financeira líquida estável dos SAS e com base nas melhorias efetuadas no
circuito da receita e nos processos de despesa, foi possível efetuar aplicações financeiras no Tesouro do
excedente de liquidez. Estas aplicações renderam, no ano de 2014, 470,14€.
INTERFACE SIGES-GIAF
Atendendo às limitações da ausência de comunicação/integração entre os sistemas de informação
entre o sistema SIGES e o GIAF e ao impacto negativo que as mesmas representam na adequação dos
processos, o que coloca em risco a fiabilidade da informação gerada, tem vindo a desenvolver-se um
conjunto de ações com o objetivo de encontrar a melhor solução, quer na componente técnica, quer na
componente orçamental, para as limitações identificadas nos sistemas informáticos dos SAS.
O GIAF compreende a gestão financeira, logística e de recursos humanos. O SIGES a integrar com
a GIAF, compreende a gestão de alojamentos, do apoio à infância, dos serviços médicos, da alimentação
(planeamento de ementas, gestão de caixas de venda e gestão de senhas de refeição).
Considerando assim, as limitações identificadas, concretamente ao nível dos sistemas de
informação SIGES utilizados na gestão dos processos, de onde se destaca o setor alimentação, por ser o
mais representativo em termos de volume de faturação, tornou-se necessário implementar um interface de
comunicação entre os dois sistemas de informação, de modo a que seja possível a centralização da faturação
no GIAF, com base na informação gerada pelo SIGES, concretamente nos serviços de alimentação,
alojamento, serviços médicos e serviços de apoio à infância.
Ao exposto anteriormente há a acrescer que a versão do GIAF utilizada nos SAS tem demonstrado
algumas insuficiências face às necessidades dos SAS em áreas consideradas estratégicas em termos de gestão,
pelo que também se procurou desenvolver os módulos referentes à conciliação bancária com base em
extratos bancários em formato eletrónico, ao envio automático por e-mail da faturação em formato
eletrónico e ao envio automático por email dos comprovativos de pagamento a fornecedores.
Estes desenvolvimentos permitirão simplificar a forma de tratamento dos processos de despesa e
receita, bem como responder a um conjunto de requisitos legais aos quais os SAS têm sido sujeitos nos
últimos tempos e também contribuir para a estabilização da informação para gestão.
143 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
UTILIZAÇÃO DO ARQUIVO AUTOMÁTICO DA UC
Após uma longa paragem no envio de documentos para o arquivo automático da UC, esclarecida
com o SGESA a disponibilidade de contentores, e após a retoma em 2013 da utilização sistemática de envio
de documentos para o mesmo arquivo, em 2014 deu-se continuidade ao envio de documentos, tendo sido
enviado até ao momento, os documentos até a gerência de 2010.
FORMAÇÃO
A formação dos trabalhadores revela-se fundamental para a melhoria dos processos. Nesse
sentido, foi dado incentivo à formação profissional, traduzindo-se quer em 318h30m de formação do Plano
de Formação da UC, frequentadas por 12 elementos da equipa, quer em formação on job, com um forte
envolvimento entre dirigentes e trabalhadores.
144 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
7 COMPRAS, LOGÍSTICA
E MANUTENÇÃO
A Divisão de Compras e Logística (DCL) integra a Direção de Serviços de Suporte à Atividade e,
no âmbito das competências que lhe estão atribuídas no Regulamento Orgânico dos SAS, assegura a gestão
dos processos de compras, de logística e distribuição e de manutenção preventiva e reativa de edifícios e
equipamentos geridos pelos SAS. Compreende na sua estrutura três núcleos:

Núcleo de Compras;

Núcleo de Logística;

Núcleo de Manutenção e Conservação.
145 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
7.1 COMPRAS E LOGÍSTICA
Dando sequência ao trabalho iniciado em 2013, o Núcleo de Compras procurou cada vez mais
centralizar processos de compra. Além de bens e serviços já contratualizados em que se deu continuidade
a novas contratações, foram contratualizados de novo outros bens e serviços, como gás natural,
combustíveis rodoviários, televisão por cabo, reciclagem de produtos, manutenção de elevadores e serviços
de cópias.
Em 2014, foram efetuados 676 procedimentos contratuais - Quadro 7.1.
Quadro 7.1. Distribuição dos procedimentos, por tipologia, em 2013 e 2014
Nº Procedimentos
Tipo de Procedimento
Ajustes Diretos
Ajustes Diretos Simplificados
Concursos Públicos
Concursos Públicos Internacionais
Concursos Públicos Urgentes
Contratação excluída
Total
2014
2013
56
605
3
5
4
3
676
30
423
7
5
5
0
470
Var
(abs.)
26
182
-4
0
-1
3
206
Valor (€)
Var
(%)
88
43
-57
0
-20
44
2014
543 207,11
248 935,86
216 354,51
1 225 923,63
121 686,80
16 329,38
2 408 437,29
2013
Var (abs.)
240 520,31
202 790,90
282 860,29
874 945,93
198 445,26
0
1 799 562,69
302 686,80
46 144,96
-66 505,78
350 977,70
-76 758,46
16 329,38
608 874,60
Constata-se, face a 2013, um aumento, quer do número de procedimentos de compras realizados
(mais 206 procedimentos – 44% - do que em 2013), quer do valor que estes processos representam (mais
608 874,60€ - 34%).
Dos 605 ajustes diretos simplificados, 270 dizem respeito a aquisições para o Núcleo de
Manutenção e Conservação, designadamente para assegurar intervenções urgentes de manutenção curativa
em edifícios e equipamentos fundamentais para o desenvolvimento das atividades dos SAS.
Durante o ano de 2014, foi por duas vezes lançado um procedimento concursal para aquisição de
materiais para stock do Núcleo de Manutenção e Conservação. Dos 9 lotes apresentados a concurso, apenas
foram adjudicados 4. No início de 2015 foi submetido a autorização um novo procedimento concursal
composto por 13 lotes, totalizando o valor de 31.316,39€. De salientar que, dadas as especificidades de
todo o tipo de materiais necessários às várias intervenções que possam surgir, a preocupação foi apresentar
a concurso os materiais mais comuns, sendo que continuará a existir, ao longo de 2015, a necessidade de
adquirir materiais de forma avulsa para as várias intervenções a realizar e que não são planeáveis.
No que respeita aos procedimentos de concursos públicos internacionais ressalva-se que em 2013
os SAS começaram a fazer estes procedimentos, a partir de 1 de março, para fornecimento de géneros
alimentares. Em 2014, o valor deste tipo de procedimentos, além dos géneros alimentares, compreendia
cerca de 211 mil euros referentes a um concurso público internacional, realizado em parceria com a UC,
para a aquisição de gás natural.
146 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Var
(%)
126
23
-24
40
-39
34
Quanto ao objeto contratual dos procedimentos realizados em 2014, destaca-se maior volume de
procedimentos e montantes envolvidos na aquisição de bens, que representou 90% do total de
procedimentos realizados e dos montantes utilizados em 2014 – Quadro 7.2.
Quadro 7.2. Distribuição dos procedimentos, por objeto contratual, em 2013 e 2014
Nº Procedimentos
Objeto
Valor (€)
2014
2013
Var
(abs.)
Var
(%)
Aquisição de bens
Bens Alimentares
Outros Bens
609
95
514
356
149
207
253
-54
307
71
-36
148
Prestação de Serviços
65
114
-49
Empreitadas
2
0
676
470
Total
Peso (%)
2013
Var (abs.)
Var
(%)
2014
2013
Var
(p.p.)
2 159 719,22
1 311 739,65
847 979,57
1 748 328,66
1 438 946,12
309 382,54
411 390,56
-127 206,47
538 597,03
24
-9
174
90
54
35
97
80
17
-7
-26
18
-43
192 271,14
51 234,03
141 037,11
275
8
3
5
2
-
56 446,93
0
56 446,93
-
2
0
2
206
44
2 408 437,29
1 799 562,69
608 874,60
34
100
100
-
2014
Constata-se, face a 2013, uma diminuição da representatividade dos montantes utilizados na
aquisição de bens alimentares (que em 2013 representavam 80% dos montantes utilizados em processos de
compras), em benefício da representatividade de aquisições de outros bens e prestações de serviços. Esta
situação explica-se atendendo à diminuição do número de refeições servidas e centralização de alguns
processos produtivos e, em consequência, redução de consumos de géneros alimentares e, por outro lado,
considerando os investimentos realizados para a melhoria contínua dos serviços prestados pelos SAS.
Em 2015, serão alvo de novas contratualizações o fornecimento de eletricidade (encontra-se em
curso, conjuntamente com a UC, um novo procedimento) e serviços de comunicações.
Por seu lado, o Núcleo de Logística, além de assegurar a gestão da frota automóvel dos SAS,
concentrou esforços na organização dos processos de centralização da produção alimentar e reorganização
do processo de gestão de stock e distribuição.
No âmbito da centralização de processos de produção alimentar destaca-se, em setembro de 2014,
a criação de uma sala de desmanche, corte e embalamento de carnes no Armazém Central, o que
impulsionou uma nova dinâmica da equipa, com necessidade de ajustamentos, designadamente das rotas de
distribuição, visto que o número de recursos humanos do Núcleo de Logística, com exceção dos cortadores
de carne (2), manteve-se estável.
Por seu lado, ao nível da reorganização do processo de gestão de stocks e distribuição, destacamse os trabalhos de análise e definição de um novo procedimento de gestão e sistema de informação
associado, que viabilize uma adequada gestão do processo na articulação com fornecedores e na articulação
interna com as entidades requisitantes. A redefinição deste processo reveste-se de importância crucial para
a garantia da qualidade dos serviços prestados pelos SAS, com maior impacto nos serviços de alimentação
disponibilizados à comunidade universitária nas unidades alimentares geridas pelos SAS.
147 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
No que respeita à gestão da frota automóvel, durante o ano de 2014, os SASUC gastaram 14 027
litros de combustível (mais 3 914 – 39% - do que em 2013), no valor de 18 236,14€ (mais 3 747,59€ - 26%
- do que em 2013), relativos aos consumos das 14 viaturas dos SAS, distribuídas pelos seguintes setores
dos SAS – Quadro 7.3.
Quadro 7.3. Frota automóvel dos SAS, em 2014
UO/SAS
MATRÍCULA
MARCA/MODELO
Administradora e Direções
26-76-LL
97-AZ-67
PEUGEOT 406
HONDA XR 125
Divisão de Alimentação – Pastelaria/Padaria
52-70-FL
FORD COURIER
Divisão de Alimentação - Catering
36-74-DQ
95-69-HU
NISSAN PICK-UP
FORD COURIER
Divisão de Acolhimento e Integração
65-06-DU
NISSAN VANETTE
GSII
37-82-OR
TOYOTA COROLLA
12-58-QG
NISSAN CABSTAR
IX-89-43
NISSAN CABSTAR
UE-23-91
NISSAN CABSTAR
DCL - Núcleo de Logística
DCL – N. Manutenção e Conservação
Divisão de Oferta Integrada de Serviços
17-AI-00
VOLKSWAGEN TRANSPORTER
IX-89-42
NISSAN CABSTAR
51-02-AH
PEUGEOT 505 GRD
85-65-EB
FORD ESCORT
Os custos com a manutenção das viaturas situou-se, em 2014, nos 12 153,91€. Neste ano foi ainda
iniciado o procedimento para aquisição de uma nova viatura através da ESPAP, prevendo-se a sua receção
em 2015.
148 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
7.2 MANUTENÇÃO
O Núcleo de Manutenção e Conservação (NMC) assegura a gestão de processos de manutenção
preventiva e curativa de instalações e equipamentos geridos pelos SAS, visando garantir a prestação contínua
de serviços à comunidade universitária.
Considerando o reduzido investimento realizado nas últimas décadas na manutenção de
infraestruturas e equipamentos geridos pelos SAS, tem vigorado nestes serviços a tendência de se recorrer
preferencialmente a processos de manutenção curativa, necessária para assegurar a continuidade da
prestação de serviços. Procurando inverter essa tendência, a principal preocupação ao nível da gestão deste
processo passou a ser, além de executar o maior número possível de requisições (manutenção curativa),
minimizar o número de requisições, privilegiando a manutenção preventiva.
Nesse sentido destaca-se a elaboração, em março de 2014, do primeiro relatório de anomalias dos
edifícios dos SAS, numa perspetiva de identificação das maiores necessidades de intervenção. Com base
nesse trabalho foram efetuadas algumas intervenções, externas e internas, nos vários edifícios dos SAS –
Quadro 7.4.
Quadro 7.4. Intervenções de manutenção planeadas 2014
Setor
Intervenções Manutenção 2014
- Limpeza das condutas de todas as unidades alimentares (intervenção
externa);
- Intervenção em todos os equipamentos de frio (substituição de duas centrais
de refrigeração e acautelado procedimento referente ao contrato de
assistência nessa área) – intervenção externa;
Alimentação
- S. Jerónimo: reparação de paredes e tetos na cozinha;
- Casa da Pedra: intervenção no telhado (intervenção externa);
- Luzio Vaz: reparação das portas de acesso;
- Vermelhas: intervenção no telhado e teto dos balneários e janelas;
- Estádio Universitário: reparações de problemas elétricos do quadro da fossa
e fritadeiras e intervenção nas portas exteriores.
149 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Setor
Intervenções Manutenção 2014
- Alegria: pintura de 11 quartos e substituição de capitel para evitar queda de
água em cascata para vizinho;
- António José de Almeida: aquisição de sistema para aquecimento de águas;
reparação de elevador; substituição de alcatifas por vinil em 2 pisos;
substituição de tampo de mesa em cozinha e aquisição de máquinas para
lavandaria self service;
- Combatentes: intervenção na zona da caldeira para resolver problema de
infiltrações e reparação de elevador;
- Padre António Vieira: aquisição de elevador novo;
Alojamentos
- Pedro Nunes: reparação de bombas circuladoras (desperdício de água),
aplicação de vedante nas janelas das cozinhas e quartos;
- Penedo: intervenção para resolução de problemas de infiltrações e reparação
do telhado;
- Polo II-1: substituição de toda a tubagem (intervenção externa), de bancadas
da cozinha e reparação de 7 quartos;
- Polo II-2: resolução de fissura;
- Santos Rocha: reparação de esquentadores e resolução, pelo condomínio, de
problema da antena do prédio;
- Teodoro: resolução de problema de infiltrações, ativação de 13 painéis
solares e melhoria do sinal de TV no 2.º andar.
Creche
Centro Cultural D. Dinis
Armazém Central
Intervenção na cozinha (azulejos, chão e pintura do teto), aplicação de vinil no
dormitório e pintura da sala.
Melhoramento do espaço e arranjo da plataforma de saída de emergência do
escritório.
Arranjo da cobertura, manutenção do equipamento de frio (intervenção
externa) e alienação de viaturas em fim de vida.
Arranjo do chão da sala de reuniões, danificado com a entrada de água no
Sede
último Inverno.
Pese embora o primeiro esforço de planeamento da intervenção preventiva nos SAS, os seus
efeitos ainda não se fizeram sentir no processo de manutenção reativa, considerando que este impulso foi
realizado ainda em 2014.
Assim, ao nível da manutenção reativa e face a 2013, constata-se um aumento de 43% (mais 910)
no número de requisições ao NMC e um ligeiro aumento da percentagem de requisições concluídas em
2014 face a 2013 (65% de requisições concluídas). Salvaguarda-se que no final de 2013 foi realizado um reset
ao sistema, pelo que todas as requisições que não se encontravam concluídas em 2013, voltaram a ser
emitidas em 2014. Em 2014 foram concluídas 69% de um total de 3 033 requisições.
150 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
T ais requisições foram submetidas pelos diferentes setores dos SAS, salientando-se, à semelhança
de 2013, maior número de requisições nos Alojamentos (49%) e na Alimentação (36%) – Figura 7.1.
Figura 7.1. Número de requisições ao NMC por setor, em 2013 e 2014
1104
Alimentação
781
1484
Alojamentos
1116
136
82
Apoio à Infância
2014
10
27
Serviços de Saúde
2013
299
Serviços de suporte
117
0
500
1000
1500
2000
No que respeita à distribuição de requisições por área técnica, destacou-se maior necessidade de
intervenções nas áreas de eletricidade, carpintaria e canalização – Figura 7.2.
Figura 7.2. Distribuição das requisições ao NMC por área técnica, em 2014
Transportes
6%
Canalização
17%
Pintura
5%
Serralharia
10%
Pedreiros
6%
Carpintaria
18%
Gás
6%
Frio
3%
Elevadores
1%
Electricidade
28%
151 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
CUSTOS DA MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
Para a aferição dos custos da manutenção de infraestruturas e equipamentos foram considerados
custos globais de toda a estrutura dos SAS (contabilizados na conta POC 62232 – Conservação e
Reparação) – Quadro 7.5.
Quadro 7.5. Custos de Manutenção, em 2014 e 2013
Variação
Custos da Manutenção
2014
2013
199 155,09€
125 227,08€
Custos Globais SAS
62332 – Conservação e Reparação
Abs.
%
73 928,01€
59
Estes custos compreendem as intervenções de conservação e reparação em edifícios,
equipamentos básicos e administrativos, contratos de assistência e vigilância e assistência técnica.
Verifica-se, em 2014, um aumento de 59% nestes custos face a 2013, resultado das várias
intervenções realizadas, visando assegurar a continuidade e promover a melhoria contínua dos serviços
prestados pelos SAS à comunidade universitária.
152 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
8 SISTEMAS
DE INFORMAÇÃO
Os sistemas de informação utilizados nos SAS são geridos no âmbito das competências do Gabinete
de Sistemas Informáticos e de Informação (GSII), cuja atividade se desenvolve nas seguintes áreas:
- Estudo, desenvolvimento e implementação de aplicações informáticas;
- Web design (desenho e manutenção do site) e aplicações web;
- Infraestruturas de redes, sistemas e comunicações;
- Formação de utilizadores;
- Serviço helpdesk.
153 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
No final do ano de 2014, identificam-se 22 sistemas de informação de suporte ao registo e
monitorização dos processos geridos pelos SAS, compreendendo processos de atividades de missão e de
suporte – Quadro 8.1.
Quadro 8.1. Sistemas de Informação dos SAS, a 31/12/2014
Item
Descrição
Tecnologia
1
SIGESBA – Alojamentos
Web asp.net
2
SIGESBA – Fundo de Apoio Social
Web asp.net
3
SIGESCAGE – Gestão de Consumos de Água, Gás e Energia Elétrica
Web asp.net
4
SIGESDO – Gestão documental
Web asp.net
5
SIGESGIAF – Emissão de relatórios via Interface com GIAF
Web asp.net
6
SISGOMA – Gestão de serviços de manutenção
Web asp.net
7
SIGESJI – Gestão da Creche e Jardim de Infância
Web asp.net
8
SIGESME – Gestão de Serviços Médicos
Web asp.net
9
SIGESPA – Gestão HelpDesk
Web asp.net
10
SIGESPE – Planeamento de ementas
Web asp.net
11
SIGESPI – Gestão do Parque Informático
Web asp.net
12
SIGESSENHAS – Emissão e controlo de senhas de refeição
Web asp.net
13
SIGESVIA – Gestão do parque automóvel
Web asp.net
14
SIGNETPOS – Gestão de Cantinas e Faturação POS
Web asp.net
15
PASEP
Web asp.net
16
Portal “O meu processo” – plataforma do estudante para acesso aos
dados de candidatura ao FAS e Alojamentos
Web asp.net
17
GIAF - ERP (Gestão Financeira, Gestão Orçamental, Logística, Gestão
Comercial, Recursos Humanos e Vencimento)
18
myGIAF – Plataforma Web (Employee self-Service, Assiduidade, SIADAP e
Auditoria)
Web Java
19
UNICARD – Gestão de cantinas/faturação POS, com cartão universitário
como meio de pagamento
Cliente Servidor
20
Portal UNICARD – plataforma web para consulta de dados pessoais e
conta corrente do cartão
Web
21
Aplicação EmentasUC – para consulta das ementas em equipamentos com
so Android (desenvolvida por alunos do DEI)
Web
22
RT – plataforma web da UC para gestão de pedidos com base em ‘trouble
tickets’
Web29
Cliente Servidor
A gestão dos sistemas de informação é um processo naturalmente dinâmico, que visa acompanhar
as alterações contínuas aos processos de gestão assegurados pelos SAS. No Quadro 8.2. sintetizam-se as
principais atividades realizadas em 2014 nos domínios de gestão dos sistemas de informação:
154 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 8.2. Atividades realizadas nos SAS em 2014, nos domínios de gestão dos sistemas de informação
Atividades GSII
Datas
Implementação de workflow na aplicação SISGOMA
janeiro
Implementação de solução UNICARD no Espaço Costura para faturação
janeiro
Implementação da solução UNICARD – Gestão de Cantinas no Bar da
FLUC
fevereiro
Arranque de processo autónomo de upload das ementas semanais para
aplicação EmentasUC
29/5/2014
Ligação por fibra ótica do CC Casa da Pedra à rede informática da UC
22/12/2014
Implementação de WebService NONIO-SIGES 2 para carregamento de
dados académicos nas plataformas SIGES/FAS e PASEP. Fase de utilização
experimental no SIGES a partir de 27-11-2014.
27-11-2014
Estudo de revisão tecnológica e contratual do sistema de comunicações
de voz e dados no sentido da sua modernização e redução de custos.
Preparação e lançamento de concurso público para serviços de
comunicações de voz e dados.
julho - dezembro
Revisão e introdução de melhorias na aplicação SIGESBA/Alojamentos.
Concluído - plano de revisão e execução, execução dos seguintes itens
do plano: registo de motivos de saída, registo de situação de candidatura
a Bolsa-DGES e histórico de alterações, registo de anotações aos
processos, ligação de processos FAS/PASEP/DGES aos processos de
alojamento, revisão e simplificação do formulário de candidatura,
notificações para convocatórias.
Não concluído - execução dos seguintes itens do plano: candidaturas online a alojamento extraordinário (julho, agosto), carregamento de dados
académicos via webservice, registo de contratos, pré-reservas
automáticas, tabela de mensalidades e revisão do cálculo de débitos para
Mobilidade.
27/6/2014
Aumento da largura de banda da ligação da rede da DCL à rede SAS-UC
através de ligação wireless em substituição da ligação ADSL contratada à
NOS.
dezembro
Melhoria dos acessos à Internet e integração na rede SAS-UC: DCL,
Resid. Combatentes, Resid. Teodoro, Resid. Penedo da Saudade, Resid.
Ant. J. Almeida, através de ligações wireless em substituição das ligações
ADSL contratadas à NOS.
dezembro
Renovação do parque informático para substituição de equipamentos
informáticos obsoletos (Hardware e sistema operativo) e outras
necessidades: 16 computadores desktop, 2 servidores rack, 5
computadores portáteis, 26 máquinas POS e 1 videoprojector
2
janeiro - dezembro
Webservice distinto, embora semelhante, do wbeservice NONIO-SICABE (DGES) já existente.
155 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Atividades GSII
Datas
Prossecução da criação e aperfeiçoamento de instruções de trabalho do
GSII: Criação de Credenciais de Refeição Social, Criação e validação de
senhas do SIGES, Resolução de bloqueios no acesso à rede informática
das Residências do Polo II, Criar Acessos GIAF, Cancelamento de
utilizador GIAF, Adição de utilizadores LDAP ao Outlook, Upload de
senhas de refeição na BD UNICARD, Reiniciar Serviços Packett Fence
(residências)
janeiro - dezembro
Renovação do site no sentido de dar mais ênfase na primeira página à
vertente de marketing e de assuntos de interesse para os estudantes:
mudança estrutural do site na versão em português e na versão em
inglês, privilegiando-se a área de Pesquisa Rápida
janeiro a dezembro
Em articulação direta com a equipa de Projeto “Sustentabilidade na Ação
Social”, reformulação da página principal do website dos SAS –
apresentação da informação numa única coluna e agrupamento de
informação mais relevante, visando maior impacto junto dos estudantes
da UC.
maio
Com base em levantamento efetivado pela equipa de projeto
“Sustentabilidade na Ação Social”, criação de página, no website dos SAS,
para divulgação das Câmaras Municipais com bolsa de estudo. Esta página
tem vindo a ser progressivamente melhorada, permitindo incluir
informação sobre bolsas de outras entidades.
setembro
Alargamento da utilização da solução OPEN-FILER (software opensource para armazenamento de dados acessível via web) para gestão
centralizada de dados e respetivos acessos, dos diversos setores.
18/7/2014
Aquisição e implementação de solução POS portátil para vendas (gelados,
águas, etc.)
16/7/2014
Estudo e especificação de projeto de Integração SIGES-GIAF, para
centralização da faturação no GIAF, novas funcionalidades no GIAF (subarmazéns, lotes, etc.), interoperabilidade entre os dois sistemas de
informação e sistema de faturas com emissão de referências MB
fevereiro - novembro
A maioria das atividades previstas no Plano de Atividades SAS 2014 para o GSII foi concluída.
Contudo, motivo de excesso do número de atividades (plano um pouco ambicioso), da dependência de
terceiros e sobrecarga de trabalho para poucos recursos do GSII, algumas atividades não foram iniciadas ou
não foram concluídas.
As atividades relativas ao projeto UNICARD não alcançaram o sucesso que se esperava, apesar do
esforço desenvolvido e dos contactos permanentes e insistentes junto da empresa MICRO I/O. Os
problemas surgidos com os pagamentos MB e obtenção de dados estatísticos, a falta de algumas
funcionalidades e a baixa performance da Base de Dados são alguns exemplos de depreciação da solução.
As melhorias entretanto introduzidas na aplicação interna NETPOS (configuração de menus, senhas de
refeição com código de barras, identificação de utilizadores com cartão UC para emissão de faturas com
NIF, encriptação de documentos, novos relatórios, ficheiros SAF-T, integração com previsões, atualização
de preços no backoffice) apesar de não incluir o modo de pagamento cartão UC, contribuíram para o não
alargamento da solução UNICARD a todas as unidades alimentares.
156 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A implementação dos pagamentos MB contactless deverá ser considerada uma iniciativa de sucesso
apesar dos problemas que vieram a surgir com a solução UNICARD, o que obrigou a um moroso processo
de intermediação por parte dos SAS com as diversas entidades envolvidas (Caixa Geral de Depósitos,
MICRO I/O, Ingenico) no sentido de resolução de problemas que foram surgindo ao longo do processo.
A (auto) formação de técnicos do GSII em linguagens de programação open source usadas pelo
GSIIC/UC ficou aquém do desejado em grande parte por falta de disponibilidade e de condições. A possível
colaboração de um estagiário de engenharia informática em 2015 poderá ajudar a impulsionar este objetivo
tecnológico.
O processo de carregamento de dados académicos via webservice NONIO-SICABE sofreu um
pequeno revés em parte devido à alterações introduzidas pela DGES que obrigaram a ajustes do lado do
GSIIC/UC e à repetição de testes de validação.
Deverão ser consideradas de sucesso algumas iniciativas como:
- Implementação do OPEN-FILER para armazenamento centralizado de dados geridos por
setores e acessíveis via web. Um exemplo de uma aplicação open source;
- Disponibilização de um webservice pela equipa NONIO para carregamento de dados para as
aplicações SIGES-Alojamentos, SIGES-FAS e SIGES-PASEP;
- Aquisição e implementação de solução POS portátil para vendas (gelados, bebidas, etc.);
- Ligação de algumas residências universitárias à rede UC através de links de radio frequência
(wireless) bem como a ligação da Casa da Pedra à rede UC por fibra ótica e a disponibilização
da rede EDUROAM neste local;
- A renovação do parque de equipamentos informáticos, incluindo servidores e máquinas POS.
Para continuação e conclusão, foram integradas no plano de atividades de 2015, as seguintes ações/atividades
não concluídas em 2014:

Alargamento da solução MB contactless a todas as Unidades Alimentares;

Alargamento da utilização do cartão UC nas Unidades Alimentares com meio de identificação
e de pagamento;

Integração SIGES-GIAF para centralização da faturação dos serviços de Alojamento, Apoio à
Infância e Serviços Médicos no GIAF;

Sistema de pagamento de faturas com referências MB (protocolo com AMA);

Gestão de sub-armazéns nas Unidades Alimentares;

Implementação de solução VOIP para comunicações de voz;

Alargamento da solução WIRELESS/RF a mais residências Universitárias (Alegria, Parede
António Vieira, J. Jacinto e S. Salvador);

Melhoria dos acessos à Internet nas residências universitárias (aumento da largura de banda e
aumento do número de equipamentos wireless para acesso internet em todos os quartos);

Melhoria generalizada dos sistemas de informação proporcionando aos utilizadores maior
agilidade dos processos e disponibilização da informação necessária.
157 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
9 PROTOCOLOS
E PARCERIAS
Com o intuito de promover a mútua colaboração interinstitucional que envolva parceiros do
universo UC e da Academia (AAC), bem como parceiros externos, com especial relevância na relação de
proximidade geográfica, o estabelecimento de protocolos e parcerias é da máxima importância para os
SASUC, devido à promoção de vantajosas sinergias para as várias partes envolvidas. Tendo também em
conta o atual contexto socioeconómico, fortemente marcado pela crise económico-financeira, este tipo de
parcerias tornam-se fulcrais para a procura de novas soluções de ação e de partilha de recursos, sempre
com o objetivo da concretização de uma ação social sustentada e eficiente.
Dessa forma, em 2014 foram firmados 43 protocolos de cooperação/parcerias entre os SASUC e
parceiros do universo UC/AAC (29) e entre os SASUC e entidades externas à UC (14). Estes números
representam um aumento significativo (115%) face ao ano de 2013, em que se firmaram apenas 20
protocolos/parcerias na totalidade.
Os protocolos e parcerias firmados com parceiros pertencentes ao Universo UC/AAC
compreenderam, na sua maioria, apoios a eventos culturais e desportivos promovidos pela comunidade
UC, disponibilizando os SAS apoios alimentares, de alojamento ou cedência de espaços em contrapartida
de atuações no Centro Cultural Dom Dinis (CCDD), requisições/utilização de serviços de catering no
âmbito de eventos promovidos pelos parceiros, dirigidos à comunidade UC, bem como disponibilização de
159 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
atividades extracurriculares para as crianças a frequentar os Serviços de Apoio à Infância (SAI) dos SAS ou
utilização do CCDD para a realização de eventos. Foram ainda firmados protocolos/parcerias para
acolhimento de estágios curriculares/profissionais nos SAS, exploração do bar da Faculdade de Letras da
UC e disponibilização de serviços de Saúde no Trabalho no âmbito das competências dos Serviços de Saúde
e de Gestão da Segurança no Trabalho para a prestação desses serviços a entidades que integram o
perímetro de consolidação da UC.
Neste âmbito destaca-se ainda a formalização e integração no Sistema de Gestão, em dezembro
de 2014, do procedimento que define este processo: SAS_P015 – Apoio a Atividades Desportivas e
Culturais.
No caso de protocolos/parcerias firmados com entidades externas à UC, destaca-se a partilha de
recursos ao nível do acolhimento de estágios e de projetos de investigação; formação; apoio a estudantes
com NEE; cedência de espaço para dar continuidade à exploração da Cantina Sereia; colaboração em
projetos de responsabilidade e solidariedade social, bem como disponibilização de atividades
extracurriculares visando a melhoria contínua dos Serviços de Apoio à Infância disponibilizados à
comunidade UC.
Protocolos/Parcerias entre os SASUC e parceiros pertencentes ao Universo UC/AAC:

06.01.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Quantunna - Tuna Mista da Faculdade
de Ciências e Tecnologia da UC,para a realização do XII Festival “Oito Badaladas” (apoio alimentar
em troca de atuações e requisição de serviços de catering).

05.01.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna Feminina da Faculdade de
Medicina da UC para a Organização da 4ª edição do Festival Tunas Femininas “IV Panaceia” (apoio
alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD).

27.01.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e as Fans - Tuna Feminina da UC, para a
Organização do “IX Tunalidades, Festival de Tunas Femininas” (apoio alimentar e de alojamento
em troca de atuações no CCDD).

06.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna Mista da Faculdade de Psicologia
e Ciências da Educação da UC para a realização do “V Festival (Re)Cordas” (apoio alimentar em
troca de atuações no CCDD).

10.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Coral Quecófónico do Cifrão - Tuna
da Faculdade de Economia da UC (apoio alimentar em troca de atuações).

21.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Phartuna - Tuna de Farmácia da
Universidade de Coimbra para a realização do “I Boticário" (apoio alimentar e de alojamento em
troca de atuações e requisição de serviços de catering).

21.03.2014 – Parceria entre os SASUC e a Associação de Estudantes de S. Tomé e Príncipe em
Coimbra para a comemoração do “27º aniversário da AESTPC” e a realização do “6º encontro
Nacional de Estudantes e Amigos” (apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no
CCDD).
160 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014

28.03.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna de Medicina da UC para a
comemoração do 20º Aniversário da Tuna (cedência de espaços em troca de requisição de serviços
de catering).

09.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC a Linha SOS Estudante da AAC (apoio
alimentar em troca de promoção de eventos no CCDD e requisição de serviços de catering) .

11.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Cinematográficos
da AAC para a realização de uma curta-metragem inserida na Programação da XVI Semana Cultural
da UC.

14.04.2014 – Protocolo de Cooperação entre os SASUC e a Secção de Fado da AAC (Estudantina)
(cedência de instalações para ensaio em troca atuações no CCDD).

22.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Fado da AAC (Orquestra
Típica e Rancho), para a realização do “XXII Encontro Nacional de Etnografia e Folclore” (apoio
alimentar em troca de atuações no CCDD).

22.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade
de Farmácia da AAC para apoio ao Programa SEP - Student Exchange Programe (apoio de alojamento
em troca de requisição de serviços de catering).

23.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Seção de Desportos Náuticos da
AAC para a organização da Regata Internacional da Queima das Fitas (apoio alimentar e de
alojamento em troca requisição de serviços de catering).

28.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade
de Medicina da AAC para apoio na “11ª Edição do Hospital do Ursinho” (apoio alimentar, de
alojamento e cedência de espaços em troca de requisição de concessão de stand de venda de
baguetes no Convívio da Queima, publicidade no jornal do Núcleo e requisição de serviços de
catering).

07.07.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade
de Farmácia da AAC para a organização do “IV Training Project” (apoio alimentar e de alojamento
em troca requisição de serviços de catering).

07.07.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Judo da AAC no âmbito
da organização do “26.º Estágio Internacional da Académica – 2014” (apoio alimentar em troca de
dinamização de atividades para crianças no ATL de Verão).

01.08.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Faculdade de Letras da UC para
cedência de espaço destinado a exploração pelos SAS de serviços de cafetaria e de refeições
ligeiras.

26.08.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e as Mondeguinas - Tuna Feminina da
UC para a realização do “XXI Cantar da Sereia” (apoio alimentar em troca de atuações no CCDD).

18.09.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Fado da AAC (Estudantina)
(apoio alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD).

23.09.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Cinematográficos
(CEC) da AAC para a realização da XX edição do Festival Caminhos do Cinema Português (apoio
alimentar e de colaboração de estudante ao abrigo do PASEP em contrapartida da produção de
dois spots publicitários dos SAS; dinamização de atividades culturais no CCDD e Casa da Pedra e
disponibilização de bilhetes matinais para alunos bolseiros e crianças a frequentar os SAI).
161 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014

06.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a FAN - FARRA Académica de Coimbra
para a organização de um Festival de Tunas (apoio alimentar e cedência de espaço em troca de
atuações no CCDD).

13.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Faculdade de Farmácia da UC para
acolhimento de estágios em Nutrição.

23.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna de Medicina da UC para a
realização do “VI Cantar do Estudante" (apoio alimentar e cedência de espaço em troca de
atuações no CCDD e aquisição de produtos SAS).

06.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Rádio Universidade de Coimbra para
formalização da colaboração na oferta alimentar "Encontros de Cozinhas do Mundo" (apoio
alimentar em contrapartida da cedência de um DJ para animação do espaço).

07.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes da Faculdade
de Direito para apoio à 3ª edição do “Prolus – Feira de Emprego” (apoio alimentar em
contrapartida de requisição de serviços de catering e realização de eventos no CCDD).

17.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Órfeon Académico de Coimbra para
celebrar o “134º Aniversário do Órfeon” (apoio alimentar em contrapartida de atuação no
CCDD).

24.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Coral Quecofónico do Cifrão - Tuna
da Faculdade de Economia da UC para a realização do IV Festival " Lágrimas de Amor" (apoio
alimentar em contrapartida de atuações no CCDD).

26.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Sociais da UC
para prestação de serviços na área da Saúde no Trabalho.
Protocolos entre os SASUC e entidades externas à UC:

05.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Associação Portuguesa de Solidariedade e
Desenvolvimento e os SASUC para acolhimento de estágio (formação prática em contexto de
trabalho) de Operador/a de Armazém.

06.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e José António N. Ribeiro para cedência
de espaço para realização de danças afro-latinas.

11.02.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a k&Batuna - Tuna Mista da Escola
Superior de Educação para a realização de um encontro de Tunas no CCDD (publicitação do apoio
dos SAS na organização do evento).

06.03.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a CASA - Centro de Apoio ao semabrigo e a TPO - Associação Todos pelos Outros para cedência de espaço para distribuição de
refeições.

24.03.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Grupo Folclórico de Coimbra para
a realização da Feira dos Lázaros e Fogueiras de S. João (autorização para utilização de espaço e
apoio logístico em contrapartida de atuações no CCDD).
162 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014

23.04.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a k&Batuna - Tuna Mista da Escola
Superior de Educação para a realização do VI Festivas Entre -Tunas, Festival de Tunas Mistas (apoio
alimentar e de alojamento em troca de atuações no CCDD).

21.05.2014 – Protocolo de Colaboração entre o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e
os SASUC nas Atividades da Unidade Curricular do projeto de sistemas de energia elétrica (apoio
de alojamento em contrapartida da disponibilização do trabalho académico).

04.07.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Ordem dos Psicólogos para o
acolhimento de Estágios Profissionais.

05.08.2014 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a ACAPO para cooperação técnica e
social entre as duas instituições.

10.09.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Coimbra e os SASUC para
cedência de espaço da Casa Municipal da Cultura para funcionamento da Cantina Sereia, em troca
de oferta limitada de refeições.

10.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre a ARS – Centro e os SASUC para dinamização de
atividades no Dia Mundial da Alimentação.

13.10.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Fundação Beatriz Santos e os SASUC para acesso
a atividades de natação e de psicomotricidade pelas crianças da Creche e do Jardim de Infância.

26.11.2014 – Protocolo de Colaboração entre a Associação Cognitária S. Jorge de Milréu e os
SASUC para acolhimento de estágios curriculares em Medicina Veterinária.

29.12.2014 – Protocolo de Colaboração entre os a Escola Secundária José Falcão e os SASUC para
formação mútua.
Além das enumerações anteriores, destaca-se ainda a parceria com o Fundo Solidário, projeto
iniciado em maio de 2010 pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, com o objetivo de apoiar jovens do
Ensino Superior com manifestas dificuldades/carências económicas, de forma a evitar que estes abandonem
os seus estudos, alertando para a defesa da igualdade de oportunidades no ensino superior. Este apoio visa
a uma recondução dos estudantes, tendo em conta os apoios já disponibilizados, através do pagamento de
propinas, abrangendo ainda despesas de alojamento, alimentação e planos de estudos, conforme já referido
no capítulo de Apoio Diretos.
163 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
164 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
10 INVESTIGAÇÃO
O acolhimento e colaboração com projetos de investigação promovidos por unidades orgânicas
da UC ou outras instituições de ensino superior é um processo transversal a toda a estrutura orgânica dos
SAS, na direta dependência da Administradora, visando a identificação de oportunidades de melhoria no
âmbito das atividades/serviços de apoio ao estudante ou de suporte à atividade.
A definição interna da gestão deste processo nos SAS foi alvo de desenvolvimentos pontuais desde
2012, carecendo ainda da respetiva formalização do procedimento interno para uniformização da tramitação
e respetiva monitorização dos processos.
Até 2014 este processo tem sido desencadeado na sequência da apresentação de pedidos para
colaboração/acolhimento de projetos de investigação à Administradora dos SAS, que, após parecer dos
responsáveis pela área visada no projeto de investigação em causa relativamente ao potencial interesse para
o desenvolvimento dos processos geridos no âmbito das respetivas competências, podem ser alvo de
acompanhamento e monitorização. Os pedidos podem ter origem externa (estudantes/investigadores afetos
a unidades orgânicas da UC ou a outras Instituições de Ensino Superior) ou interna (trabalhadores dos SAS
em autoformação na UC ou em outras Instituições de Ensino Superior).
Além dos pedidos para colaboração/acolhimento de projetos de investigação, os SAS, no âmbito
da atividade do Núcleo de Integração e Aconselhamento (NIA) da Divisão de Acolhimento e Integração,
165 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
manteve-se, em 2014, a coordenação local do projeto europeu EADHE – European Action on Disability
within Higher Education, desde outubro de 2012. Salienta-se, em 2014, a participação dos SAS nos trabalhos
de conclusão deste projeto na conferência de Leipzig, em setembro de 2014.
Em 2014 registou-se a conclusão de cinco projetos que no ano anterior se encontravam em curso.
Dos cinco projetos concluídos, quatro decorreram de pedidos externos e um foi promovido internamente
pelos SAS; dois visaram processos de apoio ao estudante no âmbito da gestão do alojamento, um no âmbito
da integração e aconselhamento, um no âmbito da gestão de serviços de alimentação e um visou processos
de suporte na área da logística – Quadro 10.1.
Quadro 10.1. Projetos de investigação concluídos em 2014
Data Início /
Origem do
pedido
17-02-2013
Pedido externo
Tema
Contabilidade de gestão estratégica Gestão das Residências Universitárias
19-09-2013
Pedido externo
"Dynamic market" nas residências
universitárias
03-10-2013
Pedido externo
App "Ementas UC"
Set-13
Pedido externo
Estudo da cadeia de abastecimento da
Divisão de Alimentação da UC
Out-2012
EADHE – European Action on Disability
within Higher Education
Curso / Inst.
Requerente
Mestrado de
Contabilidade
ISCA – Univ. de
Aveiro
Gestão e
Avaliação de
Projetos de
Intervenção
Social da
Licenciatura em
Sociologia FEUC
Processos de
Gestão e
Inovação, da
Licenciatura em
Eng. Informática
– DEI/FCTUC)
Engenharia e
Gestão Industrial
- DEM/FCTUC
n.a.
(SAS – DAI-NIA)
Data
Conclusão
n.d. (foi
contactado
requerente que
não
disponibilizou
informação)
março 2014
maio 2014
junho 2014
outubro 2014
A identificação e acompanhamento de potenciais oportunidades de melhoria decorrentes dos
processos concluídos em 2014 ainda se encontram em curso.
Ainda em 2014 registou-se o acolhimento/colaboração dos SAS em 3 novos projetos que, a 31 de
dezembro, ainda não estavam concluídos, mantendo-se em curso o desenvolvimento do projeto “Qualidade
de vida dos estudantes alojados nas residências da UC” – Quadro 10.2.
166 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 10.2. Projetos de investigação iniciados e a decorrer em 2014
Data início /
Origem do
pedido
Curso / Inst.
Requerente
Processo SAS
visado
Qualidade de vida dos estudantes
alojados nas residências da UC:
dimensões e indicadores para a
construção de um referencial de
avaliação e monitorização
Doutoramento em
Ciências da Educação,
especialidade de
Psicologia da Educação
- FPCE-UC
Apoio à
comunidade
universitária Alojamento
07-03-2014
Perturbações de ansiedade social
Mestrado Integrado
em Psicologia – FPCEUC
03-12-2014
Avaliação de microrganismos nas
refeições servidas nas cantinas
universitárias
Mestrado em
Segurança Alimentar –
Faculdade de Farmácia
da UC
dezembro de
2014
Estudo da aquisição e do uso do
gesto natural em crianças dos 8
aos 18 meses, com e sem
deficiência auditiva
Doutoramento em
Estudos da Criança –
Universidade do Minho
28-11-2013
Pedido externo
Tema
Apoio à
comunidade
universitária –
Integração e
Aconselhamento
Suporte à
Atividade –
Higiene e
Segurança
Alimentar
Apoio à
comunidade
universitária –
Serviços de
Apoio à Infância
Destes projetos destaca-se a apresentação de resultados preliminares do projeto “Qualidade de
vida dos estudantes alojados nas residências da UC”, designadamente referentes ao inquérito aplicado no
âmbito desta investigação, nas residências universitárias, em maio de 2014.
Salienta-se ainda a conclusão do projeto de investigação que deu origem à App “Ementas UC”, cuja
gestão da aplicação foi transferida para os SAS (GSII) em maio.
No âmbito da monitorização do Plano de Ação SAS 2011-2015, este processo foi avaliado como
em desenvolvimento, salientando-se a necessidade de definição deste processo de gestão, visando uma
atuação mais proactiva dos SAS no acolhimento e identificação de projetos de investigação com potencial
impacto na melhoria contínua dos serviços. Nesse sentido, foram incluídas no Plano de Atividades SAS 2015
atividades visando a definição e formalização do processo de acolhimento de projetos de investigação nos
SAS.
167 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11 APOIO À GESTÃO
169 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.1 APOIO JURÍDICO
O Gabinete de Apoio à Gestão (GAG), dentro das suas competências, definidas no artigo 5º do
Regulamento Orgânico dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, presta apoio técnico e
emite pareceres e informações de natureza técnica ou jurídica.
O GAG – Apoio Jurídico, dentro destas competências, desenvolveu, durante o ano de 2014, um
trabalho muito diversificado, desde a elaboração de pareceres, informações, contratos, protocolos,
preparação de documentos a serem assinados pela Administradora, participação em grupos de trabalho,
elaboração de regulamentos, instrução de processos de inquérito e disciplinares bem como apoio aos
processos pendentes em tribunal, patrocinados pelos Advogados da Universidade de Coimbra.
Também o Núcleo de Gestão de Recursos Humanos procurou, ao longo do ano de 2014, com
muita regularidade, apoio no GAG-AJ, com pedidos informais de colaboração na interpretação de normas
ou no estudo de casos.
Salienta-se ainda, em 2014, a articulação com o Núcleo de Alojamentos da Divisão de Acolhimento
e Integração no âmbito do processo de recuperação de dívidas de alojamentos em residências universitárias
e o apoio ao Conselho Coordenador de Avaliação no âmbito do SIADAP.
O GAG-AJ partilha o seu secretariado com a Administradora.
Da sua atividade há a destacar o seguinte – Quadro 11.1.
Quadro 11.1. Atividade GAG-AJ
Produção GAG -AJ
Pareceres
Processos de Inquérito
Processos Disciplinares
Elaboração de protocolos
Elaboração de Regulamentos/alterações
Análise de documentos ou diplomas
Elaboração de Informações várias
Elaboração de contratos/rescisões
Cobrança de dívidas
Elaboração de respostas a Instituições/Tribunal
Elaboração de acordos vários
N.º
35
44
7
8
3
7
10
6
7
7
5
Há ainda a destacar a participação dos Juristas do GAG-AJ em diversas reuniões de trabalho no
âmbito dos SASUC ou da UC.
170 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.2 HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
O processo de gestão da higiene e segurança alimentar é assegurado pelo Gabinete de Nutrição e
Controlo Alimentar (GNCA), no âmbito das competências que lhe estão atribuídas no artigo 12.º, n.ºs 4 e
5 do Regulamento Orgânico dos SASUC. Tais competências compreendem duas componentes:
A) Área de bioquímica, nutrição e qualidade alimentar, visando a garantia do controlo da qualidade
e boas práticas de higiene e segurança alimentar, que reporta funcionalmente à Divisão de
Alimentação;
B) Área de inspeção higiossanitária, que reporta funcionalmente à Administradora dos SASUC,
podendo, em articulação com aquela, desencadear medidas de contenção que impeçam a
utilização de produtos impróprios para consumo ou práticas inadequadas de higiene e segurança
alimentar.
Durante o ano de 2014 destaca-se o impulso dado à formalização, atualização e acompanhamento
do sistema HACCP vigente nos serviços de alimentação dos SASUC, visando a definição e integração deste
processo no sistema de gestão da qualidade da UC.
No acompanhamento deste processo foram realizadas, em 2014, reuniões mensais até julho do
mesmo ano envolvendo a Administradora dos SASUC; o Diretor de Serviços de Apoio ao Estudante; o
Chefe de Divisão de Alimentação; os 4 técnicos do GNCA e a técnica do GAG.
No âmbito do processo de higiene e segurança no trabalho e em articulação direta com este
processo de higiene e segurança alimentar, foram realizadas desinfestações periódicas, cujo
acompanhamento foi realizado por um técnico do GNCA. Essas desinfestações ocorreram em três períodos
principais: na pausa letiva da Páscoa; na pausa letiva do Natal e no fim do ano letivo.
Ainda no domínio de higiene e segurança no trabalho foram ministradas duas formações alusivas:
a)
“Movimentação Manual de Cargas”, com a duração de uma hora, lecionada durante o
mês de junho, tendo como publico alvo os funcionários/as das Unidades Alimentares,
das Residências Universitárias, DCL (Armazém Central) e da DOIS-UGEL.
b) “Manuseamento de Detergentes”, com a duração de 1h30m, lecionada durante o mês
de março tendo como público alvo os funcionários/as das Unidades Alimentares, das
Residências Universitárias e da UGEL.
Foram ainda asseguradas atividades no âmbito das competências específicas de cada uma das áreas
do GNCA:
171 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A) ÁREA DE BIOQUÍMICA, NUTRIÇÃO E QUALIDADE ALIMENTAR
Bioquímica
Foram efetuadas análises a alimentos confecionados e utensílios (utilizadas nos vários setores
alimentares), tendo-se executado análises a um total de 127 amostras.
No Laboratório dos SASUC foram analisados os seguintes parâmetros: Aeróbios Mesófilos a 30ºC;
Bolores e Leveduras; Coliformes Totais e Fecais; E. Coli; Staphylococcus Coagulase positiva. Na sequência
das análises foram produzidos boletins analíticos para cada uma das amostras, com o resultado de cada
parâmetro analisado e com a respetiva apreciação com propostas de melhoria, caso se apresente necessário.
No final de cada mês foram realizados relatórios com os resultados e respetivas apreciações de
todas as análises efetuadas às várias amostras recolhidas.
Foram efetuadas, pelo Laboratório do Instituto de Higiene e Medicina Social da Faculdade de
Medicina da Universidade de Coimbra, análises às mãos dos funcionários das várias unidades alimentares
analisando os seguintes parâmetros: E. Coli; Staphylococcus Coagulase positiva; Microganismos viáveis 30ºC.
Pelo mesmo Laboratório foram também efetuadas análises à água de consumo humano da água de
todas as unidades alimentares analisando parâmetros constantes no D.L.306/2007 de 27 Agosto.
Qualidade Alimentar
No decurso do ano foram realizadas 755 visitas aos vários setores alimentares, tendo como
objetivo a verificação da correta implementação das Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar e
sistema HACCP. Por cada visita elaborou-se respetiva ficha de visita, onde foram registadas as avaliações
de parâmetros de ordem estrutural e funcional.
Da sumula das várias fichas de visita efetuadas, elaboraram-se relatórios mensais, nos quais se
analisou a evolução da implementação das Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar e sistema HACCP
nos vários setores alimentares e se apresentaram recomendações para a melhoria dessa implementação.
Neste âmbito, foi ainda dada formação a todos/as funcionários/as das unidades alimentares sobre
“Lavagem de mãos”. A duração de cada seção foi de 30 minutos e tiveram lugar durante o mês de fevereiro.
Nutrição
Foram efetuadas propostas de ementas semanais para a oferta de refeição social nas opções carne,
peixe e vegetariana, elaborando-se os respetivos cálculos calóricos. Foram também elaboradas ementas,
para a Creche e Jardim de Infância, com sopas, pratos de carne e peixe, efetuando-se os respetivos cálculos
calóricos.
172 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Nesta valência foi ainda dado apoio aos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho
em consultas de Nutrição, todas as quartas feiras, tendo-se ainda acolhido e acompanhado estágios
académicos nesta área de alunos do 1º e do 3º ano do Instituto Politécnico de Leiria-Escola Superior de
Saúde e a alunos da Escola D. Duarte de Coimbra.
Considerando a informação publicada em maio de 2014 sobre o apoio disponibilizado pelos SAS a
membros da comunidade UC com Intolerâncias Alimentares – Figura 11.1., foram elaborados nesta
valência do GNCA 8 pareceres a respeito desta questão.
Figura 11.1. Informação sobre apoio disponibilizado pelos SAS a utentes portadores de
alergias/intolerâncias alimentares
Foi também ministrada formação em “Alimentação Saudável” aos trabalhadores das unidades
alimentares. Cada módulo teve a duração de 2h e foi desenvolvido durante julho de 2014. Nas seis sessões
realizadas participaram 60 trabalhadores de 11 unidades alimentares dos SAS: CAP II (10); Sala A (10); REU
(6); Luzio Vaz (6); Químicas (6); Monumentais (5); Sereia (5); Bar do DEI (4); S. Jerónimo (3); Vermelhas (3)
e Sandwich Bar (2).
173 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
B) ÁREA DE INSPEÇÃO HIGIOSSANITÁRIA
A atividade assegurada nesta área sintetiza-se nas seguintes atividades:

Elaboração de 30 Pareceres Técnicos;

Inspeção Higio sanitária de Produtos Alimentares da qual resultou a não receção de:
- 1245,5 Kg de Carne de Porco fresca;
- 506 Kg de Almondegas;
-150 Kg de Fiambre;
- 856,57 Kg de Carne de Aves;
- 250 Kg de Pescado.
A não receção destes produtos decorreu, fundamentalmente, do incumprimento,
pelos/as fornecedores, das normas técnicas especificadas em cadernos de encargos
definidos pelos SASUC, designadamente ao nível de:
- Cortes anatómicos das peças de carne errados, que trariam prejuízo
económico;
- Deficiências no armazenamento e transporte dos alimentos, que
reduzem a qualidade dos alimentos;
- Desrespeito dos prazos mínimos de validade exigidos pelos SAS
- Identificação de produtos não próprios para consumo humano;
- Desrespeito pelos tamanhos pré-definidos pelos SASUC, com impacto
nas capacitações individuais (ex.: tamanho do frango, da fruta, entre
outros)
- Não cumprimentos da legislação em vigor no que respeita à rotulagem
dos produtos (ex.: não ser redigida em língua portuguesa).

Colaboração técnica na conceção da sala de desmanche, corte e embalamento de
carnes no Armazém Central dos SASUC;

Definição (em Caderno de Encargos) dos parâmetros técnicos e legais aplicáveis a
novos produtos alimentares adquiridos pelos SASUC.
Os produtos a adquirir deverão ter sempre salvaguardados requisitos técnicos de
tamanho; corte; peso unitário; validade e estado de apresentação na altura de entrega
em Armazém (validade, frescura, higiene, maturação. Por exemplo, no caso dos
produtos de pescado deverá ser indicado em caderno de encargos o nome da espécie
(em latim) e a origem, para evitar fraudes com produtos afins. Por seu lado as peças
de carne também deverão ser definidas claramente em caderno de encargos, os
cortes a obedecer. De igual forma, os cadernos de encargos passaram a indicar que
todos os produtos devem ostentar as respetivas marcas de salubridade, definidas
legalmente para cada tipo de produtos.
174 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014

Divulgação de artigos técnicos, científicos, normativos e legais, por Chefias e técnicos
da área alimentar dos SASUC;

Participação na elaboração das Instruções de Trabalho “Receção de Mercadorias” e
“Armazenamento de Mercadorias”;

Colaboração técnica na elaboração do projeto agrícola da Quinta do Palácio de S.
Marcos;

Participação técnica na equipa multidisciplinar contra o desperdício Alimentar.
175 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.3 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
A comunicação institucional - interna e externa - é fundamental para garantia da unicidade da voz
institucional, em alinhamento com os pressupostos estratégicos e operacionais inerentes a toda a ação
desenvolvida, possibilitadora do estabelecimento de relações sólidas tanto com os membros da equipa
SASUC, como com atuais, antigos e potenciais membros da comunidade UC e demais partes interessadas.
No ano 2014 verificou-se a manutenção da orientação estratégica a este nível em três aspetos:
comunicação entre os SAS e os destinatários da sua atividade, os membros da comunidade UC;
comunicação entre os SAS e o público pré universitário; e comunicação institucional orientada para os
colaboradores dos SAS. Os principais resultados serão apresentados de seguida.
11.3.1 SAS E OS MEMBROS DA COMUNIDADE UC
Durante o período em análise os SAS continuaram a privilegiar a proximidade aos membros da
comunidade UC, tendo-se mantido a configuração numérica e qualitativa dos canais de, tendo-se continuado
a utilizar o website SAS (www.uc.pt/sasuc); o Facebook SAS (facebook.com/ServicosAcaoSocialUc); o Portal
UC Alojamento (http://apps.uc.pt/accommodation); o correio eletrónico; os órgãos informativos da UC e
da AAC (UCV; RUC; Jornal Universitário “A Cabra”); os mailings via correio eletrónico e a comunicação
através de suporte papel (Cartazes; Flyers).
Em termos de gestão do fluxo de informação proveniente de correio eletrónico, refira-se a boa
prática que constituiu a implementação da aplicação RT, a partir do dia 21 de outubro, que passou a
substituir o tratamento tradicionalmente dado ao correio eletrónico recebido, com vantagens em termos
de eficiência, responsabilidade e rastreabilidade. Esta implementação foi precedida de um conjunto de ações
de formação ministradas pelo GSII aos trabalhadores-chave no processo de gestão de pedidos.
Em alinhamento com o intento de internacionalização da UC, foram traduzidos conteúdos diversos
para integração na versão do Website em língua Inglesa, no facebook, impressos e materiais informativos.
No período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro foram produzidos os seguintes
materiais – Figura 11.2.
Figura 11.2 - Materiais produzidos em número e percentagem
8; 1%
71; 7%
36; 4%
Notas Imprensa
Posts facebook
122; 13%
390; 41%
Publicações/atualizações
Website
Iniciativas divulgação
319; 34%
Flyers
Cartazes
176 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
No que concerne ao grau de abrangência das iniciativas de comunicação, quanto ao website e com
recurso à ferramenta Google Analytics, foi possível apurar que no período em apreço ocorreram 692.862
visualizações únicas de páginas (visualizações com exploração do website).
Com relação ao grau de sucesso na transmissão da informação e níveis de notoriedade alcançados
em 2014, com recurso à referida ferramenta, os principais dados numéricos a reportar relativamente ao
canal website são: 1.089.948 visualizações de página, com um tempo médio de acesso de 1 minuto e 2
segundos.
As principais páginas visitadas foram as seguintes:







Homepage do Website;
Alojamento;
Bolsas;
Ementas;
Fundo de Apoio Social a Estudantes da UC (PASEP);
Apoio Médico;
Alojamento: candidaturas.
Num exercício de comparação entre o número de visualizações registadas nas 50 páginas mais
visitadas do website entre os anos 2013 e 2014, constata-se que o número aumentou de 283.214 em 2013,
para 295.846, em 2014, o que traduz um aumento de 4,3%.
Com relação ao facebook, em 2014 a visualização máxima de uma publicação atingiu 4.682 pessoas,
tendo o número máximo de pessoas que foram atingidas por uma publicação dos SAS, quer tivesse sido na
página dos SAS, na sua própria página ou na de outras pessoas, foi de 5.657 pessoas.
Quanto à interação, o número global de ‘gostos’ de página variou entre 2.245 no primeiro dia do
ano e 3843, a 31 de dezembro, o que correspondeu a um aumento real de 1.598 ‘gostos’ ao longo do ano,
um acréscimo de 872 novos ‘Gostos’ relativamente ao ano anterior.
O pico da interatividade ocorreu a 21 de maio, data em que uma publicação relativa à
disponibilização do buffet de saladas na Sala B do complexo de Cantinas Centrais registou 186 ‘gostos’; 62
comentários e 51 partilhas – Figura 11.3.
Figura 11.3. - Publicação no facebook, no dia 21.05.2014, a promover o buffet de saladas.
177 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A tipologia das iniciativas manteve-se inalterada, tendo sido disseminados conteúdos relativos aos
apoios e serviços disponibilizados, prazos e alterações ao funcionamento ou oferta, com destaque para os
destinados a estudantes.
Em termos de tom comunicacional, foi tentada uma abordagem mais informal, atendendo ao perfil
do público-alvo preferencial deste meio, que se situa na faixa etária dos 18 a 24 anos.
Relativamente à presença dos SAS nos meios de comunicação social, em 2014, os dados obtidos a
partir do clipping efetuado diariamente através da plataforma CisionPoint permitem contabilizar 169
referências em órgãos de comunicação social.
A este respeito, em janeiro os órgãos de comunicação social destacaram o PASEP; em março a
abertura do restaurante universitário Colégio de Jesus e a alteração das regras de acesso ao Fundo de Apoio
Social da UC; e em abril, a fusão dos serviços de saúde da UC.
No mês da Queima das Fitas, a imprensa destacou o apoio alimentar prestado pelos SAS à festa
dos estudantes, o resultado de inquérito lançado pelos SAS a estudantes que viram o pedido de bolsa
indeferido e o aumento do número de candidaturas ao Fundo de Apoio Social da UC. O semestre terminou
com a notícia de o PASEP já ter apoiado 100 estudantes.
O arranque do novo ano letivo foi marcado pelo Dia de Porta Aberta que permitiu a quem desejou
conhecer por dentro as residências universitárias; a abertura do Bar da Faculdade de Letras à exploração
pelos SASUC após décadas de concessão a entidades privadas e a menção aos bons resultados alcançados
pelos SASUC, que após vários exercícios deficitários reconquistaram equilíbrio financeiro.
Novembro foi pautado por referências à participação das crianças da Creche e do Jardim-deInfância no Dia Nacional do Pijama e ao lançamento da disponibilização de pratos típicos das nacionalidades
mais representadas na população internacional da UC na Sala B das Cantinas Centrais (iniciativa designada
pelos SAS “Encontros de Cozinhas do Mundo”).
O ano terminou com referência, em Dezembro, à ceia de Natal organizada pelos SAS para os
estudantes residentes que passaram a quadra festiva em Coimbra.
Quanto à divulgação dos serviços que prestam aos membros da comunidade UC, verificaram-se
deslocações a faculdades e departamentos da UC, a convite de núcleos de estudantes.
Para acolhimento aos novos estudantes da UC, os SAS estiveram presentes nas matrículas, nas
duas principais fases de acesso, em sala própria, onde os estudantes puderam tratar de assuntos relativos à
candidatura a bolsa de estudo, a alojamento, a credenciação para utilização dos serviços de saúde e receber
informação genérica sobre os serviços e apoios disponibilizados em matéria de ação social.
Algumas das menções a iniciativas promovidas pelos SAS e destaques dados à sua atividade poderão
ser observados na Figura 11.4.
178 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 11.4. - Destaques noticiosos relativos à atividade dos SAS em 2014.
179 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.3.2 SAS NA CAPTAÇÃO DE NOVOS PÚBLICOS
A captação de novos públicos para a UC continuou a ser privilegiada, tendo os SAS continuado a
colaborar nas iniciativas promovidas pelo Projeto PIMC, designadamente no âmbito do programa educativo
de visitas “Um dia na UC” e na “Universidade de Verão”, através da concessão de apoios de natureza
alimentar, e alojamento ou informação.
Além da referida colaboração, os SAS também continuaram a possibilitar a estudantes pré
universitários, seus professores ou familiares a possibilidade de pernoita em residências universitárias em
períodos correspondentes a férias letivas e de visitar as residências no Dia da Porta Aberta.
11.3.3 SAS COM AS SUAS PESSOAS
As reuniões de estrutura e as reuniões setoriais foram o modo de trabalho colaborativo utilizado
para transmissão de informações, análise de resultados, delineação de atividades e obtenção de contributos.
No que se refere às reuniões de estrutura, foram realizadas duas, para debate interno e alargado
de temas transversais à atividade dos SASUC, incluindo resultados da atividade, planos de atividade e
novidades a implementar, conforme quadro seguinte – Quadro 11.2.
Quadro 11.2. Reuniões de estrutura em 2014 por datas, locais, participantes e objetivos
Data/Local
17.03.2014
(Centro Cultural
Dom Dinis)
15.10.2014
(Centro Cultural
Casa da Pedra)
Participantes
Administradora dos SAS e
seus dirigentes
intermédios; responsáveis
setoriais; coordenadores
de Núcleos/ Equipas;
Encarregados de Cantinas;
Administradora dos SAS e
seus dirigentes
intermédios; responsáveis
setoriais.
Objetivos
Apresentar os resultados relativos a 2013;
apresentar os resultados às auscultações de partes
interessadas ocorridas em 2013; apresentar o
plano de ação dos SASUC para 2014; prestar
informações diversas.
Apresentar relatório de atividades de 2013;
apresentar as linhas estratégicas do plano de
atividades em 2014; analisar os resultados obtidos
até ao mês de setembro; prestar informações
diversas.
Foram também promovidas diversas reuniões setoriais, para alinhamento das equipas com
orientações estratégicas transversais e setoriais e gestão participada, através do fomento de momentos
planeados para debate alargado de temáticas específicas à atividade. Tal foi realizado aquando da análise de
resultados operacionais, de auditorias realizadas ou da auscultação de utentes através de inquéritos;
implementação de novas práticas de trabalho ou novas atividades.
São disso exemplo duas reuniões realizadas no âmbito da Divisão de Alimentação; uma nos Serviços
de Saúde e Gestão da Segurança no Trabalho; cinco nos Serviços de Apoio à Infância; uma no Serviço de
Catering e três reuniões plurissetoriais a respeito do apoio alimentar à Queima das Fitas – Quadro 11.3.
180 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 11.3. Reuniões setoriais em 2014, por datas/áreas, participantes e objetivos
Data/Área
01.04.2014
Catering
08.04.2013
Apoio à
Infância
29.04.2014
Alimentação
07.05.2014
Alimentação
15.05.2014
Apoio à
Infância
Destinatários
Administradora, Chefe da
Divisão de Alimentação,
Dinamizadora da
Qualidade/SASUC; Técnico
Informático; Coordenador da
Equipa do Serviço de Catering
Administradora, Diretor de
Serviços de Apoio ao
Estudante, Coordenadores
Pedagógicos da Creche e do
Jardim-de-Infância; Técnico
Informático do GSII; Técnica
do Gabinete de Apoio à
Gestão/ Comunicação
Administradora, Diretores de
Serviço de Apoio ao Estudante
e de Suporte à Atividade,
Chefes de Divisão de
Alimentação e de Compras e
Logística, Encarregados/as das
Unidades Alimentares, Técnica
do Gabinete de Apoio à
Gestão/ Comunicação
Diretora do Estádio
Universitário, Administradora,
Diretora de Serviço de
Suporte à Atividade, Chefe da
Divisão de Alimentação,
Coordenadora dos Serviços
de Oferta Integrada,
Encarregada da Cantina
Estádio Universitário, Técnica
do Gabinete de Apoio à
Gestão/ Comunicação
Administradora,
Coordenadores Pedagógicos
da Creche e do Jardim-deInfância; Técnico Informático
do GSII, Técnica do Gabinete
de Apoio à Gestão/
Comunicação
Assunto
Análise do relatório da auditoria interna realizada ao
Serviço de Catering;
Análise das oportunidades de melhoria decorrentes
da auditoria.
Preparação da primeira edição do ATL de Verão
(reunião #1):
Constituição da equipa de trabalho;
Definição do calendário e do horário;
Definição da faixa etária abrangida e do limite de
participantes.
Definição da data e modo de realização de
candidaturas.
Operação Queima das Fitas 2014 (reunião #1):
Definição dos moldes do apoio alimentar durante a
Queima das Fitas.
Operação Queima das Fitas 2014 (reunião #2):
Definição dos moldes do funcionamento da Cantina
Estádio Universitário durante a Queima das Fitas.
Preparação da primeira edição do ATL de Verão
(reunião #2):
Afinação da informação a veicular ao longo do
processo de inscrição; definição das atividades;
definição do preço.
181 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Data/Área
23.05.2014
Alimentação
09.07.2014
Apoio à
Infância
09.07.2014
Serviços de
Saúde e
Gestão da
Segurança
no Trabalho
05.09.2014
Apoio à
Infância
17.09.2014
Alimentação
13.11.2014
Alimentação
02.12.2014
Apoio à
Infância
Destinatários
Administradora, Diretores de
Serviço de Apoio ao Estudante
e de Suporte à Atividade,
Chefes de Divisão de
Alimentação e de Compras e
Logística, Encarregados/as das
Unidades Alimentares, Técnica
do Gabinete de Apoio à
Gestão/ Comunicação
Administradora, Chefe da
Divisão de Alimentação,
Coordenadores Pedagógicos
da Creche e do Jardim-deInfância, Técnica do Gabinete
de Apoio à Gestão/
Comunicação
Administradora, Todos os
elementos afetos aos Serviços
de Saúde
Assunto
Operação Queima das Fitas 2014 (reunião #3):
Rescaldo da operação;
Análise dos resultados operacionais;
Análise das oportunidades de melhoria e boas
práticas a implementar em próximas edições.
Administradora,
Coordenadores Pedagógicos
da Creche e do Jardim-deInfância, Técnica do Gabinete
de Apoio à Gestão/
Comunicação
Administradora, Diretor de
Serviço, Chefe de Divisão,
Encarregados, Gabinete de
Nutrição e Administradora,
Controlo Alimentar e área
administrativa da Divisão de
Alimentação.
Balanço da primeira edição do ATL de Verão.
Análise das oportunidades de melhoria a
implementar em edições futuras.
Decisão de voltar a realizar a iniciativa em 2015.
Administradora, Diretores de
Serviço, Chefe de Divisão da
Alimentação, Encarregados das
Cantinas: Químicas, S.
Jerónimo, Sala A,
Monumentais, Vermelhas e
CAP II.
Administradora,
Coordenadores Pedagógicos
da Creche e do Jardim-deInfância, Dinamizadora da
Qualidade.
Preparação da primeira edição do ATL de Verão
(reunião #3):
Ponto da situação relativamente a inscrições;
Aquisição de chapéus/bonés e t-shirts para os
participantes; definição das ementas e
aprimoramento das atividades a desenvolver.
Apresentação do novo responsável pela
Coordenação do Serviço aos demais elementos da
equipa de trabalho;
Enquadramento da reorganização deste Serviço.
Sensibilização para a gestão de stocks das unidades
alimentares;
Informação sobre a nova sala de corte e
embalamento de carne;
Informação sobre a reestruturação das equipas das
unidades alimentares;
Realização de balanço do serviço de catering até
31de agosto;
Informação sobre recurso a bolsa interna de
trabalhadores para futuros serviços de catering.
Análise da diminuição de refeições servidas durante
o mês de outubro.
Análise do relatório do inquérito à satisfação dos
encarregados de educação com os serviços de apoio
à infância dos SASUC, aplicado em junho;
Análise das oportunidades de melhoria decorrentes
do inquérito.
Também foi realizada 1 reunião da secção autónoma dos SAS do Conselho Coordenador de
Avaliação, no âmbito do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública
(SIADAP). Em 2014, esta secção foi constituída pela Administradora dos SAS; pelo Diretor de Serviços de
Apoio ao Estudante; pela Diretora de Serviços de Suporte à Atividade; pelo Chefe de Divisão Administrativa,
182 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Financeira e de Recursos Humanos e pela Chefe de Divisão de Acolhimento e Integração. Contou também
com o apoio técnico de um elemento do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos e um elemento do
Gabinete de Apoio à Gestão – Apoio Jurídico – Quadro 11.4.
Quadro 11.4. Reuniões da secção autónoma dos SAS do Conselho Coordenador de Avaliação
Data
Assunto
12.02.2014
Ponto da situação da avaliação relativa ao biénio 2013/2014.
Os trabalhadores dos SAS tiveram oportunidade de conviver fora do contexto habitual de
trabalho, em mais uma edição da Festa de Reis, que juntou atuais e antigos colaboradores e respetivas.
183 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.4 QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA
A gestão dos processos de qualidade e melhoria contínua dos serviços prestados pelos SAS é
assegurada no âmbito das competências do Gabinete de Apoio à Gestão, previstas no artigo 5.º, alíneas a),
f) e i) do Regulamento Orgânico dos SAS.
Este processo é gerido em estreita articulação com a Administração da UC, concretamente com a
Divisão de Avaliação e Melhoria Contínua (DAMC), com competências diretas na dinamização e
operacionalização do Sistema de Gestão da Qualidade da UC (SGQ-UC). Subentende ainda a articulação
com os processos de planeamento estratégico da UC e dos SAS, considerando, quer o alinhamento entre
os objetivos da qualidade e os definidos no âmbito daquele processo de planeamento, quer o processo de
monitorização de desempenho do sistema.
11.4.1 DESENVOLVIMENTO DO SGQ-UC NOS SAS
Os Serviços de Ação Social da UC, enquanto uma das unidades e serviços centrais da Universidade
de Coimbra, partilham as mesmas linhas orientadoras do sistema de gestão da qualidade implementado na
Universidade de Coimbra. A adequação do sistema de gestão dos SAS a estes princípios decorre da
aprovação do Regulamento Geral (Regulamento n.º 81/2012, de 17 de fevereiro) e do Regulamento
Orgânico (Regulamento n.º 122/2012, de 16 de março, alterado pelo Despacho n.º 4707/2014, publicado
em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril) destes Serviços, que vieram definir princípios gerais
de governação e de gestão no atual contexto legislativo estatutário.
Em 2013 formalizou-se o alargamento do SGQ a toda a estrutura da UC, tendo-se constituído o
órgão máximo deste sistema: o Conselho da Qualidade. Este Conselho é nomeado pelo Reitor da UC, que
preside, e é constituído por dois Vice-Reitores, Administrador da UC; Administrador dos SAS; um elemento
das Unidades Orgânicas da UC (Diretor ou representante), um elemento da DAMC, um representante dos
trabalhadores não docentes e dois representantes dos estudantes.
No âmbito da gestão deste processo, o ano de 2014 foi fortemente marcado pela participação dos
SAS no processo de auditoria ao SGQ-UC pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
(A3ES). Desta participação decorreram desenvolvimentos relevantes do SGQ-UC nos SAS, designadamente
ao nível da gestão documental e desenvolvimento/formalização dos processos de gestão assegurados no
âmbito das competências dos SAS.
A participação dos SAS neste processo de auditoria concretizou-se no envolvimento dos serviços:

nos trabalhos preparatórios de autoavaliação do SGQ-UC (Conselho da Qualidade de
julho de 2013 e reuniões da equipa responsável pela elaboração do guião de autoavaliação
submetidos à Agência, que decorreram nos meses de fevereiro e março de 2014);

no acompanhamento e desenvolvimento de ações de melhoria visando processos de
gestão dos SAS, identificadas na sequência da autoavaliação realizada ao sistema (foram
criados 2 tickets no Sistema Integrado de Melhorias da UC – SIM@UC – com as OM
184 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
identificadas neste processo – desenvolvimento dos processos do P074 e articulação de
Sistemas de Informação SAS e UC);

na participação em reuniões preparatórias parcelares com os interlocutores designados
para as reuniões setoriais com a Comissão de Avaliação Externa (CAE) da A3ES;

na participação na reunião do Conselho da Qualidade para aprovação da revisão da
Política da Qualidade da UC, em setembro de 2014;

na participação em reuniões com a CAE da A3ES em novembro de 2014;

na participação em reuniões de acompanhamento e follow up do processo de avaliação,
pós apresentação do relatório oral da CAE, para avaliação e identificação de ações de
melhoria do SGQ-UC.
Decorrendo deste exercício de melhoria contínua do SGQ-UC e das alterações aos Regulamentos
dos SAS e da Administração da UC, em abril de 2014, salientam-se ainda as revisões introduzidas no Manual
do Sistema de Gestão (MSG) e na Política da Qualidade UC, principais documentos orientadores do SGQUC. Nestes processos, destaca-se a colaboração dos SAS, em agosto de 2014, na revisão do MSG,
designadamente na descrição dos processos de apoio à comunidade universitária e de promoção da
responsabilidade social da UC. Para a divulgação da Política da Qualidade UC nos SAS, além da sua inclusão
no website dos SAS, foi também elaborada comunicação interna da Administradora dos SAS, emitida no final
de setembro de 2014 e dirigida a todos/as trabalhadores/as.
GESTÃO DOCUMENTAL
O processo de gestão documental nos SAS sofreu alterações consideráveis em 2014, com a
autonomização dos SAS para a gestão da documentação específica de processos geridos no âmbito das suas
competências e construção e disponibilização, em junho de 2014, de um repositório de documentos do
SGQ-UC específico para os SAS, disponível na área de acesso restrito do website da UC: a diretoria
MOS|SASUC.
Esta alteração veio responder às necessidades específicas de integração dos SAS no SGQ-UC,
decorrentes da sua autonomia administrativa e financeira. Até aqui a gestão documental dos processos de
apoio ao estudante (integrados no macroprocesso P074 do SGQ-UC) era assegurada pela DAMC com a
colaboração direta dos SAS, tendo-se criado um sistema de gestão documental provisória dos SAS para
responder a necessidades de documentação específica e referente a processos de suporte à atividade dos
SAS. Esta solução revelou-se pouco eficiente, obrigando os/as trabalhadores/as dos SAS a utilizar dois
repositórios (MOS|UC e Intranet SASUC) para consulta e utilização de documentação do sistema de gestão.
Com a criação de um repositório único – MOS|SASUC – a documentação de todos os processos
geridos no âmbito das competências dos SAS ficou centralizada e com codificação uniforme, sendo a sua
gestão assegurada de acordo com o P001 – Gestão de Documentos Internos.
Decorrendo desta alteração e da revisão ao Regulamento Orgânico dos SAS, houve necessidade
de rever e recodificar toda a documentação até aí criada/disponibilizada, destacando-se a revisão ao
macroprocesso integrado mapa de processos do SGQ-UC, cuja gestão passou a ser assegurada
185 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
exclusivamente pelos SAS – o P074 – cuja designação foi alterada para Apoio à Comunidade Universitária,
com a integração de processos transversais a toda a estrutura UC ao nível da prestação de serviços de
saúde e de gestão da segurança no trabalho.
Em termos de organização global da documentação, optou-se por manter o P074 – Apoio à
Comunidade Universitária integrado no MOS|UC (enquanto macroprocesso integrado no mapa de
processos do SGQ-UC) com a indicação da disponibilização de todos os procedimentos que compreende
na diretoria MOS|SASUC. Na estruturação desta diretoria foram compreendidas as oito áreas de apoio à
comunidade universitária definidas no P074, tendo ainda sido previstas 8 áreas para definição dos processos
de suporte no âmbito dos SAS – Figura 11.5.
Figura 11.5. Estrutura da Diretoria MOS|SASUC
De junho a dezembro de 2014 (desde que a diretoria MOS|SASUC foi criada), foi integrada neste
repositório a seguinte documentação:

5 Procedimentos no âmbito do apoio à comunidade universitária (integrados no P074);

3 Instruções de Trabalho: uma no âmbito do apoio à comunidade universitária e duas de
processos de suporte à atividade;

61 Impressos.
No âmbito do acompanhamento das ações de melhoria identificadas para a melhoria do SGQ-UC
na sequência do exercício de avaliação pela A3ES foi ainda realizada uma calendarização para o
desenvolvimento e formalização dos processos integrados no P074, ação que foi integrada no Plano de
Atividades SAS 2015.
186 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
AUDITORIAS INTERNAS DO SGQ-UC AOS SAS
O SGQ-UC, no âmbito do macroprocesso P062 – Gestão, Manutenção e Melhoria do Sistema de
Gestão, compreende o processo P004 – Auditorias. Este processo é gerido pela DAMC e compreende
auditorias ao SGQ, auditorias a processos e auditorias gerais. As auditorias gerais têm como objetivo
verificar o grau de implementação do SGQ e o cumprimento dos níveis de resposta definidos.
Tendo como objetivo a realização de um diagnóstico prévio aos processos geridos pelos SAS e a
recolha de contributos adicionais para a organização e formalização de procedimentos dos SAS no SGQUC, foram integradas no Programa de Auditorias Internas da Qualidade de 2014 quatro auditorias internas
– Quadro 11.5.
Quadro 11.5. Auditorias Internas da Qualidade 2014 visando processos dos SAS
Processo visado
Data de realização
Ações desencadeadas
Serviços de Catering
25-03-2014
8 Oportunidades de Melhoria
1 Área Sensível
Alojamentos
20-06-2014
10 Oportunidades de Melhoria
Integração e Aconselhamento
14-10-2014
8 Oportunidades de Melhoria
Gestão de Recursos Humanos
09-12-2014
6 Oportunidades de Melhoria
Decorrendo dos processos de auditoria realizados nos SAS desde 2012 (9 Auditorias Gerais até
dezembro de 2014), foram criados, no Sistema Integrado de Melhorias da UC (SIM@UC), 70 tickets para
acompanhamento e monitorização das ações de melhoria identificadas no âmbito destes processos, 28 dos
quais gerados na sequência dos processos realizados em 2014.
Desses 70 tickets, apenas 8 foram considerados resolvidos no sistema, identificando-se a existência
de tickets não resolvidos por falta de acompanhamento regular destes processos.
Tendo-se constatado esta fragilidade e considerando a importância extrema do acompanhamento
de ações identificadas no âmbito da gestão de processos de melhoria contínua para o encerramento do
ciclo PDCA – Plan, Do, Check, Act -, aquando da elaboração do Plano de Atividades SAS 2015, além de terem
sido consideradas ações compreendidas no planeamento estratégico, foram analisadas, por processo de
gestão, as ações de melhoria identificadas em SIM@UC, tendo as mesmas sido integradas no referido Plano.
Além desta ação, foram também definidos mecanismos para controlo deste processo, integrandose nas atividades do Gabinete de Apoio à Gestão monitorizações periódicas (semestrais) dos tickets não
resolvidos em SIM@UC.
187 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.4.2 GESTÃO DE ELOGIOS, SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES (SIM@UC)
Na ótica da harmonização de processos do SGQ-UC à estrutura orgânica dos SAS, encontra-se
definido, desde maio de 2012, o circuito interno de gestão de sugestões e reclamações visando os SAS
(adaptado a partir do P005-Ferramentas de Melhoria Contínua), que pressupõe a centralização e a
tramitação de todas as sugestões e reclamações visando os SAS no Sistema Integrado de Melhorias da UC
(SIM@UC).
Em 2014 salienta-se a inclusão do registo e tratamento de elogios em SIM@UC. Esta melhoria
neste processo de gestão foi formalmente comunicada pela DAMC em outubro de 2014, passando as
páginas web da UC a incluir um botão “Elogios/Sugestões/Reclamações”, substituindo o anterior que apenas
previa sugestões e reclamações – Figura 11.6.
Figura 11.6. Referência Website a receção de Elogios/Sugestões/Reclamações
No mesmo sentido e decorrente de sugestão recebida em janeiro de 2014, nos SAS foi ainda
concebido um Livro do Elogio – suporte equivalente ao Livro de Reclamações para permitir, de igual forma,
o registo físico de elogios/satisfações/louvores por parte dos/as utentes. Esta medida, apenas implementada
no início de 2015, visa contribuir para a motivação e incentivo de boas práticas dos/as trabalhadores/as dos
SAS, que podem ver reconhecida (fisicamente) a satisfação dos/as utentes com os serviços que lhes são
prestados.
Em 2014, na sequência do processo de gestão de elogios/sugestões/reclamações, foram registados
em SIM@UC 105 tickets (mais 69 – 192% - do que em 2013):

23 elogios;

55 reclamações;

13 sugestões;

14 ações de melhoria desencadeadas pelo SGQ-UC na sequência da tramitação de
sugestões/reclamações, reuniões com trabalhadores dos SAS e processos de auscultação
de partes interessadas.
Pela primeira vez desde 2012 foram registados elogios visando os apoios e serviços disponibilizados
pelos SAS à comunidade UC, cuja distribuição por serviço visado se apresenta no Figura 11.7.
188 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Figura 11.7. Elogios aos SAS registados em SIM@UC em 2014, por serviço/apoio visado
serviços de
apoio à
infância
4%
oferta alimentar
cantinas e bares
4%
oferta
alimentar
restaurantes
universitários
22%
serviços de
alojamento
26%
serviços de
catering
44%
Constata-se terem sido os serviços/apoios alimentares os mais elogiados, com particular destaque
para os Serviços de Catering (10 elogios, um dos quais abrangendo o Centro Cultural D. Dinis). Ao nível
dos restaurantes universitários foram visados a Casa da Pedra (4 elogios) e o Colégio de Jesus (1 elogio). A
única cantina visada com elogio registado em SIM@UC foi a S. Jerónimo (1 elogio). Os serviços de
alojamento foram alvo de 6 elogios (4 referindo a Residência Observatório; 1 a Residência Pedro Nunes e
1 a gestão do alojamento em residências universitárias na sua generalidade). Além destes serviços, registouse ainda um elogio visando os serviços de apoio à infância.
Foram registadas 55 reclamações, cuja distribuição por serviço visado se apresenta no Figura
11.8.
Figura 11.8. Reclamações aos SAS registadas em SIM@UC em 2014, por serviço/apoio visado
comunicação/w
ebsite;
2; 4%
bolsas de estudo; 2; 3%
PASEP;
1; 2%
serviços de
alojamento;
17; 31%
serviços de
apoio à infância;
2; 4%
serviços de
alimentação;
28; 51%
serviços de
saúde;
3; 5%
Como nos elogios, também nas reclamações se verifica maior número de registos visando os
serviços de alimentação, destacando-se reclamações visando o CAP II (12 reclamações); REU (3); Luzio Vaz
(3); S. Jerónimo (2); Químicas (1); Sala A (1); e gerais (6). Na sua maioria, as reclamações visando o CAP II
expuseram problemas relacionados com o tempo de espera nas filas para atendimento e problemas de falta
de géneros. Nos serviços de alojamento registaram-se reclamações visando as residências Polo III (5);
António José de Almeida (3); Santos Rocha (2); Pedro Nunes (1); Polo II-1 (1); Teodoro (1) e gerais (4).
189 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Na sua maioria, a tramitação destes tickets deu origem a ações de melhoria (corretivas ou
oportunidades de melhoria), registando-se também 9 reclamações improcedentes (2 referentes a bolsas, 4
a alojamentos e 3 a alimentação). Nestes casos o tratamento realizado consistiu na clarificação, junto do/a
reclamante, dos procedimentos e regulamentos que deram origem à situação exposta.
Em 2014, registam-se ainda 13 sugestões, 9 visando os serviços de alimentação; 3 visando processos
de melhoria contínua e 1 visando a gestão do PASEP. Foram considerados resolvidos 11 dos tickets
registados como sugestões, mantendo-se 2 em aberto até implementação das ações de melhoria
identificadas. Dos 11 tickets resolvidos, destaca-se a implementação das seguintes ações de melhoria:
implementação do Livro do Elogio; disponibilização de informação para utentes com intolerâncias
alimentares; instalação de segundo terminal de pagamento no bar da FLUC, reforço da equipa e sinalética
visando melhor gestão das filas para atendimento; implementação de pagamentos com recurso a tecnologia
contactless; preparação de ação de sensibilização para a redução de desperdícios alimentares; colocação de
toldo na cantina S. Jerónimo; disponibilização de pratos para pizzas (maiores) na cantina Monumentais e
disponibilização de oferta de sumo de laranja no bar do DEI. A sugestão visando a gestão do PASEP não foi
considerada viável. As ações em aberto prendem-se com a necessidade identificada de revisão do inquérito
utilizado no processo de auscultação sobre a oferta alimentar dos SAS (que será revisto em 2015) e com o
desenvolvimento da App IES+Perto (para viabilizar o funcionamento da App “Ementas UC” em sistemas
IOS e não apenas Android).
Visando o processo de melhoria contínua dos serviços prestados, foram ainda identificadas, em
2014, 13 ações de melhoria, 3 das quais já implementadas e 2 consideradas não viáveis após avaliação
posterior – Quadro 11.6.
Quadro 11.6. Ações de melhoria identificadas em SIM@UC (excluindo OM de processos de auditorias), em 2014
Ações de Melhoria
Definição do circuito dos pedidos de senhas
Adaptação e implementação nos SAS do P008 –
Conceção de serviços de interface com o cliente.
Definição do SAS_P013 – Alojamento de grupos
Definição do SAS_P012 – Regime de alojamento
de mobilidade
Conceção de material de divulgação da oferta de
pastelaria dos SAS
Conceção de impresso para requisição de artigos
de pastelaria
190 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Estado de Implementação
Fase inicial
Apresentada proposta de impressos
para aplicar aos SAS em fevereiro de
2014. Considerou-se que o
desenvolvimento do SGQ nos SAS
ainda não tem maturidade suficiente
para adotar o procedimento.
Ação integrada no Plano de Atividades
SAS 2015
Ação integrada no Plano de Atividades
SAS 2015
Realizada: Catálogo de produtos de
pastelaria já disponível no website SAS
Realizada: impresso disponível no
website e MOS|SASUC
Ações de Melhoria
Revisão de impresso para registo de não
conformidades – processo higiene e segurança
alimentar
Assegurar período de indisponibilização de lugares
nas residências que asseguram serviços de
alojamento nos meses de verão para garantir a
limpeza dos espaços em momento prévio à
ocupação no início do ano letivo.
Alargamento de horário de funcionamento à 5.ª
feira de todas as cantinas que asseguram serviço de
jantar
Definição do processo de gestão de stocks do
armazém central e distribuição
Implementação de processo de auscultação para o
processo de apoio a estudantes com NEE
Reforço de oferta snack no S. Jerónimo
Alargamento da oferta de Bife às Vermelhas
Estacionamento na cantina Vermelhas
Revisão do SAS_P001 - PASEP
Estado de Implementação
Realizada: impresso disponível no
MOS|SASUC
Avaliar no início do ano letivo 2015/16
Avaliada posteriormente como não
viável
Em curso – desenvolvimento de ERP
GIAF para melhorar controlo do
processo
Ação integrada no Plano de Atividades
SAS 2015
Implementada
Implementada
Em avaliação
Em curso
191 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.4.3 AUSCULTAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS
O processo de auscultação das partes interessadas obedece ao circuito definido no P007 do SGQUC. Em 2014 foram realizados 5 processos de auscultação – Quadro 11.7.
Quadro 11.7. Síntese dos resultados dos processos de auscultação SAS 2014
Questionário
Inquérito à satisfação do cliente
da Unidade de Gestão de
Espaços e Limpeza
Avaliação da Consulta de
Medicina de Viagem da UC
Inquérito de Avaliação da
Satisfação dos/as Encarregados/as
de Educação com os Serviços de
Apoio à Infância dos SASUC
Hábitos de utilização e satisfação
com a oferta alimentar dos
SASUC
Inquérito à Satisfação do Cliente
dos Serviços de Catering dos SAS
Resultados Processos Auscultação 2014
Datas da
N.º de Respostas
Objetivo
Recolha
(% de respostas)
Medir o grau de
satisfação dos
requerentes de
atividades da DOISUGEL
Avaliação da perceção
dos/as utentes sobre a
utilidade da consulta e a
qualidade da informação
disponibilizada
Medir o grau de
satisfação com os
serviços prestados
Conhecer os hábitos de
utilização e medir o
grau de satisfação da
comunidade
universitária com a
oferta alimentar das
cantinas, bares e
restaurantes
universitários
Medir o grau de
satisfação dos clientes
relativamente aos
serviços de catering
prestados pelos SAS
Tx. de
Satisfação
5 a 13 de março de
2014 (referência ao
ano civil 2013)
18 respostas (51%)
94%
Limpeza –
89%;
Portaria –
94%
9 a 20 de maio de
2014
53 respostas (53%)
n.a.
16 a 30 de junho de
2014
63 respostas (47,7%)
84%
17 a 27 de
novembro de 2014
1597 respostas (6%)
65%
Contínuo
160 respostas (53%)
82%
Destaca-se, em 2014, a preocupação dos SAS na divulgação dos resultados obtidos nestes
processos junto da população auscultada. Internamente, deu-se continuidade ao processo de análise e
discussão dos resultados obtidos com os intervenientes dos processos visados na avaliação, com o objetivo
de identificar oportunidades para a melhoria dos serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC.
No final do ano procedeu-se ainda à identificação de necessidades de auscultação para 2015, tendose integrado dois novos processos: para avaliação dos serviços de apoio a estudantes com NEE (ação de
melhoria identificada no âmbito do exercício de preparação da auditoria ao SGQ-UC pela A3ES) e para
avaliação do PASEP pelos intervenientes (UO/Serviços que apresentam propostas de ofertas de atividade e
Estudantes que beneficiam destes apoios).
192 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
11.4.4 MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE E DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Para a monitorização dos processos de gestão dos SAS têm sido desenvolvidos esforços visando a
definição de indicadores de gestão e a estabilização de fontes de informação para assegurar o reporte
periódico e contínuo de informação de apoio à gestão.
Durante o ano de 2014 conseguiu assegurar-se a recolha e tratamento periódico (mensal) de dados
para aferir indicadores para a monitorização da atividade dos serviços de alimentação, garantindo a
atualização e disponibilização regular do Tableau de Bord Alimentação aos órgãos de gestão dos SAS.
Salienta-se ainda, a par da elaboração do Relatório de Gestão 2013, a elaboração do Relatório de
Atividades SAS 2013, documento onde se procurou descrever detalhadamente a atividade dos SAS em
2013, apresentando-se e analisando-se os principais indicadores de gestão aferidos para a totalidade dos
processos destes Serviços. Este exercício revelou-se extremamente importante, não só para a organização
da informação de apoio à gestão, como para a reflexão sobre o desenvolvimento dos processos geridos no
âmbito das competências dos SAS.
Na sequência deste exercício e considerando a necessidade de alinhar a atividade dos SAS com o
Planeamento Estratégico da UC, foi ainda elaborado o Plano de Atividades SAS 2013.
Deu-se continuidade ao acompanhamento do planeamento estratégico definido para os SAS,
reportando-se semestralmente à Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento da Administração da
UC indicadores e informação complementar, no âmbito do macroprocesso “P063 – Planeamento e
Avaliação” do SGQ-UC (com base no Guia de Orientação e impressos definidos para a Monitorização dos
Planos de Ação).
Por seu lado, em articulação com a DAMC, tem sido disponibilizada informação de indicadores de
gestão para reporte no âmbito da participação da UC em rankings universitários.
Em 2014 destaca-se também o contributo dos SAS para o plano de medidas de melhoria da gestão
da UC, apresentado na sequência da publicação em Diário da República do Despacho 9038/2014, do
Secretário de Estado do Ensino Superior, com a elaboração de ficha de medida “Garantir as melhores
condições: a segurança das residências da UC”, que visava assegurar o controlo efetivo da ocupação física
das residências universitárias geridas pela UC, através da implementação de um sistema de controlo online
de acessos, ativado através do cartão de identificação da UC, com vista à melhoria contínua das condições
de segurança, dos processos de gestão e da qualidade da oferta de alojamento disponibilizada aos membros
da comunidade UC.
193 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
CAPÍTULO II
PRESTAÇÃO DE CONTAS
12 PRESTAÇÃO DE CONTAS
Neste capítulo é apresentada a execução orçamental, sendo ainda analisada a situação económica
e financeira dos SAS em 2014 com base no Balanço e Demonstração dos Resultados referentes ao ano
económico de 2014.
É também analisado o investimento realizado neste ano económico nos SAS.
197 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
12.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
Os SAS, enquanto Instituição Pública, apresentam uma estrutura orçamental, ao nível da receita,
com quatro fontes de financiamento (FF): Orçamento do Estado; Autofinanciamento, Transferências do
subsetor e Fundo Social Europeu.
RECEITA
As fontes de financiamento da atividade dos SAS, entendidas como receitas que proporcionaram,
no decorrer do ano de 2014, a execução e desenvolvimento das atividades dos SAS, são:
A) Receitas Gerais - Orçamento do Estado – FF311
B) Receitas Próprias – Autofinanciamento – FF510
C) Transferências do subsetor – FF540
D) Fundo Social Europeu – FF442
Os SAS dispuseram, em 2014, de um orçamento que ascendeu a 10.639.304,62€ para realizar as
suas atividades de prestação de serviços com vista ao cumprimento da sua missão, acrescido do saldo de
gerência que transitou de 2013 no montante de 139.801.97€.
As receitas efetivas obtidas em 2014 ascendem ao montante global de 10.779.106,59€, com a
seguinte distribuição por fonte de receita – Quadro 12.1.
199 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 12.1. Fontes de financiamento dos SAS, em 2013 e 2014
OE - MCTES (FF311)
Corrente
Capital
Total
Receita Própria (FF510)
Alojamento
Alimentação
Apoio à Infância
Serviços Médicos
Outros
Total
Outros Org. (FF540)
UC
UGEL
Outros
Reforço
NIA
Fundo Apoio Social
PASEP
Outros
IEFP
2014
Total
4.785.333,00€
0,00€
688.704,02€
0,00€
5.474.037,02€
2014
4.785.333,00€
688.704,02€
1.209.281,58€
3.312.113,88€
254.938,54€
35.307,43€
39.228,63€
1.128.268,13€
3.104.185,69€
232.589,69€
38.372,42€
19.001,02€
81.013,45€
207.928,2€
22.348,85€
- 3.064,69€
20.227,61€
4.850.870,06€
2014
4.522.416,95
328.453,11€
2013
Variação
0,00€
0,00€
0,00€
0,00€
300.500,00€
6. 435,98€
473.032,17€
5.641,13€
0,00€
135.671,52€
250.000,00€
0,00€
-473.032,17€
- 5.641,13€
0,00€
-135.671,52€
50.500,00€
6.435,98€
0,00€
962,40€
3.455,08€
0,00€
-3455,08€
962,40€
307.898,38€
867.799,90€
-559.901,52€
Total
Saldos Gerência
TOTAL
2013
2014
POPH
Total
Variação
5.474.037,02€
0,00€
Fundação Belmiro de
Azevedo
Fundo Social Europeu
2013
Variação
2013
Variação
6.499,16€
0,00€
6.499,16€
6.499,16€
0,00€
6.499,16€
10.639.304,62€
10.175.549,85€
463.754,77€
139.801,97€
76.137,20€
63.664,77€
10.779.106,59€
10.251.687,05€
527.419,54
A receita efetiva obtida encontra-se distribuída de acordo com as seguintes fontes de
financiamento:
i.
Receitas Gerais - Orçamento do Estado – FF311 – Quadro 12.2.
Quadro 12.2. Receitas Gerais - Orçamento do Estado – FF311
2014
2013
Variação
Corrente
Capital
5.474.037,02€
0,00€
4.785.333,00€
0,00€
688.704,02€
0,00€
Total
5.474.037,02€
4.785.333,00€
688.704,02€
OE - MCTES (FF311)
200 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Comparando os valores de 2014 com os valores do ano anterior, verifica-se um aumento de
688.704,02€ na receita proveniente do Orçamento de Estado. Este acréscimo ocorreu como forma de
simplificação das contrapartidas geradas da UC para os SAS pela atividade da Unidade de Gestão de Espaços
e Limpeza e pelo Núcleo de Integração e Aconselhamento (equipa afeta à gestão do processo de apoio a
estudantes com necessidades educativas especiais), até aqui materializadas via Transferências do Subsetor.
B) Receitas Próprias – Autofinanciamento – FF510 – Quadro 12.3.
Quadro 12.3. Receitas Próprias – Autofinanciamento – FF510
Receita Própria
(FF510)
Alojamento
Alimentação
Apoio à Infância
Serviços de Saúde
Outros
Total
2014
2013
Variação
Abs.
%
1.209.281,58€
3.312.113,88€
254.938,54€
35.307,43€
39.228,63€
1.128.268,13€
3.104.185,69€
232.589,69€
38.372,42€
19.001,02€
81.013,45€
207.928,19€
22.348,85€
-3.064,99€
20.277,61€
7,18
6,70
9,61
-7,99
106,72
4.850.870,06€
4.522.416,95€
328.453,11€
7,26
Na Fonte de Financiamento Receitas Próprias, existem diferentes ilações a retirar, consoante o
setor em análise:
Nos alojamentos, no ano em apreço, verificaram-se resultados positivos (variação positiva de 7,18%
face à receita arrecadada em 2013), decorrentes da receita gerada pelo aumento da taxa de ocupação em
2014 (de cerca de 7,52 pontos percentuais).
Na alimentação, pese embora a ligeira diminuição verificada no número de refeições servidas, o
aumento da oferta/procura de refeições de tipologia snack e de restaurante universitário, bem como o
aumento da receita associada a serviços de catering, contribuíram para um aumento global da receita deste
setor, na ordem dos 6,70%.
No apoio à infância registou-se um aumento da receita arrecadada em 2014 face a 2013 decorrente
do aumento do número de inscrições no Jardim de Infância e da realização do ATL de Verão.
Os Serviços de Saúde apresentaram uma diminuição da receita devido à redução do número de
especialidades e, consequentemente, do número de atos clínicos realizados em 2014 face a 2013.
Na rubrica “Outros”, incluem-se as receitas geradas no âmbito da atividade do Centro Cultural D.
Dinis, Espaço Costura, venda de sucata e de óleos usados, aluguer de espaços, penalizações por
incumprimento do Regulamento Geral das Residências Universitárias, designadamente estragos de mobílias
e equipamentos disponibilizados nas residências, entre outros.
201 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
C) Transferências do Subsetor – FF540 – Quadro 12.4.
Quadro 12.4. Transferências do Subsetor – FF540
2014
Outros Org. (FF540)
UC
UGEL
Outros
Reforço
NIA
Fundo Apoio Social
PASEP
Outros
IEFP
Variação
0,00€
0,00€
0,00€
0,00€
300.500,00€
6.435,98€
473.032,17€
5.641,13€
0,00€
135.671,52€
250.000,00€
0,00€
- 473.032,17€
- 5.641,13€
0,00€
- 135.671,52€
50.500,00€
6.435,98€
0,00€
3.455,08€
- 3.455,08€
962,40€
0,00€
962,40€
307.898,38
867.799,90€
-559.901,52€
Fundação Belmiro de
Azevedo
Total
2013
A diminuição de receitas neste setor deve-se à diminuição de verbas transferidas pela UC, cuja
compensação se verificou ao nível da dotação pelo Orçamento do Estado.
D) Fundo Social Europeu – FF442 – Quadro 12.5.
Quadro 12.5. Fundo Social Europeu – FF442
FSE (FF442)
POPH
Total
2014
2013
Variação
6.499,16€
6.499,16€
0,00
6.499,16
0,00€
6.499,16€
A inclusão desta verba em 2014 decorre do acolhimento de um estágio ao abrigo do programa
PEPAC – Programa de Estágios Profissionais na Administração Central.
DESPESA POR FONTE DE FINANCIAMENTO
Na seguinte tabela é possível verificar, de forma global, as despesas realizadas durante o ano de
2014, devidamente distribuídas pelas respetivas fontes de financiamento – Quadro 12.6.
Quadro 12.6. Despesa global dos SAS, por fonte de financiamento, em 2013 e 2014
Despesa Global SAS
2014
2013
Variação
6.762.931,21€
3.136.433,60€
7.103.357,15€
2.801.958,80€
-340.425,94€
334.474,80€
439.506,77€
206.569,13€
232.937,64€
10.338.871,58
10.111.885,08€
226.986,50€
Despesas Correntes
Pessoal
Funcionamento
Despesas de Capital
Total
202 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
O decréscimo de despesas com RH decorre da aplicação da Lei do Orçamento do Estado e devidas
alterações, assim como da redução de 28 efetivos.
Por seu lado, o aumento de despesas de funcionamento encontra-se diretamente relacionado com
os investimentos realizados em 2014, bem como decorre do aumento de atividade e, por conseguinte, dos
consumos necessários para esse aumento.
203 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
12.2 SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
Conforme se pode constatar pela análise do Balanço – Quadros 12.7 e 12.8, em 2014 o
investimento “global” acumulado (ativo líquido) situou-se no valor de 30.876.117,03€ e foi financiado por
Fundos Próprios em 68,4%.
Quadro 12.7. Balanço 2013 – Ativo
Exercícios
ATIVO
2014
AB
Imobilizado:
Imobilizações incorpóreas:
Propriedade industrial e outros
433
direitos
421
422
423
424
425
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento e material básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
426
428/9
Equipamento administrativo
Outras imobilizações corpórea
442
Imobilizações em Curso de
Imob Corp
Circulante:
Existências:
Matérias primas, subsid. e de
36
consumo
211
229
24
26
Dívidas de terceiros - curto prazo:
Clientes C/C
Adiantamentos e fornecedores
Estado e outros entes públicos
Outros devedores
Depósitos em inst. financeiras
13
Conta no tesouro
Depósitos em instituições
12
financeiras
11
Caixa
272
Acréscimos e diferimentos
Custos diferidos
AL
AL
30.248,78 €
10.081,92 €
20.166,86 €
30.248,78 €
30.248,78 €
10.081,92 €
20.166,86 €
30.248,78 €
10.055.740,67 €
23.958.393,37 €
4.233.681,25 €
188.219,39 €
109.969,74 €
1.083.663,19 €
0,00 €
4.592.220,35 €
3.955.195,28 €
188.219,39 €
106.443,43 €
1.011.352,20 €
10.055.740,67 €
19.366.173,02 €
278.485,97 €
0,00 €
3.526,31 €
72.310,99 €
10.055.740,67 €
19.744.997,66 €
300.999,62 €
0,00 €
2.215,09 €
74.256,12 €
31.889,07 €
31.889,07 €
0€
0,00 €
324.247,42 €
0,00 €
324.247,42 €
0,00 €
39.985.804,10 €
9.885.319,72 €
30.100.484,38 €
30.178.209, 16 €
111.716,99 €
0,00 €
111.716,99 €
64.587,92 €
111.716,99 €
0,00 €
111.716,99 €
64.587,92 €
94.682,43 €
6,75 €
70,58 €
56.307,36 €
151.067,12 €
0,00 €
0,00 €
0,00 €
0,00 €
0,00 €
94.682,43 €
6,75 €
70,58 €
56.307,36 €
151.067,12 €
59.705,86 €
6,75 €
70,56 €
49.279,12 €
109.062,29 €
385.210,62 €
0,00 €
385.210,62 €
75.457,65 €
87.991,88 €
0,00 €
87.991,88 €
81.555,77 €
9.212,99 €
482.415,49 €
0,00 €
0,00 €
9.212,99 €
482.415,49 €
7.312,71 €
164.326,13 €
10.266,19 €
10.266,19 €
0,00 €
0,00 €
10.266,19 €
10.266,19 €
10.185,62 €
10.185,62 €
30.876.117,03 €
30 556 619,90 €
9.895.401,64 €
Total de Amortizações
Total do Ativo
AP
2013
40.771.518,67 €
204 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 12.8. Balanço 2014 – Fundos Próprios e Passivo
Exercícios
FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO
2014
2013
Fundos Próprios:
51
Património
26.955 398,27 €
26.955.398,27 €
26.955.398,27 €
26.955.398,27 €
485.539,68 €
485.539,68 €
485.539,68 €
485.539,68 €
-6.873.393,38 €
-6.796.681,75 €
506.239,87 €
-33.150,72 €
21.073.784,44 €
20.611.105,48 €
Reservas:
577
Reservas decorrentes da transf. de ativos
59
Resultados transitados
88
Resultado líquido do exercício
Total Fundos Próprios
Passivo:
Dívidas a terceiros - curto prazo:
269
Adiantamentos por conta de vendas
31.045,98 €
30.050,98 €
221
219
Fornecedores C/C
Adiant. De Clientes, Alunos e Utent
0,00 €
15.888,86 €
58,00 €
0,00 €
24
Estado e outros entes públicos
26.603,43 €
10.299,17 €
26
Outros credores
24.829,80 €
24.610,19 €
98.368,07 €
65.018,34 €
923.193,61 €
918.349,70 €
8.780.770,91 €
8.962.146,38 €
9.703.964,52 €
9.880.496,08 €
Total do Passivo
9.802.332,59 €
9.945.514,42 €
Total dos Fundos Próprios e Passivo
30.876.117,03 €
30.556.619,90 €
Acréscimos e diferimentos:
273
Acréscimos de custos
274
Proveitos diferidos
Do Balanço de 2014 importa realçar a necessidade de se proceder à transferência da UC de
património imobiliário, em utilização pelos SASUC, no âmbito da autonomia patrimonial conferida pela Lei
nº 62/2007, de 10 de setembro, igualmente reiterada no artigo 8º do Regulamento Geral dos SASUC
(Regulamento n.º 61/2012, publicado do diário da República, 2ª série, de 17 de fevereiro). Esta situação,
ainda não totalmente regularizada, produz impacto ao nível das rubricas relativas ao Imobilizado Corpóreo,
Património e Proveitos Diferidos.
Dado o peso destas rubricas do Balanço, a leitura é restritiva. Ainda assim, podemos aferir que as
disponibilidades cobrem a totalidade do exigível a curto prazo.
205 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A estrutura financeira dos SASUC a 31/12/2014 encontra-se, de facto, com equilíbrio financeiro,
por força da forte contenção orçamental e cumprimento dos objetivos e metas definidos, pelos órgãos de
governo, para o ano em apreço.
Graficamente, a estrutura, à data, tem a seguinte configuração – Figura 12.1.
Figura 12.1. Estrutura do Balanço 2014
Acresce referir que os SAS apresentaram um Resultado Líquido do Exercício positivo de
506.239,87€. Este resultado face ao ano anterior é fruto de uma gestão criteriosa dos recursos financeiros
dos SAS, da procura de alternativas à diminuição da procura dos serviços tradicionais prestados pelas
unidades de alimentação e aos fortes condicionalismos orçamentais. Contribuíram fundamentalmente para
este resultado positivo a abertura de dois novos espaços no setor de alimentação, bem como o incremento
da atividade de catering, assim como o aumento da taxa de ocupação no setor dos alojamentos.
CONTAS DE TERCEIROS

Dívidas de terceiros - respeitam essencialmente a dívidas de clientes e das transações entre
as entidades do Grupo UC. Realça-se o crescimento do saldo desta rubrica, decorrente do
grande aumento de atividade do catering no mês de dezembro, tendo ocorrido os
recebimentos já em 2015.

Dívidas a terceiros – é de realçar o decréscimo dos valores apresentados, resultante de todos
os pagamentos a fornecedores terem ocorrido dentro do ano económico, sem recurso ao
período complementar. Realçam-se ainda os saldos das contas 26- Outros credores, que
explicam, para além das transações entre as entidades do Grupo UC, as cauções em nossa
posse, decorrentes da aplicação do Regulamento Geral das Residências Universitárias dos
SAS (Regulamento n.º 398/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 184, a 21 de
setembro).
206 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Os saldos da conta 27- Acréscimos e Diferimentos, que visam salvaguardar o princípio da
especialização (ou do acréscimo), expressam essencialmente:

Os encargos com férias e subsídios de férias relativas a 2014 a pagar em 2015, relativos a
direitos adquiridos no ano de 2014.

Os recebimentos de verbas para financiar a aquisição de imobilizado (património
imobiliário) cujo reconhecimento do proveito e efetuado numa base sistemática à medida
que são contabilizadas as amortizações do exercício

O registo de diversos valores por contrapartida de custos, para salvaguarda do princípio
contabilístico da especialização, como eletricidade, gás, água e comunicação.
FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO
Os Fundos Próprios tiveram, em 2014, uma variação positiva de 462.678,96€ e um Resultado Líquido
do Exercício igualmente positivo de 506.239,87€ - Quadro 12.9.
Tal como já foi referido, também este grupo está influenciado pela não transferência para a UC da
totalidade do património imobiliário.
207 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Quadro 12.9. Demonstração dos resultados por natureza
Exercício
2014
Custos e Perdas:
61
2013
Custo Mercad. Vendidas e Mat. Consumidas:
Mercadorias
Matérias
62
2.575,51 €
1.275.007,60 €
Fornecimentos e Serviços Externos
0,00 €
1.277.583,11 €
1.246.192,05 €
1.474.750,52 €
1.307.491,65 €
5.362.606,28 €
5.704.928,77 €
1.246.192,05 €
Custos com pessoal:
641+642
Remunerações
643 a 648
Encargos sociais
Pensões
14.860,53 €
9.756,93 €
Outros
1.261.130,13 €
1.185.849,29 €
63
Transf. correntes concedidas e prest. sociais
332.751,20 €
66
Amortizações do exercício
524.713,08 €
67
Provisões do exercício
0,00 €
524.713,08 €
0,00 €
527.121,78 €
65
Outros custos e perdas operacionais
0,00 €
0,00 €
0,00 €
0,00 €
(A)
68
Custos e perdas financeiras
5.111,53 €
Custos e perdas extraordinários
17.781,28 €
Resultado Líquido do exercício
5.111,53 €
10.172.952,04 €
3.807,51 €
17.781,28
506.239,87 €
3.807,51 €
10.176.759,55 €
73.130,57 €
10.271.287,66 €
506.239,87 €
8.399.638,21 €
527.121,78 €
10.253.506,38 €
(E)
88
191.611,57 €
10.248.394,85 €
(C)
69
8.446.098,66 €
73.130,57 €
10.249.890,12 €
-33.150,72 €
10.777.527,53 €
-33.150,72 €
10.216.739,40 €
Proveitos e Ganhos:
Vendas e prestação de serviços:
711
Vendas
712
Prestação de serviços
72
Impostos e taxas
75
3.287.721,77 €
1.510.247,18 €
3.102.707,21 €
4.797.968,95 €
1.381.254,55 €
105,18 €
0,00 €
Trabalhos para a própria entidade
0,00 €
0,00 €
73
Proveitos Suplementares
0,00 €
0,00 €
74
Transferências e subsídios correntes obtidos:
0,00 €
0,00 €
5.764.185,55 €
5.513.277,36 €
741
742 a 743
76
Transferências - Tesouro
Outras
Outros proveitos e ganhos operacionais
0,00 €
(B)
78
Proveitos e ganhos financeiros
Proveitos e ganhos extraordinários
0,00 €
10.562.259,68 €
634,34 €
(D)
79
5.764.290,73 €
643.34 €
214.633,51 €
214.633,51 €
223,25 €
223,25 €
9.997.462.37 €
219.277,03 €
10.777.527,53 €
219.277,03 €
10.216.739,40 €
Resultados Operacionais: ( B ) - ( A ) =
313.864,83 €
-175.712,92 €
Resultados Financeiro: ( D - B ) - ( C - A ) =
- 4.477,19 €
- 3.584,26 €
Resultados Correntes: ( D ) - ( C ) =
309.387,64 €
-179.297,18 €
Resultados Liquido do Exercício: ( F ) - ( E ) =
506.239,87 €
-33.150,72 €
208 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
5.513.277,36 €
9.997.239,12 €
10.562.894,02 €
(F)
4.483.961,76 €
QUANTO AOS CUSTOS: ANÁLISE COMPARATIVA 2014/2013
Os custos dos SAS em 2013 e 2014 sintetizam-se no Quadro 12.10.
Quadro 12.10. Análise comparativa dos custos, em 2013 e 2014
2014
2013
Variação
Variação
(%)
Custo das merc. vendidas e das mat.
consumidas
1.277.583,11 €
1.246.192,05€
31.391,06 €
2,52%
Fornecimentos e serviços externos
1.474.750,52 €
1.307.491,65€
167.258,87 €
12,79%
Custos com o pessoal (Rem. e
Encargos Soc.)
Transferências correntes concedidas
6.638.596,94 €
6.900.534,99€
-261.938,05 €
-3,80%
332.751,20 €
191.611,57€
141.139,63 €
73,66%
Amortizações do exercício
524.713,08 €
527.121,78€
-2.408,70 €
-0,46%
Custos e perdas financeiras
5.111,53 €
3.807,51€
1.304,02 €
34,25%
Outros custos e perdas
extraordinárias
17.781,28 €
73.130,57€
-55.349,29 €
-75,69%
10.271.287,66 €
10.249.890,12€
21.397,54 €
0,21%
Total
Os acréscimos de custos mais significativos ocorreram ao nível dos fornecimentos e serviços
externos e transferências correntes concedidas.
Nos fornecimentos e serviços externos constata-se um acréscimo de cerca de 13%, decorrente
do aumento da atividade e consequente acréscimo de consumos energéticos e de combustíveis (aumento
das rotas de distribuição), aumento das rendas e alugueres (decorrentes da alteração ao coeficiente de
atualização anual das rendas) e custos associados a pequenas conservações e reparações ao nível dos
edifícios e do equipamento básico. Identificam-se ainda investimentos em roupa e calçado adequado para
os trabalhadores da Divisão de Alimentação, necessários para assegurar o cumprimento dos requisitos do
processo de higiene e segurança no trabalho.
Por seu lado, o aumento de cerca de 74% das transferências correntes concedidas encontra-se
relacionado com o aumento do valor de benefícios FAS atribuídos (em consequência da alteração do
Regulamento) e benefícios PASEP (que em 2013 não tiveram grande expressividade considerando que o
programa teve início no mês de dezembro).
Destaca-se ainda o acréscimo de custos verificados ao nível das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas, relacionado com o aumento do consumo de produtos alimentares (associados às
novas ofertas para os bares, restaurantes universitários e aumento do volume de serviços de catering), bem
como aumento dos consumos de produtos de higiene e limpeza (associado à atividade da UGEL
desenvolvida nos SAS).
O decréscimo de encargos com recursos humanos decorre da aplicação da Lei do Orçamento do
Estado e devidas alterações, assim como da redução de 28 efetivos, na sua maioria por motivos de
aposentação.
209 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
A redução de outros custos e perdas extraordinárias prende-se com regularizações pontuais
efetivadas em 2013, com impacto no valor identificado nesse ano.
QUANTO AOS PROVEITOS: ANÁLISE COMPARATIVA 2014/2013
Os proveitos dos SAS em 2012 e 2013 sintetizam-se no Quadro 12.11.
Quadro 12.11. Análise comparativa dos proveitos, em 2013 e 2014
2014
Vendas e prestação de
serviços
Variação
Variação
(%)
4.797.968,95 €
4.483.961,76 €
314.007,19 €
7,00 %
5.764.290,73 €
5.513.277,36 €
251.013,37 €
4,55 %
643,34 €
223,25 €
420,09 €
188,17 %
214.633,51 €
219.277,03 €
-4.643,52 €
-2,12 %
10.777.527,53 €
10.216.739,40 €
560.797,13 €
5,49 %
Transferências e subsídios
correntes obtidos
Outros Proveitos e ganhos
financeiros
Proveitos e ganhos
extraordinários
Total
2013
Da análise dos proveitos, constata-se um acréscimo nos proveitos de 5,49% decorrente
essencialmente de duas rubricas distintas:
I.
Pelo acréscimo na rubrica “Vendas e Prestação de Serviços” (7%), que reflete o aumento
da procura e, principalmente, da atividade do setor da alimentação e dos alojamentos.
II.
Pelo acréscimo na rubrica “Transferências e Subsídios Correntes Obtidos” (4,55%),
decorrente, essencialmente, da repartição do plafond do Orçamento do Estado entre a
UC e os SASUC.
RESULTADOS
O exercício de 2014 encerrou com resultados positivos de 506.239,87€, com a seguinte
segmentação:
Quadro 12.12. Resultados do exercício, em 2013 e 201a
2014
2013
€ 313.864,83
-€ 175.712,92
Resultados Financeiros
-€ 4.477,19
-€ 3.584,26
Resultados Correntes
€ 309.387,64
-€ 179.297,18
Resultado Líquido do Exercício
€ 506.239,87
-€ 33.150,72
Resultados Operacionais
210 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
Pela análise da demonstração de resultados do ano de 2014, constata-se que o Resultado Líquido
do Exercício foi de 506.239,87€. Importa realçar que este resultado líquido está influenciado pelo facto de
ainda não se ter concretizado a transferência para a UC da totalidade do património imobiliário registado
nas contas dos SAS, concretamente na parte correspondente às amortizações.
De realçar o facto de os resultados operacionais serem também positivos, decorrentes
essencialmente do decréscimo dos encargos com pessoal, influenciado não só pela aplicação da Lei do
Orçamento do Estado e devidas alterações, mas também pela redução de 28 efetivos.
211 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
12.3 INVESTIMENTO
Os SASUC, no âmbito da ação social universitária, desempenham um papel importante na
comunidade universitária, intervindo em áreas de apoio com enorme sensibilidade e impacto social. Neste
sentido, é fundamental a realização de investimentos que permitam fazer face a um conjunto de
necessidades, de quem usufrui desses serviços, bem como colocar à sua disposição os meios que garantam
condições dignas para, enquanto estudantes do ensino superior, estarem em igualdade de circunstâncias
com toda a comunidade.
Os investimentos realizados ao longo do ano de 2014 resultaram da capacidade dos SAS em
colmatar os cortes efetuados pelas transferências do OE com receitas próprias; destacam-se os esforços
desenvolvidos no sentido de procurar e aumentar as receitas próprias e dessa forma fazer face aos
investimentos necessários para o bom funcionamento das diferentes áreas. Só assim foi possível aos SASUC
assegurar condições para a realização plena da sua missão, contribuindo para a disponibilização de apoios e
serviços que garantam igualdade de oportunidades no acesso à UC e a frequência, com sucesso, do ensino
superior.
CARATERIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO INVESTIMENTO REALIZADO EM 2014
Os investimentos realizados ao longo do ano de 2014 ascenderam ao montante de 439.673,77€,
conforme dados do quadro seguinte: – Quadro 12.13.
Quadro 12.13. Distribuição do investimento por tipologia e setor dos SAS, em 2014
Alimentação
(€)
Eletrodomésticos
Equipamento Hoteleiro
1 162,31
Alojamentos
Apoio à
(€)
Infância (€)
Oferta
Integrada
(€)
Serviços
de Saúde
(€)
16 830,24
805,14
Material Informático
(hardware)
Material Informático
(software)
432,94
29 144,85
56 106,77
471,17
2 454,91
25 504,51
23 734,79
2 587,12
Outros
Total Geral
39,36
18 797,69
3 020,06
797,95
8 006,22
652,16
4 518,93
535,80
1 331,59
48,95
56,85
260 917,43
108 897,46
740,47
8 891,65
212 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
169,74
169,74
179,58
85 431,20
930,80
516,33
Mobiliário
Total SAS
(€)
203 582,46
Material de Escritório
Material de Som e Imagem
(€)
203 582,46
Equipamentos de Limpeza
Material de Manutenção
Outros
3 896,24
108,85
46 500,78
96 646,88
430,50
10 622,59
11 569,42
1 409,58
14 586,89
1 973,19
539,35
59 687,41
439 673,77
Da leitura do quadro apresentado, verifica-se que a maior representatividade do investimento foi
na área da Alimentação, com o valor de 260.917,43€ em renovação de equipamentos designados hoteleiros,
material de manutenção e material informático. Importa realçar a aquisição de duas centrais de frio, uma
para o CAP II e outra para o Complexo Central, assim como a aquisição de equipamentos para substituição
dos utilizados pelas Unidades Alimentares e ainda a aquisição de equipamentos necessários para fazer face
aos serviços que são solicitados no âmbito da atividade de Catering.
Na área dos Alojamentos, com o valor investido de 108.897,46€, procedeu-se a aquisição de
eletrodomésticos, à manutenção de equipamentos, à aquisição de material informático e mobiliário,
destacando-se a aquisição de dois sistemas de aquecimento centrais de águas para duas residências,
Residência António José de Almeida e Teodoro e a aquisição de um elevador para a Residência Padre
António Vieira.
Ao nível do investimento em material Informático, transversal a todas as áreas dos SASUC,
evidencia-se o investimento efetuado na melhoria do desempenho da rede de acesso à Internet nos edifícios
utilizados pelos SASUC
Realça-se ainda que o acréscimo em investimentos, no corrente ano económico, foi possível devido
ao bom desempenho dos SASUC no cumprimento da sua missão, com um forte impacto no acréscimo de
receitas próprias.
213 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
214 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
CONCLUSÃO
Com a aproximação do encerramento do ciclo de planeamento estratégico UC 2011-2015 e
preparação do novo ciclo de planeamento, a reflexão sobre a atividade desenvolvida pelos SAS, com base
nos respetivos indicadores de gestão, afigura-se essencial para a compreensão do caminho percorrido e
identificação de áreas a desenvolver, visando a consolidação do ajustamento do modelo de Ação Social na
UC às necessidades da comunidade universitária, em equilíbrio com as exigências de garantia de uma gestão
sustentável de recursos públicos.
Neste último ano de execução do Plano de Ação SAS 2011-2015, os resultados atingidos são
francamente positivos, quer na ótica da melhoria contínua dos serviços assegurados à comunidade UC, quer
na perspetiva de garantia da sustentabilidade da Ação Social na UC, resultados esses que permitem validar
o sucesso dos objetivos e iniciativas estratégicas definidos para estes Serviços.
Para os resultados alcançados, salientam-se igualmente os esforços, empenho e a criatividade dos
SAS e das suas pessoas no compromisso partilhado com a UC de assegurar à comunidade uma ação social
sustentável e de qualidade. Destacam-se ainda os contributos do projeto “Sustentabilidade na Ação Social”
na análise e identificação de respostas sociais alternativas ao modelo tradicional de ação social no Ensino
Superior, perspetivando uma Ação Social para a UC mais abrangente, que inclua, além das respostas sociais
vigentes que garantam o necessário equilíbrio entre sustentabilidade e equidade, princípios de cidadania
ativa e preocupações ambientais, alargando a direção da ação social à comunidade universitária e à sociedade
em geral, em benefício do desenvolvimento coletivo que desde sempre norteou a missão da UC.
No âmbito do desenvolvimento do modelo de Ação Social da UC e dos apoios e serviços
disponibilizados, salientam-se os esforços contínuos de ajustamento das respostas sociais asseguradas aos
estudantes, visando prevenir o abandono escolar e promover o sucesso académico. Neste domínio
destacam-se, em 2014, os acompanhamentos sociais realizados a estudantes com bolsa indeferida, a revisão
do Regulamento do FAS, a consolidação do PASEP e a definição de novas modalidades de apoio (DigitALL).
O impacto destas ações reflete-se, quer no aumento do número de estudantes apoiados, quer nos
montantes utilizados para a disponibilização desses apoios, perspetivando-se repercussões destas respostas
sociais mais abrangentes e ajustadas na promoção da integração e sucesso académico dos estudantes da
UC.
No mesmo sentido embora considerando as respostas alargadas a toda a comunidade UC,
destacam-se, em 2014, os resultados positivos alcançados pelos serviços de alimentação na implementação
da estratégia de diversificação da oferta, com a abertura de duas novas unidades alimentares, diversificação
das ofertas alimentares (salientando-se o sucesso das iniciativas “Operação Queima” e “Encontros de
Cozinhas do Mundo”), bem como o aumento do volume dos serviços de catering. Nos alojamentos, o
aumento da taxa de ocupação das residências universitárias traduz os esforços de divulgação e dinamização
desta modalidade de alojamento, ultrapassando obstáculos consideráveis relacionados com o estado das
infraestruturas. Por seu lado, as melhorias implementadas no processo de gestão dos serviços de apoio à
infância refletem-se, igualmente, nos bons resultados alcançados nesta valência de apoio. Nos serviços de
saúde destaca-se o reforço da resposta em especialidades onde a procura é mais significativa face à resposta
215 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
insuficiente do Serviço Nacional de Saúde (oftalmologia, medicina dentária, ginecologia/planeamento familiar,
psiquiatria).
As restrições orçamentais que, de ano para ano, tendem a agravar-se, têm resultado num esforço
permanente, por um lado na contenção da despesa, assegurando-se os financiamentos necessários às áreas
consideradas prioritárias, e por outro, na procura de novas oportunidades de desenvolvimento de
atividades, envolvendo a comunidade académica.
No que respeita à otimização de recursos na perspetiva da garantia da sustentabilidade, salientamse as atividades na base da revisão orgânica implementada em 2014, potenciada, não só pela dimensão da
atividade atingida no âmbito da oferta integrada de serviços dos SAS (essencialmente no que concerne às
atividades de limpeza e portaria), como pelas potencialidades de complementaridade dos serviços de saúde
da UC, não apenas enquanto serviço disponível a toda a comunidade UC, como pela otimização do processo
de saúde, segurança e higiene dirigido a trabalhadores do grupo UC.
Os bons resultados conseguidos nas atividades de apoio à comunidade universitária são
indissociáveis das melhorias que progressivamente se têm implementado nos serviços de suporte,
destacando-se as atividades asseguradas visando a centralização dos processos de gestão da receita, das
compras e da logística (designadamente pela centralização de atividades de preparação de géneros
alimentares e otimização de rotas de distribuição). Neste âmbito salientam-se igualmente as atividades
desenvolvidas na melhoria contínua dos sistemas de informação, dos processos de higiene e segurança
alimentar, de gestão de recursos humanos (com enfoque na dinamização da formação interna como resposta
a necessidades de desenvolvimento de competências específicas dos trabalhadores dos SAS) e de gestão da
manutenção de equipamentos e do edificado (designadamente pela realização de um diagnóstico global aos
edifícios geridos pelos SAS).
Os resultados alcançados em 2014 contribuíram ainda para um reforço no investimento, ação
absolutamente essencial para garantir mínimos de qualidade em equipamentos de utilização muito intensiva,
como são exemplo as residências universitárias ou as unidades alimentares, com consequências diretas na
melhoria contínua dos apoios e serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC.
Pese embora as naturais instabilidades decorrentes dos processos de gestão da mudança, as
reflexões decorrentes da análise do ano de 2014 apontam para resultados bastantes positivos e abrem
caminho para novas necessidades/desafios que urge responder atempadamente. Alguns desses desafios
foram já traduzidos num conjunto de ações identificadas para 2015, integradas no Plano de Atividades SAS
2015.
216 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2014
ANEXOS
Anexo 1: Monitorização Plano de Ação 2011-2015, a 31/12/2014
Download

RELATÓRIO ATIVIDADES - Universidade de Coimbra