BIBLIOTECAS INFANTOJUVENIS: POLÍTICAS DE REFERÊNCIA Andréia Dutra Fraguas. Universidade Federal do Rio de Janeiro [email protected] Cila VS Borges. Universidade Federal do Rio de Janeiro [email protected] Eliana da Silva Rodrigues. BIMM/Casa de Rui Barbosa. BPE/RJ [email protected] Irany Gomes Barros. Universidade Federal do Rio de Janeiro [email protected] Maria Inez Maia Oliveto. Universidade Federal do Rio de Janeiro [email protected] Introdução Estabelecer as politicas do Serviço de Referência em Bibliotecas e Acervos Infantojuvenis é um desafio promissor de bons resultados, implantando-as nestas unidades que lidam com o usuário em potencial, com o futuro leitor, com o hábito da leitura e o bom uso das bibliotecas e coleções. O setor da biblioteca responsável pelo atendimento direto aos usuários e a resolução de dúvidas é o Serviço de referência, que pode ser considerado também como o cartão de visitas de uma Unidade de Informação. Neste sentido, as instituições que lidam com este tipo de acervo infantojuvenil, vivem o dilema: estamos oferecendo esta leitura em nossas bibliotecas infantojuvenis? As bibliotecas infantojuvenis na cidade do Rio de Janeiro estão respondendo ao futuro leitor com a motivação da leitura a disponibilização desta leitura em todas as suas formas? O Serviço de Referência, considerado seu conceito em sentido amplo, altera o termo “atendimento” por “interface”. O termo interface parece evidenciar outro tipo de atuação, tanto do Serviço de Referência como do bibliotecário que atua nesse espaço – o Bibliotecário de Referência – mais do que atender, há explícita uma ideia de relação. Esse conceito pretende adequar-se à inserção da função informacional nas bibliotecas infantojuvenis. Método da pesquisa Analisar os ambientes e acervos e os métodos dos serviços de referência das bibliotecas infantojuvenis, a saber: Biblioteca Infantojuvenil Maria Mazzetti na Casa de Rui Barbosa, que foi fundada em 1979, no dia 02 de abril em homenagem ao Dia Internacional do Livro Infantil, a BIMM é pública e atende os visitantes do Museu Casa de Rui Barbosa, aos escolares da região e a comunidade Santa Marta. Biblioteca Infantojuvenil da Biblioteca Parque do Estado do Rio de Janeiro, reinaugurada no dia 29 de março de 2014, após extenso trabalho de ampliação e modernização, a BPE passa a ser a matriz da rede de Bibliotecas Parque que o Governo do Rio de Janeiro está implantando no estado. Coleção da Casa da Madrinha da Faculdade de Letras da UFRJ que foi implantada pela Profª Francisca Nóbrega, nos anos 90, no curso de Especialização em literatura infantojuvenil da Faculdade de Letras da UFRJ. Resultados e discussão Segundo Grogan (1995), o Serviço de Referência consiste na assistência efetivamente prestada ao usuário, procurando fornecer acesso rápido e seguro à informação. Precisa cumprir sua missão que é a de informar os usuários, atendendo prontamente as suas solicitações e deve ir muito além da coleção de referência de uma biblioteca. Os métodos sugeridos por Accart (2012), de proatividade tais como “Walking reference” e “Street reference”, qual seja, sair do balcão de referência e ir atrás do usuário. corroboram para alterar a queda sistemática na frequência aos serviços de referência e altera os desvios de formação do profissional bibliotecário que ainda espera pelo usuário, modificando desde a tenra idade do futuro usuário a sua forma de usar os recursos da biblioteca, as técnicas de acolhimento contribuem com a atualização e aperfeiçoamento do profissional bibliotecário que atue nesta área do conhecimento, contribuindo para a formação continuada de um “profissional do encantamento” (Gadotti, 2011). O serviço de referência, por desempenhar várias funções (recepção, orientação, informação, pesquisa de informações, capacitação dos usuários, etc...) é o primeiro ponto de contato com o usuário e representa a Instituição. Para que isto aconteça, entretanto, são necessários alguns requisitos tais como, local, acervo e acima de tudo pessoal capacitado. Se para a biblioteca de adultos o atendimento é uma função chave, na biblioteca infantojuvenil ou escolar o atendimento deve ser transformado em acolhimento. Considerações Finais Se o adulto solicita o que deseja, no caso da criança e mesmo do jovem temos que ouvi-los, mas também nos adiantar, oferecendo opções e auxiliando-os na árdua, embora igualmente prazerosa viagem da leitura, segundo Bartolomeu de Queiroz. É fundamental ainda que os bibliotecários de referência conheçam bem o acervo para que atuem no sentido de promover descobertas e orientar os adultos que acompanham os infantes. O que se espera de um Serviço de referência é que além de atender a necessidade de busca por informações, de servir como guia dos serviços oferecidos pela biblioteca e de orientar a pesquisa, é que se possa disponibilizar um tratamento personalizado e diferenciado, pois os usuários são a razão da existência de uma biblioteca, mais do que os suportes, a preocupação da biblioteca passa a ser orientada para a informação, exigindo mudanças de posturas, comportamentos, atitudes, ideários, objetivos e, até, concepção. Palavras-chave: Serviço de Referência - Bibliotecas Infantojuvenis – Bibliotecas Públicas. Referências GROGAN, Dennis. O Serviço de Referência. Brasília: Briquet de Lemos, 1995. ACCART, Jean-Philippe. Serviço de Referência: do presencial ao virtual. Brasilia: Briquet de Lemos, 2012. GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho:ensinar e aprender com sentido. 2.ed. São Paulo: Editora Livraria Instituto Paulo Freire, 2011. QUEIROZ, Bartolomeu Campos. Menino temporão. In: O jogo do livro infantil. Belo Horizonte: Editora Dimensão, 1997. p. 41-43.