Estudo das Melhores Condições para Determinação de Cu(II) e Ni(II) por Meio da Reação Quimiluminescente do Sistema Peróxi-Oxalato Ana Clara Beltran Rodrigues (IC) e Patrícia Dantoni (PQ) Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Santo André, São Paulo Com o intuito de determinar a melhor combinação de oxalato e fluoróforo para o estudo do comportamento do sistema quimiluminescente peróxi-oxalato (QL-PO) na presença de cobre(II) e níquel(II), estudou-se a resposta ao sistema QL-PO com 2-NPO (oxalato de 2-nitrofenila) e TCPO (oxalato de bis (2,4,6) triclorofenila), como oxalatos, e DFA (9, 10-difenilantraceno) e perileno – cuja melhor concentração foi determinada por meio de planejamento fatorial – como fluoróforos. Por meio de construção de curvas analíticas, selecionou-se a combinação oxalato/fluoróforo com maior sensibilidade e estudou-se o comportamento dos íons metálicos neste sistema em meio tamponado com HTRIS+/TRIS pH 8,5 e em meio não tamponado, na presença e ausência de imidazol, através da análise da supressão e do aumento do sinal QL. Como o sistema QL-PO apresentou maior supressão do sinal QL na presença de cobre(II) que de níquel(II), também foi realizada uma curva analítica para o estudo da presença do primeiro no sistema QL-PO. Palavras Chave: quimiluminescência; sistema peróxi-oxalato; planejamento fatorial; imidazol; cobre(II), níquel(II). I. INTRODUÇÃO A REAÇÃO QUIMILUMINESCENTE (QL) do sistema peróxioxalato (QL-PO) ocorre quando ésteres fenólicos do ácido oxalico (oxalatos) reagem com peróxido de hidrogênio, H2O2, na presença de ativadores ou fluoróforos. O sistema QL-PO é catalisado por bases oxigenadas como o salicilato de sódio ou nitrogenadas como a piridina e o imidazol (IMI) – o mais comumente utilizado, pois aumenta sensivelmente a intensidade de emissão observada (Esquema 1)[1]. ArO O F + H2O2 O OAr oxalato F* QL-PO foram obtidos em luminômetro (Lumat LB 9507, Berthold Technologies). As soluções empregadas foram as seguintes: em água, 1,0x10-2 mol L-1 de H2O2, 0,1 mol L-1 de Cu(NO3)2.3H2O, 0,1mol L-1 de NiCl2.6H2O e tampão HTRIS+/TRIS 0,1mol L-1 pH 8,5; e em acetonitrila (ACN), 5,0x10-2 mol L-1 de IMI, 1,0x10-3 mol L-1 de DFA, 1,0x10-4 mol L-1 de perileno, 4,5x10-4 mol L-1 de TCPO e 4,5x10-4 mol L-1 de 2-NPO. Na construção de curvas analíticas foram feitas cinco medições para cada concentração de H2O2, nos demais experimentos foram realizadas medições em triplicata. h Base 2 CO2 + 2ArOH F:fluoróforo Esquema 1. Esquema simplificado do sistema QL-PO[2] Desde 1963 quando foi descoberto por Chandross[3], o sistema QL-PO vem despertando o interesse de muitos pesquisadores por sua simplicidade de reação e alto rendimento quântico quimiluminescente [4,5]. Dentre as diversas aplicações analíticas podemos citar a determinação de H2O2, substâncias fluorescents e íons metálicos[2]. Este trabalho apresenta a comparação do comportamento do sistema QL-PO com os oxalatos TCPO (oxalato de bis (2,4,6) triclorofenila) e 2-NPO (oxalato de 2-nitrofenila), na presença de dois fluoróforos diferentes: DFA (9,10-difenilantraceno) e perileno – que teve sua melhor concentração determinada por planejamento fatorial. Por meio da construção de curvas analíticas e do cálculo do limite de detecção[6] nas melhores condições encontradas, determinou-se o melhor sistema para estudos subseqüentes com os íons metálicos cobre(II) e níquel(II). II. PARTE EXPERIMENTAL Os valores de Intensidade máxima (Imax, em unidades relativas de luz/s, Rlu/s) e de Área (A, Rlu) do pico da reação Resumo submetido em 18/09/09. Autor correspondente: Ana Clara Beltran Rodrigues (e-mail: [email protected]). III. RESULTADOS E DISCUSSÃO Por meio de planejamento fatorial 22 completo, com três repetições no ponto central, foi feita a análise das respostas (Imax e A) do sistema em relação a concentração de perileno, no sistema contendo TCPO como oxalato e a diferentes porcentagens de ACN. A tabela 1 apresenta os parâmetros utilizados para a realização do planejamento fatorial. Tabela 1. Planejamento fatorial 22 realizado para otimização das condições de concentração de perileno e porcentagem de ACN: Variável Nível (-) Nível (0) Nível (+) Concentração de 1,2 x10 - 7 1,3 x10 - 6 1,2 x10 - 5 Perileno (mol L-1) ACN (%) 25 37 62 Os resultados obtidos do planejamento fatorial foram calculados a partir da planilha de Teófilo e Ferreira[7] e indicam que, para maximizar a resposta de Imax, as melhores condições são: maior concentração de perileno e menor porcentagem de ACN. Ao passo que, para maximizar a resposta de A, é necessário manter ambos os valores no nível máximo. Optou-se pelas condições para maximizar Imax e foram construídas curvas analíticas variando-se a concentração de H2O2, em sistemas com 2-NPO e TCPO como oxalatos e DFA e perileno, como fluoróforos, em meio tamponado com HTRIS+/TRIS pH 8,5. A tabela 2 apresenta a comparação dos limites de detecção e da sensibilidade dos sistemas. Tabela 2. Comparação entre os limites de detecção de H2O2 e a sensibilidade dos sistemas estudados. DFA Perileno DFA Perileno 2-NPO TCPO Intensidade Máxima Limite de Sensibilidade Limite de Sensibilidade Detecção (L mol-1) Detecção (L mol-1) -1 -1 (mol L ) (mol L ) 8,0x10-7 (a) 7,7x1010 (a) 8,0x10-7 (b) 2,2x109 (b) 2,2x10-6 (b) 9,0x109 (b) 2,5x10-6 (b) 3,1x108 (b) Área Limite de Sensibilidade Limite de Sensibilidade Detecção (L mol-1) Detecção (L mol-1) -1 -1 (mol L ) (mol L ) 2,3x10-6 (a) 3,8x1010 (a) 1,5x10-6 (b) 1,7x109 (b) 1,3x10-5 (b) 3,6x109 (b) 1,3x10-6 (b) 6,0x108 (b) (a) Faixa linear de 2,0x10-6 a 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2. (b) Faixa linear de 2,0x10-6 a 1,0x10-4 mol L-1 de H2O2. Ao se comparar o limite de detecção e a sensibilidade de ambos os fluoróforos, com 2-NPO e TCPO, verificou-se que DFA (1,0x10-3 mol L-1) apresenta melhores rendimentos que perileno (1,2x10-5 mol L-1) para Imax e A. A maior sensibilidade foi encontrada com 2-NPO, que possui faixa linear mais restrita (de 2,0x10-6 mol L-1 a 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2). Portanto, o estudo dos íons metálicos Cu(II) e Ni(II) foi realizado em sistemas com 2-NPO como oxalato e DFA como ativador. O estudo do comportamento do sistema QL-PO na presença de Cu(II) e Ni(II) foi realizado por meio da comparação dos sinais QL em que se manteve fixa a concentração de H2O2 em 1,0x10-5 mol L-1 e 1,0x10-4 mol L-1, e variou-se a de íon metálico: 6,0x10-6 ; 1,0x10-5 ou 1,0x10-4 mol L-1, escolhidas de acordo com a literatura[8,9]. Avaliaram-se os fatores de supressão (F.S.) e de aumento (F.A.) do sinal QL em meio tamponado com HTRIS+/TRIS (pH 8,5; 10s; 25%ACN/75%H2O) e meio não tamponado na presença (pH 8,5; 10s; 62%ACN/38%H2O) e ausência (pH 5,0; 100s; 25%ACN/75%H2O) de IMI 1,2x10-2 mol L-1. No estudo de Cu(II), observou-se que em meio tamponado, em 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2, houve um aumento de sinal para as concentrações de Cu(II) 6,0x10-6 mol L-1 e 1,0x10-5 mol L-1 em Imax (F.A. = 11,5% e 0,92%, respectivamente), enquanto que em 1,0x10-4 mol L-1 de Cu(II) houve diminuição do sinal QL para Imax e A, os F.S. foram: 48,3% e 63,7%, respectivamente, na mesma concentração de H2O2. Enquanto que, em 1,0x10-4 mol L-1 de H2O2 e de Cu(II), os F.S. caíram para 29,6% para Imax e 45,6% para A – nesta concentração de H2O2 houve supressão do sinal QL nas três concentrações estudadas de Cu(II). Em meio não tamponado, tanto na presença quanto na ausência de IMI, observou-se que a supressão do sinal QL é maior na presença de 1,0x10-4 mol L-1 de Cu(II): na ausência de IMI, em 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2, os F.S. obtidos foram: 59,7% e 44,5%, para Imax e A, respectivamente; no entanto, em 1,0x10-5 mol L-1 de Cu(II), para a mesma concentração de H2O2, houve aumento do sinal QL, os F.A. encontrados foram 51,4% para Imax, e 27,7%, para A. Enquanto que na presença de 1,2x10-2 mol L-1 de IMI, observaram-se os maiores F.S. no estudo de Cu(II), 96,8% para A e 93,7% para Imax, em sistemas com 1,0x10-4 mol L-1 do íon metálico e 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2. A supressão ocasionada pela presença de IMI e Cu(II) indica a formação de produtos não previstos na reação, os quais competem com a formação do intermediário chave[10]. Contudo, no estudo de Ni(II), os resultados foram bem diversos quanto ao efeito das concentrações de íon metálico. Em meio tamponado e 1,0x10 -5 mol L-1 de H2O2, os maiores F.S. foram encontrados em 1,0x10-5 mol L-1 do íon metálico, tanto para Imax quanto para A, de 47,8% e 53,7%, respectivamente; já em 1,0x10-4 mol L-1 de H2O2, os maiores F.S. obtidos foram 28,6% para Imax e 33,8% para A, ambos em 6,0x10-6 mol L-1 de Ni(II) – em nenhuma duas das concentrações de H2O2 houve aumento de sinal QL na presença de Ni(II) em meio tamponado. Em meio não tamponado, na ausência de IMI, em ambas as concentrações de H2O2 o maior F.S. para Imax foi obtido em 6,0x10-6 mol L-1 de Ni(II) – de 25,9% em 1,0x10 -5 mol L-1 de H2O2 e 48,9% em 1,0x10-4 mol L-1 de H2O2 – enquanto que para A, em 1,0x10-5 mol L-1 de Ni(II), de 47,1% em 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2 e 51,8% em 1,0x10-4 mol L-1 de H2O2. Em 1,0x10-4 mol L-1 de H2O2 houve supressão de sinal QL em todas concentrações estudadas de Ni(II), tanto para Imax quanto para A, em meio não tamponado sem IMI; porém, em 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2 houve aumento do sinal QL em 1,0x10-4 mol L-1 de Ni(II) para A (F.A. = 27,7% ). Em sistemas com IMI, em 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2, houve aumento de sinal QL em 6,0x10-6 mol L-1 de Ni(II), os F.A. obtidos foram de 8,2% para Imax e 9,6% para A. A supressão de sinal QL em 1,0x10-5 mol L-1 de Ni(II) corresponde aos F.S., para Imax e A, respectivamente, de 10,4% e 6,0%; e em 1,0x10-4 mol L-1 de Ni(II) , de 19,3% e 34,2% – os menores F.S. encontrados para sistemas na presença de Ni(II). Como o maior F.S. encontrado, em comparação a todos os sistemas estudados, é o do 1,0x10-4 mol L-1 de Cu(II) em meio não tamponado com [IMI] = 1,2x10 -2 mol L-1, que é maior que 93% tanto para Imax, quanto para A, realizaram-se medições para a construção de uma curva analítica para a determinação de Cu(II), da mesma forma que feito anteriormente para H2O2, neste sistema. A tabela 3 apresenta os F.S.(-) e F.A.(+) obtidos no estudo do comportamento do sistema QL-PO da presença de Cu(II), na faixa de 2,5x10-7 a 1,3x10-5 mol L-1(concentrações iniciais), em Imax e A. Ao analisarmos a tabela 3, observa-se que a presença de Cu(II) aumentou o sinal QL na faixa de 2,5x10-7 a 1,3x10-6 mol L-1 e suprime o sinal QL entre 3,8x10-6 e 1,3x10-5 mol L-1 de Cu(II) – supressão que aumenta com o aumento da concentração de íon metálico, tanto para Imax quanto para A. Tabela 3. Influência da presença de Cu(II) em Imax e A, em meio não tamponado, com [H2O2] = 1,0x10-5 mol L-1 e [IMI] = 1,2x10-2 mol L-1. Concentração de Imax(%) A(%) Cu(II) 2,5x10-7 mol L-1 (+) 37,43 (+)58,04 6,3x10-7 mol L-1 (+)30,72 (+)45,88 8,8x10-7 mol L-1 (+)30,62 (+)43,17 1,3x10-6 mol L-1 (+)32,48 (+)47,28 3,8x10-6 mol L-1 (-)4,52 (-)15,48 6,3x10-6 mol L-1 (-)29,62 (-)44,34 8,8x10-6 mol L-1 (-)43,17 (-)55,44 1,3x10-5 mol L-1 (-)55,49 (-)65,53 No estudo de níquel (II), verificou-se, observando Imax, que a supressão do sinal se dá em maior porcentagem, em meio não tamponado (48,9%), para concentração de H2O2 1,0x10-4 mol L-1 na menor concentração de Ni(II) estudada. Ao passo que, em concentração de H2O2 1,0x10-5 mol L-1, a maior supressão de Imax foi encontrada em meio tamponado (47,8%). Ao contrário do observado para o Cobre(II), a menor supressão de sinal obtida para o Níquel(II) foi na presença de IMI, de apenas 19,30% em Imax, com 1,0x10 -4 mol L-1 de Ni(II) e 1,0x10-5 mol L-1 de H2O2. Nota-se que estes resultados indicam que há mudanças no mecanismo da reação na presença dos íons metálicos estudados e estudos mais aprofundados merecem ser feitos em trabalhos futuros. IV. CONCLUSÃO AGRADECIMENTOS Com o intuito de estudar diferentes fluoróforos (DFA e perileno) e oxalatos (2-NPO e TCPO), utilizou-se de planejamento fatorial para a determinação da melhor concentração de fluoróforo, para o perileno foi de 1,2x10-5 mol L-1. Conhecendo-se as melhores concentrações de cada fluoróforo – visto que a concentração de DFA foi fixada em 1,0x10-3 mol L-1 pela insolubilidade do fluoróforo em concentrações maiores em acetonitrila e da não detecção em concentrações menores – construíram–se curvas analíticas a fim de se determinar a melhor combinação de oxalato e fluoróforo. Verificou-se que o melhor sistema, em 25%ACN, apresentava 2-NPO como oxalato e DFA como fluoróforo, apesar da faixa linear deste sistema ser mais estreita, de 2,0x10-6 a 1,0x10-5 mol L-1, que a de 2-NPO e perileno, que é de 2,0x10-6 a 1,0x10-4 mol L-1. Em seguida, estudou-se o comportamento do sistema QLPO na presença dos íons metálicos Ni(II) e Cu(II) – que de acordo com Steijger et al.[11] aumenta em 70% o sinal QL da reação entre 2-NPO e H2O2 na presença de 3aminofluoranteno como ativador e de IMI – na melhor combinação fluoróforo/oxalato encontrada (DFA/2-NPO) em meio tamponado com HTRIS+/TRIS pH 8,5, e em meio não tamponado na presença e ausência de IMI, por meio da análise dos fatores de supressão (F. S.) e de aumento (F. A.) de sinal QL. Ao analisarmos os F. S. obtidos no estudo dos íons metálicos presentes em três concentrações (6,0x10-6; 1,0x10-5 e 1,0x10-4 mol L-1), observou-se que o maior F. S. encontrado foi para o sistema contendo Cu(II) em meio não tamponado com [IMI] = 1,2x10 -2 mol L-1 e [H2O2] = 1,0x10-5 mol L-1 (93,7% e 96,8% para Imax e A, respectivamente). Construiu-se uma curva analítica variando-se a concentração de Cu(II) entre 2,5x10-7 e 1,3x10-6 mol L-1. Houve um aumento de sinal QL na faixa de 2,5x10-7 a 1,3x10-6 mol L-1 de Cu(II), embora inferior ao observado por Steijger et al.[11]; contudo, observou-se supressão de sinal entre 3,8x10-6 a 1,3x10-5 mol L-1 – supressão descrita por Lee et al.[10] na reação de 1,1’-oxalildiimidazol com H2O2 na presença de perileno, que detectou Cu(II) em meio aquoso em concentração igual a 5,0x10 -8 mol L-1. À UFABC pela concessão de bolsa de iniciação científica por meio do programa PIC/UFABC. Às professoras Káthia M. Honório da EACH-USP, pela sua colaboração no planejamento fatorial, e Nina Coichev do IQ-USP que vem dado todo suporte para o desenvolvimento dos experimentos. REFERÊNCIAS M. M. Nakamura, S. A. Saraiva e N. Coichev, “Parameters affecting the peroxyoxalate chemiluminescence”, Analytical Letters, vol. 32, no. 12, pp. 2471-2487, 1999. [2] W. J. Baader, C. V. Stevani e E. L. Bastos, “Chemiluminescence of organic peroxides”, in The Chemistry of peroxides, vol. 2, Z. Rappoport, John Wiley & Sons Ltd., 2006, pp. 1211-1278. [3] E. A. Chandross, “A new chemiluminescent system”, Tetrahedron Letters, no. 12, pp.761-765, 1963. [4] C. V. Stevani e W. J. Baader, “O sistema quimiluminescente peróxioxalato”, Química Nova, vol. 22, no. 5, 1999. [5] P. J. Kwakaman e U. A. Th. Brinkman, “Peroxyoxalate chemiluminesce detection in liquid chromatography”, Analytica Chimica Acta, vol. 266, pp. 175-192, 1992. [6] D.A. Skoog, F. J. Hooler e T. A. Nieman, Princípios de Análise Instrumental, 5ªed., São Paulo: Artmed Editora, 2002, pp.26-27. [7] R. F. Teófilo e M. M. C. 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