Caminhos para melhorar o acesso a mercado das exportações brasileiras Fórum Estadão de Competitividade Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial Confederação Nacional da Indústria 1 O Pano de fundo do Comércio Exterior 2 Exportações de bens manufaturados ainda não recuperaram o valor de 2008 Balança Comercial – Manufaturas (U$$ Bilhões) 184,8 184,8 150,8 132,5 83,9 93,2 92,7 -9,2 -39,8 67,3 103,8 79,6 92,3 -36,5 -71,2 2007 Fonte: FuncexData 2008 90,7 2009 Exportação 2010 Importação -92,5 -94,1 2011 2012 Saldo 3 Sinal de alerta: Países com os quais o Brasil tem acordos representam apenas 10% da corrente global de comércio Potencial de acesso a mercados por meio dos Acordos Preferenciais de Comércio já celebrados – países selecionados 82,2% 73,7% 63,5% 59,6% 60,6% 2003 61,0% 2012 44,0% 45,2% 30,5% 21,4% 23,4% 9,5% 0,7% Chile Peru 23,4% 7,4% 2,8% México Coreia do Sul U.E. China EUA Japão 10,2% 4,1% Brasil Fonte: OMC. Elaboração: CNI 4 Sinal de alerta: temas nos acordos são limitados País / Bloco Acordo Cobertura Uruguai ACE 02, ACE 18 Tarifas e restrições quantitativas Argentina ACE 14, ACE 18 Tarifas e restrições quantitativas Paraguai ACE 18 Tarifas e restrições quantitativas Chile ACE 35 Tarifas e restrições quantitativas e serviços Bolívia ACE 36 Tarifas, restrições quantitativas Guiana ACE 38 Tarifas e restrições quantitativas México ACE 53, ACE 54, ACE 55 (automotivo) Redução de tarifas para número limitado de linhas Colômbia ACE 59 Tarifas e restrições quantitativas Equador ACE 59 Tarifas e restrições quantitativas Venezuela ACE 59 Tarifas e restrições quantitativas Suriname ACE 41 Tarifas e restrições quantitativas Índia Acordo de Preferências Tarifárias Fixas Tarifas com desgravação parcial (só 500 linhas) Peru ACE 58 Tarifas e restrições quantitativas Cuba ACE 62 Tarifas e restrições quantitativas Israel Acordo de Livre Comércio SACU Acordo de Comércio Preferencial Egito Acordo de Livre Comércio Redução ampla de tarifas e restrições quantitativas Palestina Acordo de Livre Comércio Redução ampla de tarifas e restrições quantitativas Redução ampla de tarifas e restrições quantitativas Tarifas e restrições quantitativas 5 Por que mudar a estratégia? 6 Pontos de reflexão para o Brasil Por que mudar a estratégia de negociações? 1. DOHA e Sul- Sul 4. MERCOSUL: importante, mas não suficiente! 2. China 5. Competitividade 3. Desvio de comércio 7 Bens Serviços Cadeias Globais de Valor Investimentos 8 Como mudar? Atuação regional + Atuação extrarregional 9 O MERCOSUL não é um empecilho! É possível flexibilizar para celebrar acordos (Decisão 32/00) O que estabelece a decisão? “o compromisso dos Estados Partes do Mercosul de negociar de forma conjunta acordos de natureza comercial com terceiros países ou blocos de países extra zona nos quais se outorguem preferências tarifárias”. Como flexibilizá-la ou buscar alternativas? O MERCOSUL deve continuar sendo a estrutura institucional para o Brasil negociar, mas a desgravação tarifária dos países do bloco pode ocorrer em diferentes velocidades para se avançar em negociações extraregionais. Há precedentes (Mercosul CAN). 10 E a OMC? 11 A importância de BALI para a indústria: Facilitação de comércio! Taxa de câmbio Burocracia alfandegária / aduaneira Burocracia tributária Greves na movimentação e liberação de cargas Frete internacional Tributos e ressarcimento de créditos Adequação de produtos e processos Barreiras tarifárias Operações portuárias e/ou aeroportuárias Acesso ao financiamento das exportações Financiamento da produção Barreiras técnicas ao produto Transporte interno Serviços de promoção das exportações Exigências no canal de comercialização Seguro de crédito Manuseio e armazenagem fora do porto/aerop. Outros 46,3 44,4 28,3 27,2 23,0 20,4 18,5 18,4 17,6 15,9 12,9 12,9 12,0 9,7 9,0 Pesquisa CNI (2012): Mais de 600 empresas 5,4 3,6 8,4 12 Doing business: Brasil está mal posicionado no ranking de Comércio Internacional Rank. Documentos para exportar Dias para exportar Custo para exportar (US$ por contêiner) Documentos para importar Dias para importar Custo para importar (US$ por contêiner) Índia 127 9 16 1.120 11 20 1.200 Brasil 123 7 13 2.215 8 17 2.275 África do Sul 115 6 16 1.620 7 23 1.940 China 68 8 21 580 5 24 615 México 61 5 12 1.450 4 12 1.780 Chile 48 6 15 980 6 12 965 Coréia do Sul 3 3 7 665 3 7 695 OCDE -- 4 10 1.028 5 10 1.080 País 13 A importância da OMC Pós Bali Os serviços no Brasil representam: 1. Serviços - Quase 60% do valor agregado da produção industrial - 40% do valor agregado das exportações 2. Subsídios Temas importantes para o Brasil: - Subsídios agrícolas: EUA (redução de prazos para os créditos às exportações) e U.E. e Ásia (limites para os gastos de apoio aos produtores) - Subsídios Industriais: empresas estatais chinesas 14 Os diálogos bilaterais 15 Conselhos empresariais Diálogos governamentais Acordos de reconhecimento mútuo: - Certificados sanitários - Certificados técnicos 16 Vantagens comparativas prejudicadas Média Tarifária: Países selecionados • 621% Produtos de origem animal • 606% Outros Produtos Agrícolas • 319 % Cereais e preparações • 150 % Químicos Peixes e Têxteis. •50 % < 65 % Açúcar , Bebidas e Tabaco e Cereais e • 18 % < 23 % Couros, sapatos e Químicos • 226 % Derivados do Leite • 175% - Bebidas e Tabaco • 171%% Oleaginosas 34,2 • 42% < 56 % Couros, sapatos. manufaturas e têxteis 35,0 18,0 17,7 9,8 6,5 Canadá China Fonte: WTOstat • 40 % < 50% Equipamento de Transporte, Químicos e Minerais e Metais. 7,6 3,6 EUA • 350 % - Bebidas e Tabaco • 132% - Frutas, Vegetais e Plantas • 164% Oleaginosas Bens Agrícolas 4,0 Japão • 300 % - Oleaginosa e Tabaco • 150% - Outros produtos agrícolas e Cereais 4,0 EU • 26 % Peixes •22 % Equipamentos para Transportes Bens Industriais 17 Proliferação de barreiras técnicas Notificações Acumuladas sob o acordo TBT Crescimento médio de 50% ao ano 7.000 novas notificações em 5 anos 7.957 6.407 5.190 3.771 2.281 1.030 2007 2008 2009 2010 2011 2012 18