Programa de Excelência
Projetos, Execução e Manutenção
Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências
Fascículo 1 | Edificação
CREA-PR e Entidades de Classe
2ª Edição
Programa de Excelência
Projetos, Execução e Manutenção
Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências
CREA-PR E ENTIDADES DE CLASSE
Planejamento, Organização e Textos: Claudemir Marcos Prattes
Arquiteto Jaime Pusch
...
Curitiba
2009
Comissão Organizadora do Programa:
Presidência: Engenheiro agrônomo Álvaro José Cabrini Jr.
Coordenação: Claudemir Marcos Prattes
Equipe de Apoio:
Engenheiro mecânico Gerson do Lago Pretti – Instalações Mecânicas
Engenheiro agrônomo Celso Roberto Ritter
Engenheiro civil Joel Kruger – Acessibilidade
Engenheiro civil Israel Ferreira de Mello
Coronel Roberson Bondaruk – Segurança contra o Crime
Engenheiro de telecomunicações Jefferson Oliveira da Cruz
Engenheiro de operação modalidade eletrotécnica Flávio de Freitas
Dinão – Prevenção acidentes no trabalho e sinistros em obras
Engenheiro eletricista Edgar Matsu Tsuzuki
Engenheiro eletricista Mario Guelbert Filho
Engenheiro agrônomo Gilmar Pernoncini Ritter
Engenheiro agrícola Agnaldo Mantovani – Gerenciamento de canteiros e de resíduos da construção civil
Engenheiro agrônomo Vander Della Coletta Moreno
Arquiteto e Administrador Adriano Scarabelot – Compatibilização de
Projetos
Engenheiro civil Helio Xavier da Silva Filho
Arquiteto Jaime Pusch – Ética
Geógrafa Cacilda Redivo
Engenheiro civil Francisco José Teixeira Ladaga Coelho
Jornalista Anna Caroline Preussler Pereira
Engenheiro Civil Júlio Cotrim
Técnicos colaboradores:
Equipe de Fiscais do CREA-PR
Arquiteto André Sell – Arquitetura
Equipe de Assessores Técnicos das Câmaras Especializadas do
CREA-PR
Engenheiro civil Aurélio Franceschi – Estruturas
Entidades de Classe
Engenheiro civil Carlos Alberto Sima – Estruturas
Engenheiro eletricista Paulo Sérgio Walênia – Elétrica e Telecomunicações
Engenheiro eletricista Rolf Gustavo Meyer
Engenheiro civil Calil Abumansur – Hidráulica
Engenheiro civil Emerson Luiz Baranoski – Prevenção contra Incêndios
Diagramação:
Cesar Stati
Karoline Schueda
Edição:
Assessoria de Comunicação Social
0800 - 410067 | www.crea-pr.org.br
Expediente:
Publicação produzida pela Assessoria de Apoio as Entidades de Classe do CREA-PR.
[email protected] | Gestão 2009/2011
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APRESENTAÇÃO
Propugnar pela excelência no exercício das profissões das áreas de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia. Este é o objetivo do Programa de Excelência, que passa a ser desenvolvido pelo
CREA-PR a partir de 2009, com vistas a proporcionar melhorias na elaboração de projetos,
execução e manutenção de obras nas áreas de atuação do Conselho.
O programa será desenvolvido em parceria com as Entidades de Classe e atuação em cinco
segmentos – Poder Público, comunidade profissional, comunidade acadêmica, agentes prestadores de serviços e a sociedade. Está previsto o desenvolvimento de ações de conscientização,
fiscalização, reconhecimento e aperfeiçoamento profissional.
A divisão por etapas de execução foi a forma encontrada de atender a todas as áreas. São
elas: planejamento para edificações; empreendimentos rurais; empreendimentos industriais; e
planejamento para o espaço urbano. O planejamento para edificações é o foco inicial do programa. E sobre este tema é que esta publicação versa.
O Programa de Excelência é mais uma ferramenta para a valorização do nosso profissional.
Com seu desenvolvimento busca-se o reconhecimento pelos clientes e usuários dos serviços
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do devido valor do profissional e da importância das
profissões.
Muito mais que um simples programa, o que apresentamos nesta edição é o início de um
novo ciclo para o CREA-PR. A busca pela excelência será uma constante em todas as ações do
Conselho.
Eng. Agr. Álvaro José Cabrini Jr.
Presidente do CREA-PR
Gestão 2009/2011
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Programa
de Excelência
em Projetos
CREA-PR
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Origem do Programa de Excelência em Projetos
Em mais de cem edições das reuniões que caracterizam o Sistema de Governança Cooperativa do CREA-PR, que congregam profissionais das mais diversas modalidades, bem como das
mais diversas formas de atividades profissionais, encontramos um ponto pacífico, aceito sem
discussão ou oposição, definido por muitos como situação de extrema relevância, importância,
urgência e necessário de ser fortemente trabalhado pela organização profissional.
Trata-se da necessidade de contribuir com os profissionais que, constantemente ou eventualmente se apresentam no mercado como projetistas, preocupam-se em elaborar todos os projetos
necessários de uma obra de Engenharia, Arquitetura, Agronomia ou Geociências.
Contribuir para a criação de legislação necessária para tornar obrigatório a todos os profissionais a elaboração de projetos “complementares” em todas as suas atividades profissionais,
tem sido uma frequente solicitação direcionada ao CREA-PR.
Criação do Programa de Excelência
A parceria que sempre tem possibilitado o alcance de bons resultados, CREA-PR com seus
Inspetores e Conselheiros, juntamente com as Entidades de Classe, deram o caminho a seguir
para atender a importante demanda gerada no cerne, na essência do exercício das profissões, na
representação da base profissional, que podemos definir claramente como sendo onde acontece
o exercício das profissões.
“As leis não melhoram os homens”. Partindo deste princípio, lançamos o Programa de Excelência, que não objetiva diretamente a criação de legislação, mas pretende trazer melhorias
ao amplo campo de trabalho da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências, visando a
excelência na elaboração de projetos, na execução e na manutenção de obras nestes campos.
Começamos a trabalhar o conceito de Legalidade x Recomendações Cautelares, baseando-nos sempre na legislação vigente, mas com a diferenciação necessária, que também podemos
definir como as atividades recomendáveis que auxiliarão na busca pela excelência, e que, certamente, agregarão valor à atividade profissional, principalmente ao empreendimento em foco.
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Objetivo do Programa de Excelência
“Fazer com que as obras de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências executadas
no Estado do Paraná possuam todos os projetos necessários ao atendimento da legislação vigente e aos conceitos estabelecidos pelo Programa”.
O que se pretende com o Programa de Excelência é surpreender os clientes com serviços de
qualidade, e que o projeto contratado realmente seja a antevisão do futuro, o retrato daquilo que
o cliente receberá pelo qual contratou.
Mudança: afinal o que muda com o Programa?
Nota-se que a legislação deve, sim, ser amplamente estudada e totalmente compreendida pelos profissionais. Podemos entendê-la como um pré-requisito para o bom exercício das profissões, porém, o objetivo do programa transcende ao legal e entra na discussão do recomendável,
do desejável, ou seja, daquilo que se espera do bom exercício das profissões, fundamentado no
exercício ético, sobretudo no correto tratamento ao ser humano.
Inicialmente, vamos abolir o termo “Projetos Complementares”, afinal, quando se fala de
projetos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, eles não se complementam, mas sim fazem
parte de um todo, que quando criados e concebidos, estavam de acordo com certas recomendações cautelares, ou poderíamos definir como a diferenciação necessária que agrega valor à
atividade profissional, e principalmente à obra edificada.
A visão: onde se espera chegar com o Programa
Passamos a utilizar o conceito de “Projetos Integrados”, um conceito mais amplo e que
realmente reflete o que é necessário para iniciarmos a busca pela excelência na elaboração de
projetos.
“Que o Programa de Excelência seja um fator decisivo para despertar na sociedade o reconhecimento do valor das profissões e dos profissionais”.
Para que a sociedade, que poderíamos denominá-la como clientes ou como potenciais usuários dos serviços de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências prestados pelos profissionais habilitados pelo Sistema CONFEA/CREA, entenda e reconheça o valor das profissões,
bem como dos seus responsáveis, devemos buscar constantemente a eficácia nas atividades
profissionais, ou seja, buscar incessantemente e sermos obstinados pela excelência no exercício
das profissões.
Destacamos o art. 1º da Lei 5.194/66 que regulamenta o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrônomo: “As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro
agrônomo são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano...”, espera-se que
o profissional no decorrer do exercício da profissão tenha o ser humano como fator primordial
em suas concepções e criações. Portanto, cabe aos profissionais da Engenharia, Arquitetura e
Agronomia, atender de forma justa, honesta e eficaz ao ser humano que está contratando seus
serviços, auxiliando, assessorando e, principalmente, superando as suas expectativas com relação ao serviço contratado.
O programa prevê em sua concepção, a atuação de nossa organização profissional em cinco
vertentes ou segmentos de atuação, em que estaremos constantemente desenvolvendo ações que
poderão ser desde ações de sensibilização, fiscalização, a reconhecimento e aperfeiçoamento profissional. A seguir, apresentaremos resumidamente as cinco vertentes ou segmentos de
atuação do programa:
1 – Junto ao Poder Público (Estado e Municípios, Legislativo e Executivo)
A criação e o desenvolvimento de uma Agenda Parlamentar que irá representar os
profissionais junto ao Poder Público constituídos é o caminho inicial para a interrelação com os poderes Executivo e Legislativo dos Municípios e do Estado.
2 – Junto à comunidade profissional
Elaboração de cursos de aperfeiçoamento profissional que irão transferir, aprimorar
os conhecimentos técnicos dos profissionais, a criação de certificação de qualidade,
excelência aos profissionais, reconhecimento público do CREA-PR com as Entidades
de Classe aos profissionais que estiverem se adequando aos conceitos de excelência.
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3 – Junto à comunidade acadêmica
Criação de cursos de aperfeiçoamento profissional baseados em compatibilização e
gestão de projetos, legislação e ética profissional direcionada aos acadêmicos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, uma forte atuação em parceria com o CREA-PR
também será desenvolvida e incorporada ao programa.
4 – Junto aos agentes prestadores de serviços profissionais
Elaboração e desenvolvimento de material didático para a realização de cursos de
formação e aprimoramento dos prestadores de serviço, em parceria com as Entidades
de Classe, oportunizando melhoria dos serviços prestados pelos agentes e operadores
dos serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
5 – Junto à sociedade
Ampla divulgação e promoção de ações que busquem a valorização dos profissionais e das profissões perante a sociedade.
As etapas do Programa de Excelência
Após a realização de sucessivas reuniões de discussão e planejamento do programa, definimos quatro etapas distintas, as quais abrangem a grande maioria das atividades exercidas pelos
profissionais de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências, abaixo relacionadas:
• Planejamento para Edificações;
• Planejamento para Empreendimentos Rurais;
• Planejamento para Empreendimentos Industriais;
• Planejamento para o Espaço Urbano.
Vale destacar que cada etapa será constituída de três fases:
• Projeto;
• Execução;
• Manutenção.
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Planejamento para Edificações
Iniciamos o Programa optando por trabalhar com a etapa de Edificações devido à demanda
criada inicialmente pelas modalidades afetas à matéria.
“Para tanto, iniciamos o processo, convidamos para a realização de um Seminário Estadual
sobre Excelência em Projetos diversos especialistas, representantes de Entidades de Classe e
de Instituições de Ensino, representantes das Câmaras Especializadas, assessores de Câmaras
Especializadas, inspetores, fiscais e gerentes regionais do CREA-PR, para que juntos construíssemos O SISTEMA DE EXCELÊNCIA em projetos de edificações e elaborássemos um plano
de trabalho para o desenvolvimento desta etapa”.
Nesta obra, abordaremos a primeira etapa do programa, Edificações em sua primeira fase
Projetos, na etapa edificações.
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O Sistema
de Excelência
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O Sistema e o Ambiente
As Demandas do Cliente
Representamos o conceito de excelência em projetos para edificações através da figura abaixo, caracterizado como sistema dinâmico interativo, o qual descreveremos a seguir.
As demandas do cliente são as condições originais que determinam a solução do projeto.
Sistemicamente representam a entrada do processo.
O cliente é o motivador da ação do projetista. É o cliente que deflagra o processo do projeto
e da construção do edifício. Suas demandas específicas pautam o modelado do projeto. Quer
público ou privado, o cliente é quem traz a demanda, cabendo ao projetista apresentar a solução. Compete ainda ao profissional de projeto, alertá-lo sobre a melhor forma de solucionar sua
expectativa, as alternativas possíveis, os custos e as restrições às suas pretensões. É imperativo
para um bom projeto o diálogo fluente e franco entre o cliente e o profissional.
Numa visão de mercado, o cliente merece toda a consideração, pois é ele quem paga a obra
e os honorários profissionais. Um cliente bem atendido é a melhor propaganda para o profissional.
Numa visão ética, ele é a razão de ser de nossas profissões.
As Disposições Exigíveis
Conjunto de fatores e disposições de observância obrigatória, tanto no ato de elaboração de
cada elemento projetivo quanto de todo o conjunto projetivo. Sistemicamente, são os insumos
restringentes do processo.
Nenhum projetista, por mais criativo que seja, está totalmente livre para conceber suas ideias.
Todo sistema sofre a incidência, sobre seu processo, de uma série de fatores restritivos. Aqui
tratamos estes fatores como disposições exigíveis.
Poderíamos estabelecer que estas disposições exigíveis são de três ordens. As determinadas
pela natureza e pela física, as determinadas pela boa técnica convencional que se supõe de domínio do projetista e as ditadas pelas normas.
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Ao projetista é obrigatório o conhecimento de todas as imposições restritivas que incidam
sobre o processo de elaboração do projeto e de sua consequente obra. Cabe-lhe mais, informar
seu cliente e compatibilizar as exigências circunstanciais à sua pretensão edilícia. O cliente,
via de regra, está desinformado sobre estas determinações. O profissional tem a obrigação de
conhecê-las.
As Disposições Recomendáveis
São fatores de não obrigatória consideração, mas de recomendável utilização para a otimização do complexo projetivo e seu produto. Sua atenção agrega valor ao produto final. Sistemicamente apresentam-se como insumos positivos.
Nem tudo que compete ao profissional é obrigatório. Muitas atitudes e procedimentos são
apenas convenientes para um bom resultado e de livre adoção pelo projetista. Constituem-se
naquele plus que faz a diferença.
Algumas medidas preventivas de segurança quanto a danos eventuais às pessoas e seu patrimônio poderão ser adotadas ainda no nível do projeto. Uma boa construção é de inteira responsabilidade do executor, mas o projetista pode antever e recomendar procedimentos para um canteiro de obras mais racionalizado e uma eficiente disposição dos rejeitos de obra. Dispositivos
de acessibilidade são exigíveis apenas aonde a lei determina, mas podem ser pauta para todo e
qualquer projeto. Princípios de economia de materiais e dos insumos de manutenção do futuro
prédio são fatores a considerar. Da mesma forma, nem sempre os impactos ambientais e de vizinhança são posturas de fiel cumprimento. Apenas a consciência do projetista que se pretende
excelente, buscará a sustentabilidade da edificação e sua harmônica inserção no seu entorno.
É uma questão, antes de tudo, ética, de lealdade ao cliente, de preocupação com bem-estar da
comunidade da qual ele faz parte e a si mesmo, quanto à qualidade de seu projeto.
O Projeto de Arquitetura
O projeto de Arquitetura é a concepção global do edifício. Apresenta-se no processo como a
matriz para o desenvolvimento dos projetos específicos e a sede de compatibilização das soluções determinadas por cada um deles. Sistemicamente é o produto mater do processo.
É, por tradição, a matriz do processo. Por muitos séculos, foi o projeto necessário e suficiente
para a orientação da obra do edifício. Hoje, não se dispensa a convergência de outros projetos
para a complementação da ideia arquitetônica. Qualquer edificação que traga em si o imperativo
de instalações e estruturação com sistemas construtivos portantes, necessariamente deverá ter
os elementos projetivos específicos adidos coerentemente à arquitetura e nela previstos.
O início do processo do edifício se dá na concepção arquitetônica. O cliente traz, de praxe,
suas demandas ao projetista de arquitetura. No desenvolvimento do projeto se estabelecem as
relações de troca de informação técnica com outros projetistas, a consideração das condicionantes exigidas e recomendadas e a busca da satisfação dos imperativos do cliente.
(No gráfico será identificado como o elemento projetivo A)
Os Projetos Integrados à Arquitetura
Os projetos integrados são as soluções especializadas que convergem para a formatação
global do edifício. Constituem-se em elementos projetivos individualizados em sua concepção
e expressão, e, devidamente integrados entre si e ao projeto arquitetônico, formam o conjunto
coerente do projeto da edificação. Sistemicamente são os produtos adidos ao produto mater do
processo.
Assim pretendemos denominar os antes chamados “projetos complementares”. Cada projeto
é elaborado individualmente, segundo suas técnicas e expressões peculiares. Contudo, nenhum
deles tem vida própria sem sua referência íntima ao projeto de Arquitetura. A sua confecção
não se dá apenas por eventual exigência legal, sendo uma imposição dos níveis tecnológicos
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que praticamos modernamente. Mais que isto, integram a ideia matriz expressa na arquitetura,
viabilizando-a técnica, funcional e também esteticamente. Hoje, não se pode pensar um edifício
sem que estes elementos projetivos estejam perfeitamente integrados.
Os projetos específicos mais usuais em edificações estão identificados no gráfico por grupamentos elementares projetivos afins.
•E – Estruturas – madeira, concreto, aço, pré-moldados.
•IE – Instalações Elétricas – força, luz, telefonia, dados, antenas.
•IH – Instalações Hidráulicas – sanitárias, pluviais, drenagem de solo, água fria, água quente, gás combustível, piscinas, reaproveitamento hídrico.
•IM – Instalações Mecânicas – elevadores, escadas rolantes, ar condicionado, câmaras frias,
mecanismos domésticos, comerciais e de estabelecimentos de serviços, fluidos especiais.
•S – Segurança – prevenção de incêndios, dispositivos de segurança para o usuário e seu
patrimônio, dispositivos de evacuação de público, para-raios.
•H – Ambientação Humana – interiores, paisagismo, luminotécnica, comunicação visual,
às vezes por aproximações sucessivas, e busca atender à encomenda, às recomendações e às
restrições incidentes.
Em alguns casos, um único profissional pode incorporar todo o ambiente projetivo. Há grandes escritórios que têm em seus quadros a multiplicidade de profissionais especializados para
realizar cada um dos projetos específicos e que procedem à sua integração interna corporis.
Também há cooperativas profissionais, onde este processo pode ser reproduzido como em um
grande escritório, preservando a autonomia de cada projetista. Porém, o que vemos ocorrer na
maioria dos projetos é o concurso de profissionais autônomos ou inclusos em escritórios especializados a se complementar tecnicamente de maneira avulsa.
O ambiente de integração das múltiplas e complexas ações projetivas transcorre durante o
processo de projetar. Qualquer que seja a forma de relação entre os profissionais, é neste momento que o colóquio técnico deve fluir com franqueza e objetividade.
O ambiente de integração se mostra não como uma linha de montagem onde cada projeto
se cola sobre outro. O melhor ambiente de integração se configura como uma rede amigável
de interações técnicas e informativas, com permanentes retroalimentações e aperfeiçoamentos
mútuos das práticas e dos produtos.
É basicamente neste ambiente que se pretende incrementar os princípios do Programa de
Excelência em Projetos.
necessidades especiais.
O Ambiente de Integração
A Compatibilização
O ambiente de integração é o espaço de troca e agregação de informações, visando o objetivo final que é o projeto edilício. Do ponto de vista sistêmico, constitui-se em um subsistema
propriamente dito, onde os diversos elementos interagem entre si e com o meio, visando um
objetivo.
Processo contínuo pelo qual se harmonizam os diversos elementos projetivos entre si e destes com a obra. No linguajar sistêmico, é a interface entre os diversos projetos e dos projetos
com a obra.
É o momento de diálogo entre os projetistas e destes com o cliente. Constitui-se na própria
dinâmica da elaboração dos elementos projetivos e de sua integração. Funciona dinamicamente,
Na prática, são muitas as formas como acontece este momento de harmonização dos projetos
integrados. Em geral, como o projeto de arquitetura é tratado como o projeto matriz da edificação, a compatibilização é uma extensão natural e dinâmica deste elemento projetivo. Dentro
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desta prática, cabe ao profissional que elabora o projeto de arquitetura a tarefa de compatibilizá-lo com os demais projetos e com a dinâmica construtiva de obra.
Também ocorre muito comumente que esta tarefa recaia ao responsável pela execução. Em
verdade, o executor está posicionado na ponta final do sistema, mas muitas vezes, ele se posiciona como deflagrador do processo, como o próprio demandante dos projetos. Normalmente,
quando o cliente recorre ao construtor em primeiro contato ou é ele o próprio cliente, este se
dispõe a contratar os projetos, dá início ao processo e faz o papel de coordenador dos projetos
até sua resolução em obra.
Hoje, no entanto, já surgem escritórios especializados em fazer exatamente este trabalho.
Aparece também, sobretudo nas grandes organizações, uma nova especialização, com o papel
de facilitadora do encontro das soluções individualizadas e sua viabilização para o canteiro
de obras. É o Gestor de Projetos, profissão nova em franco desenvolvimento no mercado de
trabalho.
Mesmo que um único profissional faça todos os projetos, tendo ou não uma unidade produtiva exclusiva para a tarefa, este é o momento chave do processo projetivo. Aqui se avalia o atendimento das demandas do cliente, das considerações exigíveis, bem como das recomendáveis e
se oferece um produto acabado e coerente para a obra.
Onde está o Projetista Excelente?
No nosso programa, visamos a busca da excelência em projetos pela melhor conduta prática individual, pela integração harmônica em ambiente técnico amigável e pela melhoria do
produto. E o profissional, na busca da excelência, deverá atender aos ingredientes que o processo requer:
• Perfil vocacional para a arte de projetar;
• Realística satisfação das demandas do cliente;
• Rigoroso cumprimento das disposições exigíveis;
• Atendimento de disposições recomendáveis;
• Incorporação de soluções proativas e inovadoras;
• Desempenho interativo amigável com os demais autores;
• Gestão eficaz de seu trabalho;
• Inserção harmônica de seu produto no processo da edificação;
• Atitude ética de compreensão corporativa;
• Compromisso com a qualidade.
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A Excelência
em Projetos de
Edificação como
Instrumento de
Mercado
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Sistema de Relação Profissional-Cliente
Podemos entender uma relação ou um sistema de trabalho composto pelas seguintes
variáveis:
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Cliente – quem necessita dos projetos ou serviços;
Diferenciação x Remuneração
Profissional – que detém conhecimento técnico e habilitação necessária para a elaboração
Neste tópico abordaremos a questão que podemos denominar como a REMUNERAÇÃO
POR COMPETÊNCIAS, ou seja, a recompensa pela efetiva e real contribuição do trabalho
realizado pelo profissional, este novo conceito aborda a gestão da remuneração em relação ao conhecimento, ao aperfeiçoamento e às atitudes corretas e eficazes realizadas pelos
profissionais.
ou execução do projeto ou serviço;
Projeto ou Serviço – é o objeto do sistema de trabalho;
Exigibilidade e Recomendações – que são os aspectos que devem ser observados tanto
pelo cliente como pelo profissional contratado, compreendem os aspectos legais da relação,
como direitos e deveres das partes até os mínimos detalhes que cercam a relação;
Remuneração – é o pagamento que o cliente faz ao profissional pelo projeto ou serviço
contratado. E é sobre este ponto que iremos detalhar abaixo.
Os profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia se apresentam de três formas no
mercado de trabalho: como empresário, como empregado ou como autônomo.
• O EMPRESÁRIO disputa o mercado pela concorrência mercantil que tem suas regras
mercadológicas e concorrenciais próprias. Quando se depara com tabelas reguladoras
de ganhos, estas, via de regra, são impostas pelo adquirente de seus serviços, quer seja
ele público ou privado. No exercício da sua profissão nesta forma, visa lucro. O lucro é
ajustado pelas próprias nuanças do mercado concorrencial.
• O EMPREGADO visa sua remuneração através de salários e direitos monetários trabalhistas conexos. O regulador de seus ganhos é o salário mínimo profissional e demais
disposições trabalhistas e previdenciárias conexas.
• E o AUTÔNOMO, remunera-se na forma de honorários. Estes honorários não são regulados por padrões concorrenciais empresariais, nem pelas leis salariais. Compete-lhe,
para uma concorrência leal, ajustar com seus concorrentes uma tabela de honorários a ser
cumprida por todos, de uma forma equilibrada e que permita a formulação de seus próprios honorários, segundo suas características laborais individuais, sem, no entanto, ferir
interesses e direitos de colegas.
Embora todas as formas de remuneração tenham como objetivo reconhecer a contribuição,
o valor que foi agregado pelas pessoas contratadas, a dificuldade se encontra justamente em
estabelecer uma medida capaz de capturar esse valor agregado.
Neste novo cenário de mercado, não se espera das pessoas apenas a reprodução de atividades prescritas em sua função. Pelo contrário, deseja-se que os profissionais extrapolem esses
limites, assumindo proativamente atribuições e dando respostas a problemas previamente identificados ou não.
O desafio, então, passa ser desenvolvermos o nosso sistema de gestão da remuneração considerando a crescente transformação do mundo e essa nova dinâmica de atuação dos
profissionais.
A DIFERENCIAÇÃO é o fator determinante para a melhoria e a qualificação da remuneração, o ato de agregar valor, surpreender e encantar o cliente.
O Programa de Excelência em Projetos é um instrumento importantíssimo de criação da
diferenciação, e pode contribuir significativamente para que os profissionais, de forma simples,
objetiva e direta, possam agregar valor aos projetos e serviços de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia desenvolvidos, consequentemente, melhorando seus sistemas de remuneração.
Elaborar um projeto em atendimento às necessidades de um cliente não é simplesmente o objetivo, deve-se, antes de tudo, ser proativo, percebendo e identificando os desejos dos clientes.
Devemos esclarecer a grande confusão que muitas pessoas fazem entre “necessidades não
atendidas” e “desejos não realizados”.
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Necessidades são os aspectos básicos da condição humana, como por exemplo,
alimentar-se, vestir-se, ter um lugar para morar etc. Vale observar que, quando determinadas
necessidades não são atendidas, o ser humano passa a viver uma condição subumana, o que o
leva a lutar com todas as suas forças para que essas necessidades sejam atendidas. Uma obra ou
serviço que não satisfaça às necessidades de um cliente pode lhe causar transformações comportamentais e reações indesejadas, podendo o resultado do trabalho do profissional provocar
um transtorno tanto moral como financeiro.
Desejos são manifestações de vontade, o desejo de um carro novo, de um televisor maior,
de um celular que nos permite fotografar, de um local para morar, que além de não apresentar
vícios construtivos, lhe proporcione conforto, comodidade e, por consequência, qualidade de
vida.
Conhecer o cliente, ter a sabedoria necessária para identificar suas necessidades e prever
seus desejos, é o grande segredo do sucesso de uma boa remuneração.
Correlacionando necessidades e desejos com os conceitos do Programa de Excelência em Projetos, podemos compreender as necessidades como o entendimento do que é legal, básico, fundamental para que o cliente obtenha da relação, um produto ou serviço que suprirá suas necessidades.
Por outro lado, encontramos nas recomendações cautelares um avanço no conceito de
planejamento de edificações, onde podemos de forma simples antever o futuro e trabalhar de
forma proativa na construção de um conceito de valor agregado e de diferenciação, atendendo
os desejos dos clientes e, consequentemente, superando suas expectativas, o que certamente
trará a recompensa necessária melhorando seu sistema de remuneração e ainda colaborando
para a satisfação do cliente, que além de gratuitamente trabalhar na divulgação do bom trabalho desempenhado, torna-se um potencial futuro cliente dos seus serviços.
O Programa de Excelência em Projetos como Instrumento de
Marketing Pessoal
Marketing pessoal é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a seu favor no ambiente profissional.
É a estratégia individual para atrair e desenvolver contatos e relacionamentos interessantes
do ponto de vista pessoal e profissional, dar visibilidade a características, habilidades e competências relevantes na perspectiva da aceitação e do reconhecimento por parte dos outros.
Para avançar em meio à verdadeira selva do mercado de trabalho, o marketing pessoal tornou-se uma ferramenta fundamental, desde o mais simples até o mais sofisticado.
Porém, deve-se observar os preceitos éticos, a habilidade de se automotivar e de motivar as
pessoas a sua volta.
Dentre os princípios fundamentais do marketing pessoal, podemos destacar:
• Comportamento emocional;
• Comunicação;
• Rede de relacionamentos;
• Construção da imagem;
• Ações de apoio e incentivo.
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Comportamento emocional é como as pessoas se lembrarão de você. Destacamos a
maneira cortês, positiva e educada, a simpatia, a assertividade, a ponderação, a sinceridade e o
zelo com que tiveram no contato, enfim, pelas emoções positivas. Basicamente, a demonstração
de interesse pelo próximo, de uma forma autêntica e transparente, que, a quem quer que seja, é
sempre um investimento com retorno garantido.
Comunicação é o elo que destaca um indivíduo em meio à massa. A fala, quando expressa por escrito ou oralmente, quando cria vínculos de comunicação continuada, pela qual o
indivíduo externaliza o que tem de melhor em seu interior. Assim, usar um português correto
e adequado em cada contexto, escrever bem, vencer a timidez, usar diálogos motivadores e
edificantes e manter um fluxo de comunicação regular com as pessoas, é básico para um bom
desenvolvimento do marketing pessoal. Temos sempre a tendência de ver as pessoas que se
comunicam bem como líderes no campo em que atuam.
 
Rede de relacionamentos é uma teia de contatos, nos mais variados níveis, fundamentais para o indivíduo se situar socialmente, tanto de forma vertical, nas relações em plano mais
elevado que o seu, quanto horizontalmente, com seus pares, em plano semelhante.
aparentes são facilmente detectadas e minam a essência do marketing pessoal verdadeiro. O
segredo, portanto, é sempre se perguntar: “De que maneira posso ajudar? De que forma posso
apoiar? Como posso incentivar o crescimento, o progresso e o bem-estar do próximo?”.
Algumas dicas importantes para desenvolver o seu marketing pessoal:
• Objetividade e honestidade para o trato com os clientes;
• Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à situação e
ambiente; ela pode abrir ou fechar portas;
• Preocupe-se com o seu vocabulário e linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite
gírias, controle suas mãos e braços, fale baixo e ponderadamente;
• Controle suas emoções, mas não as anule, elas são muito importantes para mostrar o seu
envolvimento ou comprometimento com o cliente e com o que ele necessita;
• Tenha cuidado com o uso do celular e outros equipamentos durante as abordagens;
• Tenha sempre atitude, mostre-se interessado e faça acontecer;
Desenvolver a capacidade de se relacionar em qualquer nível, tornando-se lembrado por
todos de forma positiva, e manter a rede de contatos, enviando mensagens periodicamente, fazendo-se presente em eventos sociais e tratando aos outros com atenção e cordialidade.
 
Construção da imagem é a adequação visual ao contexto social, sem exageros. O princípio do cuidado visual precisa ser analisado de forma realista, o traje correto e adequado ao
momento, a combinação estética de peças, cores e estilo, bem como os cuidados físicos fundamentais, o corte do cabelo, a higiene, a saúde dentária etc, são importantes para uma composição harmônica e atrativa da imagem.
 
Ações de apoio e incentivo são os grandes elementos do marketing pessoal e, como
destaque social, as melhores formas de galgar um lugar nas mentes e corações dos que nos
cercam.
• Foco no cliente; observe, saiba ouvir e analisar as colocações dele;
Não é preciso dizer que apoiar, ajudar e incentivar as pessoas deve ser um conjunto de atitudes sinceras, transparentes e baseadas no que se tem de melhor. Até porque ações meramente
• Leia muito, apresente conhecimento não apenas do trabalho que executa;
• Pesquise, estude, faça levantamentos e apresente soluções;
• Mantenha-se motivado sempre, demonstre motivação e envolvimento com o tema;
• Seja gentil e atencioso no trato às pessoas, tenha isto como seu diferencial;
• Pontualidade e respeito aos compromissos assumidos;
• Saiba equilibrar suas falas, não fale demais nem de menos;
• Seja criativo, procure misturar fantasia com realidade;
• Lembre-se, sua apresentação é o que causa maior sensação;
• Aprimoramento profissional; a reciclagem e atualização constantes são fundamentais;
38
Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 39
• Capa é tudo na hora de vender conteúdo; melhore a qualidade e apresentação dos seus
produtos e serviços;
• Destaque quem lhe ajudou no passado;
• Surpreenda seu cliente, ofereça algo além do que ele espera;
• Fique atento a novas tecnologias, use-as a seu favor;
• Demonstre entusiasmo;
• Defina o que você tem de melhor a oferecer; este é o seu produto;
• Conheça seus concorrentes e suas características básicas;
• Estabeleça um padrão de qualidade a ser seguido;
• Verifique quais as melhores maneiras de entregar o seu produto;
• Veja como difundir seu produto para que os outros saibam que ele existe; trabalhe
sua imagem; comunique;
Como Desenvolver uma Boa Negociação
Em uma negociação, é importante que o profissional tenha sempre em mente o alto valor
agregado de um componente fundamental do seu trabalho, que é a capacidade intelectual empregada em um projeto ou serviço de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia.
O cliente raramente saberá conhecer de forma distinta o valor do seu trabalho. A verdadeira valorização profissional começa dentro do profissional, identificando a importância do seu
trabalho e sabendo o momento certo de apresentar soluções ao seu cliente que, a princípio, não
sabe dar valor ao seu trabalho porque não o conhece. O que é muito claro e simples para você,
pode não ser para seu cliente, e esse é um cuidado básico que deve-se ter nas negociações.
Aprenda a identificar todas as formas em que o seu trabalho é direta ou indiretamente aplicado, e valorize-o. Termos como “isso é fácil de resolver”, “esse projetinho é simples”, “é só você
fazer isso ou aquilo”, podem ser simples para o conhecimento que você detém, e não para o seu
cliente. E essa é a única razão de ele ter lhe procurado.
• Busque o reconhecimento público do seu trabalho;
É fundamental em uma boa negociação terem-se alguns cuidados básicos:
• Seja ético;
• Conhecer a necessidade do cliente – ouvir o cliente e dar atenção ao nível de compreensão
• Almeje uma certificação de qualidade e excelência em seus projetos;
• E seja sempre diferente, pense, planeje, seja único, seja o melhor e principalmente seja
excelente no que faz.
que ele possui sobre o teu trabalho;
• Ter conhecimento técnico – não negocie sobre assuntos que não sejam do seu domínio,
não assuma compromissos que não poderá dar conta;
• Desenvolver habilidades – comunicação, vendas, noções de administração e marketing
pessoal;
• Expor o seu produto – nem sempre o seu produto é material. Em geral, muitos dos produtos de engenharia, arquitetura e agronomia não são materiais, são “ideias” “criações”, e
estes são os principais produtos a serem negociados. São o seu “ouro”;
• Tempo e recursos – uma das mais importantes ferramentas de uma boa negociação na
atualidade, é saber descrever com clareza ao cliente que os seus serviços trarão redução
de gastos (economicidade) e, consequentemente, baixos custos na operação. Esta relação
(menor tempo e menos recursos) sempre ajuda em qualquer negociação;
40
Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 41
• Segurança – faça com que o cliente sinta-se seguro quando da sua contratação, esta segurança tem de ser garantida, antes e durante o planejamento, durante a operação e na
manutenção da obra ou serviço realizado;
• Por último e de importância fundamental, mostre com clareza ao seu cliente, que o objeto
de contrato será muito mais valorizado futuramente graças ao emprego do seu trabalho.
Esse fator é determinante, pois fixa na mente do cliente a importância do seu trabalho em
valorizar o bem que ele está empreendendo.
Desenvolvimento
Institucional do
Programa
42
Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 43
Políticas Institucionais Programadas
CREA – E A POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Uma das vertentes de atuação do CREA junto à comunidade profissional é a formulação e
implementação de políticas de valorização profissional. Para além das competências legais fiscalizatórias, o CREA se compromete, como vem fazendo nos últimos anos, a desempenhar sua
função maior, qual seja, a de comportar-se como corporação de ofícios das profissões científicotecnológicas. Nesta linha filosófica, o alvo maior é o próprio profissional jurisdicionado.
Mobilização institucional – todos os programas implementados passam pela necessária
mobilização dos profissionais. A rede de serviços hoje implantada permite que, com uma eficiente agilidade, todos os profissionais, instituições de ensino, entidades classistas e empresas,
sejam informadas dos eventos, fatos ocorridos e programas. Os profissionais são mobilizados
coletiva e seletivamente. Este programa pretende mobilizar, pela rede de informações instalada,
os engenheiros e arquitetos ligados à área de projeto de edificação. O veículo de mobilização e
coordenação da Assessoria de Apoio às Entidades de Classe, e o apoio operacional das Gerências Regionais e Inspetorias, do PRO-CREA, Assessoria de Comunicação Social, entre outros.
Sensibilização profissional – este programa é a resposta de uma demanda da própria
comunidade profissional. Inicialmente restrita a uma solicitação de fortalecimento da ação fiscal, ampliou-se para a visão da necessidade do aprofundamento das relações institucionais do
sistema com as Prefeituras e Governo do Estado. No desenvolver do programa, detectou-se a
necessidade de envolvimento de cada profissional da área de projeto de edificação para o seu
sucesso. É destacado o papel das Entidades de Classe para a sensibilização de seus associados
para o bom desempenho do programa. As Instituições de Ensino serão parceiras fundamentais
para a sensibilização dos acadêmicos, futuros profissionais, os quais se deseja que ingressem no
exercício da profissão já com a visão de excelência em projetos.
Motivação profissional – pretende-se motivar cada profissional dedicado ao projeto de
edificação pela oferta de novas e dinâmicas maneiras de ver e fazer seu ato de ofício. Um mo-
44
Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 45
tivador eficaz para aderir ao programa é a conscientização das vantagens mercantis que um
trabalho de qualidade lhe dará como retorno, individual e também coletivamente. A melhoria
da imagem do próprio profissional e da sua profissão é o impulsionador do programa. Isto, certamente, será consagrado com a certificação pelo Selo de Qualidade e Excelência que o profissional buscará e a instituição chancelará ao profissional que atingir as metas desejadas.
Curso, seminários e palestras – o instrumental de apoio para a busca desta desejada
qualidade será desenvolvido pelo CREA através de seus organismos envolvidos e com o apoio
das Entidades de Classe e Instituições de Ensino. Está prevista uma série de seminários a serem desenvolvidos em cada regional, junto com o suporte da Governança Cooperativa. Muitas
palestras já foram e continuam sendo ofertadas pelo PRO-CREA em todo o Estado do Paraná
com conteúdo convergente à ideia de excelência em projetos. Novas palestras itinerantes serão
organizadas, patrocinadas e veiculadas para atingir a cada profissional interessado. O curso,
visando a consolidação harmônica dos conceitos, métodos e práticas convergentes à ideia da
excelência e a normalização incidente, será ofertado. Sua forma será à distância, com eventos
intermitentes presenciais.
CREA – E A FISCALIZAÇÃO
A competência fundamental do CREA como organismo de Estado é a fiscalização do exercício das profissões a ele jurisdicionadas. O processo fiscal vem sendo progressivamente aperfeiçoado em seus métodos e normas operacionais, conquistando resultados melhores ano a ano.
A filosofia que fundamenta a ação fiscal é a defesa da sociedade usuária dos serviços de engenheiros, arquitetos, agrônomos, agrimensores, geólogos, geógrafos e meteorologistas. O aperfeiçoamento desta determinação volta-se pela melhoria do ambiente de exercício profissional,
com foco na valorização do trabalho de cada um dos profissionais e das profissões. O Programa
de Excelência em Projetos exigirá mais um esforço de incremento da ação fiscal, notadamente
porque sua demanda reside na solicitação de um melhor controle da presença dos chamados
“projetos complementares” nas obras de edificação.
Efetiva participação do profissional no projeto – vem sendo uma preocupação constante a verificação por parte da fiscalização do efetivo empenho do profissional naquilo que ele
se dispõe a executar. Inicialmente, a motivação era o combate às práticas do “acobertamento”.
Isto continua em ação. Porém, a política focada na valorização do próprio profissional fez
com que este esforço se ampliasse e buscasse a conscientização ética e a melhoria do ambiente de exercício da profissão. O aparato fiscalizador continuará a combater a prática do
acobertamento, com redobrada atenção, o que este programa exigirá.
Verificação da presença de todos os projetos em obra – como demanda inicial dos próprios profissionais, a existência e presença de todos os projetos exigíveis para
a edificação serão verificadas pelo sistema fiscal. O Agente Fiscal implementará ação concomitante à fiscalização de rotina para a constatação da exigibilidade da presença de todos
os projetos em obra, segundo as diretrizes deste programa e as normas fiscais vigentes. Os
profissionais que praticam sua arte com a visão ética de excelência serão certamente beneficiados.
Verificação da integração projeto-execução – os procedimentos integradores
dos projetos da edificação não são possíveis de serem vistos em obra. Sua efetiva integração deverá ter ocorrido em escritório. No entanto, o executor da obra é o profissional qualificado para fazer esta verificação. Ele saberá dizer se os projetos que vieram ao canteiro
têm coerência. Em parceria com o Agente Fiscal, o processo integrador poderá ser avaliado e avalizado participativamente. Constatada a não integração, os profissionais faltosos,
quando de má-fé, estarão suscetíveis a processo por infração ética.
ENTIDADES DE CLASSE – E A PARCERIA
A demanda do Programa de Excelência teve sua origem nas Entidades de Classe e foi
acolhida pelo Conselho e pelas Câmaras Especializadas, através da Governança Cooperativa.
As Entidades de Classe são a base do sistema, pois delas são oriundos os Conselheiros
que compõem o Pleno e as Câmaras Especializadas e também delas vêm as indicações para
os Inspetores.
Contudo, sua importância basilar ao sistema tem se demonstrado no apoio efetivo para
o desenvolvimento dos programas, ações e eventos promovidos pelo CREA. Considerando
esta relevância participativa, o Programa de Excelência se desenvolverá neste cenário de
cooperação com as Entidades de Classe.
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Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 47
Mobilização e conscientização – como em tantos outros programas e ações já desenvol-
INSTITUIÇÃO DE ENSINO – E A FORMAÇÃO ACADÊMICA
vidos, o ambiente mais eficaz para se atingir o profissional é o seu espaço de sociabilização.
Caberá às Entidades de Classe, como contrapartida, a mobilização dos profissionais de sua
localidade ou região para a participação no programa. A Assessoria de Apoio às Entidades de
Classe já vem se empenhando em propiciar meios para o alcance desta meta, segundo as potencialidades e peculiaridades de cada Entidade de Classe que assiste. O diálogo metodológico,
portanto, será personalizado.
Acompanhamento pragmático – o Programa de Excelência pretende ter caráter per-
Não há como falar em excelência e qualidade na elaboração de projetos sem pensar na formação dos profissionais. Assim, é fundamental para o Programa de Excelência em Projetos o
apoio à formação acadêmica. Para que o sucesso desejado do programa aconteça em todos os
seguimentos da Organização Profissional, deverão estar focados em objetivos comuns: a boa
formação técnica com a ampliação da visão sistêmica e a troca de experiências da academia
com o efetivo exercício profissional. Esta é a fórmula de sucesso que o programa defende para
a boa formação acadêmica.
manente e se ampliará para alcançar as atividades referentes às próximas etapas. A experiência
acumulada em uma etapa servirá de subsídio para a melhoria do próprio programa e para o
desenvolvimento das etapas seguintes. O cenário de implantação do programa, em nível local,
é o da Entidade de Classe, estando ela, portanto legitimada ao acompanhamento das práticas
profissionais e à detecção dos avanços incorporados a elas, no rumo de sua excelência. O acompanhamento permanente destas práticas retro-alimentará o programa, levando-o também à sua
própria excelência.
Divulgação e promoção do CREA-PR – o desenvolvimento da integração com os acadêmicos, membros dirigentes e corporativos da instituição, auxiliará o programa de excelência
em projetos a proporcionar esta parceria tão importante da academia com a experiência prática
dos profissionais. Almeja-se o preparo dos acadêmicos para que sua inserção no mercado de
trabalho seja tranquila e sempre fundamentada nos preceitos éticos da profissão. Também almejamos a parceria com o corpo docente das Instituições de Ensino. Esta parceria tem se mostrado
extremamente positiva e tem apresentado excelentes resultados em várias regiões do Estado.
Assistência ao poder público – a dimensão política local das Entidades de Classe é
Material de apoio, Seminários e Palestras – o Programa de Excelência em Projetos
fator potencializador da busca da excelência. Por natureza, as associações, os clubes, os institutos estão vinculados à dinâmica social das comunidades onde se inserem e têm facilidade de
diálogo com o poder público local. Já é regra terem assento em conselhos e comissões temáticas
regionais e locais, onde exercem seu potencial de assistência técnica, numa atitude cidadã, aos
organismos gestores da coisa pública. Este caráter participativo, de legítima cidadania, permite
que a Entidade de Classe veicule à gestão pública, mormente à municipal, a qualidade técnica,
às vezes deficiente em seus quadros funcionais. Com frequência, vemos associações darem uma
ajuda às prefeituras, através de convênios, no suplemento técnico. Isto tem ocorrido tanto em
programas como o Casa Fácil, Campo Fácil e Eletro Fácil, como na elaboração de projetos de
interesse social. Ainda há entidades que assessoram o executivo na análise técnica de planos e
projetos e até mesmo na análise de projetos privados com pretensões a alvarás. É fundamental
a continuidade deste fluxo de contribuição com a administração pública. Agora, ampliado, com
as diretrizes e objetivos do Programa de Excelência em Projetos incorporados sistematicamente
à dinâmica das Entidades de Classe.
desenvolverá vários produtos. Publicações, vídeos, revistas, entre outros, serão multiplicados e
distribuídos para todos os acadêmicos no Estado. Vários cursos de aperfeiçoamento, palestras
técnicas e outras mídias de promoção, divulgação e outros trabalhos serão disponibilizados. Os
meios terão seus conteúdos focados no bom exercício das profissões, na melhoria da formação
e na melhor qualificação dos futuros profissionais de projeto, que estarão gradativamente se
inserindo no mercado.
PREFEITURAS – E A AGENDA PARLAMENTAR
A Agenda Parlamentar do CREA em parceria com as Entidades de Classe visa criar aproximação dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia com os poderes públicos
constituídos e ainda buscar apoio para uma série de projetos de lei de interesse das profissões.
Principalmente, visa-se o que se refere à busca pela excelência nas obras e serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e ainda ao exercício de sua função social. Inicialmente, a agenda
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Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 49
acontecerá com a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, e a parceria com as Entidades
de Classe e o CREA-PR visará atingir aos municípios, buscando mútua cooperação entre os
profissionais e o poder público.
Legislação para a aprovação de projetos integrados – já está em curso o pleito
junto às municipalidades, através de muitas Entidades de Classe, para o seu aperfeiçoamento
legislativo, com o objetivo de melhorar o desempenho e aperfeiçoamento da ação fiscalizadora
de obras de edificação. Foca-se, sobretudo a qualidade, a segurança e a excelência, em cumprimento à legislação e atendimento aos conceitos de excelência estabelecidos pelo programa.
A intenção é alcançar maior confiabilidade nas obras executadas por profissionais, eficácia nos
recolhimentos dos impostos municipais e a qualificação da mão-de-obra local. A parceria com
os municípios, em especial na exigibilidade da apresentação dos projetos integrados em todas
as obras de edificação, desencadeará um processo irreversível de melhoria da qualidade das
obras executadas em seu espaço territorial.
Apoio analítico das Entidades de Classe – os municípios poderão contar e fazer uso
do apoio e suporte das Entidades de Classe que estão devidamente qualificadas pelo seu corpo
técnico. Através de leis municipais ou convênios firmados com as Entidades de Classe, os municípios poderão ter suporte suplementar quanto à análise técnica de projetos, desenvolvimento
de programas de engenharia e arquitetura pública, e em todas as políticas públicas objetivadas
pelos municípios e desejadas pela sociedade.
Apoio à qualificação dos prestadores de serviços – os poderes públicos, os municípios, os orgãos públicos responsáveis pela qualificação e preparação de profissionais para o
mercado de trabalho, poderão desenvolver parcerias específicas com as Entidades de Classe.
Estas poderão promover cursos de aperfeiçoamento e de formação de mão-de-obra para a prestação de serviços de engenharia, arquitetura e agronomia, valendo-se do conhecimento técnico
destes profissionais e da extrema capilaridade que se pode obter através da distribuição regional
das Entidades de Classe.
Desenvolvimento
do Programa
com o Profissional
de Projeto
50
Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 51
O Selo de Qualidade e Excelência em:
• Projetos
• Execução
• Manutenção
O principal produto do Programa de Excelência está na certificação, no reconhecimento
público do trabalho do profissional, e para isso o programa traz inicialmente o SELO DE
QUALIDADE E EXCELÊNCIA EM PROJETOS DE EDIFICAÇÕES. Este instrumento, bem
utilizado, poderá ser o grande fator de diferenciação e agregação de valor ao trabalho do profissional. O reconhecimento público do CREA-PR juntamente com as Entidades de Classe e as
Instituições que compõem a Organização Profissional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
no Estado do Paraná.
O Selo é um instrumento que compreende as seguintes fases:
1 – Capacitação;
2 – Inscrições;
3 – Banca Examinadora;
4 – Manutenções do direito ao uso do Selo;
5 – Renovações do direito ao uso do Selo.
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Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 53
1 – Curso de Capacitação Profissional
Vários profissionais, especialistas em projetos e nas recomendações cautelares definidas pelo
programa desenvolveram um curso semipresencial. Seu objetivo é apresentar aos profissionais
participantes os conceitos e diferenciais que o Programa de Excelência traz para o planejamento
de edificações. O curso será semipresencial e os módulos presenciais serão realizados através
da promoção das Entidades de Classe em parceria com o CREA-PR.
O Curso de Excelência em Projetos
Proposta – O Curso de Capacitação Profissional em Excelência em Projetos de Edificação
será ministrado como parte didática do Programa de Excelência em Projetos – Fase I (Edificação). Será ministrado à distância com etapas presenciais de nivelamento, de preferência
distribuídas geograficamente pelas Gerências Regionais. Para uniformização de raciocínio e
formatação de conteúdos, adotaram-se os seguintes princípios:
• Propõe-se atingir a comunidade dos profissionais dedicados ao projeto de edificação, tanto de arquitetura quanto dos projetos integrados, bem como de serviços e
procedimentos concorrentes à arte da boa edificação.
• Limita-se o objeto ao Projeto Edilício, abrindo-se o seu estudo a todos os componentes materiais e imateriais concorrentes à concepção do edifício.
• Pretende-se o desenvolvimento da visão integrativa e do entendimento de toda a
complexidade dos múltiplos projetos que compõem o projeto do edifício pelos profissionais que se dedicam a projetos especializados.
• Espera-se um curso prático em suas proposições, flexível em seus conteúdos, atual quanto à tecnologia e promovente da valorização do profissional em seus aspectos
técnicos, sociais, remuneratórios e fiscais.
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Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 55
• Cada prática especializada materializável em projeto será tratada como elemento
projetivo, distinto e convergente para o projeto do edifício como um todo integrado, e
não como um complemento colado à Arquitetura (ex.: elemento projetivo estruturas,
elemento projetivo instalações de prevenção de incêndios etc.).
b) Módulo 2 – Ensino à distância
Aula 1 – Projeto Arquitetônico;
Aula 2 – Projeto Estrutural;
Aula 3 – Prevenção contra o Crime;
• As práticas influentes e condicionantes da arte de projetar, mas não materializáveis em projeto específico, serão tratadas como recomendações cautelares observáveis no processo do projeto específico, bem como na sua integração com os demais
projetos.
Aula 4 – Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
c) Módulo 3 – Ensino à distância
Aula 1 – Projeto Elétrico;
Ementa do Curso
Aula 2 – Projeto Hidráulico;
Aula 3 – Projeto de Telecomunicações;
O curso será organizado em cinco módulos, quatro à distância e um presencial, seguindo
uma apresentação preambular.
Versará sobre as preocupações que o projetista deverá ter em seu labor, não necessariamente
expressas em projetos gráficos, mas como atendimentos resolutivos e encaminhamentos para a
obra, em todos os elementos projetivos.
Em todos os módulos serão noticiadas as formas convencionais de expressão peculiares ao
ato de ofício, as normas incidentes, as interfaces e suas cautelas com os outros projetos e sugestões práticas de encaminhamento do trabalho do profissional.
O conteúdo está distribuído como segue:
a) Módulo 1 – Ensino à distância
Aula 1 – Aula Inaugural – Programa de Excelência em Projetos, Execução e Manutenção
de Obras de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências;
Aula 2 – Ética Profissional;
Aula 3 – Responsabilidade Legal.
Aula 4 – Projeto de Instalações Mecânicas;
Aula 5 – Projeto de Prevenção de Incêndios.
d) Módulo 4 – Ensino à distância
Aula 1 – Patologias nas Construções;
Aula 2 – Segurança no Trabalho;
Aula 3 – Aspectos Mercadológicos da Excelência.
e) Módulo 5 – Presencial:
Aula 1 – Compatibilização de Projetos.
O curso é pré-requisito para a obtenção da certificação, que será concedida mediante aprovação dos trabalhos do profissional por uma banca examinadora devidamente cadastrada pelo
programa, e cujas, regras e disciplinamento consta em regulamento próprio da certificação.
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Programa de Excelência em Projetos CREA-PR | 57
2 – Inscrições
Será apresentado o regulamento e todas as disposições necessárias para o profissional que
desejar se inscrever no processo de certificação.
3 – Defesa de Trabalho junto à Banca Examinadora
O profissional que concluir com êxito o curso de capacitação do Programa terá a oportunidade de submeter trabalhos a uma Banca Examinadora. Ela será composta por profissionais de
conhecimento aprofundado e de destaque no cenário estadual.
A aprovação deste trabalho, de acordo com a regulamentação estabelecida pelo programa,
concederá ao profissional participante a oportunidade de certificação dos seus trabalhos.
Ampla divulgação em nível estadual, regional e local, será proporcionada aos participantes.
4 – Manutenções do Direito ao Uso do Selo
Serão feitas mediante auditorias, que poderão acontecer a qualquer tempo. Estas auditorias
submeterão novos trabalhos dos profissionais à verificação da manutenção, por parte do participante, da aplicação dos conceitos do Programa de Excelência em Projetos.
5 – Renovações do Direito ao Uso do Selo
Ocorrerão de acordo com o regulamento do Programa, porém haverá a necessidade de aperfeiçoamento profissional. Novos cursos de atualização serão ofertados aos participantes, o que
darão a estes a garantia da renovação da certificação.
Excelência, uma Ideia Aberta
O Programa de Excelência em Projetos é uma ideia em aberto.
Surgiu de uma demanda de profissionais projetistas, através de suas Entidades de Classe. É
a estes profissionais, desejosos de melhorias na qualidade de seus serviços, que ele se destina.
É neste ambiente sociável de relações técnicas representado pelas Entidades de Classe que ele
se desenvolverá. Por isto, continua aberto a receber novas ideias que o aperfeiçoem e garantam
o alcance de seus objetivos.
Esta ideia incorpora e quer incrementar outras ideias que vimos perseguindo há já muitos
anos. A humanização das práticas de Engenharia, de Arquitetura e de Agronomia; a valorização
dos profissionais pela melhoria de seu ambiente ético de relações e da qualidade real de seu
produto; o reconhecimento social e político de sua importância no processo civilizatório; a sua
efetiva inserção no mundo do trabalho pelo mérito, são algumas delas.
O foco é o projeto. O programa enfatiza o momento do projeto, a dinâmica de projetar e o
ambiente onde o talento master do profissional projetista se manifesta e se converte em soluções proativas. É aquele momento mágico de criação onde as soluções de futuro surgem e todo
o saber tecnológico e capacidade artística convergem para o novo. Para além do exercício de
uma mera atribuição garantida em lei, ou de uma simples formalidade gráfica, quer-se o trato
do projeto como um elemento de excelência nas práticas das profissões.
Enfim, projetar, todos podem. Para ser excelente, no entanto, há que se superar. O melhor
projeto há sempre de ser o próximo, ainda que o último já esteja ótimo.
0800 41 0067
www.crea-pr.org.br
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Programa de Excelência Projetos, Execução e - Crea-PR