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Aos leitores
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA
DIRETORIA - 2001/2003
SBP Hoje tem como objetivo levar aos pediatras de todo o País um
panorama da atual situação da Sociedade, bem como uma prestação
de contas do trabalho liderado, a
partir de 1998, pelo dr. Lincoln
Freire. De início, o próprio presidente apresenta, de maneira sucinta, um balanço das principais ações
na luta pela defesa profissional, no
campo político-institucional, na renovação da área administrativa e no
terreno da educação continuada.
Na entrevista reforça também o empenho da diretoria, do Conselho
Acadêmico, dos Departamentos Científicos, Grupos de Trabalho e Filiadas, para transformar a Sociedade numa instituição cada vez mais
moderna e atuante. Em seguida,
SBP Hoje detalha, em quatro blocos, o conjunto das atividades desenvolvidas nos últimos seis anos.
A revista é parte de um projeto de
comunicação, que tem como base a
transparência, e o desejo de incentivar o trabalho coletivo e a mobilização crescente dos associados.
Tudo para uma SBP cada vez maior, mais dinâmica e mais representativa dos interesses da pediatria.
Boa leitura!
Presidente: Lincoln Marcelo Silveira Freire
10 Vice-Presidente: Dioclécio Campos Júnior
20 Vice-Presidente: João Cândido de Souza Borges
Secretário Geral: Eduardo da Silva Vaz
10 Secretário: Vera Lúcia Queiroz Bomfim Pereira
20 Secretário: Marisa Bicalho P. Rodrigues
30 Secretário: Fernando Filizzola de Mattos
1o Diretor Financeiro:
Carlindo de Souza Machado e Silva Filho
2o Diretor Financeiro: Ana Maria Seguro Meyge
Diretor de Patrimônio: Mário José Ventura Marques
Coordenador do Selo: Claudio Leone
Coordenador de Informática: Eduardo Carlos Tavares
Conselho Fiscal: Raimunda Nazaré Monteiro Lustosa, Sara
Lopes Valentim, Nilzete Liberato Bresolin
Assessorias da Presidência: Pedro Celiny Ramos Garcia,
Fernando Antônio Santos Werneck, Claudio Leone, Luciana
Rodrigues Silva, Nelson de Carvalho Assis Barros, Reinaldo
Menezes Martins
Diretoria de Qualificação e Certificação
Profissional: José Hugo Lins Pessoa
Coordenador do CEXTEP: Hélcio Villaça Simões
Coordenador da Área de Atuação:
José Hugo Lins Pessoa
Coordenador da Recertificação:
José Martins Filho
Diretor de Relações Internacionais:
Fernando José de Nóbrega
Representantes:
ALAPE: Mário Santoro Jr.
AAP: Conceição Aparecida de M. Segre
IPA: Sérgio Augusto Cabral
Mercosul: Remaclo Fischer Júnior
Diretor dos Departamentos Científicos:
Nelson Augusto Rosário Filho
Diretoria de Cursos e Eventos: Dirceu Solé
Coordenador da Reanimação Neonatal:
José Orleans da Costa
PRESIDENTES DE DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
Departamento Científico de
Adolescência: Darci Vieira da Silva Bonetto
Departamento Científico de
Aleitamento Materno: Elsa Regina Justo Giugliani
Departamento Científico de
Alergia/Imunologia: Charles Kirov Naspitz
Departamento Científico de
Bioética: Délio José Kipper
Departamento Científico de
Cardiologia: Edmundo Clarindo Oliveira
Departamento Científico de Cuidados
Hospitalares: Valéria Maria Bezerra Silva Luna
Departamento Científico de Cuidados
Primários: Anamaria Cavalcante e Silva
Departamento Científico de Defesa
Profissional: José Hugo de Lins Pessoa
Departamento Científico de
Dermatologia: Bernardo Gontijo
Departamento Científico de
Endocrinologia: Durval Damiani
Departamento Científico de
Gastroenterologia: Luciana Rodrigues Silva
Departamento Científico de Genética
Clínica:Marcos José Burle de Aguiar
Departamento Científico de
Infectologia: Regina Célia de Menezes Succi
Departamento Científico de
Nefrologia: Eleonora Moreira Lima
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Departamento Científico de
Neonatologia: Cléa Rodrigues Leone
Departamento Científco de
Neurologia: Magda Lahorgue Nunes
Departamento Científico de
Nutrição: Fernando José de Nóbrega
Departamento Científico de
Onco-Hematologia:
Mara Albonei Dudeque Pianovski
Departamento Científico de
Otorrinolaringologia: Moacyr Saffer
Departamento Científico de Pediatria
Ambulatorial: Jayme Murahovschi
Departamento Científico de
Pneumologia: Clemax Couto Sant’Anna
Departamento Científico de
Reumatologia: Flávio Roberto Sztajnbok
Departamento Científico de
Saúde Escolar: Jorge Harada
Departamento Científiico de
Saúde Mental: Eric Yehuda Schussel
Departamento Científico de
Segurança na Infância e Adolescência:
José Américo de Campos
Departamento Científico de
Suporte Nutricional: Cléa Maria Pires Ruffier
Departamento Científico de
Terapia Intensiva: Paulo Ramos David João
Coordenador da Reanimação Pediátrica:
Paulo Roberto Antonacci Carvalho
Coordenador dos Serões:Edmar de Azambuja Salles
Centro de Treinamento em Serviços:
Coordenador: Mário Cícero Falcão
Coordenador dos Congressos e Eventos:
Álvaro Machado Neto
Coordenador do CIRAPs: Maria Odete Esteves Hilário
Diretoria de Ensino e Pesquisa:
Lícia Maria Oliveira Moreira
Coordenadora da Graduação: Rosana Fiorini Puccini
Residência e Estágio – Credenciamento:
Coordenadora: Cleide Enoir P. Trindade
Residência e Estágio – Programas:
Coordenador: Aloísio Prado Marra
Coordenador da Pós-Graduação: Francisco José Penna
Coordenador da Pesquisa: Marco Antônio Barbieri
Diretoria de Publicações da SBP:
Diretor de Publicações: Renato Soibelmann Procianoy
Editor do Jornal de Pediatria:
Renato Soibelmann Procianoy
Coordenador do PRONAP: João Coriolano Rego Barros
Coordenador dos Correios da SBP:
Antonio Carlos Pastorino
Documentos Científicos:
Coordenador: Paulo de Jesus H. Nader
Centro de Informações Científicas:
Coordenador: Ércio Amaro de Oliveira Filho
Diretoria de Benefícios e Previdência:
Guilherme Mariz Maia
Diretor de Defesa Profissional:
Mário Lavorato da Rocha
Diretoria da Promoção Social da Criança e do
Adolescente: João de Melo Régis Filho
Promoção de Campanhas:
Coordenadora: Rachel Niskier Sanchez
Defesa da Criança e do Adolescente:
Coordenadora: Célia Maria Stolze Silvany
Comissão de Sindicância:
Coordenadores: Euze Márcio Souza Carvalho, José
Gonçalves Sobrinho, Rossiclei de Souza Pinheiro, Antônio
Rubens Alvarenga, Mariângela de Medeiros Barbosa
CONSELHO ACADÊMICO DA SBP
ACADÊMICOS TITULARES
Alvaro de Lima Machado
Antônio Márcio Junqueira Lisboa
Azarias de Andrade Carvalho
Azor José de Lima
Calil Kairalla Farhat
Conceição Aparecida de Mattos Segre
Dalva Sayeg
Eduardo de Almeida Rego Filho
Eduardo Marcondes
Edward Tonelli
Ennio Leão
Fernando José de Nóbrega
Izrail Cat
Jairo Rodrigues Valle
Jayme Murahovschi
José Dias Rego
José Joaquim de Souza Contente
Julio Dickstein
Mario Santoro Jr
Milton Hênio Neto de Gouveia
Milton Medeiros
Navantino Alves Filho
Nelson de Carvalho Assis Barros
Nelson Grisard
Nubia Mendonça
Pedro Celiny Ramos Garcia
Reinaldo de Menezes Martins
Roberto Moreira Nunes Silva
Samuel Schvartsman
SBP hoje
Publicação da Sociedade Brasileira de Pediatria,
filiada à Associação Médica Brasileira
Conselho Editorial:
Lincoln Freire, Vera Bomfim e Reinaldo Martins.
Projeto, Edição, Coordenação de
Produção: Maria Celina Machado e José Eudes Alencar/
ENFIM Comunicação;
Relações Públicas da SBP: Andréa de Souza;
Projeto gráfico e diagramação: Paulo Felicio;
Estagiários: Fernanda Tripolli e Gabriela Bittencourt;
Endereço para correspondência:
SBP/ Rua Santa Clara, 292 Copacabana
Rio de Janeiro CEP 22041-010 RJ
Tel. (21) 2548-1999 Fax: (21)2547-3567
E-mail: [email protected]
Site: http://www.sbp.com.br
ENTREVISTA
LINCOLN FREIRE
“Sou um idealista
irrecuperável”
O
pediatra Lincoln Freire é
um mineiro tranqüilo, que
fala olhando nos olhos do
interlocutor. Suas respostas são claras e objetivas.
Não é homem de muitas dúvidas, gosta do trabalho solidário e acredita piamente no que faz. Tem fama de muito
exigente consigo mesmo e com seus colaboradores. Também não aceita improvisações. Sua ação político-administrativa na SBP, por exemplo, é orientada por um planejamento minucioso e consistente, com objetivo de
minimizar os desperdícios e as possibilidades de erro.
Formado pela Universidade Federal
de Minas Gerais, onde também fez
mestrado e doutorado, dr. Lincoln tem
uma carreira vitoriosa como médico,
professor e dirigente de entidades profissionais. Integrante do “staff” do Instituto de Previdência do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), lá entrou por
concurso, foi chefe da Residência em
Pediatria e diretor do Centro Geral de
Pediatria da Fundação Hospitalar do
Estado de Minas Gerais. Presidiu também a Sociedade Mineira de Pediatria
e a Associação Medica de Minas Gerais
– por dois mandatos – e é o 1º vicepresidente da Associação Médica Brasileira. Além disso, mesmo com dedicação integral à SBP, ainda consegue
tempo para orientar teses e coordenar
seminários em Belo Horizonte, às segundas-feiras, e para atuar no
colegiado da Pós-Graduação em Pediatria do IPSEMG.
É do tipo que se envolve totalmente
com seus objetivos. Sua opção pela
Medicina e pela Pediatria revela uma
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autêntica vocação, orientada pela vontade de contribuir para que a sociedade brasileira possa superar seus dilemas e encontrar caminhos de plena
realização. Seu estilo que, às vezes, assusta algum colaborador mais desavisado, é o de estabelecer uma relação de
grande responsabilidade e, principalmente, de amor pelo que se propõe a
realizar. Incansável, nos últimos seis
anos a serviço da SBP, cruzou o território nacional em todas as direções várias vezes. Foram quase mil viagens
para reuniões, cursos, seminários, congressos, eventos, inaugurações. Sem
falar na atuação internacional, sempre
no sentido de estabelecer articulações
da Sociedade com entidades congêneres que possam trazer frutos para a
pediatria brasileira.
Casado com uma pediatra, dra.
Heliane, e pai de dois filhos médicos,
dr.Lincoln sabe que sua maneira de
agir implica em grandes sacrifícios para
as relações pessoais. “Minha família
tem tido uma compreensão muito
grande. Eles se preocupam principalmente com minha saúde. Minha vida é
marcada por compromissos que assumo para valer. Na verdade, sou um idealista irrecuperável. Por sorte, minha
mulher também é pediatra e os pediatras normalmente têm grande sensibilidade, riqueza interior e capacidade de
reconhecimento. Mas valeu a pena, o
trabalho na SBP me presenteou com
muitos amigos, pessoas extraordinárias com quem dificilmente teria oportunidade de conviver. Não só na diretoria, como também no corpo de funcionários”, afirma, reconhecido. A seguir, sua entrevista.
SBP Hoje: O sr. exerceu a presidência da SBP por dois mandatos. Na primeira eleição, em 1997, houve uma disputa acirrada. No pleito seguinte, em
2001, foi aclamado, indicado por todos os poderes da Sociedade, e aceitou
continuar liderando uma chapa única. Agora ao deixar a presidência, a
SBP está unida em torno do dr. Dioclécio, eleito com seu apoio, também
em chapa única. Isso significa uma
grande coesão da instituição em torno do projeto liderado pelo sr. e seu
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grupo. Como isto se desenvolveu?
Dr. Lincoln: Entendo que minha
maneira limpa de lidar com as pessoas
e a dedicação ao trabalho promoveram
ampla unidade em torno dos nossos
objetivos. Logo, o conjunto da SBP foi
percebendo claramente as intenções e
posso dizer que a quase totalidade das
pessoas teve sempre uma atitude cons-
“Demonstramos
que somos capazes
de conseguir
grandes vitórias.
Com a mobilização
dos pediatras,
certamente vamos
alcançar muito
mais”
trutiva e colaborativa. Claro que quando você lida com um universo de 35 mil
pessoas, deve estar preparado para não
ser unanimidade. Quem trabalha com
afinco e seriedade e, principalmente,
com austeridade, não deve ter receios
de enfrentar incompreensões e eventuais adversários. Na SBP, como na
vida, minha atitude foi sempre serena.
No entanto, quando tive de agir, de
enfrentar uma situação mais delicada,
o fiz sem hesitações, convencido de que
era o melhor para a instituição. Cheguei à presidência com projetos bem
definidos e com imensa vontade de trabalhar. Como a grande maioria das
pessoas que compõem a entidade é séria e honesta, o resultado foi uma grande unidade em torno das metas definidas. Ninguém que chegou com uma
idéia boa querendo trabalhar pela criança foi marginalizado. Desse modo,
minha reeleição por exemplo - que não
postulei - e o processo conduzido por
mim que resultou na eleição do dr. Dioclécio para a próxima presidência,
foram fruto de uma mobilização de todos os órgãos da Sociedade, de todos os
Conselhos. Hoje podemos afirmar que
a SBP está unida e empenhada em torno de propostas objetivas para o engrandecimento da categoria e profundamente envolvida na defesa dos direitos das
crianças e dos adolescentes.
SBP Hoje: Nesses seis anos, a diretoria empenhou-se muito na luta pela
defesa dos legítimos interesses dos pediatras. O sr. pode comentar alguns
aspectos?
Dr. Lincoln: Realmente, encaramos com muita seriedade as questões
relativas à Defesa Profissional. De fato,
não tínhamos tradição de luta muito
grande nesse assunto. Nosso Departamento foi implantado apenas do fim da
década de 1980. Discutia-se muito pouco o tema e as ações deixavam a desejar. Inclusive pela falta de mobilização.
Nos últimos anos, avançamos muito.
Promovemos fóruns de discussão, detalhamos as questões, partimos para
um planejamento estratégico e, principalmente, estivemos atuantes nos
momentos necessários. Só para dar um
exemplo, quando foi discutido o projeto para a Unimed, estive presente desde a primeira reunião com o presidente da Singular, em Belo Horizonte,
motivando inclusive o trabalho de nosso diretor de Defesa Profissional. Também participei pessoalmente de todas
fases de discussão sobre a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), tanto
com a Fipe, como no Conselho de Especialidades da AMB, defendendo a
melhoria da remuneração do pediatra.
Foi assim também com o SUS, junto ao
Ministério da Saúde e com as Oficinas
sobre o Programa Saúde da Família.
Algumas questões, no entanto, estão
além de nossas possibilidades de luta.
Envolvem aspectos políticos sobre os
quais não temos controle ou possibilidade de ingerência. Mas, sem nenhuma dúvida, posso afirmar, avançamos
muito, demonstramos que somos capazes de conseguir grandes vitórias e
com a mobilização dos pediatras, certamente vamos alcançar ainda muito
mais.
SBP Hoje: E com relação à Educação Continuada ?
Dr. Lincoln: Nessa área, o trabalho da Sociedade foi muito forte. Era
uma reivindicação importante dos colegas e nos esforçamos muito para
atendê-la. Promovemos mais de cem
eventos, congressos, simpósios, reuniões e cursos itinerantes. Sempre no
sentido de levar aos pediatras de todo
o País – principalmente das regiões
mais distantes dos grandes centros –
novos conhecimentos e novas informações. Implantamos os congressos
nacionais-regionais, valorizamos a
cultura médica de todos as regiões. Patrocinamos inúmeras publicações. Barateamos o custo da assinatura do
Pronap. Dinamizamos o Programa de
Reanimação Neonatal e implantamos
o de Reanimação Pediátrica. Modernizamos o site, implantamos a educação à distância. Conseguimos a
indexação do Jornal de Pediatria ao
MEDLINE. Os Departamentos Científicos e os Grupos de Trabalho organizaram suas atividades. De fato, o
empenho no campo da Educação Continuada foi um dos pontos altos da
atuação de nossa diretoria. Também
tivemos papel importante na melhoria do ensino de pediatria, com os congressos que discutiram a Graduação,
a Pós e a Pesquisa, o Encontro de Residentes, propostas para o currículo
assumidas pela Comissão Nacional de
Residência Médica e um incansável
trabalho de visitar e sugerir melhorias
aos Programas.
SBP Hoje: No campo da proteção aos direitos de crianças e adolescentes, o trabalho também teve
grande visibilidade. Qual a avaliação do sr.?
Dr. Lincoln: Nos envolvemos vigorosamente nos assuntos relativos à
cidadania de crianças e adolescentes.
Entendo que uma das missões mais
importantes do pediatra consiste em
aproveitar o processo de construção
do conhecimento médico, para utilizálo em benefício da população infantojuvenil. Principalmente dos mais carentes. Procuramos trabalhar os indicadores sociais mais relevantes, den-
tre eles, a mortalidade infantil. Organizamos o ato público em prol do Direito de Nascer e Viver com Saúde.
Enfrentamos diretamente a questão
dos acidentes e da violência. Aos poucos, fomos construindo ações em conjunto com outras instituições, como o
Ministério da Saúde. Lançamos o projeto Adolescência Saudável, Compro-
“O empenho no
campo da
Educação
Continuada foi
um dos pontos
altos da
atuação de
nossa
diretoria”
misso da Pediatria, com objetivo de
contribuir para a capacitação de profissionais do País inteiro. Fizemos os
fóruns de saúde da criança indígena e
agora, estamos lançando o documento – já incorporado pelo MS – de diagnóstico e tratamento dos principais
agravos, destinado aos profissionais
da área que tratam desse segmento.
Criamos o Grupo de Trabalho de Crianças Especiais. O Departamento de
Segurança na Infância e Adolescência
elaborou um projeto para a prevenção
de acidentes, o Escola Saudável, e também um novo manual, destinado aos
profissionais de saúde, que será distribuído em breve. Também o Departamento de Saúde Escolar redigiu, e
estamos publicando, o Escola Promotora da Saúde. Estamos lançando também duas publicações com orientações para a prática esportiva saudável
na infância e adolescência, e ainda o
documento Os 10 Passos para a Atenção Hospitalar Humanizada à Criança e ao Adolescente.
SBP Hoje: O sr. também promoveu
uma ampla reforma organizativa na
Sociedade. Como foi o processo?
Dr. Lincoln: Avalio o resultado final como muito bom. Trata-se de um
campo complexo e difícil. No percurso, sempre podem ocorrer divergências e problemas pontuais. Mudar procedimentos administrativos arraigados
é complicado e surgem certas
incompreensões. Quando se começa a
estabelecer regras, a evitar casuísmos
e privilégios, produz-se necessariamente algum desconforto. Isso, num
primeiro momento, pois as dificuldades foram rapidamente superadas. Até
porque a diretoria é composta por pessoas sérias, responsáveis e atentas aos
interesses dos pediatras e do público.
Hoje, temos realmente uma boa
normatização dos processos internos.
Tudo muito transparente. Fizemos um
importante investimento no cadastro,
o controle patrimonial passou a ser rigoroso, assim como as prestações de
contas. Criamos os Centros e Custos,
que identificam todas as áreas. Passamos a trabalhar com orçamento anual, previamente elaborado e submetido do Conselho Superior. O arquivo foi
remodelado e reformulado. O processo de aprimoramento administrativo,
no entanto, deve ser permanente. A
evolução constante e progressiva. Precisamos também ter humildade e capacidade de receber críticas construtivas, pois quem quer administrar bem
tem que estar sempre disposto a corrigir as imperfeições eventualmente detectadas.
SBP Hoje: Na sua gestão, foi criado
o Memorial da Pediatria Brasileira...
Dr. Lincoln: Sim, o Memorial foi
uma idéia de nossa diretoria. Tínhamos
um sentimento de que a SBP estava
perdendo um acervo de 90 anos. Anais,
atas, publicações de toda a natureza,
toda uma história bonita, construída
em décadas por nomes ilustres da pediatria, estava dispersa e isso me deixava incomodado. A primeira idéia foi
apenas organizar o acervo, mas as metas se tornaram mais ambiciosas. Recebemos também o estímulo da Nestlé, com quem sempre mantivemos
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uma relação ética e cordial. E a partir
daí, fomos ampliando o projeto, no sentido de organizar toda a produção
cientifica, inclusive dos congressos, as
publicações, as dissertações de mestrado, as teses de doutorado, os livros escritos por pediatras brasileiros, etc. Trabalhamos também com documentos e
objetos históricos, recuperando dados e
informações. É, sem dúvida, um projeto muito bonito, que iniciamos e vamos
deixar implantado. Nessa primeira fase,
estamos inaugurando o museu, a exposição permanente, a biblioteca, inclusive com a biografia de grandes personalidades e dos ex-presidentes da SBP. Em
seguida, virão a biblioteca virtual e mais
dois livros, além do CD-ROM e da exposição itinerante sobre questões pontuais. É importante salientar que contamos com a colaboração decidida de
inúmeros colegas de todo o País, de expresidentes da entidade e de várias empresas.
SBP Hoje: Outra realização importante foi a criação da Fundação SBP.
Sem dúvida, é uma das marcas de sua
gestão e o sr. foi escolhido pelo Conselho Curador para ser o primeiro presidente. Também já foi convidado pelo
dr. Dioclécio para continuar no posto.
Como vai ser a atuação do sr. nessa
nova tarefa?
Dr. Lincoln: É verdade, a Fundação foi uma idéia que, graças ao apoio
decisivo dos colegas, conseguimos realizar. Fui escolhido como primeiro
presidente e aceitei o convite de Dioclécio para ficar no cargo por mais algum tempo. Minha idéia é continuar
contribuindo para realizar o trabalho
que todos queremos para nossa entidade. Sou um soldado disposto a colaborar no que for preciso. A Fundação
promoverá um gerenciamento mais
profissional, mais eficiente, de todas a
ações que envolvam recursos financeiros captados pela Sociedade. Sem
injunções políticas e com objetivos bem
definidos, pretendemos atrair recursos
através de projetos articulados com outras fundações, com órgãos governamentais, não-governamentais e empresas, que possam nos auxiliar a desenvolver ações em benefício da criança e
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do adolescente. Dessa maneira,
estatutariamente, a Fundação será responsável pelo gerenciamento, pela administração dos recursos de algumas
áreas: cursos e eventos, publicações,
Selo, Memorial, benefícios, e projetos
para campanhas. A SBP continuará
atuando na parte política e científica.
Meu compromisso é, pois, permanecer
“A Fundação
promoverá um
gerenciamento
mais profissional de
todas a ações que
envolvam recursos
financeiros
captados pela
Sociedade”
trabalhando pela entidade enquanto
for necessário.
SBP Hoje: A SBP também avançou
bastante na área de Comunicação. Várias ações e campanhas tiveram bastante visibilidade nos jornais e na televisão...
Dr. Lincoln: Nosso compromisso
sempre foi com a transparência. A SBP,
como uma instituição pública, deve informações aos sócios e à comunidade.
Por outro lado, só vamos conseguir
mobilizar os colegas para nossas lutas,
se conhecerem as ações desenvolvidas
pela Sociedade. As pessoas precisam
saber de que forma o trabalho está sendo conduzido. Por isto, com a criação
da Asssessoria de Comunicação, ampliamos e demos formatação profissional
ao informativo, que passou a se chamar
SBP Notícias. As principais informações também são divulgadas no site.
Fizemos um vídeo institucional e publicações sobre a entidade. No contato
com a imprensa, que a Sociedade pas-
sou atender diariamente, nos tornamos
referência para questões de saúde de
crianças e adolescentes. Abrimos espaço para os projetos da SBP e para as
orientações dos nossos Departamentos
em todos os meios de comunicação.
Tivemos grande presença na televisão
e chegamos a veicular, sem custos para
a entidade, dois filmes de divulgação.
A Assessoria de Comunicação que organizamos sempre se comportou de
maneira estritamente profissional. Sua
vocação nunca foi a de promover grupos, diretores ou a presidência. Seu
empenho foi sempre no sentido de divulgar as realizações coletivas da Sociedade. Nesse processo, tínhamos que
contar apenas com a qualidade do trabalho que estava sendo feito. Não fizemos investimento nenhum para comprar espaços publicitários na imprensa. Entendo que foi um trabalho que se
aprimorou com o passar dos anos e
hoje a Assessoria de Comunicação tem
uma base que consideramos muito importante para o futuro da SBP.
SBP Hoje: Para finalizar, o sr. considera que algum projeto deixou de ser
realizado?
Dr. Lincoln: Creio que fizemos bem
mais do que planejamos. Basta olhar
para as metas estabelecidas no meu
discurso de posse. Foram todas cumpridas. Sempre assumi funções de direção procurando saber exatamente o
que e como fazer. Nossos planos apresentados ao Conselho Superior eram
bastante ambiciosos. Muitos acreditavam que se fizéssemos a metade já seria muito. Hoje posso afirmar que fizemos quatro ou cinco vezes mais. E por
que? Porque as pessoas logo perceberam o empenho, a seriedade, e se motivaram. Nossas ações têm recebido o
reconhecimento maciço da pediatria
brasileira. São inúmeras as manifestações a esse respeito, advindas de todos
os recantos do País. Aliás, esse reconhecimento sobre o trabalho da diretoria já
havia se manifestado plenamente na
pesquisa Perfil do Pediatra. Temos, pois,
a certeza de ter realizado todos os esforços para exercer, da melhor maneira
possível, o papel que nos foi designado
pelos pediatras brasileiros.
EDUCAÇÃO CONTINUADA
Cursos e congressos em todas as
regiões, tecnologia de ponta e
publicações gratuitas para os
sócios ou a baixo custo são a
marca da reciclagem profissional
Aperfeiçoamento
permanente
I
nstrumento cada vez mais importante nesse processo de atualização, o site da SBP tem sido
cada vez mais aprimorado e somente em fevereiro, contabilizou 176.369 visitas. No aniversário da
entidade, em 27 de julho de 2003, foi
inaugurado um programa que, até abril
de 2004 terá completado 20 palestras
on line e outras 23 agendadas até o final do ano. São mais de 1.700 inscritos
no “Atualização Continuada à Distância”, que oferece aos associados conferências interativas, transmitidas ao
vivo e gratuitas. Para participar é preciso ter banda larga, mas a SBP providenciou os recursos e em breve, todas
as filiadas terão a tecnologia, possibilitando o acesso aos pediatras e seus
convidados. A entidade está instalan-
do também o sistema de video-conferência, que interligará a sede, as Sociedades Estaduais e os escritórios, permitindo que até cinco localidades estejam em contato simultaneamente.
Quanto aos programas de “Educação
à distância”, com cursos de maior duração (cerca de dois meses) e divididos
em módulos, têm aulas gravadas e
também podem ser acessados com conexão discada a partir do site da SBP.
São gratuitos para os associados e abertos aos interessados com o pagamento
de uma taxa. Três foram realizados de
2003 ao início de 2004: “Manejo do
recém-nascido com asfixia perinatal”,
“Capacitação em Adolescentes”e “Dermatologia Pediátrica”.
Além disto, estão disponíveis no site
informações sobre a SBP e sua estru-
tura, sobre os cursos e demais eventos
realizados pela entidade, sobre o Selo
para produtos infanto-juvenis, materiais produzidos pelos Departamentos
Científicos e pelos Grupos de Trabalho,
os editais dos concursos para os Títulos
de Especialista, link para o JPED on line
e diversas publicações, entre as quais o
SBP Notícias. Há ainda dados sobre as
campanhas da entidade e textos produzidos especialmente para pais, crianças
e adolescentes. No mecanismo de busca avançada “Encontre seu pediatra” é
possível localizar os médicos – sócios
devidamente cadastrados na seção específica – por endereço do consultório,
horário de atendimento ou até mesmo
pela habilitação e área de atuação. Até
metade de fevereiro, 3.109 pediatras já
estavam inscritos.
Publicações/Cursos/ Palestras
NÍVEL INTERNACIONAL
A indexação do Jornal de Pediatria
(Jped) ao Medicus / MEDLINE, no
qual estão agora armazenados os artigos publicados, foi um antigo desejo da
SBP, realizado em 2003. Com cerca de
15 mil leitores, trata-se da maior e uma
das mais conceituadas revistas pediátricas da América Latina – e também a
única a participar do banco de dados
mais importante da área médica inter-
nacional. Sua independência editorial
– regulamentada nas últimas gestões da
Sociedade – é de fundamental importância para a qualificação técnica da revista, que dignifica a pediatria brasileira e possibilita a divulgação no mundo
inteiro das pesquisas feitas no País.
O reconhecimento no exterior também foi alcançado com outra providência implementada nos últimos anos – a
construção da página eletrônica do Jor-
nal de Pediatria, o www.jped.com.br.
Com versão em português e inglês, todos os textos publicados na revista impressa (desde 1994) podem ser
visualizados on line. Estão disponíveis
as seis edições anuais, assim como dois
suplementos semestrais, lançados em
1998 e que trazem uma revisão de tópicos específicos da pediatria.
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BOA TÉCNICA PARA SALVAR VIDAS
“Das 350 crianças que nascem por
mês na maternidade Odete Valadares
– referência em Belo Horizonte para
partos de alto risco – 15% têm baixo
peso. Diante desse alto percentual, as
técnicas adquiridas no Curso de Reanimação Neonatal da SBP – que utiliza manequins, simulando uma criança
em situação de emergência – são fundamentais para que muitas vidas possam ser salvas. Sabemos que nesses
casos não há tempo a perder. O Curso
treina os médicos de forma integrada
e sistematizada, possibilitando uma
seqüência eficiente de atendimento.
Todos os passos obedecem a uma lógica clara e segura. Por isso, é importantíssimo para um bom atendimento”. A
afirmação é da dra. Ruth Lira de Oliveira, médica plantonista do serviço de
Neonatologia da Maternidade e instrutora de Reanimação, habilitada há oito
anos no Programa da SBP.
UM BALANÇO DO PROGRAMA
Nos últimos seis anos 978 cursos
habilitaram 18.672 profissionais
Criado em 1994, o Programa de Reanimação Neonatal da SBP realizou
1.081 cursos e treinou 22.239 alunos –
sendo 978 cursos de 1998 a 2003, que
habilitaram 18.672 profissionais. Já o
Curso Auxiliar em Reanimação Neonatal qualificou instrutores e iniciou o
processo de treinamento com capacitação de 1.811 auxiliares. Foi idealizado pela Sociedade, que desenvolveu
também a metodologia. A iniciativa foi
implementada a partir do convênio assinado com o Ministério da Saúde em
2002, e que estabeleceu uma agenda já
cumprida, com a realização de 52 cursos.
Além disto, pesquisas importantes
têm sido desenvolvidas. O “Perfil dos
alunos aprovados e reprovados no Programa de Reanimação Neonatal da
SBP” resultou em dois trabalhos apresentados no Meeting da Academia
Americana de Pediatria (AAP), em
Boston e publicados no Journal of
Perinatology (2002). Outro projeto,
“Atendimento do recém-nascido na
sala de parto nas maternidades públicas das capitais brasileiras” está em
andamento e a intenção é analisar as
condições de atendimento de bebês na
sala de parto no Brasil, através de uma
Reanimação Pediátrica: 5546 profissionais participaram de 249 cursos
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amostra significativa de maternidades.
O próprio modelo do Programa desenvolvido pela SBP foi reconhecido
internacionalmente, em especial pela
AAP, como exemplo de experiência
bem sucedida. Em março de 2004, a
SBP realizou, em Belo Horizonte (MG),
o I Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, reunindo especialistas do País e convidados estrangeiros,
entre os quais o coordenador de Reanimação da AAP, dr. William J.
Keenan. O evento demonstra o compromisso da entidade em reduzir o número de mortes na sala de parto, e em
chamar a atenção para a necessidade
do nascimento seguro.
ÊXITO NA REANIMAÇÃO
PEDIÁTRICA
A capacitação de pediatras para o reconhecimento de situações de risco de
vida e para as técnicas de ressuscitação
cardiorespiratória da criança é o objetivo do Programa de Reanimação Pediátrica, que começou a ser planejado
e estruturado em 1998. Em convênio
com a Sociedade Brasileira de Cardiologia / Fundação do Coração (SBC/
Funcor), que detém os direitos de divulgação dos cursos de ressuscitação da
American Heart Association (AHA), a
Sociedade deu início a um projeto caracterizado pela formação de pólos de
treinamento do curso da Pediatric
Advanced Life Support (PALS) em várias filiadas no país.
O Programa começou a ser viabilizado
no segundo semestre de 1999, quando
foram selecionados os 8 primeiros pólos: Ceará, Bahia, Pará, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul. Em quatro anos,
5546 profissionais de saúde – pediatras,
médicos em geral e cuidadores de crianças – participaram dos 249 cursos
oferecidos pela SBP. Atualmente, são
120 instrutores e o quadro de centros
de treinamento cresceu, com a inserção
das filiadas da Paraíba, DF, Pernambuco e Paraná, que passaram a oferecer os
cursos, já na segunda gestão do dr. Lincoln Freire.
O CONHECIMENTO QUE VAI ATÉ O PEDIATRA
Formado em 1959 e natural de Ubá,
Minas Gerais, onde clinica, dr. Fernando Dias Paes é assinante do Programa
Nacional de Educação Continuada em
Pediatria (Pronap) da SBP desde o primeiro Ciclo, em 96. “Foi a melhor coisa da pediatria brasileira. Atualiza o
conhecimento, fazendo com que mesmo os médicos do interior, que têm
pouco acesso aos Congressos, consigam se informar. Dá para notar também a preocupação com a formulação
dos módulos e com os testes são enviados”, salienta. Além dos Ciclos (I ao
VII) do Programa, o médico mineiro
também fez o curso de 6 fascículos do
“Estudando Dermatologia” e continua
seu aprendizado com os módulos do
“Curso de Antimicrobianos na Prática
Clínica Pediátrica”, também do Programa da Sociedade. Todas as teorias
abordadas nos cursos são postas em
práticas pelo dr. Fernando.
PRONAP. PREÇO MAIS
ACESSÍVEL AUMENTA
NÚMERO DEASSINATURAS
Iniciado em
1996, o Programa Nacional de
Educação Continuada (Pronap)
– curso de atualização por cor-
respondência – é um sucesso. A partir
de 1999, os sócios quites da SBP passaram a ter um desconto significativo,
fazendo o número de assinantes crescer bastante nos Ciclos V e VI e mais
ainda após o lançamento dos dois primeiros números extras. Assim, o Programa, que tinha 1.700 inscritos, superou a marca dos 5 mil no ano passado.
Seis Ciclos já foram distribuídos, além
dos números 01 e 02 do Ciclo VII. Associados da SBP, residentes, faculdades e hospitais receberam ainda quatro edições extras do Pronap.
DERMATOLOGIA
Com estrutura metodológica similar
ao Pronap – pré e pós-testes, aplicação de prova e fornecimento de certificado – o programa “Estudando Dermatologia” proporcionou atualização científica aos sócios
da SBP e participantes do
Projeto Médico
Residente. Entre 2001 e 2002, seis fascículos foram distribuídos tratando dos
seguintes temas: Infecções bacterianas
e virais da pele; Dermatozoonoses; Micoses superficiais; Dermatite de fral-
das; Urticária e angiodema, prurigo estrófulo; Dermatite atópica. O material
está
disponível
na
Internet
(www.sbp.com.br /Educação Médica
Continuada/ Cursos de Atualização).
ANTIMICROBIANOS
O Curso Antimicrobianos na Prática
Clínica Pediátrica – Guia Prático para
Manejo no Ambulatório, Emergência e Enfermaria é composto de fascículos
bimestrais, divididos em duas séries, a primeira
estuda todos os
antibióticos quimioterápicos e a segunda discute o uso
dos medicamentos em cada área de atuação. O material está disponível no site
(seção Educação Médica Continuada/
Cursos de Atualização).
PRORN
Iniciado em outubro de 2003, o Programa de Atualização em Neonatologia
(PRORN) já possui 1400 inscritos. É formado por dois ciclos anuais, enviados
ao endereço indicado pelo aluno. No
programa, estão temas como “a abordagem na anemia no recém-nascido
pré-termo extremo” e “o recém-nascido com cardiopatia congênita”. A SBP
é a coordenadora científica e a Editora
Artmed a responsável pela impressão e
comercialização.
CORREIOS E
DOCUMENTOS
CIENTÍFICOS
Reunindo artigos de revisão em
quatro números
anuais, os Correios da SBP apresentam temas
atuais relatados
por importantes professores. Além disso, resumos de publicações estrangeiras são editados com o comentário do
tradutor ou do corpo editorial da Re-
9
vista. A partir de 2001, também os Documentos Científicos passaram a ser
impressos juntamente com os Correios, trazendo recomendações
dos Departamentos
Científicos.
No mesmo
ano, dois
estudos extras foram elaborados: “Perdas Auditivas na Infância” e “Recomendações
de Vacina”. Ao todo, foram disponibilizados na Revista Correios 147 artigos
e 17 Documentos Científicos no período de 1998 a 2003.
NOVOS TÍTULOS NO PRELO
A SBP está ultimando seis novas publicações, produzidas por seus Departamentos Científicos, com distribuição
aos sócios prevista até o início de abril:
O Guia “Segurança da Criança e do
Adolescente” foi elaborado pelo Departamento da área, é dirigido aos
profissionais da saúde e integra a
Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes e Violência da SBP; O manual “Esporte como instrumento de
promoção da saúde”contém informações que vão do combate ao sedentarismo e da nutrição à questão das drogas; A publicação “Segurança na Prática de Esportes-Crianças e Adolescentes” é dirigida à população; O “Escola
Promotora da Saúde” reúne subsídios
para a implantação da estratégia defendida pela OMS e pela OPAS; O do-
10
cumento “Os 10 Passos para a atenção hospitalar humanizada à criança
e ao adolescente”, organizado pelo Departamento de Cuidados Hospitalares,
consiste numa descrição sistematizada das experiências positivas de respeito aos direitos infanto-juvenis existentes nas instituições brasileiras, com
o objetivo de multiplicá-las. O “Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira”, destinado aos profissionais que atuam com esta população, aborda desde a visão de saúde e
doença dos povos indígenas aos problemas mais comuns em ambulatório
pediátrico.
SÓCIOS RECEBERAM FASCÍCULOS
No ano passado, a Sociedade produziu e enviou aos associados a série “Fascículos para Atualização em Imunização/Linha Vacinas”, com 6 temas, entre os quais “Calendário oficial de vacinação”,
“Transporte e
conservação de
vacinas” e “Vacinas em situações especiais”.
O estudo foi desenvolvido pelo
Departamento
Científico (DC)
de Infectologia, com a coordenação-geral do dr. Lincoln Freire, coordenação
científica da dra. Regina Succi e revisão da dra. Heliane Freire.
Outra série lançada em 2003, Asma
Pediátrica é composta por quatro fascículos elaborados pelo Departamento de
Pneumologia.
O material
está disponível no site da
SBP.
Em 2000,
três textos denominados “Novidades em Pesquisas
Pediátricas”, foram enviados aos sócios da entidade. As publicações reuniram os mais importantes trabalhos
apresentados no Encontro das Sociedades Acadêmicas de Pediatria
(American
Pediatric
Society,
European Society for Pediatric
Research, Society for Pediatric
Research).
TEMAS DE NUTRIÇÃO EM
PEDIATRIA E TEP COMENTADO
Editadas em parceria com a Nestlé,
as publicações divulgam os temas discutidos nas reuniões do Departamento de Nutrição da SBP e as provas do
Concurso para o Título de Especialista em Pediatria (TEP) comentadas.
Entre os assuntos da Nutrição, foram
abordados “O papel do ferro na alimentação infantil”, “Alimentação da
Criança nos Primeiros Anos de Vida”,
entre outros, publicados em três fascículos, distribuídos aos pediatras em
2001, 2002 e 2004. Quanto ao TEP
Comentado, foram sete edições, de
1997 a 2003.
PROJETO DIRETRIZES
Elaborado em conjunto pela Associação Médica Brasileira e pelas Sociedades de Especialidades, com apoio
do Conselho Federal de Medicina, o Projeto Diretrizes foi lançado em 2001. São
orientações para
o tratamento das
principais patologias com a
metodologia da
medicina baseada em evidências. A SBP participou
com 20 Diretrizes, como as temáticas
em Asma Brônquica, Febre Reumática, 17 sobre Vacinas e também o Consenso em Infectologia, focado na Meningite Bacteriana. Todas podem
também ser acessadas no site
(www.sbp.com.br), na Seção Educação Médica Continuada.
CID E AGENDA SBP
Em 1999, a SBP enviou aos sócios um
manual de bolso com as últimas modificações da Classificação Internacional de Doenças (CID) – elaboradas durante
a IX Conferência
de Revisão da XX
Assembléia Mundial de Saúde. A
publicação, com
um resumo das
principais afecções pediátricas, facilita a identificação de patologias.
Em 2003, os associados receberam
uma agenda que, além das informações
usuais, trouxe o
CID –10, o calendário de vacinação, gráficos
de crescimento,
valores de pressão arterial, textos sobre acidentes, violência na infância, e
marcos do desenvolvimento da criança. Em 2004, a
agenda ampliou suas informações
acrescentando os principais itens para
o pediatra inseridos na Classificação
Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos e também a resolução
n° 1.666/03 do CFM, que regulamenta
as especialidades, as áreas de atuação,
os títulos e as certificações.
UMA BELA HISTÓRIA
Em 2000, nas comemorações dos 90
anos da entidade, foi lançado o
livro“Um compromisso com a esperança. História da Sociedade Brasileira de
Pediatria”. Escrito pelo jornalista
Glauco Carneiro, o texto narra, em
mais de 500 páginas – e com dezenas
de ilustrações, documentos e fotografias – a história da saúde infantil desde a chegada dos portugueses até os
dias de hoje, o nascimento da medicina no Brasil e a fundação da SBP. O livro foi distribuído gratuitamente, mediante solicitação dos pediatras, o que
pode ser feito ainda, por escrito.
CRESCER E VIVER COM SAÚDE
A SBP também lançou, em parceria
com a Editora C2, os livros “Crescendo
com Saúde” 1 e 2. Dirigidos aos pais,
são guias de nutrição infantil, com recomendações de 1044 e 840 pediatras
nas edições de 1999 e 2003. Sucesso de
público, o primeiro livro vendeu 25 mil
exemplares, podem ser encontrados
nas livrarias do país.
GUIAS PARA UMA BOA PRÁTICA
Psicóloga clínica e conselheira técnica do Conselho Tutelar e do Conselho
de Direitos da Criança e Adolescente de
Petrópolis, no Rio de Janeiro, de 1996
a 2003, Ângela Maria G. P. Rocha conheceu o “Guia de Atuação Frente a
Maus-Tratos na Infância e Adolescência” da SBP em setembro de 2003. Eis
seu depoimento:
“Conheci o material durante um seminário no Rio de Janeiro. Observei
que seria bastante útil se fosse utilizado nas escolas, consultórios e no abrigo onde trabalho, capacitando profissionais. A partir do conhecimento do
Guia, a coordenação da minha entidade – o abrigo Cidade de Meninos São
Paulo Apóstolo, que atende a crianças
e adolescentes filhos de pais detentos
em Petrópolis, no Rio de Janeiro – passou a adotar as orientações propostas,
que foram de grande utilidade, já que
a maioria dos internos também foi vítima de algum ato de violência. O Guia
informa e ajuda, mesmo aqueles que
não são vítimas de violência. Sua principal contribuição é estimular e orientar a capacitação dos funcionários e diretores”, ressalta a psicóloga Ângela
Rocha.
O Guia de Atuação
Frente a Maus-Tratos
na Infância e Adolescência teve duas edições e 100 mil exemplares quase esgotados. Foi redigido em
parceria com o Centro
Latino-americano de
Estudos e de Violência Jorge Carelli (Claves)/Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP)/ Fiocruz e patrocinado pelo
Departamento da Criança e do Adolescente da Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.
Já o Guia Medicamentos Genéricos em
Pediatria Ambulatorial, foi editado pelo Departamento Científico
da área, na gestão
1998/2001, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária/ Ministério da Saúde, e distribuído aos sócios da SBP.
Com o Guia de Adolescência, o Departamento responsável
pela faixa etária, em
convênio com o Ministério da Saúde (MS)/
Área Técnica da Saúde
do Adolescente e do
Jovem respondeu às
dúvidas mais freqüentes sobre o atendimento, prestou informações sobre crescimento, aspectos nutricionais, sexualidade, contracepção, vacinação, entre
outras. A publicação foi distribuída aos
11
sócios da SBP, à Federação Brasileira
de Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e ao MS.
O Departamento também
produziu, em parceria com outras
organizações, um
Guia Brasileiro de
Orientação e Prevenção ao Tabagismo, com objetivo de contribuir
para a redução do elevado número de
fumantes entre os adolescentes – faixa
etária na qual a maior parte dos fumantes crônicos adquire o mau hábito.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
PARA UMA ADOLESCÊNCIA
SAUDÁVEL
Dirigido aos pediatras e outros profissionais da saúde, o projeto “Adolescência Saudável. Compromisso da pediatria”, teve como objetivo sensibilizálos para o atendimento aos adolescentes. Entre suas ações, foram realizados
cursos, em convênio com o Ministério
da Saúde. Os temas abordados foram
a consulta, o crescimento, o desenvolvimento, a sexualidade, a prevenção à
gravidez, as DSTs e a Aids. Participaram as filiadas do Acre, Alagoas, Goiás,
Maranhão, Piauí, Paraná, Rio Grande
do Sul, São Pulo, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Sergipe, Espírito Santo, Pará
e Mato Grosso. O Departamento também distribuiu manuais, vídeos, livros,
transparências, etc.
RECICLAGEM É FUNDAMENTAL
Levar o conhecimento atualizado
para o pediatra que vive em localidades mais distantes dos centros urbanos é o objetivo dos Cursos Itinerantes
de Reciclagem e Atualização em Pediatria (CIRAPS). O projeto foi inaugurado em 1998 e já percorreu 76 cidades, com 105 cursos estruturados com
a seguinte sistemática: a Sociedade de
Pediatria do estado-sede escolhe três
grandes temas, de acordo com a demanda local; a partir daí os Departamentos Científicos (DC) selecionam os
12
assuntos, juntamente com os professores convidados. O patrocínio é obtido pela SBP e cabe à sociedade estadual, divulgar e organizar as aulas nos
municípios. Os DCs mais requisitados
são os de Infectologia, Pneumologia,
Gastroenterologia e Alergia. Em seis
anos os CIRAPS já atenderam cerca de
5.566 alunos, em grande parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
SERÕES REAVALIADOS
Os Serões foram responsáveis pelo
debate de 66 assuntos, obtendo a marca de 10.021 espectadores nos últimos
seis anos. Desde 1998, os temas científicos foram intercaladas com questões
sociais, com repercussões nas características do próprio público, que passou
a reunir também profissionais da Justiça, educadores e profissionais de outras áreas médicas. Atualmente o programa está em fase de reavaliação.
CENTRO DE TREINAMENTO EM
SERVIÇOS
Oferecer estágios de curta duração
aos associados da entidade. Este o objetivo do Centro de Treinamento em
Serviço (CTS) inaugurado em 2000,
para disponibilizar serviços credenciados para treinamento, proporcionando mais uma forma de reciclagem profissional.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
E FACILIDADE PARA
ADQUIRIR PUBLICAÇÕES
E PARTICIPAR
DE EVENTOS
Firmado em 2000, o convênio entre
a SBP e a Academia Americana de Pediatria (AAP) possibilitou aos sócios da
SBP uma série de vantagens. Além, de
obter descontos na aquisição de material e na participação dos eventos promovidos pela organização norte-americana, a Sociedade passou a ser mediadora de estágios de pediatras brasileiros nos Estados Unidos. A Divisão de
Neonatologia da Univesity of Miami
School of Medicine, o Jackson Medical
Center, é o principal destino dos profissionais.
Eventos /Ensino
A SBP chegará em abril de 2004 com
o registro de 49 congressos e simpósios de atualização de grande porte, realizados desde abril de 1998. São eventos nacionais e regionais, para os quais
convida professores experientes e renomados do Brasil e do exterior. Entre os já tradicionais, estão os que reúnem especialistas das mais diversas
áreas de atuação, os Cursos Nestlé de
Atualização Pediátrica – com uma média de 4 mil participantes – e os Congressos Brasileiros de Pediatria – também com um público de aproximadamente 4 mil profissionais. Já os Congressos Brasileiros de Ensino e Pesquisa em Saúde da Criança e do Adolescente, o Encontro de Residência e
os Congressos Nacionais por região,
marcam os novos projetos introduzidos no calendário da entidade no período. A Sociedade também tem apoiado e realizado no Brasil eventos internacionais – como o Congresso
Mundial de Nutrição, que 2001, reuniu 520 participantes em São Paulo, e
o Congresso Latino-americano de Perinatologia, que mobilizou mais de mil
profissionais no Rio de Janeiro, em
2000. Em março, foi a vez do I
Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, em Belo Horizonte, promovido com grande sucesso.
Os Congressos Nacionais por região
já ocorreram duas vezes no Nordeste
(Recife/PE, em 1998 e também em
Aracaju/ SE, em 2002), outras duas no
Centro-Oeste (Cuiabá/MT, em 1999 e
também em Campo Grande/MS, em
2003), no Sul (Florianópolis/ SC, em
2000) e no Norte (Belém/PA, em 2001),
para onde está programado o segundo,
em junho de 2004, sediado em Manaus/
AM. Até o final de 2003, os seis eventos
Encontro Nacional sobre Residência em Pediatria, SP, 2000
reuniram mais de 3.200 pessoas, que
participaram de fóruns e cursos sobre
os mais diversos temas da pediatria, tanto científicos, quanto sociais.
A EXCELÊNCIA COMO META
Reunindo cerca de 700 pesquisadores cada, os dois Congressos de Ensino
e Pesquisa realizados em São Paulo em
2000 e 2002, apresentaram trabalhos
inéditos de alto nível e pesquisas em
andamento, além de debater metodologias de investigação e de avaliar os
cursos de Graduação e Pós no país. Documentos com propostas para a melhoria do ensino foram encaminhado às
autoridades públicas.
Em março de 2000, o Encontro Nacional sobre Residência em Pediatria –
Um Convite à Integração do Médico
Residente reuniu 200 residentes e preceptores de cerca de 90 serviços e gerou
mudanças muito positivas. Entre estas,
a prevenção de acidentes na infância e
na adolescência, assim como a atenção
à saúde do adolescente passaram a integrar obrigatoriamente o programa
13
para a formação dos novos médicos. As
propostas, levadas à Comissão Nacional
de Residência Médica, foram publicadas
no Diário Oficial em 2002.
Mas além disto, a SBP editou, no ano
passado, um Guia de orientações básicas e promoveu, juntamente com as Sociedades Estaduais de Pediatria, seminários e reuniões com chefes de residência
e professores universitários. O objetivo
é assessorar a implementação da nova
disciplina nas faculdades e instituições
médicas, tornando-as aptas a oferecer
aos seus residentes (R1 e R2) a carga horária necessária com temas teóricos e
atendimento prático aos adolescentes.
Para ampliar a presença dos pediatras nas definições sobre o ensino, a
Sociedade participou da Comissão
Interinstitucional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM) e, desde 2002,
é membro da Associação Brasileira de
Escolas Médicas (ABEM).
PROJETO MÉDICO RESIDENTE
Desde 1998 a SBP implementa um
projeto especial para os médicos residentes (R1 e R2), que possibilita sua
integração à entidade. Com o pagamento de uma taxa anual de apenas
R$50,00, o novo profissional tem a
oportunidade de receber todas as publicações – Correios, Documentos Científicos, Jornal de Pediatria, SBP Notícias
e fascículos do Pronap – e pode contar
também com descontos especiais nos
eventos promovidos pela Sociedade.
RECONHECIMENTO DE
RESIDÊNCIAS
O programa de Reconhecimento de
Residências em Pediatria foi iniciado
em 1998, com a constituição de dois
Grupos de Trabalho (GTs), responsáveis pela discussão do conteúdo e pela
organização do reconhecimento dos
programas de residência em Pediatria.
Realizado o levantamento das áreas de
treinamento em pediatria dos diversos
hospitais e centros universitários, foram identificados 120 programas, embora existissem outros, que não res-
ponderam ao questionário enviado. Já
foram reconhecidos 68 serviços, nos
estados de São Paulo (30), Bahia (8),
Rio de Janeiro (7), Paraná (5), Rio
Grande do Sul (4), Distrito Federal (4),
Pernambuco (3), Minas Gerais (4), Espírito Santo (1), Amazonas (1) e Alagoas (1). Além disto, há 19 solicitações em
avaliação e outros 5 programas já visitados, dos quais a Sociedade aguarda a
documentação completa.
O objetivo da SBP é apresentar sugestões para a melhoria dos Programas.
Segundo a diretoria responsável, os programas com reconhecimento por tempo limitado, e mesmo alguns não reconhecidos, rapidamente têm corrigido as
deficiências. Entre essas, o maior número referiu-se ao atendimento em serviço de emergência. A proposta foi a inclusão de treinamento em Pronto-Socorro conveniado, com aumento da discussão de casos e melhoria da área física. Também foram encaminhadas proposições quanto à supervisão em plantões noturnos e finais de semana.
Residências reconhecidas por área - 2003
INSTITUIÇÃO
Hospital Universitário Prof. Edgar Santos – UFBA
Hospital Geral Roberto Santos - UFBA
Hospital Santo Antônio - Obras Sociais Irmã Dulce
Hospital Darcy Vargas
Hospital Municipal Jesus
Hospital Municipal Salgado Filho Hospital de Clínicas de Porto Alegre-URGS
Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo
Faculdade de Medicina de Sorocaba – PUC
Hospital Ana Costa
Hospital da Criança Santo Antônio - Santa Casa de Porto Alegre
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - UFAL
Hospital Infantil Menino Jesus
Hospital Universitário Getúlio Vargas-UFAM
Centro Geral de Pediatria - FHEMIG
Hospital Regional de Taguatingua
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba
Hospital de Clínicas de Franco da Rocha
Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória
Hospital Municipal da Piedade
Hospital Materno Infantil de Brasília
14
ÁREA
ESTADO
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
BA
BA
BA
SP
RJ
RJ
RS
SP
SP
SP
RS
AL
SP
AM
MG
DF
PR
SP
PE
SP
RJ
ES
RJ
DF
INSTITUIÇÃO
Conjunto Hospitalar do Mandaqui
Faculdade de Medicina-UNESP -Botucatu
Universidade Federal de Minas Gerais
Hospital Geral de Bonsucesso
Univesidade Federal de Pernambuco
Hospital Universitário Professor Edgard Santos-UFBA
Faculdade de Medicina-UNESP -Botucatu
Faculdade de Medicina-UNESP -Botucatu
Hospital Universitário Professor Edgard Santos-UFBA
Hospital do Servidor Público Estadual “ Francisco Morato de Oliveira”
Hospital de Base do Distrito Federal
Hospital da Criança Santo Antonio – Complexo Santa Casa
Hospital São Lucas da PUC
Faculdade de Medicina-UNESP-Botucatu
Hospital Infantil Pequeno Príncipe-PUC
Maternidade Climério de Oliveira - UFBA
Faculdade de Medicina de Sorocaba – Centro – PUC
Hospital Regional de Taguatingua
Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
Maternidade de Campinas
Faculdade de Medicina-UNESP -Botucatu
Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha
Faculdade de Medicina de Uberlândia
Hospital Universitário Professor Edgar Santos - UFBA
Hospital do Servidor Público Estadual “ Francisco Morato de Oliveira”
Faculdade de Medicina-UNESP - Botucatu
Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal de Uberlândia
Hospital Santa Lydia
Hospital Universitário Professor Edgar Santos - UFBA
Faculdade de Medicina-UNESP - Botucatu
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Hospital do Servidor do Estado
Faculdade de Medicina-UNESP - Botucatu
Hospital Darcy Vargas
Faculdade de Medicina-UNESP - Botucatu
Faculdade de Medicina-UNESP - Botucatu
Faculdade de Medicina-UNESP - Botucatu
Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Paraná
Hospital Infantil Pequeno Príncipe
Hospital do Servidor do Estado
Hospital Infantil Pequeno Príncipe
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina
ÁREA
ESTADO
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Pediatria
Nefrologia
Nefrologia
Medicina do Adolescente
Gastroenterologia e Hepatologia
Gastroenterologia
Gastroenterologia
Gastroenterologia
Gastroenterologia
Gastroenterologia
Gastroenterologia
Neonatologia
Neonatologia
Neonatologia
Neonatologia
Neonatologia
Neonatologia
Neonatologia
Neonatologia
Pneumologia
Pneumologia
Pneumologia
Pneumologia
Pneumologia
Curso de aperfeiçoamento em Pediatria
Curso de especialização com área de
atuação em Gastroenterologia e Hepatologia
Cardiologia
Endocrinologia
Endocrinologia
Endocrinologia
Medicina Intensiva Pediátrica
Medicina Intensiva Pediátrica
Reumatologia
Imunologia
Alergia e imunologia
Alergia e imunologia
Neuropediatria
Oncologia
Oncologia
Nutrologia e Metabolismo
SP
SP
MG
RJ
PE
BA
SP
SP
BA
SP
DF
RS
RS
SP
PR
BA
SP
DF
PE
SP
SP
SP
MG
BA
SP
SP
RJ
MG
SP
Programas de Residências
Residências reconhecidas por estado
Reconhecidas 68
Em avaliação 19
Bahia 8
São Paulo 30
Rio de Janeiro 7
Rio Grande do Sul 4
DF – Brasília 4
Total
Total
Não reconhecidas 5
Aguardando documentação 5
97
BA
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
RJ
PR
PR
SP
PR
SP
Alagoas 1
Amazonas 1
Minas Gerais 3
Paraná 6
Pernambuco 3
Espírito Santo 1
68
15
AÇÃO SOCIAL
A SBP cidadã
Veja a seguir um
resumo das ações
que em 6 anos
mudaram o rosto
da entidade
16
om tradição científica quase
secular, desde 1998 a Sociedade Brasileira de Pediatria
está, cada vez mais, comprometida com uma política de
defesa dos direitos da criança e do adolescente. Empenhada em contribuir
para a melhoria das condições de vida
C
de seus pacientes, a entidade vem mudando, e para melhor, a qualidade de
suas relações com a população pediátrica e com a coletividade em geral.
Uma das primeiras providências foi
a criação da Diretoria de Promoção
Social, que juntamente com os Departamentos Científicos e Grupos de Tra-
balho, desenvolveu diversas ações.
Ainda em 1998, no Dia da Criança, a
SBP lançou, com um grande evento no
Rio de Janeiro e com atividades promovidas pelas Sociedades Estaduais de
Pediatria em várias capitais, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes na Infância e na Adolescência – que
é permanente e, a partir de 2000 incorporou também a questão da Violência.
Desde então, a Sociedade vem produzindo inúmeras publicações direcionadas à população e aos profissionais
da saúde. Foram feitos cartazes que
chamam atenção para os vários tipos
de acidentes. Distribuídos mais de um
milhão de Passaportes para a Segurança, editados em duas versões, e que trazem orientações voltadas para as faixas etárias de 0 a 3 anos e 3 a 12 anos.
Em 2000, durante reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) em
Brasília, teve início a distribuição do
“Guia de Atuação Frente a Maus-tratos na Infância e Adolescência. Orientações para pediatras e demais profissionais da saúde”, já em segunda edição, com um total de 100 mil exempla-
res praticamente esgotados. Além disto, a prevenção das causas externas –
principais responsáveis pelos óbitos na
faixa etária dos 5 aos 19 anos – foi incluída na programação de eventos científicos da entidade.
A cartilha “Segurança no Transporte. Crianças e Gestantes”, produzida em
parceria com a Associação Brasileira de
Medicina de Tráfego (Abramet), foi distribuída aos associados da SBP em
2002. Trata-se de um movimento permanente e novas peças estão sendo
produzidas pela Sociedade e suas
Filiadas. Para 2004, novas publicações
formam preparadas pelos Departamentos Científicos (DC) – tanto sobre
a Campanha, quanto abordando outras
questões relacionadas à luta pela cidadania. Entre estas, estão o Manual de
Segurança da Criança e do Adolescente e a Caderneta de Saúde – já disponível na SBP e que tem como objetivo
acompanhar crianças e adolescentes,
do nascimento até os 19 anos – disponibilizando informações que vão do
pré-natal, parto e vacinas, até a adolescência, incluindo fatos importantes
da vida escolar e pareceres dos Conselhos Tutelares.
PARCERIAS E PROJETOS
A SBP tem também trabalhado vigorosamente para consolidar parcerias
com entidades como o Unicef, a Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS), os Ministérios da Saúde (MS),
Justiça e Educação – que recomendou
o projeto Escola Saudável às Secretarias Estaduais de Educação. Na proposta, que já é lei em vários municípios,
torna-se obrigatória a criação de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (CIPAVEs).
Com o MS, a Sociedade participou do
Grupo de Trabalho que elaborou a “Política Nacional
de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências”, em vigor desde
2001, e cuja implantação no
Nordeste foi debatida no
Fórum promovido pela So-
Gravação do filme para
a prevenção da violência
doméstica, em 2002.
17
À esquerda, cartilha editada em 2001 pela
Sociedade de Pediatria de Pernambuco, em
parceria com a SBP, a Prefeitura de Olinda,
Detran e Governo do Estado.
Abaixo, sessão solene na Câmara de Recife,
em outubro de 2001. O Município é um dos
que transformou em lei o projeto da SBP
para a prevenção de acidentes e violência a
partir das escolas.
ticando esportes e dança, dão um verdadeiro exemplo de construção da cidadania. Quanto ao “Casa Segura”,
também foi elaborado a partir de projeto da SBP e com o apoio da entidade.
É uma residência de tamanho real, projetada para simular os perigos potencialmente encontrados no ambiente
doméstico. Já foi visitada por milhares
de pessoas em São Paulo.
Ano passado, a SBP criou o Grupo de
Trabalho (GT) sobre “Risco e Proteção
na Educação Infantil”, pautado na Campanha de Prevenção de Acidentes e Violência e na estratégia Escolas Promotoras da Saúde. O GT reúne profissionais das áreas de saúde e de educação e
tem por objetivo desenvolver um trabalho voltado para a segurança de crianças de 0 a 6 anos, em creches e pré-escolas. Outro importante GT está sendo
criado para ampliar as ações da Campanha de Prevenção de Acidentes, integrando a atuação da SBP e da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica.
Mas além de mobilizar a população,
chamar a atenção dos próprios profissionais da saúde e das autoridades para
a questão, a Sociedade conseguiu incluir a prevenção de acidentes na inÁlbum seriado editado pelo
Unicef, com participação da SBP
ciedade no ano seguinte, em Aracaju
(SE). São inúmeras as ações conjuntas
com o Ministério. Entre estas, estão o
projeto de Controle de Anemia
Ferropriva na Infância, o Controle de
Hipovitaminose A em Crianças Nordestinas e a Humanização da Assistência
ao Prematuro (Projeto Mãe Canguru).
Quanto aos eventos, ainda em outubro de 2001, em Olinda, Pernambuco,
foi realizado o Mutirão Promotores da
Paz. Crianças e adolescentes participaram do evento, escrevendo frases ou fazendo desenhos sobre o tema da prevenção de acidentes e da violência. O
Dia do Pediatra, 27 de julho, de 2002,
foi comemorado com crianças e adolescentes na Vila Olímpica da Mangueira, no Rio de Janeiro – onde a SBP lançou o filme da Campanha sobre Violência Doméstica para divulgação na televisão. Entregou ainda, simbolicamente, o milésimo Certificado Promotores
da Paz a meninos e meninas que, pra18
fância e na adolescência no programa
obrigatório da residência médica e
também na Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos – conquistas que mostram o “rosto” de uma entidade cidadã.
“AS TRANSFORMAÇÕES DA FAMÍLIA
E DA SOCIEDADE E SEU IMPACTO
NA INFÂNCIA E NA JUVENTUDE”
Foi o tema dos Fóruns que o Conselho Acadêmico da SBP realizou em
2002, no Rio de Janeiro (RJ) e ano passado em Porto Alegre (RS). O próximo
será em outubro, em Cuiabá (MT). Os
eventos reúnem profissionais que trabalham com crianças e adolescentes em
vários setores. São médicos, professores, funcionários e dirigentes de hospitais, pedagogos, psicólogos, assistentes
sociais, odontopediatras, fonoaudiólogos, ONGs, Conselheiros de Direitos e
Conselheiros Tutelares, Juizes, representantes de várias instituições, e do
Executivo. Todos focados nos problemas e nas soluções para a conquista
completa dos direitos de crianças e adolescentes. No Rio Grande do Sul, Frei
Betto, coordenador de Mobilização Social do Fome Zero convidou a SBP a participar do Projeto, e recebeu estudos relacionados à nutrição, realizados pela
comunidade científica ligada à SBP.
MOVIMENTOS SOCIAIS E
PODER PÚBLICO
A Sociedade participa do Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Conanda) desde a sua formação e é titular há 3 gestões consecutivas – o que tem aproximado a entidade dos demais movimentos sociais,
também representados no Conselho.
“Temos lutado por esta participação
efetiva,” frisa dr. Lincoln Freire.
A atuação da SBP junto ao legislativo
federal é outra marca do período iniciado em 1998. Entre os resultados concretos está a revogação pelo Conselho
Nacional de Trânsito da resolução que
permitia a adolescentes de 14 anos dirigirem ciclomotores de 50 cilindradas
– movimento que contou com o apoio
da SBP, entre outras instituições.
Em 1999, a Sociedade elaborou proposta – apresentada como projeto de
lei pelo então deputado e hoje ministro dos Esportes Agnelo Queiroz, posteriormente sancionado pelo presidente da República – estabelecendo punições aos cartórios que a descumprirem
a lei da gratuidade do registro e da expedição das certidões de nascimento e
óbito no país.
Inúmeros projetos foram levantados
pela assessoria parlamentar, analisados pela Diretoria de Promoção Social, pelos Departamentos Científicos e
pela presidência, tendo seus relatores
recebido cartas de apoio e outras contribuições. Tramita hoje no Congresso
Nacional, o projeto do deputado Fábio
Feldman apoiado pela Sociedade, que
determina a utilização de Embalagem
Especial de Proteção à Criança (EEPC)
em medicamentos e produtos químicos
de uso doméstico que apresentem potencial de risco à saúde.
Conanda, DF, 2000
19
AMAMENTAÇÃO
Desde 1999 que, a partir da Semana
Mundial da Amamentação (SMAM), a
SBP tem realizado – com a ajuda de
personalidades – campanhas de grande repercussão, com a distribuição de
milhares de cartazes a instituições e
folhetos para as mães com orientações
para uma boa amamentação, além de
incontáveis entrevistas concedidas à
imprensa, que certamente têm contribuído para a conscientização sobre a
importância do ato de amamentar. Em
2003, foi produzido também um filme
20
para a televisão.
Com o MS, a entidade apóia projetos
como a Iniciativa
Hospital Amigo da
Criança e a Rede de
Bancos de Leite Humano.
A partir dos temas
de cada SMAM, a
Sociedade também
realizou atividades.
Em 1999, quando o assunto foi “Educação”, promoveu, no Rio de Janeiro, um
Encontro de Pediatras com Educadores, Escritores e Ilustradores da Literatura para Crianças e Adolescentes”.
Em 2000, reforçando a reflexão sobre
“Direitos”, organizou um “Encontro de
Pediatras com Promotores de Justiça”,
em Brasília. Já em 2001, aproveitando
o tema da “Comunicação”, conseguiu
junto à Rede Globo, a inclusão da amamentação como merchandising social
em novelas. Ano passado, com o tema
da “globalização”, dra. Elsa Giugliani,
presidente do Departamento de Aleitamento, participou de chat do Fantástico, da TV Globo e fez palestras para
os sócios pelo site da SBP.
MORTALIDADE INFANTIL
O DIREITO DE NASCER
E VIVER COM SAÚDE
A Sociedade criou também um GT
para tratar da questão da mortalidade
infantil. A equipe elaborou um documento com as recomendações indispensáveis para que o pediatra, os profissionais das equipes de Saúde da Família e os gestores possam contribuir
para a melhoria da qualidade de vida
das crianças e a diminuição dos óbitos
infantis.
No Dia da Criança de 1999, em Foz
do Iguaçu (PR), com a participação da
Federação Brasileira das Sociedades
de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a SBP promoveu o Ato Público
Pelo Direito de Nascer e Viver com
Saúde – quando entregou ao Ministério da Saúde o projeto “Organização e
para participar do Pacto pela Redução da
Mortalidade Materna e
Neonatal e assinou,
com a Febrasgo, posicionamento sobre a
adequação e a segurança de local de parto.
CRIANÇA E
ADOLESCENTE
INDÍGENA
Desde 21 de abril de
2000, marco dos 500
anos da chegada dos
portugueses ao Brasil,
e sempre no Dia do Índio ou em data próxima, a SBP e suas Filiadas têm realizado fóruns para discutir a
questão. Os eventos já
ocorreram em Brasília
(DF), Manaus (AM),
Campo Grande (MS) e
Cuiabá (MT), têm contado com a participação de autoridades, representantes de universidades e profissionais que atuam na
área. No último, integrantes da própria
população indígena deram seu depoimento. Entre os saldos positivos, está
a atenção do Programa Nacional de
Imunização (PNI) do MS à ampliação
da cobertura vacinal dos curumins. O
próximo Fórum está marcado para
Porto Alegre (RS).
A Sociedade criou também o GT responsável por aprofundar o debate e
articular a questão e que, ano passado,
organizou o Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira, destinado aos médicos que atendem esta
população. Os 20 mil exemplares da
publicação estão sendo lançados em
2004, em parceria com a Funasa (MS).
Além disto, durante o 32º Congresso
Brasileiro de Pediatria, foi realizado,
pela primeira vez na história da entidade, um Simpósio com o objetivo de
aprofundar a questão da Pediatria Social e da Saúde da Criança Indígena, e
que debateu a assistência aos curumins
no contexto do SUS, os aspectos epidemiológicos relativos à criança indígena, e os próprios fóruns da SBP.
IV Fórum Nacional sobre a Saúde da
Criança Indígena, Cuiabá, MT, 2003
Melhoria da Qualidade da Assistência
Perinatal no Brasil”, e tem trabalhado
para efetivá-lo. São ações que passam
pela reivindicação de melhoria da remuneração profissional, pelos Cursos
de Reanimação Neonatal e por diversas outras, desenvolvidas pela diretoria e pelo Departamento Científico
(DC) de Neonatologia, entre as quais
a participação no planejamento, execução e avaliação da Campanha Nacional de Imunização contra Rubéola
em mulheres de idade fértil, para prevenção da Síndrome da Rubéola Congênita, junto ao Programa Nacional de
Imunização do MS. Além disto, o DC
elaborou recomendação quanto ao
Tempo de Permanência Hospitalar de
Recém-Nascidos de Termo e o modelo de Cartão de Alta do Recém-Nascido – uma sugestão às maternidades.
O presidente da SBP e a presidente
do DC de Neonatologia integram o Comitê Técnico Assessor em Assistência
Perinatal e Neonatal do MS. Em 2004,
a SBP aceitou convite do Ministério
21
PRÊMIO MUNICÍPIO DO
ADOLESCENTE PARTICIPATIVO
Iniciado em 2002, o projeto da SBP
em parceria com o Unicef já envolveu
35 municípios dispostos a “melhorar a
qualidade de vida dos adolescentes, partindo de propostas formuladas por eles
mesmos”, como o diz o Termo de Cooperação assinado pelo dr. Lincoln Freire e pela dra Reiko Niimi, representante do Unicef no Brasil, em junho de
2003. Fóruns foram realizados, reunindo governantes, adolescentes e diversas
instituições, que aprofundaram temas
como o direito à saúde, à educação, à
cultura e questões como trabalho e família. Suas reivindicações passaram a
constar nas Agendas de Políticas Públicas, assinadas por Prefeitos ou Secretários Municipais, além de terem sido encaminhadas ao Ministério da Saúde. A
partir de agora, os participantes têm
dois anos para realizar as proposições,
e fazer jus ao título de “Município do
Adolescente Participativo”. Mais de 5
mil jovens se envolveram no projeto.
Em 1999, a SBP já havia participado, em parceria também com o Unicef
e com o Conselho Nacional de Secretários
Municipais
de
Saúde
(CONASEMS), da elaboração do Projeto Município Amigo da Criança, com
a meta de incentivar a elaboração de
políticas públicas dirigidas a crianças,
adolescentes e mulheres, garantindo
uma melhor qualidade de vida.
Agora, a Sociedade integra a Rede de
Monitoramento Amigo da Criança – a
união de organizações sociais nacionais
e organismos internacionais com foco
de atuação na infância e juventude,
com o objetivo de monitorar o cumprimento dos compromissos com a infância descritos nos documentos “Um
mundo para as crianças”, produzido na
Sessão Especial da Assembléia Geral da
ONU em 2002, e “Termo de Compromisso Presidente Amigo da Criança”,
elaborado pela Fundação Abrinq e assinado pelo presidente Lula ainda na
campanha eleitoral.
ADOLESCÊNCIA SAUDÁVEL.
COMPROMISSO DA PEDIATRIA
Além de conseguir que a Adolescência seja área de atuação exclusiva da
pediatria, a SBP também foi vitoriosa
na reivindicação de que o tema faça
22
parte do curso obrigatório da residência médica pediátrica. No Congresso
Brasileiro de Ensino e Pesquisa em
Saúde da Criança e do Adolescente,
marcado para 15 a 17 de abril próximo,
em São Paulo, a entidade vai propor a
inserção do conteúdo também na Graduação em Pediatria.
A SBP tem também trabalhado intensamente para sensibilizar os pediatras
a se prepararem para o atendimento a
esta faixa etária. Pelo projeto “Adolescência Saudável. Compromisso com a
pediatria” foram distribuídos cartazes,
folhetos, adesivos, bottons e também
oferecidos, através das filiadas, um curso de 12 horas, patrocinado pelo Ministério da Saúde.
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
Reunindo numa publicação lançada
em 2004 – Os 10 Passos para a Atenção Hospitalar Humanizada à Criança
e ao Adolescente – a descrição de experiências vitoriosas de respeito aos
direitos infanto-juvenis nas instituições brasileiras, o DC de Cuidados Hospitalares espera contribuir para
Lançamento do projeto
“Adolescência Saudável.
Compromisso da Pediatria”, RJ, 2000
multiplicá-las. Além disto, o Departamento imprimiu a cartilha com os “Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizado” e distribuiu entre gestores
de hospitais e em eventos científicos.
A estratégia da “humanização” foi também desenvolvida em cursos, congressos, fóruns e documentos diversos. A
SBP participou ainda de pesquisa da
OMS e do Instituto de Pediatria Americano (IPA) a respeito do atendimento humanizado e de projeto com o MS.
PREVENINDO A SURDEZ
A Força Tarefa da SBP para a Prevenção da Deficiência Auditiva na Infância e Adolescência produziu folhetos e
cartazes informativos destinados a pediatras, com objetivo de contribuir para
a identificação do problema. Fazem
parte da equipe membros dos Departamentos Científicos de Neonatologia,
Saúde Escolar e Otorrinolaringologia,
do Grupo de Trabalho de Atenção Integral à Criança de Risco, além de fonoaudiólogos e outros especialistas do
Instituto Nacional de Educação de Surdos e da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
A Sociedade criou um Grupo de Trabalho (GT) específico para tratar a
questão das crianças e adolescentes
portadores de deficiência e a incluiu em
suas atividades científicas, desde as reuniões dos Departamentos Científicos aos
cursos de educação à
distância pelo site.
Realizou também, durante o 32º Congresso Brasileiro de Pediatria em 2003 e contando com a participação de associações
de portadores de deficiência, o I Fórum
para aprofundar o tema. O II Fórum
está marcado para ocorrer no 5º Congresso Brasileiro Integrado de Pediatria Ambulatorial, Saúde Escolar e Cuidados Primários, em Aracaju (SE), em
abril.
RETINOPATIA DA PREMATURIDADE
Estima-se que das 100 mil crianças
cegas na América Latina, 24 mil o são
em decorrência da Retinopatia da
Prematuridade (ROP). No Brasil, não há
programa de diagnóstico ou tratamento em nível nacional, apenas iniciativas
isoladas. Para mudar este quadro, a SBP
participa de trabalho conjunto com MS,
com outras Sociedades de Especialidade e com Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Entre os objetivos está
o monitoramento, como rotina, dos recém-nascidos de muito baixo peso.
GENITÁLIA AMBÍGUA
Produzida por uma Câmara Técnica
– integrada pelas Sociedades Brasileiras de Pediatria, Saúde Mental, Cirurgia Infantil, Genética e de Endocrinologia e Metabologia – a Resolução 664
do Conselho Federal de Medicina (CFM)
trata de anomalias da diferenciação sexual. Publicada no Diário Oficial em
abril de 2003, dá aos médicos amparo
técnico e legal para o encaminhamento
dos casos e possui uma ementa, que dispõe sobre as condições necessárias para
o atendimento continuado nos serviços
médicos. A formação da Câmara Técnica ocorreu a partir de uma solicitação
do Ministério Público e da iniciativa da
SBP, que decidiu avaliar uma recomendação da promotoria de Justiça Criminal de Defesa de Usuários dos Serviços
de Saúde Pró-Vida do Distrito Federal.
A Sociedade é representada na questão
pelo DC de Endocrinologia.
PROJETOS E CONSULTORIAS
DOS DCS
São inúmeras as contribuições dos
DCs da Sociedade para a saúde de crianças e adolescentes. O de Neurologia
teve participação ativa na campanha
para a adição de ácido fólico nas farinhas de milho e trigo como prevenção
dos distúrbios do fechamento do tubo
neural. Contribuiu também para a elaboração de parecer para a ANVISA sobre o uso de metilfenidato e para a
constituição de uma lista de medicamentos essenciais.
Entre as ações do DC de Reumatologia, está a normatização das diretrizes
sobre febre reumática para a AMB – o
que vai refletir em melhoria no atendimento e acompanhamento das crianças e adolescentes portadores desta
afecção.
O Departamento de Pediatria Ambulatorial está empenhado em divulgar a
importância do pediatra generalista
como agente promotor de saúde e não
apenas do tratamento das doenças.
Todos os DCs têm atuado em cursos e
palestras para profissionais de saúde e
para a população, em fóruns realizados
durante congressos, e prestado consultoria a pediatras, opinando em casos
clínicos enviados pela Internet. No site,
há textos dirigidos aos profissionais e
também aos pais e responsáveis por
crianças e adolescentes.
Por todo esse esforço, a SBP tem recebido o reconhecimento público de
parceiros, sejam organizações governamentais ou não-governamentais. Em
dezembro, durante comemoração de
seus 20 anos, a Pastoral da Criança fez
uma homenagem à Sociedade pelos
bons serviços prestados às crianças e
adolescentes brasileiros.
UM SELO PARA GARANTIR
SEGURANÇA DE PRODUTOS E
SERVIÇOS
Em 2000, a SBP lançou o seu Selo,
para orientar pais, crianças e adolescentes na hora de comprar um produto ou contratar um serviço. A idéia vinha sendo amadurecida há cerca de 10
anos e tem como objetivo garantir a
segurança de produtos e serviços destinados à população infantil, atestando sua confiabilidade. A concessão do
Selo da SBP tem o assessoramento de
uma empresa internacional, com experiência neste trabalho em 150 países e segue as normas nacionais e internacionais de qualidade e segurança. Com o Selo, a Sociedade confirma
a veracidade das características alegadas pela empresa. Doze produtos foram certificados até hoje, entre os
quais a Linha Baby Boti, da Boticário
e o Chambinho, da Nestlé.
23
DEFESA PROFISSIONAL
Muito empenho pela
valorização da ped
Projeto da SBP é
implantado por
Singulares da
Unimed. Saiba
mais sobre esta
e outras
importantes
conquistas
24
em dúvida houve uma melhoria significativa na nossa
renda. O médico sente-se
mais reconhecido e seu desempenho cresce substancialmente. O
paciente percebe que é melhor atendido”. O depoimento é da dra. Helena
Massae Uemura, e se refere às conseqüências da implantação, na Unimed
de Cuiabá, Mato Grosso, da proposta
da SBP, intitulada Procedimentos Padronizados em Pediatria (PPP), que
prevê remuneração, além da consulta
inicial, de todo o tratamento clínico
realizado em consultório. Isto no caso
“S
daquelas doenças que exigem acompanhamento até a alta do paciente.“Uma
grande vitória da Sociedade”, na opinião da pediatra.
O modelo já está em funcionamento
nas Unimeds de Belo Horizonte (MG),
Londrina, Maringá e Cascavel (PR),
Itajaí e Camboriú (SC), Campo Grande
(MS), Porto Alegre e Nordeste (esta com
sede em Caxias do Sul, reúne 13 municípios /RS), Ribeirão Preto (SP) e Juiz
de Fora (MG), além de Cuiabá (MT). A
discussão para a implantação do Projeto também está sendo feita em Aracaju
(SE), Teófilo Otoni (MG), São Louren-
ço (sede da Unimed Circuito das Águas
/MG), Limeira e Campinas (SP).
Segundo o dr. Antonio Carlos Sanseverino, de Maringá, no Paraná, foi depois de uma visita do dr. Lincoln que o
processo com a Unimed deslanchou em
sua cidade, trazendo “grandes benefícios para os pediatras e, como decorrência, um aumento da auto-estima, em
função do reconhecimento e do acréscimo de cerca de 30% na remuneração”,
ressalta. Para o dr. Sanseverino, os pacientes também foram beneficiados com
um melhor atendimento. Já a dra. Laís
Valadares e Valadares, de Belo Horizonte, Minas Gerais, afirma que o convênio
com a Unimed trouxe avanços significativos, mas avalia que novos diagnósticos precisam ser incluídos para ampliar ainda mais a valorização do pediatra.
Para fazer sua proposta, a diretoria
de Defesa Profissional da Sociedade
realizou estudos que compararam a
remuneração do pediatra com a de outras especialidades médicas, a partir da
Tabela de Honorários Médicos (THM)
da AMB, de 1992. Os equívocos verificados já começavam pelas Instruções
Gerais, que previam duas formas de
remuneração para um mesmo tratamento. Assim, se o paciente estivesse
internado, remunerava-se a visita diária e isto era realizado em dobro se o
paciente ocupasse acomodação especial (apto.). No entanto, se o paciente
iatria
fosse tratado em consultório, com a
mesma patologia, remunerava-se apenas a consulta inicial, num verdadeiro
estímulo à internação hospitalar.
Mas era necessário encontrar uma
solução que melhorasse os honorários
do pediatra, e que também convencesse os gestores dos sistemas de saúde de
sua viabilidade. A Unimed de BH colocou à disposição da entidade as informações, a SBP revisou quase 4500
internações em Pediatria de 1999.
Também foram agrupados os CIDs
(10) de uma mesma patologia, e verificado o custo médio de cada grupo. O
resultado final mostrou que os custos
hospitalares representavam cerca de
75% do custo médio total de cada internação. Foi assim que a Unimed de
BH foi pioneira em aceitar mudar a lógica do processo, remunerando todo o
tratamento realizado em consultório
até a alta do paciente, e estimulando a
desospitalização. Dados da Singular
apontam para um aumento de cerca de
40% na renda dos conveniados.
NOVA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE
ATUAÇÃO
As linhas mestras do trabalho da SBP
para a defesa profissional foram traçadas em dois Fóruns nacionais, em 1999
e 2000, que estabeleceram providências e reivindicações. Entre elas, a produção do Guia de Defesa Profissional,
distribuído aos associados com orientações sobre como proceder nas acusações de erro médico.
São 18.568 os profissionais que
já têm o TEP, concedido pela
SBP, em conjunto com a AMB.
A Sociedade também participou ativamente da definição das áreas de atuação do pediatra, formalizadas em Resolução da Comissão Mista, composta
por Comissão Nacional de Residência
Médica (CNRM), CFM e AMB. São as
seguintes: Alergia e Imunologia Pediátrica, Cardiologia Pediátrica, Endocrinologia Pediátrica, Gastroenterologia
Pediátrica, Hematologia e Hemoterapia Pediátrica, Infectologia Pediátrica,
Medicina do Adolescente, Medicina
Intensiva Pediátrica, Nefrologia Pediátrica, Neonatologia, Neurologia Pediátrica, Nutrição Parenteral e Enteral
Pediátrica, Nutrologia Pediátrica,
Pneumologia Pediátrica e Reumatologia Pediátrica.
A partir da regulamentação das áreas de atuação e da assinatura dos convênios com as Sociedades afins, passou
a ser possível o recebimento de honorários pelos profissionais que trabalham nas diversas áreas.
ADOLESCÊNCIA
Sem dúvida uma conquista de grande relevância foi o reconhecimento da
Adolescência como área de atuação
exclusiva da Pediatria, decidido pela
Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), pelo Conselho Federal de
Medicina e pela Associação Médica
Brasileira. Agora o pediatra tem um
novo e estimulante espaço na atenção
à saúde do adolescente, não apenas nos
consultórios, mas também nos ambulatórios, nas unidades de internação e
nas equipes multiprofissionais de atendimento implantadas pelo poder público nos seus três níveis.
Atualmente a SBP está também estimulando e orientando faculdades e
instituições médicas, para que incluam, na prática, a Adolescência como
curso obrigatório da programação da
residência em pediatria – proposta já
aceita pela CNRM, órgão vinculado ao
MEC. Outra proposição que será levada ao próximo Congresso de Ensi25
no e Pesquisa em Saúde do Adolescente, em agosto, em São Paulo, é a inserção do atendimento ao adolescente como conteúdo programático dos
Cursos de Graduação em Medicina,
particularmente na grade curricular de
pediatria.
TEN E TETIP NAS UTIS NEONATAIS
Outra vitória ocorreu, em março de
2000, para os pediatras que possuem
Título de Especialista em Neonatologia. É que a portaria nº 332 do Ministério da Saúde estabeleceu novos critérios de classificação pra as UTIs. A
partir daquele momento, a equipe que
trabalha nas UTIs Neonatais passou a
poder ser habilitada tanto pelo Título
em Terapia Intensiva Pediátrica
(TETIP) – concedido pela Associação
de Medicina Intensiva Brasileira
(AMIB) – quanto pelo Título em Neonatologia (TEN), concedido pela SBP.
A Sociedade lutara por isto desde a
classificação das UTIs neonatais realizada em 1998. No início de 2000, depois de várias reuniões, AMIB e SBP se
decidiram por um posicionamento unificado. As entidades concluíram que os
dois títulos habilitam de maneira semelhante o pediatra ao exercício da terapia intensiva neonatal.
SOCIEDADE DEFENDE ESPAÇO
PROFISSIONAL DO PEDIATRA
A SBP está travando agora mais uma
batalha no Conselho Científico da
AMB, onde há cerca de um mês teve
início a discussão para a oficialização,
como especialidade, da Medicina da
Família e da Comunidade. É que o programa de Residência desta área contempla conhecimentos de Pediatria –
como “puericultura”, o “atendimento
ao recém-nascido”, “diagnóstico e tratamento das afecções mais freqüentes
na infância, na adolescência, na idade
adulta e na velhice”, “identificação dos
fatores evolutivos e assistência aos
transtornos adaptativos da infância, da
adolescência, da idade adulta e da velhice”– cuja formação adequada exigiria um tempo de treinamento bem
maior do que o previsto.
Ocorre que a oficialização implicaria
na autorização para que os profissionais da nova área pudessem atender,
também em consultório, crianças e
adolescentes – configurando “grave interferência no espaço de trabalho do
pediatra”, como afirma dr. Lincoln
Freire. Por isto, a SBP solicitou que,
antes da definição, por parte da AMB,
fosse formada uma Comissão com as
especialidades com interface com a fu-
tura área médica. Isso para preservar
os aspectos éticos do exercício profissional, aprofundando a discussão sobre o conteúdo e a duração do Programa de Residência para Medicina da
Família e da Comunidade. Aceita a proposta, já foram realizadas algumas reuniões. “A diretoria da Sociedade será intransigente e não abrirá mão do espaço de trabalho do pediatra na medicina supletiva”, diz dr. Lincoln Freire.
Em seu posicionamento, a entidade
tem sido acompanhada pela Federação
Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) – já que o
atendimento ao parto também está em
questão.
PESQUISA PIONEIRA REVELA
PERFIL DO PEDIATRA BRASILEIRO
A SBP encomendou à Escola Nacional de Saúde Pública/ Fiocruz e publicou em 2001, a Pesquisa Perfil do Pediatra, desenvolvida nos dois anos anteriores. Os dados – características sócio-demográficas dos profissionais, inserção no mercado de trabalho, formação e opinião sobre diversos temas e a
inclusão do pediatra no Programa Saúde da Família – foram apresentados às
entidades médicas e utilizados como
subsídio nas discussões para a elabo-
Pesquisa Perfil do Pediatra (resumo)
Inserção no mercado
Descrição
Especialidade principal
Neonatologia
Homeopatia
Terapia intensiva
Medicina sanitária
Medicina interna
Alergia e imunoterapia
Atividade no setor público
Formação
Descrição
21,86
6,21
5,13
4,91
4,77
4,58
Graduação
Instituição pública
64,51
Instituição privada
33,45
Tempo de Formado
menos de 15 anos
49,53
Residência médica
Sim
75,23
Curso de especialização
Sim
42,56
Sim
81,29
Título de especialista
Sim
70,79
Atividade no setor privado
Sim
53,68
Sim
88,99
Atividade em consultório
Sim
70,70
Participação em Congressos
nos últimos dois anos
Mantém convênios
Sim
87,33
Assinatura revista
técnico-científica nacional
Sim
81,40
Trabalha em regime de plantão
Sim
79,49
Carga horária da maioria
até 20h no consultório
até 30h no setor público
até 20h no setor privado
Acesso à internet
Sim
76,43
Assinatura revista
técnico-científica internacional
Sim
29,74
Sim
75,73
Fonte: Perfil dos pediatras no Brasil. FIOCRUZ/SBP
26
(%)
Foi adequada sua
formação profissional?
(%)
Sócio-demográfico
Descrição
(%)
Local de moradia
Capital
60,40
Interior
39,60
Norte
2,71
Faixa etária
(%)
Opinião sobre desgaste
profissional
Sim
77,61
Satisfação com a
especialidade que exerce
Sim
78,72
17,74
Satisfação no setor privado
Sim
90,81
Sul
14,29
Satisfação no setor público
Sim
38,20
Sudeste
59,14
Satisfação no consultório
Sim
60,00
7,11
Sim
29,29
Homens
40,20
Condição feminina como
obstáculo no trabalho
Mulheres
59,80
Filiação na SBP
Sim
79,46
84,91
5,10
Conhecimento do PSF
Sim
65,77
Inclusão do pediatra no
Programa Saúde da Família
Sim
93,65
menos de 50 anos
60 anos e mais
ração da nova Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
A SBP contratou também uma empresa especializada para identificação
e análise dos preços de serviços
pediátricos, a ABP Informática. Todos
os níveis de atendimento do pediatra
foram estudados, com seus componentes, custos e duração. Verificou-se
que 27% do atendimento pediátrico é
constituído de retornos não-remunerados. Observou-se que o tempo médio de uma consulta é de 35 minutos,
sendo 29 do médico e 06 do atendente.
Com este embasamento, a SBP argumentou e conseguiu que a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) contemplasse reivindicações históricas da
pediatria.
A VITÓRIA NA CBHPM
Descrição
Nordeste
Centro-Oeste
Sexo
Político-ideológico
A nova Classificação - aprovada no
X Encontro Nacional de Entidades
Médicas (ENEM), em maio de 2003,
em Brasília - inclui procedimentos que
vão valorizar o trabalho do pediatra.
Estão entre estes: “atendimento em
sala de parto com risco”, “aconselhamento sobre indicação de vacinas,
eventos adversos e de medidas destinadas à prevenção de acidentes/ violência por faixa etária”, “atendimento
complementar ao adolescente (entrevista familiar)”, “aplicação da Escala
de Desenvolvimento de Denver” e
“atendimento pediátrico à gestante
(terceiro trimestre)”. Pela antiga LPM,
Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos/ 2003
Capítulos com itens de interesse da pediatria
A - Capítulo 1
• Procedimentos Gerais
• Consultas
Códigos:
1.01.01.001-0
1.01.01.002-8
1.01.01.003-6
1.01.02.001-5
Consulta em consultório
Consulta em Domicílio
Consulta em Pronto Socorro
Visita hospitalar
2.B
3.A
2.B
2.B·
Atendimento RN no berçário
Atendimento RN na sala de parto
Atendimento RN na sala de parto
com risco – Reanimação
3.C
4.C
• Berçário
1.01.03.001-0
1.01.03.002-9
* 1.01.03.003-7
5.B
• Outros
* 1.01.06.002-5
* 1.01.06.003-3
* 1.01.06.004-1
Aconselhamentos sobre indicações de
vacinas, eventos adversos e de medidas
destinadas à prevenção de acidentes e
violência por faixa etária
Atendimento complementar ao
adolescente (entrevista familiar)
Atendimento pediátrico à gestante no
3º trimestre
1.C
1.C
2.B
B- Capítulo 4
• Procedimentos Diagnósticos e Terapêuticos
• Teste para Diagnósticos
* 4.14.01.046-9
Testes de desenvolvimento
(Escala de Denver e outros)
1.B
Obs.: Todos os códigos marcados com asterisco são procedimentos incluídos nesta lista e que não constavam nas
tabelas anteriores. Os números seguidos das letras indicam os portes dos procedimentos.
27
BATALHA SEM TRÉGUAS POR
UMA REMUNERAÇÃO DIGNA
NO SISTEMA PÚBLICO
o pediatra recebia apenas pela “consulta”. Veja o quadro com os códigos
que interessam à pediatria, que estão
distribuídos nos vários capítulos da
CBHPM /2003.
Pela nova Classificação os atos médicos não mais são codificados por especialidades e sim por área anatômica.
Com isso, pequenos procedimentos
como suturas, drenagens, punções e algumas outras deixaram de ser exclusividade do especialista e poderão ser realizadas por qualquer profissional qualificado para realizá-los, inclusive pediatras.
Agora as entidades estão trabalhando para implantar a CBHPM. As Sociedades Estaduais de Pediatria já estão
se integrando ao movimento. Para a
SBP, é muito importante que os pediatras participem da mobilização, garantindo assim as conquistas.
O PROGRAMA SAÚDE DA
FAMÍLIA E A MEDICINA DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Na Pesquisa Perfil do Pediatra,
93,65% dos consultados se mostraram
favoráveis à inclusão dos pediatras no
Programa. Preocupada com a implantação, às vezes mal planejada, das equipes do PSF no Brasil, a SBP vem discutindo o assunto e atuando propositivamente. Em fevereiro de 2000 realizouse uma reunião no Ministério da Saúde, quando a Sociedade se posicionou
sobre a estrutura do Programa. Na época, foi criada uma Comissão paritária,
integrada por representantes da SBP e
do MS que deveria tratar da questão.
Esta, no entanto, não foi convocada
pelo Ministério. Também não ocorreram os oito fóruns programados em
conjunto com o MS. A partir daí, a entidade deu início a uma grande luta
28
para a organização de oficinas, no sentido de aprofundar o tema em nível
municipal e conseguiu realizá-las em
Florianópolis (2001), Londrina (2002),
Cuiabá (2002), São Paulo (2002), Belo
Horizonte (2002), Vitória (2003) e
Campinas (2004).
O bom exemplo de Campinas
“A população está acostumada a ter
crianças atendidas por pediatras e as
mulheres por ginecologistas. Não havia necessidade de romper com isto,
até pelos resultados positivos que a
rede já vinha alcançando com estas categorias médicas”. Assim a Secretária
de Saúde, dra. Maria do Carmo Cabral
Carpintéro, explicou porque Campinas optou por um modelo diferenciado do PSF. Na cidade, das 138 equipes do Programa, 126 contam com
pediatras.
Intitulado “Paidéia”, o PSF que vem
sendo praticado em Campinas desde
2001, “é o que
mais se aproxima
do pensamento da
SBP”, afirma o dr.
Lincoln Freire. Segundo a Secretária, a idéia inicial
era implantar dois
modelos de equipe, a tradicional e
a ampliada, com
pediatra, ginecologista e/ou clínico, quando o generalista fosse inicialmente pediatra. “No entanto, avaliamos que, mesmo em pequenos módulos, a população cobra a equipe ampliada e, apesar de estarmos ainda em
processo de avaliação, a experiência
está apontando que as equipes ampliadas são mais adequadas ao “Paidéia”,
assinala.
Para a realização do Projeto de Valorização dos Serviços Profissionais
dos Pediatras na Tabela do SUS, a SBP
contratou um especialista em 1999. O
estudo foi encaminhado ao Ministério
da Saúde (MS) e a parlamentares pediatras. Daí para frente, dr. Lincoln
Freire se reuniu várias vezes com ministros e suas equipes, entregou documento aos principais candidatos nas
últimas eleições presidenciais, expediu inúmeras correspondências.
Em 2002, o então ministro Barjas
Negri reajustou em 100% a remuneração dos pediatras e neonatologistas
na sala de parto das maternidades que
atendem gestantes de alto risco cadastradas no SUS. Também um reajuste
de 158% foi conseguido para os pediatras que atendem urgência e emergência, embora lamentavelmente não
tenha contemplado os que têm vínculo trabalhista com estados e municípios. O aumento, portanto, estava longe do mínimo reivindicado pela SBP.
No dia do Pediatra de 2003, o ministro Humberto Costa falou aos pediatras pelo site da Sociedade, quando afirmou que as propostas da entidade estavam sendo analisadas e uma
rodada de negociações seria estabelecida. Mas o reajuste, de R$20,00 para
R$23,00 – estabelecido pela Portaria
2217, de 20 de novembro de 2003, que
alterou os valores da Tabela SIH/SUS
referentes ao “Atendimento ao recémnascido (RN) na sala de parto”, registrando variação de 15% em relação à
Portaria 569, de 1º de junho de 2000
– “ao invés de trazer estímulo ao pediatra, aumenta sua indignação com
o tratamento que a especialidade vem
recebendo do Sistema Público”, reagiu
dr. Lincoln Freire. Também foram
modificados os seguintes serviços profissionais hospitalares: “atendimento
do RN na sala de parto II em gestantes de alto risco”, que passou de
R$40,00 para R$46,00 e “Pediatra.
Primeira consulta”, estabelecida agora em R$7,50. A Sociedade continua
mobilizada na luta por uma remuneração mais decente e precisa, cada vez
mais, do apoio e participação dos associados.
ORGANIZAÇÃO INTERNA
Reestruturação
completa e eficaz
Crescimento de patrimônio, transparência administrativa,
democracia interna e número de sócios recorde
SBP promoveu, nos últimos
seis anos, uma ampla reestruturação, com objetivo de
otimizar recursos e adequar
seu funcionamento à realidade de uma entidade moderna, com
mais e melhores serviços prestados aos
associados. Aprovada a nova estrutura, foi realizada a descentralização administrativa, com a criação de escritórios estaduais em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Já o controle financeiro foi centralizado e criado o
centro de custos, no qual cada setor tem
sua previsão de gastos acompanhada.
Desde 2001, a Sociedade trabalha com
orçamento previamente aprovado pelo
Conselho Superior, que define os gastos para cada área no ano seguinte.
Uma auditoria externa contábil-administrativa passou a ser feita semestralmente. Foi contratada uma empresa
para elaborar
um plano de
cargos e salários, implantando um processo de avaliação
A
Porto Alegre
dos funcionários e uma política de treinamento. Foi também incluída no calendário de atividades, uma confraternização anual dos escritórios. O arquivo de documentos foi reorganizado,
com trabalho de firma especializada.
Foram normatizados procedimentos
internos, implantados regulamentos e
regimentos.
São Paulo
Sede Rio de Janeiro
Belo Horizonte
João Pessoa - Projeto Linha-Sede
Sobre os bens da entidade, a Diretoria de Patrimônio realizou um trabalho amplo e minucioso, reformulando
o controle, para aprimorá-lo e melhor
adequá-lo ao tamanho e estrutura da
entidade atualmente. Atuou também
no projeto Linha-Sede, ajudando as filiadas a viabilizar sua sede própria. A
SBP comprou e cedeu, em regime de
comodato, sedes para as Sociedades da
Paraíba, Piauí e Maranhão. Com a
aquisição dos imóveis para os escritórios (foto) e da sede do Memorial da
Pediatria Brasileira, o patrimônio registrou um crescimento significativo.
UM ESTATUTO PARA
OS NOVOS TEMPOS
Para adequar o estatuto às necessidades atuais, foram realizadas três reformas. O resultado foi um texto mais
moderno, enxuto, sem conflitos entre
os artigos. Dentre as adequações, foi in29
cluída a Fundação SBP na estrutura e
retirada do Estatuto a descrição das
funções administrativas, transferidas
para o Regimento Interno. As linhas
gerais foram mantidas, como a definição primeira da SBP – “sociedade civil,
sem fins lucrativos e duração indeterminada, fundada em 27 de julho de 1910
e declarada de utilidade pública nos termos da Lei nº 1429, de 03.10.67, do antigo Estado da Guanabara”. Foram ampliadas as ações da entidade, que passaram a incluir a “promoção e o incentivo de atividades de pesquisa, estudos
sobre aspectos científicos, culturais e
sociais para os sócios e a comunidade,
com a difusão dessas atividades através
de eventos, biblioteca especializada, incluindo a produção e edição de publicações em diversas mídias” e também o
“desenvolvimento de estudos, pesquisas, publicações e outras iniciativas que
visem buscar, organizar e divulgar a história da pediatria, inclusive através de
atividades de conservação de documentos e materiais e de atividades museológicas”.
Foi reorganizado também o processo eleitoral, com o estabelecimento de
um calendário e de regulamento, aprovados pelo Conselho Superior. Hoje a
entidade conta com normas de apuração e uma rotina, que inclui software
próprio para a totalização dos votos e
permite realizar o trabalho com segurança, transparência e rapidez. A organização do cadastro, atualmente on line
e atualizado, foi uma providência, que
permitiu ampliar a participação nas
eleições da SBP, que registraram um
retorno de menos de 1% das cédulas. O
novo cadastro também permite mais
agilidade na prestação de serviços aos
sócios, como inscrição em congressos
e cursos. Pela Internet, cada associado
tem acesso a seus dados, pode atualizálos e tem a opção de efetuar o pagamento da anuidade pelo site, e com cartão
de crédito. Para isto, basta solicitar a
senha. As Filiadas também têm acesso
ao cadastro de seu estado e podem imprimir vários relatórios.
RECORDE NO NÚMERO DE
SÓCIOS E SUPERÁVIT GERADO
POR PATROCÍNIOS
A anuidade foi reajustada apenas
duas vezes em seis anos. Em 2001, de-
30
pois de quatro anos de congelamento,
o Conselho Superior (CS)aprovou mudanças para 2002. Para fazer frente aos
gastos com novos projetos e serviços
prestados aos associados – e considerando que, de 1998 até junho daquele
ano, a média dos indicadores econômicos (GP, IGPM, IPA, INPC) registrou
variação de 37,08% - o desconto passou a não ser mais concedido, ficando
o preço à vista fixado na época em
R$190,00.
Já em decorrência dos aumentos
acumulados em 2002 nos principais
itens do custeio da entidade (79,22%
nas passagens aéreas; 40,26% no papel utilizado no Jornal de Pediatria e
10,7% na postagem), o CS aprovou reajuste de 21% para 2003. Ressalte-se
que 45% do valor é repassado às 27
Sociedades Estaduais de Pediatria para
sua manutenção e as filiadas da Região
Norte (os antigos territórios e Tocantins) recebem o repasse integral da
anuidade paga pelos sócios.
O superávit registrado é conseqüência dos patrocínios obtidos pela diretoria, sem os quais e apenas com a receita das anuidades e da prestação de
serviços, mesmo com um rigoroso controle de gastos, a SBP não conseguiria
arcar com todos os custos. Já a média
de associados quites é a maior da história da entidade, situando-se em torno de 14.400.
Amaro Filho, Sidnei Ferreira, Mário
Marques, Reinaldo Martins, Nelson
Rosário, João Régis, Benjamin
Kopelman, os empresários Miguel
Geller (O Boticário), Ivan Zurita (Nestlé) e Carlos Antônio Tilkian (Estrela).
São titulares do Conselho Fiscal os drs.
Cláudio Leone, Eduardo Vaz e Nelson
Barros, sendo os suplentes os drs. José
Hugo Pessoa e João Coriolano. Os drs.
Lincoln Freire (presidente), Dioclécio
Campos e Dirceu Solé fazem parte da
diretoria executiva.
A ESTRUTURA
São 27 Departamentos Científicos (DCs).
Adolescência, Aleitamento Materno,
Alergia e Imunologia, Bioética, Cardiologia, Cuidados Hospitalares, Cuidados Primários, Defesa Profissional,
Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Genética Clínica, Infectologia, Nefrologia, Neonatologia,
Neurologia, Nutrição, Onco-hematologia, Otorrinolaringologia, Pediatria
Ambulatorial, Pneumologia, Reumatologia, Saúde Escolar, Saúde Mental,
Segurança da Criança e do Adolescente, Suporte Nutricional e Terapia Intensiva.
A SBP tem também Grupos de Trabalho (GTs).
Administrativos:
Avaliação de Previdência Privada,
Processo de Pagamento de Diárias (Remuneração de colaboradores), Fundação SBP, Processo Eleitoral, Reforma
Estatutária, TEP- Recertificação.
Científicos:
Ensino em Pediatria – Graduação;
Residência e Estágio – Credenciamento; Residência e Estágio – Programas;
Ensino – Pós-Graduação; Pesquisa;
Atenção à Criança e ao Adolescente de
Risco e Portadores de Deficiência; Febre Reumática; Retinopatia da
Prematuridade; Mortalidade Infantil;
Programa de Saúde da Família; Saúde
da Criança Indígena; TEP por Proficiência; Prevenção de Deficiência Auditiva na Infância; Tuberculose; RecémNascido de Muito Baixo Peso
(RNMBP); Pediatria e Medicina Desportiva e Risco e Proteção na Educação Infantil.
Sobre a atuação dos DCs e GTs, ver
Ação Social e Educação Continuada.
São 27 filiadas, as Sociedades de
Pediatria dos Estados e do Distrito Federal.
O CONSELHO ACADÊMICO
Em funcionamento desde 1997, o
Conselho congrega 30 pediatras, esco-
Os Acadêmicos
CRIADA A FUNDAÇÃO SBP
Apoiar atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência à saúde da
criança, do adolescente e de sua família. Estas são algumas das finalidades
da Fundação Sociedade Brasileira de
Pediatria (FSBP), cuja criação foi aprovada pelo Conselho Superior em 2001,
e que abrirá espaço para a captação de
recursos, facilitando ainda a realização
de parcerias com outras instituições
públicas e privadas. Para a implantação, foi obtido o capital necessário, assim como a aprovação do Ministério
Público, e tomadas outras providências administrativas, como o registro em
cartório. Em dezembro de 2003, foi realizada a posse e primeira reunião dos
Conselhos Curador e Fiscal e da diretoria executiva.
Integram o Conselho Curador os drs.
Fernando Nóbrega (presidente), Ércio
31
lhidos em ampla consulta, com a participação de todas as Filiadas. Os acadêmicos são, na opinião de seus colegas, um grupo que bem representa a
pediatria brasileira, do ponto de vista
pessoal e profissional. Representam
um patrimônio de cultura, civilidade e
serviço à sociedade, que ultrapassa a
dimensão puramente técnica da profissão. Com a percepção de que a saúde
das crianças é influenciada diretamente pelas condições sociais e, com objetivo de proporcionar uma ampla reflexão, multiprofissional, sobre as mudanças ocorridas na atualidade, o Conselho Acadêmico realizou, em 2002 e
2003, os Fóruns “A Transformação da
Família e da Sociedade e seu Impacto
na Infância e na Juventude” (ver Ação
Social). Com apoio direto da presidência da Sociedade, o Conselho tem, no
último período, se reunido pelo menos
duas vezes por ano, e, participado ativamente do projeto Memorial da Pediatria Brasileira. Também instituiu o
Prêmio Conselho Acadêmico da SBP
para os melhores trabalhos originais
publicados no Jornal de Pediatria.
atuação da entidade e para a aprovação do orçamento anual. Seu funcionamento tem sido aprimorado, com a realização de discussões em grupo, apresentação de posters pelas Filiadas, e
toda uma preparação, que visa tornar
o trabalho cada vez mais produtivo.
Para otimização de recursos, as reuniões acompanham a realização de grandes eventos, e são seguidas da Assembléia Geral dos associados – instância
maior da entidade.
Integrado pela diretoria da SBP e pelos presidentes das filiadas, reúne-se
pelo menos duas vezes por ano, para a
troca de informações e experiências,
para a definição das grandes linhas de
32
Vídeo
institucional
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Criada em 1998, a Assessoria de Comunicação (AC) colabora com a presidência, a diretoria, DCs e GTs, na elaboração de uma política adequada às
relações com a imprensa em geral, com
objetivo de promover e estimular a
aproximação da entidade com os pediatras, com crianças, adolescentes e suas
famílias.
Participa do planejamento e da coordenação da Campanha de Prevenção
de Acidentes e Violência na Infância e
Adolescência e, das atividades comemorativas da Semana Mundial da Ama-
Conselho Superior, RJ, 2002
CONSELHO SUPERIOR E
ASSEMBLÉIA GERAL DE SÓCIOS
(2003) – produzindo publicações –
cartazes, folhetos, Guias, vídeos – e
eventos. Isto ocorreu com a caminhada que levou os pediatras às ruas, pela
primeira vez, em 1998, no lançamento
da Campanha, no Rio de Janeiro; no
ato público pelo Direito de Nascer e Vi-
mentação (SMAM), entre outras, sugerindo estratégias, contatando pessoas
de expressão – como o ator Thiago
Lacerda, e as “madrinhas” da SMAM,
Luiza Brunet (1999), Glória Pires
(2000), Isabel Fillardis (2001), Cláudia Rodrigues (2002) e Luiza Tomé
TV Bandeirantes
e Tv Globo, 2001
ver com Saúde, em Foz do Iguaçu, em
1999; no lançamento do Projeto “Adolescência Saudável. Compromisso da
Pediatria”, na comunidade do Vidigal,
no Rio de Janeiro, em setembro de
2000; no lançamento do Mutirão Promotores da Paz, no Dia do Pediatra de
2001, no Rio de Janeiro; na comemoração do Dia do Pediatra, realizada na
Vila Olímpica da Mangueira, em 2002,
nas atividades das SMAMs de todo este
período.
Em 2000, a Assessoria redigiu e produziu as
imagens para o folder da
campanha Novos Sócios
da Sociedade, fornecendo também o material
para a produção do
vídeo institucional.
Em 2002, a AC idealizou, produziu e veiculou
– sem custos para a entidade – juntamente com a coordenação da Campanha, o filme de 30 segundos que diz: “A violência tem muitas formas. E está também dentro de casa.
Qualquer casa. Rica ou pobre”. Filmado pela CaradeCão a partir de desenhos
de crianças e adolescentes da Mangueira, foi dirigido por Luiz Leitão, e narrado pelo “padrinho” do movimento,
Thiago Lacerda. Tem ainda trilha sonora do Estúdio Chorus e contou com
apoio da Universo Paralelo para a gravação do off. Todos os profissionais cederam voluntariamente seu trabalho.
A exibição tem recebido o apoio de emissoras de televisão e
de rádio – pois o
áudio foi transformado em spot – que
vêm divulgando a
mensagem gratuitamente. São estas a
TV Globo (onde o filme esteve no ar cerca de 40 dias), o SBT
(que realizou a exibição 727 vezes entre
maio e junho de
2003), TV Cultura de
São Paulo, a Rede
Minas (90 exibições
em 2003), a TV Futura, a TV Século 21,
de Campinas, e a TV Record de São Paulo – onde a fita está no ar em 2004 – e
também emissoras de pequeno porte
como a TV Câmara de Muqui, no Espírito Santo, além da Rádio Itatiaia, de
Belo Horizonte e da Rádio Santana FM.
Em 2004, em parceria com a Aguilla
Comunicação e também sem custos para
a SBP, foi produzido
um filme, também de
30 segundos, para a
promoção da amamentação. Na fita, a
atriz Luiza Tomé, sugere: “amamente seu
filho somente com
leite de peito durante
seis meses. Depois,
acrescente alimentos variados, mas
continue amamentando até dois anos
ou mais”. Para o estado natal da madrinha, um filme de um minuto foi enviado e veiculado na TV: “Soube que o
Ceará tem um grande movimento de
promoção e Fortaleza o melhor índice
de aleitamento exclusivo do País. Fiquei muito orgulhosa. Primeiro porque
sou cearense e segundo porque sou
mãe”, disse, parabenizando os conterrâneos. O filme também foi exibido
pela TV Globo, Rede Brasil (300 inserções), por programas na Rede Mulher
e RedeTV!, e está sendo veiculado pelo
SBT e TV Século 21.
Especialmente para o rádio, o Sistema Globo produziu
as “Dicas da Dona
Benta”, sobre a prevenção de acidentes
e outros assuntos,
com subsídios da
SBP e do Instituto
Fernandes Figueira,
veiculadas em 16
emissoras.
A AC tem atuado
também em projetos
de merchandising
social. Em 2001, a
SBP apresentou projeto, aprovado pela
TV Globo, para a inclusão do tema da
“amamentação” nas
novelas. Em 2002,
foram enviados subsídios sobre a amamentação nos anos 30 para a novela
“Esperança”, de Bendito Ruy Barbosa.
Em 2003, a Sociedade colaborou com
a novela “Agora que são elas”, de
Ricardo Linhares, fornecendo subsídios dos Departamentos de Aleitamento
Materno e Adolescência – este sobre
iniciação na vida sexual e métodos
contraceptivos.
SBP NOTÍCIAS
O informativo da Sociedade foi
reformulado. Dando continuidade à
tradição dos boletins da SBP – de informar os associados sobre a atuação
da entidade – o SBP Notícias inovou,
ao adotar as técnicas jornalísticas utilizadas pela grande imprensa. O objetivo é levar, com clareza e precisão, as
informações aos sócios, entidades, instituições parceiras, jornalistas e amigos
da Sociedade, participantes da mala
direta do jornal. Em fevereiro último,
saiu o SBP Notícias Especial, focado na
Defesa Profissional. Até abril de 2004,
serão, ao todo, 31 edições.
Criado em 2002, o email SBP Notícias Urgente avisa ao público interno
– diretoria, presidentes de DCs e GTs,
funcionários da entidade – sempre
que o jornal entra no ar, no site. No
formato newsletter é enviado aos associados, em momentos como o Dia do
Pediatra, o lançamento de campanhas
e as eleições da SBP. Além disto, as
principais notícias são veiculadas na
capa do site.
Responsável pelo atendimento da
imprensa e pela divulgação de eventos da SBP nos meios de comunicação,
a Assessoria segue a rotina definida
pela presidência, de encaminhar aos
Departamentos Científicos as entrevistas atinentes às suas áreas. Entre os
mais solicitados, estão os Departamentos de Pediatria Ambulatorial, Infectologia, Endocrinologia, Segurança
na Infância e Adolescência e Saúde
VIOLÊNCIA É COVARDIA
“Quero dizer um milhão de vezes parabéns pela campanha Violência é Covardia. Até chorei quando vi pela primeira vez na televisão.
Luto a favor das crianças
e é preciso conscientização para a cultura da
não-violência (...). Não
compreendo como a sociedade pode se revoltar
tanto com a violência das
ruas, e ao mesmo tempo, aceitar com
tanta naturalidade a violência constante nos lares (...). É lamentável a conivência com as agressões de pais e con-
tra filhos. Existe uma relação direta
entre violência doméstica e social”. O
depoimento, da jornalista e professora
primária Luciene Correia,
sobre o filme para a prevenção da violência doméstica, foi enviado por
email à SBP, em 2000.
Luciene é de São Bernardo
do Campo (SP), pesquisou
e escreveu um livro-reportagem como projeto de finalização de
curso (Jornalismo) sobre o tema, juntamente com a jornalista Camila Tavares.
33
Mental. Entrevistas também
são encaminhadas aos GTs, à
coordenação da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes e Violência na Infância e
Adolescência e à diretoria, optando a presidência, em geral,
por responder apenas as questões
mais gerais da Sociedade.
Diariamente, a Sociedade é procurada pelos meios de comunicação, tendo
se tornado referência sobre os assuntos relacionados à criança e ao adolescente. Desde 1998, muitas têm sido as
matérias de capa, as entrevistas e artigos. Para se ter uma idéia, no caso Eugênio Chipkevitch – quando a SBP foi
surpreendida pela denúncia contra o
médico pela prática de abuso sexual –
foram concedidas mais de 50 entrevistas, para citar apenas a televisão. Um
comunicado com a posição da Sociedade foi emitido na noite em que o fato
ocorreu. Entre as várias medidas tomadas pela SBP na época, como a exclusão do médico de seus quadros, a enti34
dade também enviou, a pedido
de pais de adolescentes e poucos dias depois da divulgação da
notícia, uma carta aos diretores
de todas as emissoras de televisão, na qual solicitou “a suspensão da veiculação de qualquer
daquelas cenas de violência, principalmente nos horários assistidos por crianças e adolescentes”, mesmo que
“desfocadas, editadas”, por considerálas “redundantes, deseducativas, impressionantes”. Depois disto, de fato,
as cenas mais chocantes deixaram de
ser veiculadas.
INTERCÂMBIO INTERNACIONAL
A SBP é filiada à Associação Latinoamericana de Pediatria (Alape) e à Associação Internacional de Pediatria
(IPA). Tem convênio com a Academia
Americana de Pediatria (AAP), permitindo a participação dos associados da
SBP em condições especiais.
Foi criada a Diretoria de Relações Internacionais (DRI), que reúne a repre-
sentação da Sociedade junto à Academia Americana de Pediatria (AAP), à
Alape, à IPA, e o trabalho de Relações
com o Mercosul. O objetivo é divulgar
a SBP em nível internacional, proporcionar trocas de experiências, reforçar
as lutas comuns e criar condições de
reciclagem para os associados.
A SBP tem trabalhado pela integração das entidades e pela democratização da Associação, propondo a criação
de um Conselho Superior integrado
pelas Sociedades filiadas. Tem também promovido reuniões entre os presidentes das entidades do Mercosul.
Vem participando de eventos internacionais – como o 52º Congresso da Associação Espanhola de Pediatria
(AEP) e os Congressos Mundiais de
Pediatria, realizados na Holanda em
1998 e na China em 2001 e onde ocorrem as Assembléias da IPA – sempre
realizando convênios, acordos e ações
que proporcionem vantagens para os
associados, como oportunidade de estágios no exterior.
MUSEU VIVO
Um Memorial para preservar a
história da pediatria e da SBP
Um Centro de Documentação, Referência e Biblioteca, já com aproximadamente 15 mil itens. Uma exposição
interativa que, com mais de 60 painéis
informativos, fotos, objetos, vídeos e
outros recursos audio-visuais, aborda
desde os aspectos da relação do adulto
com a criança na cultura indígena e
entre brancos e negros, até o ensino da
Pediatria. Registra também a instalação de hospitais e postos de puericultura, a ação dos Departamentos de Estado, as leis que se ocuparam das questões da infância no Brasil, as modernas técnicas de prevenção e tratamento, os serviços de atendimento a crianças portadoras de deficiências e os aspectos mais expressivos das ações da
pediatria contemporânea – as campanhas de imunização, de aleitamento
materno e de prevenção de acidentes e
violência. Tudo isso está no Memorial
da Pediatria Brasileira, que a SBP inaugura agora em março.
O ponto de partida foi a comemoração dos 90 anos da Sociedade, em 2000.
“O acervo da entidade não estava organizado – praticamente se iniciava no
período contemporâneo, quando a SBP
passou a contar com instalações físicas
mais adequadas – percebemos o quanto isso era injusto para com profissionais, que em quase um século de luta,
fizeram uma bela história, que com o
passar do tempo seria difícil resgatar”,
relata dr. Lincoln Freire. A primeira
Sociedade Acreana de Pediatria:
Carlos Peredo Calderon
Sociedade Alagoana de Pediatria:
Paulo José Medeiros de Souza Costa
Sociedade Amazonense de Pediatria:
Gastão Dias Júnior
Sociedade Amapaense de Pediatria:
Rosilene Lopes Trindade
Sociedade Baiana de Pediatria:
Hans Walter Ferreira Greve
Sociedade Cearense de Pediatria:
Helena Maria Barbosa Carvalho
Sociedade de Pediatria do Distrito Federal:
José Alfredo Lacerda de Jesus
Sociedade Espiritossantense de Pediatria:
Maria Bernadete de Sá Freitas
Sociedade Goiana de Pediatria:
Guilherme Lopes Barbosa
idéia era buscar documentos, fatos, livros, atas, histórias. Em pouco tempo o
projeto cresceu e tomou a forma de um
Memorial – um museu vivo, interativo,
que contribua para a reflexão, a pesquisa, o debate. Uma instituição que auxilie pesquisadores e também possa contar às crianças quem foi, é, e será o médico que se dedica à sua saúde. Realizado o planejamento, buscou-se a obtenção, junto ao Ministério da Cultu-
ra, da inclusão do projeto nos incentivos da Lei Rouanet, foi escolhida a área
física – a Casa da Bica da Rainha, no
Cosme Velho, patrimônio cultural e
ecológico do Rio de Janeiro.
“Temos orgulho de nossa história. É
tempo de preservá-la, tratá-la com o
carinho que dispensamos aos nossos
pacientes”, diz a frase inscrita na pedra
fundamental do Memorial, inaugurada
em 27 de julho de 2000. A partir daquele
ano, a data de fundação da Sociedade
passou a ser comemorada como o Dia
do Pediatra. “Foi um momento de grande alegria”, frisa dr. Lincoln, ao se lembrar da festa que também lançou o livro
“Um compromisso com a esperança.
História da Sociedade brasileira de Pediatria”, apresentou o carimbo comemorativo dos Correios, promoveu uma
grande confraternização, reuniu e homenageou os ex-presidentes da entidade, parceiros históricos, decanos da pediatria e a funcionária mais antiga da
SBP, Ednalva de Melo Machado.
Agora, o Memorial abre suas portas,
trazendo informações sobre a Sociedade; biografias de patronos do Conselho
Acadêmico e ex-presidentes da SBP; o
banco de dissertações (cerca de 700) e
teses de pediatra (300) e também sobre
pediatria (já foram listadas mais de 300
defendidas em outros Programas da
área médica). Sempre estudos de brasileiros e sobre problemas do País. E um
protótipo formado com 100 documentos, que demonstram como será realizado o controle quando o Banco de Dados estiver completamente organizado.
A seguir, virão também a biblioteca virtual, dois livros, sobre a história dos
grandes serviços de pediatria e das
filiadas, além da construção da edícula
– um espaço multiuso, que poderá ser
utilizado para reuniões em salas pequenas ou transformado em pequeno auditório, onde crianças, adolescentes e a
comunidade em geral, poderão assistirão a filmes, vídeos, palestras, debates.
PRESIDENTES DAS FILIADAS
Sociedade de Puericultura e Pediatria do Maranhão:
Francisca das Chagas Santos
Sociedade Mineira de Pediatria:
José Orleans da Costa
Sociedade Pediatria do Mato Grosso do Sul:
Rubens Trombini Garcia
Sociedade Matogrossense de Pediatria:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo
Sociedade Paraense de Pediatria:
Maria de Fátima Amador Gomes da Silva
Sociedade Paraibana de Pediatria:
Gilca de Carvalho Gomes
Sociedade de Pediatria de Pernambuco:
Valéria Maria Bezerra de Silva Luna
Sociedade de Pediatria do Piauí:
Amarílis de Souza Borba
Sociedade Paranaense de Pediatria:
Eliane Mara Cesário Pereira Maluf
Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte:
Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
Sociedade de Pediatria de Rondônia:
Maria das Graças Guedes França
Sociedade Roraimense de Pediatria:
Nympha Carmen Akel Tomaz Salomão
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul:
Mauro Bohrer
Sociedade Catarinense de Pediatria:
Remaclo Fischer Júnior
Sociedade Sergipana de Pediatria:
Luiz Feichas Cabral
Sociedade de Pediatria de São Paulo:
Fábio Ancona Lopez
Sociedade Tocantinense de Pediatria:
Solange de Freitas Viana
Afonnso Drumond, designer da Exposição, o
escultor Clécio Régis e o busto de Pasteur
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(Revista SBP HOJE) – Março 2004 - Sociedade Brasileira de Pediatria