I IVANA REGINA DE SOUZA COLEÇÃO RENDA IN VITRO Linha de Jóias UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú 2006 II IVANA REGINA DE SOUZA COLEÇÃO RENDA IN VITRO Linha de Jóias Projeto apresentado à disciplina de trabalho de conclusão de curso, do Curso de Design de Moda, da Universidade do Vale do Itajaí. Centro de Educação Superior II, sob orientação da Daniela Aquino. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú 2006 III Agradecimentos Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, pela força e coragem durante toda esta longa caminhada. Agradeço também a todos os professores que acompanharam durante a graduação. Dedico esta, bem como, todas as minhas demais conquistas aos meus amados pais, Antonio Carlos de Souza (in memorian) e Tânia Regina de Souza, e meus irmãos Tony e Juliane. E o que dizer a você Nano? Obrigada pela paciência, pelo incentivo, pela força e principalmente pelo carinho. Valeu a pena todo o sacrifício, todas idas e vindas na estrada, todas as renúncias... Valeu a pena esperar... Hoje estamos colhendo, juntos, os frutos do nosso empenho! Esta vitória é toda nossa!!! Agradeço também as minhas amigas: Danny Santos, Thamy Kumakola, Karine Taffe e Simone Telles pelo incentivo e pela amizade. Adoro todas vocês. As minhas cunhadas Débora, Maria Angélica, e Marta Machado. E não podendo esquecer do músico Heitor Bittencourt, e uma muitíssimo obrigada a Dona Silvia rendeira pela sua confiança e dedicação. Valeu!! IV Dedicatória Dedico este projeto ao meu marido Antonio Carlos Antunes Machado (Nano) e ao meu querido pai, que partiu nos deixando saudades e muitos de seus ensinamentos Antonio Carlos de Souza. V RESUMO Este relatório é a documentação do processo de desenvolvimento de um produto de moda, apresentando desde o início do projeto todas as etapas alcançadas, até a conclusão do projeto. As etapas abordadas foram: Pesquisas bibliográficas, análise de campo, conceituação, gerações de alternativas, definição das alternativas escolhidas, confecção do modelo volumétrico, e memorial descritivo. O produto desenvolvido tratase de uma Coleção chamada de Renda In Vitro, é composta por três peças: Cordão com pingente, broche e pulseira. Essas peças vêm contribuir para o crescimento e desenvolvimento do setor da Moda, e de artesãs locais, para que as mesmas tenham requisitos e diferenciais competitivos diante do mercado, abordando as necessidades e desejos dos clientes para refletir positivamente na busca de melhores produtos de Moda. Palavra – chave: 1 Design, 2 Jóia, 3 Valorização cultural. VI ABSTRACT This report is documentation of the process of development of a fashion product, presenting since the beginning of the project all the stages reached, until conclusion of the project. The boarded stages had been: Bibliographical research analysis of field, conceptualization, generations of alternatives, definition model, and petition. The developed product is about a Collection called Renda In Vitro, composed for three parts: Pendant, Pin, and bracelet. These parts go to contribute for the growth and development of the sector of the fashion , and the craftswoman local, so that same ones have requirements and competitive differentials ahead of the market, approaching the necessities and desires of costumers to the reflect positively in the search of better products of fashion. Key Word: 1 Design 2 Jewels 3 Cultural valuation VII SUMÁRIO 1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.2 2 2.1 2.2 2.2.1 2.2.1.1 2.2.1.2 2.2.1.3 2.2.1.4 2.2.1.5 2.2.2 2.2.2.1 2.2.2.1.1 2.2.2.1.2 2.2.2.1.3 2.2.2.2 2.2.2.2.1 2.2.2.2.2 2.2.2.2.3 2.2.2.3 2.2.3.4 2.2.3.5 2.2.4 2.2.4.1 2.2.4.2 2.2.4.2.1 2.3 2.3.1 2.3.2 2.3.3 2.3.3.1 2.3.4 2.3.5 2.3.6 2.4 2.4.1 2.4.1.1 2.4.1.2 2.4.1.3 2.5 2.5.1 2.5.2 INTRODUÇÃO Objetivos Objetivo Geral Objetivo Específico Metodologia do Projeto PRE-CONCEPÇÃO Definição do Problema Pesquisa Pesquisa Bibliográfica História da Joalheria História da Joalheria Brasileira História do Broche História da Renda de Bilro Análise e Síntese da Pesquisa Bibliografia Pesquisa de Mercado Fabricantes de Jóias H.Stern Vivara Antonio Bernardo Análise da Concorrência Vancox F R Hueb Manoel Bernardes Estado do Design Tendências Análise e Síntese da Pesquisa de Mercado Pesquisa de Campo Aplicação do Questionário e análise do Questionário Análise e Síntese da Pesquisa de Campo Questionário Fundamentação Teórica Design Design de Moda Design de Jóias Jóia: Uma Peça Importante no Vestuário Feminino Semi-Jóias Bijuteria Acessórios Conceito do Produto Painel Semântico Público-alvo Conceito Temática Briefing Produto Mercado 02 02 02 03 05 05 05 05 06 09 10 12 17 18 18 18 20 23 24 25 26 28 30 33 39 40 40 50 50 51 51 53 58 58 60 62 64 67 68 68 69 70 72 72 73 VIII 2.5.2.1 2.6 2.7 2.7.1 2.7.1.1 2.7.1.2 3 3.1 3.1.1 3.2 4 4.1 4.1.1 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.2.3.1 4.2.4 4.2.4.1 4.2.4.1.1 4.2.4.1.2 4.2.4.1.3 4.2.4.1.4 4.2.4.1.5 4.2.4.2 4.2.5 4.2.5.1 4.2.5.1.1 4.2.5.1.2 4.2.5.1.3 4.2.5.1.4 4.2.5.2 4.2.6 4.2.6.1 4.2.6.2 4.2.6.3 4.2.6.4 4.2.6.5 4.2.7 4.2.8 4.2.9 5 6 Mercado de Luxo Consumidor (a) Usuária Especificações do Produto Ferramentas de Projeto G.U.T 5W2H CONCEPÇÃO Gerações de Alternativas Avaliação e Seleção das Alternativas Alternativas Escolhidas PÓS-CONCEPÇÃO Modelo Volumétrico Execução Memorial Descritivo Função Estética e Formal Função de Uso Função Ergonômica Usabilidade Sistema Construtivo Materiais Lentes de Policarbonato Ouro Renda de Bilro Zircônia Topázio Processos e Fabricação Função Técnica Desenho Técnico Legenda Pingente Pulseira Broche Vista Explodida Função de Marketing Custos Publicidade e Propaganda do Produto Embalagem Marketing Social Logotipo Fatores Ecológicos Função Informacional Tag e Certificado CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERENCIAS Anexos 73 74 75 75 75 77 78 78 87 87 90 90 90 99 99 102 103 105 107 116 116 117 118 119 120 120 121 121 122 123 124 125 126 127 128 128 132 133 134 135 135 136 137 138 141 IX ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37 Figura 38 Figura 39 Figura 40 Figura 41 Figura 42 Figura 43 Figura 44 Figura 45 06 06 07 07 08 08 10 10 11 11 12 12 15 15 15 15 16 16 16 16 19 20 20 21 22 22 23 24 24 25 25 26 27 27 28 29 29 31 31 32 32 33 35 35 35 X Figura 46 Figura 47 Figura 48 Figura 49 Figura 50 Figura 51 Figura 52 Figura 53 Figura 54 Figura 55 Figura 56 Figura 57 Figura 58 Figura 59 Figura 60 Figura 61 Figura 62 Figura 63 Figura 64 Figura 65 Figura 66 Figura 67 Figura 68 Figura 69 Figura 70 Figura 71 Figura 72 Figura 73 Figura 74 Figura 75 Figura 76 Figura 77 Figura 78 Figura 79 Figura 80 Figura 81 Figura 82 Figura 83 Figura 84 Figura 85 Figura 86 Figura 87 Figura 88 Figura 89 Figura 90 Figura 91 Figura 92 Figura 93 Figura 94 36 36 37 37 37 38 38 54 54 55 55 56 56 56 57 57 59 59 59 61 61 62 63 63 63 64 65 65 66 71 71 78 79 79 79 80 80 80 81 81 82 82 82 83 83 83 84 84 84 XI Figura 95 Figura 96 Figura 97 Figura 98 Figura 99 Figura 100 Figura 101 Figura 102 Figura 103 Figura 104 Figura 105 Figura 106 Figura 107 Figura 108 Figura 109 Figura 110 Figura 111 Figura 112 Figura 113 Figura 114 Figura 115 Figura 116 Figura 117 Figura 118 Figura 119 Figura 120 Figura 121 Figura 122 Figura 123 Figura 124 Figura 125 Figura 126 Figura 127 Figura 128 Figura 129 Figura 130 Figura 131 Figura 132 Figura 133 Figura 134 Figura 135 Figura 136 Figura 137 Figura 138 Figura 139 Figura 140 Figura 141 Figura 142 Figura 143 85 85 85 86 86 86 86 88 89 89 91 91 92 92 92 93 93 93 94 94 94 95 95 95 96 96 96 97 97 97 98 98 107 107 108 108 108 109 109 109 110 110 110 111 111 111 112 112 112 XII Figura 144 Figura 145 Figura 146 Figura 147 Figura 148 Figura 149 Figura 150 Figura 151 Figura 152 Figura 153 Figura 154 Figura 155 Figura 156 Figura 157 Figura 158 Figura 159 113 113 113 114 114 114 115 115 115 116 129 130 131 132 133 134 XIII LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Motivo de Compra Gráfico 02: Renda Fixa Gráfico 03: Estilos Gráfico 04: Preferências em Formas Gráfico 05: Cores de Metal Gráfico 06: Tipos de Metais Gráfico 07: Pedras nas Jóias Gráfico 08: Tipos de Pedrarias Gráfico 09: Cores de Pedras Gráfico 10: Tendência Gráfico 11: Cultura Açoriana Gráfico 12: Renda de Bilro Gráfico 13: Jóia Inspirada na Renda de Bilro Gráfico 14: Mistura de Materiais Gráfico 15: Locais de Compra Gráfico 16: Informações de Jóias 41 41 42 43 43 44 44 45 45 46 46 47 48 48 49 50 1 1 INTRODUÇÃO A arte da joalheria é uma das mais antigas artes decorativas existentes, onde o ouro e as gemas são elementos mais valorizados e cobiçados em todos os tempos. Tudo começou na natureza, mas precisamente nas minas, jazidas e garimpos, e de lá saem os minerais e unidos aos processos de fabricação e com um toque do design, transformando-se em verdadeiras obras de arte. A joalheria contemporânea trabalha com valores como a expressividade, o desejo e a relação simbólica. O requinte de uma jóia é resultado de um longo processo que envolve criatividade e Design, qualificação dos ourives, qualidade da matéria-prima, perfeição de acabamento das peças concebidas e utilização de moderna tecnologia na confecção das peças. Segundo Jóias BR (2002) a moda hoje apesar das mudanças, ela está sempre incorporada nos signos da contemporaneidade, da inovação e da flexibilidade, levando-nos a perceber que nos movemos juntos com o tempo, tendo constantemente em vista uma reinterpretarão de estilos do passado. Este projeto tem o intuito de desenvolver três peças da joalheria para classe A, do sexo feminino, faixa etária de 30 a 40 anos, independentes financeiramente, que compram jóias pela beleza e por seu valor cultural. O projeto foi fundamentado através das pesquisas do mercado joalheiro e da moda e de pesquisa de campo, onde se constatou a carência de uma jóia 2 que não seja vista apenas pelo seu valor agregado (o metal), mas sim pelo seu Design diferenciado. Para que a jóia consiga trazer inovação ao mercado, e despertar o desejo do público-alvo, assim criando uma necessidade de compra, a peça foi inspirada na cultura açoriana, mais especificamente na Renda de Bilro, pois a riqueza encontrada no artesanato, a diversidade dos pontos e a confecção das rendas será o grande diferencial na concepção da jóia. 1.1 Objetivos Neste tópico serão abordados os objetivos, tanto geral quanto específicos que o projeto apresentará. 1.1.1 Objetivo Geral Desenvolver três peças de joalheria que consiga através de seu Design e formas resgatar a cultura açoriana. 1.1.2 Objetivo Específico • Desenvolver uma jóia, para o público-alvo proposto, mulheres de 30 a 40 anos, com nível sócio-econômico cultural elevado. 3 • Pesquisar e adequar a jóia as tendências 2006. • Utilizar um material diferenciado ou um material • Resgatar a cultura açoriana, mais especificamente o alternativo. trabalho manual de Renda de Bilro, a fim de incentivar a prática desta arte milenar, e difundi-la a nível nacional e internacional através de uma jóia. • Misturar matérias nobres como: Ouro, gema, a arte da renda de bilro de uma forma inovadora e requintada. • Levantar possíveis clientes em potencial para a confecção • Perceber a relação entre a moda nos devidos segmentos: destas peças. vestuário, acessórios e bijuteria, e realizar uma pesquisa de mercado na área da joalheria. • Elaborar gerações de alternativas com base no tema trabalhado – René Lalique, utilizando técnicas de criatividade e ferramentas de projeto. • Selecionar e analisar as alternativas que mais se encaixaram nos quesitos que o produto oferecerá. • Construir o modelo volumétrico para testes e adequação • Descrever através do memorial descritivo as funções, projetual. etapas, características que o produto apresentará bem como sua inserção o mercado. 4 1.2 Metodologia de Projeto Este trabalho de graduação, no primeiro momento, partiu de uma pesquisa exploratória e após a escolha do tema, que surgiu da necessidade de difusão da cultura açoriana, estabeleceram-se as seguintes etapas: - Na primeira etapa realizou-se uma pesquisa bibliográfica para a fundamentação teórica, no âmbito das áreas do design, Moda e Jóias. - Na segunda etapa, iniciou-se a aplicação da metodologia “MD3E” - Método desenvolvido em três etapas, formulado por SANTOS (2000). Consiste em três etapas básicas: Pré-concepção, Concepção, e Pós-concepção. Para melhor direcionamento e embasamento na formulação do produto, elaborou-se então um questionário, contendo 16 perguntas, que foi direcionado para mulheres do Vale do Itajaí e Florianópolis, com faixa etária de 30 a 40 anos. - Na terceira etapa, realizou-se uma pesquisa de mercado observando nas jóias atuais do consumidor feminino em geral. - Na quarta etapa, investigaram-se tendências na joalheria para 2006. - Na quinta etapa, realizou-se a analise dos dados levantados, visando extrair a síntese da pesquisa. - Na sexta etapa, iniciou-se o processo de concepção do produto. Elaborou-se o briefing, e estabeleceu-se o conceito do produto. - Na sétima parte, foram geradas as alternativas, e definida a melhor proposta, e seu processo de fabricação. - Na oitava parte, Foi concebido o modelo volumétrico. 5 - Na nona etapa, deram-se os testes de usabilidade. - Na décima etapa, já finalizado o produto, realizou-se o planejamento de marketing para a marca Nana Machado. 2.0 PRÉ-CONCEPÇÃO 2.1 Definição do Problema Nos dias atuais a cultura açoriana está sendo esquecida e pouco difundida. A partir deste problema detectado, serão desenvolvidas três peças que trarão características da cultura açoriana, valorizando seu artesanato como a renda de bilro. Esta peça ratificará a carência na divulgação desta técnica manual através de suas características. A solução encontrada para este problema será a criação de três peças, com aplicação da Renda, onde a compra da Renda será feita diretamente com as rendeiras, assim gerando lucro para as mesmas e o incentivo de cursos referentes à arte da Renda de bilro. 2.2.Pesquisa Esta etapa do projeto apresenta todas as pesquisas realizadas para concepção da jóia, sendo elas: pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. 6 2.2.1 Pesquisa Bibliográfica Abordará elementos que compõe o projeto como a historia da joalheria, temática, mercado, estado do design e tendência, posteriormente uma análise e síntese dos dados obtidos através dessa pesquisa. 2.2.1.1 História da Joalheria Mais de sete mil anos se passaram desde que um ancestral do homem moderno resolveu utilizar conchas e sementes como adorno pessoal. (Ver Figura 01 e 02) A arte da joalheria é uma das mais antigas artes decorativas existentes. Figura1: Colar Primitivo (Jóias) Primitivas Figura 2: Artigos 7 Fonte: Site A Jóia, 2005. Fonte: Site A jóia, 2005. O homem sempre sentiu necessidade de adornar seu corpo, para adquirir status e acredita-se na superstição atribuídas nas gemas. O progresso da joalheria se deu através de várias gerações de ourives que compreenderiam basicamente em transformar materiais preciosos em ornamentos pessoais desempenhando sua criatividade e talento. As técnicas básicas da joalheria se diversificaram durante a antiguidade. De acordo com o site Jóia (2005), Os gregos e os etruscos alcançaram a maior perfeição no detalhamento do ouro, como filigranas e granulação. (Ver Figura 03 e 04) Segundo site Jóia (2005), No período renascentista foram criadas peças esmaltadas e com pedras preciosas. Neste período os ourives renascentistas alcançaram níveis técnicos jamais vistos. Após este período veio então o período Barroco a troca de estilo foi notável, tornando-se um símbolo de status social devido à quantidade de gemas. 8 Figura 3: Anel Europeu em Ouro Amarelo Fonte: Jóia Brasil, 2005. Figura 4: Broche Art Noveau em Ouro Amarelo Fonte: Jóia Brasil, 2005. As jóias do período Rococó eram assimétricas e leves, se comparadas com as do período anterior. Surgem nestes períodos jóias para serem utilizadas durante o dia, com detalhes mais discretos e outras mais carregadas para serem usadas em festas à noite, que iluminadas pelos candelabros davam efeito resplandecente. No período seguinte o Neoclássico o design das jóias adapta-se as linhas do estilo grego romano, que inspiravam também as roupas da época. Na história da joalheria as grandiosas jóias eram criadas para a corte de Napoleão. Isso se deu no período do século XIX. Quase no mesmo período emergia o Romantismo com o retorno de desenhos mais rebuscados e trabalhados enfatizando os tempos medievais. E após o Art Noveau teve seu reconhecimento através de René Lalique que criou peças inspiradas na natureza, em insetos, e flores trabalhados em marfim e chifres de animais. (Ver Figura 05 e 06) Diferente de outro período que foi o Art Decó com suas linhas retas, associadas ao cubismo e ao abstracionismo da arquitetura Bauhaus. Após a 2º Guerra Mundial os clientes que compravam jóias não compravam somente para uso e sim para investimentos. A ênfase passou a ser na qualidade das gemas, que eram valorizadas conforme lapidação e design de acordo com a moda. Nos dias de hoje a joalheria está voltada para o design que deve ser cada vez mais criativo, e sempre possuindo identidade nas peças desenvolvidas para 9 seu consumidor, e assim correspondendo e contribuindo com a qualidade do produto final. Figura 5: Desenho Broche de René Lalique Figura 6: Desenho de Broche René Lalique Fonte História da Joalheria, 2005. Fonte: História da Joalheria, 2005. 2.2.1.2 História da Joalheria Brasileira O setor da joalheria vem acompanhando o desenvolvimento do homem perante esse mercado de jóias. As viagens patrocinadas por portugueses e espanhóis no fim do século XV afetaram diretamente o comercio das gemas ocidentais. 10 A descoberta pelo Novo Mundo por Colombo em 1492 aumentou o comercio de esmeraldas, e grande quantidade de ouro e prata. A joalheria brasileira após o descobrimento era reflexo vivo do que acontecia na Europa. No século XVI os portugueses chegando defrontaram-se com índios adornados de penas coloridas, sementes, e ossos de animais ou aves nativas. Conforme PEDROSA (2005) O Renascimento estava em alta na Europa com suas pecas esmaltadas e decoradas com pedras preciosas. Poucas peças eram usadas por homens e mulheres neste período nos país, mas que existiam eram reflexo da Europa. Não havia a tradição de ourivesaria no Brasil, as peças raras vinham de fora sempre. (Ver Figura 07) De acordo com o site Jóias Br (2005), As jóias femininas passaram a serem usadas nos cabelos deixando de lado penteados mais rebuscados da época medieval. Os homens também utilizavam em suas vestimentas as jóias que desciam até os topos dos sapatos, correntes transpassadas, broches nos chapéus, anéis e um brinco em uma das orelhas. Esta moda foi adotada pelo rei francês Francisco I que se estendeu por toda Europa. Broches e pendentes eram bem vistos por homens e mulheres nesta época, mas foram raras as peças deste tipo no Brasil. (Ver Figura 08) 11 Figura 7: Coroa D. Pedro I Brasileira Figura 8: Pendente da Joalheria Fonte: Jóias Br, 2005. Fonte: Jóias Br, 2005. 2.2.1.3 História do Broche Segundo AURÉLIO (2003) Broche sm Adorno ou jóia com alfinete e fecho. De acordo com a Designer de jóias PEDROSA (2005) O broche surgiu de uma fivela Greco-romana chamada de fíbula. Era uma fivela usada pelos gregos que mais tarde foi adotada pelos romanos. (Ver Figura 09) Tinham como objetivo segurar, e compor trajes da época, e o mecanismo eram os mesmo com alfinetes de segurança. A Fibulae espécie de broche mais comprido assim chamado na época, era extremamente decorado, podendo ter figuras de soldados, animais em relevos. As conquistas romanas disseminaram as Fibulae pela Europa, isso foi um grande motivo para o aparecimento dos broches. 12 Conforme iria ficando mais conhecido durante épocas, ganhava outras características, outras técnicas de joalheria como: Filigrana, e Cloisonné (pasta de vidro colorida). Esta técnica foi introduzida na Inglaterra através do cristianismo, aparecem broches, crucifixos, pendentes e em forma de anel a ser usado no qual o tecido passava por dentro da peça. Com a evolução gradativa das técnicas de cravação e de colocação de pedras preciosas, os broches foram recebendo outros tratamentos e aplicações. Desta forma o broche tornou-se em diante uma peça nobre, requintada e majestosa. (Ver Figura 10, 11 e 12). Figura 09: Broche Bizantino séc. VII Fonte: www.historiadaarte.com, 2005. Figura 10: Broche com Aplicações de Gemas Fonte: Jóias Br, 2005. 13 Figura 11: Broche inspirado na Orquídea Fonte: Site jóias Br, 2005. Figura 12: Desenho do broche da Tiffany Co. Fonte: Site Jóias Br, 2005. 2.2.1.4 História da Renda de Bilro “Renda tecido delicado, de malhas abertas, cujo fio se entrelaça formando desenhos”. ¹ “Bilro peça de madeira ou de metal, semelhante ao fuso, para fazer rendas de almofadas”. ¹ A renda é um tecido de tramas muito abertas, utilizadas hoje em os mais variados setores como: cama, mesa, banho, roupas femininas, roupas infantis, roupas íntimas, e trajes sociais femininos. A renda é sinônima de sensualidade, romantismo, e casadas com outros tecidos contrapõe estilos e intenções. ¹ FERREIRA, Aurélio B. de H.. Mini Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 75 e 473. 14 Segundo GONÇALVES (2002), Renda de Bilro: Criada pela manipulação de numerosos fios, cada um deles preso a um bilro. Geralmente a renda de bilro é trabalhada sobre uma almofada. (Ver Figura 13 e 15) É um tipo de trabalho classificado como “Artesanato Folclórico”, por pertencer a uma corporação de artesões, que utilizam como tradição passando de mães para filhas, quando ainda jovens. (Ver Figura 17) Os materiais utilizados pelas rendeiras são: Piques, Bilros, Almofadas, e linha. É uma arte popular que vem se mantendo através dos anos, que perpetua por três séculos de existência, vinda com as famílias açorianas para a Ilha de Santa Catarina nos anos de 1745 e 1748. Conforme alguns historiadores, a renda de agulha surgiu em fins do século XV, começo do século XVI na cidade de Veneza, na Itália, como um entretenimento para acabar com a monotonia dos bordados. Foi levada à França, e chamada de passament, e logo tomou toda a Europa. Através dos descobrimentos marítimos, essa arte exerceu grande influência em Portugal, destacando-se nas Ilhas da Madeira e Açores. Existe ainda a fundamentação de alguns autores que afirmam que os portugueses aprenderam esta técnica com os mouros e orientais, que colonizaram as duas Ilhas portuguesas. Outro indício desta hipótese é que os chineses ainda produzem rendas idênticas às que foram trazidas pelos açorianos à Ilha de Santa Catarina. 15 Segundo SOARES (1997), ele relata que as rendas de procedência chinesa se assemelham muito as nossas rendas, isto se confirmou após encontrar uma peça, em uma loja de artigos chineses na cidade de Gotemburgo, Suécia. Mesmo Portugal tendo sua indústria autônoma, as rendas flamengas ou francesas eram as preferidas da corte, o que acarretou a queda da mesma. Somente com a fundação de importantes manufaturas de rendas, em 1775, surgiu dos tipos de rendas: As populares rendas de (Guipure) e as de flamengo (Francesas), Isso aconteceu através do Marquês de Pombal. No início eram restritas aos mantos do clero e da realeza, a partir do século 17 as rendas darem início a usos mais amplos, na forma de babados, adornos de cabeça e enfeites de vestidos. Com a vinda da tecnologia a renda começou-se a ser produzida também a máquina, tornando-a popular e um material acessível a todas as classes, o que difere bastante da maneira artesanal, que ainda persiste em algumas cidades do interior da ilha de Santa Catarina e no litoral de estado. A Renda de Guipure é as mais pesadas das rendas, os desenhos são unidos e se repetem. Na alta costura é usado este tipo de renda, pois ela é feita à mão, e isto valoriza muitas as peças. Os nomes para cada uma das rendas são os mais diferenciados possíveis, e seus nomes funcionam como identificação para uma delas.(Ver Figura 14, 19 e 20) De acordo SOARES (1997) São elas: Renda Sapa, Renda Peixinho, O Beijo de Arco, Orelha de Mula, Barriga de Cobra, Flor de Café, Boca-deSino, Roda de Leque, Roda Estrelada, Pegamento de Arco, Margarida, Belesa, 16 Sapatinho, Viola, Sobrancelha de menina, Currupil, Oval de Concha, Cocada, Rodinha, Bicuda, Sapatinho, Roda Estrelada, Jardineira, Abacaxi, Porta de Igreja, Renda Vinte, Penca de rosas, Relevo, Ceará, Pé-de-galinha, Forro de Casa, Coqueiro, Palmas, Pontilhas de Arco, Pegamento de Coração, Entrelinhas, Estrela, Olho-de-Boi, Conchas, Além das Estrelas de cinco, sete e nove pontas, e as golas e peitilhos para vestidos. Acredita-se que os nomes dados às rendas são todos de origem açoriana. (Ver Figura 18 e 19) Figura 13: Rendeira tecendo a Renda de Bilro Fonte: Site Eps, 2005. Figura 14: Tipos de pontos de Renda de Bilro Fonte: Site Guiafloripa, 2005. 17 Figura 15: Rendeira da Lagoa da Conceição Fonte: Site Guia Floripa, 2005. Figura 16: Peças vendidas na Lagoa da Conceição Fonte: Site Guia Floripa, 2005. Figura 17: Almofada de Renda de Bilro Figura 18: Toalha de Renda de Bilro. Fonte: Arquivo Pessoal, 2005. Fonte: Arquivo Pessoal, 2005. 18 Figura 19: Tipos de Pontos Fonte: Rendas e Rendeiras de SC, 1997 1997. Figura 20: Tipos de Pontos Fonte: Rendas e Rendeiras de SC, 19 2.2.1.5 Análise e Síntese da Pesquisa Bibliográfica O ouro sempre foi símbolo de riqueza e poder, sua importância diante da humanidade sempre estigou o ser humano a querer e cobiçar peças cada vez mais valiosas. Na história da joalheria consecutivamente foi assim, desde as primeiras peças encontradas e registradas este fato sempre foi o motivo inicial: o desejo. Nos dias atuais estes continuam a ser os principais motivos de aquisição de uma jóia: a beleza, e o desejo. A jóia assim com a Moda são consideradas frívolas, inconstantes e fúteis deste modo tratamos de apresentar o caminho que a moda trafega, passando por diferentes nichos e apresentando que as mesmas refletem acontecimentos sociais, políticos, econômicos, e culturais. A intervenção de outras culturas em nosso meio tem contribuído para que pouco a pouco a chama que nos une ao passado vá enfraquecendo e acabe sendo esquecida ou abolida. A Renda de Bilro é umas das culturas locais que acabaram sendo esquecidas e pouco valorizadas. A Renda surgiu com a colonização açoriana, que se distribui por todo o litoral catarinense, tornando-se fonte de renda para muitas famílias que viviam somente da pesca e tornou esta arte uma fonte suplementar. A Renda de Bilro é uma arte milenar, que esta sendo perdida por não haver planos de incentivo na prática do trabalho manual, e a falta de inclusão destas artesãs no mercado de trabalho e no mercado da moda. 20 Projeto que esta sendo desenvolvido tem o intuito de agregar a Joalheria uma cultura local, com suas origens mantidas e criar uma jóia cultura, com valor agregado, beleza, e incluir mulheres artesãs no mercado da moda. 2.2.2 Pesquisa de Mercado Esta etapa do projeto aborda algumas marcas consagradas de jóias, dando ênfase na história de cada uma. 2.2.2.1 Fabricantes de Jóias O setor da joalheria tem uma vasta variedade de produtos, mas dentro desse segmento algumas se destacam essas serão descritas abaixo. 2.2.2.1.1 H. Stern Segundo relata o site oficial da marca, Hans Stern foi o grande fundador desta marca, em 1945, este jovem de apenas 22 anos de idade começou um pequeno negócio de compras e vendas de pedras na cidade do Rio de Janeiro, dando inicio a uma grande historia de sucesso. Nos anos 50 esta pequena joalheria brasileira iniciava o estrelato internacional, na época já confeccionava peças belíssimas e prometia revolucionar o mercado tão propulsor. 21 Ao longo de seus 60 anos de existência, esta marca é referencia de beleza, e sofisticação. Possuem lojas em várias cidades do Brasil, Nova York, Paris, Frankfurt, Tel Aviv, e outras ao redor do mundo. H. Stern investe em marketing estando sempre presentes em grandes editorais de moda, nacionais e internacionais. E embelezam milhares de estrelas pelo mundo. Nada mais apropriado a uma marca que tem em seu próprio nome o brilho, pois Stern é estrela na língua Alemã. Abaixo algumas peças referentes à marca H. Stern. Figura 21: Colar H. Stern em águas marinhas Fonte: site Sharpfacets, 2006. Este colar é confeccionado em ouro amarelo, com aplicações de gemas brasileiras, as Águas marinhas. Segue linhas e um estilo Art Deco, mas sem perder a beleza da estrutural da forma. E trabalhando nos conceitos de funcionalidade e mecanismos. 22 Figura 22: Colar em ouro branco H. Stern Fonte: Site Networldin, 2005. Colar em ouro branco, cravejado em diamantes, e pingente de topázio em forma de gota, evidenciando o estilo clássico e remetendo uma jóia antiga. Figura 23: Anel H. Stern Fonte: Site Jóiabr, 2006. Anel em ouro amarelo foscos, sua forma arrojada, inspirada nas formas geométricas, com traços na arquitetura. E as gemas quase brutas em formato de coração, na parte superior do anel fazem dele uma peça imponente. 2.2.2.1.2 Vivara Existente há 35 anos no mercado, é uma marca que mais cresce no mercado nacional, possui 60 lojas nas principais cidades do Brasil. 23 É conhecida por possuir uma gama exclusiva se jóias exóticas, clássicas e contemporâneas. Trabalha juntamente com designers renomados e muitos já foram premiados juntos a marca. A Vivara desenvolve desde o produto, a embalagem que envolve suas criações, dedica-se aos pós-atendimento, e segue rigoroso controle de qualidade de cada uma de suas jóias. Com tudo a Vivara faz seu marketing nas melhores revistas de moda do Brasil, e em catálogos direcionado a seu público. Figura 24: Conjunto Vivara Fonte: Site Joiabr, 2005. Conjunto de colar e anel em ouro amarelo com aplicação de pedras preciosas, imagem utilizada para campanhas em revistas de moda, como: Vogue Jóias. 24 Figura 25: Anéis Vivara Fonte: Revista Vogue, 2005. Anéis em ouro amarelo, que exploram a cor do metal, com vazados na parte superior da peça para que o fundo proporciona-se o efeito brilhante, receberam tratamento na superfície polida e escovada. Possui formas arrojadas, grandiosas, e diferenciadas. Lembram obras de arte contemporâneas. Figura 26: Conjunto Vivara Fonte: Revista Vogue 2005. Conjunto em ouro branco, peças com características delicadas, no estilo romântico, com aplicações de diamantes e a apresentação de pérolas nas partes de destaque da jóia. Transmite limpeza nas formas e suavidade de estilo. 25 2.2.2.1.3 Antonio Bernardo De acordo CAMPOS (2005), Iniciou seu trabalho como artesão, dom que se despertou através de seu pai que era revendedor de jóias. Está no ramo a mais de 30 anos, e é um designer reconhecido internacionalmente, que como já comentado confeccionava suas próprias idéias. Hoje comanda uma oficina com dezenas de ourives que materializam suas idéias, cujas peças sugerem ilusão de ótica e movimento. Suas peças são vendidas em lojas exclusivas em diversas cidades do país como: Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Porto alegre, Recife e Cuiabá. Reconhecido por famosos prêmios como If Design, e Red Dot Design Award. O designer Antonio Bernardo assegura que o segredo para tanto sucesso é muita dedicação, e perseverança. Figura 27: Pingentes Minimalistas Fonte: Joiasbr, 2005. Pingentes da coleção minimalista em ouro branco e ouro amarelo fosco trazem à tona toda a lembrança de infância, e do lúdico. São peças delicadas e juvenis que seguem as tendências de jóias 2006. 26 Figura 28: Anel Antonio Bernardo Fonte: Portaldasjoias, 2005. Anel da linha do Antonio Bernardo em ouro amarelo fosco é uma peça arrojada, imponente, e irreverente. Figura 29: Anel Aspiral Fonte: Site Joiasbr, 2005. Anel em ouro branco fosco inspirado no ciclo da vida, no labirinto, é uma peça moderna, simples e jovial. 2.2.2.2 Análise da concorrência Através desta pesquisa apanhada foi possível levantar os três concorrentes em potencial. Desta forma, foi analisando questões como: Qualidade, Tradição, Design, Tecnologia, Matéria-prima, e Tendência. Os três fabricantes foram apontados por todas essas questões que foram imprescindíveis para esta análise. Seguem abaixo: 27 2.2.2.2.1 Vancox Esta empresa brasileira surgiu no ano de 1982 em Belo Horizonte, e fundada por Ricardo Brofen e a designer responsável por suas criações é Wanda Gontijo. É uma empresa conhecida nacionalmente e principalmente internacional, onde exporta para países como: Estados Unidos, Japão, e Europa. Figura 30: Gargantilha em ouro branco em forma de flores Vancox Fonte: Site Feninjer, 2005. Gargantilha em ouro branco e cravação em diamantes, inspirada na natureza formas de flores, onde foi trabalhado o metal nobre vazado, proporcionando maior beleza e delicadeza à peça. Figura 31: Anel em ouro branco Vancox Fonte: Site Feninjer, 2005. 28 Anel em ouro branco, cravação de brilhantes e trabalho de entrelaçamento do metal na parte superior da peça. Figura 32: Anel em ouro branco, diamantes e ônix Vancox. Fonte: Site Vancox, 2005. Anel em ouro branco, cravações de diamantes na parte superior e a gema ônix lapidada, no topo da peça. 2.2.2.2.2 F R Hueb A empresa F R Hueb é uma empresa mineira, a fabrica fica localizada na cidade de Uberaba- S. P e possui dois Shows roons, um na cidade de São Paulo e outro em Belo Horizonte. A empresa participa da feira mais importante de jóias do Brasil: A Feninjer. A designer Gláucia Silveira após desenvolver algumas peças para a marca tornou-se exclusiva da F R Hueb. A designer foi premiada por algumas peças desenvolvidas. Umas dos concursos foi o IBGM 2000. È uma empresa que exporta grande parte de suas criações e investe em publicidade em revistas de moda e catálogos de tendências. 29 Figura 33: Anel em ouro branco com gemas violetas e rosa F R Hueb Fonte: Site Feninjer, 2005. Anel premiado pelo Concurso IBGM 2000, a peça foi desenvolvida pela Designer Gláucia Silveira, que é exclusiva da F R Hueb. Peça numa combinação de cores degrade em tons de rosa, e diamantes brancos. Figura 34: Colar F R Hueb Luxury Fonte: Site Feninjer, 2005. Colar em perolas negras, pedras brasileira e composta por mistura de material nobre: o ouro a um tecido: fita de cetim que funciona como o sistema de fechamento, e ainda compõe um laçarote. 30 2.2.2.2.3 Manoel Bernardes Manoel Bernardes iniciou sua história dentro da joalheria como comerciante de pedras brutas em sua residência, isto por volta do ano de 1944. Atualmente possui 4 lojas nos principais shoppings de Belo Horizonte e uma indústria própria, e é uma das maiores empresas do país no mercado de gemas, com foco nas gemas brasileiras, que são vistas pelo mundo todo como de alta qualidade e beleza. Possui uma rede de representantes bem treinados, e distribuídos por várias regiões do Brasil, além de ser reconhecido internacionalmente por comercializar produtos de padrão universal, e um dos países que importam essas gemas é a Ásia. A designer responsável por suas criações é Heloisa Azevedo, que criou uma linha em ouro branco, transparência, e o avesso: o preto. Figura 35: Brincos de pedra brasileira e ouro amarelo. Fonte: Site Feninjer, 2005. 31 Conjunto em ouro amarelo, composto por anéis, brinco e colar, gemas em formato de gota, e com fio de couro na gargantilha. Figura 36: Cinto colar Manoel Bernardes Fonte: Site Feninjer, 2005. Cinto colar em ouro branco e quartzo branco e rosa. Esta peça inova na idéia utilizada pelo Designer que dá outra visão da jóia, explorando na área de acessório de moda. Figura 37: Conjunto Manoel Bernardes em ouro branco, diamantes e pérolas. Fonte: Site Feninjer, 2005. ERROR: undefined OFFENDING COMMAND: ‘~ STACK: