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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TRANSPORTE DE GÁS NATURAL
Por: MIRIA REGINA SILVA FIGUEIREDO
Orientador:
Prof.: JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TRANSPORTE DE GÁS NATURAL
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DEDICATÓRIA
Dedico à minha mãe Célia, que sempre me
incentivou a continuar, ao meu irmão Nilo Paulo,
ao meu namorado André e aos meus queridos
amigos colegas de classe, Flávia Bauer de
Oliveira, Gelton Campos, Leandra Astulla e
Rodolpho Gama.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pelo dom da vida, por estar
comigo em todos os momentos.
“Podemos até rejeitar o amor de Deus, mas não
podemos impedi-lo de nos amar! (Lutero)”.
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RESUMO
O presente trabalho teve por finalidade analisar a importância da conformidade do gás
e os impactos que um gás fora de especificação pode trazer a cadeia logística. Neste trabalho
também será destacado o transporte como principal elemento propulsor deste processo e
apresentação de dados sobre a história do Gás Natural e seu crescimento no Brasil.
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METODOLOGIA
Para a elaboração desta monografia a metodologia adotada foi à pesquisa
bibliográfica. Utilizou-se como fonte de consulta livros, trabalhos publicados, artigos de
revistas e jornais e publicações eletrônicas que abordaram o tema em análise.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
10
2. CAPÍTULO I - ELEMENTO TRASNPORTE
19
2.1 TRANSPORTE DE GÁS NATURAL
20
2.1.1 Componentes de um Gasoduto
21
2.1.2 Transportadoras em atividade no Brasil
22
3. CAPÍTULO II - GÁS NATURAL
24
3.1 ESPECIFICAÇÃO DO GÁS NATURAL
24
3.1.1 Especificação do gás natural para transferência
25
3.1.2 Especificação do gás natural para transporte
25
3.2 DESVIOS DA QUALIDADE DO GÁS NOS GASODUTOS
27
3.2.1 Tipos de Ocorrência
29
3.2.1.1 Falha de processamento – injeção de gás não conforme
29
3.2.1.2 Contaminação nos sistemas de compressão – carreamento de óleo de
máquinas com lubrificação por perdas
29
3.2.1.3 Contaminação por particulados sólidos – “Pó Preto” e “Pó Amarelo”
29
3.2.2 Impactos da injeção de contaminantes e/ou gás não conforme nos
gasodutos e instalações associadas
31
3.2.3 Principais Causas Apontadas
31
3.2.4 Segurança para o Cliente Final
32
3.2.5 Aspectos Legais e Contratuais
32
3.2.6 Flexibilidade
32
3.2.7 Sanções
33
3.2.8 Impacto na Integridade
33
3.2.9 Recomendações
34
8
4. CAPÍTULO III - PRINCIPAIS AÇÕES
35
4.1 DEVERES DOS ENVOLVIDOS
35
4.1.1 Processador
35
4.1.2 Carregador
35
4.1.3 Transportador
36
4.2 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO GÁS NOS GASODUTOS
36
4.2.1 Estabelece a emissão de dois documentos diários
36
4.2.1.1 Certificado de Qualidade do Gás
36
4.2.1.2 Pontos de Recebimento
37
4.2.1.3 Responsabilidade do Carregador
37
4.2.1.4 Análise de todas as características da especificação
37
4.2.2 Boletim de Conformidade do Gás
37
4.2.2.1 Pontos de Recebimento com ocorrência de mistura
37
4.2.2.2 Pontos de Entrega de vazão superior a 400 mil m³/dia e sujeito a
diferentes origens de gás
37
4.2.2.3 Responsabilidade do Transportador
37
4.2.2.4 Análise das características principais
37
4.2.3 Itens da Especificação
37
4.2.3.1 Teor de metano, etano, propano, butano e mais pesados
37
4.2.3.2 Teor de CO2 , O2 e inertes (N2 + CO2)
37
4.2.3.3 Poder Calorífico Superior
37
4.2.3.4 Índice de Wobbe
37
4.2.3.5 Número de Metano
37
4.2.3.6 Ponto de Orvalho de Hidrocarbonetos
37
4.2.3.7 Teor de H2S, Enxofre Total
37
9
4.2.3.8 Ponto de Orvalho de Água
37
4.3 AÇÕES MITIGADORAS PARA MINIMIZAR O IMPACTO NA CADEIA
LOGÍSTICA DO GÁS
37
4.3.1 Injeção de gás não conforme por falhas de processamento
37
4.3.2 Contaminação por Óleo Lubrificante
38
4.3.3 Contaminação por Pó Preto
38
4.3.4 Contaminação por Pó Amarelo
38
CONCLUSÃO
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
45
10
INTRODUÇÃO
O gás natural é um combustível fóssil, encontrado na natureza de maneira semelhante
ao petróleo - em reservatórios profundos no subsolo - e resulta da degradação anaeróbica da
matéria orgânica, podendo estar associado ou não ao petróleo.
Sua composição pode variar dependendo do fato do gás estar associado ou não ao
óleo, ou de ter sido ou não processado em unidades industriais. A composição básica inclui
metano, etano, propano e hidrocarbonetos de maior peso molecular (em menores proporções).
Normalmente, ele apresenta baixos teores de contaminantes como nitrogênio, dióxido de
carbono, água e compostos de enxofre.
O primeiro passo para explorar o gás natural é verificar a existência de bacias
sedimentares portadoras de rochas reservatórias ricas na acumulação de hidrocarbonetos,
através de testes sísmicos. Caso o resultado das pesquisas seja positivo, dará início a
perfuração de um poço pioneiro para comprovar o nível da acumulação. Em seguida, através
de testes de formação e perfuração de poços de delimitação, será possível constatar a
viabilidade da jazida para fins comerciais. A última etapa é mapeamento do reservatório, que
será encaminhado para o setor de produção.
Semelhante ao petróleo, o gás natural precisa ser tratado antes de sua comercialização.
Com base nos mapas do reservatório, é definida a curva de produção e a infraestrutura necessária para a extração. Assim que o GN (Associado e Não Associado) é retirado
de uma jazida, passa por vasos depuradores para separar as partículas líquidas (água e
hidrocarbonetos líquidos) e sólidas (pó, produtos de corrosão). Se o nível de resíduos de
enxofre estiver em excesso, o gás passa por unidades de dessulfurização. Depois, o gás é
transferido para as Unidades de Processamento do Gás Natural (UPGN). Parte do gás natural
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pode ser aproveitado para estimular a recuperação do petróleo através dos métodos de
reinjeção de gás.
Nas UPGN's, o gás natural passa por algumas etapas até estar pronto para
comercialização. Inicialmente, é desidratado para retirar o vapor d'água existente, e em
seguida, sofre um processo de absorção com refrigeração ou de turbo expansão, com a
finalidade de separar as frações pesadas, atendendo às exigências do mercado e do meio
ambiente. O resultado final é a produção de gás natural residual (metano e etano), gás natural
liquefeito (propano e butano - também conhecido como gás de cozinha) e C5+ (gasolina
natural - transportada para as refinarias para futuro processamento).
De acordo com a Lei Nº 9.478 da Constituição Federal, o transporte de gás natural
canalizado só pode ser realizado por empresas que não comercializam o produto, ou seja, que
não podem comprar ou vender GN, com exceção dos volumes necessários ao consumo
próprio. Desta forma, as transportadoras se responsabilizam exclusivamente pelos serviços de
transporte até os pontos de entrega. No estado gasoso, o transporte do gás natural é feito por
meio de dutos ou, em casos muito específicos, em cilindros de alta pressão (como GNC - gás
natural comprimido). Existem três tipo de gasodutos: os de transporte, os de transferência e os
de distribuição. Os gasodutos de transferência são de uso particular do proprietário ou
explorador das facilidades, conduzindo a matéria-prima até o local de processamento ou
utilização.
De forma semelhante, os gasodutos de distribuição levam o gás canalizado recebido
das transportadoras até os usuários finais. O gás é comprimido em gasodutos na estação
inicial de compressão com pressões entre 70 e 150 kgf/cm2, e ao longo do duto a pressão vai
diminuindo até atingir valores da ordem de 30 a 40 kgf/cm2 onde é recomprimido e assim
pode ser transportado economicamente para grandes distâncias. No estado líquido (como
GNL - gás natural liquefeito), pode ser transportado por meio de navios, barcaças e
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caminhões criogênicos, a -160ºC, e seu volume é reduzido em cerca de 600 vezes, facilitando
o armazenamento. Nesse caso, para ser utilizado, o gás deve ser revaporizado em
equipamentos apropriados.
A distribuição é a etapa final do sistema, quando o gás chega ao consumidor, que pode
ser residencial, comercial, industrial (como matéria-prima, combustível e redutor siderúrgico)
ou automotivo. Nesta fase, o gás já deve estar atendendo a padrões rígidos de especificação e
praticamente isento de contaminantes, para não causar problemas aos equipamentos onde será
utilizado como combustível ou matéria-prima. Quando necessário, deverá também estar
odorizado, para ser detectado facilmente em caso de vazamentos.
O gás natural é usado como combustível para fornecimento de calor, geração de
eletricidade e de força motriz; como matéria-prima nas indústrias siderúrgica, química,
petroquímica e de fertilizantes. Na área de transportes é utilizado como substituto do óleo
diesel, gasolina e álcool. Tais fatores permitem a utilização quase irrestrita do produto em
vários segmentos, atendendo às determinações ambientais e contribuindo de forma eficaz e
eficiente no controle dos processos, segurança e qualidade. Desta forma, o gás natural
participa direta ou indiretamente da vida de toda a população.
Principais usos do Gás Natural:
Gás domiciliar - No uso em residências, o gás natural é chamado de "gás domiciliar".
É um mercado em franca expansão, especialmente nos grandes centros urbanos de todo País.
As companhias distribuidoras estaduais têm planos de grande ampliação de suas redes, e o
aumento do consumo de gás domiciliar demanda investimentos expressivos em conversões e
em recebimento e adaptações nas residências.
Gás veicular - No uso em automóveis, ônibus e caminhões, o gás natural recebe o
nome de "gás veicular", oferecendo vantagem no custo por quilômetro rodado. Como é seco,
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o gás natural não provoca resíduos de carbono nas partes internas do motor, aumentando a
vida útil do motor e o intervalo de troca de óleo e, do outro, reduz significativamente os
custos de manutenção.
Indústria - Utilizado como combustível, o gás natural proporciona uma combustão
limpa, isenta de agentes poluidores, ideal para processos que exigem a queima em contato
direto com o produto final, como, por exemplo, a indústria de cerâmica e a fabricação de
vidro e cimento. O gás natural também pode ser utilizado como redutor siderúrgico na
fabricação de aço e, de formas variadas, como matéria-prima: na indústria petroquímica,
principalmente para a produção de metanol, e na indústria de fertilizantes, para a produção de
amônia e uréia.
Geração Termelétrica - O Gás Natural também tem grande utilização para a geração
de energia, através das Usinas Termelétricas (UTEs), que geram energia elétrica a partir da
queima de um combustível (óleo, lenha, gás natural, nuclear etc).
A construção de UTE’s a gás natural teve grande impulso em 2000, com o lançamento
do PPT (Plano Prioritário de Termelétricas) pelo governo federal.
No caso das usinas que se utilizam de turbinas a gás, a queima do combustível resulta
na liberação de gases quentes que, ao se expandirem dentro da turbina, provocam a rotação de
suas paletas, gerando energia. Esse processo é conhecido como ciclo simples.
Em conjunto com o processo de Geração Termelétrica de energia, há o processo de
Co-geração, que vem a ser a geração simultânea de energia e calor. Os gases liberados da
combustão do ciclo simples podem ser aproveitados para a geração de vapor. Ao passarem
por uma caldeira recuperadora de vapor (HRSG - Heat Recovery Steam Generator), o calor
dos gases aquece a água existente na caldeira, provocando o aparecimento de vapor d 'água.
Parte do vapor é resfriado, voltando ao estado líquido, e direcionado de volta ao processo. A
parte restante pode ser utilizada na geração de energia elétrica, ou como insumo em outros
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processos, tais como a retificação dos derivados de petróleo. O ciclo combinado é o que
proporciona maior eficiência energética a uma termelétrica. Nesse caso, o vapor d´água é
quase todo voltado para a geração de energia elétrica.
A indústria do gás natural nasceu nos Estados Unidos na segunda metade do século
XIX, sendo inicialmente utilizado na indústria em substituição ao gás obtido do carvão.
O grande impulso da indústria do gás natural decorreu aperfeiçoamento tecnológico da
fabricação de tubos sem costura longitudinal e da solda elétrica para a construção de
tubulações. Com o término da segunda guerra mundial, foi criada a rede de transporte
nacional a partir de dois grandes gasodutos construídos entre o Texas e a Costa Leste. Na
década seguinte, praticamente todo o território dos Estados Unidos era abastecido pela rede
nacional de distribuição de gás natural.
O consumo americano atual é de cerca de 1,6 bilhões de metros cúbicos por dia.
A utilização do GN no Brasil era inicialmente para atender as indústrias baianas em
1940 e só em 1997, com a elaboração do Protocolo de Quioto (painel de Mudanças
Climáticas), o GN ganhou seu espaço, isto porque suas taxas de emissão de gases de efeito
estufa eram bem menores que as fontes de energia concorrentes, como carvão e derivados do
petróleo.
A sensata e coerente opção de utilizar o gás natural como fonte de energia está calcada
no fato de ser um combustível limpo, um produto sem restrições ambientais e que reduz
significativamente os índices de poluição. O combustível do futuro, como já está sendo
chamado, colabora diretamente para a melhoria da qualidade de vida nas grandes metrópoles.
Utilizado como matéria-prima nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e de
fertilizantes, o gás natural fornece calor, gera eletricidade e força motriz. Na área de
transportes tem a capacidade de substituir o óleo diesel, a gasolina e o álcool, participando
assim, direta e indiretamente da vida de toda a população.
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Para a entrega de GN ocorrer de forma eficaz é necessário contar com um sistema
eficiente de transporte. Além disso, ele deve estar especificado, segundo as normas da ANP
(Agência Nacional do Petróleo), órgão que regula e estabelece a especificação do gás natural,
de origem nacional ou importado, a ser comercializado em todo o território nacional.
Para garantir a conformidade do GN na cadeia logística fez-se necessário a elaboração
de um plano de ação para garantia de entrega de gás especificado capaz de antecipar-se às
demandas do crescente mercado, empreendendo esforços que garantam que este crescimento
esteja acompanhado da qualidade do produto entregue.
A premissa do plano é garantir a entrega de gás especificado, se não atender à
qualidade, interrompe-se o fornecimento.
Para o bloqueio acontecer é necessário que os todos os agentes do processo funcionem
em sincronia.
O Processador deve:
• Identificar e informar ocorrência;
• Avaliar criticidade;
• Iniciar redução ou bloqueio, conforme matriz de responsabilidade e procedimentos
mútuos de operação.
O Carregado dever:
• Solicitar manutenção da entrega desconforme, se identificar que interrupção
provocará impactos ainda maiores;
• Notificar agentes.
O Transportador deve:
• Promover bloqueio no ponto de recepção do gasoduto, conforme matriz de
responsabilidade e procedimentos mútuos de operação;
16
• Promover bloqueio nos pontos de entrega, se necessário para manter o controle do
sistema.
A não interrupção do fornecimento pode implicar diversos problemas:
Conseqüências para os clientes
• Chegada de frentes líquidas nos clientes finais implicando em risco de acidentes;
• Contingência forçada às distribuidoras, que correm para promover cortes seletivos
em seus clientes (ex: postos de GNV);
• Impactos de desempenho e introdução de riscos em processos sensíveis;
• Aumento da insegurança dos consumidores de gás natural;
• Impacto direto nos consumidores de GNV – formação de hidrato;
Conseqüências para o Transportador:
Condensação nas instalações do transportador:
• Risco operacional nas drenagens de condensado não estabilizado;
• Impacto no sistema de instrumentação;
Aceleração do processo de deterioração dos gasodutos e demais equipamentos:
• Corrosão;
• Redução da espessura dos dutos;
• Pó preto;
• Limitações da capacidade operacional;
Conseqüências para a Empresa:
• Imprevisibilidade das conseqüências sobre os consumidores – o condensado vai se
acumulando em pontos baixos e se movimenta quando há mudança de regime de consumo;
17
• Acarreta pagamento de multas e concessão de descontos aos clientes;
• Descumprimento da Lei-9847 ficando sujeita a autuações e multas (R$ 20 mil a R$ 5
milhões);
• Coloca a companhia em situação de não conformidade junto à ANP;
• Impacto nos sistemas de medição para faturamento;
• Prejuízo da imagem da empresa por vender produto não conforme;
• Penalidades e danos maiores a imagem da empresa em caso de acidente;
Com o monitoramento da qualidade de gás nos gasodutos é possível garantir controle
da qualidade do produto transportado, obtenção de parâmetros necessários para a medição
da vazão: densidade, fator de compressibilidade (dependentes da composição química) e
cálculo do Poder Calorífico Superior (PCS), para fins de conversão em energia e para
faturamento.
Além desses fatores também é possível estabelece a especificação do gás natural, de
origem nacional ou importado, a ser comercializado em todo território nacional.
Estabelece a emissão de dois documentos diários:
Certificado de Qualidade do Gás:
• Pontos de Recebimento;
• Responsabilidade do Carregador;
• Análise de todas as características da especificação;
Boletim de Conformidade do Gás:
• Pontos de Recebimento com ocorrência de mistura;
• Pontos de Entrega de vazão superior a 400 mil m³/dia e sujeito a diferentes origens
de gás;
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• Responsabilidade do Transportador;
• Análise das características principais;
Os itens de especificação do gás natural são:
• Teor de metano, etano, propano, butano e mais pesados;
• Teor de CO2 , O2 e inertes (N2 + CO2);
• Poder Calorífico Superior;
• Índice de Wobbe;
• Número de Metano;
• Ponto de Orvalho de Hidrocarbonetos;
• Teor de H2S, Enxofre Total;
• Ponto de Orvalho de Água;
Considerando que o Gás Desconforme não pode ser disponibilizado no mercado, os
termos de referência para os projetos de novas plantas deverão considerar backup e/ou
modularização permitindo flexibilidade em caso de falha. É necessário um plano de
investimentos para adequação das plantas existentes. Além disso, elaborar um procedimento
operacional para bloqueio do gás desconforme junto aos pontos de recebimento com os
respectivos planos de contingência.
No decorrer deste trabalho, abordaremos a fundo o papel dos gasodutos e a
conformidade do GN na cadeia logística.
19
CAPÍTULO I
ELEMENTO TRASNPORTE
O transporte tem evoluído notoriamente propiciando ao ser humanos a superação de
distâncias. Antes da Revolução Industrial, os transportes e as comunicações eram obsoletos,
porém o avanço na modernidade dos transportes transformou a noção de distância. A
diminuição dos custos e a capacidade de transporte permitiram reduzir cada vez mais a
relação distância x tempo.
O Sistema de transporte objetiva transportar carga, passageiros e serviços. É
extremamente relevante analisarmos os gastos logísticos para realizá-lo, pois ele absorve
percentuais significativos dos custos logísticos.
De acordo com (SARACENI, 2006, p. 8) “Somente o profissional que conheça os
diversos modais de transporte existentes é capaz de decidir sobre qual o meio mais adequado
à movimentação de sua carga”.
Ao observarmos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, notamos a grande
influência que o Sistema de Transportes exerce como fator de:
• possibilidade de aumento da competição no mercado;
• redução dos custos das mercadorias;
• garantia da economia de escala de produção.
O Sistema de Transportes, ao executar suas atividades, contribui das seguintes formas:
• Acesso populacional a padrões sociais mais elevados;
• Disponibilidade de bens para a população;
• Estabilização nos preços das mercadorias;
• Concorrência benéfica entre os produtores;
• Flexibilidade para a localização da Produção.
20
Segundo (BALLOU, 2010, p.114)
Quando não existe um bom sistema de transporte, a extensão do
mercado fica limitada às cercanias do local de produção. A menos que os
custos de produção sejam muito menores que num segundo ponto de
produção, a ponto de a diferença desses custos contrabalançar os custos de
transporte para servir o segundo mercado, não há grande margem para
competição de mercado ocorrer. Entretanto com melhores serviços de
transporte, os custos de produtos postos em mercado mais distantes podem
ser competitivos com aqueles de outros produtores que vendem nos mesmos
mercados.
É preciso ter uma visão sistêmica, envolvendo conhecimento e
planejamento para organizar um sistema de transporte. Será feita a escolha
de um serviço oferecido ou a seleção de um modal considerando
características do serviço.
2.1 TRANSPORTE DE GÁS NATURAL
O transporte de gás natural pode ser feito na forma liquefeita ou gasosa. A forma mais
utilizada é por meio de gasodutos de alta pressão, comprimido a 120kgf/cm2
Para (MAIA; SANTOS; VAZ, 2008, p.89)
Em casos muito específicos, o gás natural pode ser transportado em
cilindros de alta pressão. Esse sistema é chamado de transporte de Gás
Natural Comprimido (GNC) e se aplica a pequenos volumes movimentados
a curtas distâncias (por meio de caminhões-feixe) ou volumes maiores com a
utilização de cilindros embarcados em barcaças ou navios especiais. Para
aplicações de movimentação de grandes volumes, em relação a grandes
distâncias entre produtores e consumidores, existe também a possibilidade
de transporte marítimo de gás natural na fase líquida. No estado líquido (Gás
Natural Liquefeito – GNL), o gás tem seu volume reduzido em cerca de 600
vezes, podendo ser transportado mais facilmente por meio de navios,
barcaças ou caminhões criogênicos, a uma temperatura de -160°C. Nesse
caso, para ser utilizado, o gás deve ser novamente vaporizado em
equipamentos apropriados.
21
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo - ANP, o transporte de gás natural
canalizado só pode ser realizado por empresas que não comercializam o produto, ou seja, que
não podem comprar ou vender GN, com exceção dos volumes necessários ao consumo
próprio. Desta forma, as transportadoras se responsabilizam exclusivamente pelos serviços de
transporte até os pontos de entrega.
2.1.1 Componentes de um Gasoduto
(SALGADO, 2007, p.34-36) já havia destacado a importância do transporte via gasoduto e
seus componentes:
O transporte do GN por gasoduto é o meio mais conveniente para
realizar o abastecimento ininterrupto de gás natural – GN através da
distribuição aos consumidores finais. Os sistemas de transporte de gás por
duto envolvem os seguintes segmentos principais:
A Rede de Tubulação, formada por peças cilíndricas de aço ou de
polietileno, que são interconectadas entre si. A seção dos dutos é projetada
para atender o fluxo do gás, e a espessura da parede para suportar a pressão
de operação e os demais esforços solicitantes sobre o mesmo. Como a
tubulação é o componente de maior custo do sistema,
são
estudados
soluções com o objetivo de diminuir o consumo deste material. No caso do
material ser ferroso, é adicionado um sistema de eletrodos para efetuar a
proteção galvânica, e assim evitar a ocorrência de corrosão, e também com
este propósito, e para diminuir o atrito do gás com a parede interna do duto,
é colocado s1-obre a mesma uma tinta epoxy. Ao longo do gasoduto há
válvulas de bloqueio automático, para manutenção preventiva e isolar
trechos no caso de ruptura.
A Estação de Compressão é necessária no transporte por dutos, para
manter o nível de pressão pré-estabelecido e compensar as perdas de carga
causadas pelo consumo e pelo atrito do GN com o próprio duto. Por isso são
alocados sistemas de compressão por turbinas a gás ou motores elétricos ao
longo da rede.
A
válvulas
pressão.
objetivo
Estação de Redução de Pressão e de Medição está composta por
de redução de pressão, de bloqueio automático e/ou alívio de
Esse tipo de estação é instalada em cada ponto de entrega com o
de adequar a pressão para o uso. Os medidores de vazão também
22
servem para registrar o GN consumido. Os medidores de vazão existentes no
mercado são do tipo turbina, placa de orifício e ultra-sônicos.
O Sistema de Supervisão e Controle pode ser relativamente simples ou
complexo, ou seja, as informações das grandezas monitoradas e os
acionamentos dos comandos podem ser disponíveis somente no local, ou
serem também à distância, como os sistemas SCADA, que além de telesupervisionar a rede, possibilita interferir em sua configuração através de
comandos acionados remotamente.
2.1.2 Transportadoras em atividade no Brasil
TRANSPETRO: Criada em 12 de junho de 1998, a Petrobras Transporte S. A. – Transpetro
atua nas áreas de transporte marítimo, dutoviário e na operação de terminais
de petróleo e derivados. Entre suas atividades previstas estão os serviços de
transporte e armazenamento de combustíveis através de dutos, terminais e
embarcações, bem como a construção e operação destas instalações.
TSB: Criada em 23 de março de 1999, a Transportadora Sulbrasileira de Gás - TSB é o
consórcio responsável pela construção e administração do Gasoduto Uruguaiana-Porto
Alegre, com 615 km de extensão. Seu principal objetivo é suprir a necessidade de gás
natural do Estado do Rio Grande do Sul e interligar os sistemas de gasoduto do Brasil,
Argentina e Bolívia, beneficiando também as regiões Sul e Sudeste do território
nacional.
TBG: Constituída em 18 de abril de 1997, a Transportadora Brasileira Gasoduto BolíviaBrasil S/A - TBG é a responsável pela administração nacional do Gasbol, o maior da
América Latina, com 2.593 km de extensão em solo brasileiro e 557km, na Bolívia. O
principal objetivo é transportar o gás natural da Bolívia para os Estados do Mato
23
Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, beneficiando
indiretamente Rio de Janeiro e Minas Gerais.
24
CAPÍTULO II
GÁS NATURAL
Para (MAIA; SANTOS; VAZ, 2008, p.15) “O gás natural é uma mistura de
hidrocarbonetos que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições de
reservatório, que permanece em estado gasoso nas condições atmosféricas de pressão e
temperatura.”
Seu componente principal é o metano. Ele é encontrado em rochas porosas no subsolo,
acompanhado sempre por petróleo.
De origem fóssil, é formado a partir da decomposição natural da matéria orgânica
fóssil (vegetal ou animal) no interior da Terra, por bactérias anaeróbicas, ou por degradação
do carvão submetido à alta temperatura e pressão, ou ainda por alteração térmica dos
hidrocarbonetos fluidos. Essa matéria orgânica foi submersa a grandes profundidades e, por
isto, sua degradação aconteceu fora do contato com o ar, a altas temperatura e pressão ou da
alteração térmica dos hidrocarbonetos líquidos.
3.1 ESPECIFICAÇÃO DO GÁS NATURAL
Existem duas especificações para o gás natural, a primeira refere-se a garantir a
qualidade do gás para transferência entre o sistema de produção e o de processamento de gás,
e a segunda refere-se ao atendimento à legislação em vigor que estabelece os requisitos da
qualidade do gás para comercialização.
25
3.1.1 Especificação do gás natural para transferência
Esta especificação depende somente de requisitos técnicos para transferência entre a
unidade produtora e a unidade de processamento, e os requisitos estabelecidos pelo sistema
que receberá o gás: Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN).
O gás natural, quando proveniente das instalações de produção, não apresenta a
qualidade necessária para que seja utilizado tanto interna como externamente a essas
instalações. O condicionamento do gás natural visa seu enquadramento as características
necessárias (qualidade requerida) para que sua transferência ocorra no mercado consumidor,
sem comprometer a integridade das instalações de produção e dos gasodutos. Entre as
principais características consideradas em uma especificação técnica tem-se:
• ponto de orvalho de hidrocarbonetos;
• ponto de orvalho da água ou teor de umidade;
• teor de gás sulfídrico;
• teor de dióxido de carbono.
3.1.2 Especificação do gás natural para transporte
A especificação do gás natural, para fins de comercialização no Brasil, é estabelecida
pela ANP, (ver quadro I: Tabela de especificação do Gás Natural (1)).
A Resolução ANP n° 16, de 17 de junho de 2008, estabelece a especificação do gás
natural, de origem nacional ou importado, a ser comercializado em todo o território nacional.
No seu conteúdo está previsto o envio de dados de análise da qualidade do gás natural
realizada tanto pelo carregador como pelo transportador. Conforme previsto no Art. 5°, o
carregador deve enviar à ANP, até o 15° dia do mês subseqüente àquele a que se referirem os
dados enviados, um sumário estatístico dos Certificados de Qualidade. O envio poderá ser
26
feito para o endereço eletrônico [email protected] ou por expedição de mídia
eletrônica transportável em correspondência registrada para o edifício sede da ANP com
atenção à Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos (SBQ). Ainda
com respeito a informações, de acordo com o Art. 9°, tanto o carregador quanto o
transportador deverão manter sob sua guarda os Certificados de Qualidade e Boletins de
Conformidade, respectivamente, pelo prazo mínimo de doze meses a contar da data de
emissão, e torná-los disponíveis à ANP sempre que solicitados.
Quadro I: Tabela de especificação do Gás Natural (extração, ANP, 2010).
CARACTERÍSTI
CA
Poder
calorífico
superior (4)
Índice de Wobbe
(5)
UNIDAD
E
LIMITE (2) (3)
MÉTODO
Norte
Nordes
te
kJ/ m³
34.00
0 a
38.40
0
35.000 a 43.000
kWh/m³
9,47
a
10,67
9,72 a 11,94
kJ/m³
40.50
0 a
45.00
0
Número de metano,
mín. (6)
Centr
oOeste,
Sudest
e
e
Sul
NBR
AST
MD
ISO
1521
3
3588
6976
46.500 a 53.500
1521
3
--
6976
anota
r (3)
65
--
--
1540
3
Metano, min.
% mol.
68,0
85,0
1490
3
1945
6974
Etano, Max.
% mol.
12,0
12,0
1490
3
1945
6974
Propano, Max.
% mol.
3,0
6,0
1490
3
1945
6974
27
Butanos e mais
pesados, Max.
% mol.
1,5
3,0
1490
3
1945
6974
Oxigênio, máx. (7)
% mol.
0,8
0,5
1490
3
1945
6974
Inertes (N2+CO2),
Max.
% mol.
18,0
8,0
1490
3
1945
6974
CO2, máx.
% mol.
3,0
1490
3
1945
6974
MG/m3
70
--
5504
63263
6,0
Enxofre Total, máx.
(8)
63265
1973
9
Gás
Sulfídrico
(H2S), Max.
MG/m3
10
13
10
--
5504
63263
6228
Ponto de orvalho de
água a 1atm, máx.
(9)
ºC
-39
-39
-45
--
5454
6327
1010
1-2
1010
1-3
1154
1
Ponto de orvalho de
hidrocarbonetos a
4,5 MPa, máx. (10)
ºC
15
Mercúrio,
(11)
µg/m³
anota
r
máx.
15
0
--
--
6570
--
--
69781
69782
3.2 DESVIOS DA QUALIDADE DO GÁS NOS GASODUTOS
A alta qualidade do gás natural como energético é decorrente de suas propriedades
químicas e físicas. Como o produto comercial é limpo de impurezas e com baixo índice de
compostos sulfurosos os gases resultantes de sua combustão podem entrar em contato direto
28
com produtos e processos sem contaminá-los e a evacuação dos gases de exaustão pode ser
realizada com o máximo aproveitamento do calor (temperaturas em torno de 100 ºC) sem o
risco de formação de ácidos e a conseqüente corrosão dos trocadores de calor e das chaminés.
Por outro lado, seu estado gasoso propicia um nível de controle nos processos de
combustão que permite garantir a elevada qualidade de produtos e processos mais
sofisticados.
Em alguns casos particulares a promoção de uma atmosfera oxidante ou redutora (sem
oxigênio livre) no ambiente de processos é desejada e a aplicação de uma chama oxidante e
redutora a gás atende à necessidade.
Conseqüências ao Cliente:
• Possibilidade de condensação ou chegada de frentes líquidas em suas instalações
(Risco de acidentes);
• Contingência forçada às distribuidoras, que correm para promover cortes seletivos
em seus clientes (ex: postos de GNV);
• Impactos de desempenho e introdução de riscos em processos sensíveis.
• Aumento da insegurança dos consumidores que, entre outros motivos, optaram pelo
gás natural pela sua imagem de “combustível limpo e seguro”.
Conseqüências ao Transportador:
• Possibilidade de condensação nas instalações do transportador.
• Aceleração do processo de deterioração dos gasodutos e demais equipamentos
(corrosão, redução da espessura dos dutos, pó preto e limitações da capacidade operacional)
Conseqüências à Empresa Responsável:
29
• Gera dificuldades em estimar as conseqüências e informá-las ao mercado, que nesse
momento deseja ter informações precisas.
• Acarreta pagamento de multas e concessão de descontos aos clientes.
• Coloca a companhia em situação de desconformidade junto à ANP, ficando sujeita a
autuações e multas (R$ 20 mil a R$ 5 milhões).
• Pode prejudicar os sistemas de medição para faturamento.
Atualmente o gás comercializado atende em boa parte do tempo a especificação,
mas com base nas ocorrências de líquidos e suas conseqüências nos Sistemas de Transporte e
com base nas reclamações dos clientes, pode-se afirmar que ainda há uma expressiva
ocorrência de gás não conforme.
3.2.1 Tipos de Ocorrência
3.2.1.1 Falha de processamento – injeção de gás não conforme:
3.2.1.2 Contaminação nos sistemas de compressão – carreamento de óleo de máquinas com
lubrificação por perdas
3.2.1.3 Contaminação por particulados sólidos – “Pó Preto” e “Pó Amarelo”
O pó preto consiste principalmente de carepas de laminação, resíduos de solda e outros
produtos de corrosão que foram formados durante as fases de construção e comissionamento
dos dutos.
Carepas de laminação e resíduos de solda consistem principalmente de magnetita e
ferro. Estes materiais estão em contato elétrico condutivo um com o outro, onde o ferro
elementar está polarizado anodicamente.
O pó preto é um possível indicador de desgaste dos dutos, também traz risco à
operação pelo travamento de válvulas, aumento da demanda de manutenção rotineira,
30
desgaste de equipamentos, e pode ser inflamável caso contenha sulfeto de ferro, aumentando
o risco de acidentes por ocasião de passagem “pig”.
Para evitar ou minimizar a formação de pó preto é de grande importância que água
livre ou gás úmido não sejam introduzidos no gasoduto. É necessário que a introdução de gás
não desidratado nos gasodutos não ocorra em caso de falha de processamento. É importante
também realizar monitoramento online do ponto de orvalho de água na entrada dos gasodutos.
O problema de deposição de enxofre é um fenômeno recente nos gasodutos. Nos
últimos 10 anos, este processo de formação e deposição do enxofre começou a exigir mais
atenção e observação.
No transporte do gás natural podem ser encontradas variadas substâncias nos dutos sob
a forma líquida, gasosa ou sólida, nas condições operacionais dos dutos, essas impurezas
estão geralmente presentes em quantidades pequenas.
As impurezas mais comuns de serem encontradas na composição do gás natural são: o
sulfeto de hidrogênio, a água (na forma de vapor), o sulfeto de carbonila, aromáticos (ex:
benzeno), e mercaptanas.
A formação de enxofre pode ocorrer tanto por reações químicas como por processo de
sublimação, ou seja, o enxofre presente na forma gasosa é convertido para sua forma sólida
por um mecanismo específico ou por uma série de mecanismos ao longo do duto.
O aparecimento do enxofre elementar no sistema de transporte de gás natural
demonstrou ser um processo que tem o potencial de causar sérios impactos na continuidade da
operação e na segurança de sistemas de alta pressão no suprimento de gás para todos os
consumidores.
Foi observado que a presença do enxofre elementar vem crescendo nas malhas de
transporte de gás natural. Esse aumento pode ser explicado por dois principais fatores:
31
· O aumento da pressão operacional nos dutos, necessitando de maior queda de pressão nos
pontos de entrega;
· Uma maior quantidade de manifestações do problema da deposição de enxofre pelos
clientes.
A formação e a presença do enxofre elementar no gás natural podem trazer sérias
conseqüências na produção do gás, no processamento, e no transporte. As conseqüências da
presença do enxofre elementar podem ir desde uma perturbação nos valores de medição
obtidos até a interrupção completa de suprimento de gás ou falha de equipamentos.
Pode-se minimizar o problema controlando a redução de pressão e assegurando o menor
índice de presença de contaminantes.
Para a temperatura, é recomendável mantê-la alta e para minimizar a variação de
pressão é proposto usar dois estágios de redução de pressão.
Como o mecanismo de formação do pó amarelo ainda não é dominado, antes de
executar qualquer ação, é recomendado diminuir o período entre inspeções de válvulas nos
locais onde o pó amarelo já foi identificado.
3.2.2 Impactos da injeção de contaminantes e/ou gás não conforme nos gasodutos e
instalações associadas
• Transporte de produto não conforme;
• Formação de meio ácido corrosivo (compromete a integridade dos dutos);
• Bloqueio de linhas, válvulas e equipamentos (risco de interrupção no fornecimento);
• Comprometimento da segurança operacional.
3.2.3 Principais Causas Apontadas
Primeira: Dependência de energia elétrica das UPGN’s é responsável por 70% das
parada não programadas;
32
Segunda: falta de alternativa de fornecimento nas paradas, programadas ou não, das
plantas de processamento.
A malha dutoviária nacional é segmentada por regiões, sem redundância de
fornecimento ou capacidade de armazenamento, assim, na falha de uma planta:
• ou se continua o fornecimento com gás não conforme;
• ou cortar-se o suprimento.
3.2.4 Segurança para o Cliente Final
Expectativa do Mercado Consumidor: receber um combustível ecológico, seguro e
limpo.
Se o produto apresenta frações condensáveis, líquidos ou pó preto, tem-se uma
mudança que pode adicionar riscos ao sistema.
3.2.5 Aspectos Legais e Contratuais
Especificação do Gás Natural:
Todos os atores da cadeia do gás - importadores, processadores, comercializadores,
transportadores e distribuidores, que operam no País devem observar o disposto na Resolução
16 ANP, quanto à especificação do gás.
Estabelece, ainda, que o produto deva ser isento de: poeira, água condensada, odores
objetáveis, gomas, elementos formadores de goma, glicóis, compostos aromáticos, metanol ou
outros elementos sólidos ou líquidos que possam interferir com a operação dos sistemas de
transporte e distribuição e à utilização pelos consumidores.
3.2.6 Flexibilidade
O artigo 2º, parágrafo único da Resolução 16 ANP, flexibiliza a comercialização e o
transporte do gás natural não especificado desde que atendas as seguintes condições:
• Entrega por duto dedicado;
33
• Acordo entre todas as partes envolvidas;
• Respeite os limites de emissão estabelecidos pelo órgão ambiental com jurisdição na
área.
A necessidade de simultaneidade das condições acima inviabiliza a sua aplicação
numa Malha de Transporte.
3.2.7 Sanções
A Lei 9.847 de 1999 estabelece sanções aos infratores das normas que regulam as
atividades relativas à indústria do petróleo e abastecimento nacional de combustíveis,
considerado de utilidade pública.
Art. 3º. A pena de multa será aplicada na ocorrência das infrações e nos limites
seguintes:
XI - comercializar petróleo, seus derivados básicos e produtos, gás natural e condensado, e
álcool etílico combustível com vícios de qualidade ou quantidade, inclusive aqueles
decorrentes da disparidade com as indicações constantes do recipiente, da embalagem ou
rotulagem, que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destina ou lhes
diminuam o valor: Multa - de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a R$ 5.000.000,00 (cinco
milhões de reais
Art. 18. Os fornecedores e transportadores de petróleo e seus derivados, de gás natural
e condensado, bem assim de álcool etílico combustível, respondem solidariamente pelos
vícios de qualidade ou quantidade, inclusive aquelas decorrentes da disparidade com as
indicações constantes do recipiente da embalagem ou rotulagem, que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor
3.2.8 Impacto na Integridade
34
Os padrões internacionais de monitoração e controle da corrosão consideram, para
uma gasoduto de transporte, uma vida útil superior a 75 anos, devido:
• Custos e Impactos Ambientais de Implantação de novos dutos;
• Impactos Ambientais para Abandono de dutos velhos;
• Aos riscos que dutos corroídos expões às comunidades vizinhas;
• Confiabilidade e continuidade operacional.
Substituições de trechos nos primeiros 30 anos é evidência de má Gestão da
Integridade.
3.2.9 Recomendações
Considerando que o gás não conforme não pode ser disponibilizado no mercado:
• Os Termos de Referência para os projetos de novas Plantas deverão considerar
backup e/ou modularização permitindo flexibilidade em caso de falha;
• É necessário um Plano de Investimentos para adequação das Plantas existentes;
• Deverá ser elaborado um procedimento operacional para bloqueio do gás não
conforme junto aos Pontos de Recebimento com os respectivos Planos de Contingência.
35
CAPÍTULO III
PRINCIPAIS AÇÕES
Elaboração de um plano de garantia da entrega do gás especificado, objetivando
estruturar um sistema de garantia de qualidade do gás natural, resultado da implantação do
plano de ação para garantia de entrega de gás especificado.
A premissa desta ação é garantir a entrega de gás especificado, se não atender à
qualidade, interrompe-se o fornecimento.
Além da interrupção da entrega de gás, quando necessário, o plano de garantia da
entrega do gás especificado também possui outros objetivos:
• Atingir um novo patamar para o gás natural;
• Antecipar-se às demandas do crescente mercado, empreendendo esforços que
garantam que este crescimento esteja acompanhado da qualidade do produto entregue
• Analisar investimentos necessários para aumentar a confiabilidade, flexibilidade e
segurança das plantas existentes;
• Elaborar procedimento operacional para bloqueio da entrega do gás não especificado.
4.1 DEVERES DOS ENVOLVIDOS
Para que o plano de garantia funcione sem interrupções, torna-se imprescindível a
definição dos papéis de cada um dos envolvidos neste processo.
4.1.1 Processador
É papel do processador identificar e informar a ocorrência, avaliar a criticidade e promover o
bloqueio, se necessário.
4.1.2 Carregador
É papel do carregador acionar plano de garantia e notificar os agentes.
36
4.1.3 Transportador
É papel do transportador promover bloqueio no ponto de recepção do gasoduto e nos pontos
de entrega.
Tabela 2: Cadeia logística do gás natural (extração ANP, 2010).
AN
Estado
Carregador
Produtor
Medição
Medição
Processador
Importador
Transportador
PONTO DE
RECEBIMENTO
Distribuidor
PONTO DE
ENTREGA
4.2 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO GÁS NOS GASODUTOS
Objetivos principais:
• Controle da qualidade do produto transportado
• Obtenção de parâmetros necessários para a medição da vazão: densidade, fator de
compressibilidade (dependentes da composição química).
•Cálculo do Poder Calorífico Superior (PCS), para fins de conversão em energia e para
faturamento.
Regulamentação: Resolução ANP Nº 16, de 17 de junho de 2008:
Estabelece a especificação do gás natural, de origem nacional ou importado, a ser
comercializado em todo território nacional.
4.2.1 Estabelece a emissão de dois documentos diários:
4.2.1.1 Certificado de Qualidade do Gás:
37
4.2.1.2 Pontos de Recebimento
4.2.1.3 Responsabilidade do Carregador
4.2.1.4 Análise de todas as características da especificação
4.2.2 Boletim de Conformidade do Gás:
4.2.2.1 Pontos de Recebimento com ocorrência de mistura.
4.2.2.2 Pontos de Entrega de vazão superior a 400 mil m³/dia e sujeito a diferentes origens de
gás.
4.2.2.3 Responsabilidade do Transportador
4.2.2.4 Análise das características principais
4.2.3 Itens da Especificação
4.2.3.1 Teor de metano, etano, propano, butano e mais pesados;
4.2.3.2 Teor de CO2 , O2 e inertes (N2 + CO2);
4.2.3.3 Poder Calorífico Superior
4.2.3.4 Índice de Wobbe;
4.2.3.5 Número de Metano;
4.2.3.6 Ponto de Orvalho de Hidrocarbonetos
4.2.3.7 Teor de H2S, Enxofre Total
4.2.3.8 Ponto de Orvalho de Água;
4.3 AÇÕES MITIGADORAS PARA MINIMIZAR O IMPACTO NA CADEIA LOGÍSTICA
DO GÁS
4.3.1 Injeção de gás não conforme por falhas de processamento
Praticar corretamente o Plano de Garantia de Entrega de Gás Especificado.
38
4.3.2 Contaminação por Óleo Lubrificante
Utilização de filtros de maior eficiência na descarga de compressores e compressores
com selagem a seco.
4.3.3 Contaminação por Pó Preto
Adoção de práticas de engenharia: revestimento interno, filtros nos pontos de entrega,
secagem e inertização no comissionamento.
4.3.4 Contaminação por Pó Amarelo
Aumento da freqüência das rotinas de inspeção e limpeza dos reguladores de pressão e
realização de testes com aquecedores catalíticos para o gás de acionamento de válvulas.
39
CONCLUSÃO
Os transportes são parte do sistema empresa e, por isso, estão interligados com os
demais, para realizar as atividades de escoamento e auxiliar na distribuição dos produtos.
Como representam grande parte dos custos das empresas, os transportes precisam ser
estudados com cautela, seus parâmetros devem ser observados para que as firmas não percam
seu lucro no fim da cadeia. Isto é algo que na prática ocorre com freqüência, pois parâmetros
como peso, fragilidade, dimensão e compatibilidade não são observados e levam a excesso de
manuseio, avarias no produto e conseqüente perda de vendas.
O gás natural é composto principalmente por metano, com proporções variadas de
etano, propano, butano, hidrocarbonetos mais pesados e também CO2, N2, H2S, água, ácido
clorídrico, metanol e outras impurezas. Os maiores teores de carbono são encontrados no gás
natural não- associado.
Gás Natural - Características Gás Natural não Associado – Denomina-se gás não
associado quando é encontrado sozinho em reservatórios. Gás Natural Associado – recebe
essa denominação quando é encontrado no mesmo reservatório que o petróleo bruto. O termo
associado é usado quando o gás natural é encontrado em reservatórios que contêm proporções
significativas de petróleo
Características importantes do gás natural são os baixos índices de emissão de
poluentes, em comparação a outros combustíveis fósseis, rápida dispersão em caso de
vazamentos, os baixos índices de odor e de contaminantes. Ainda, em relação a outros
combustíveis fósseis, o gás natural apresenta maior flexibilidade, tanto em termos de
transporte como de aproveitamento. Baixo custo, queima limpa e alta disponibilidade.
O gás natural é produzido, muitas vezes juntamente com o petróleo, através da
extração nas bacias sedimentares da crosta terrestre. Ao chegar à superfície ele é tratado para
40
remoção de impurezas, como água e outros gases. A seguir ele é transportado por gasodutos
para as zonas de consumo e refino.
O gás natural é composto por diversos hidrocarbonetos de variados pesos moleculares.
O gás encontra-se em equilíbrio com o óleo na temperatura e pressão do reservatório.
Em condições diferentes destas, pode haver formação de uma fase líquida.
Normalmente o gás passa por processamento para que sejam removidos os
hidrocarbonetos de maior peso molecular (maiores pontos de ebulição), para evitar que se
formem líquidos nos gasodutos de transporte.
A formação de líquidos nos gasodutos pode facilitar acumulação de contaminantes e
aumentar perda de carga e causar erosão em equipamentos como válvulas, compressores e 12
turbinas. O condensado de gás natural ainda apresenta risco à operação por ser um líquido
instável, já que é formado em um processo brusco de condensação. Hidrocarbonetos de baixo
ponto de ebulição e alta pressão de vapor ficam dissolvidos na fase líquida. Estes, quando
drenados dos gasodutos, podem sofrer uma expansão brusca e reagir com oxigênio do ar
resultando em explosão.
Quando o gás passa por processamento adequado, seu ponto de orvalho sofre grande
depressão, ficando bem distante das condições de pressão e temperatura dos dutos de
transporte. Desta forma, quando ocorrem falhas no processamento e o gás é alinhado para os
gasodutos de transporte, pode haver condensação.
Plantas elétricas e algumas indústrias podem utilizar o gás natural diretamente,
captado dos gasodutos. Residências e pequenas indústrias adquirem o gás de empresas
distribuidoras. As empresas distribuidoras adicionam substância odorante ao gás por medida
de segurança, para facilitar a identificação de vazamentos.
Ao longo de 98, foram produzidos no País 10,3 bilhões de m3 de gás, 5,1% a mais que
em 97. Do volume total produzido no ano passado, 8 bilhões de m3 são de gás não associado
41
e 2,3 bilhões de m3 de gás associado. Os campos marítimos foram responsáveis por 64% da
produção de gás (6,6 bilhões de m3), enquanto os terrestres responderam por 36% (3,7 bilhões
de m3).
A reavaliação das reservas de gás feita em 1998 e a ausência de novas descobertas de
médio e grande porte levaram as reservas totais de GN a atingir a marca de 409,8 bilhões de
m3, com o decréscimo de 5,9% em relação ao volume de 97.
Desse total, 225,9 bilhões de m3 (55,1%) referem-se ao volume provado e 183,9
bilhões de m3 (44,9%) à soma das reservas prováveis e possíveis. Com volume de 26,5
bilhões de m3, o campo de Leste de Urucu(AM) lidera a lista dos 20 campos com maiores
reservas provadas de gás, onde se concentram 76,9% do volume total. Em seguida, vem o
campo de Marlim (Bacia de Campos), que tem 23,7 bilhões m3 de gás.
Mais de 50% das reservas totais de gás, ou seja, 205,8 bilhões de m3 estão localizadas
na Bacia de Campos e o restante, 49,8%, distribuído nas demais unidades operativas da
Petrobras. A maior parte das reservas totais de gás está localizada no offshore, onde se
concentram 252,6 bilhões de m3. Grande parte das reservas está localizada em lâmina d'água
superior a 1.000 m.
Devido a estas vantagens de ordem econômica, ambiental e de segurança, o consumo
de gás natural aumentou significativamente nos últimos anos. E vai crescer ainda mais.
Estima-se que o crescimento médio anual entre 2009 e 2013 será de 6%. A participação do
gás natural na matriz energética nacional deverá atingir 12% até 2012.
Vantagens Macroeconômicas:
• Diversificação da matriz energética;
• Fontes de importação regional;
• Disponibilidade ampla, crescente e dispersa;
42
• Redução do uso do transporte rodo-ferro-hidroviário;
• Atração de capitais de riscos externos;
• Melhoria do rendimento energético;
• Maior competitividade das indústrias;
• Geração de energia elétrica junto aos centros de consumo;
• Não exige gasto de energia com o aquecimento para a queima;
• Aumento da oferta de empregos;
• Elimina o custo da estocagem;
Vantagens Ambientais de Segurança:
• Não apresenta restrições ambientais;
• Reduz a emissão de particulados;
• Redução do desmatamento;
• Composição química constante, sem compostos pesados;
• Dispensa a manipulação de produtos químicos perigosos;
• Elimina o tratamento de efluentes dos produtos da queima;
• Melhoria da qualidade do ar nas grandes cidades;
• Baixíssima presença de contaminantes;
• Não emissão de particulares (cinzas);
• Não exige tratamento dos gases de combustão;
• Rápida dispersão de vazamentos;
• Emprego em veículos automotivos, diminuindo a poluição urbana;
43
Vantagens Diretas para o Usuário:
• Maior segurança operacional;
• Redução de doenças respiratórias;
• Maior vida útil dos equipamentos;
• Obtenção de curvas de temperatura ideais;
• O calor energético queimado se aplica diretamente ao produto;
• Dispensa aquecimento no inverno;
• Possibilita a utilização da rede existente;
• Fácil adaptação das instalações existentes;
• Menor investimento em armazenamento/uso de espaço;
• Menor corrosão dos equipamentos e menor custo de manutenção;
• Menor custo de manuseio de combustível;
• Menor custo das instalações;
• Combustão facilmente regulável;
• Elevado rendimento energético;
• Admite grande variação do fluxo;
• Pagamento após o consumo;
• Menores prêmios de seguro;
• Custo bastante competitivo em outras alternativas;
A elaboração do plano de garantia da entrega de gás especificado surge como uma
importante ferramenta capaz de detectar e tratar esses distúrbios atuando até na interrupção do
fornecimento de gás, quando o mesmo estiver fora de especificação.
Além da interrupção da entrega de gás, quando necessário, o plano de garantia da
entrega do gás especificado também possui outros objetivos:
44
• Atingir um novo patamar para o gás natural;
• Antecipar-se às demandas do crescente mercado, empreendendo esforços que
garantam que este crescimento esteja acompanhado da qualidade do produto entregue
As ações emergenciais representam um primeiro passo em relação ao objetivo de
garantir a qualidade do gás definindo o bloqueio do gás não conforme. Em pontos em que o
bloqueio não for possível devem ser definidas ações de forma a minimizar a entrega de gás
não conforme, e também ações contingenciais de forma a minimizar os impactos no caso do
fornecimento ser necessário.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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elaboração. Rio de Janeiro, 2002a.
______ . NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação.
Rio de Janeiro, 2002b.
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de Janeiro, 2005.
______. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica
impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003a.
______ . NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de
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______ . NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro,
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BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e
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MAIA, João Luiz Ponce; SANTOS, Walmir Gomes dos; VAZ, Caio Eduardo Martins.
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SALGADO, Vivian Gullo. Indicadores de Ecoeficiência e o Transporte de Gás Natural.
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SARACENI, Pedro Paulo. Transporte Marítimo de Petróleo e Derivados. Rio de Janeiro:
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46
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TSB – Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. Disponível em: http://www.tsb.com.br/.
Acesso em 13 jul. 2010.
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