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JOÃO BARUSCO
Natural de Bebedouro, Estado de São Paulo. Nascido em 17 de Abril
de 1.959.
À minha esposa DÉBORA, amiga e companheira de todos os
momentos da minha vida.
Minha sogra Apparecida.
A meus filhos: DIOGO, RODOLFO, GABRIEL, FELIPE e
MARCELLI; minhas netas ANA SOFIA E MARIA VICTÓRIA, motivos
de minha dedicação e amor a vida!
E a Deus, meu pai.
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SUMÁRIO
Introdução..............................................
I – Portugal.............................................
II – Julho 1998........................................
III – Belos Escritórios............................
IV – Honor..............................................
V – O Nascimento..................................
VI – C.H.J & T LDA.............................
VII – Nova Iorque..................................
VIII – As Negociações............................
IX – Segunda Etapa...............................
X – Problemas........................................
XI – O Dossiê do Dossiê.........................
XII – Ilhas Caribenhas..........................
XIII – A Calmaria..................................
XIV – Kenedy.........................................
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XV – A Sociedade……………………...
XVI – Novas Informações.....................
XVII – Saídas..........................................
XVIII – Jamaica.....................................
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INTRODUÇÃO
Onde cresci, no interior de São Paulo, costumamos
dizer que “quando o cavalo passa arriado” você tem duas
opções. A primeira é montar e ver onde ele vai dar. A
segunda é não montar, e ficar na espera do próximo a
passar, se é que passara novamente. Neste caso que aqui
relato, o Cavalo passou, e eu montei...
O Dossiê Cayman, mesmo que tenham provado a
sua falsidade, acabou deixando uma serie de incertezas ao
povo brasileiro, pois o medo demonstrado pelos
envolvidos, foi notório.
Aquilo que começou, e foi concretizado nos
Estados Unidos, com a entrega daquela papelada, as quais
de cara, foram todas rechaçadas pela mídia em geral,
mídia esta provocada pelos próprios envolvidos, acabou
ganhando notoriedade em face do medo, usado como
material de combustão junto a imprensa e a ala contraria.
O Governo Fernando Henrique há tempos já
deixou o poder, mas tenham certeza de que tentáculos
seus, ainda continuam a operar dentro do novo Governo.
Quando fomos ouvidos pelos Federais, no caso
Dossiê, em Portugal, os mesmos traziam junto consigo,
um Procurador da Republica, o qual acompanhou todas as
nossas narrativas, lado a lado com os Federais, seu nome...
Doutor Marcelo Serra Azul, sempre dizendo, em tom
ameaçador... Olha, coopera, pois tenho a mão pesada.
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Quando do problema na Procuradoria Geral da
União, onde na calada da noite, tentavam ouvir o Sr.
Carlos Cachoeira, no caso dos Bingos, e receber dele uma
fita incriminando o Sr. Waldomiro Diniz, braço direito do
Ministro Jose Dirceu, ligado ao governo atual, quem
estava lá... Doutor Marcelo Serra Azul.
E, ainda... Montam toda uma farsa em São Paulo,
mostrando a imprensa os envolvidos no Dossiê como
Estelionatários Internacionais, tudo para soterrar de vez o
caso conhecido como Dossiê Cayman. O Diretor da
Delegacia, apadrinhado pelo Secretario de Segurança do
governo do PSDB de São Paulo, protagoniza toda a trama.
Corria-se a boca pequena na Delegacia, que os
Delegados envolvidos tinham recebido vários telefonemas
de congratulações pelo acontecido, tanto pelo Secretario
como pelo próprio Governador.
E, agora... Recentemente, precisamente no dia 26
de Agosto de 2.004, foi no processo de numero
2004.34.00.025738-5 autuada pelo Ministério Publico
Federal, Denuncia em vários artigos do Código Penal,
contra Claudia Maria Rivieri (esposa de Honor), Honor
Rodrigues da Silva, João Roberto Barusco, Leopoldo
Affonso Collor de Mello, Luiz Cláudio Ferraz Silva, Ney
Lemos dos Santos, Vicente Chelotti e Washington do
Nascimento Melo.
De todos os depoimentos, o que causa mais
espanto é o do Dr. Vicente Chelotti, com relação a carta
emitida nas Bahamas, que inocentava os cardeais do
PSDB e deixava duvidas quanto ao envolvimento do Sr.
Sergio Motta, o qual segue :
(...) Recebi ordens para não informar a ninguém sobre o
documento porque o presidente Fernando Henrique
considerou a informação uma questão de Estado, para
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ficar em segredo e que antes de viajar às Bahamas, esteve
reunido com o ministro José Serra, o secretário executivo
do ministério da Justiça, Milton Seligman, e até Nelson
Jobim, que já era ministro do Supremo Tribunal Federal,
e recebeu ordens do grupo para ir buscar o original do
documento e conseguir que o advogado da empresa
CH,J&T emitisse outra carta isentando também Sérgio
Motta de responsabilidade pela empresa. Omitiu o
documento seguindo uma determinação do Palácio do
Planalto que tinha pressa em esclarecer o caso, ao invés
de colaborar com os delegados seus subordinados para a
conclusão do inquérito, sendo que os delegados Paulo de
Tarso e Jorge Pontes depois descobriram que Sérgio
Motta também não era responsável pela empresa. Quando
voltei das Bahamas deixei o original do documento com o
presidente Fernando Henrique (...)
Como também o depoimento do ex-diretor da
Interpol brasileira, o delegado aposentado Washington
Melo, que é também réu no caso porque ajudou a esconder
o documento emitido pelo advogado da CH,J&T. Foi
Washington quem primeiro obteve o documento nas
Bahamas e o repassou, via fax, para a casa de Chellotti.
Com o fax em mãos, o ex-diretor da PF reuniu-se com
Serra, Seligman e Nelson Jobim.
O nosso pais “Brasil” mesmo com um novo
governo “Lulla”, advindo da esquerda, sofre as
conseqüências de atos praticados as escuras, na calada da
noite, por tentáculos não expostos, não conhecidos, do
governo anterior.
Abro diariamente os jornais, só corrupção, e todas
ligadas a pessoas que há tempos estão no poder, quer no
Legislativo Federal, como no Estadual.
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Após tomar conhecimento desta Denuncia, sintome como um filho, que ao chegar todos os dias a sua casa,
encontra o seu pai “bêbado”, nada podendo dizer, tendo
que ficar de cabeça baixa, envergonhado. E quando, pela
primeira vez, amarra um “fogo”, ao retornar para casa,
vem seu pai todo cheio de autoridade querendo o
repreender.
Podem tentar me incriminar em um monte de
Códigos, mas o principal, aquele em que faz com que a
vida de milhões de brasileiros se transforme em miséria,
em desesperança... Este nunca me envolverão... O
Peculato.
Infelizmente em nosso pais, criou-se um circulo
vicioso, onde o Empresariado vendo diariamente estas
noticias nos jornais, de falcatruas, aproveita-se da situação
e se corrompe, deixando de pagar o valor devido dos seus
Impostos. Com isso limpa sua consciência e acaba
dormindo em paz, pois o seu intimo, diz: Se eu pagar, sem
sonegar, vão roubar do mesmo jeito. Os Políticos, os
famosos colarinhos brancos, dizem para si: Se eu não
roubar, desviar, outro vai tirar... E assim trilha o pobre, o
trabalhador, nas estradas abertas por estes dois segmentos.
Por onde anda outros escândalos, tudo bem, que
são tantos... Não sendo fácil para a Justiça bem como a
imprensa acompanhar... Mas a verdade é que tomam a
nós, brasileiros, como verdadeiros idiotas, otários, como
por exemplo, na mesma época do estouro do caso do
Dossiê, o do Grampos do BNDES. O alvo principal era o
ministro Mendonça de Barros, então presidente do
BNDES. Seus adversários buscavam, com os grampos,
conversas entre Mendonça e seus filhos, Marcello e
Daniel. Os filhos Marcello e Daniel, do então presidente
do BNDES, Mendonça de Barros tornaram-se sóciosproprietários de uma corretora na Bolsa de Mercadorias &
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Futuros (BM&F). A Link Corretora de Mercadorias
Limitada, registrada na Junta Comercial em 2 de fevereiro
do mesmo ano, quatro meses depois, em junho, já era a
terceira operadora no ranking de volumes de operações no
mercado de Índice Bovespa futuro. Cerca de 40% desse
índice, então, era composto pelas ações da Telebrás.
Empresa sob comando do ministro, e que seria privatizada
em operação de R$ 22 bilhões pilotada por Mendonça de
Barros, o pai. Seria isto crime?
Alias a própria montagem do Dossiê Cayman,
derivou das conversas reservadas entre políticos e
empresários, do montante ganho desonestamente pelos
envolvidos e enviado para o exterior, para os pegar,
faltava somente à montagem.
O valor que constava em um extrato frio, ou seja,
de 350 milhões de dólares, não foi pego aleatoriamente,
foi à cifra que se cogitava nos meios políticos e
empresariais.
O PT bateu, gritou, esperneou, dizendo que
estavam dilapidando o patrimônio publico, mas não
adiantou nada... Venderam o nosso patrimônio, inclusive
com financiamentos do próprio governo, entraram “entre
aspas” milhões de dólares, o dinheiro sumiu e ficamos nós
mais pobres.
DE QUEM É A RESPONSABILIDADE ?
O que me deixa esperançoso e feliz, é saber, depois
de ter transitado entre todos os tipos de contas existentes,
off-shores, private account, é que “DINHEIRO DEIXA
RASTROS”, e com a evolução tecnológica, aliada a
Globalização, vai ser muito difícil estes detentores de
grandes somas lá fora, porem as mãos no dinheiro, sem ter
que aparecerem, assinarem, marcar agora sim as suas
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impressões digitais, e depois, explicar como conseguiu tal
fortuna. A casa vai cair, cedo ou tarde, esta é a certeza.
Outro grande responsável, o qual teria que ser
chamado a responsabilidade, é o próprio Estados Unidos,
pois este páis facilita a entrada de grandes somas em
dinheiro, via empresas Off-Shores, mesmo sabendo, que
estas são utilizadas para acobertarem dinheiro ilícito
proveniente da América Latina. As empresas são das Ilhas
Virgens, Cayman, Bahamas, etc. ... Mas as contas abertas
são dentro do território Americano, claro, ou vocês acham,
que algum ladrão consciente, teria coragem de por seu
“dinheirinho” em alguém destes paises pobres.
Agora, depois de 11 de Setembro, alguma coisa
também esta mudando por aqueles lados, haja visto, toda a
documentação remetida para o Ministério Publico Federal,
com relação ao escândalo do Banestado.
E, mais uma vez, esta Republica Tupiniquim age
de maneira errada, buscando os holofotes da mídia
nacional, com a seguinte estampa: “Balanço divulgado por
força-tarefa que investiga "lavagem" de dinheiro por meio
das contas CC5 do Banestado aponta que 411 servidores
públicos e 137 políticos participaram da movimentação
financeira ilegal.” - Quem seriam estes 137 políticos,
contam o milagre, mas não o Santo. Isto somente serve
para uma correria geral, tentando estes envolvidos a todo
custo, quer com padrinhos políticos ou ainda propinas, se
livrarem de terem seus nomes envolvidos pela mídia e
Ministério Publico. O certo seria sigilosamente, os
chamarem a responsabilidade, ouvi-los e não tendo uma
saída convincente, os enquadrá-los e os soltarem as feras
(imprensa).
E depois de tudo, querem ainda me chamar de
Estelionatário, Falsificador... Que primeiramente olhem
para trás, ou seja, para o próprio rabo.
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Quando me perguntam se havia me arrependido de
tudo que havia feito e praticado, Digo que pelo lado do
“dinheiro ganho” até que sim, pois quase tudo foi gasto
com despesas advocatícias, agora, pelo fato de ter ocorrido
para um fato em que deixou varias pessoas “famosas” (rs)
sem dormir, não me arrependo de modo algum, me faz um
cidadão completamente feliz.
“O tiro era de festim... O susto, o medo, os
matou...”
JOÃO BARUSCO
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PORTUGAL - I
"Eles pedem a conta, pagam, levantam-se e saem. Vãose embora, confundindo os pensamentos dentro daquela
noite fria do inverno de Lisboa. Não conseguiam mais
distinguir um prédio de centenas de anos com um
simples arranha-céu do ano".
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Era o mês de Dezembro do ano de 2.001.
João e Ney tentavam reconstruir suas vidas em
Portugal, onde iniciavam planos e projetos para
informatizaçao de varias empresas ligadas ao ramo
Hoteleiro.
Moravam num apartamento cedido por um dos
futuros sócios daquela nova empreitada, e a trancos e
barrancos iam introduzindo novos serviços de técnologia
naquele lindo páis.
Toca o telefone, João atende, era sua esposa.
Ele estava jantando com Ney, após uma semana de
árduos serviços de contatos. Ney olha para João tentando
adivinhar o que ele e sua espôsa estavam conversando…
Quando João ouve a palavra Policia Federal,
arregala os olhos e cessa o movimento de seus talheres.
Débora informava a João, que a Policia Federal o
tinha procurado em vossa casa, nos Estados Unidos, para
que prestasse depoimento com relação a uma investigação
que estava sendo feita no seu páis de origem e nascimento,
o Brasil, envolvendo o Governo Federal.
Ney também instantaneamente parou de comer,
pois tinha seu estômago já satisfeito pela adrenalina.
Estavam nervosos e tensos.
João passa a anotar o telefone de contato que os
Policiais tinham deixado com sua espôsa.
Despedem-se, e João desliga o telefone.
De repente, toca novamente o celular. Atende,
ligação para Ney, sua espôsa Ana Rita, do outro lado da
linha.
Ney atende, nada mais do que a confirmação da
notícia dada por Débora. A Policia Federal também tinha
estado em sua casa.
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