ISSN 0004-5233 Janeiro/Fevereiro de 2003 Ano 44 Nº 1325 www.amb.org.br JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA Eleuses Vieira de Paiva Presidente O responsável pela saúde dos brasileiros, ministro Humberto Costa, diz como pretende resolver os principais problemas do setor no país Págs. 6 e 7 AMB e CFM definem agenda comum de ações para este ano. Conheça todas as prioridades Saiba o que foi discutido nas reuniões de Diretoria Plena e Conselho Deliberativo da AMB, realizadas em Fortaleza Médicos alertam: a população sofre riscos com a aprovação da nova resolução do Cofen Hierarquização está disponível na internet. Trabalho também já foi entregue às Especialidades Pág. 3 Págs. 4 e 5 Pág. 5 Pág. 12 JAMB 2 JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 ARTIGO EDITORIAL Seguro e Responsabilidade Civil Médica Encontro profícuo os primeiros dias do ano as diretorias executivas da AMB e do Conselho Federal de Medicina se reuniram em São Paulo para definir uma agenda comum de atuação para 2003. Neste profícuo encontro, as duas entidades médicas nacionais definiram além da agenda comum, estratégias para implantação das várias ações elencadas. Afora as áreas de atuação, decidiu-se ainda por pontos que terão total prioridade de trabalho por parte das entidades: o primeiro é o fortalecimento de ações no sentido de impedir a abertura de escolas médicas sem critérios mínimos, cujo projeto de lei apresentado pelas entidades médicas nacionais visando normatizar o setor já se encontra na Câmara dos Deputados. Nesse contexto, insere-se também a questão da participação e continuidade de ambas as entidades na Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico Cinaem. Também será dado prioridade à aprovação dos projetos de lei em trâmite no Congresso Nacional, abordando o Ato Médico e a Lei dos Conselhos, aprovações necessárias para trazer paz e organização necessárias para a convivência multiprofissional que exige hoje o atual sistema de assistência à saúde. Por fim, serão igualmente prioritários, por em prática dois projetos que já se encontram finalizados: as Diretrizes AMB/CFM e a Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos. O primeiro merece discussão aprofundada para sua total implementação em todas as regiões do país, com possível apoio do novo governo, através do Ministério da Saúde, e também no exterior, pois Inglaterra, Argentina, México e outros países da América do Sul já manifestaram interesse em implantar o nosso trabalho em seus respectivos países. CIRCULAÇÃO: Março/2003 Quanto à Classificação Hierarquizada, estaremos remetendo o documento final elaborado pelas Sociedades de Especialidade, em conjunto com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), às operadoras de saúde para avaliação. Em seguida, colocaremos, pelo período de 30 dias em consulta pública. Enquanto isso, estaremos definindo aspectos como estratégias para negociação e implantação, regionalização e atualizações permanentes, e só depois é que encaminharemos para publicação. As duas entidades definiram também formar uma Comissão para avaliar o atual sistema de Residência Médica no país: AMB e CFM entendem que é necessário discutir qualificação e financiamento do sistema, além de uma pesquisa no sentido de mapear o número de especialistas em nosso país e sua real necessidade. Atrelado à Residência Médica, AMB e CFM também pretendem avançar nas discussões iniciadas no ano passado e não finalizadas sobre revalidação e certificação de Títulos de Especialistas e Áreas de atuação, assim como progredir nas discussões sobre o número de Especialidades e Áreas de Atuação. O encontro sacramentou ainda a necessidade da unificação e do fortalecimento da classe médica. Para isso, pretendemos realizar, se possível ainda neste ano, um “Encontro Nacional das Entidades Médicas”, evento que reunirá todos os segmentos representativos da classe médica. Sem essa unidade e fortalecimento, é muito provável que todas essas ações continuem sendo apenas sonhos ou ilusões daqueles que ambicionam um futuro melhor para o setor de saúde deste país. PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE Lincoln Marcelo Silveira Freire 2º TESOUREIRO: José Alexandre de Souza Sittart DIRETOR RESPONSÁVEL Horácio José Ramalho SEGUNDO VICE-PRESIDENTE Ronaldo da Rocha Loures Bueno DIRETORES: Cultural - Severino Dantas Filho; Relações Internacionais - David Miguel Cardoso Filho; Científico - Fabio Biscegli Jatene; Defesa Profissional - Eduardo da Silva Vaz; DAP - Martinho Alexandre R.A. da Silva; Economia Médica - Marcos Pereira de Ávila ; Marketing - Roque Salvador A. e Silva; Saúde Pública - Samir Dahas Bittar; Atendimento ao Associado Ricardo de Oliveira Bessa; Proteção ao Paciente - Jurandir M.R. Filho; Acadêmico - Elias F. Miziara; Jamb - Horácio José Ramalho. EDITOR EXECUTIVO César Teixeira (Mtb 12.315) VICE-PRESIDENTES Remaclo Fischer Junior, Flavio Link Pabst, Ranon Domingues da Costa, Ricardo Saad, Carlos D.A. Bichara, David M. Cardoso Filho, Lúcio Antonio Prado Dias, José Guerra Lages, J. Samuel Kierszenbaum, José Luiz G. do Amaral. DIRETORIA PRESIDENTE Eleuses Vieira de Paiva Eleuses Vieira de Paiva Presidente da AMB Cresce a pressão sobre médicos para a utilização do seguro de responsabilidade civil. As seguradoras descobriram este “filão” e estão investindo pesadamente neste mercado. Num primeiro momento, estas empresas seguradoras buscaram o mercado de planos de saúde nacional para implantação do “Managed Care”, e de certa forma conseguiram uma pequena fatia. A participação só não foi maior pela ação intensa das entidades médicas: é só lembrar da medida provisória 2177-43 que previa a criação do “médico porteiro”. A ação destas empresas não é nova, sua filosofia foi importada da América do Norte, tanto no ramo de planos de saúde quanto no ramo de seguro de responsabilidade civil. Atualmente, sabemos da luta da sociedade americana contra o “Managed Care”, que tem apoio substancial no Congresso. Várias publicações internacionais chamavam a atenção para o fato de que estas empresas por estarem, com o mercado americano praticamente fechado à sua prática, buscavam novos horizontes, e a América Latina, em especial o Brasil, seria um mercado potencialmente lucrativo. Acordos bilaterais, através de organismos multilaterais, com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, garantiriam que os países latino-americanos abririam seus mercados ao capital estrangeiro em troca de empréstimos. A lógica destes acordos é que a atenção pública de saúde seria voltada para a atenção primária, enquanto que toda atenção secundária e terciária seria fornecida pelas multinacionais da saúde. Como resultado foi aprovada a Lei dos planos de saúde nº 9656 que permitiu a participação do capital estrangeiro. A sociedade organizada, através das entidades médicas e os órgãos de defesa do consumidor, pouco influenciou na redação final desta Lei que no seu escopo trazia, entre outras, a participação do capital internacional. No rastro desta interferência no mercado brasileiro, surge o seguro de responsabilidade civil médica exatamente no momento em que o mercado segurador americano nesta área encontra-se em crise. Em junho de 2002, perante o Comitê do Judiciário da Câmara dos Deputados, nos EUA, o presidente da AMA - Associação Médica Americana fez um desabafo sobre a situação crítica do seguro de responsabilidade civil médica naquele país. Um número grande de médicos não estava conseguindo fazer seus seguros, ou pelo preço exorbitante ou pela falta de produtos. O acesso dos pacientes está seriamente ameaçado em estados como a Flórida, Mississipi, Nevada, Nova Jersey, Nova York, Ohio, Oregon, Pensilvânia, Texas, Washigton e Virgínia do Norte. Muitos ginecologistas e obstetras deixaram de realizar partos, e alguns procedimentos de alto risco como neurocirurgia estão sendo adiados porque os cirurgiões não encontram ou não podem pagar pelo seguro. Em apenas um SECRETÁRIO-GERAL Edmund Chada Baracat 1º S ECRETÁRIO Aldemir Humberto Soares 1º TESOUREIRO Amilcar Martins Giron DIAGRAMAÇÃO, EDITORAÇÃO E ARTE Sollo Comunicação PUBLICIDADE Américo Moreira Publicações DEPARTAMENTO COMERCIAL Fone (11) 3266-6800 TIRAGEM: 60.000 exemplares PERIODICIDADE: Bimestral FOTOLITO: BUREAU OESP ano (entre 1999 e 2000), a média de indenizações cresceu 43%. O alarmante é que a proporção de indenizações que chegaram a US$ 1 milhão de dólares cresceu de 34% em 1996 para 52% em 2000. Esta avalanche de indenizações e custos de seguros está sendo prejudicial para os pacientes. Processos abusivos transformaram algumas regiões da América e, em alguns casos, estados inteiros, em área de risco para a prática da medicina. Ao mesmo tempo em que os seguros se tornaram impossíveis de pagar ou indisponíveis, os médicos estão sendo forçados a deixar a profissão. Segundo uma recente pesquisa da Harris Interctive Studies, que analisa os efeitos desta litigância contra os médicos e outros profissionais de saúde, ilustrando a extensão com que o medo de litígio afetou a prática clínica, aumentando a solicitação de exames, medicações, procedimentos e a dificuldade de se encontrar quem queira atender fora do plantão. Este estudo mostrou que mais de 76% dos médicos acreditavam que a preocupação com os processos afetavam sua habilidade de prover uma assistência médica de qualidade. Atualmente, a AMA luta junto ao Congresso para aprovar Leis que contenham esta escalada de processos vultuosos contra os médicos. Infelizmente, no Brasil, milhares de médicos, de forma individual, estão sendo pressionados pelas empresas a procurarem seguros de responsabilidade civil. Esperamos que estes e outros possam refletir sobre o assunto. A grande maioria dos produtos disponíveis no Brasil não cobrem danos morais. Os médicos precisam estar atentos: sua responsabilidade é subjetiva, de acordo com o artigo 14 parágrafo 4 do Código de Defesa do Consumidor, apesar de, indevidamente, alguns tribunais estarem argüindo a inversão do ônus da prova. A boa relação médico-paciente ainda é a melhor profilaxia contra processos contra os médicos. Tem sido firme a posição tanto da Associação Médica Brasileira quanto a do Conselho Federal de Medicina contra esta forma de seguro. É importante que os médicos se conscientizem do problema, mantenham uma boa relação com o seu paciente e gastem o tempo necessário para o preenchimento adequado dos prontuários. O nosso código de Ética Médica, quando observado na íntegra, é uma proteção adicional. Infelizmente, na grande maioria das vezes, trabalhamos em locais inadequados, com escassas condições materiais, o que possibilita o aumento do risco de atuação. Por esse motivo, o cuidado com as anotações de nossos prontuários deve ser tanto quanto o cuidado que dispensamos aos nossos pacientes. Eduardo da Silva Vaz Diretor de Defesa Profissional da AMB REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua São Carlos do Pinhal, 324 01333-903 – São Paulo – SP Fone (11) 3266-6800 Fax (11) 3266-9412 E-Mail: [email protected] ASSINATURA Fone (11) 3266-6800, ramal 137 Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00. As colaborações assinadas expressam unicamente a opinião de seus autores, não coincidindo necessariamente com as posições da AMB. JAMB JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 3 AMB Comissão Mista avalia Áreas de Atuação Diretorias da AMB e CFM reunidas: agenda comum de ações conjuntas AMB e CFM estruturam agenda comum para 2003 Entre as propostas de ação conjunta apresentadas estão: Escolas Médicas, Áreas de Atuação das Especialidades, Residência Médica, Ato Médico e Diretrizes Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina elaboraram, em reunião realizada no dia 9 de janeiro na sede da AMB, uma agenda de ações conjuntas para este ano. O presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, apresentou 10 pontos que considera prioridade entre as propostas feitas pela AMB e o CFM. Um dos temas que ele destacou foi a abertura de escolas médicas. “Devemos discutir a abertura de escolas médicas, temos que atuar energicamente”. O presidente da AMB também listou como pauta: Classificação Hierarquizada, Projeto Diretrizes – que tem recebido propostas para tradução em países da América do Sul e da Associação Médica Inglesa, revalidação de Título de Especialista, Sinam, Cartões de Descontos e edição conjunta dos jornais da AMB e do CFM. O presidente do CFM, Edson Andrade, classificou a reunião como uma cooperativa. “Nós estamos aqui para discutir assuntos que estão bem identificados e a finalidade é sair da reunião com idéias e direcionamentos”. “É importante um posicionamento oficial da AMB”, acrescentou Eleuses Vieira de Paiva, em relação ao Sinam e Cartões de Desconto”, um dos primeiros pontos que foram discutidos no encontro. O presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson Andrade, reforçou que o cartão de desconto é uma agressão à população. “Os cartões de desconto não dão nenhum tipo de cobertura, passam como se fossem planos de saúde e na realidade não são, não conseguem preencher nenhum requisito existente na lei dos planos de saúde”, salientou. O Ato Médico também será pauta nos próximos meses. AMB e CFM pretendem distribuir um informativo, no qual constará a importância da medicina e o significado da profissão médica. Está prevista uma reunião com a Comissão do Ato Médico do CFM, cuja finalidade é estender o encaminhamento dos objetivos do Projeto de Lei e estratégias para sua aprovação no Senado Federal. Foram discutidos temas ligados à Comissão Mista de Especialidades. As propostas da CME para este ano devem contemplar as Áreas de Atuação que estão aprovadas. “Iremos promover um clareamento das relações entre Especialidades e Áreas de Atuação”, informou. A questão sobre Residência Médica é pauta garantida nas próximas discussões. Isso porque os diretores decidiram nomear o 1º secretário da AMB, Aldemir Humberto Soares e o conselheiro do CFM Antônio Pinheiro, do Pará, como representantes das duas entidades na elaboração de um documento sobre Residência Médica. O presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson Andrade, argumentou que é preciso avaliar junto à Comissão Nacional de Residência Médica a importância da formação de médicos especialistas. “Nós precisamos formar especialistas, porém temos dificuldade no financiamento de bolsas de Residência Médica”, alegou. O presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, afirmou que “a visão da AMB e do CFM é apostar na qualificação, na capacitação e na formação do profissional”. Ele sugeriu que fossem feitas normas de ação para esta finalidade, assim como a discussão dos financiamentos para residência médica. “Se fizermos essas normas podemos mostrar como funciona o sistema de financiamento para Residência Médica e o que existe de falha no modelo, e com isso, avançar no setor”, completou. Eleuses Vieira de Paiva sugeriu, por fim, uma avaliação da necessidade de médicos especialistas por habitantes e região, inclusive de acordo com a realidade socioeconômica. “Acho que poderíamos pautar esse assunto e desenvolver um trabalho nessa linha até o mês de abril”, avaliou. Outro tema da pauta - Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos – terá as seguintes etapas: divulgação e implantação do trabalho. No entanto, antes de dar início a essa nova fase, as Sociedades de Especialidade deverão encaminhar à AMB propostas para decidir se haverá ou não diferenciação na consulta. Além disso, a AMB já solicitou à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) o encaminhamento de um estudo contendo propostas sobre consultas englobando todas as especialidades, como por exemplo tipos de consultas (primeira consulta e consultas repetitivas) e consultas diferenciadas por especialidade. A discussão específica sobre o assunto acontecerá em uma reunião extraordinária do Conselho Científico, ocasião em que também se definirá como será a apresentação da Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos: se por especialidades, ordem alfabética ou por região anatômica. A reunião da Comissão Mista de Especialidades (CME) - formada por representantes da Associação Médica Brasileira, do Conselho Federal de Medicina e da Comissão Nacional de Residência Médica - realizada no último dia 20 de dezembro, em Brasília, analisou as questões apresentadas e discutidas durante o ano de 2002. Dentre as propostas encaminhadas pelas Sociedades de Especialidade em relação as especialidades médicas, foram aprovadas pela Comissão Mista a divisão da Angiologia e Cirurgia Vascular. A CME, após análise dos documentos e da apresentação realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, decidiu aceitar a divisão da especialidade em: Angiologia com pré-requisito clínico e Cirurgia Vascular, com pré-requisito cirúrgico. Dessa forma, será necessário que a Sociedade realize junto à CNRM a adequação dos programas de Residência Médica. A AMB deverá promover, ainda este ano, exames independentes para ambas as especialidades, com requisitos equivalentes aos da CNRM. “Foram avaliadas as demais áreas de atuação, com uma série de reivindicações e que já estão sendo encaminhadas para sanar os problemas”, afirmou o Aldemir Humberto Soares, integrante da Comissão Mista de Especialidades. Outra medida tomada pela CME diz respeito a Sociedade Brasileira de Citopatologia e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva. A Comissão determinou que a Citopatologia deverá permanecer como Área de Atuação, tendo como pré-requisito o Programa de Residência Médica ou Título de Especialista em Patologia. Foi deliberado ainda que AMB preserve o direito da Sociedade Brasileira de Citopatologia de representar este segmento para a finalidade de certificação. Para a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, após análise dos documentos e da reunião realizada com a diretoria da Sociedade no último dia 20 de dezembro, a CME decidiu que a Endoscopia Digestiva continuará a ser uma Área de Atuação, com os pré-requisitos já estabelecidos tanto para os Programas de Residência Médica, como para os Títulos de Especialista da AMB. Ind. e Com. de Produtos Gelatinosos Ltda. ULTRAGEL (para contato em ultra-sonografia e Sonar Doppler) ELETROCARDIOGEL (para eletrocardiografia e miografias) ORTOGEL (para fisioterapia) OSTEOGEL (para osteossonometria) Rua Cap. Avelino Carneiro, 129 – 03603-010 – São Paulo – SP Fones (11) 6646-4142/6646-4102 – Fax (11) 6647-2399 JAMB 4 JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Fotos: Alfredo Cordeiro Vice-presidentes: maior atuação Deliberativo em Fortaleza: apresentação da Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos Deliberativo em Fortaleza Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos, resultado do trabalho conjunto entre as Sociedades de Especialidade e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) foi oficialmente apresentada ao Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira, em reunião realizada no dia 21 de fevereiro, em Fortaleza. “Resta apenas definir como será a sua forma de apresentação, se por região anatômica ou por especialidades”, afirmou Amílcar Martins Giron, que coordenou os trabalhos iniciados há três anos. “Caberá ainda ao Conselho Científico a definição se haverá ou não consulta diferenciada”, completou. Giron realizou uma explanação detalhada, abordando toda metodologia empregada desde o início do projeto até a sua conclusão. O novo referencial de procedimentos médicos também está disponível na internet, no portal da Associação Médica Brasileira (www.amb.org.br). “A idéia é deixar pelo prazo de 30 dias esse trabalho para consulta pública, no sentido de receber sugestões e até críticas. Depois disso, estaremos encaminhando às operadoras para avaliação”, finaliza Giron. O presidente da AMB, Eleuses Paiva, abordou aspectos sobre a implantação da Classificação Hierarquizada em todas as regiões do país. Afirmou que pretende realizar um fórum nacional com a participação de todos os segmentos da categoria – conselhal, associativo e sindical – para discussão dos valores dos procedimentos. “Estamos pensando algo em termos de bandas, sem valores fixos. Com certeza, isso facilitaria a sua implantação”, explica. Paiva informou também que já tem agendado encontros com operadoras de saúde para discussão sobre a nova Classificação. Disse ainda que pretende levar o resultado deste trabalho ao Ministério da Saúde e também à Agência Nacional de Saúde Suplementar. “O Governo anterior havia se comprometido a implantá-la no Sistema Único de Saúde. Vamos apresentá-la, assim como o Projeto Diretrizes, e mostrar a importância destes trabalhos para a preservação da boa relação entre a classe médica e as operadoras de planos de saúde”, completou. No espaço reservado ao pronunciamento dos vice-presidentes, Remaclo Fischer Jr, responsável pela região Sul, enfocou o Mercosul. Destacou quatro pontos que deverão ser atingidos neste ano: 1) Posicionamento claro do novo governo em relação à área de saúde no Mercosul; 2) Unificação das especialidades entre os países membros; 3) Proficiência em línguas; 4) Acreditação de Universidades no Mercosul. Já o vice-presidente da região Leste-Nordeste, Lúcio Prado Dias, relatou que vem recebendo reclamações em relação as provas dos exames para obtenção de vagas na Residência Médica, principalmente na região Sudeste. O assunto será levado à Comissão Nacional de Residência Médica através de representantes da AMB. Durante os informes das Sociedades de Especialidade, Lincoln Freire, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, anunciou que a entidade está desenvolvendo um trabalho no sentido de aprimorar o Programa Saúde da Família. “Pretendemos que este seja o projeto dos médicos para o programa. Quando finalizado, gostaríamos de contar com o apoio da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina para apresentá-lo ao Ministério da Saúde”, garantiu Lincoln. Ficou a cargo do 2º Tesoureiro, José Alexandre Sittart, dois assuntos da pauta: sócio jubilado e anistia aos associados. Em relação ao primeiro, afirmou que vem recebendo muitas solicitações nesse sentido, e que para isso, a exemplo da anistia, disse ser necessária uma reforma no estatuto da entidade, o que permitiria trazer o sócio de volta ao quadro associativo. Também no sentido de fortalecer o movimento associativo, o diretor de Atendimento ao Associado, Ricardo Bessa, propôs receber projetos bem-sucedidos de algumas Federadas, visando o aproveitamento em outras regiões do país. “Essa troca de experiência é muito importante no sentido de fortalecer o movimento associativo”, garante Bessa. Sua proposta inclui ainda uma reunião com as Federadas antes mesmo do próximo encontro entre elas, marcado para junho, em Salvador-BA. A reunião do Conselho Deliberativo em Fortaleza contou ainda com a presença do Secretário Estadual de Saúde do Ceará, Jurandir Tortuoso, que apresentou um relato das ações que o Governo pretende implantar no Estado. da região Leste-Nordeste, Lúcio Promover um intercâmbio de Prad o Dia s, pret end e real izar idéias e projetos. Foi com esse obtambém encontros regionais com jetivo que a AMB promoveu, em as Fed erad as que inte gram sua Fortaleza, o encontro entre os viceregião. Ainda sem data definida, a presidentes com os presidentes de cidade de Maceió foi a escolhida Fed erad as de suas resp ecti vas para sediar o primeiro encontro. regionais (foto acima). “Ne sses enco ntro s tere mos A dinâmica de trabalho foi basopo rtun idad e de enfo car com tante objetiva e realizada em duas nossas Federadas aspectos que esetapas: inicialmente, cada vice-pretão sendo desenvolvidos nacionalsidente se reuniu com os presidenmente pela AMB”, destaca Lúcio. tes ou representantes de suas resUm dess es tem as, a luta da pect ivas regi ões. Em segu ida, AMB contra a abertura de novas numa reunião específica com a diescolas médicas, foi o que tomou retoria executiva da AMB, os vicemaior parte e atenção no encontro. presidentes apresentaram os resulO 2º vice -pre side nte da AM B, tados da etapa inicial. Ronaldo Loures , salientou que está “Este tipo de reunião mostroudese nvo lven do um trab alho se muito proveitosa, pois houve objetivando realizar uma verdadeiruma troca muito grande de info ra radiografia dos cursos de medimações entre as Federadas”, sacina existentes no país. lientou Lincoln Freire, 1º vice-pre“Com esses dados em mãos prear sidente da AMB. “Para aprofund tendemos ir ao Ministério da Eduas discussões surgiu a proposta cação e apresentá-los ao ministro para a real izaç ão de um fóru m Cris tova m Bua rque , junt ame nte de reunindo todos os presidentes com a solicitação de uma moratóFederadas, quando terão oportuniria de 10 anos para que não sejam dade de apresentar nacionalmente abertos novos cursos em todo o aspectos importantes de sua entipaís, além de uma análise criteriosa dade”, revelou Freire. dos já existentes”, revela Ronaldo. Em São Paulo, por exemplo, o A exemplo do que já ocorreu em ista presidente da Associação Paul Fortaleza, o encontro entre vicede Medicina, José Luiz Gomes do presidentes, presidentes de FedeAmaral, apresentou uma proposta rada s e Dire toria exec utiv a da ique está desenvolvendo no sent AM B será real izad o sem pre na do de fortalecer o associativismo: véspera das reuniões do Conselho atrair para a entidade estudantes e Deliberativo. residentes. “Vamos em busca des“É uma forma de descentralizar senapre ses futuros médicos para nosso trabalho”, destacou Eleuses tar o trabalho associativo, além de Paiva. “Nossa idéia é, dentro da o ofer ecer -lhe s van tage ns com rela ção de conf ianç a exis tent e, seguro-saúde e previdência privaofertar mais poder aos vice-presida”, conta José Luiz. dentes para que a entidade avance O resultado do encontro foi tão em suas ações”, finaliza. satisfatório que o vice-presidente COMEMORAÇÃO Os 90 anos de existência do Centro Médico Cearense foram comemorados com várias atividades preparadas pelo presidente da entidade, Florentino Cardoso. Além de contar com a reunião do Conselho Deliberativo em sua capital, a entidade, que a partir de agora passa a se chamar Associação Médica do Ceará, inaugurou as novas instalações do posto de combustível Sagol, de sua propriedade, e ofereceu ao seu associado um jantar seguido de show do cantor Toquinho, realizado na noite do dia 21 de fevereiro. JAMB JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 5 Enfermagem é contestada Entidades médicas decidem contestar resolução do Conselho de Enfermagem Alfredo Cordeiro ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO BRASILEIRA Diretoria Plena: discussões sobre a resolução do Cofen mbora não constasse da pauta das discussões, o informe publicitário do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), publicado na edição do dia 20 de fevereiro no jornal Folha de S.Paulo, por se tratar de assunto relevante, acabou sendo o assunto de maior destaque nas reuniões de Diretoria Plena e Conselho Deliberativo, realizadas nos dias 20 e 21 de fevereiro, em Fortaleza. Em resposta à nota, as entidades médicas nacionais – AMB, CFM, Fenam e CMB – publicaram no mesmo jornal um esclarecimento à população alertando para os riscos da decisão tomada pelo Conselho Federal de Enfermagem: “arbitrária e ilegal ao atribuir aos enfermeiros o ato de requisitar exames, realizar diagnóstico e prescrever medicamentos, independentemente de orientação e prescrição médica”, relata um dos parágrafos do esclarecimento. “Pessoas não formadas, portanto não capacitadas, não têm condições de oferecer assistência de qualidade à população. É um risco considerável, e nós médicos, que temos o dever de zelar pela saúde da sociedade, não podemos aceitar que isso ocorra”, afirmou o presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses Paiva. A legislação é clara: os profissionais de enfermagem podem, apenas na condição de integrantes da equipe de saúde, atuar em ações previamente estabelecidas nos programas de saúde pública. “Mas não é isso que consta na resolução”, afirmou Lívia Garção, presidente em exercício do Conselho Federal de Medicina durante a reunião. “O Cofen aproveitou-se do direito cedido pelo poder público para ampliar sua área de atuação”, completou. Para o diretor de Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira, Eduardo Vaz, a “invasão” por parte de outros profissionais do setor de saúde na medicina necessita ser veementemente combatida pelas entidades médicas. “Tradicionalmente as áreas da Ginecologia e Pediatria são as que mais sofrem esse tipo de interferência. Ao longo do tempo, no entanto, muitas outras vêm avançando no sentido de ocupar espaços que são exclusivos dos médicos. Neste caso do Coren é preciso uma avaliação jurídica, porém não há dúvida que estão extrapolando suas funções”, garante. Também a Radiologia sofreu problema parecido nos anos 80, quando foi criada a função de técnico de raios x, com poderes idênticos aos médicos para a produção de laudos. “Na época lutamos sozinhos, pois não havia essa unidade existente hoje”, lembra Aldemir Soares, presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. “É preciso, no entanto, saber sustentá-la e quando qualquer especialidade for atingida, deve haver uma resposta idêntica a que ocorre com a enfermagem”, completa. O assunto serviu também para multiplicar as opiniões sobre a neces- sidade da aprovação do projeto de lei que regulamenta o Ato Médico, proposto pelo Conselho Federal de Medicina e que tramita no Senado Federal. Segundo Lívia Garção, o Conselho Federal de Medicina vem recebendo apoio oficial de outras entidades ligadas ao setor de saúde, como a odontologia, por exemplo. “A única maneira de evitar que problemas como o da enfermagem ocorram é a aprovação da Lei do Ato Médico, que especifica claramente o campo de atuação do médico”, defende Roberto D’Avila, corregedor do CFM. “Para isso, o Conselho Federal de Medicina está preparando uma campanha de esclarecimento voltada à população e aos parlamentares sobre a sua importância”, completa. Durante o encontro, o presidente Eleuses Paiva apresentou aos diretores e vice-presidentes o programa de metas “AMB 2003”, dos quais solicitou disponibilidade em suas respectivas áreas de atuação. O programa “AMB 2003” é composto por 11 itens e condensa ações da entidade no relacionamento geral com a sociedade e as atividades do médico. CETRUS FILME NOVO JAMB 6 JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Encontro com o ministro da Saúde Ministro da Saúde, Humberto Costa, se reúne em Brasília com entidades médicas Fotos: Márcio Arruda ministro da Saúde, Humberto Costa, participou, no mês de janeiro, em Brasília, de um encontro com as principais entidades médicas nacionais (foto ao lado). O objetivo foi apresentar ao governo as preocupações da classe médica em relação à área da saúde. Entre os 200 convidados presentes ao café da manhã, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), estavam representantes dos Conselhos Regionais de Medicina, Associação Médica Brasileira, Sociedades de Especialidade, Federação Nacional dos Médicos, Confederação Médica Brasileira, Sindicatos Médicos e Direção Nacional dos Estudantes de Medicina. O presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade, na abertura do evento, afirmou que toda a classe médica deposita muita esperança na nova gestão que se inicia, e que os médicos brasileiros querem participar ativamente do processo de construção das políticas de Saúde do país. Dentre as preocupações das entida- des médicas apresentadas ao ministro Humberto Costa, o presidente do CFM destacou a necessidade de estabelecimento de novos critérios para a abertura de escolas médicas e a necessidade de mudar e regulamentar as legislações relativas aos Conselhos de Medicina e ao Ato Médico. O presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, destacou a defesa do SUS e de seus três princípios básicos - universalidade, equidade e integralidade - como uma das prioridades deste novo governo que se inicia, bem como o fortalecimento do Conselho Nacional de Saúde, que não pode deixar de contar com a participação de médicos em sua composição. O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Héder Murari, relatou a importância de uma nova política de formação dos recursos humanos para a área de Saúde, com novas formas de contratação dos médicos do Programa Saúde da Família. O representante da Confederação Médica Bra- sileira, Ricardo Paiva, afirmou que uma das preocupações da classe médica é com o papel que as agências reguladoras da área da Saúde vão desempenhar nesta nova gestão. Perfil Membro do Partido dos Trabalhadores desde a sua fundação, o médico psiquiatra e clínico geral, pernambucano, Humberto Sérgio Costa Lima assume a pasta de Saúde aos 45 anos. Humberto Costa começou sua carreira em 1975, no movimento estudantil da Universidade Federal de Pernambuco. Depois de formado, presidiu a Associação Pernambucana de Médicos Residentes e foi primeiro-secretário do Sindicato dos Médicos de Pernambuco. Costa foi eleito deputado estadual em 1990 e federal em 1994. Em 2000, elegeu-se o vereador mais votado da história de Recife, com 27 mil votos. Já foi secretário de saúde da prefeitura de Recife no atual governo e participou da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Nas eleições de 2002 concorreu ao governo de Pernambuco, mas foi derrotado pelo candidato do PMDB, Jarbas Vasconcelos. Acompanhe, a seguir, o que pensa o ministro sobre as questões levantadas pelas entidades médicas. Atenção à Saúde “No diagnóstico que fizemos da realidade brasileira, em termos do seu sistema de saúde, nós identificamos algumas dificuldades que precisam ser enfrentadas. Identificamos em primeiro lugar que o princípio da universalidade está ainda por se construir de forma plena, apesar de termos conseguido incorporar ao Sistema Único de Saúde milhões e milhões de brasileiros que antes da constituição de 1988 eram atendidos por caridades, por deferências de instituições filantrópicas ou de seguimentos desarticulados dos próprios níveis de governo, mas ainda é algo por se construir. Então, essa primeira preocupação de ampliação do acesso da população à atenção de Saúde em todos os seus níveis, na promoção, na prevenção, na recuperação, na reabilitação, particularmente, em relação à assistência que termina sendo uma das principais funções da Saúde em si. Isso significa, principalmente, ampliar de forma expressiva, a atenção básica. Assumimos o compromisso, no nosso programa de governo, de ampliarmos o Programa de Saúde da Família, a atenção básica, produzindo uma duplicação do número de equipes que há no país hoje da população coberta, que está na faixa de 50 milhões de pessoas e fazermos chegar a 100 milhões de pessoas nesse processo, sem prejuízo de que esse programa possa ter o respeito às características regionais, de cada cidade, cada estado, mas entendendo que esse é o centro de um processo de mudança do modelo global de atenção à Saúde no Brasil. Segundo, o processo de ampliação da presença do poder público junto à população na prestação de assistência tem que se acompanhar tanto da melhoria da qualidade do atendimento que já existe, quanto de que essa ampliação se acompanhe de um processo de humanização do atendimento, de garantia dos direitos fundamentais e elementares dos usuários do sistema. Então, nós queremos eleger como prioridade fundamental e foi centro do discurso do então candidato, Lula, a melhoria da qualidade do atendimento passando por uma promoção de uma consciência dessa população usuária, dos direitos que ela tem, de que ela é, de fato, quem paga pela existência desse sistema, com o trabalho de sensibilização dos profissionais no sentido de que possa ter essa mesma consciência e prestar o melhor de si nesse atendimento que é realizado. Obviamente que nenhuma dessas duas intenções possa se materializar sem que venhamos nos debruçar sobre um problema gravíssimo, que ao longo desse tempo somente se aprofun- dou no sistema público, que é o problema da política de pessoal, da política de Recursos Humanos. O quarto ponto é de garantir à população brasileira o acesso à assistência farmacêutica, e aí eu digo assistência farmacêutica no sentido que ela tem. Não apenas o acesso aos medicamentos, mas a toda uma política de orientação adequada à utilização dos medicamentos, evitando agravos à saúde da população a partir da utilização inadequada dos fármacos. Então, pretendemos, nessa área, ampliar fortemente a distribuição de medicamentos no serviço público. Temos uma limitação de recursos importante no orçamento, mas vamos trabalhar numa perspectiva de que possamos superá-la ao longo desses quatro anos e acima tudo que possamos, no final, ter intervenções estruturantes. Não interessa ao poder público hoje simplesmente ampliar a compra de medicamentos por si só, mas garantir que o país possa investir e dominar a tecnologia na formulação, na elaboração de outros, que possa superar a ociosidade tanto da indústria privada nacional quanto nos laboratórios estatais e assim promoveremos uma diversificação e uma ampliação na produção daquilo que é diretamen- te consumido no serviço público, no Sistema Único de Saúde. Um outro ponto importante é que nós possamos desenvolver ações para resgatar uma dívida importante que o Brasil tem com sua população na área da Saúde, que é o combate pleno, efetivo, às endemias. Sejam aquelas de caráter nacional, sejam aquelas mais localizadas e que podem, por mudança de cultura, por mudança de orientação na política, por investimento em recursos, ser erradicadas ou fortemente controladas e aí algumas delas é até, digamos, uma coisa extremamente arcaica, estarmos falando hoje, um país que durante esses anos todos viveu sob a égide da modernidade, ser o segundo país do mundo em prevalência e incidência de doenças como a Hanseníase, que pode ser fortemente controlada ou erradicada do nosso país. Outro ponto importante é a questão do controle social. Os avanços conseguidos pelo Sistema Único de Saúde ao longo desses anos obviamente dependeram do acúmulo teórico, do acúmulo acadêmico, dos debates sobre o programa, sobre o SUS, das disputas que se travaram no parlamento, das iniciativas de gestores estaduais e municipais, mas sem dúvida, um dos pontos importantes para que o sistema avançasse e a saúde seja hoje a política social onde nós temos mais avanços foi exatamente o controle social, a construção, com todas as suas imperfeições, de Conselhos Municipais, de Conselhos Estaduais, do Conselho Nacional, dos Conselhos Gestores de Unidades, de Conselhos Distritais, que permitiram que a população fosse interferindo cada vez mais na definição das políticas, na fiscalização dos recursos e na aplicação das próprias políticas. Então, essas são as prioridades que nós estabelecemos para esses quatro anos de governo”. Formação Profissional “No que diz respeito aos problemas na formação profissional, eu não tenho dúvida de que precisamos nos preocupar com a qualidade dos profissionais que estão sendo formados hoje. Concordamos que o processo de constituição de novas unidades de formação profissional tem que passar pelo controle social, tem que ser objeto da discussão no Conselho Nacional de Saúde nas várias esferas do Ministério, nas diversas categorias, mas também estamos profundamente preocupados com a viabilização das nossas prioridades, por exemplo, garantir o acesso da população ao sistema de atenção de assistência à saúde implica uma discussão concreta sobre a necessidade real de profissionais que temos hoje. Obviamente dentro de condições que possam estimular o interesse pela interiorização, pela ida aos lugares de mais difícil acesso, mas também com ações concretas que induzam que isso venha a acontecer. Nós entendemos que essa deve ser uma preocupação importante”. JAMB JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Assistência Suplementar “Entendemos que é preciso estabelecer uma parceria importante entre o poder público e o seu papel de regulação na área de assistência médica suplementar e as diversas categorias. Não para que prevaleçam, vamos dizer, interesses corporativos, mas de uma média dos interesses aqui colocados, nós possamos produzir um consenso político que possa gerar satisfação para os diversos atores envolvidos nessa questão”. Ato Médico “Nós estamos inteiramente abertos a discutir todos os temas, a fazer o debate sobre a questão da Lei do Ato Médico, da Lei de Regulamentação do papel dos conselhos profissionais, dos conselhos regionais, especificamente. Temas como o processo da representação no Conselho Nacional de Saúde, nós teremos esses espaços para realizar essa discussão, mas entendo que o grande debate que cabe a nós fazer esse ano, e onde Ministério e o governo jogarão suas forças será na realização dessa reflexão, desse balanço de quase 14 anos do Sistema Único de Saúde, 16 anos da realização da 8a Conferência Nacional, para, além do balanço, possamos fazer um trabalho perspectivo do Sistema Único de Saúde nos novos tempos e num novo projeto de país que nós inauguramos a partir da eleição do ano passado, a partir de 1o de janeiro, com a posse do Presidente da República. E o Ministério terá sempre, em todas as situações, abertura para fazer discussão, mas também uma posição extremamente clara de que deve defender os interesses da saúde da população brasileira, que são, sem dúvida, os interesses maiores da categoria médica e de todos nós”. Hospitais Universitários “Em relação aos hospitais universitários, nós já temos um entendimento inicial com o ministro da Educação. Tanto para a discussão da formação dos profis- sionais de saúde, quanto na discussão de temas menos amplos, mas não menos importantes como a questão da formação da pós-graduação na residência médica propriamente dita. Vamos montar um grupo de trabalho permanente entre os dois ministérios para debatermos essa questão. Especialmente, em relação aos hospitais universitários, nós entendemos que a crise existente é resultado de um conjunto de fatores, sendo que o mais importante, provavelmente, é justamente ausência de uma política de recursos humanos, tanto de um ministério, quanto do outro. Mas principalmente do Ministério da Educação que deveria ter a responsabilidade pela contratação dos profissionais e que, ao longo desses últimos anos, dentro dessa visão, que predominou no governo anterior, não assumiu esse papel e essa responsabilidade. Conseqüentemente, os recursos que vêm do Ministério da Saúde para os hospitais, que deveriam servir para a remuneração dos serviços e, conseqüentemente, para a garantia do custeio e a realização de investimentos, terminam sendo dirigidos para resolver o problema da escassez de profissionais, e o mais grave: por métodos os mais precários de contratação, de intermediação de mão-de-obra com fundações, várias delas acusadas de escândalos de corrupção e por aí vai. Então, esse é um dos eixos do problema, que precisa ser enfrentado. Segundo, nós temos também que manter, com os hospitais universitários, uma relação pautada talvez por contratos de gestão, com objetivos claros, que façam com que também os gestores, os dirigentes assumam esse papel de gerir de forma mais racional, vamos dizer assim, mais preocupada em produzir informações sobre os custos reais dos serviços. Eu declarei à imprensa que alguns dos serviços do setor público deveriam ser referência, até para a remuneração que o governo paga aos prestadores privados, às vezes, o custo da prestação do serviço, pelo setor público, é maior. Isso demonstra que falta ainda racionalização nessas intervenções. Então, nós vamos trabalhar nessas duas linhas e obviamente vamos discutir qual é o montante de recursos realmente necessário para que os hospitais universitários cumpram seu papel”. Programa de Saúde da Família “Sobre a questão dos profissionais ligados ao Programa de Saúde da Família, uma das nossas preocupações em criar a Secretaria de Recursos Humanos é exatamente apresentar alternativas a todo esse processo de precarização da contratação de mão-de-obra na área da saúde. Vamos discutir com os diversos segmentos, vamos apresentar projetos de regulamentação de leis que já existem aí, como, por exemplo, a dos Agentes Comunitários de Saúde. Já debatemos, por exemplo, o programa de estímulo à ampliação do PSF, que são recursos da ordem de US$ 500 milhões acordados com o Banco Mundial, para serem aplicados em seis anos, e uma das condições para isso, para que os municípios se habilitem a receber esses recursos, é que os profissionais do programa sejam contratados, respeitando todos os seus direitos previdenciários, seus direitos trabalhistas. Temos que discutir, no caso dos profissionais de nível superior, a questão da realização dos concursos públicos. Ainda nessa linha da questão do registro profissional, das condições de trabalho, o problema do cooperativismo verdadeiro, eu acho que ele deve ter de todos nós o apoio total. Ou seja, quando significa de fato a articulação de profissionais autônomos para a prestação de um serviço, mas com a garantia também desses direitos previdenciários, trabalhistas. E uma das formas de gerar um poder de negociação maior com o setor público é a prestação de serviços na condição de cooperativas. E eu acho que nesse sentido talvez esse não seja o melhor caminho, mas não tenho nenhuma posição contrária ao direito de os diversos profissionais se articularem em cooperativas de especialidade para prestarem seus serviços. À medida que o poder público puder, de fato, promover ao longo do tempo, uma recuperação de condições de trabalho, de condições salariais, acho mais adequado para o setor público ter os seus próprios profissionais prestando serviço”. Agências reguladoras “A política do governo como um todo em relação às agências é de entender que elas têm um papel importante. Por exemplo, na área da Vigilância Sanitária, uma agência que tenha autonomia administrativa, financeira, para exercer o papel de 7 fiscalização e de regulação. No entanto, elas não podem extrapolar esse papel de formulação das políticas. Isso tem que ser uma responsabilidade do Ministério da Saúde. Então, a nossa política em relação à Vigilância Sanitária vai ser exercida pelo Ministério. Definições que, aparentemente, têm um aspecto regulador, muitas vezes têm um aspecto de formulação de políticas, por exemplo, sem nenhum demérito à indústria farmacêutica internacional, por exemplo, mas eu acho que nós devemos privilegiar, tanto a indústria estatal de medicamentos, quanto a indústria privada nacional de medicamentos, e, no entanto, algumas das resoluções que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária têm tomado não levam em conta essa realidade da necessidade de constituição de uma indústria autenticamente brasileira. Estou dando só um exemplo, além de uma série de outras coisas. Então, eu quero interferir nesse tipo de política. Eu acho que isso aí extrapola o papel de fiscalizar e de regular e passa para uma política de formulação do Ministério em termos de produção de assistência farmacêutica no Brasil. Isso vai ser válido também para a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Hoje nós temos um quadro estranho no país, porque uma lei que foi formulada, e as operadoras não reconhecem a legitimidade da lei, tudo fazem para contestar seus desdobramentos, estão insatisfeitas com as conseqüências que a lei gerou; os consumidores, da mesma forma, os profissionais que prestam serviço, da mesma forma. Então eu quero, em um espaço de tempo curto, fazer uma reavaliação da lei, sentir qual é o grau de legitimidade, se há mudanças a serem feitas. Se for necessário mudar, nós vamos fazer e a partir daí vamos ter uma intervenção implacável para que a lei seja cumprida e que a gente saia desse dilema que hoje se vive”. Remuneração dos procedimentos médicos/Tabela SUS “Eu acho que a gente tem que partir de uma premissa que é o reconhecimento de que essa remuneração de serviços prestados está muito aquém do que seria o correto e o justo. Esse é um reconhecimento que nós fazemos. Segundo, nós temos que fazer uma ampla discussão sobre a forma da remuneração. Nós achamos que essa conferência, inclusive, deve travar um debate muito sério sobre a questão da remuneração por procedimento. A possibilidade de estabelecermos métodos de remuneração diferenciados que permitam tanto as unidades remunera- das, os entes federativos remunerados estabelecerem as suas próprias prioridades, terem liberdade de aplicação desses recursos, inclusive para remunerar de forma diferenciada, de acordo com a prioridade que venha a ter. Nós precisamos fazer uma revisão disso. Nesse primeiro ano não será fácil. O orçamento do Ministério hoje está totalmente enxuto, comprometido com atividades de custeio. Nós não podemos cortar o recurso que é passado para os Estados, para os Municípios; os recursos que são passados para compra de serviço, que são despesas permanentes que o Ministério tem. Temos o dinheiro para investimento, mas vamos ter que sofrer um contingenciamento desses recursos. O orçamento final chegou a R$ 30,5 milhões, é o maior que já tivemos na Saúde, mas dificilmente ele vai ser executado porque não há receitas para isso, então nós vamos estar limitados em poder estabelecer essa recuperação de imediato. Haverá algum reajuste? Com certeza haverá. Não tenho dúvidas de que a gente vai trabalhar nessa linha, porque a defasagem é grande, mas eu creio que ainda não vai ser nesse primeiro ano de governo que nós vamos conseguir avançar muito nessa questão. Não quero criar nenhuma expectativa que possa posteriormente ser frustrada. Quero só manifestar o nosso reconhecimento de que precisa haver essa correção. E em que nível vai ser feito nesse primeiro ano de governo vai depender fundamentalmente dos recursos que tivermos. Agora, quero reafirmar uma questão importante. Se existem políticas em que o componente recursos humanos é fundamental, sem dúvida a Saúde é a principal delas. Quem faz a política de saúde, de como chegar à população; quem realiza a política da saúde é o profissional da saúde. Como tal, ele é, praticamente, o fator maior nessa implementação da política e, portanto, tem que ter o tratamento adequado para essa importância. Nós temos essa consciência, hoje não temos o dinheiro para garantir que essa consciência se manifeste em ações concretas, mas vamos fazer esse esforço. Então, eu acho que todo um processo de negociação sobre política remuneratória nós vamos travar com vocês e com as outras categorias. Vamos receber, sem dúvidas, as entidades médicas em vários momentos, lá no Ministério, e eu quero dizer que lá nós vamos ter as portas sempre abertas nesse entendimento”. JAMB 8 JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Planos de saúde: ANS lança ranking Agência Nacional de Saúde Suplementar lançou, no mês de dezembro de 2002, um Índice de Reclamações efetuadas pelos consumidores contra operadoras de planos de saúde. O ranking com o nome das empresas que mais tiveram queixas será atualizado mensalmente pela ANS e ficará disponível no site da Agência (www.ans.gov. br) para que os interessados acompanhem a evolução do desempenho de cada convênio. O objetivo, segundo as informações da ANS, é fazer uma avaliação sistemática da qualidade do atendimento das operadoras. O resultado do Índice de Reclamações (IR) do mês de janeiro está disponível no site da ANS. Como é o terceiro a ser divulgado, já permite aos interessados acompanhar a evolução da pesquisa. A operadora de planos de saúde carioca Golden Cross, com 0,80, é a primeira no ranking do grupo das 136 operadoras que têm mais de 50 mil beneficiários de planos de saúde. Entre estas 136 que atendem mais de 23 mil consumidores, a Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda ficou em segundo lugar com 0,42. Em terceiro lugar aparece a Unimed de João Pessoa (PB) com 0,40. O Índice de Reclamações de janeiro, no grupo de operadoras com menos de 50 mil e mais de 10 mil beneficiários, integrado por 356 empresas que atendem 7.838.362 consumidores, é encabeçado pela operadora Saúde Assistência Médica Internacional, com 3,74. Em segundo lugar, com índice de 2,96, aparece a carioca Save Assistência Médica e Hospitalar. No grupo de operadoras com menos de 10 mil beneficiários, que são 1.062 empresas que atendem 3.331.001, aponta em primeiro lugar a Silver Life Operadora de Pla,no de Saúde, com índice de 43,78. A Socie- dade Italiana de Beneficência e Mútuo Socorro destaca-se em segundo lugar, com 23,64. Para obter o ranking das operadoras de planos de saúde que mais tiveram reclamações, a Agência Nacional de Saúde Suplementar dividiu as empresas em três grupos: acima de 50 mil clientes, de 10 mil a 50 mil clientes e até 10 mil clientes. O índice é calculado pela divisão da quantidade de reclamações pelo número de beneficiários informados pela operadora, sendo o resultado multiplicado por 10 mil. Os interessados em tirar dúvidas, fazer reclamações ou confirmar o registro da operadora junto à ANS podem ligar para o Disque ANS, que atende gratuitamente, pelo 0800-7019656, pelo e-mail “Fale Conosco” no site da Agência (www.ans.gov.br) ou ainda por carta à Avenida Augusto Severo, 84, Glória, Rio de Janeiro, CEP 20.021-040. OS CAMPEÕES DE RECLAMAÇÕES MAIS DE 50 MIL CLIENTES 1º Golden Cross (RJ) 2º Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (DF) 3º Unimed João Pessoa (PB) 4º Rio Med Serviços de Assistência Médica (RJ) 5º Central Nacional Unimed (SP) ACIMA DE 10 MIL A 50 MIL CLIENTES º 1 Saúde Assistência Médica Internacional (SP) 2º Save Assistência Médica e Hospitalar (RJ) 3º Unimed Cabo Frio (RJ) 4º Sistemas Interativos de Saúde (SP) 5º Plano Rio Saúde (RJ) ATÉ 10 MIL CLIENTES 1º Silver Life (RJ) 2º Sociedade Italiana de Beneficência e Mútuo Socorro (RJ) 3º Unimed Pirassununga (SP) 4º Policlínica Amhavre (RJ) 5º Conasa (SP) Fonte: ANS (www.ans.gov.br) CFM normatiza Cartões de Descontos BANCO REAL SUBSTITUIR POR FILME NOVO O Conselho Federal de Medicina publicou resolução (1649/2002) proibindo os médicos de manter qualquer tipo de relacionamento com as empresas de Cartões de Descontos. De acordo com a decisão do CFM, os médicos não podem ser proprietários, sócios, dirigentes ou consultores desse tipo de empresa, sendo considerada infração à ética médica a associação ou referenciamento. A partir de agora, as operadoras de Cartões de Descontos estão proibidas de fazer inscrição nos Conselhos Regionais de Medicina. Além das considerações, a resolução contempla es- tes cinco artigos: Art. 1º Considerar antiética a participação de médicos como proprietários, sócios, dirigentes ou consultores dos chamados Cartões de Descontos; Art. 2º Fica proibida a inscrição destes Cartões de Descontos no cadastro de pessoas jurídicas dos Conselhos Regionais de Medicina; Art. 3º É considerada infração ética a comprovada associação ou referenciamento de médicos a qualquer empresa que faça publicidade de descontos sobre honorários médicos; Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário; Art. 5º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Controle do tabagismo s esMé dic os de tod o o paí de és av atr , do en eb tar ão rec edi na ma la dir eta enc art ada o) eir Jan º ro/ ção n 14 0 (D eze mb Fe dedo Jor nal do Co nse lho est ioqu um , ina ral de Me dic ma gra Pro o a egr int e nár io qu Ta do Na cio nal de Co ntr ole la pe do lvi ba gis mo , de sen vo asi lei ra, As soc iaç ão Mé dic a Br Me dide al der Fe o Co nse lho Sa úd e da io tér nis Mi o cin a e (IN CA /CO NP RE V) . oO qu est ion ári o, cuj a dev pos com é to, cus luç ão não ter á a das igi dir s nta gu to po r 14 per s fuab ord ag em de pa cie nte fude ma nte s par a qu e dei xem a a cammar. O Programa integr Mu nd ição iza gan pan ha da Or e ins tiolv env e qu e al de Sa úd cas no tui çõe s mé dic o-c ien tífi agi stab o sen tid o de con tro lar r ano po o and mo , qu e est á vit im nmu no es ant fum 5 mi lhõ es de O l. asi Br no l mi 0 20 do , sen do ori os ob jet ivo é qu e os mé dic es ant fum ent em os pac ien tes tab aco sob re os ma lef íci os do se em e, qu de é va e a exp ect ati rir em ade pa, eta ira me um a pri (50 os ape nas 20 % do s mé dic um a cad mi l), e se em mé dia naba 10 e ent con seg uir anu alm l mi 0 50 ão ser , aco do no s de tab io. víc o o arã on nd qu e aba JAMB JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 9 CIMS apresenta propostas para 2003 Comissão de Integração de Médicos do Mercosul (CIMS), em reunião realizada em novembro de 2002, no Rio de Janeiro, aprovou a pauta de discussão do próximo encontro que acontecerá nos dias 27 e 28 de março de 2003, na Confederação Médica da República Argentina, na cidade de Buenos Aires. Três tópicos serão abordados: reestruturação da CIMS de acordo com o regimento interno; política do Mercosul e sua repercussão; mercado de trabalho: organização e remuneração e convalidação e formação médica. Os temas surgiram depois de diversas discussões e intervenções pelos médicos representantes das entidades que compõem a CIMS: pela Argentina, - Aldo Giust e Roberto Serrano, pelo Brasil Marco Antônio Becker e Genário Alves Barbosa (Conselho Federal de Medicina), David Cardoso Filho (Associação Médica Brasileira), Héder Murari Borba, Marlonei Silveira dos Santos, Márcio Bichara, José Antônio Murisset (Federação Nacional dos Médicos), também os presentes Luiz Augusto Pereira e Cláudio Franzen, do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, Vilma da Silva, assessora do CFM e Neide Pedrosa, assessora da Fenam. Não compareceram à reunião representantes do Uruguai e do Paraguai. Os representantes do Sindicato Médico do Uruguai estavam, neste dia, participando de um evento em Santos (SP) e o Círculo Paraguaio de Médicos não informou o motivo da ausência. As discussões giraram em torno da política de saúde do novo MS: novo secretariado governo brasileiro e sua repercussão no Mercosul. Durante o encontro, a representação da Argentina apresentou propostas para avaliação do momento político do Mercosul, novo governo no Brasil e uma situação pré-eleitoral na Argentina, abordando também os aspectos políticos e as posições dos governos na área da saúde. A próxima reunião está marcada para os dias 27 e 28 de março, em Buenos Aires, na Argentina, respeitando o rodízio dos encontros da CIMS e contará com a participação de representantes da CIMS do Brasil, da Argentina e de entidades médicas como a Federação Nacional dos Médicos, Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Genérico: polêmica em Belo Horizonte O ministro da Saúde, Humberto Costa, apresentou o novo secretariado do ministério e uma nova proposta de estrutura de funcionamento para o órgão. Estão sendo extintas três secretarias e criadas quatro novas: a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos, a Secretaria de Gestão do Trabalho em Saúde, a Secretaria de Gestão Participativa e a Secretaria de Atenção à Saúde. Serão extintas as secretarias de Investimentos na Saúde, Políticas da Saúde e Assistência à Saúde. O novo secretário executivo é Gastão Wagner, ex-secretário de saúde de Campinas (SP). A Secretaria Executiva do Ministério da Saúde será responsável pela coordenação orçamentária e financeira, pelo planejamento e articulação das políticas de saúde. Na nova estrutura, o Datasus e o Cartão SUS ficarão sob a coordenação da Secretaria Executiva. Gastão Wagner anunciou que também caberá à Secretaria fortalecer a relação com estados e municípios na definição e implantação de programas. À Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos - a cargo de José Alberto Hermógenes (médico sanitarista) – caberá a formulação das políticas nacionais de ciência e tecnologia em saúde e de assistência farmacêutica. A nova estrutura também prevê a atuação do Ministério na formação de recursos humanos para a saúde, regulamentação das profissões e do mercado de trabalho. A Secretária de Gestão do Trabalho em Saúde, sob a coordenação de Maria Luíza Jaeger (sanitarista e socióloga), terá responsabilidade por essas atribuições. A Secretaria de Atenção à Saúde integrará atribuições da extinta Secretaria de Políticas de Saúde e a Secretaria de Assistência à Saúde. A nova Secretaria será responsável pela atenção básica, especializada e hospitalar. O secretário de Atenção à Saúde é Jorge Solla, médico sanitarista e ex-secretário de Vitória da Conquista (BA). O ministro Humberto Costa também anunciou a criação da Secretaria de Gestão Participativa, cuja missão é fortalecer o controle social, sob responsabilidade de Sérgio Arouca, ex-deputado e secretário de saúde da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. O novo presidente da Funasa é Valdir Camarci Bezerra, urologista e professor da Universidade federal de Goiás. O chefe de gabinete do Ministro da Saúde é Antônio Alves, cirurgião geral do DF. Os diretores das agências reguladoras do Ministério da Saúde, a Agência de Vigilância Sanitária e Agência Nacional de Saúde serão substituídos após o término do mandato dos atuais dirigentes. AMB A utilização dos medicamentos genéricos está criando uma polêmica em Minas Gerais: a Unimed de Belo Horizonte e a Associação dos Hospitais de Minas Gerais estão discutindo o assunto na Justiça. A Unimed entende que economizaria R$ 800 mil por mês caso os hospitais passassem a adotar os medicamentos genéricos. “A Unimed de Belo Horizonte considera que isso é um prejuízo para o cliente, para o país e para a classe médica. Nós não concordamos, pois consideramos que esses medicamentos são de qualidade, são testados e não trazem malefícios ao cliente”, declara Emerson Fidélis Campos, presidente da Unimed-BH. De acordo com o presidente da Associação dos Hospitais de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira, a Unimed, através de uma circular e de forma unilateral, alterou o contrato que mantinha com os hospitais. “Não podemos aceitar esse tipo de ruptura unilateral nos contratos. A justiça também entendeu desta forma e assim nos garantiu a liminar para que fossem mantidos”, explica Carlos Eduardo. “Estamos dispostos a nos reunir com a UnimedBH para discutir aditamentos, porém o que já foi assinado deve ser cumprido”, finaliza. Classificação Hierarquizada Emerson Fidelis informou que Márcio Arruda Eleuses Paiva e Emerson Fidelis: discussões sobre medicamentos genéricos pretende realizar simulações no sentido de avaliar o impacto na nova Classificação Hierarquizada elaborada pela AMB, CFM e as Sociedades de Especialidade. “A Unimed tem como a essência o trabalho médico, e por isso está colaborando com a AMB e o CFM na Classificação Hierarquizada buscando avaliar como esse projeto repercute no honorário médico”, conta Fidélis. “Podemos realizar na prática uma simulação do que aconteceria, para validar ou não, fazer correções, encaminhar o que deve ser corrigido para que não existam distorções no novo modelo”, finaliza. A Unimed –BH conta atualmente com 460 mil usuários que são atendidos por 4.280 cooperados. Desde 2002 vem implementando o Programa de Valorização do Tra- balho Médico e Desospitalização, com o objetivo de reduzir os índices de sinistralidade. Os principais resultados obtidos foram: Estabilização do custo assistencial per capita; Redução da sinistralidade das carteiras dos planos; Aumento no valor pago pela Cooperativa aos médicos cooperados; Aumento substancial dos valores destinados ao pagamento das consultas médicas; Aumento percentual da participação da remuneração dos cooperados no custo assistencial; Melhoria na distribuição de renda pelo trabalho dos médicos cooperados na Unimed; Redução do número de internações em pediatria; Redução no índice de reclamação dos clientes em relação aos médicos cooperados; Aumento da satisfação dos cooperados com a Cooperativa. MÉRITO MÉDICO – Em cerimônia realizada, no dia 19 de dezembro, em Brasília, o então Ministro da Saúde, Barjas Negri entregou as insígnias da Ordem do Mérito Médico. O presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses Vieira de Paiva e o presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson Andrade, receberam a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz. JAMB 10 JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Divulgação Rede Brasileira de Combate ao Câncer Sociedade Brasileira de Cancerologia, em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, lançou, no mês de fevereiro, a Rede Brasileira de Combate ao Câncer, que levará aos médicos de Norte a Sul do Brasil, por intermédio da TV Web Conexão Médica, uma programação científica de alto nível, com informações sobre as mais recentes descobertas e novidades na área do combate ao câncer. O objetivo da campanha é democratizar o conhecimento médico, além de propiciar a atualização constante dos profissionais de Medicina. A RBCC vai possibilitar ainda a troca de experiências entre os centros de referência e os hospitais que atu- am no combate ao câncer, disseminar a instrução de novas técnicas de prevenção e detecção do câncer e a coleta de dados epidemiológicos. A RBCC disponibilizará, inicialmente, a recepção nos hospitais que têm programas credenciados de Residência Médica em Oncologia Clínica e alguns centros que fazem parte da rede de Centros de Alta Complexidade em Oncologia do SUS. A atuação da Rede pretende atingir dois planos: integrar os Hospitais Estratégicos de Combate ao Câncer para desenvolver programas de atualização médica, treinamento de profissionais; informar pacientes e familiares com o intuito de incentivar a prevenção e dar suporte para a valorização do ser humano. TÍTULO DE ESPECIALISTA E ÁREA DE ATUAÇÃO Cirurgia Cardiovascular – Título de Especialista – 2 de abril – Inf. (11) 3849.0341 Patologia – Título de Especialista – 28 e 29 de abril – Inf. (11) 5571.5298 Ecocardiografia e Ecocardiografia Pediátrica – Certificado de Atuação – 1º de maio. Inf.: (11) 259.2988 ou www.ecocardiografia.com.br Cirurgia Pediátrica – Título de Especialista – 28,29 e 30 de março. Inf. (11) 3814.6947 Nefrologia Pediátrica – Certificado de Atuação – 10 de abril. Inf. (11) 5579.1242 / 5084.3047 ou pelo e-mail: [email protected] Cirurgia Geral – Título de Especialista – Provas em 10 de maio e dia 5 de julho. Inf. (21) 2537. 9164 ou [email protected] Geriatria e Gerontologia – Título de Especialista – 2 e 3 de setembro – Porto Alegre - RS. Inf. (21) 2285.8115. Densitometria Óssea, Ecografia Vascular com Doppler, Mamografia, Neurorradiologia Diagnóstica, Neurradiologia Terapêutica e Ultra-Sonografia em Ginecologia e Obstetrícia – Certificado de Atuação. Inf. (11) 3285.4022 Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Diagnóstico por Imagem com atuação exclusiva em Ultra-Sonografia, Angiorradiologia e Radiologia Intervencionista, Medicina Nuclear e Radioterapia – Título de Especialista. Inf. (11) 3285.4022 Dermatologia – Título de Especialista – 6 de abril – Inf. (21) 2253.6747 Fisiatria – Título de Especialista – 5 e 6 de maio – Inf. (21) 2507.3353/3354 Ginecologia e Obstetrícia – Título de Especialista – 7 de julho – Inf. (21) 2487.6336 Pneumologia e Tisiologia – Título de Especialista – 8 de junho – Inf. (61) 245.6218/1030 Coloproctologia – Título de Especialista – 4 de setembro – Inf. (21) 2240.8927 Reumatologia Pediátrica – Certificado de Área de Atuação – 21 de maio – Inf. (21) 2548.1999 ou (11) 289.7165 Acupuntura – Título de Especialista – 31 maio – Inf. (11) 5572.1666 Gastroenterologia Pediátrica – Certificado de Área de Atuação – 6 de maio – Inf. (21) 2548.1999 Gastroenterologia – Título de Especialista – 5 e 27 de setembro – Inf. (11) 3813.1610 Pediatria – Título de Especialista – 24 de maio – Inf. (21) 5548.1999 Homeopatia – Título de Especialista por proficiência – Inf. (61) 345.6077 Homeopatia – Título de Especialista – 7 de dezembro – Inf. (61) 345.6077 GRUPO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Prof. Dr. A. Sergio Petrilli CRM 16.434 Drª Eliana M. Caran CRM 39.137 Drª Nasjla S. Silva CRM 42.988 Dr. Flávio Augusto Luisi CRM 46.240 Drª Maria Lúcia Lee CRM 60.209 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS LEUCEMIAS, LINFOMAS E TUMORES SÓLIDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE AV. REPÚBLICA DO LÍBANO, 264 - IBIRAPUERA SP - CEP 04502-000 - Tel.: (11) 3889-9266 Campanha SBCP A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) começará, a partir do mês de março, nas principais cidades e capitais brasileiras, uma campanha de esclarecimento aos futuros pacientes de cirurgia plástica. O presidente da entidade, Luiz Carlos Garcia, afirma que em 2002 quase 400 mil cirurgias plásticas foram realizadas no Brasil, entre estéticas e reparadoras e que essa demanda aumenta a cada ano, necessitando de atenção e cuidados por parte dos futuros pacientes. Entre os objetivos, por meio de mensagens em emissoras de rádio, televisão, jornais, revistas, está a conscientização de que a cirurgia plástica visa a saúde física e psíquica do paciente e deve ser realizada por profissional habilitado, que possui o título de especialista e o “selo de qualificação” criado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, há dois anos, proporcionando uma garantia a mais aos pacientes. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.cirurgiaplastica.org.br. Cremerj apresenta Perfil do Médico O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro lançou, no mês de dezembro de 2002, a edição atualizada do livro “O Perfil do Médico e das Emergências do Rio de Janeiro”. O trabalho teve como um dos objetivos fornecer mais um instrumento para a ação dos responsáveis pela saúde no Estado do Rio de Janeiro. A obra retrata uma pesquisa do perfil do médico e das emergências do Estado ligados ao desenvolvimento e o crescimento desordenado das unidades de atendimento. O trabalho identificou que 71,2% dos profissionais relataram insatisfação quanto ao exercício de sua atividade nas unidades de emergência, apresentando como as reclamações mais freqüentes: baixos salários, falta de tempo para estudar e trabalho em mais de dois empregos sem possibilidade de reciclagem. Em relação ao perfil socioeconômico a pesquisa mostrou que 66,6% dos médicos possuem até três empregos e 19,8% possuem mais de três empregos. Foi constatado também que 66,8% atendem de três a cinco convênios. A pesquisa foi realizada por meio da entrega de questionários aos Chefes das Unidades e de Plantão das Emergências do Estado. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected]. EDITAL DE CONVOCAÇÃO A Sociedade Brasileira de Radioterapia convoca todos os seus associados para a realização de Assembléia Geral a ser realizada no dia 11/03/03, às 20hs na sede da AMB, sito à Rua São Carlos do Pinhal, 324, com primeira chamada às 20h e segunda chamada às 20h30m. Assunto a ser tratado: “ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA.” NEFROLOGIA – Em cerimônia realizada no dia 11 de fevereiro, na sede da Associação Paulista de Medicina, foi empossada a nova diretoria eleita para o biênio 2003/ 2004 da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A nova diretoria executiva da entidade tem a seguinte composição: Presidente: João Egidio Romão Junior; Vice-Presidente: Maria Ermecilia Melo Alves; Secretária-Geral: Gianna Mastroianni Kirsztajn; 1º Secretário: José Nery Praxedes; Tesoureiro: José Luiz Santello. Tarifa de cartas para “doutores” A tarifa de postagem de cartas enviadas com remetentes que levam a expressão de doutores e outros títulos passa agora a ser classificada como não comercial. A decisão foi tomada pelos Correios, após o recebimento de várias reclamações de diversos pontos do País, inclusive na cidade de Bauru, em São Paulo, no qual o médico Antônio Lázaro Valeriani Marques pagava o valor da tarifa comercial para enviar suas correspondências, porque utilizava a expressão “doutor” no remetente. Há mais de um ano ele questionava essa classificação feita pelos Correios, e foi devido a sua reclamação que o Ministério Público Federal decidiu instaurar uma representação sobre o assunto. Atualmente, a tarifa para envio de correspondência comercial simples é de R$ 0,60 e a não comercial custa R$ 0,45. Anteriormente, o valor cobrado era referente a de uma carta comercial para pessoa jurídica, no entanto não havia nenhuma previsão legal para que a indicação de doutor ou outro título transmitisse cunho comercial. CURTAS ✔A Associação Brasileira de Nutrologia está promovendo o I Curso Nacional de Atualização em Nutrologia, que será realizado no campus da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, com início em março e término em outubro de 2003. Inf. (17) 523-9732 ou [email protected] e site: www.abdnutrologia.com.br ✔Acontece de 3 a 5 de abril de 2003, no Tennis Place, em Goiânia, o 30º CNCC – Congresso Nacional de Cirurgia Cardíaca. Inf. (11) 3849.0341. ✔A tradicional Jornada Paulista de Atualização em Doenças Digestivas será realizada no Hotel Monte Real, em Águas de Lindóia, SP, de 2 a 6 de abril de 2003. Inf. pelo e-mail [email protected] ✔O XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Torácica, que será realizado nos dias 26 a 29 de março, em Maceió (AL) tem a promoção da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Os interessados poderão efetuar a inscrição via internet no site: www.sbct.org.br/torax 2003. ✔De 10 a 12 abril de 2003, no Othon Palace Hotel, no Rio de Janeiro - RJ, acontecerá o XII Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica. Inf. (21) 25392799. Já em Salvador-BA, de 4 a 7 de maio, acontecerá o XI Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica. Paralelamente serão realizados o I Congresso de Hepatologia Pediátrica, a I Jornada de Endoscopia Pediátrica e a I Jornada de Suporte Nutricional em Gastroenterologia e Hepatologia Pediátricas. Inf. (71) 264.3477. ✔O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo realizará, em São Paulo, nos dias 21 a 22 de março de 2003, o VII Simpósio de Atualização em Psiquiatria Geriátrica: Depressão em idosos na prática clínica. Inf. (11) 6164.0314. ✔Acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de abril a II Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Sogesp (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo - Regional Santos). Inf. (13) 3289-9616. ✔A XIII Jornada Paranaense de Geriatria e Gerontologia será realizada nos dias 28 e 29 de março de 2003, em CuritibaPR. Inf. (41) 242.7808/3024.1415. ✔Promovida pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), a 33ª Jornada Paulista de Radiologia será realizada de 1º a 4 de maio, no ITM-Expo, em São Paulo. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (11) 3284-3988 ou www.spr.org.br . ✔ Já a XVII Jornada Brasileira de Reumatologia e a XVII Jornada Norte/ Nordeste de Reumatologia serão realizadas de 3 a 6 setembro 2003, em Porto de Galinhas-PE. Inf. [email protected] ✔ Estão abertas as inscrições para o Simpósio de Diagnóstico por Imagem da Mulher, promovido pela Radimagem, nos dias 21, 22 e 23 de março, no Centro de Eventos São José, do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Inf. (51)3222.0505 ou [email protected] ✔A Sociedade Paranaense de Anestesiologia estará promovendo, de 10 a 12 de abril, a 38 º Jornada Sul Brasileira de Anestesiologia, Curitiba. Inf. (41) 352-7421. JAMB JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Livros Câncer Precoce do Cólon e Reto Artur A . Parada CLR Balieiro Editores A obra analisa novos conceitos da histogênese do carcinoma colorretal, que modificaram a maneira de se realizar a colonoscopia de extrema importância no rastreamento do câncer colorretal. Endocrinologia Pediátrica Nuvarte Setian Editora Sarvier Tem como objetivo apresentar aos leitores os aspectos físicos e metabólicos, sob o ponto de vista endócrino, do recém-nascido ao adolescente. Infertilidade Masculina Paulo Augusto Neves Nelson Rodrigues Netto Jr. Editora Atheneu Os dois autores reuniram neste livro diversos capítulos escritos por especialistas brasileiros e autoridades internacionais, abordando discussões sobre anatomia, fisiologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Tratado de Micologia Médica Lacaz Carlos S. Lacaz, Edward Porto José E. C. Martins, Elisabeth M. Heins-Vaccari Natalina T. de Melo Editora Sarvier Traz informações gerais sobre o tema, dada a freqüência com que ocorrem as infecções fúngicas na patologia médica, humana e veterinária. A Neurologia que todo médico deve saber Ricardo Nitrini Luiz Alberto Bacheschi Editora Atheneu Apresenta desde princípios fundamentais até aspectos clínicos e terapêuticos. Relata também síndromes e os mais importantes progressos ocorridos. Memórias Agudas e Crônicas de uma UTI Elias Knobel Editora Atheneu O livro cataloga casos clínicos, histórias de amores, de dores, de vitórias. Muitas vividas pessoalmente pelo autor. No total são 15 crônicas demostrando medos, paixões, vontades, manias e memórias. 11 “Carta de Minas” om o objetivo de apresentar propostas aos governos federal e estadual, as entidades médicas brasileiras estiveram reunidas no mês de dezembro, em Belo Horizonte (MG), para o lançamento da “Carta de Minas”. Estiveram presentes no evento representantes da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos, Confederação Médica Brasileira, Associação Médica de Minas Gerais, Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais e Sindicato dos Médicos do Estado de Minas Gerais. Estas são algumas reivindicações das entidades médicas aos futuros governos federal e estadual contidas na “Carta de Minas”: • Duplicação, nos próximos anos, do valor investido na área da saúde; • Criação de uma comissão nacional, com participação de representantes de entidades médicas, para avaliar o ensino de medicina no País; • Contínuo aprimoramento funcional, administrativo e financeiro do SUS; • Eficácia no atendimento das prioridades médicas do SUS nos estados, baseadas em indicadores sociais, epidemiológicos e nosológicos; • Contínuo e adequado suprimento de medicamentos e insumos básicos aos pacientes usuários do SUS; • Instituição de concurso público como única forma de admissão de médicos na rede pública de saúde; • Existência de plano de cargo e salários para a categoria médica, inclusive para os profissionais do Programa de Saúde da Família; • Funcionamento eficaz de comissão com representantes da categoria na Agência Nacional de Saúde Suplementar, com participação paritária; • Fortalecimento e ampliação da Residência Médica. Nova diretoria da SOMMA A nova diretoria da Sociedade Médica do Maranhão, eleita para o triênio 2003/2005, já tomou posse e entre suas prioridades estão: informatizar a entidade, instalar o Centro de Memória Médica, criar o Centro de Documentação Científica, constituir um Banco de Empregos, criar Regionais dentro do Estado, criar uma Central de Convênios e um Setor de Benefícios, com assessoria fiscal, jurídica, previdenciária e diversos convênios. A nova diretoria da Somma é composta por Gutemberg Fernandes de Araújo – Presidente; Natalino Salgado Filho – 1º Vice-Presidente; Antônio Augusto Soares da Fonseca – 2º Vice-Presidente; Antônio Linhares Silva – Secretário-Geral; Maria do Carmo Silva Chagas – 1ª Secretária; Carlos Alberto Silva Dias – Tesoureiro Geral; José Albuquerque Figueiredo Neto – 1º Tesoureiro; Arthur Gonçalves Almeida – Diretor Social; Carlos Andrade Macieira – Diretor Cultural; Francisca Luzia Soares Macieira de Araújo – Diretora Científica. AGENDA DA DIRETORIA Dezembro 3 Reunião de Diretoria Plena – AMB Reunião da Comissão da Classificação Hierarquizada – AMB 4 Reunião do Conselho Científico – AMB Reunião no Conselho Nacional de Saúde – Brasília – Eleuses Paiva 5 Comemoração de 20 anos do Conass – Brasília - Eleuses Paiva 6 Congresso da Fenam – Brasília – Eduardo Vaz Reunião com Associação Médica Argentina – Buenos Aires – Eleuses Paiva 8 Congresso Unimed de Piracicaba – São Pedro – Eleuses Paiva 9 Congresso Unimed de Piracicaba – São Pedro – Eleuses Paiva 10 Reunião de Diretoria Executiva – AMB 11 Reunião com Ministério da Saúde – Brasília – Eleuses Paiva 17 Reunião Soc. Bras. Angiologia e Cir. Vascular – AMB – Eleuses Paiva Reunião Soc. Bras. Med. da Família e Comunidade – AMB – Eleuses Paiva Reunião Sociedade Bras. Nutrição Parenteral – AMB – Eleuses Paiva Reunião Conselho Brasileiro de Oftalmologia – AMB – Eleuses Paiva 18 Reunião do Conselho Científico – AMB Reunião Sociedade Bras. de Neurocirurgia – AMB – Eleuses Paiva Reunião Sociedade Bras. de Clínica Médica – AMB – Eleuses Paiva Reunião Sociedade Bras. de Otorrino – AMB – Eleuses Paiva 19 Medalha Oswaldo Cruz – Brasília – Eleuses Paiva Janeiro 9 Reunião de Diretoria Executiva – AMB Reunião das Diretorias Executivas da AMB e CFM – AMB 14 Reunião de Diretoria Executiva – AMB 15 Encontro com o ministro da Saúde – Brasília – Eleuses Paiva, Aldemir Soares, Edmund Baracat, Jose Alexandre Sittart, Ricardo Bessa, Samir Bittar, Roque Andrade, Florentino Cardoso Filho, David Bichara, Severino Dantas Filho, Eduardo Vaz 21 Reunião de Diretoria Executiva – AMB 22 Reunião Sociedade Bras. Otorrino – AMB – Eleuses Paiva Reunião Sociedade Bras. Medicina Intensiva – AMB – Eleuses Paiva 23 Reunião Classificação Hierarquizada – AMB – Eleuses Paiva, Aldemir Soares, Amilcar Giron 24 Gravação com Aguilla Comunicação – AMB – Eleuses Paiva 28 Reunião de Diretoria Executiva – AMB 29 Reunião com Fundação Unimed – AMB – Eleuses Paiva Reunião com a Associação Paulista de Medicina – Eleuses Paiva 30 Reunião Comissão do Ato Médico – Brasília – Jurandir Marcondes e José Luiz G. Amaral Cetrus subs. pelo novo filme JAMB 12 Osmar Bustos JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003 Especialidades recebem Hierarquização AMB entregou às Sociedades o trabalho final da Classificação de Procedimentos Médicos a ssificação Hierarquizad cussões finais sobre a Cla Conselho Científico: dis ICN DALMADORM SUBSTITUIR POR FILME NOVO m reunião do Conselho Científico, realizada na sede da entidade no dia 18 de dezembro, a AMB entregou para as Sociedades de Especialidade o documento final da Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos. O trabalho de hierarquização está concluído e já se encontra disponível no portal da AMB (www.amb.org.br). As próximas etapas – divulgação e implantação - estão previstas para o primeiro trimestre deste ano. No entanto, antes de dar início a essa nova fase, as Sociedades de Especialidade deverão encaminhar à AMB propostas para decidir se haverá ou não diferenciação na consulta. Além disso, a AMB já solicitou à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) a elaboração de um estudo contendo propostas sobre consultas englobando todas as especialidades, como por exemplo tipos de consultas (primeira consulta e consultas repetitivas) e consultas diferenciadas por especialidade. A discussão específica sobre o assunto acontecerá em um reunião extraordinária do Conselho Científico. “Mesmo prevendo que haverá muita polêmica, esperamos deste Conselho uma decisão consensual sobre a questão da consulta”, salientou Eleuses Paiva, durante a reunião. Após essa discussão, o Conselho Científico voltará a se reunir para definir como será a apresentação da Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos: se por especialidades, ordem alfabética ou por região anatômica. “Pretendemos estar com essas posições definidas até o fim do mês de março, pois a nossa idéia é apresentar o documento totalmente finalizado até abril” informou Eleuses Paiva. Antes da publicação, a Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos passará por mais um período de consulta para eventuais sugestões, solicitações ou alterações. “Nosso trabalho ficará disponível para avaliação das Sociedades de Especialidade. Iremos pedir também ao sistema Unimed, de Autogestão e Fenaseg uma apreciação para que apontem sugestões. Pretendemos ouvir todos os segmentos, pois assim estaremos minimizando a possibilidade de erros”, completou Eleuses Vieira de Paiva. Em relação aos valores dos procedimentos, o assunto será discutido regionalmente. “Neste momento nossa abordagem tem sido apenas técnica, a discussão sobre os valores será feita por regiões, de acordo com uma banda que será elaborada pela Fipe. Além das especialidades, também serão convidados a participar desta discussão as áreas associativa, conselhal e sindical”, finalizou Eleuses Vieira de Paiva. Na reunião, o secretário-geral da Associação Médica Brasileira, Edmund Baracat, apresentou também a agenda do Conselho Científico para 2003. Serão nove reuniões, sempre às quartas-feiras, das 15h00 às 18h00. “Provavelmente necessitaremos de reuniões extraordinárias, pois em função da priorização das discussões acerca da Classificação Hierarquizada, será preciso debater temas importantes como Residência Médica, Recertificação, entre outros”, destacou Baracat. Clínica David Erlich FUNDADA EM 1972 ONCOLOGIA / QUIMIOTERAPIA Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 270 – Vl. Mariana São Paulo – Brasil – Cep: 04014-000 – Fone (11) 5579-4256/5579-4403/5571-9572 Fax (11) 5575-8523 – E-mail: [email protected] Diretor Clínico: Dr. David Erlich (CRM 9193). Membro do Conselho Consultivo Internacional da The Chemotherapy Foundation, Inc. New York, USA. Membro Emérito da Sociedade Brasileira de Cancerologia. Consultor Científico: PROFESSOR RODRIGO ERLICH, MD Chefe do Serviço de Oncologia Clínica – Johns Hopkins University – Bayview Campus – Baltimore – USA DIRETOR DO PROGRAMA DE ONCOLOGIA GERIÁTRICA DA JOHNS HOPKINS UNIVERSITY